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1
ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO 1
1.1 Resina Epóxi 1
1.2 Compósitos 4
1.3 Análise Térmica 5
1.4 Caracterização Reológica 8
1.5 Calor específico 9
1.6 Condutividade Térmica 10
1.7 Método do Fio Quente 12
1.8 Variações do método do fio quente 14
2 MATERIAIS E MÉTODOS 18
2.1 Formulação da Resina 18
2.2 Viscosidade 20
2.3 Análise Térmica em DSC 23
2.4 Montagem do corpo de prova 24
2.5 Aquisição de dados 25
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 30
3.1 Análise Reológica 30
3.2 Análise por DSC 33
3.3 Cálculo da Condutividade Térmica pelo método do ‘fio 37
aquecido’
4 CONCLUSÃO 48
5 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 49
2
1- Introdução:
3
Figura 1.1.2 – Reação de polimerização de epóxi usando amina como agente
de cura.
1.2 - Compósitos
4
as cerâmicas e os polímeros multifásicos são considerados compósitos. Existe uma
variedade de compósito que ocorre na natureza, por exemplo, madeira.
As fases constituintes do compósito devem ser quimicamente diferentes e
devem estar separadas por uma interface distinta. Muitos materiais compósitos são
compostos por apenas duas fases, a matriz que é continua e envolve a outra fase
chamada de fase dispersa. Os compósitos podem ser classificados como
reforçados com partículas, reforçados com fibras e compósitos estruturais.
Para os compostos reforçados com partículas obtém-se melhor resistência
quando o composto é reforçado com partículas extremamente pequenas na fase
dispersa, as quais inibem o movimento da discordância. As características
mecânicas podem ser aprimoradas pela ação de reforços com partículas grandes.
O potencial para eficiência de reforço é melhor quando o composto é
reforçado com fibras. Através da fase matriz, uma carga aplicada é transmitida e
distribuída entre as fibras, como o reforço é interrompido nas extremidades da fibra,
a eficiência do reforço depende do comprimento da fibra.
Os compósitos estruturais são divididos em laminares, no qual suas
propriedades são isotrópicas e os painéis em sanduíches que combina resistência e
rigidez relativamente altas com baixas densidades [5].
5
fluxo de calor no compartimento da amostra em função da variação da temperatura
ou do tempo (a T constante), logo, o parâmetro medido nesta técnica é a variação
de entalpia em função do tempo (dH/dt), sendo utilizado para estudar a cinética de
cura [6]. Essa técnica permite, entre outras coisas, determinar temperatura de fusão,
de decomposição, além de fornecer dados sobre a estabilidade térmica de
compostos. Ela tem como vantagens o uso de quantidade reduzida de amostra,
rapidez e permite a obtenção das informações necessárias para a determinação dos
parâmetros cinéticos de uma reação.
A base do DSC é constituída pelo processo de mudança física ou química de
uma substância à temperatura controlada, sendo medida a variação de entalpia
entre o material em estudo utilizando uma amostra inerte como referência ou
padrão.
A análise é realizada com um programa de aquecimento ou resfriamento, com
velocidade de variação de temperatura programável ou o sistema pode operar no
modo isotérmico, a qualquer temperatura dentro da faixa de operação do
equipamento, durante um tempo determinado [7].
Existem dois tipos de instrumentos, DSC de fluxo de calor e DSC de
compensação de potência, que diferem na configuração. No de fluxo, amostra e
referência são colocadas em cápsulas idênticas, posicionadas sobre um disco
termoelétrico e aquecidas por uma única fonte de calor. O calor é transferido para as
cápsulas por meio do disco, com fluxo de calor diferencial entre ambas as cápsulas
sendo controlado por meio de termopares conectados ao disco, uma vez que ∆T ,
em um dado momento é proporcional à variação de entalpia, à capacidade calorífica
e à resistência térmica total ao fluxo calórico. No DSC de compensação de potência,
amostra e referências são aquecidas ou resfriadas em fornos separados idênticos.
