Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CENTRO DE ENGENHARIAS
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA
Pelotas, 2014
CAROLINA MEINCKE COUTO
Pelotas, 2014
Universidade Federal de Pelotas / Sistema de Bibliotecas
Catalogação na Publicação
CDD:
628.445
Elaborada por Aline Herbstrith Batista CRB: 10/1737
Banca examinadora:
Profª. Drª. Claudia Fernanda Lemons e Silva – Centro de Engenharias/UFPel
Prof. Dr. Rafael Beltrame - Centro de Engenharias/UFPel
Prof. Dr. Érico Kunde Corrêa – Centro de Engenharias/UFPel
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar a meus pais, Gladis e Geovani, por todo amor, toda
preocupação, toda a dedicação e todo o apoio dados a mim. Não dedico a vocês
apenas esse trabalho, mas todo o curso e todos os momentos de felicidade e
conquista que tive e terei.
Agradeço, com muito carinho, ao meu grande amigo Marcus Pilotto, o qual
sempre esteve ao meu lado me apoiando, motivando e alegrando meus dias.
Através dos estudos criamos um laço de amizade o qual desejo que continue para a
vida toda.
COUTO, Carolina Meincke. Estimating the calorific value of firewood acacia and
eucalyptus Municipality of Pelotas - RS. 2014. 56f. Paper of course conclusion.
Graduation in Environmental and sanitary engineering. Federal University of Pelotas,
Pelotas.
The man to satisfy his needs transforms and changes the environment’s resources,
and this causes the environmental degradation. The use of non-renewable energy
sources is one of the factors that contribute to the impairment of the environment.
The biomass is an interesting alternative to renew the energy grid, because it has the
most varied source, from agriculture, forests, industries, and even urban and animal
waste. Therefore, the present paper aimed to know, through bibliographic studies,
some of the sources that can be used for this purpose, its information and
characteristics. Among the sources, the firewood was chosen to evaluate
(approaching a study of case) the basic specific mass and the moisture content to
further estimate the calorific power. For this was selected establishments in the
municipality of Pelotas – RS, which use the firewood to boiling the foods. The
obtained results for the calorific power of acacia firewood were on averaged 2.535
Kwh/m³ for the moistures of 19.77% respectively. Now for the eucalyptus firewood
the results were 1.898,5 KWh/m³, to 23,55 of moisture. The results show that the
use of the firewood for the generation of energy is interesting, however the use of
wastes (as agricultural wastes in the form of pallets) may be more convenient,
because, besides obey the National Politics of Solid Wastes, it is nobler than sending
them to sanitary landfills.
1 INTRODUÇÃO................................................................................... 12
1.1 Objetivos............................................................................................ 14
1.1.1 Objetivo geral..................................................................................... 14
1.1.2 Objetivos específicos......................................................................... 14
2 REVISÃO DE LITERATURA............................................................. 15
2.1 Biomassa........................................................................................... 15
2.2 Biomassa no Brasil............................................................................ 16
2.3 Fontes de biomassa........................................................................... 18
2.3.1 Resíduos sólidos urbanos.................................................................. 18
2.3.2 Resíduos agrícolas............................................................................ 19
2.3.3 Resíduos industriais........................................................................... 21
2.3.4 Biomassa florestal.............................................................................. 21
2.3.4.1 Florestas energética.......................................................................... 21
2.3.4.2 Resíduos florestais............................................................................ 22
2.3.4.3 Carvão vegetal................................................................................... 23
2.3.4.4 Lenha................................................................................................. 24
2.4 Caracterização geral da biomassa.................................................... 25
2.4.1 Estrutura da biomassa....................................................................... 25
2.4.1.1 Propriedades físicas da biomassa..................................................... 26
2.4.1.1.1 Massa específica............................................................................... 26
2.4.1.1.2 Densidade.......................................................................................... 26
2.4.1.1.3 Teor de umidade................................................................................ 27
2.4.1.1.4 Teor de cinzas................................................................................... 27
2.4.1.1.5 Poder calorífico.................................................................................. 28
2.4.2 Tecnologias de aproveitamento de biomassa................................... 28
