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Índice de Obrigações de

Mercados Emergentes - EMBI


O que é o 'Emerging Markets Bond Index - EMBI'
Os maiores mercados emergentes incluem Nigéria, China, Índia, Brasil,
África do Sul, Polônia, México, Turquia, Argentina, etc. Para aproveitar o
rápido crescimento que ocorre nesses países, os investidores buscam títulos
emitidos pelo governo dessas nações.
O índice de títulos dos mercados emergentes é um índice de referência
para medir o desempenho do retorno total de títulos públicos internacionais
emitidos por países emergentes que são considerados soberanos (emitidos
em outra moeda que não a moeda local) e que atendem a requisitos
específicos de liquidez e estruturais.
Esses títulos do governo são normalmente emitidos em moedas
estrangeiras, em dólares dos EUA, euros ou ienes japoneses.
Devido ao aumento do risco econômico e político presente nesses
países, a classificação de crédito dos títulos de mercados emergentes tende a
ser menor do que a dos mercados desenvolvidos. Devido ao maior risco
percebido de investir nesses ativos, os títulos soberanos têm maiores
rendimentos para os investidores do que os títulos mais estáveis nos países
desenvolvidos. Os investidores que querem exposição a economias
emergentes e que estão dispostos a assumir riscos adicionais normalmente o
fazem através de fundos mútuos ou fundos negociados em bolsa (ETFs) que
acompanham o desempenho de um índice de referência, como o índice de
títulos dos mercados emergentes.
O índice EMBI + mede os Brady Bonds1, que são títulos denominados
em dólar emitidos principalmente por países da América Latina. O EMBI +
também inclui empréstimos e Eurobonds denominados em dólar e expande o

1
Os Brady Bonds foram introduzidos em 1989, depois que muitos países latino-americanos
deixaram de pagar suas dívidas. A ideia era permitir que os bancos comerciais trocassem suas
reivindicações sobre os países emergentes em instrumentos negociáveis, permitindo
substituir dívidas vencidas de seus balanços por títulos emitidos pelo mesmo credor. Como o
banco troca um empréstimo inadimplente por um título em execução, a obrigação do governo
devedor se torna o pagamento do título, em vez do empréstimo bancário. Isso reduziu o risco
de concentração para esses bancos.
Índice de Obrigações de Mercados Emergentes (EMBI) original do JP Morgan,
que foi introduzido em 1992, quando cobriu apenas títulos Brady. Os países do
índice EMBI + são selecionados de acordo com um nível de classificação de
crédito soberano. O índice é ponderado com base na capitalização de
mercado de títulos públicos, mas é o sub-índice com maiores exigências de
liquidez, portanto, alguns mercados são excluídos.
Para se qualificar para a associação ao índice, a dívida deve ter mais de
um ano até o vencimento, ter pelo menos US $ 500 milhões em valor de face e
atender às rígidas diretrizes de negociação para garantir que as ineficiências
de preços não afetem o índice.
Os índices do JP Morgan são uma referência popular para gestores
financeiros que lidam com dívidas de mercados emergentes, de modo que os
investidores podem ver o índice usado como uma comparação para seus
fundos mútuos ou fundos negociados em bolsa. Por causa de suas taxas de
juros mais altas, os títulos de mercados emergentes podem superar
significativamente os títulos do Tesouro dos EUA.

Texto: InvestOpedia

EMBI+ BRA

Figura 1 - Risco Brasil (mensal) desde o Plano Real.


Fonte: http://www.ipeadata.gov.br/ExibeSerie.aspx?module=M&serid=40940
Elaborado pelo autor.
EMBI+ BRA x IBOV

Figura 2 - Risco Brasil x IBOV (mensal) desde o Plano Real.


Fonte: http://www.ipeadata.gov.br/ExibeSerie.aspx?module=M&serid=40940 e
https://www.investing.com/indices/ibovespa-futures-historical-data
Elaborado pelo autor.

Utilizando a função CORREL, no MS Excel, chega-se à correlação de –


75,62% desde o início do Plano Real, considerando os dados de fechamento
mensal. Utilizando a mesma metodologia, a correlação de 2018 está em –
78,07%.
EMBI+ BRA x IBOV

Figura 3 – Risco Brasil x USD/BRL (mensal) desde 01/01/1999.


Fonte: http://www.ipeadata.gov.br/ExibeSerie.aspx?module=M&serid=40940 e
https://www.investing.com/indices/ibovespa-futures-historical-data
Elaborado pelo autor.
Utilizando a mesma metodologia de correlação acima, apurou-se que o par
USD/BRL tem correção de +23,96% desde 01/01/1999 (fim das bandas
cambiais), e de +84,02% no ano.

Ressaltando que foi utilizada a cotação FX para este estudo da variação


cambial.

EVOLUÇÃO E VARIAÇÃO DO RISCO-PAÍS (30 DIAS)

Figura 4 – Fonte: http://data.ambito.com/economia/mercados/riesgo-pais/

Percebe-se que o Brasil se encontra num nível abaixo de países como


Argentina e África do Sul, mas com maior risco que México, Rússia e Polônia.

Figura 5 - Variação mensal

Na variação mensal, é possível verificar que o Brasil teve oscilação menor que
o próprio índice EMBI+.

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