Os termopares detectam a diferença de temperatura entre a amostra e a referência,
quando a amostra sofre alteração de temperatura devido a um evento endotérmico
ou exotérmico, assim, o equipamento, automaticamente, modifica a potência de
entrada de um dos fornos a fim de igualar a temperatura da referência e da amostra
[6, 7].
Os eventos térmicos que geram modificações nas curvas de DSC podem ser
transições de primeira e segunda ordem. As transições de primeira ordem estão
relacionadas com os eventos térmicos (endotérmicos ou exotérmicos) que dão
origem a formação de picos característicos conforme a Fig. 1.3.1 mostra. As
6
transições de segunda ordem caracterizam-se pela variação de capacidade
calorífica, porém sem variações de entalpia, como conseqüência desta
característica, esse tipo de transição não gera picos nas curvas [7].
7
1.4 - Caracterização Reológica
Figura 1.4.1 – Modelo representativo usado por Isaac Newton para definir
viscosidade
8
F dv
=η (1.4.1)
A dx
τ = ηγ& (1.4.2)
onde: τ = tensão de cisalhamento (N/m2);
γ& = taxa de cisalhamento (1/s);
η = viscosidade (Pa∙s).
9
Q
c= (1.5.1)
m∆T
J/g°C).
dT
q = −k . (1.6.1)
dx
dT
onde q é o fluxo de calor pelo tempo e pela área, k é a condutividade térmica e
dx
é o gradiente de temperatura ao longo do meio condutor.
O transporte de calor em materiais sólidos ocorre através das ondas de
vibração do retículo (fônons) e através dos elétrons livres na camada de condução.
A condutividade total se da pela soma dessas duas contribuições.
10
Nos materiais poliméricos o transporte de calor é realizado pela vibração e
rotação das moléculas da cadeia. O valor da condutividade térmica em um polímero
é dado em função do grau de cristalinidade. Devido à vibração coordenada mais
efetiva das cadeias moleculares para o estado cristalino, um polímero com uma
estrutura altamente cristalina e ordenada possuirá uma maior condutividade do que
o material amorfo equivalente [5].
A condutividade térmica de polímeros é bem baixa, quando comparada com a
condutividade de materiais metálicos, e de alguns materiais cerâmicos. Do ponto de
vista de processamento, a baixa condutividade térmica é necessária quando
pretende minimizar as perdas de calor, mas cria alguns problemas reais, tais como,
limitação da taxa a qual o polímero pode ser aquecido e plastificado. No
resfriamento, a baixa condutividade pode provocar não uniformidade.
A condutividade térmica de um polímero pode ser aumentada através da
adição de cargas. A estrutura formada com essas partículas faz com que o
espalhamento dos fônons seja menor e conseqüentemente aumenta a condutividade
térmica do material polimérico [11]. As resinas epóxi selecionadas para este trabalho
foram Stycast 1266, Stycast 2850 e Epon 828, juntamente com os respectivos
endurecedores a base de amina. As cargas minerais incorporadas nas resinas foram
nitreto de silício e nitreto de alumínio.
Resinas poliméricas com a adição de nitreto de alumínio a 4,2K possuem uma
condutividade menor do que a própria resina à temperatura ambiente como mostra a
figura 1.6.1, porém a condutividade térmica a 77K é bem superior do que a 300K.
11
Porem à medida que diminui a temperatura, as moléculas de um polímero
tendem a se aproximar cada vez mais, permitindo um aumento da condutividade de
calor ao invés da diminuição como ocorre com a adição de nitreto de alumínio na
matriz polimérica.
Hoje são conhecidos vários métodos para a determinação e estudo das
propriedades térmicas de materiais. Entre eles estão os chamados métodos
transientes ou não estacionários.
Os métodos transientes de troca de calor são aqueles onde a propriedade
térmica é medida segundo um regime transiente de troca de calor.
12
condutividade térmica o tempo de registro do transiente térmico torna-se bastante
pequeno assim é necessário que as dimensões da amostra sejam suficientemente
grandes, o que inviabiliza o processo de medida por este método.
