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BOA NOITE!

Disciplina:
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
TEMA: APOSENTADORIA PARA O
DEFICIENTE E APOSENTADORIA POR
INCAPACIDADE PERMANENTE
Professor: Luciano Anziliero
Início da aula: 18h40min
Aposentadoria para deficientes:
Muitas pessoas confundem a Aposentadoria da Pessoa com Deficiência com a
Aposentadoria por invalidez, mas elas não são iguais.
A Aposentadoria da Pessoa com Deficiência é direcionada para quem é deficiente
e consegue trabalhar mesmo com seu impedimento.
Já a Aposentadoria por Invalidez é feita para quem possui incapacidade total e
permanente para o trabalho após ser acometido por alguma doença e não
consegue mais trabalhar, mesmo em outra função ou profissão.

Fora isso, você consegue continuar trabalhando normalmente após se aposentar


nessa modalidade, o que não acontece se você tiver se aposentado por invalidez.
Há duas espécies de Aposentadoria da Pessoa com Deficiência, a por idade e por
tempo de contribuição.
Aposentadoria da Pessoa com Deficiência por Idade
• Para você ter direito a essa aposentadoria, vai precisar ter os seguintes
requisitos:
• 60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher
• 15 anos de tempo de contribuição
• comprovar a existência de deficiência, seja qual grau for, durante esse tempo de
contribuição
• Ela é bem parecida com os requisitos para a Aposentadoria por idade, com a
exceção de que você deve demonstrar a deficiência durante seus anos de
trabalho.
Valor da aposentadoria
O Cálculo para saber quanto você vai ganhar de aposentadoria é feito dessa
forma:
Será feito o cálculo da média aritmética simples dos seus 80% maiores salários.
Você receberá 70% desse valor + 1% ao ano de contribuição.

Para te ilustrar melhor:


• Trabalhou 17 anos com deficiência e teve uma média aritmética dos seus 80%
maiores salários foi de R$ 4.000,00.
• Ele receberá 70%+ 17% (anos trabalhados) = 87% de R$ 4.000,00. Assim, o valor
que Rodrigo receberá de aposentadoria será de R$ 3.520,00.
Aposentadoria para deficientes, por tempo de contribuição:
Regulamentação básica: Lei complementar 142/2013.

Coube a lei complementar 142/2013, regulamentar a concessão de aposentadoria


com critérios especiais ao referidos segurados, que entrou em vigor no dia
09.05.2013. O decreto 8.145, de 03 de dezembro de 2013, promoveu sua
regulamentação.
A aposentadoria especial para o deficiente dependerá do grau de deficiência(grave,
moderada ou leve).

Deficiência Leve
Deficiência Grave Deficiência Moderada

HOMENS 25 ANOS DE CONTRIBUIÇÃO 29 ANOS DE CONTRIBUIÇÃO 33 ANOS DE CONTRIBUIÇÃO


MULHERES 20 ANOS DE CONTRIBUIÇÃO 24 ANOS DE CONTRIBUIÇÃO 28 ANOS DE CONTRIBUIÇÃO
• Quem vai calcular o grau da sua deficiência é o perito médico do INSS quando
você for fazer o requerimento desse benefício.
Durante a perícia o médico vai fazer perguntas sobre sua vida pessoal e do
trabalho, para verificar, de fato, se você estava trabalhando em situação de pessoa
com deficiência.
As perguntas vão ser das mais variadas, como por exemplo se você conseguiu
fazer sua própria comida em casa, se precisava de ajuda para se locomover no dia a
dia, se precisava de acessibilidade em seu trabalho, etc.
Preciso te informar que o perito pode constatar mudanças no grau da sua
deficiência ao passar dos anos trabalhados, dependendo da função que você
trabalhou, piora ou melhora da doença, entre outros.
Por isso é importante você levar todos os seus documentos médicos desde
quando você iniciou o seu trabalho, são eles que vão te ajudar a comprovar o seu
grau de deficiência.
É possível que o grau de deficiência seja alterado ao longo do tempo. Uma
deficiência leve pode ser tornar moderada ou grave, ou vice-versa.
Neste caso, se o segurado, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com
deficiência, ou tiver seu grau alterado, os parâmetros serão proporcionalmente
ajustados, conforme segue:

