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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA


Núcleo Didático-Científico de Geomática

LISTA RESOLVIDA PARA A SEGUNDA PROVA DE GEA170 - TOPOGRAFIA I


Profa. Dra. Marina Elisei Serra
Resoluções: Vinicius Neves de Sousa

Considerações importantes:

• A lista não abrange todo o conteúdo da prova, por isso é essencial que se estude
os slides e anotações de aula.

• Ao final de cada questão consta o referencial teórico (Slide da disciplina) utilizado


para a resolução. Vale lembrar que os conceitos são citados com mais detalhes em sala
de aula.

Conhecimento necessário para desenvolver a atividade:

• Conteudo da lista anterior.


• Tipos de levantamento
• Métodos do levantamento Planimétrico.
• Sistemas de referencia e de coordenadas.
• Conceito de Azimute e Rumo.
• Relações trigonométricas.
• Medição de distâncias (estadimetria)
• Cálculos do trabalho prático.

Legenda:

Em Vermelho: Resposta.
Em Verde: Dica de resolução.
Em Azul: Referencial.

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1. Explique o que se pede nos itens a seguir:

a) Levantamento Topográfico.

R: O Levantamento topografico envolve um conjunto de métodos e processos que,


através de medidas angulares e lineares, implanta, materializa pontos e determina
suas coordenadas.
Referência: Aula 10 e 11- Levantamento topográfico Planimétrico: Tipos e Métodos.

b) Levantamento Planimétrico

R: Consiste em vários procedimentos topográficos, visando a representação gráfica de


uma área do terreno, sem considerar o relevo, através da obtenção de elementos
necessários como ângulos, distâncias, localização geográfica e posição ou orientação.
Referência: Aula 10 e 11- Levantamento topográfico Planimétrico: Tipos e Métodos.

c) Levantamento Altimétrico

R: Consiste em vários procedimentos topográficos, visando a representação gráfica do


relevo de uma área do terreno, através da obtenção de elementos necessários como ângulos,
distâncias, e altitudes.
Referência: Aula 10 e 11- Levantamento topográfico Planimétrico: Tipos e Métodos.

d) Levantamento Planialtimétrico

R: Consiste em vários procedimentos topográficos, visando a representação gráfica de


uma área do terreno, considerando o relevo, através da obtenção de elementos
necessários como ângulos, distâncias, localização geográfica e posição ou orientação.
Referência: Aula 10 e 11- Levantamento topográfico Planimétrico: Tipos e Métodos.

e) Norma sobre levantamento topográfico

R: A NBR 13133 de 1994 – Execução de levantamento topografico, além de definir o


levantamento de detalhes, tem por objetivo, fixar condições exigíveis para a execução
de levantamento topográfico destinado a obter: conhecimento geral do terreno; informações
sobre o terreno destinadas a estudos preliminares de projetos; informações sobre o terreno
destinadas a anteprojetos ou projetos básicos; informações sobre o terreno destinadas a
projetos executivos.
Referência: Aula 10 e 11- Levantamento topográfico Planimétrico: Tipos e Métodos.
NBR1313

f) Métodos de Levantamento Planimétrico


R: Irradiações: consiste em instalar o equipamento apenas uma vez, fazer a ré no primeiro
irradiado e as medidas de angulos e distancias através da mesma estação instalada.
Caminhamento: consiste em percorrer o contorno de um itinerário definido por uma
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série de pontos, medindo-se todos os ângulos, lados e uma orientação inicial. A partir destes
dados e de uma coordenada de partida, é possível calcular as coordenadas de todos os pontos.
Interseção: consiste em localizar, estrategicamente, dois pontos intervisíveis, de onde
possam ser avistados todos os demais pontos que a definem. Assim, mede-se a distância
horizontal entre os pontos intervisíveis e os ângulos horizontais formados entre eles e o ponto
inacessível, formando um triangulo no qual se conhece dois angulos e um lado, e assim
utiliza-se relações trigonometricas para calcular as coordenadas do ponto inacessível.
GNSS: São coletadas coordenadas de cada ponto do terreno, sem utilização de pontos de
poligonal. Cada ponto já estará apoiado. Em seguida, Por meio de cálculos matemáticos,
pode-se saber o azimute de um alinhamento e a distância entre pontos.
Referência: Aula 10 e 11- Levantamento topográfico Planimétrico: Tipos e Métodos.

g) Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas – SIRGAS


R: O Sistema de Referencia Geocentrico para as Americas (SIRGAS2000), define uma superficie
terrestre de referencia na qual é utilizado no Brasil como SGB desde 2005, com Datum vertical em
Ibituba-SC.
Referência: Aula 7- Sistemas de referência e coordenadas.

h) Sistema de Projeção Universal Transversa de Mercator – Sistema UTM


R: É um sistema universal, que utiliza de uma projeção cilindrica e transversa (eixo do cilindro
no plano do Equador), utilizado internacionalmente para representação da superficie da Terra.
Tem o objetivo de minimizar todas as deformações de um mapa a níeis toleráveis,
representando-os em um sistema ortogonal. Divide a Terra em 60 fusos de 6° contados a partir do
antemeridiano de Greenwich (180°), para leste.
Referência: Aula 8- GNSS.

2. Represente no eixo cartesiano as coordenadas absolutas dos pontos abaixo:


Coordenadas retangulares relativas Coordenadas retangulares absolutas
Estação Vértice (m) (m)
x y X Y
E0 E1 4 2,5 55,50 100,00
E1 E2 -1,5 4 50,00 104,00
E2 E3 -2 -2 48,00 102,00
E3 E0 3,5 -2,5 51,50 99,50

Para calcular as coordenadas absolutas, basta apenas pegar a coordenada absoluta do ponto
anterior e somar com a coordenada relativa do ponto que se deseja encontrar. Quando não se
chega no mesmo valor de partida obten-se o erro de fechamento linear.

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106
E2
104
E3
102
E1
100 E4

98
96
94
36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 X
OBS: Desenho não está em escala, é apenas representativo, faça o seu em escala!
Referência: Aula Prática.

3. Em um levantamento topográfico, conforme o croqui apresentado abaixo, foram obtidos


os seguintes valores:

a) PQ = 200,00 m (linha de base)


b) a partir do ponto P: BPA = 40°58'; APQ = 38°40'
c) a partir do ponto Q: BQP = 29°30'; AQP = 108°20'
Determinar:

a) O comprimento do alinhamento AB;


b) As coordenadas cartesianas (ou retangulares) dos vértices Q, A e B, considerando-se o
alinhamento PQ sobre o eixo X e o ponto P na origem, isto é, P (0,00; 0,00)
c) Área do polígono
d) Citar o método de levantamento e em que situações ele é mais utilizado

Para esse exercicio vamos fazer algumas considerações, representadas no desenho.


Primeiro inserimos os dados no desenho. Em seguida calculamos o angulo α e β, utilizando a
regra de que a soma dos angulos internos de um triangulo é 180°.
As variaveis foram representadas com cores para melhor entendimento.

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X DHab

β α


J H
Y
K
I

40°58’
108°20’
38°40’ 29°30’
200 m

38°40’ + 108°20’ + α = 180°

29°30’ + 38°40’+40°58’+β = 180°

α = 33° e β = 70°52’

a) Usando a relação trigonométrica da lei dos senos:

𝐻 200
= H = 348,58
sin 108°20′ sin 𝛼

𝐼 𝐻
= I = 229,43
sin 38°40′ sin 108°20′

𝐽 200
= J = 208,24
sin(38°40′ +40°58′ ) sin 𝛽

Agora utilizando a lei dos cossenos:

𝐷𝐻𝑎𝑏 = √𝐽2 + 𝐼 2 − 2 ∗ 𝐼 ∗ 𝐽 ∗ cos (108°20′ − 29°30′ )

DHab = 278,383m

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b) Q = (200 m ; 0 m)

Para calcular as coordenadas do ponto B precisamos encontrar as variáveis K , Ω,


X e Y.

