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1.

MATERIA E ENERGIA

Matéria e suas propriedades


Matéria: tudo aquilo que ocupa lugar no espaço e possui
massa, ou seja, um lápis, uma cadeira, um avião, uma
pessoa, o ar, um pedaço de tronco de árvore, todos esses
são alguns exemplos de matéria.
Corpo: é uma porção limitada da matéria. Exemplo: madeira
para formar lápis, casas, etc.
Objeto:é uma porção limitada da matéria que serve para
determinado uso.

Os estados físicos da matéria


O estado físico com maior aproximação das moléculas
(ou átomos) é o sólido. As partículas ficam mais
Afastadas no estado gasoso. Mudanças de estado físico
Correspondem a fenômenos físicos.

Ponto de fusão:
Temperatura na qual um sólido transforma-se em líquido
ou um líquido transforma-se num sólido.

Ponto de ebulição: temperatura na qual um líquido transforma-


se em gás ou um gás transforma-se num líquido.

Sistema:
Corresponde a uma porção limitada da matéria necessária
a algum estudo ou observação.

Sistema aberto: troca matéria e energia com o ambiente.

Sistema fechado: troca energia com o ambiente.

Sistema isolado: não ocorre troca com o ambiente.

Substâncias:
Existem inúmeros tipos de substâncias e são
formadas por partículas muito pequenas denominadas
átomos. Cada tipo de átomo é representado por um elemento
químico, que possui nome e símbolo:
Hidrogênio................................................................H
Oxigênio...................................................................O
Flúor.........................................................................F
Carbono....................................................................C
Enxofre.....................................................................S
Alumínio...................................................................Al
Molécula é uma partícula formada pela união de átomos iguais
ou diferentes. É a menor estrutura de uma substância pura que
mantém as propriedades desta substância.
Uma classificação bem simples para substâncias é a seguinte:

Substâncias Simples: são aquelas formadas por apenas


um tipo de elemento químico. Exemplos:
Gás Cloro................................................................Cl2
Iodo.........................................................................I2
Gás Hidrogênio...........................................................H2
Gás Ozônio................................................................O3
Ácido Sulfúrico.....................................................H2SO4
Ferro metálico.............................................................Fe

Alotropia é o fenômeno em que átomos de um mesmo elemento


químico formam duas substâncias simples diferentes.
Ocorre alotropia entre os elementos oxigênio (O2 e O3),
carbono (grafite, diamante e fulereno), fósforo (branco e vermelho)
e enxofre (rômbico e monoclínico) principalmente.

Substâncias compostas:
são formadas por dois ou mais tipos de elementos
químicos. Esse tipo de substância também é chamado
decomposto. Exemplos:
Água.....................................................................H2O
Gás carbônico..........................................................CO2
Álcool...............................................................C2H6O
Sal de cozinha.........................................................NaCl
Ácido sulfúrico......................................................H2SO4
Gás natural (GNV).....................................................CH4

Substâncias puras:
são substâncias que apresentam apenas moléculas iguais
entre si. Ou seja:
• Um copo numa mesa contendo apenas água (apenas
moléculas de água!) é um sistema aberto com uma substância
pura composta.
• Um cilindro contendo gás oxigênio (O2) é um sistema
fechado contendo uma substância pura simples.
Durante a mudança de estado físico, as temperaturas
de fusão e de ebulição permanecerão constantes.
O gráfico abaixo demonstra as mudanças de estado para
uma substância pura em que T é a temperatura.

Misturas:
São sistemas contendo duas ou mais tipos de substâncias.
Numa mistura, as temperaturas de fusão e de ebulição
não permanecem constantes, gerando uma faixa de mudança
de estado:
Misturas eutéticas:
São aquelas em que mesmo não sendo uma substância
pura, a temperatura do ponto de fusão permanece constante
durante a mudança de estado físico.
Exemplo: álcool + água em quantidade específica.

Misturas azeotrópicas:
são aquelas em que a temperatura do ponto de ebulição
permanece constante durante a mudança de estado físico.
Exemplo: Bronze em percentagem específica.

Sistemas Homogêneos e Heterogêneos.

Ao observarmos dois sistemas diferentes: uma


garrafa contendo álcool de cozinha (mistura de água +
álcool) e um copo com água e óleo, imediatamente notamos
a diferença. No primeiro caso vemos apenas uma
fase. No caso 2 vemos duas fases bem definidas, a da
água abaixo e do óleo acima.
Caso 1: mistura homogênea.
Caso 2: mistura heterogênea.

Fase:
cada uma das partes homogêneas de um sistema será
uma fase. Então uma mistura deve necessariamente
conter dois ou mais componentes. Se esses componentes
apresentarem uma fase apenas, será homogênea. Se
apresentar mais de uma fase, será heterogênea.
Sistema heterogêneo com 3 fases.

Fenômenos físicos e químicos


Fenômenos físicos são aqueles que não alteram
a natureza da matéria. Ou seja, água passando do sólido
(gelo) para o líquido e depois para vapor, são mudanças
de estado pois H2O continua sendo H2O independente da
forma à qual se encontra. Fenômenos físicos são sempre
reversíveis.

Mudança de estado:

5. Funções inorgânicas

São aquelas constituídas por todos os demais elementos químicos que


constituem os ácidos, bases, sais e óxidos, estudados pela química inorgânica.
A química mineral ou inorgânica abrange o estudo dos metalóides e dos
metais e das combinações químicas, tem composição qualitativa, que varia
muito de um para outro elemento.

As principais funções químicas inorgânicas – ácidos, bases, sais e óxidos – são


encontradas em nosso cotidiano e também em nosso organismo. Por exemplo:
o ácido clorídrico é um dos constituintes do suco gástrico, encontrado no
estômago; a soda cáustica é constituinte de produto de uso doméstico para
desentupir pias e utilizado para fabricar o sabão; o sal de cozinha é
constituído pelo cloreto de sódio e a cal viva, utilizado na construção civil e
também na culinária, é constituída pelo óxido de cálcio.

