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Centro de Tecnologia e Urbanismo

Hidráulica Agrícola
Hidrodinâmica
Noções sobre Condutos Livres

Prof. Msc. Nelson R. Amanthea


amanthea@uel.br
Jun 2008
Objetivo

¾ Visão prática da utilização de condutos livres


Š Características construtivas principais

¾ Escoamento Livre
Š Classificação

Š Energia Específica

Š Regimes de Escoamento

¾ Canais
Š Noções sobre Dimensionamento de Canais
Definição
Condutos Livres

Condutos sujeitos à pressão atmosférica em


pelo menos um ponto de sua seção de
escoamento.
Condutos Livres
Utilização na Zona Rural
Condução e distribuição de água

Transportam água da fonte de captação até o


local de uso. O nível da água no canal deve
estar numa cota que permita a distribuição
por gravidade
Exemplos de uso: irrigação, condução de água para
tanques de criação de peixes, distribuição de resíduos...
Condutos Livres
Utilização na Zona Rural
Canal de irrigação elevado
Condutos Livres
Utilização na Zona Rural
Drenagem

Exemplos de uso: drenagem de superfície (terraços), de


quadras de arroz, de tanques e açudes...
Condutos Livres
Forma dos Canais

¾ Trapezoidal (mais utilizada) ou triangular


para canais escavados em terra sem
revestimento;

¾ Retangular, semicircular e também


trapezoidal para canais revestidos;

¾ Circular (tubos de concreto) para galerias


de águas pluviais e esgoto.
Condutos Livres
Forma dos Canais
Canal trapezoidal escavado em terra
Condutos Livres
Forma dos Canais
Canal trapezoidal revestido
Condutos Livres
Forma dos Canais
Calhas semicirculares em polietileno para canais
Condutos Livres
Forma dos Canais
Calhas semicirculares em polietileno para canais

Antes Depois
Condutos Livres
Forma dos Canais
Calhas semicirculares em polietileno para canais
Condutos Livres
Forma dos Canais
Inclinação das paredes laterais (talude)

m
Trapezoidais
Condutos Livres
Forma dos Canais
Inclinação das paredes laterais (talude)

Tipo de solo m
Arenoso 3:1
Barro-arenoso 2 a 2,5:1
Barro-argiloso 1,5 a 2:1
Argiloso 1 a 2:1
Cascalho 1 a 1,5:1
Rocha 0,25 a 1:1
Condutos Livres
Revestimento

¾ Reduzir perdas por infiltração durante a


condução de água

¾ Evitar o crescimento de vegetação

¾ Evitar o desmoronamento das paredes do


canal

Materiais para revestimento: Concreto; lona plástica,


manta de borracha; alvenaria de tijolos ou pedras;
compactação, solo-cimento; pré-moldados: canaletas de
concreto, plástico...
Condutos Livres
Revestimento
Desmoronamento e crescimento de vegetação em canais
Condutos Livres
Revestimento
Condutos Livres
Revestimento Alvenaria de Tijolos
Condutos Livres
Declividade

Curvas podem ser Degraus podem ser


necessárias para adaptação necessários para manter a
ao relevo do terreno. declividade.
Escoamento Livre
Ocorrência

Rios
Canais Naturais
Estuários
Circulares
Retangulares
Condutos fechados Ovais
Ferradura
Outros...

Canais Artificiais
Semi-circulares
Retangulares
Condutos abertos Trapezoidais
(escavados) Triangulares
Outros...
Escoamento Livre
Classificação

Uniforme
Não Permanente Gradualmente Variado
Caso
Q, Geral
y≠c cte Variado
Bruscamente Variado
Escoamento
Uniforme
Permanente vmédia , y =c
=cte

Caso Particular
Q = constante
Gradualmente Variado
Variado vmédia = moderada
vmédia , A ≠c
≠cte
Bruscamente Variado
vmédia = acentuada
Escoamento Livre
Classificação
Remanso Ressalto