Ω = 90° - 40°58’ – 38°40’ Ω = 10°22’

𝐾 200
= K = 104,249 m
sin 29°30′ sin 𝛽

X = sin ( Ω ) x K X = 18,758 m

Y = cos ( Ω ) x K Y = 102,541 m

Assim temos que:

B = (18,758m ; 102,541m )

Para encontrar a coordenada x do ponto A basta somar DHab na coordenada x de B.

A = (297,141m ; 102,541m)

c) Utilizando o método da determinante, obtemos a seguinte tabela:

PV Abcissa Ordenada Xn*Yn+1 Xn*Yn-1


A 297,141 102,541
B 18,758 102,541 30469,14 1923,464
P 0,000 0,000 0 0
Q 200,000 0,000 0 0
A 297,141 102,541 20508,2 0
SOMA 50977,34 1923,464

Logo: 2xA = | 1923,464 – 50977,335 |

A = 24526,936 m²

d) Levantamento por interseção. Utilizado para levantamento de pontos inacessíveis.

Referência: Aula 7- Sistemas de referência e coordenadas.

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4. Determine o Azimute da direção 4-5:


Coordenadas do ponto 4: X4 = 479,234m; Y4 = 253,786 m
Coordenadas do ponto 5: X5 = 301,459m; Y5 = 502,591 m

|X5-X4| = 177,775 m
|Y5-Y4| = 248,805 m

Tg α = Y / X

α α = arctg ( 248,805 / 177,775 )

α = 54°27’13”

Az = 270° + α

Az = 324°27’13”
Referência: Extras: Trigonometria .

5. Num levantamento topográfico foi necessário medir um ponto de divisa (PD), localizado
em uma área alagada e inacessível. Utilizando o método de levantamento por intersecção, foram
obtidos os dados abaixo. Pede-se calcular a distância horizontal entre a estação E2 e o referido
ponto.
Estação Ponto Visado Ângulo horário DH (metros) Observações
E2 E3 132°20’ 323,55 Ré em E1
E2 PD 201°14’ ------ Ré em E1
E3 PD 325°50’ ------ Ré em E2

E1
Observe as cores dos vetores e seus respectivos ângulos.
68°54’

E2 DH 34°10’ Utilizando Lei dos


DH
E3 Senos:
76° 56’
𝐷𝐻 323,55
PD =
sin 34°10′ sin 76°56′

201°14’- 132°20’ = 68°54’ DH = 186,54 m

360° - 325°50’ = 34°10’

180° - 68°54’- 34°10’ = 76°56’


Referência: Aula 4- Orientação de Plantas.

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6. Sejam A e B duas estações de coordenadas:


Ponto X(m) Y(m)
A 3669,35 m 3812,07 m
B 1746,89 m 1631,32 m
Pretende-se implantar no terreno um PONTO C de coordenadas:
Ponto X (m) Y (m)
C 3700,00 1675,00
Calcule:
a) O ângulo BÂC.
b) O ângulo A𝐵̂C.
c) As distâncias horizontais AC e BC.
Faça o desenho pra facilitar. OBS: desenho fora de escala. As variáveis que o problema deseja
encontrar são: BÂC, ABC, DHac, DHbc. As linhas das cores azul claro são auxiliares.
Y (Y=3812,07-1631,32)(X=3669,35-1746,89) (y=1675-1631,32)(x=3700-1746,89)
ABC = arctg (Y/X) – arctg (y/x)
(ABC + α) (α)
A
3812,07
ABC = 47°19’15”
BÂC DHbc = √𝑦 2 + 𝑥 2 DHbc = 1953,60 m
y’

1675 ABC Y x’ C
α y BÂC = arctg(X/Y) + arctg(x’/y’)
1631,32 B
X x (x’=3700-3669,35)(y’=3812,07-1675)
1746,89 3669,35 3700 X BÂC = 42°13’11”

DHac = √𝑦′2 + 𝑥′2 DHac = 2180,96 m

Referência: Extras: Trigonometria / Aula 4 Orientação de Plantas.