Para definir estas substâncias existem vários critérios de classificação. Nós


utilizaremos os critérios da condutividade elétrica segundo Arrhenius e o teste
com indicadores ácido-base para caracterizar semelhança nas propriedades
químicas dessas substâncias. 
ÁCIDOS
BASES
MEDIDAS DE ACIDEZ E BASICIDADE
SAIS
ÓXIDOS

Problemas ambientais
Funções Inorgânicas
Exercícios de Revisão

1. (Ufrj 2008) A queima do enxofre presente na gasolina e


no óleo diesel gera dois anidridos que, combinados com a
água da chuva, formam seus ácidos correspondentes.
Escreva a fórmula desses ácidos e indique o ácido mais
forte. Justifique sua indicação.
2. (G1 - cftce 2007) Relativamente à formula molecular
H‚SO„, dados os números atômicos H (Z = 1); O (Z = 8); S
(Z = 16), é CORRETO afirmar que:
a) existem duas ligações iônicas, duas ligações covalentes
normais e duas ligações covalentes dativas.
b) todos os átomos da fórmula obedecem à regra do octeto.
c) todas as ligações encontradas na molécula são do tipo
ligação covalente apolar.
d) o ácido apresenta dois hidrogênios ionizáveis.
e) sua nomenclatura é ácido sulfuroso e sua classificação é
triácido.
3. (Pucsp 2008) O elemento X forma com o oxigênio um
óxido básico de fórmula XO, enquanto o elemento J forma
com o oxigênio um óxido ácido de fórmula J‚O. O composto
formado pelos elementos X e J é:
a) metálico e apresenta fórmula mínima XJ.
b) molecular e apresenta fórmula molecular X‚Jƒ.
c) molecular e apresenta fórmula molecular XJ‚.
d) iônico e apresenta fórmula mínima X‚J.
e) iônico e apresenta fórmula mínima XJ‚.
4. (Enem 2007) De acordo com a legislação brasileira, são
tipos de água engarrafada que podem ser vendidos no
comércio para o consumo humano:
- água mineral: água que, proveniente de fontes naturais ou
captada artificialmente, possui composição química ou
propriedades físicas ou físico-químicas específicas, com
características que lhe conferem ação medicamentosa;
- água potável de mesa: água que, proveniente de fontes
naturais ou captada artificialmente, possui características
que a tornam adequada ao consumo humano;
- água purificada adicionada de sais: água produzida
artificialmente por meio da adição à água potável de sais de
uso permitido, podendo ser gaseificada.
Com base nessas informações, conclui-se que
a) os três tipos de água descritos na legislação são potáveis.
b) toda água engarrafada vendida no comércio é água
mineral.
c) água purificada adicionada de sais é um produto natural
encontrado em algumas fontes específicas.
d) a água potável de mesa é adequada para o consumo
humano porque apresenta extensa flora bacteriana.
e) a legislação brasileira reconhece que todos os tipos de
água têm ação medicamentosa.
5. (G1 - cftce 2007) Com relação às funções inorgânicas e
suas reações, é correto AFIRMAR que:
a) o hidróxido de alumínio é a única base inorgânica que não
dissocia íons na presença de água.
b) óxidos básicos são compostos iônicos que podem
neutralizar bases.
c) a pedra-ume, de fórmula molecular
K‚SO„.AØ‚(SO„)ƒ.24H‚O, é um sal complexo e hidratado.
d) a neutralização parcial do ácido sulfúrico com NaOH
resultará em sulfato de sódio e água.
e) a pirólise do carbonato de cálcio caracteriza-se como uma
reação de decomposição.
6. (G1 - cftce 2007) Com relação às funções da química
inorgânica, é INCORRETA a alternativa:
a) A ionização do ácido clorídrico em água pode ser
representada por
b) Na‚O e CaO são classificados como óxidos ácidos.
c) O ácido fosfórico (HƒPO„) é um ácido de Arrhenius, sendo
classificado como triácido.
d) A reação HCØ + NaOH ë NaCØ + H‚O é de
neutralização.
e) A nomenclatura para a substância Mg(OH)‚ é hidróxido
de magnésio.
7. (G1 - cftmg 2007) O quadro a seguir relaciona algumas
substâncias químicas e suas aplicações freqüentes no
cotidiano.
As fórmulas que representam as espécies citadas nesse
quadro são, de cima para baixo, respectivamente,
a) HƒPO„, CaO‚, NaF‚ e AØOH.
b) HƒPOƒ, CaO, NaF e AØ(OH)‚.
c) H‚PO‚, CaO‚, NaF‚ e AØ(OH).
d) HƒPO„, CaO, NaF e AØ(OH)ƒ.
8. (G1 - cftsc 2007) O dióxido de carbono pertence a qual
função inorgânica?
a) Sal.
b) Óxido.
c) Base.
d) Hidreto.
e) Ácido.
9. (G1 - cftsc 2007) Considerando os oxiácidos H‚SO„,
HCØO„, HCØO, podemos dizer que a ordem CORRETA
quanto à força decrescente de ionização é:
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Funções Inorgânicas
a) HCØO, HCØO„, H‚SO„
b) HCØO„, H‚SO„, HCØO
c) HCØO„, HCØO, H‚SO„
d) HCØO, H‚SO„, HCØO„
e) H‚SO„, HCØO, HCØO„
10. (G1 - cftsc 2007) Em relação às substâncias NaOH,
NH„OH, AØ(OH)ƒ, Fe(OH)‚, Fe(OH)ƒ, assinale a única
afirmação CORRETA:
a) São todas bases muito solúveis em água.
b) Todas essas substâncias são compostos iônicos.
c) Todas essas substâncias são moleculares.
d) O hidróxido de sódio é uma base forte.
e) Todas se dissociam fortemente quando misturadas em
água.
11. (G1 - utfpr 2007) "Como o gás dióxido de enxofre é
solúvel em água, ele pode ser incorporado às gotículas de
água que formam as nuvens, formando o ácido sulforoso".
"Química Nova na Escola", 2002, v. 15, 39
Com relação ao dito no texto fez-se as seguintes
afirmações:
I) O dióxido de enxofre possui fórmula SOƒ.
II) Os átomos nas moléculas do dióxido de enxofre são
unidos por ligações iônicas uma vez que o oxigênio possui
uma eletronegatividade bem maior que a do enxofre.
III) Uma solução contendo o referido ácido permanecerá
incolor ao se adicionar algumas gotas de fenolftaleína.
IV) O ácido sulforoso possui fórmula molecular H‚SOƒ.
Estão corretas somente as afirmações:
a) I e II.
b) I e III.
c) I, III e IV.
d) III e IV.
e) II e III.
12. (G1 - utfpr 2007) A cal extinta ou cal apagada (Ca(OH)‚)
é muito utilizada em construções de alvenaria (tijolo) para
formar uma pasta que misturada à areia e ao cimento seca
fazendo com que a parede de tijolos não caia. A maioria dos
trabalhadores de construção civil não utiliza luvas para
proteger as mãos após o manuzeio da argamassa de cal. Se
a pessoa ficar muito tempo com resíduos de cal na mão, isto
faz com que as mãos fiquem ressecadas; isto ocorre devido
a uma reação química que remove a oleosidade da pele.
Após um dia de trabalho é muito comum o profissional,
mesmo após lavar as mãos, estar com elas toda cheia de
resíduos de cal, que continua removendo a oleosidade
remanescente. Para neutralizar esta cal da mão lavada, das
substâncias a seguir o profissional poderá utilizar:
a) vinagre.