HOMEM
TEMPO A MULTIPLICADORES
CONVERTER Para 25 Para 29 Para 33 Para 35
De 25 anos 1,00 1,16 1,32 1,40
De 29 anos 0,86 1,00 1,14 1,21
De 33 anos 0,76 0,88 1,00 1,06
De 35 anos 0,71 0,83 0,94 1,00
EX: suponha-se que um segurado homem sem deficiência conte com 10 anos de
contribuição, considere que a aposentadoria por tempo de contribuição do homem
se dá aos 35 anos de contribuição.
Posteriormente esse segurado teve um acidente e passa a condição de deficiente
grave, com aposentadoria aos 25 anos. Neste caso, os 10 anos serão convertidos
pelo fator 0,71, equivalente a 7,1.(25 anos – 7,1 = 17,9).

HOMEM
TEMPO A MULTIPLICADORES
CONVERTER Para 25 Para 29 Para 33 Para 35
De 25 anos 1,00 1,16 1,32 1,40
De 29 anos 0,86 1,00 1,14 1,21
De 33 anos 0,76 0,88 1,00 1,06
De 35 anos 0,71 0,83 0,94 1,00
MULHER
TEMPO A MULTIPLICADORES
CONVERTER Para 25 Para 29 Para 33 Para 35
De 20 anos 1,00 1,20 1,40 1,50
De 24 anos 0,83 1,00 1,17 1,25
De 28 anos 0,71 0,86 1,00 1,07
De 30 anos 0,67 0,80 0,93 1,00
É garantida a conversão do tempo de contribuição cumprido em condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física do segurado, inclusive
da pessoa com deficiência, para fins de aposentadoria especial do deficiente,
conforme tabela abaixo:

HOMEM
TEMPO A MULTIPLICADORES
CONVERTER Para 15 Para 20 Para 24 Para 25 Para 28
De 15 anos 1,00 1,33 1,67 1,93 2,20
De 20 anos 0,75 1,00 1,25 1,45 1,65
De 24 anos 0,60 0,80 1,00 1,16 1,32
De 25 anos 0,52 0,69 0,86 1,00 1,14
De 28 anos 0,45 0,61 0,76 0,88 1,00
MULHER
TEMPO A MULTIPLICADORES
CONVERTER Para 15 Para 20 Para 25 Para 29 Para 33
De 15 anos 1,00 1,33 1,60 1,67 1,87
De 20 anos 0,75 1,00 1,20 1,25 1,40
De 25 anos 0,63 0,83 1,00 1,47 1,17
De 29 anos 0,60 0,80 0,96 1,00 1,12
De 33 anos 0,54 0,71 0,86 0,89 1,00
A aposentadoria do deficiente por tempo de contribuição:

O cálculo é feito dessa forma:


Será feita a média aritmética simples dos seus 80% maiores salários.
Você receberá 100% do valor dessa média.

O INSS, quer aplicar a nova média prevista na EC. 103/2019.


Revisão:

Possibilidade de Revisão da aposentadoria comum, se aposentado antes


da Reforma.

Revisão do valor de beneficio: A nova média definida por portaria aplicada


pelo INSS, diverge da EC 109/19 que determina que o valor de beneficio
seja apurado nos termos previsto na Lei Complementar 142/2013.
Como comprovar o tempo de deficiência?

Você poderá utilizar vários meios para provar ao INSS que você trabalhou em
condição de deficiência, entre eles:
carteira de trabalho.
contrato de trabalho.
contracheque.
documentos médicos.
laudos médicos.
receitas médicas.
exames médicos.
concessão de auxílio-doença.
A Lei Complementar n° 142, de 08 de maio/13, assegura a concessão de
aposentadoria pelo Regime Geral de Previdência Social ao segurado com
deficiência a partir de:

A) vinte e cinco (25) anos de tempo de contribuição se homem, e vinte (20) anos,
se mulher, no caso de segurado com deficiência grave.