7. Com base nos dados fornecidos, complete a planilha abaixo verificando se o erro pode ser
corrigido ou não.

Iremos utilizar a equação abaixo para calcular as coordenadas relativas.


Y = DH x cos(Azimute)
Não é necessario fazer a transformação do Rumo para Azimute, porém devemos ficar atentos ao
sinal do resultado, que deverá ser definido pela direção que o rumo apresenta. N(+) e S(-)
Por exemplo: V0-V1: Rumo = 49°NW logo Y = (+) 184,24 x cos (49°).

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Ordenadas Parciais
Estação Ponto Rumo D.H. Não corrigidas Corrigidas
Visado (m) (+) (-) Correção (+) (-)
V0 V1 49°00’ NW 184,24 120,87 0,13 120,74
V1 V2 12°50’ SE 190,88 186,11 0,15 186,26
V2 V0 55°52’ NE 116,90 65,60 0,08 65,52

Soma 492,02 186,47 186,11 0,36 186,26 186,26


• Coordenadas retangulares com 2 casas de aproximação

Erro nas abscissas = + 0,11m


Erro nas ordenadas = 0,36 m 186,47 – 186,11
E.F.L. = 0,3764 √0,112 + 0,36²

L.e.f.l. = 3m 3 ∗ √0,49202 = 2,104

Como o E.F.L é menor que o L.e.f.l, o erro pode ser corrigido.


A correção é feita da seguinte maneira:
fy = 0,36 / 492,02 correção = Dhponto x fy
O valor da correção é somado onde a soma das não corridas foi menor, e subtraida onde a soma
das não corrigidas foi maior, nesse caso, somaremos na coluna (-) e subtrairemos na coluna(+).

Referência: Aula Prática.

8. De acordo com as informações da planilha abaixo, calcule as coordenadas relativas do


alinhamento E1E2. Mostre os cálculos.
Est Pto Angulo Rumo FI FM FS Ângulo
Vis Horizontal (m) (m) (m) Nadiral
E1 E2 132°25’ 34°55’SE 1,100 2,255 3,410 96°47’

Abscissa: 132,22 metros Ordenada: -189,42 metros


Para as questões 8 e 9, usaremos:
K=100 ; S = FS – FI ; DH = S*K ; X = DH*sin (Az) ; Y=DH*cos(Az)
DH = (3,410 – 1,100) * 100 = 231 m.
X = (E)(+) 231 x sin (34°55’) Y = (S)(-)231 x cos (34°55’)

Referência: Aula 9- Medição de distâncias.

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9. De acordo com as medidas representadas no desenho abaixo, obtidas na escala 1:3000,


complete os espaços em branco da planilha.

Estação Pto Abscissa parcial Ordenada parcial Abscissa Ordenada


Visado (m) (m)
(+) (-) (+) (-) Total (m) Total (m)
V0 V1 84 865
V1 V2 90 1099
V2 V0 51 949

Começamos o levantamento a partir de V0, logo analizaremos os pontos a partir dele.


Por exemplo, de V0 para V1, andamos positivamente ( para frente) em X 6,3cm e
negativamente (para baixo) em Y 2,8cm.
Para calcular a coordenada absoluta, basta somar os valores dados aos eixos.

Y m Escala 1:3000 logo 1cm = 30 m


3,0cm
6,3 x 30 = 189m
1,7cm

2,8 x 30 = 84m
4,5 x 30 = 135m
3,0 x 30 = 90m
3,3 x 30 = 99m
1,7 x 30 = 51m

Referência: Aula 4 Orientação de Plantas / Aula Prática.