b) bicarbonato de sódio.
c) pasta de dente.
d) sal de cozinha.
e) amido de milho.
13. (G1 - utfpr 2007) "Dentre as várias alternativas
existentes para a produção de radicais hidroxilas pode ser
dado destaque à fotocatálise heterogênea, principalmente
na presença de TiO‚, fotocatálise assistida por H‚O‚ e
sistemas Fenton que se utilizam de FeSO„, processos esses
muito explorados para degradação de inúmeros poluentes
orgânicos de relevância ambiental".
As substâncias em destaque são:
a) óxido de titânio (um óxido), água oxigenada, sulfato
férrico (uma base).
b) dióxido de titânio (um óxido), água destilada, sulfato
férrico (um ácido).
c) dióxido de titânio (uma base), água destilada, sulfato
férrico (um sal).
d) dióxido de titânio (um óxido), água oxigenada, sulfato
ferroso (um sal).
e) dióxido de titânio (um óxido), água destilada, sulfato
ferroso (um tetróxido).
14. (G1 - utfpr 2008) Qual dos óxidos a seguir é usado na
agricultura para neutralizar a acidez do solo?
a) MgO
b) KO
c) MnO
d) CaO
e) AØ‚Oƒ
15. (Pucrs 2007) Responder à questão com base nas
reações de neutralização a seguir:
I. 2HNOƒ + Mg(OH)‚ ë X + 2H‚O
II. Y + 2KOH ë K‚HPO„ + 2H‚O
III. H‚COƒ + 2NaOH ë Z + 2H‚O
A nomenclatura correta das substâncias X, Y e Z é,
respectivamente,
a) nitrito de magnésio, ácido fosforoso e bicarbonato de
sódio.
b) nitrito de manganês, ácido ortofosfórico e carbeto de
sódio.
c) nitrato de magnésio, ácido fosfórico e bicarbonato de
sódio.
d) nitrato de magnésio, ácido fosfórico e carbonato de sódio.
e) nitrato de magnésio, ácido fosforoso e carbonato de
sódio.
16. (Pucrs 2007) No mar existem vários sais dissolvidos, tais
como CLORETO DE SÓDIO, CLORETO DE MAGNÉSIO,
SULFATO DE MAGNÉSIO e outros. Também se encontram
sais pouco solúveis na água, como o CARBONATO DE
CÁLCIO, que forma os corais e as conchas. As fórmulas
químicas das substâncias destacadas estão reunidas,
respectivamente, em
a) NaCØ, MgCØ‚, MgS e CaCOƒ
b) NaCØ‚, MgCØ‚, MgSO„ e Ca‚C
c) NaCØ‚, MgCØ, Mg‚SO„ e Ca(COƒ)‚
d) NaCØ, MgCØ‚, MgSO„ e CaCOƒ
e) NaCØ, Mg‚CØ, MgS e Ca‚COƒ
17. (Uece 2007) Algumas armações metálicas com alto teor
de cobre adquirem uma camada esverdeada de CuCOƒ
(azinhavre) que é tóxico e pode ser absorvido pela pele do
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Funções Inorgânicas
rosto do usuário. O processo pode ser resumido pelas
reações:
I - 2 Cu(s) + O‚(g) + 2H‚O(Ø) ë 2 Cu(OH)‚(s)
II - Cu(OH)‚(s) + CO‚(g) ë CuCOƒ + H‚O(Ø)
A leitura atenta do texto anterior nos leva a afirmar,
corretamente, que
a) o produto da reação I é o hidróxido cúprico.
b) em ambas as reações ocorre um processo de óxidoredução.
c) a reação II é definida como deslocamento ou simples
troca.
d) na presença de fenolftaleína o hidróxido de cobre II
aquoso adquire a coloração azul.
18. (Uece 2007) A Química salvou a humanidade da fome,
mas os restos de fertilizantes usados na agricultura tendem
a escapar para os rios e lagos próximos às plantações e
virar comida para a vegetação aquática. Além de prejudicar
os peixes, os fertilizantes aumentam a produção de óxido
nitroso, um gás emitido pelo solo e que representa 5 % das
emissões relacionadas ao efeito estufa. Assinale a
alternativa verdadeira relacionada com o óxido nitroso.
a) Sua fórmula química é N‚Oƒ.
b) N = N - O é sua fórmula estrutural.
c) Como não reage com água, ácido e base, é considerado
um óxido neutro.
d) Participa do efeito estufa através da reação NO‚ + O‚ ë
NO + Oƒ
19. (Ufjf 2007) Associe a coluna 1 com a coluna 2 e assinale
a alternativa que representa a seqüência CORRETA de (I) a
(V).
Coluna 1
(I) Sal neutro
(II) Reage com a água produzindo ácido sulfúrico
(III) Sal ácido
(IV) É um dos produtos da reação do ácido clorídrico com
zinco metálico
(V) É um ácido forte
Coluna 2
(A) SOƒ
(B) H‚
(C) NaCØ
(D) HNOƒ
(E) NaHSO„
a) I-A, II-B, III-C, IV-D, V-E.
b) I-E, II-A, III-D, IV-C, V-B.
c) I-B, II-A, III-D, IV-E, V-C.
d) I-C, II-B, III-A, IV-D, V-E.
e) I-C, II-A, III-E, IV-B, V-D.
20. (Ufla 2007) O anidrido sulfúrico é o óxido de enxofre que
em reação com a água forma o ácido sulfúrico. Nas regiões
metropolitanas, onde o anidrido é encontrado em grandes
quantidades na atmosfera, essa reação provoca a formação
da chuva ácida. As fórmulas do anidrido sulfúrico e do ácido
sulfúrico são, respectivamente:
a) SOƒ e H‚SO„
b) SO„ e H‚SO„
c) SO‚ e H‚SOƒ
d) SO e H‚SOƒ
21. (Ufu 2007) Considere as fórmulas dos compostos a
seguir.
I - KHCOƒ
II - RbSO„
III - SrCØO‚
IV - MgCr‚O‡
V - LiNOƒ
Em relação à representação das fórmulas dos compostos,
assinale a alternativa que apresenta, apenas, as fórmulas
escritas corretamente.
a) III e IV
b) II e III
c) I e V
d) III e V
22. (Ufu 2007) A chuva ácida constitui um grave problema
ambiental, devido a grande quantidade de óxidos,
principalmente SO‚ e SOƒ, produzidos pela atividade
humana e lançados na atmosfera.
Acerca desse assunto, assinale a alternativa INCORRETA.
a) SO‚ e SOƒ são óxidos que reagem fortemente com bases
tendo como produtos sal e água, além de calor.
b) A combinação desses óxidos com vapor de água
atmosférico resulta no ácido sulfúrico, em uma única etapa.
c) Esses óxidos têm as suas solubilidades em água
aumentadas quando submetidos a altas pressões.
d) O ácido formado a partir do SOƒ é mais forte do que o
ácido formado a partir do SO‚.
23. (Unesp 2007) Recentemente, divulgou-se que a China
pretende investir em um programa para transformar carvão
mineral em combustível líquido, com o objetivo de diminuir a
importação de petróleo. A tecnologia consiste na geração de
uma mistura gasosa de H‚ e CO, que se converte em uma
mistura de hidrocarbonetos líquidos na presença de um
catalisador, em condições adequadas de temperatura e
pressão. Para aumentar o teor de H‚ na mistura gasosa,
........... tem que ser convertido em CO‚, pela reação com
vapor d'água. O CO‚, que é um .........., é separado
posteriormente do H‚ por meio de uma reação com
determinada substância ...........
Os espaços vazios do texto são corretamente preenchidos,
na ordem em que aparecem, por:
a) CH„ ... hidrocarboneto ... neutra
b) CO ... óxido ácido ... neutra
c) CO ... óxido básico ... neutra
d) CO ... óxido básico ... ácida
e) CO ... óxido ácido ... básica
24. (Pucmg 2007) Qual das reações a seguir NÃO é uma
reação de neutralização?
a) KOH(aq) + HCØ(aq) ë KCØ(aq) + H‚O(Ø)
b) NHƒ(g) + HCØ(g) ë NH„CØ(s)
c) Ca(OH)‚(aq) ‚ + 2 HF(aq) ë CaF‚(aq) + 2 H‚O(Ø)