Para uma formulação matemática do método, deve-se assumir o fio quente
como uma fonte de calor ideal, infinitamente longa e fina, que é circundado até o
infinito pelo material cuja condutividade térmica pretende-se determinar. Ao passar
uma corrente elétrica constante no fio, uma quantidade constante de calor é liberada
e propaga-se através do material, por unidade de tempo e por unidade de
comprimento. Essa propagação de calor num meio infinito gera, no material, um
campo transiente de temperaturas [10-12, 13, 15].
A capacidade térmica do fio e a resistência de contato entre ele e a amostra
são fatores que impõem um tempo mínimo e um tempo máximo a serem utilizados
no cálculo da condutividade térmica, pois na prática, a fonte teórica linear é
aproximada por uma resistência elétrica fina, e o sólido infinito é substituído por uma
amostra finita.
A diferença entre as curvas real e teórica (Fig. 1.7.1) em seu trecho inicial é
devida à resistência de contato entre o fio quente e a amostra e à inércia térmica do
material, enquanto a diferença no trecho final é conseqüência do tamanho finito da
amostra. A região intermediária, onde as curvas real e teórica exibem o mesmo
comportamento, define os limites de tempo que devem ser considerados na medida
da condutividade térmica pela técnica do fio quente. Assim, o tempo máximo de
medida decresce com o aumento da condutividade térmica do material a ser
ensaiado [10-12, 13, 15].
13
A condutividade térmica é calculada a partir da equação 1.7.1 [16].
q´
k= (1.7.1)
4πα
14
Fig 1.8.1 - Arranjo experimental de Haupin
15
aquecimento é medida a temperatura. A Fig. 1.8.3 mostra um diagrama do arranjo
experimental. As resistências A e a são iguais entre si, o mesmo acontecendo com
as resistências B e b. A razão A: B é igual à razão X: S quando não há passagem de
corrente elétrica pelo galvanômetro, sendo X a resistência desconhecida e S uma
resistência padrão. Os desvios da ponte em relação ao equilíbrio, em função do
tempo, são registrados, obtendo-se, a partir desses resultados, a curva temperatura
em função do tempo, que é utilizada para o cálculo da condutividade térmica do
material.
16
Fig 1.8.4 - Técnica de dois termopares
17
Como a resina epóxi possui baixa condutividade térmica, torna-se necessário
adicionar uma carga mineral para melhorar as suas propriedades de transporte
térmico. O objetivo deste trabalho é através da curva de viscosidade, valor de Tg e
18
2 - Materiais e Métodos:
Tabela 2.1.2 (a) – Proporção proposta pelo fabricante de cada parte que
compõe a resina
Propriedade Unidade Parte A Parte B
Tipo - Epóxi Amina
Densidade g/cm³ 1,16 1,00
Viscosidade Pa.s 8,5 0,035
cP 8500 35
19
Tabela 2.1.2 (b) – Proporção proposta pelo fabricante da mistura A/B
Propriedade Unidade Mistura A/B
Mistura-quantidade da parte B por 100 Por peso 28
partes da parte A Por volume 33
Tempo de trabalho 100g a 25°C (pot-life) minutos 30
Densidade g/cm³ 1,12
Viscosidade Pa.s 0,65
cP 650
20
resina Epon 828 e o endurecedor D230 foi de 100: 33: 15 para a adição de nitreto de
alumínio e 100: 50: 10 para adição de nitreto de silício à matriz polimérica.
2.2 – Viscosidade
21
Figura 2.2.2 – Dimensões
do spindle 4
10 4 %leituradotorque
η = 0,09373.SMC. . (2.2.1)
RPM 100
22
2. A resina, o endurecedor e a carga foram misturados na proporção
estequiométrica apresentada nas tabelas 2.1.2 (a), 2.1.2 (b) e 2.1.3 para
cada tipo de resina ou compósito. Para o cálculo correto da quantidade de
massa de cada componente a partir do volume necessário da amostra é
necessário o conhecimento da densidade de cada componente ou da
mistura (tabela 2.2.1).