2.4.2.1 Combustão direta............................................................................... 28
2.4.2.2 Gaseificação...................................................................................... 29
2.4.2.3 Pirólise............................................................................................... 29
2.4.2.4 Liquefação......................................................................................... 30
2.4.2.5 Cogeração......................................................................................... 30
2.4.2.6 Hidrólise............................................................................................. 30
3 METODOLOGIA................................................................................ 31
3.1 Característica do local do estudo....................................................... 31
3.2 Delineamento da pesquisa................................................................ 31
3.3 Coleta e tratamento das amostras..................................................... 32
3.3.1 Determinação do teor de umidade.................................................... 34
3.3.2 Determinação da massa específica básica....................................... 34
3.3.3 Determinação do poder calorífico...................................................... 35
3.3.4 Análise estatística.............................................................................. 36
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................ 37
4.1 Teor de umidade................................................................................ 37
4.2 Massa específica básica.................................................................... 39
4.3 Poder calorífico.................................................................................. 42
5 CONCLUSÕES.................................................................................. 45
REFERÊNCIAS................................................................................. 46
APÊNDICE........................................................................................ 55
LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO
O Brasil se destaca neste cenário por possuir uma matriz energética mais
limpa que a maioria dos países, uma vez que a participação de fontes de energia
renováveis no país é maior que as fontes não renováveis. Segundo os dados do
Balanço Energético Nacional de 2013 (ano base 2012), o Brasil manteve vantagens
comparativas com o resto do mundo em termos de utilização de fontes renováveis
de energia. Em 2012, oferta interna de energia renovável foi de 42,4%, enquanto a
média mundial foi de 13,2% e nos países da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OECD) foi de apenas 8,0% (BRASIL - MME, 2013).
De acordo com Brand et al. (2009), dentro deste contexto, a biomassa tem as
mais variadas fontes possíveis, desde agricultura, florestas, indústrias e até resíduos
urbanos e animais. No entanto, visto que as florestas, tanto nativas como
implantadas, apresentam grande diversidade de oferecimento de produtos e que nos
sistemas de exploração grande parte da biomassa não é utilizada, considerando os
resíduos florestais, a potencialidade e a conversão destes em energia excedem os
usos originais prospectados. Segundo Cortez et al. (2008), essa fonte energética
está encontrando mercado, em consequência do desenvolvimento tecnológico e dos
baixos custos que representa sua utilização eficiente.
1.1 Objetivos
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Biomassa
Segundo Cortez et. al. (2008), a biomassa voltada para fins energéticos, abrange
a utilização desses vários resíduos para a geração de fontes alternativas de energia.
Apresenta diferentes tecnologias para o processamento e transformação de energia,
mas todas as tecnologias de biomassa atualmente usadas no mundo possuem dois
16
Lora e Andrade, (2004) apud Soares et al (2006), apontam que tanto em escala
mundial como no Brasil, o potencial energético da biomassa é enorme, podendo se
18
O volume de resíduos produzido no Brasil foi de 273 mil toneladas por dia em
2013 (BRASIL – CAMARA DO DEPUTADOS, 2013), se o país continuar avançando
lentamente no setor e, se não acelerar o ritmo, terá apenas 60% de seu resíduo
sendo destinado corretamente em 2014 (SPITZCOVSKY, 2013). Embora o excesso
de resíduo sólido seja um problema, seu manejo, se devidamente administrado,
19
Os resíduos de origem agrícola são aqueles que têm origem nas atividades
agrícolas e de pecuária. Incluem embalagens de fertilizantes e de defensivos
agrícolas, rações, restos de colheita e esterco animal. As embalagens de produtos
agroquímicos, geralmente altamente tóxicos, têm sido alvo de legislação específica
quanto aos cuidados para com a sua destinação final (PAVAN, 2010).
Segundo Cortez (2008), dos 5.471 municípios do país, apenas 551 fizeram o
controle dos resíduos gerados pelo setor produtivo privado em 2003, e foram 1,4
milhão de toneladas de resíduos gerados somente nos principais pólos industriais do
Brasil. De acordo com esse estudo, são geradas anualmente no Brasil
aproximadamente 2,9 milhões de toneladas de resíduos sólidos industriais, sendo
600 mil toneladas, um valor próximo de 22%, que recebem tratamento adequado.
tinha como finalidade a produção do maior volume de biomassa por área em menor
espaço de tempo. (MAGALHÃES, 1982).