6. REAÇÕES QUIMICAS

CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES QUÍMICAS

Para que aconteça uma reação química, as ligações entre átomos e moléculas
devem ser rompidas e devem ser restabelecidas de outra maneira. O que
evidencia uma reação é a transformação que ocorre nas substâncias em
relação ao seu estado inicial, essas modificações dependem do tipo de reação
pela qual os reagentes irão passar.
Existem vários critérios para classificar reações químicas, iremos citar apenas
quatro tipos de reações que relacionam o número de substâncias que reagem
e o número de substâncias produzidas. Para melhor exemplificá-las iremos
utilizar as letras: A, B, C, D.

Reação de análise ou decomposição: nessa reação uma única substância gera


dois ou mais produtos.

AB → A + B

Exemplo: Os airbags são dispositivos de segurança presentes em vários


automóveis. Quando acionamos esse dispositivo, a rápida decomposição do
composto de sódio NaN3(s) origina N2(g), gás nitrogênio que faz inflar os
airbags. Veja a reação:

2 NaN3(s) → 3 N2(g) + 2 Na(s)

Reação de simples troca ou deslocamento: ocorre quando uma substância


simples reage com uma composta, originando novas substâncias: uma simples
e outra composta.

A + BC → AC + B

Exemplo: Quando uma lâmina de zinco é introduzida em uma solução aquosa


de ácido clorídrico, vai ocorrer a formação de cloreto de zinco e o gás
hidrogênio vai ser liberado.

Zn (s) + 2 HCl (aq) → ZnCl2(aq) + H2 (g)

Observe que o Zinco deslocou o Hidrogênio, daí o porquê do nome reação de


deslocamento.

Reação de síntese ou adição: são aquelas que duas ou mais substâncias


originam um único produto.

A + B → AB

A produção de magnésio é um exemplo dessa reação, quando o magnésio


reage com o oxigênio do ar:

2 Mg(s) + 1 O2(g) → 2 MgO(s)

Essa reação se faz presente em flashes fotográficos descartáveis e foguetes


sinalizadores.

Reação de dupla troca: dois reagentes reagem formando dois produtos, ou


seja, se duas substâncias compostas reagirem dando origem a novas
substâncias compostas recebem essa denominação.
AB + CD → AD + BC

Exemplo: a reação entre o ácido sulfúrico com hidróxido de bário produz água
e sulfato de bário.

H2SO4 (aq) + Ba(OH)2 (aq) → 2 H2O(l) + BaSO4(s)

O produto sulfato de bário: BaSO4(s) é um sal branco insolúvel.

Conservação da massa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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A Lei da Conservação das Massas foi publicada pela primeira vez 1760, em um
ensaio de Mikhail Lomonosov. No entanto, a obra não repercutiu na Europa Ocidental,
cabendo ao francês Antoine Lavoisier o papel de tornar mundialmente conhecido o que
hoje se chama Lei de Lavoisier.

De acordo com essa lei, em qualquer sistema, físico ou químico, nunca se cria nem se
elimina matéria, apenas é possível transformá-la de uma forma em outra. Portanto, não
se pode criar algo do nada nem transformar algo em nada. Logo, tudo que existe provém
de matéria preexistente, só que em outra forma, assim como tudo o que se consome
apenas perde a forma original, passando a adotar uma outra. Tudo se realiza com a
matéria que é proveniente do próprio planeta, apenas havendo a retirada de material do
solo, do ar ou da água, o transporte e a utilização desse material para a elaboração do
insumo desejado, sua utilização para a população e, por fim, a disposição, na Terra, em
outra forma, podendo muitas vezes ser reutilizado.

