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31/07/2020 Sociologia e Comunicação/o flâneur - Wikiversidade

Sociologia e Comunicação/o flâneur


< Sociologia e Comunicação

Ao falarmos da modernidade é impossível não citar Walter Benjamin e seus estudos sobre Charles
Baudelaire e Paris. São neles que encontramos suas observações sobre o flâneur – uma figura típica
da vida urbana parisiense do século XIX – que vamos tentar resgatar para pensar o mundo
contemporâneo.

Na crônica do João do Rio, A rua, o flâneur é um vagabundo, mas um vagabundo que reflete. O
cotidiano das ruas da metrópole são seu objeto e os bares e cafés são o seu escritório.

Hoje, com a formação de ambientes urbanos híbridos, em que o espaço físico e o virtual integram-se
de um modo cada vez mais complexo, por meio de dispositivos móveis, como podemos pensar essa
experiência? Devemos olhar a cidade e o nosso cotidiano como uma rede, ou um conjunto de textos,
um mapa, ou, ainda, uma cidade de dados (tão ao gosto da lógica digital)?

O que essas metáforas nos ajudariam a enxergar?

O flâneur / A flâneuse [Ocultar]

Mike Featherstone[1] apresenta uma reflexão bem interessante sobre essas questões.

Vamos começar lembrando que a palavra flâneur é


masculina e que o seu equivalente feminino é flâneuse.
Aquilo que o flâneur faz é chamado de flânerie e está
relacionado ao seu profundo envolvimento com a
observação do cotidiano das metrópoles. Mergulhar na
cidade com todos os seus sentidos, adotando uma postura
muito simples:

“Tornar o estranho familiar e o familiar estranho”.

Além disso, como já observou João do Rio, se todo flâneur é


um vagabundo, nem todo vagabundo é um flâneur. Ele é um
vagabundo que reflete.

“É vagabundagem? Talvez. Flanar é a distinção de


perambular com inteligência. Nada como o inútil
para ser artístico. Daí o desocupado flâneur ter Charles Baudelaire (1821-1867)
sempre na mente dez mil coisas necessárias,
imprescindíveis, que podem ficar eternamente
adiadas. Do alto de uma janela como Paul Adam, admira o caleidoscópio da vida
no epítome delirante que é a rua; à porta do café, como Poe no Homem da
Multidões, dedica-se ao exercício de adivinhar as profissões, as preocupações e
até os crimes dos transeuntes.”

(João do Rio. A alma encantadora das ruas)

Sua prática é uma arte, um ofício exercitado sempre que possível, sem hora marcada, sem
duração determinada, sem trajeto pré-definido. Pode parecer fácil, mas perder-se na cidade não
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é uma tarefa tão fácil quanto parece para quem já a


conhece.

Talvez, existam diversas formas de flânerie, mas a que


destacamos aqui está diretamente relacionada ao trabalho
de crônistas, poetas, fotógrafos, compositores populares,
romancistas entre outros. E, por que não, publicitários,
jornalistas, profissionais do audiovisual e relações públicas.

A flânerie não está relacionada apenas ao caminhar sem João do Rio (1881-1921)
rumo e sem pressa pela cidade, mas em observá-la, em
registrar e classificar o que se vê, fazer associações, buscar
intertextualidades em seu cotidiano.

É preciso ser uma espécie de “botânico do asfalto”.

Dito isto, por que não pensar essa experiências nos tempos
em que vivemos, um tempo de formação de espaços
híbridos, em que o espaço físico e o virtual integram-se de
um modo cada vez mais complexo.

Por que não passamos a olhar a cidade e o nosso cotidiano


como uma rede, ou um conjunto de textos, uma mapa, ou,
ainda, uma cidade de dados (tão ao gosto da lógica digital).
O que essas metáforas nos ajudam a enxergar?

Walter Benjamin (1892-1940)

um novo tipo de escrita [Ocultar]

Mike Featherstone observa que até o final do século XX, o ensaio era uma forma muito
interessante de expor ideias.

O aparecimento do hipertexto possibilitou um tipo de escrita por blocos de conteúdo que se


interligam por meio de links. Eles não precisam ter uma forma linear, podemos navegar ou dar
saltos por “pedaços de textos e ideias” de uma forma relativamente livre.

Mas, será esse um método totalmente novo?

Ele vai dizer que não. Walter Benjamin, já havia construído o seu projeto sobre as Galerias e a
cidade de Paris baseado em algo parecido com o conceito do hipertexto. A navegação era
organizada por letras.

Benjamin era um colecionador de “sinais e pistas” em sua busca por vestígios da experiência
moderno. Partia em busca de panfletos, ingressos, fotografias, anúncios, diários, recortes de
jornal. De algum modo, era possível passar de um a outro e tentar encontrar uma rede de
conexões e montagens fragmentadas. A forma de expor seu trabalho seguia a própria lógica da
vida urbana moderna. Seu texto era a representação da própria metrópole.

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Esse método foi inspirado nos experimentos do surrealismo e nas possibilidades de


fotomontagem trazidas pela máquina fotográfica.

E o que era essa nova cena urbana, essa nova experiência?