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10. Complete a caderneta abaixo. Faça um desenho esquemático para auxiliar o


desenvolvimento da questão. MOSTRE SEUS CÁLCULOS.
Esta Pto Azimute Distância Abscissas Ordenadas Abscissas Ordenadas
ção Visa (m) Relativas Relativas Absolutas Absolutas
do (m) (m) (m) (m)
V0 V1 194°02’11” 206,16 -50,00 - 200,00 350 600
V1 V2 56°18’36” 180,28 150 100 500,00 700,00
V2 V0 315°00’00” 141,42 -100 100 400 800
Azimute em graus, minutos e segundos
Demais dados da planilha com aproximação de 2 casas

Utilizaremos as seguintes equações:

X=DHsin(AZ);Y= DHcos(AZ); Tg=(CatOposto/CatAdj) logo Angulo = arctg(CatOposto/CatAdj)

Começaremos encontrando as coordenadas relativas de V2-V0, pois temos todos os dados pra isso,
em seguida encontraremos as coordenadas abs, e por último os azimutes através do desenho.

V2-V0: X=141,42 x sin(315°) e Y = 141,42 x cos (315°)

V0-V1: DH = √502 + 2002

V1-V2: X=500-350 e Y=700-600 ; DH=√1502 + 1002

Y (Y=200; X=50; y=100; x=150)

Az V0-V1 = arctg(X/Y) + 180°


800 V0
Az V0-V1 = arctg(50/200) + 180°
Az V1-V2 = 90° - arctg(y/x)
700 Y V2
Az V1-V2 = 90° - arctg(100/150)
y
600 V1
X x
350 400 500 X

Referência: Aula 4 Orientação de Plantas / Aula Prática.

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11. Calcule as coordenadas relativas dos alinhamentos abaixo e as coordenadas absolutas dos
pontos da tabela anexa ao desenho. O cálculo dos valores relativos deve ser feito através das
medidas fornecidas através do desenho, considerando uma escala de 1:3.000.
Coord. Polares Coord. Retangulares Relativas (m)
Alinhamentos
AZIMUTE DH (m) Abscissas (x) Ordenadas (y)
B→C 127°58’18” 312,06 246 -192
C→E 215°40’35” 144,03 -84 -117
a) Função trigonométrica com 4 casas decimais (no mínimo)
b) Coordenadas retangulares com 2 casas decimais
c) Azimutes com aproximação de segundos

Utilizaremos as seguintes equações:


DH=√𝑥 2 + 𝑦 2 ; Tg=(CatOposto/CatAdj) logo Angulo = arctg(CatOposto/CatAdj)
Pra calcular o azimute será utilizado a equação da tangente, mais a analise do desenho.

B-C : DH = √2462 + 1922 ; Az = arctg(192/246) + 90°


C-E : DH = √842 + 1172 ; Az = arctg(84/117) + 180°

X = 246 N Ptos X (m) Y (m)


B 1000 1000
C 1246 808
E 1162 691
E3
Y =192
Medidas realizadas (relativas):
E2
B→C = 8,2cm (x) 6,4cm (y)
C→E = 2,8cm (x) 3,9cm (y)
Escala 1:3000 logo 1cm = 30m
8,2 x 30 = 246 m (x)
6,4 x 30 = 192 m (y)
2,8 x 30 = 84 m (x)
3,9 x 30 = 117 m (y)
E1

E0
Y =117

Depto de Engenharia Galpão de X = 84

Croquis da área (sem escala)


Referência: Aula 4 Orientação de Plantas / Aula Prática.

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12. De acordo com o croquis (sem escala) e dados abaixo, pede-se completar a caderneta de
locação do poste (P). O equipamento mede ângulos no sentido horário.
Dados: Azimute V0-V1 = 200º00’
Y DH=√𝑋 2 + 𝑌 2
DH=√5002 + 2002
V0 200°
DH = 538,52

200°- 180° = 20°


Hz 180° - 90° - 20° = Parte de Hz
900
V1 X arctg(Y/X) = Parte de Hz
Y arctg(200/500) = Parte Hz
DH
700
Hz = 70° + 21°48’05”

X
300 800

Alinhamento Ângulo horizontal D.H. (m) Observações


V1 - P 91°48’05” 538,52 Ré em V0

Referência: Aula 4 Orientação de Plantas / Trigonometria.