A lei da conservação da massa explica um dos grandes problemas com o qual nos
defrontamos atualmente: a poluição ambiental, compreendendo água, solo e ar. O fato
de não ser possível consumir a matéria até sua aniquilação implica a geração de resíduos
em todas as atividades dos seres vivos, resíduos esses indesejáveis a quem os eliminou,
mas que podem ser reincorporados ao meio, para posteriormente serem reutilizados.
Esse processo denomina-se reciclagem e ocorre na natureza por meio dos ciclos
biogeoquímicos, nos quais interagem mecanismos biogeoquímicos que tornam os
resíduos aproveitáveis em outra forma. Quando não existe um equilíbrio entre consumo
e reciclagem, podem advir consequências desastrosas ao meio ambiente, tais como
eutrofização dos lagos, contaminação dos solos por pesticidas e fertilizantes, etc.

Atualmente, o mundo vive em plena era do desequilíbrio, uma vez que os resíduos são
gerados em ritmo muito maior que a capacidade de reciclagem do meio. A Revolução
Industrial do século XIX introduziu novos padrões de geração de resíduos, que surgem
em quantidades excessivamente maiores que a capacidade de absorção da natureza e de
maneira tal que ela não é capaz de absorver e reciclar (materiais sintéticos não-
biodegradáveis).
Preocupado em utilizar métodos quantitativos, Lavoisier tinha a balança como um de
seus principais instrumentos em atividades experimentais.

Por volta de 1774, o químico francês realizava experiências sobre a combustão e a


calcinação de substâncias. Observou que, dessas reações, sempre resultavam óxidos
cujo peso era maior que o das substâncias originalmente usadas.

Informado sobre as características do gás que ativava a queima de outras substâncias


(que mais tarde foi denominado pelo próprio Lavoisier como oxigênio, que quer dizer
gerador de ácidos), passou a fazer experiências com o mesmo e acabou por deduzir que
a combustão e a calcinação nada mais eram que o resultado da combinação desse gás
com as outras substâncias. E que a massa aumentada dos compostos resultantes
correspondia à massa da substância inicialmente empregada, mais a massa do gás a ela
incorporado através da reação.

Balnceamento de equações químicas

Agora que já aprendemos a escrever uma equação química, não podemos deixar
de verificar sempre se o número de átomos de cada elemento é o mesmo em
ambos os lados da equação, ou seja, se ela está balanceada. Para realizar o
balanceamento, temos que colocar um número denominado coeficiente
estequiométrico antes dos símbolos. Quando o coeficiente de uma equação for
igual a 1, não é preciso escrever. Observe os exemplos:

Ora, se você tiver duas vezes H2O, terá então um total de 4 átomos de hidrogênio
e 2 átomos de oxigênio. Certo?

Devemos lembrar que para ajustar uma equação química usamos unicamente os
coeficientes. Em nenhum caso trocamos os subíndices das fórmulas. Se fizermos isso
vamos alterar a identidade da substância. Vamos ver um exemplo?
Embora a equação esteja balanceada, ela não representa a reação química da
formação da água. Ao trocar o subíndice do oxigênio da água por dois, trocamos
também o composto, obtendo assim a fórmula da água oxigenada.
Os coeficientes usados no balanceamento de uma equação química devem ser sempre
os menores números inteiros possíveis, pois não dá para imaginar 1/2 molécula de
oxigênio!
Algumas equações são facilmente balanceadas. Isso leva apenas alguns minutos,
mas algumas são um pouco mais complicadas. Para facilitar esse tipo de
operação, vamos aplicar o "método por tentativas". Para isso, basta seguir
algumas regrinhas práticas:

Exemplo 1: A queima do álcool é descrita pela seguinte equação química.


Vamos começar o balanceamento?

Como escolhemos os coeficientes?


Devemos começar o acerto pelo elemento que apareça uma só vez de cada lado
da equação (nesse caso temos o carbono e o hidrogênio). Portanto, devemos
multiplicar o carbono por 2 e o hidrogênio por 3 (ambos do lado direito) para
ficarmos com 2 átomos de carbono e 6 átomos de hidrogênio de cada lado da
equação. Teremos portanto:

Agora vamos dar uma olhadinha para os oxigênios. Temos 4 oxigênios


pertencentes ao CO2 e 3 oxigênios da água, somando um total de 7 oxigênios do
lado dos produtos e apenas 3 do lado dos reagentes (1 átomo de oxigênio do
C2H6O e 2 átomos do O2). Como podemos resolver isso?
Basta multiplicar o oxigênio por três!!
Temos assim a equação balanceada.
Viu como é fácil? Vamos exercitar mais um pouquinho.
Exemplo 2:

Você deve estar se perguntando: o que significa esse número fora dos
parênteses?
Nesse caso, os elementos entre os parênteses são multiplicados pelo número 2.
Quer ver como é fácil?

Agora que já sabemos determinar quantos elementos têm essa fórmula, vamos
começar o balanceamento?
Temos o cálcio (Ca) e o fósforo (P), que aparecem uma vez de cada lado da
equação. Mas por onde começar?
Pela regra dois, devemos começar pelo elemento que tiver o maior índice, nesse
caso o cálcio (Ca), que possui índice 3. Devemos, portanto, multiplicar o cálcio
do lado esquerdo por 3.

Que legal! Você percebeu que a equação já está toda balanceada? Vamos
conferir.

3 cálcios 3 cálcios
3 oxigênios + 5 oxigênios = 8 8 oxigênios
oxigênios
2 fósforos 2 fósforos

Lei de Lavoisier
Os estudos experimentais realizados por Lavoisier levaram-no a concluir que, numa
reação química que se processe num sistema fechado, a massa permanece constante, ou
seja, a soma das massas dos reagentes é igual à soma das massas dos produtos:

m(reagentes) = m(produtos)

Assim, por exemplo, quando 2 gramas de hidrogênio reagem com 16 gramas de


oxigênio verifica-se a formação de 18 gramas de água; do mesmo modo, quando 12
gramas de carbono reagem com 32 gramas de oxigênio ocorre a formação de 44 gramas
de gás carbônico.