Uniforme
Gradualm
ente
Variado Gradualm
ente
Variado
Uniforme
Bruscam
ente Bruscam
Variado ente
Variado
Escoamento Livre
Seção Transversal
Largura B

ym Área A
y

A
ym = Pm
B

Ym: profundidade média

A
RH =
Pm

RH = raio hidráulico
Escoamento Livre
Seção Longitudinal
v12 Linha hf
Energ
ética
2g I

y1
J v 22
2g
y

E1
y2
1 E2
α i
i = tan( α )

z1 2
v12 v22
z1 + y1 + = z 2 + y2 + + hf z2
2g 2g

Plano de Referência
Escoamento Livre
Energia Específica

v2 Q2
E=y+ ⇒ E=y+ como A = f ( y )
2g 2 g A2

Q2
⇒ E=y+
2 g f ( y)2
Escoamento Livre
Energia Específica

y y y
Q2
E1 = y E2 =
2g f (y)2
yf
+ =

E = E1 + E 2
yc
yt
E
E E Ec E

Energia Crítica Ec ⇒ Profundidade Crítica yc ⇒ escoamento Crítico

yf ⇒ região do escoamento Subcrítico (ou Fluvial ou Tranqüilo ou Superior)

yt ⇒ região do escoamento Supercrítico (ou Torrencial ou Rápido ou Inferior)


Escoamento Livre
Energia Específica
Para cada valor de vazão escoando pelo canal corresponderá uma curva
de Energia Específica

y Q3 Q4
Q2
Q1

Vazões crescentes

Família de curvas de Energia Específica para um Canal


Escoamento Livre
Caracterização do Escoamento
Número de Froude (Fr)

Fr = 1 Î Escoamento Crítico y = yc
v
Fr = Fr < 1 Î Escoamento Subcrítico y > yc
g ym
Fr > 1 Î Escoamento Supercrítico y < yc

v: velocidade média
Ym : profundidade média yf
g: aceleração da gravidade
yc
yt
E Ec E
Escoamento Livre
Regime de Escoamento
• Escoamento Crítico
• Escoamento Supercrítico
• Escoamento Subcrítico

Ao escoamento de uma dada vazão constante, em condições de profundidade e


declividade crítica corresponderá, analogamente, a ocorrência de Velocidade
Crítica
Para uma determinada condição crítica do escoamento, em termos de
profundidade, velocidade e declividade, corresponderá uma determinada Vazão
Crítica

> declividade do fundo do canal Î > da velocidade do escoamento. De acordo


com a equação da continuidade, ao aumento de velocidade corresponderá uma
redução na profundidade do escoamento, podendo-se chegar a um ponto em que
a profundidade atinge o seu valor crítico: a Declividade Crítica
Escoamento Livre
Regime de Escoamento
Caracterização e ocorrência do Escoamento Crítico

vc
Fr = =1 ⇒ vc = g ym ⇒ v2
c = g ym ⇒ vc = g ym
g ym

A Q Q2 A
como ym = e v= ⇒ =g
B A A2 B

Q2 B = g A3
Escoamento Livre
Exemplo 1
Regime de Escoamento
Um canal retangular, com 3m de largura, conduz a vazão de 3.600 l/s.
Calcular a profundidade e a velocidade, críticas.

3m
Q2 B = g A 3
A
ym =
A = 3 yc yc
B
vc = g ym

Cálculo da Profundidade Crítica

38,88
Q2 B = g A3 ⇒ 3,62 ⋅ 3 = 9,81 ⋅ (3 yc )3 ⇒ y3
c = ⇒ yc = 0,53m
264,87
Cálculo da Velocidade Crítica

vc = g ym ⇒ vc = 9,81 ⋅ 0,53 ⇒ vc = 2,27 m/s


Escoamento Livre
Exemplo 2
Regime de Escoamento
Um canal trapezoidal, com 5m de largura do leito e taludes de 1:2 (v:h), conduz
a vazão de 50m3/s. Calcular a profundidade e a velocidade, críticas.