Diversas faces da cidade moderna e da flânerie [Ocultar]

A cidade é, então, uma fonte de alegorias… uma confusão de mercadorias e fragmentos da


cultura de consumo…

A aceleração, o aumento da velocidade que caracteriza a vida na metrópole, associada à


experiência constante do choque na multidão que toma conta das ruas, geram um tipo de
hiperestímulo que lança o homem e a mulher moderna em um turbilhão de novas sensações e
riscos. A vida vertiginosa da cidade, nas palavras de João do Rio – grande cronista carioca do
século XIX-XX.

Mobilidade, hiperestímulo e choque são as palavras-chave.

Essa sobrecarga é acompanhada, por outro lado, por novas experiências de distração como as
revistas e o cinema. A reação dos homens e mulheres modernas é caracterizada pelo que o
sociólogo Georg Simmel chamou de “atitude blasé”.

Em meio a este cenário, surge o personagem que queremos estudar em nossa aula – o flâneur.

Há uma grande discussão a respeito da associação da flânerie a uma prática tipicamente


masculina.

No entanto, as flâneuses[2] estavam ligadas às experiências de espaços como as galerias (os


centros de compras da metrópole) e atividades de caridade e auxílio aos mais pobres.

As Galerias, as Passagens, as Arcadas eram espaços totalmente novos de consumo e traziam


experiências muito particulares.

Para as mulheres, existiam alguns espaços muito restritos para a flânerie: lojas de
departamentos, casas de chá, restaurantes, hotéis, museus, galerias, exposições e. com
grandes restrições, os espaços literários.

O problema desses espaços é que muitos deles estavam vinculados, justamente, ao mundo do
consumo. Por um certo preconceito, foram durante muito tempo desprezados pelos
pesquisadores. Tratava-se de um mundo de mercadorias que crescia à volta dos habitantes das
cidades – bombardeados pelos primeiros "anúncios" .

Ao lado dessa flânerie pela cidade, novas experiências sensoriais são trazidas pelo cinema, pela
fotografia, pela publicidade, que cresce vertiginosamente.

A morte e o renascimento do "flâneur' [Ocultar]

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Se no século XIX, o romance policial dava suas caras no universo literário e o detetive era
aquele que conseguia desvendar os crimes em um novo ambiente urbano (caótico). O flâneur
não deixa de ser uma espécie de detetive do cotidiano.

Sua morte já foi anunciada várias vezes desde o século XIX,juntamente com o declínio do
espaço público.

Será que o aparecimento dos meios de transporte (como o trem, o metrô, o ônibus, os
automóveis, as bicicletas) modificaram a experiência da flânerie ou acabaram com ela?

Será que a nossa navegação pelos mecanismos de busca ou pelos aplicativos são uma nova
forma de flanar pelo mundo de dados?

Será nosso desejo de chegar cada vez mais rápido àquilo que procuramos (usando recursos de
geolocalização, recomendação e avaliação de reputação de livros, filmes, séries etc.) matou
qualquer forma de "flânerie"?

Não queremos perder tempo ou não queremos nos perder e abrir a possibilidade de novas
descobertas?

Hoje, é possível o acesso a conteúdos por transmissão digital, por cabo ou por streaming de
diversos tipos de conteúdos audiovisuais, por meio de diversos tipos de aplicativos.

Com os meios de comunicação tradicionais como a televisão, tínhamos uma forma curiosa de
experiência: um tipo de mobilidade privatizada[3]. O lar passava a ser o lugar a partir do qual
abria-se uma janela para o mundo. Ele era o centro para o qual convergiam revistas, jornais,
panfletos e programas de rádio e televisão. Com o desenvolvimento dos transístores, foi possível
dar certa mobilidade ao rádio que podia ser ouvido em lugares públicos como campos de futebol
e bares, por exemplo.

As novas mídias digitais trouxeram mudanças nesse sentido. O aparecimento do hipertexto e


dos aplicativos tornaram possível um novo tipo de “passeio” por esse espaço. Não há mais uma
programação, horários fixos de exibição, caminhos pré-estabelecidos.

A TV digital possibilita não apenas o zapping, mas o zipping (avançamos sobre as partes do
filme ou do episódio que não gostamos ou que nos deixam entediados), o que muda nossa
experiência de fruição.

Essa comunicação não é mais unidirecional (dos meios de comunicação para os espectadores
ou ouvintes). Ela permite tipos diferentes de interações (um para um – um para poucos – poucos
para poucos – poucos para muitos – muitos para muitos – muitos para poucos).

Tudo se transforma em um grande banco de dados que pode ser rastreado, mapeado e
analisado. A experiência pode ser individualizada a partir de padrões de consumo e navegação
adotados pelos usuários. O antigo espectador ou ouvinte, agora, torna-se produtor de conteúdo,
podendo não apenas produzir conteúdos novos como remixar conteúdos já existentes e distribuí-
los para quem quiser.

Hoje é possível experimentar espaços híbridos que integram os espaços físicos e virtuais das
mais diversas formas.