Através de seus trabalhos, pôde enunciar uma lei que ficou conhecida como Lei da
Conservação das Massas ou Lei de Lavoisier:

"Numa reação química que ocorre em sistema fechado, a massa total antes da
reação é igual à massa total após a reação".

ou,

"Numa reação química a massa se conserva porque não ocorre criação nem
destruição de átomos. Os átomos são conservados, eles apenas se rearranjam.
Os agregados atômicos dos reagentes são desfeitos e novos agregados
atômicos são formados".

Ou ainda, filosoficamente falando,

"Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".

O que hoje pode parecer evidente, nem sempre o foi. Queimando-se magnésio,
cientistas anteriores a Lavoisier observavam um aumento de massa, enquanto que,
queimando enxofre, notavam uma perda de massa. Coube a Lavoisier, percebendo que
esses ensaios deveriam ser feitos em sistemas fechados, esclarecer que as diferenças de
massas eram devidas à absorção ou liberação de gases durante as reações.

Atualmente sabemos que a lei de Lavoisier como inicialmente foi proposta nem se
verifica. É possível a perda de massa no decurso de uma reacção libertando-se energia
(fenômeno explicável pela teoria da relatividade). O que se deverá verificar sempre é a
primeira lei da termodinâmica.

4. Ligação química e metálica


As ligações químicas são uniões estabelecidas entre átomos para formarem moléculas,
ou agregados cristalinos moleculares, ou ainda as estabelecidas entre íons que
constituem a estrutura básica de uma substância ou composto. Na Natureza existem
aproximadamente uma centena de elementos químicos. Os átomos destes elementos
químicos ao se unirem formam a grande diversidade de substâncias químicas. Para
exemplificar podemos citar o alfabeto em que podemos juntar as letras para formar as
palavras. Os átomos, comparando, seriam as letras e, as moléculas seriam as palavras.
Na escrita não podemos simplesmente ir juntando as letras para a formação de palavras:
aasc em português não tem significado (salvo se corresponder a uma sigla); porém se
organizarmos essas letras teremos casa que já tem o seu significado. Assim como na
escrita a união estabelecida entre átomos não ocorre de qualquer forma, deve haver
condições apropriadas para que a ligação entre os átomos ocorra, tais como: afinidade,
contato, energia etc. As ligações químicas podem ocorrer através da doação e recepção
de elétrons entre os átomos (ligação iônica). Como exemplo NaCl (cloreto de sódio).
Compostos iônicos conduzem electricidade no estado líquido ou dissolvido. Eles
normalmente têm um alto ponto de fusão e alto ponto de ebulição. Outro tipo de
ligações químicas ocorre através do compartilhamento de elétrons: a ligação covalente.
Como exemplo H2O (água). Existe também a ligação metálica onde os elétrons das
últimas camadas dos átomos do metal saltam e passam a se movimentar livremente
entre os átomos criando uma força de atração entre os átomos do metal, neste caso, não
há perda de elétrons.

Teoria do Octeto

Um grande número de elementos adquire estabilidade eletrônica quando seus átomos


apresentam oito elétrons na sua camada mais externa. Existem exceções para essa teoria
como o Hidrogênio (H) e o Hélio (He), onde ambos se estabilizam com dois elétrons na
última camada, ainda temos o caso do átomo de carbono que é tetravalente (pode
realizar quatro ligações), além dele todos os átomos que pertencem a família de número
14 da tabela periódica são tetravalentes e sendo assim encontram-se no eixo central
dessa regra (Octeto), nesses casos os átomos optam (por assim dizer) por fazer 4
ligações sigmas (ligações simples) entre comuns átomos.

Ligações Iônicas ou Eletrovalentes

Configuração Eletrônica de lítio e fluor. O Lítio tem um elétron em sua camada de


valência, mantido com dificuldade porque sua energia de ionização é baixa. O Fluor
possui 7 elétrons em sua camada de valência. Quando um elétron se move do lítio
para o fluor, cada íon adquire a configuração de gás nobre. A energia de ligação
proveniente da atração eletrostática dos dois íons de cargas opostas tem valor
negativo suficiente para que a ligação se torne estável.
Ligações Iônicas são um tipo de ligação química baseada na atração eletrostática entre
dois íons carregados com cargas opostas. Na formação da ligação iônica, um metal tem
uma grande tendência a perder elétron(s), formando um íon positivo ou cátion. Isso
ocorre devido à baixa energia de ionização de um metal, isto é, é necessária pouca
energia para remover um elétron de um metal. Simultaneamente, o átomo de um ametal
(não-metal) possui uma grande tendência a ganhar elétron(s), formando um íon de carga
negativa ou ânion. Isso ocorre devido à sua grande afinidade eletrônica. Sendo assim, os
dois íons formados, cátion e ânion, se atraem devido a forças eletrostáticas e formam a
ligação iônica. Se estes processos estão interligados, ou seja, o(s) elétron(s) perdido(s)
pelo metal é(são) ganho(s) pelo ametal, então, seria "como se fosse" que, na ligação
iônica, houvesse a formação de íons devido à "transferência" de elétrons do metal para o
ametal. Esta analogia simplista é muito utilizada no Ensino Médio, que destaca que a
ligação iônica é a única em que ocorre a transferência de elétrons. A regra do octeto
pode ser utilizada para explicar de forma símples o que ocorre na ligação iônica.
Exemplo: Antes da formação da ligação iônica entre um átomo de sódio e cloro, as
camadas eletrônicas se encontram da seguinte forma: 11Na - K = 2; L = 8; M = 1
17Cl - K = 2; L = 8; M = 7 O sódio possui 1 elétron na última camada (camada M).
Bastaria perder este elétron para que ele fique "estável" com 8 elétrons na 2ª camada
(camada L). O cloro possui 7 elétrons na sua última camada (camada M). É bem mais
fácil ele receber 1 elétron e ficar estável do que perder 7 elétrons para ficar estável,
sendo isto o que acontece. Sendo assim, é interessante ao sódio doar 1 elétron e ao cloro
receber 1 elétron. No esquema abaixo, está representado este processo, onde é mostrado
apenas a camada de valência de cada átomo. Seria como se fosse que os átomos se
aproximam e ocorre a transferência de elétron do sódio para o cloro:

O resultado final da força de atração entre cátions e ânions é a formação de uma


substância sólida, em condições ambientes (25 °C, 1 atm). Não existem moléculas nos
sólidos iônicos. Em nível microscópico, a atração entre os íons acaba produzindo
aglomerados com formas geométricas bem definidas, denominadas retículos cristalinos.
No retículo cristalino cada cátion atrai simultaneamente vários ânions e vice-versa.