m
ρ= (2.2.2)
V
3. A mistura foi feita cuidadosamente para que não provocasse bolhas de ar,
que poderiam afetar a leitura do aparelho;
4. A amostra pronta foi posta no recipiente, e o rotor colocado
cuidadosamente para que não provocasse bolhas de ar;
5. A análise foi então começada.
Depois de a leitura ser feita, a amostra foi removida e descartada
adequadamente, e o recipiente e o rotor foram limpos com um solvente orgânico
(acetona). Para a resina Epon 828 com ou sem carga os ensaios foram realizados a
23
25°C com velocidade constante de aproximadamente 100 rpm, para as resinas
Stycast 2850 ou 1266 com ou sem carga os ensaios foram a 40°C com velocidade
variando de 0,5 rpm em torno de 230 rpm, para a resina Stycast 2850 a velocidade
escolhida foi de 0,5 rpm, de acordo com a equação 2.2.1.
5°C.
O aparelho de DSC é controlado por um computador e emite como resposta
um gráfico de fluxo de calor da amostra versus tempo decorrido do experimento.
24
Tabela 2.3.1 – Quantidade das amostras submetidas à análise térmica no DSC.
Amostra Massa (mg)
25
fixados, formando um ‘ sanduiche’, utilizou um suporte para melhor contato entre os
corpos de prova.
Para as análises feitas no nitrogênio líquido é necessário isolar os corpos de
prova a fim de evitar que nitrogênio líquido fique entre os corpos de provas e interfira
nas medidas. Passou-se graxa de alto vácuo no interior da borda de um dos corpos
de prova e fixou-se ao outro, para melhor aderência utilizou um suporte. Selou os
corpos de prova com borracha de silicone e esperou 24 horas para a cura.
26
O ExceLINX é um suplemento que permite o próprio Excel controlar o
instrumento através de uma planilha eletrônica, adquirir e tratar os dados em tempo
real sem precisar programar.
Para configurar o software ExceLINX foi necessário seguir os seguintes
passos:
1. Instale ExceLINX – 1A.
2. Comece o Excel.
3. Baixe o menu do ExceLINX da barra de ferramentas.
4. Fixar o endereço GPIB do dispositivo. Cada aparelho necessita de um
único endereço. Um dispositivo é configurado quando o software é
instalado. Se precisar utilizar outro multímetro é necessário outro
endereço, o software precisa comunicar com este novo endereço. Isto
é configurado no menu ExceLINX na barra de ferramentas, selecione
“Configure Instruments”.
a. Selecione a aba “Help” e “Show Wizard”.
b. Clique em “ Next”
c. Selecione “Add a Configuration”. Clique em “Next”.
d. Selecione GPIB, Serial... Clique em “Next”.
e. Selecione o cartão GPIB apropriado (ex. GPIB0). Clique em
“Next”.
f. Selecione o endereço GPIB apropriado (ex. 16). Clique em
“Next”.
g. Selecione o driver. Clique em “Next”.
h. Clique em “Next” e selecione o nome.
i. Clique em “Finish” para completar a configuração.
j. Salve e feche o painel de configuração.
27
feito a escolha do dispositivo a ser usado, retornar no menu,
clicar ExceLINX e selecionar “DMM Config” e depois “Detect
Device”, se o computador estiver comunicando com o aparelho
na linha 14 da planilha “Configure Scanning DMM Channels”
aparecerá o número do cartão, neste caso M7700.
c. Na seção “Channel Scan List” (linha 35) em “Enable” selecione a
opção “On”, ao lado selecione a lista de canais desejada em
“List” para as medidas de temperatura o canal no qual o
termopar será conectado é o cinco, portanto será selecionado da
seguinte maneira: 105.
d. Na mesma linha selecione o parâmetro desejado, a função que
o multímetro irá exercer, (“Function:”). A função escolhida para
este trabalho é ‘ Temp’ e ao lado em “Range”, que significa o
tipo de termopar, o selecionado é o tipo K.
e. Repita os passos de a à d para o segundo aparelho se for o
caso.