No entanto, há diferenças importantes nessas experiências. A velocidade com que podemos nos
deslocar na internet (essa cidade de dados) não tem equivalente no espaço urbano, limitado
pelo nosso corpo e pelos meios mecânicos de transporte.

Para realizar essa caminhada, dependemos de alguns companheiros muito particulares: os


aplicativos e os algoritmos.
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Um gênero literário novo, conhecido como movimento cyberpunk , explora diversas experiências
nessa direção e tem como um de seus principais representantes o escritor William Gibson (que
cunhou o termo ciberespaço em sua obra Neuromancer de 1986).

Bibliografia [Ocultar]

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

JACQUES, Paola Berenstein. Errâncias Urbanas - a arte de andar pela cidade (https://www.ufrg
s.br/propar/publicacoes/ARQtextos/PDFs_revista_7/7_Paola%20Berenstein%20Jacques.pdf).
Arquitexto, 7, 2005

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

BALBI, Thiago Machado Balbi, FERRARA, Lucrécia D’Alessio Ferrara. Por uma teoria
psicogeográfica da comunicação. Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 41, p. 14-34, jan./abr.
2018

BASTOS, Marco Toledo de Assis. Flâneur, Blasé, Zapeur: variações sobre o tema do
indivíduo. Revista e-Compós s/data

FEATHERSTONE, Mike. O “flâneur”, a cidade e a vida pública virtual. In: ARANTES, Antonio
A. (org.). O Espaço da Diferença. Campinas/SP: Papirus, 2000.

PEREC, Georges. Aproximações do quê? Alea, Rio de Janeiro , v. 12, n. 1, p. 177-180, June
2010

______________.Vida: Modo de Usar. São Paulo São Paulo: Companhia das Letras, 2009
(capítulo 1: Escadarias)

PINO, Claudia Amigo. O espaço modo de usar: Georges Perec Lettres française, n.7, 2006

PONTUAL, Virgínia, LEITE, Julieta. Da cidade real à cidade digital: a flânerie como uma
experiência espacial na metrópole do século XIX e no ciberespaço do século XXI. Famecos,
v.13, n.30, 2006

OUTRAS REFERÊNCIAS

TEORIA DA DERIVA E O URBANISMO SITUACIONISTA – Blogue Cidadades Contemporâneas


– Posted 02/03/2016

A tribute to female flâneurs: the women who reclaimed our city streets – The Guardian,
(cities) 29/07/2016
Ricardo Luís Silva. Elogio à Inutilidade. O trapeiro e a cidade.

Flâneuse by Lauren Elkin review – how women walk -This elegant book considers defiant female
walkers from Martha Gellhorn and Virginia Woolf to the author, and celebrates the freedom of
being on the move -Lara Feigel – The Guardian, Thu 25 Aug 2016

Minha participação na reportagem “Divagar por aí” da Revista “E” do SESC em 30/01/2018

https://pt.wikiversity.org/wiki/Sociologia_e_Comunicação/o_flâneur 5/8
31/07/2020 Sociologia e Comunicação/o flâneur - Wikiversidade

Vídeo “Flanantes” (skate)

UMA CIDADE NÃO É UM COMPUTADOR. Intersaber, 15/05/2017

Artigo de Shannon Mattern, “A City Is Not a Computer”, publicado originalmente no Places


Journal, em fevereiro de 2017 (https://placesjournal.org/article/a-city-is-not-a-computer). Mattern
é pesquisadora e professora da New School, faculdade de Nova York, e escreve sobre
arquitetura, bibliotecas, arquivos e infraestruturas urbanas de comunicação.

9 rolês nas quebradas de SP para você aproveitar seu bairro – 29/06/2018 – 17:45Atualizado:
02/07/2018 – 13:30 – Por: Agência Mural de Jornalismo das Periferias

Caderno de Domingo – Jornal do Brasil, 2003

Win Wenders – Entrevista

Canal Motoboy

ROLEZINHO: TERRITÓRIOS E TERRITORIALIDADES EM CIBERCULTURAS – Eliane Costa e


Jorge Luiz Barbosa* – Z Cultural

Sonia Luyten. A cidade e os mangás

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Christopher Nolan – “Following”

MÚSICAS

Dívidas – Paulinho da Viola

Dias de Santos e Silvas – Gonzaguinha

Ladeira da Memória – Grupo RUMO

Na Zona Sul– Sabotage

Endereço dos Bailes – Mc Júnior e Mc Leonardo

Modão de Pinheiros – O Terno

Museu Humano – Débora Setera (1 JOA- Casper)

São Paulo: não há saídas! – Itamar Assumpção

Santa Sampa – Vespas Mandarinas

Flanerie musical – Every Noise at Once/Repórtagem Nexo

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Referências
1. FEATHERSTONE, Mike. O flâneur, a cidade e a vida pública virtual. In: ARANTES, Antonio A.
(org.). O Espaço da Diferença. Campinas/SP: Papirus, 2000
2. Lauren Elken. A tribute to female flâneurs: the women who reclaimed our city streets - The
Guardian, 29/06/2016
3. WILLIAMS, Raymond. Televisão: tecnologia e forma cultural.São Paulo: Boitempo, 2016

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