B = b + 4yc
Q2 B = g A 3
A
ym =
A=
(b + B) ⋅ y yc
B
1 c
2 vc = g ym
2

Cálculo da Profundidade Crítica b


Q2 B = g A3 ⇒ Q2 ⋅ (b + 4y c ) = 9,81 ⋅ [(b + 2yc ) yc ]3 ⇒ 502 ⋅ (5 + 4y c ) = 9,81 ⋅ [(5 + 2yc ) yc ]3

yc = 1,72m

Cálculo da Velocidade Crítica


A ⎛ by + 2y2 ⎞
vc = g ym ⇒ vc = g⋅ ⇒ vc = 9,81 ⋅ ⎜ c c ⎟ ⇒ ‘
vc = 3,46 m/s
B ⎜ b + 4y c ⎟
⎝ ⎠
Escoamento Livre
Permanente e Uniforme
v 12 Linha hf
Energ
ética
2g I

y
J v 22
2g
y

E1
y
1 E2
hf α i
i = tan( α )

z1 2
v12 v22
z1 + y1 + = z 2 + y2 + + hf z2
2g 2g

Plano de Referência
Escoamento Livre
Permanente e Uniforme
Fórmula de Manning

2 I I
v = RH
2
3
Q = A RH 3
n n
v : velocidade média na seção transversal

Q : vazão no conduto livre

RH : raio hidráulico

I : declividade do fundo do canal

n : coeficiente de rugosidade de Manning


Escoamento Livre
Valores de n para Condutos Livres Fechados

Natureza das Paredes Condiç


Condições
Escoamento Permanente e Uniforme

Muito boas Boas Regulares Más

Tubos de ferro fundido sem


0,012 0,013 0,014 0,015
revestimento

Idem, com revestimento de alcatrão 0,011 0,012* 0,013* -

Tubos de ferro galvanizado 0,013 0,014 0,015 0,017

Tubos de bronze ou de vidro 0,009 0,010 0,011 0,013

Condutos de barro vitrificado, de


0,011 0,013* 0,015 0,017
esgotos

Condutos de barro, de drenagem 0,011 0,012* 0,014* 0,017

Alvenaria de tijolos com argamassa de


cimento; condutos de esgotos, de 0,012 0,013 0,015* 0,017
tijolos

Superfí
Superfícies de cimento alisado 0,010 0,011 0,012 0,013

Superfí
Superfícies de argamassa de cimento 0,011 0,012 0,013* 0,015

Tubos de concreto 0,012 0,013 0,015 0,016

* Valores aconselhados para projetos Eurico Trindade Neves


Valores de n para Condutos Livres Artificiais Abertos
Condiç
Condições
Natureza das Paredes

Muito boas Boas Regulares Más


Escoamento Permanente e Uniforme

Condutos de aduelas de madeira 0,010 0,011 0,012 0,013

Calhas de pranchas de madeira aplainada 0,010 0,012* 0,013 0,014

Idem, não aplainada 0,011 0,013*


0,013* 0,014 0,015

Idem, com pranchões 0,012 0,015* 0,016 -

Canais com revestimento de concreto 0,012 0,014


0,014* 0,016
0,016 0,018
0,018

Alvenaria de pedra argamassada 0,017


0,017 0,020
0,020 0,025
0,025 0,030
0,030

Alvenaria de pedra seca 0,025


0,025 0,033 0,033
0,033 0,035
0,035

Alvenaria de pedra aparelhada 0,013


0,013 0,014
0,014 0,015
0,015 0,017
0,017

Calhas metá
metálicas lisas (semicirculares) 0,011 0,012 0,013 0,015

Idem corrugadas 0,0225 0,025 0,0275 0,030

Canais de terra, retilí


retilíneos e uniformes 0,017 0,020 0,0225* 0,025

Canais abertos em rocha, uniformes 0,025 0,030 0,033* 0,035

Idem, irregulares; ou de paredes de pedras 0,035 0,040 0,045 -

Canais dragados 0,025 0,0275* 0,030 0,033

Canais curvilí
curvilíneos e lamosos 0,0225 0,025* 0,0275 0,030

Canais com leito pedregoso e vegetaç


vegetação nos taludes 0,025 0,030 0,035* 0,040

Canais com fundo de terra e taludes empedrados 0,028


0,028 0,030
0,030 0,033
0,033 0,035
0,035

Eurico Trindade Neves


Valores de n para Condutos Livres Naturais Abertos (Arroios e Rios)
Escoamento Permanente e Uniforme