28
Fig 2.5.1 – Configuração do ExceLINX
− q& ρcr 2
k= Ei − (2.5.1)
4πT 4kt
29
na qual q& é potência dissipada por unidade de comprimento do fio, T a temperatura
no termopar, ρ a massa específica do compósito, r a distância do termopar ao fio
aquecido e t o tempo de medição.
∞
e −u
A função exponencial integral Ei (u ) =
∫x
u
du é avaliada por série de potências.
δ=
((k 1 − k m ) + (k 2 − k m ) + ... + (k n − k m )
2 2 2
) (2.5.2)
n −1
30
3- Resultados e Discussão:
2000
Epon 828 + D230 (100: 50)
1800
1600
Viscosidade (Pa. s)
1400
1200
1000
800
600
0 20 40 60 80 100
Tempo (min)
31
Epon 828 + D230 + nitreto de silício (100: 50: 10)
4 100 rpm
110 rpm
Viscosidade (Pa. s)
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Temperatura (°C)
220
200
Stycast 2850 + cat. 9
180
160
Viscosidade (Pa. s)
140
120
100
80
60
40
20
0 5 10 15 20 25 30
Tempo (min)
32
Stycast 1266
14
Stycast 1266
12
10
Viscosidade (Pa. s)
8
0 5 10 15 20 25 30
Tempo (min)
3,0
2,0
Viscosidade (Pa. s)
1,5
1,0
0,5
0,0
0 5 10 15 20 25 30 35
Tempo (min)
33
Stycast 1266 + nitreto de alumínio (100: 28: 10)
15
Viscosidade (Pa. s)
10
-5 0 5 10 15 20 25 30 35 40
Tempo (min)
Análise feita por DSC é importante para caracterizar o grau de cura da resina
epóxi em função do aumento da temperatura, sendo útil para comparar diferentes
resinas, diferentes catalisadores ou o efeito da adição de aditivos ou influências do
meio externo.
Comparando-se os valores obtidos para a temperatura de transição vítrea,
Tg , no primeiro, segundo e terceiro aquecimento, observou-se que as resinas
34
atingiram o grau de cura desejado e que nenhuma fração foi curada durante as
duas ultimas rampas de aquecimento, pois o valor da Tg para o segundo e o
terceiro aquecimento não diferiram mais que 5°C . Para a resina Stycast 2850, a
adição de carga aumentou o valor da Tg (Tabela 3.2.1), entretanto para a resina
-2
Epon 828 + D230 (100: 50)
-4
-6
Fluxo()
-8
-10
-12
35
Stycast 2850 + nitreto de alumínio (100: 3,5: 10)
1.0
Segundo aquecimento
Terceiro aquecimento
0.5
0.0
q (W)
-0.5
-1.0
Stycast 1266
Segundo aquecimento
1
Terceiro aquecimento
0
-1
-2
q (w)
-3
-4
-5
-6
36
Segundo aquecimento
0.0
Terceiro aquecimento
-0.5
-1.0
q (W)
-1.5
-2.0
-2.5
-3.0
-100 -50 0 50 100 150 200 250
Temperatura (°C)
-1.2
Segundo aquecimento
-1.4 Terceiro aquecimento
-1.6
-1.8
-2.0
q (W)
-2.2
-2.4
-2.6
-2.8
-3.0
-100 -50 0 50 100 150 200 250 300
Temperatura (°C)
37
Observou-se que à medida que o valor da corrente aplicada ao fio era
aumentado, o valor da condutividade térmica aumentava, mas não
consideravelmente para os valores de corrente selecionados, observou-se também
que com a adição de cargas o valor da condutividade aumentava.
O comportamento do gráfico para os diferentes valores de correntes
aplicadas a temperatura ambiente foi praticamente o mesmo, diferindo no valor da
inclinação da curva que aumentava com o aumento do valor da corrente. A seguir
são apresentados os comportamentos da curva e a linearização da mesma, para
apenas um valor de corrente para cada resina ou compósito.