2.3.4.4 Lenha
A FAO (2006) estima que, em 2005, 1,5 bilhão de m³ st foi utilizado como
lenha, porém reconhece que existe uma quantidade de madeira retirada
informalmente (ou ilegalmente) que não é contabilizada e, portanto o consumo de
lenha é seguramente maior. Por se tratar de uma fonte de energia de baixo custo,
não necessitar de processamento antes do uso e ser parte significativa da base
25
2.4.1.1.2 Densidade
(01)
2.4.2.2 Gaseificação
2.4.2.3 Pirólise
2.4.2.4 Liquefação
2.4.2.5 Cogeração
2.4.2.6 Hidrólise
3. METODOLOGIA
Dessa forma a fonte para coleta das amostras de madeira foram os próprios
estabelecimentos, que cederam algumas de suas toras para o estudo. Assim foram
identificadas as espécies florestais utilizadas como energia, suas densidades, e os
teores de umidade, para posteriormente estimar ao poder calorífico.
(02)
(03)
(04)
Em que: Pci = poder calorífico inferior (Kwh/m³); MBás = massa específica básica
(Kg/m³); Tu = teor de umidade (%).
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O teor de umidade foi analisado por ser uma das características que
influenciam diretamente no poder calorífico da madeira, pois esta diminui o calor
liberado pela combustão.
FV GL SQ QM F Prob.>F
Total 70 0,44055 - - -
Em que: FV = Fonte de Variação; GL = Graus de Liberdade; SQ = Soma dos Quadrados; QM =
Quadrado Médio; F = Valor de F calculado; Prob.>F= Nível de probabilidade de erro; * *Significativo
ao nível de 1% de probabilidade; NS = Não significativo.
(USDA, 1987 apud GATTO et al, 2003), assim o estabelecimento 4, tem que
queimar um volume de madeira maior que os outros estabelecimentos.
FV GL SQ QM F Prob.>F
Estabelecimentos 4 9,56E+06 2,39E+06 184,9 0,0000*
Erro 66 853034 12924,8
Total 70 1,04E+07
Em que: FV = Fonte de Variação; GL = Graus de Liberdade; SQ = Soma dos Quadrados; QM =
Quadrado Médio; F = Valor de F calculado; Prob.>F= Nível de probabilidade de erro; * *Significativo ao
nível de 1% de probabilidade; NS = Não significativo.
5. CONCLUSÕES
A partir dos resultados obtidos das amostras analisadas, pode-se concluir que
a acácia é mais indicada para a geração de energia através da queima direta, pois
apresenta maior poder calorífico, isso se deve ao fato de apresentar maior massa
específica básica e, nesse estudo, menor teor de umidade.
46
REFERÊNCIAS
BRASIL. Portal Brasil. Brasil é destaque global no uso de biomassa. Disponível em:
< http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2011/12/brasil-e-destaque-global-no-uso-de-
biomassa> Acessado em: 11 de Março de 2014.
BROWNING, B.L. The chemistry of wood. New York, John Wiley & Sons, 1963.
689p.
ECKERT, C. T.; FRIGO, E. P.; BASTOS, R. K.; JUNIOR, A. M.; MARI. A. G.;
CABRAL, A. C. Biomassa residual vegetal. Revista Brasileira de Energias
Renováveis. v. 4, p. 32-44. 2013.
OSAKI, F.; DAROLT, M. R. estudo da qualidade de cinzas vegetais para uso como
adubos na região metropolitana de Curitiba. Revista Setor Ciências Agrárias, v. 2.
1991.
PETTERSEN, R.C. The chemical composition of wood. In: ROWELL, R. (ed.) The
chemistry of solid wood. Washington, American Chemical Society, 1984. p.54-126
PRECCI, R. L.; SOBRINHO, J. V.; SILVA, J. S.; SILVA, J. N. Fontes de energia para
secagem de café. Boletim Técnico n. 03. Viçosa – MG, 2001.
APÊNDICE
Empresa:
_____________________________________________________________________
2) Qual é a espécie florestal? Qual a idade de corte da árvore? Qual o espaçamento utilizado no
plantio das árvores?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________