Condiç
Condições
Arroios e Rios

Muito boas Boas Regulares Más

(a) Limpos, retilí


retilíneos e uniformes 0,025 0,0275 0,030 0,033

(b) Idem a (a), poré


porém com vegetaç
vegetação e pedras 0,030 0,033 0,035 0,040

(c) Com meandros, bancos e poç


poços pouco profundos, 0,035 0,040 0,045 0,050

limpos

(d) Idem a (c), águas baixas, declividades fracas 0,040 0,045 0,050 0,055

(e) Idem a (c), com vegetaç


vegetação e pedras 0,033 0,035 0,040 0,045

(f) Idem a (d), com pedras 0,045 0,050 0,055 0,060

(g) Com margens espraiadas, pouca vegetaç


vegetação 0,050 0,060 0,070 0,080

(h) Com margens espraiadas, muita vegetaç


vegetação 0,075 0,100 0,125 0,150

Eurico Trindade Neves


Escoamento Livre
Valores de n - Manning
Escoamento Permanente e Uniforme
Escoamento Livre
Limites aconselháveis de Velocidades
Escoamento Permanente e Uniforme
Escoamento Livre
Limites aconselháveis de Taludes das Margens
Escoamento Permanente e Uniforme

m=1/tana
Canais
Elementos Característicos
Seção transversal S e área molhada A

Borda livre ou folga

A Altura de água h

⎛ B+b⎞
A=⎜ ⎟.h ou A = h.(b + m.h )
⎝ 2 ⎠
Canais
Elementos Característicos
Perímetro Molhado Pm

É a linha que limita a seção molhada junto às


paredes e ao fundo do canal

h1 h2
Pm1 a Pm2
b1 b2
Pm1 = b1 + 2.h1. m 2 + 1
Pm 2 = b2 + 2.h2
1
m=
tan(α )
Canais
Elementos Característicos
Raio Hidráulico RH

Raio hidráulico é a relação entre a seção molhada A


e o perímetro molhado Pm

A
RH =
Pm
Canais
Elementos Característicos
Velocidade da água v

¾ A velocidade adotada nos cálculos corresponde a um


valor médio: varia com a posição e com a
profundidade considerada;
¾ A velocidade será menor junto às margens e ao fundo
devido ao atrito da água contra essas superfícies
sólidas;
¾ A velocidade será máxima no centro do canal, um
pouco abaixo da superfície (devido à resistência
oferecida pelo ar na superfície).
Canais
Elementos Característicos
Velocidade da água v
Canais
Elementos Característicos
Velocidades médias máximas recomendadas

Tipo de solo Velocidade média máxima


recomendada (m/s)
Arenoso 0,3 a 0,7

Barro-arenoso 0,5 a 0,7

Barro-argiloso 0,6 a 0,9

Argiloso 0,9 a 1,5

Cascalho 0,9 a 1,5

Rocha 1,2 a 1,8


Canais
Elementos Característicos
Declividade Longitudinal I

y
I = = tan θ
x

Nível d
e água

Fund
o do
c an al
x
θ y

A declividade I define a inclinação do fundo do canal em


relação ao plano horizontal.
Canais
Elementos Característicos
Declividade Longitudinal I

Para canais de irrigação e de drenagem de


pequenas dimensões, os valores usuais de I
variam entre 0,1 e 0,4%:
Š 0,001 m de desnível por metro de comprimento
de canal até,
Š 0,004 m de desnível por metro de comprimento
de canal.
Canais
Dimensionamento
Equação de Manning e Continuidade

2/3
RH . I
v= Q = v.A
n
Continuidade
Manning
Q: vazão escoada no canal
v : velocidade média do (m3/s);
escoamento (m/s);
v: velocidade média do
RH: raio hidráulico do canal (m);
escoamento (m/s);
I : declividade do fundo do canal A: área molhada na seção
(m/m);
transversal (m2).
n : coeficiente dado em função
da rugosidade das paredes e do
fundo do canal
Canais
Dimensionamento
Escoamento Permanente e Uniforme