13. Aplicando a fórmula de cálculo de área na triangulação (semi-perímetro), calcule a área


de uma região triangular cujos lados medem 4 m, 6 m e 8 m.

𝑎+𝑏+𝑐
𝐴𝑟𝑒𝑎 = √𝑠 𝑥 (𝑠 − 𝑎)𝑥(𝑠 − 𝑏)𝑥(𝑠 − 𝑐) 𝑠=
2

Como não possuimos informações sobre angulos, a equação que vamos utilizar é essa, onde a,b e
c são os lados do triângulo.

4+6+8
𝑠= =9
2

𝐴𝑟𝑒𝑎 = √9 𝑥 (9 − 4)𝑥(9 − 6)𝑥(9 − 8) = 135𝑚²

Referência: Extra: Trigonometria aplicada a Engenharia.

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14. Uma adutora está sendo construída entre dois pontos: Cx. D’água (X=500; Y=500) e
Captação (X=7800; Y=10400). O terreno tem uma declividade uniforme de 15°. Calcular a direção
(azimute sentido: Captação → Cx. D’água) e a metragem de tubos a ser comprada (desconsidere
eventuais perdas de material).

Vamos fazer o desenho pra melhor entender o problema.

Y
10400 Cap
Az

15°
DH=√73002 + 9900² DH
Az=arctg(7300/9900)+180° Este sim é um perfil

Metragem = DH / cos(15°)
500 Cx
Az = 216°24’15” Metragem = 12734,32 m
500 7800 X
Lembre-se que este desenho é um plano

Referência: Aula 4 Orientação de Plantas

15. Cite as informações básicas que devem ser colocadas no selo da planta topográfica.
R: O selo da planta topográfica deve conter, nome do projetista, CREA, escala, data, local do
levantamento, proprietario, area levantada, número de folhas.
Referência: Aula Prática.

16. Além dos desenhos da área e selo com as informações básicas do levantamento topográfico
e da propriedade, cite mais três elementos que devem constar na planta topográfica.

R: Legenda com caracteristicas do desenho, indicação do Norte utilizado, SDFDFFDSDF


Referência: Aula Prática.

17. Sabendo que o papel A4 mede 210 x 297 mm. Quais são as dimensões dos demais formatos
(A3, A2, A1 e A0)?

Para encontrar o tamanho das folhas começando da A0, basta dividir a maior dimensão por dois,
e manter a outra, logo para encontrar a partir da A4, basta multiplicar a menor dimensão por dois
e manter a outra, logo:

A3 = 420x297mm ; A2 = 594x420mm ; A1 = 841x594mm ; A0 = 1189x841mm


Referência: Aula Prática / NBR10068
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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA
Núcleo Didático-Científico de Geomática

18. Um terreno com 5 ha ocupa uma área de 20 cm² numa determinada planta topográfica.
Qual a escala desta planta?
Para resolver problemas de escala, basta apenas fazer uma relação com regra de três. É
importante sempre trabalhar na mesma unidade.

1 ha = 10000 m² = 1x10^8 X = 1:5000

5x10^8 cm² ----------- 20 cm²

X cm² ----------- 1 cm² X = 25000000cm² se tirarmos a raiz X = 5000 cm


Referência: Aula Prática.

19. Responda as seguintes questões sobre georreferenciamento:


a. O sistema de projeção UTM, divide a terra em 60 fusos contados a partir do anti-
meridiano de Greenwich. Cada fuso tem 6° graus de amplitude.
b. A cidade de Salvador (BA) está localizada nas seguintes coordenadas 12°57'34" S e
38°26'07" W, portanto, no sistema UTM ela está no fuso 24 , cujo meridiano central é L .
Referência: Aula 8- GNSS.