B) trinta (30) anos de tempo de contribuição se homem, e vinte (20) anos, se


mulher, no caso de segurado com deficiência moderada.

C) trinta e cinco (35) anos de tempo de contribuição se homem, e vinte e cinco (25)
anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve.

D) quarenta (25) anos de tempo de contribuição se homem, e vinte e cinco (25)


anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve.
Exames periciais, realizados por médico capacitado e conveniado para esta finalidade
pelo INSS, atestaram que o segurado Sócrates é portador de deficiência leve e que a
segurada Íris possui deficiência considerada grave. Para fazerem jus a benefício de
aposentadoria pelo RGPS para portadores de deficiência, Sócrates e Íris devem contar,
conforme legislação que rege a matéria, com tempo de contribuição, em anos,
respectivamente de:

A) 32 e 20

B) 25 e 20

C) 28 e 24

D) 33 e 24

E) 33 e 20
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE

Regulamentação básica: Artigos 42/47, da Lei 8.213/91; artigos 43/50 do


Decreto 3.048/99.

A antiga aposentadoria por invalidez, agora aposentadoria por


incapacidade permanente, é devida ao servidor que se encontra
incapacitado de forma total e permanente para o seu trabalho,
impedindo assim a sua readaptação de função.

Com a reforma da previdência, o servidor ficou submetido a revisão


periódica da incapacidade permanente e também a alteração na forma de
cálculo.
Carência:
Em Regra, a concessão da aposentadoria por incapacidade permanente, pressupõe
a realização de carência de 12 contribuições mensais, que será excepcionalmente
dispensada nas hipóteses de invalidez decorrente de acidente de qualquer
natureza, doença profissional, ou do trabalho ou das moléstias graves listadas em
ato regulamentar(Art. 151 da Lei 8.213/91).

Para o segurado Especial: a carência será integralizada com a comprovação do


exercício da atividade campesina, ou pesqueira artesanal, para subsistência da
família, no período imediatamente anterior ao infortúnio que o tornou invalido.
Salário de benefício:

Regra geral:
Para Homens, a teor do art. 26 da EC/103/2019, o valor do benefício de
aposentadoria por incapacidade permanente corresponderá a sessenta por
cento da média aritmética das 100% das remunerações / salários de
contribuição, com acréscimo de 2% para cada ano que ultrapassar os 20
anos de contribuição.
Vamos Comparar:

EX: um segurado com 19 anos de contribuição, sofre um acidente de qualquer natureza


e fica incapacitado permanentemente e pede aposentadoria por incapacidade
permanente: 80% média do Salário de Contribuição equivalente a R$ 3.000,00.

Lei 8.213/1991 EC 103/19


80% média do Salário de R$ 3.000,00 Não se aplica
Contribuição
100% média do Salário de Não se aplica Corresponderá R$
Contribuição 3.000,00 ou menos.
Alíquota 100% 60% + 0%
Valor do benefício na 3.000,00 1.800,00
melhor hipótese

Nota-se que também ocorre a perda de valor na base de cálculo, pois não mais teremos
a exclusão de 20% dos menores salários de contribuição quando for feita a média
Curioso notar que, o artigo 26 da EC 103/19, não limita a média de todos os
salários de contribuição do segurado a 100%, de modo que o segurado
incapacitado de modo permanente e possuir mais de 40 anos de contribuição
poderá fazer jus a uma aposentadoria por incapacidade que ultrapasse 100% da
média de salários de contribuição:
HOMENS COEFICIENTE
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
41 ANOS 102%
42 ANOS 104%
43 ANOS 106%
44 ANOS 108%
E ASSIM SUCESSIVAMENTE E ASSIM SUCESSIVAMENTE
Para aposentadoria por incapacidade da mulher existe uma regra especial de
cálculo da renda mensal no art. 26, § 5º, da EC 103/2019, que prevê a progressão a
contar de 15 anos e não 20 anos de contribuição.
MULHER COEFICIENTE
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
15 ANOS 60%
16 ANOS 62%
17 ANOS 64%
18 ANOS 66%
E ASSIM SUCESSIVAMENTE E ASSIM SUCESSIVAMENTE
35 ANOS 100%
36 ANOS 102%
37 ANOS 104%
38 ANOS 106%
39 ANOS 108%
40 ANOS 110%
Regra Especial
No caso de aposentadoria por incapacidade permanente quando
decorrer de acidente do trabalho, de doença profissional e de doença do
trabalho, os proventos de aposentadoria por incapacidade permaneceram
integrais, correspondendo a 100% da média de todos os salários de
contribuição do segurado desde o plano Real, independente do tempo de
contribuição.