Características dos compostos iônicos

 Apresentam forma definida, são sólidos nas condições ambientes;


 Possuem altos ponto de fusão e ponto de ebulição;
 Conduzem corrente elétrica quando dissolvidos em água ou fundidos.

OBS.: O hidrogênio faz ligação iônica com metais também. Embora possua um elétron,
não é metal, logo, não tende a perder esse elétron. Na verdade, o hidrogênio tende a
receber um elétron ficando com configuração eletrônica igual à do gás hélio.Com a
nova configuração eletrônica, o gás hidrogênio se torna um iôn. Sendo que o iôn ficara
negativo.

Ligações Covalentes ou Moleculares


Ligação covalente ou molecular é aquela onde os átomos possuem a tendência de
compartilhar os elétrons de sua camada de valência, ou seja, de sua camada mais
instável. Neste tipo de ligação não há a formação de íons, pois as estruturas formadas
são eletronicamente neutras, como o exemplo abaixo, do oxigênio. Ele necessita de dois
elétrons para ficar estável e o H irá compartilhar seu elétron com o O. Sendo assim o O
ainda necessita de um elétron para se estabilizar, então é preciso de mais um H e esse H
compartilha seu elétron com o O, estabilizando-o. Sendo assim é formado uma molécula
o H2O.

OBS.: Ao compartilharem elétrons, os átomos podem originar uma ou mais substâncias


simples diferentes. Esse fenômeno é denominado alotropia. Essa substâncias são
chamadas de variedades alotrópicas. As variedades podem diferir entre si pelo número
de átomos no retículo cristalino. Ex.: Carbono, Oxigênio, Enxofre, Fósforo.

Características dos compostos moleculares

 Podem ser encontrados nos três estados físicos;


 Apresentam ponto de fusão e ponto de ebulição menores que os compostos
iônicos;
 Quando puros, não conduzem eletricidade;
 Quando no estado sólido podem apresentar dois tipos de retículos cristalinos
(R. C. Moleculares, R. C. Covalente).

Ligações Covalentes Dativa ou Coordenada

Este tipo de ligação ocorre quando os átomos envolvidos já atingiram a estabilidade


com os oito ou dois elétrons na camada de valência. Sendo assim eles compartilham
seus elétrons disponíveis, como se fosse um empréstimo para satisfazer a necessidade
de elétrons do elemento com o qual está se ligando.

Ligação metálica

A ligação metálica ocorre entre metais, isto é, átomos de alta eletropositividade.

Num sólido, os átomos estão dispostos de maneira variada, mas sempre próximos uns
aos outros, compondo um retículo cristalino. Enquanto certos corpos apresentam os
elétrons bem presos aos átomos, em outros, algumas dessas partículas permanecem com
certa liberdade de se movimentarem no cristal. É o que diferencia, em termos de
condutibilidade elétrica, os corpos condutores dos isolantes. Nos corpos condutores,
muitos dos elétrons se movimentam livremente no cristal, de forma desordenada, isto é,
em todas as direções. E, justamente por ser caótico, esse movimento não resulta em
qualquer deslocamento de carga de um lado a outro do cristal.

Aquecendo-se a ponta de uma barra de metal, coloca-se em agitação os átomos que a


formam e os que lhe estão próximos. Os elétrons aumentam suas oscilações e a energia
se propaga aos átomos mais internos. Neste tipo de cristal os elétrons livres servem de
meio de propagação do calor - chocam-se com os átomos mais velozes, aceleram-se e
vão aumentar a oscilação dos mais lentos. A possibilidade de melhor condutividade
térmica, portanto, depende da presença de elétrons livres no cristal. Estudando-se o
fenômeno da condutibilidade elétrica, nota-se que, quando é aplicada uma diferença de
potencial, por meio de uma fonte elétrica às paredes de um cristal metálico, os elétrons
livres adquirem um movimento ordenado: passam a mover-se do pólo negativo para o
pólo positivo, formando um fluxo eletrônico orientado na superfície do metal, pois
como se trabalha com cargas de mesmo sinal, estas procuram a maior distância possível
entre elas. Quanto mais elétrons livres no condutor, melhor a condução se dá.

Os átomos de um metal têm grande tendência a perder elétrons da última camada e


transformar-se em cátions. Esses elétrons, entretanto, são simultaneamente atraídos por
outros íons, que então o perdem novamente e assim por diante. Por isso, apesar de
predominarem íons positivos e elétrons livres, diz-se que os átomos de um metal são
eletricamente neutros.

Os átomos mantêm-se no interior da rede não só por implicações geométricas, mas


também por apresentarem um tipo peculiar de ligação química, denominada ligação
metálica. A união dos átomos que ocupam os “nós” de uma rede cristalina dá-se por
meio dos elétrons de valência que compartilham (os situados em camadas eletrônicas
não são completamente cheias). A disposição resultante é a de uma malha formada por
íons positivos e uma nuvem eletrônica.

Teoria da nuvem eletrônica

Segundo essa teoria, alguns átomos do metal "perdem" ou "soltam" elétrons de suas
últimas camadas; esses elétrons ficam "passeando" entre os átomos dos metais e
funcionam como uma "cola" que os mantém unidos. Existe uma força de atração entre
os elétrons livres que movimentam-se pelo metal e os cátions fixos.

Propriedade dos metais

 Brilho metálico característico;


 Resistência à tração;
 Condutibilidade elétrica e térmica elevadas;
 Alta densidade;
 Maleabilidade(se deixarem reduzir à chapas e lâminas finas);
 Ductilidade(se deixarem transformar em fios);
 Ponto de fusão e ebulição elevados

3. Tabela periódica

A tabela periódica dos elementos químicos é a disposição sistemática dos elementos,


na forma de uma tabela, em função de suas propriedades. São muito úteis para se
preverem as características e tendências dos átomos. Permite, por exemplo, prever o
comportamento de átomos e das moléculas deles formadas, ou entender porque certos
átomos são extremamente reativos enquanto outros são praticamente inertes. Permite
prever propriedades como eletronegatividade, raio iônico, energia de ionização. Dá,
enfim, fazer inferências químicas plausíveis.