Elementos das Seções Transversais


Canais
Dimensionamento
Problemas Típicos
Escoamento Permanente e Uniforme

4 casos possíveis, considerando as variáveis Forma do Canal (Área),


natureza das paredes do canal, Q, v, I:

Casos Têm-se Procura-se

I n, forma do canal, A, I v, Q
Cálculo direto
II n, forma do canal, A, Q v, I

III n, forma do canal, Q, I v, A


Cálculo iterativo
IV n, forma do canal, v, I Q, A
B=b+2my

Canais 1 A = (b + m y ) ⋅ y y
Exemplos 3,4,5 e 6
m
Escoamento Permanente e Uniforme

Dados

Forma da seção transversal: trapezoidal

Largura da base da seção: 5,0 m

Profundidade d’água: 3,0 m

Talude das margens: 1:2 (v:h)

Natureza das paredes do canal: alvenaria


Coeficiente de rugosidade de Manning: 0,025

Vazão no canal: 54,33 m3/s

Velocidade Média do escoamento: 1,65 m/s

Declividade do fundo do canal: 0,45 m/km


B=b+2my

A = (b + m y) ⋅ y

Canais 1
m
y

Exemplo 3 Formulação de Manning b


– Caso I – 1 2 1
v = Rh 3 I 2
n
Escoamento Permanente e Uniforme

Um canal escavado com paredes de alvenaria, possui seção transversal em


formato trapezoidal, com base igual a 5m e talude das margens 1:2 (v:h). O
coeficiente de rugosidade da equação de Manning é igual a 0,025 (tabela).
Sabendo-se que a profundidade d’água é de 3m e a declividade do fundo do
canal é 0,45m/km, pede-se calcular a velocidade média e a vazão escoando pelo
canal.

Solução:
RH =
A
=
(b + my ) y = 33,00 = 2,70 m
Pm b + 2 m 2 + y 2 12,21
1
1 2 ⎛ 0 ,45 ⎞ 2
v= ⋅ 2 ,70 3 ⋅ ⎜⎜ ⎟⎟ = 1,6463 m / s ⇒ v = 1,65 m / s
0 ,025 ⎝ 1000 ⎠

Q = Av = 33 ,0 ⋅ 1,65 = 54 ,33 m3 / s
B=b+2my

A = (b + m y) ⋅ y

Canais 1
m
y

Exemplo 4 Formulação de Manning b


– Caso II – 1 2 1
v = Rh 3 I 2
n
Escoamento Permanente e Uniforme

Um canal escavado com paredes de alvenaria, possui seção transversal em


formato trapezoidal, com base igual a 5m e talude das margens 1:2 (v:h). O
coeficiente de rugosidade da equação de Manning é igual a 0,025 (tabela).
Sabendo-se que a vazão escoando pelo canal é 54,33 m3/s e a profundidade
d’água é de 3m, pede-se calcular a declividade do fundo do canal e a
velocidade média do escoamento.

Solução:
A (b + my ) y = 33,00 = 2,70 m
A = (5 + 2 × 3)× 3 = 33,0 m ; 2 RH = =
p b + 2 m 2 + y 2 12,21
Q 54 ,33
v= = = 1,6464 m / s ⇒ v = 1,65 m / s
A 33 ,0
1 2 1
1,6464 = ⋅ 2 ,70 3 ⋅ I 2 ⇒ I = 0 ,45 m / km
0 ,025
B=b+2my

A = (b + m y) ⋅ y

Canais 1
m
y

Exemplo 5 Formulação de Manning b


– Caso III – 1 2 1
v = Rh 3 I 2
n
Escoamento Permanente e Uniforme

Um canal escavado com paredes de alvenaria, possui seção transversal em


formato trapezoidal, com base igual a 5m e talude das margens 1:2 (v;h).
O coeficiente de rugosidade da equação de Manning é igual a 0,025 (ver
tabela anterior).
Sabendo-se que a vazão escoando pelo canal é 54,33 m3/s e a declividade
do fundo do canal é 0,45 m/km, pede-se calcular a profundidade d’água e a
velocidade média do escoamento.