Beneficiários

Há previsão de concessão da aposentadoria por incapacidade permanente


a todas as classes de segurados do RGPS.
Importante:
A aposentadoria por incapacidade permanente será devida ao segurado incapaz e
insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta
subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.

O pagamento é condicionado ao afastamento de todas as atividades laborativas do


segurado.

Em regra, para concessão deste benefício será imprescindível que o segurado


esteja incapacitado de maneira total e permanente para o exercício do trabalho,
bem como não haja possibilidade plausível de ser reabilitado para outra atividade
laborativa.
Essa análise normalmente é bastante difícil e casuística. Visto que além das
condições físicas do segurado, será preciso analisar sua idade e condições sociais,
pois em alguns casos a baixa escolaridade e a idade avançada tornam inviável a
reabilitação profissional, sendo necessário se conceder a aposentadoria para o
segurado.

Nesse sentido, especialmente no caso de condições sociais desfavoráveis, a


exemplo da elevada idade, baixa escolaridade e precárias condições financeiras, a
jurisprudência tem admitido a concessão da aposentadoria permanente, no caso
de incapacidade permanente e parcial para o trabalho.
Súmula 47 da TNU: Uma vez reconhecida a incapacidade parcial para o trabalho, o
juiz deve analisar as condições pessoais e sociais do segurado para a concessão de
aposentadoria por invalidez.
Atenção: A apreciação das condições pessoais e sociais do segurado somente será
cabível quando houver prévio reconhecimento da incapacidade laborativa.

Súmula 77 da TNU: O julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e


sociais quando não reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade
habitual.
No entanto a TNU, vem afastando a Súmula 77 na hipótese de o segurado ser
portador de doença com estigma social. É que, nesse caso é possível que a doença
não gere incapacidade laboral do ponto d vista clinico, mas o mercado de trabalho
se feche em discriminação ao segurado. Esse entendimento vem sendo adotado
para doenças como: AIDS, hanseníase, obesidade mórbida, doenças de pele grave.
Súmula 77 da TNU: Comprovado que o requerente de benefício é portador do
vírus HIV, cabe ao julgador verificar as condições pessoais, sociais, econômicas e
culturais, de forma a analisar a incapacidade em sentido amplo, em face da
elevada estigmatização social da doença”.
Perícia:
A condição de inválido dependerá de apreciação de pericia médica do INSS, sendo
obrigado o segurado a submeter-se a exames médicos periódicos( a cada dois anos),
reabilitação profissional e tratamento dispensado gratuitamente.

OBS: Conforme o art. 101 da Lei 8.213/91, o aposentado por incapacidade permanente
estará inseto do exame pericial a cargo do INSS após completar 60 anos de idade, salvo
seguintes hipóteses:
• verificar a necessidade de assistência permanente de outra pessoa para a concessão do
acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor do benefício, conforme dispõe
o art. 45;
• verificar a recuperação da capacidade de trabalho, mediante solicitação do aposentado
ou pensionista que se julgar apto;
• subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela, conforme dispõe o art. 110.
• após completarem cinquenta e cinco anos ou mais de idade e quando decorridos
quinze anos da data da concessão da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença
que a precedeu.
Cessação:

Caberá a cessação do beneficio pela mera recuperação da capacidade laborativa


do segurado, constatada por pericia médica do INSS, não sendo nem necessária
que ele volte a trabalhar.