20. Pelo que foi exposto em aula sobre o georreferenciamento no sistema UTM, pede-se
completar as coordenadas (E e N em metros) no desenho abaixo (escala 1:50.000) indicando as
coordenadas do ponto A, que se encontra a 2600km ao sul do equador.

Considerando 4cm = 2000 m

Considerando
3,5cm = 1750 m

7401 750

(497 000 E 7400 000N)


10000km –
2600 km = 7400 000
7400km

496 000 498 000 500 000

Referência: Aula 8- GNSS.

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21. O desenho (croquis) abaixo representa a área de um terreno cercado nos seus 4 lados. Este
terreno foi medido com uma estação total, tendo como referência uma poligonal básica formada
por 3 estações.
As questões (22 a 28) a seguir estão relacionadas com este levantamento e deverão ser
desenvolvidas seguindo a mesma metodologia utilizada no trabalho prático desta disciplina.

22. Calcule o erro de fechamento angular da poligonal e o limite máximo para aceitação deste
erro (lefa=1’). Faça a correção. Calcule os azimutes dos alinhamentos da poligonal e irradiações.

Planilha de coordenadas polares – Poligonal


Ângulo
Ângulo DISTÂNCIA
Est P.V. Correção Horizontal AZIMUTE
Horizontal HORIZONTAL
Corrigido
E0 E1 56°20’ 00°01’40” 56°21’40” 231°28’20” 204,55
E1 E2 76°30’ 00°01’40” 76°31’40” 128°00 231,22
E2 E0 47°05’ 00°01’40” 47°06’40” 355°06’40” 270,00
Soma 179°55’ 00°05’00” 180°

180°-179°55’ = 00°05’00” correção = 00°05’/3


Ultrapassa o limite!!

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Planilha de coordenadas polares – Irradiações


Est P.V. Ângulo AZIMUTE DISTÃNCIA
Horizontal HORIZONTAL
E1 1 257°42’ 309°10’20”
E2 2 188°09’ 136°09’00”
E2 3 320°08’ 268°08’00”
E0 4 222°18’ 37°24’40”

Para calcular os azimutes, iremos utilizar a seguinte equação:

AZcalcular = (AZanterior + Hzcalcular) + ou – 180° ou -540°

Az-E2-E0 = 128° + 47°06’40” +180° = 355°06’40”

Az-E0-E1 = 355°06’40” + 56°21’40” – 180° = 231°28’20”

Az-E1-1 = 231°28’20”+ 257°42’ – 180° = 309°10’20”

Az-E2-2 = 128° + 188°09’ -180° = 136°09’00”

Az-E2-3 = 128° + 320°08’ – 180° = 268°08’00”

Az-E0-4 = 355°06’40” + 222°18’ - 540° = 37°24’40”


Referência: Aula Prática.

23. Calcule as coordenadas retangulares relativas da poligonal. Calcule o erro de fechamento


linear, verifique a sua aceitação ou limite máximo admissível (lefl=1m) e faça a correção deste
erro.

Para preencher a tabela utilizamos as equações abaixo:

X = DH sin (AZ)

Y = DH cos (AZ)

ex = soma das coordenadas relativas em X.

ey = soma das coordenadas relativas em Y

fx = ex/SOMA-DH correçãox = fx * DH

fy = ey/SOMA-DH correçãoy = fy * DH
Referência: Aula Prática.

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24. Calcule as coordenadas retangulares absolutas das estações e das irradiações.