Solução:
A = (5 + 2 ⋅ y ) ⋅ y ; RH =
A
=
(5 + 2 y ) y ; v=
Q
=
54,33
p 5 + 2 22 + y 2 A (5 + 2 ⋅ y ) ⋅ y
2
⎛ ⎞ 3
54 ,33 1 ⎜ (5 + 2y ) y ⎟ ⎛ 0 ,45 ⎞ 1 2
= ⋅⎜ ⎟ ⋅ ⎜⎜ ⎟⎟ ⇒ y = 3,00 m
Manning:
(5 + 2 ⋅ y ) ⋅ y 0 ,025 ⎜ 5 + 2 22 + y 2 ⎟ ⎝ 1000 ⎠
⎝ ⎠ Iteração Excel
Q 54 ,33
v= = = 1,65 m / s
A (5 + 2 ⋅ 3,0) ⋅ 3,0
B=b+2my

A = (b + m y) ⋅ y

Canais 1
m
y

Exemplo 6 Formulação de Manning b


– Caso IV – 1 2 1
v = Rh 3 I 2
n
Escoamento Permanente e Uniforme

Um canal escavado com paredes de alvenaria, possui seção transversal em


formato trapezoidal, com base igual a 5m e talude das margens 1:2 (v;h).
O coeficiente de rugosidade da equação de Manning é igual a 0,025 (ver
tabela anterior).
Sabendo-se que a a velocidade média do escoamento é 1,6463 m/s e a
declividade do fundo do canal é 0,45 m/km, pede-se calcular a vazão
escoando pelo canal e a profundidade d’água do mesmo.

Solução:
v = 1,6463 m / s ; A = (5 + 2 ⋅ y ) ⋅ y ; RH =
A
=
(5 + 2 y ) y
p 5 + 2 22 + y 2
2

Manning: 1 ⎛⎜ (5 + 2 y ) y ⎞ 3 ⎛ 0,45 ⎞ 1
⎟ ⋅⎜ y = 3,00 m
1,6463 = ⋅ ⎟ 2 ⇒
0,025 ⎜⎝ 5 + 2 2 2 + y 2 ⎟ ⎝ 1000 ⎠
⎠ Iteração Excel

Q = Av = 33,0 × 1,6463 = 54,33 m 3 / s


Canais
Seção de Máxima Eficiência Hidráulica

I 2 A A
v= RH = 2
RHmáx =
Escoamento Permanente e Uniforme

RH3
Pm v máx = c × R
te 3
Hmáx Pmín
n

perímetro molhado mínimo Î máxima eficiência hidráulica

Seções transversais com perímetro molhado mínimo


Î Seção de máxima eficiência hidráulica

Entre áreas iguais: Semicircunferência apresenta o menor perímetro


Î maior vazão
Canais
Seções com Máxima Eficiência
Escoamento Permanente e Uniforme
Objetivo

¾ Visão prática da utilização de condutos livres


Š Características construtivas principais

¾ Escoamento Livre
Š Classificação

Š Energia Específica

Š Regimes de Escoamento

¾ Canais
Š Noções sobre Dimensionamento de Canais
Referências

FIALHO, Gilberto. Hidráulica: Conceitos e Aplicações.Escola


Politécnica da UFRJ. 2006 [Apresentação em Powerpoint]

USP. Escola Politécnica. Condutos Livres: Notas de Aula do


curso PHD2301- Hidráulica I.São Paulo. 2004.
UFSC. Condutos Livres. Disponível em:
www.cca.ufsc.br/~aaap/irrigacao/irrigacao_superficie/con
dutos_livres.ppt . Acesso em 18 maio 2008.
[Apresentação em Powerpoint].
Centro de Tecnologia e Urbanismo

Hidráulica Agrícola

Prof. Msc. Nelson R. Amanthea


amanthea@uel.br
Jun 2008

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