Ademais, dispõe o artigo 46 da Lei 8.213/91 que o aposentado por incapacidade


permanente que retornar voluntariamente a atividade terá sua aposentadoria
automaticamente cancelada, a partir da data do retorno.
Cessação:

Caberá a cessação do benefício pela mera recuperação da capacidade laborativa


do segurado, constatada por perícia médica do INSS, não sendo nem necessária
que ele volte a trabalhar.

Ademais, dispõe o artigo 46 da Lei 8.213/91 que o aposentado por incapacidade


permanente que retornar voluntariamente a atividade terá sua aposentadoria
automaticamente cancelada, a partir da data do retorno.

OBS: Segurado em exercício em mandato eletivo, ocorre a suspenção da


aposentadoria(Resp. 966736, de 23/08/2007, STJ).
Cessação por via Judicial:

Entende-se que mesmo que a concessão da aposentadoria por incapacidade


permanente seja judicial, poderá a Previdência social revê-la na via administrativa,
caso se constate-se a recuperação da capacidade laboral por perícia médica,
conforme art. 43 da Lei 8.213/91.

Preexistência da lesão ou enfermidades: caso a lesão ou enfermidade preexistiam


antes da filiação, mas não ao ponto de tornar-se o segurado incapaz para o
trabalho, tendo a invalidez se realizado após a filiação e em decorrência da
progressão da doença ou lesão fará jus o segurado a aposentadoria, uma vez
cumprida a carência de 12 meses ou nas hipóteses de dispensa.
Data de Início:
Em regra a data de início (DIB) será a data da incapacidade, contudo se entre a
data da incapacidade e a data da entrada do requerimento(DER) se passar mais de
30 dias , a data de início o benefício será a da entrada do requerimento.

Logo, para o segurado empregado, a data de início do benefício não será a data da
incapacidade, e sim o decimo sexto dia seguinte.
Segurado que necessitar da assistência permanente
O valor da aposentadoria por incapacidade permanente do segurado que necessitar da
assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25%, se assim comprovado em perícia
médica do INSS.
Rol de situações que ensejam o acréscimo:
• 1 - Cegueira total.
• 2 - Perda de nove dedos das mãos ou superior a esta.
• 3 - Paralisia dos dois membros superiores ou inferiores.
• 4 - Perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for impossível.
• 5 - Perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível.
• 6 - Perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese for impossível.
• 7 - Alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica e social.
• 8 - Doença que exija permanência contínua no leito.
• 9 - Incapacidade permanente para as atividades da vida diária.
Importante: Embora a Lei tenha previsto o acréscimo apenas para aposentadoria por invalidez,
esse benefício também foi estendido pela jurisprudência para aposentadoria por idade.
• Quanto a recuperação:
A recuperação do segurado da capacidade laborativa poderá gerar um “prêmio”,
que é intitulado pela doutrina de mensalidades de recuperação.

Quando a recuperação ocorrer dentro de 5 anos, contado da data de início da


aposentadoria por incapacidade permanente, ou do auxílio doença sem
interrupção, o benefício sessará tantos após tantos meses foram os anos de
duração do auxílio-doença ou da aposentadoria incapacidade permanente, exceto
para o segurado empregado caso ele tenha direito de retornar à função que
desempenhava na empresa que se aposentou.
Quando a recuperação ocorrer após os referidos 5 anos, ou, mesmo antes, se for ,
parcial ou se o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do
qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida sem prejuízo da volta à
atividade , da seguinte forma:

a) pelo seu valor integral, durante seis meses contados da data em que for
verificada a recuperação da capacidade;
b) com redução de cinquenta por cento, no período seguinte de seis meses; e
c) com redução de setenta e cinco por cento, também por igual período de seis
meses, ao término do qual cessará definitivamente.

ART. 49 do Decreto 3.048/99.