COORDENADAS RETANGULARES (Poligonal)


Coord. Coord.
Coordenadas Retangulares Relativas (metros)
Polares Retangulares
Absolutas ou
Est PV Abscissas Relativas (x) Ordenadas Parciais (y)
AZC DH Totais (metros)
( ) (m) Não Não
Correção Corrigidas Correção Corrigidas X Y
corrigidas corrigidas
E0 E1 231°28’20” 204,55 -160,02 0,24 -159,78 -127,41 0,22 -127,19 500 500
E1 E2 128° 231,22 182,20 0,27 182,47 -142,35 0,24 -142,11 682,47 357,89
E2 E0 355°06’40” 270 -23,01 0,32 -22,69 269,02 0,28 269,30 659,78 627,19

SOMA 705,77 -0,83 0,83 0 -0,74 0,74 0


• função trigonométrica com 4 casas decimais (no mínimo)
• coordenadas retangulares com 2 casas decimais

ex = -0,83 metros ey = -0,74 metros


E.F.L. = 1,11 metros L.E.F.L. = 1,0 metros
E.F.L =√𝑒𝑥 2 + 𝑒𝑦² erro maior que o limite

COORDENADAS RETANGULARES (Irradiações)


Coordenadas
Coordenadas Polares Retangulares Relativas Coord. Retangulares
Est PV (metros) Absolutas (m)
AZC DH
Abscissas Ordenadas
( ) (m) X (m) Y (m)
E1 1 309°10’20” 120,17 - 59,79 + 104,24 440,21 604,24
E2 2 136°09’00” 65,40 + 44,78 - 47,66 727,25 310,23
E2 3 268°08’00” 102,04 - 102,02 - 2,21 580,45 355,68
E0 4 37°24’40” 20,33 + 18,78 + 7,79 678,56 634,98

25. Em função das coordenadas retangulares, preencha as colunas das Coordenadas Polares da
planilha acima.

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DH = √𝑥 2 + 𝑦 2

Para encontrar as coordenadas absolutas, pegamos a coordenada absoluta do ponto


estacionado para cada irradiação, ou seja, vamos na tabela de coordenadas absolutas da
poligonal e pegamos os coordenadas da estação desejada quando ela se encontra no PV.

X_E1–1 = X_E0-E1 + x ou seja X_E1–1 = 500 -59,79.


Referência: Aula 4: Orientação de plantas / Aula Prática.

26. Qual a principal diferença entre o sistema de projeção global, utilizado no


georreferenciamento e o sistema local utilizado na topografia convencional.

R: O sistema de projeção global utiliza de referencias globais (latitude,longitude), já o


sistema local utiliza referencias arbitrárias.

Referência: Aula 8- GNSS.

27. Faça o cálculo da área por processo analítico. Pode-se utilizar o método de Gauss ou
determinante.
CÁLCULO DE ÁREA (Processo analítico – Gauss)
Pontos Coordenadas Totais Soma Binária Diferença Binária Áreas Duplas
X Y X Y X Y X . Y Y . X
1 440,21 604,24 1118,77 1239,22 238,35 30,74 34390,99 295368,09
3 580,45 355,68 1020,66 959,92 -140,24 248,56 253695,25 -134619,18
2 727,25 310,23 1307,7 665,91 -146,8 45,45 59434,965 -97755,588
4 678,56 634,98 1405,81 945,21 48,69 -324,75 -456536,8 46022,275
SOMA 2426,47 1905,13 4852,94 3810,26 0 0 -109015,59 109015,59

A = 109015,59/2

ÁREA (m2): 54507,795 ÁREA (ha): 5,451

Referência: Aula Prática

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28. Faça o desenho da área levantada na escala 1:2000

Para fazer o desenho, primeiro se calcula os valores de inicio, para que o nosso desenho fique
centralizado e caiba na folha.

Para isso pegamos os maiores e menor valor e fazemos um intervalo em X e Y.

Em X : 440,21 e 727,25 logo, intervalo de 287,04 m ou na escala, 14,35 cm.

Em Y : 310,23 e 634,98 logo, intervalo de 324,75 m ou na escala, 16,24 cm.

Logo precisamos para desenhar, um espaço em X de 14,35cm e em Y 16,24cm.

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