Os valores encontrados para condutividade térmica dos materiais
selecionados a temperatura ambiente estão apresentados na Tabela 3.3.9. Para os
compósitos não dispunha de valores do transporte térmico obtidos com outras
técnicas na literatura. Empregou-se, portanto, corpo de prova retangular de
dimensões 84,65 x 80,80 x 7,80 mm 3 da resina epóxi, Stycast 2850, como padrão
para validação da metodologia descrita neste trabalho, e a empregou então para
determinação da condutividade térmica dos cilindros das resinas e dos compósitos.
Os resultados encontrados e da literatura [14] para as placas estão na tabela 3.3.1.
50
45
Temperatura (°C)
40
35
30
25
-4 -2 0 2 4
ln tempo
38
Stycast 2850 0,78 W/ mK 0,781 ± 0,0026
70
60
50
Temperatura (°C)
40
30
20
10
-4 -2 0 2 4
ln tempo
39
65
60
55
Temperatura (°C)
50
45
40
35
30
25
-4 -2 0 2 4
ln tempo
40
• Epon 828 + D230 + nitreto de alumínio (100: 33: 15)
70
60
Temperatura (°C)
50
40
30
20
-4 -2 0 2 4
ln tempo
41
• Stycast 2850 + catalisador 9
70
60
Temperatura (°C) 50
40
30
20
10
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
ln (tempo)
42
Stycast 2850 + nitreto de alumínio (100: 3,5: 10)
70
65
60
Temperatura (°C)
55
50
45
40
35
-4 -2 0 2 4
ln tempo
43
Stycast 1266 + nitreto de silício (100: 28: 10)
40
38
36
Temperatura (°C) 34
32
30
28
26
24
22
20
-4 -2 0 2 4
ln tempo
44
Stycast 1266 + nitreto de alumínio (100: 28: 10)
80
70
60
Temperatura (°C)
50
40
30
20
-4 -2 0 2 4
X Axis Title
45
Observou-se que o método do fio quente é eficiente na determinação da
condutividade térmica a temperatura ambiente em compósitos de matriz polimérica e
que a incorporação de carga pode resultar no aumento da condutividade térmica.
O tratamento estatístico não pode ser feito a 77K, pois o comportamento das
curvas e o valor da condutividade térmica diferiram bastante, talvez as discrepâncias
possam ser associadas ao grau de cristalinidade ou a história térmica da amostra,
uma vez que esses fatores podem afetar as propriedades térmicas de polímeros ou
a borracha de silicone não estava vedando, assim o nitrogênio líquido entrou em
contato com a resistência de Manganin e com o termopar interferindo nas medidas.
Os valores encontrados de condutividade térmica deram superiores aos
valores a temperatura ambiente (Tabela 3.3.10). As curvas e a condutividade
térmica foram calculados para os corpos de prova que melhor comportamento
obtiveram e estes corpos de prova não estavam isolados com graxa e borracha de
silicone, apenas estavam envolvidos por fita crepe.
46
Epon 828 + D230 + nitreto de silício (100: 50: 10)
-163
-165
-166
-167
-168
-169
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
ln tempo
-154
-156
-158
Temperatura (°C)
-160
-162
-164
-166
-168
-170
-172
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
ln tempo
47
Stycast 2850 + catalisador 9
-176
-178
-180
-182
Temperatura (°C)
-184
-186
-188
-190
-192
-194
-4 -2 0 2 4
ln tempo
-170
-175
Temperatura (°C)
-180
-185
-190
-195
-4 -2 0 2 4
ln tempo
48
Stycast 1266 + nitreto de silício (100: 28: 10)
-154
-156
-158
-160
Temperatura (°C)
-162
-164
-166
-168
-170
-172
-4 -2 0 2 4
ln tempo
-140
-145
-150
Temperatura (°C)
-155
-160
-165
-170
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3
ln tempo
49
4- Conclusão:
50
5- Referências bibliográficas
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51
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Determinação das Propriedades Térmicas de Polímeros, (2002).
[14] Slack, G.A., Tanzilli R.A., Pohl R.O., Vandersande J.W., J. Phys. Chem. Solids
48, 7 (1987), 641-647.
Aluna: _____________________________________________
Joice Porfirio
Orientador: _________________________________________
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