1- Dentre as regras que prevalecem no Regulamento Geral da Previdência Social
(RGPS), em relação à aposentadoria por invalidez, é correto afirmar que:

A - uma vez confirmada a incapacidade do segurado, qualquer que seja a causa,


fica automaticamente dispensada a necessidade de carência para sua concessão.

B - para a sua concessão, é obrigatório que o segurado esteja em gozo do auxílio-


doença.

C - uma das condições para sua concessão é que o servidor seja considerado
incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade
que lhe garanta a subsistência.

D - será paga indefinidamente, como uma forma de compensação, mesmo que o


segurado, num momento posterior, com novas tecnologias, readquira parcialmente
sua capacidade laborativa.
2 - Acerca dos benefícios previdenciários, julgue o item subsequente.

Será automaticamente cessada, a partir da data do retorno, a aposentadoria do


aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade que exercia
como empregado.

( ) Certo
( ) Errado
3 - De acordo com a Lei no 8.213/1991, o valor da aposentadoria por invalidez do
segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido
de:

A - 30%, acréscimo este que cessará com a morte do aposentado, não sendo
incorporável ao valor da pensão.

B - 25%, acréscimo este que não cessará com a morte do aposentado, sendo
incorporável ao valor da pensão.

C - 30%, ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal.

D - 25%, sobre o valor do benefício.

E -15%, acréscimo este que não cessará com a morte do aposentado, sendo
incorporável ao valor da pensão.
4 - Considerando a legislação aplicável e a jurisprudência dos tribunais superiores
acerca do RGPS, julgue o item que se segue.

Os benefícios de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença independem de


carência quando originários de causa acidentária de qualquer natureza.

( ) Certo
( ) Errado
5 - De acordo com a Lei n° 8.213/1991, verificada a recuperação da capacidade de
trabalho do aposentado por invalidez, sendo o segurado declarado apto para o exercício
de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem
prejuízo da volta à atividade,

A - no seu valor integral, durante doze meses contados da data em que for verificada a
recuperação da capacidade.

B - no seu valor integral, durante seis meses contados da data em que for verificada a
recuperação da capacidade.

C - com redução de 50%, durante doze meses contados da data em que for verificada a
recuperação da capacidade.

D - com redução de 25%, durante seis meses contados a partir do trigésimo dia da data
em que for verificada a recuperação da capacidade.

E - com redução de 50%, durante doze meses contados a partir do trigésimo dia após a
data em que for verificada a recuperação da capacidade.
6 - Sobre a carência, quanto às contribuições à Previdência Social para obtenção de
aposentadoria por invalidez, assinale a alternativa correta:

A - Será de no mínimo 12 meses em casos de doença e não será exigida em caso de


acidente.

B - Será de no mínimo 24 meses em casos de doença e não será exigida em caso de


acidente.

C - Será de no mínimo 12 meses em casos de doença e de 3 meses em caso de


acidente

D - Será de no mínimo 24 meses em casos de doença e de 3 meses em caso de


acidente.
7 - Com relação aos benefícios da Previdência Social, julgue o item subsecutivo.

Os beneficiários de aposentadoria por invalidez do Regime Geral de Previdência


Social devem se submeter a perícia médica a cada dois anos, qualquer que seja a
sua idade.

( ) Certo
( ) Errado
8 - Constitui condição legal ao recebimento de aposentadoria por invalidez por segurado
do regime geral de previdência social:
A - verificação do estado de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da
empresa, nos casos em que esta disponha de serviço médico próprio ou em convênio.

B- a verificação do estado de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo do


SUS (Sistema Único de Saúde).

C - ter havido a reunião de pelo menos 12 (doze) contribuições mensais, ressalvadas


hipóteses excepcionais, entre as quais aquelas em que a incapacidade tenha decorrido de
acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho.

D - não se tratar de incapacidade decorrente de doença ou lesão de que o segurado já era


portador ao filiar- se à previdência social, mesmo que tal incapacidade tenha decorrido
de mera progressão ou agravamento daquela doença ou lesão.

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