História

A tabela periódica consiste num ordenamento dos elementos conhecidos de acordo com
as suas propriedades físicas e químicas, em que os elementos que apresentam as
propriedades semelhantes são dispostos em colunas. Este ordenamento foi proposto pelo
químico russo Dmitri Mendeleev , substituindo o ordenamento pela massa atômica. Ele
publicou a tabela periódica em seu livro Princípios da Química em 1869, época em que
eram conhecidos apenas cerca de 60 elementos químicos.

Em 1789, Antoine Lavoisier publicou uma lista de 33 elementos químicos. Embora


Lavoisier tenha agrupado os elementos em gáses, metais, não-metais e terras, os
químicos passaram o século seguinte à procura de um esquema de classificação mais
precisa. Em 1829, Johann Wolfgang Döbereiner observou que muitos dos elementos
poderiam ser agrupados em tríades (grupos de três) com base em suas propriedades
químicas. Lítio, sódio e potássio, por exemplo, foram agrupados como sendo metais
suaves e reativos. Döbereiner observou também que, quando organizados por peso
atômico, o segundo membro de cada tríade tinha aproximadamente a média do primeiro
e do terceiro.[1] Isso ficou conhecido como a lei das tríades.[carece  de fontes?] O químico
alemão Leopold Gmelin trabalhou com esse sistema e por volta de 1843 ele tinha
identificado dez tríades, três grupos de quatro, e um grupo de cinco. Jean Baptiste
Dumas publicou um trabalho em 1857 descrevendo as relações entre os diversos grupos
de metais. Embora diversos químicos eram capazes de identificar relações entre
pequenos grupos de elementos, ainda tinham que construir um esquema que abrangesse
todos eles.[1]

O químico alemão August Kekulé havia observado em 1858 que o carbono tem uma
tendência de ligar-se a outros elementos em uma proporção de um para quatro. O
metano, por exemplo, tem um átomo de carbono e quatro átomos de hidrogênio. Este
conceito tornou-se conhecido como valência. Em 1864, o também químico alemão
Julius Lothar Meyer publicou uma tabela com os 49 elementos conhecidos organizados
pela valência. A tabela revelava que os elementos com propriedades semelhantes
frequentemente partilhavam a mesma valência.[2]

O químico inglês John Newlands publicou uma série de trabalhos em 1864 e 1865 que
descreviam sua tentativa de classificar os elementos: quando listados em ordem
crescente de peso atômico, semelhantes propriedades físicas e químicas retornavam em
intervalos de oito, que ele comparou a oitavas de músicas.[3][4] Esta lei das oitavas, no
entanto, foi ridicularizada por seus contemporâneos.[5]

O professor de química russo Dmitri Ivanovich Mendeleiev e Julius Lothar Meyer


publicaram de forma independente as suas tabelas periódicas em 1869 e 1870,
respectivamente. Ambos construíram suas tabelas de forma semelhante: listando os
elementos de uma linha ou coluna em ordem de peso atômico e iniciando uma nova
linha ou coluna quando as características dos elementos começavam a se repetir.[6] O
sucesso da tabela de Mendeleiev surgiu a partir de duas decisões que ele tomou: a
primeira foi a de deixar lacunas na tabela quando parecia que o elemento
correspondente ainda não tinha sido descoberto.[7] Mendeleev não fora o primeiro
químico a fazê-lo, mas ele deu um passo adiante ao usar as tendências em sua tabela
periódica para predizer as propriedades desses elementos em falta, como o gálio e o
germânio.[8] A segunda decisão foi ocasionalmente ignorar a ordem sugerida pelos pesos
atômicos e alternar elementos adjacentes, tais como o cobalto e o níquel, para melhor
classificá-los em famílias químicas. Com o desenvolvimento das teorias de estrutura
atômica, tornou-se aparente que Mendeleev tinha, inadvertidamente, listado os
elementos por ordem crescente de número atômico.[9]

Com o desenvolvimento da modernas teorias mecânica quânticas de configuração de


eletrons dentro de átomos, ficou evidente que cada linha (ou período) na tabela
correspondia ao preenchimento de um nível quântico de elétrons. Na tabela original de
Mendeleiev, cada período tinha o mesmo comprimento. No entanto, porque os átomos
maiores têm sub-níveis, tabelas modernas têm períodos cada vez mais longos na parte
de baixo da tabela.[10]

Em 1913, através do trabalho do físico inglês Henry G. J. Moseley, que mediu as


freqüências de linhas espectrais específicas de raios X de um número de 40 elementos
contra a carga do núcleo (Z), pôde-se identificar algumas inversões na ordem correta da
tabela periódica, sendo, portanto, o primeiro dos trabalhos experimentais a ratificar o
modelo atômico de Bohr. O trabalho de Moseley serviu para dirimir um erro em que a
Química se encontrava na época por desconhecimento: até então os elementos eram
ordenados pela massa atômica e não pelo número atômico.

Nos anos que se seguiram após a publicação da tabela periódica de Mendeleiev, as


lacunas que ele deixou foram preenchidas quando os químicos descobriram mais
elementos químicos. O último elemento de ocorrência natural a ser descoberto foi o
frâncio (referido por Mendeleiev como eka-césio) em 1939.[11] A tabela periódica
também cresceu com a adição de elementos sintéticos e transurânicos. O primeiro
elemento transurânico a ser descoberto foi o netúnio, que foi formado pelo
bombardeamento de urânio com nêutrons num ciclotron em 1939.[12]

Estrutura da tabela periódica

Grup
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
o #

Perío
do

1 2
1
H He

3 4 5 6 7 8 9 10
2
Li Be B C N O F Ne
1
12
1 13 14 15 16 17 18
3 M
N Al Si P S Cl Ar
g
a

1 2 25
20 22 23 24 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
4 9 1 M
Ca Ti V Cr Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
K Sc n

3
3 42
7 38 40 41 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
5 9 M
R Sr Zr Nb Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
Y o
b

5
56 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
6 5 *
Ba Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
Cs

11 11 11 11 (11 11
8 10 10 10 10 10 10 11 11 11
88 * 3 4 5 6 7) 8
7 7 4 5 6 7 8 9 0 1 2
Ra * Uu Uu Uu Uu (Uu Uu
Fr Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg Cp
t q p h s) o

5 61
* 58 59 60 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
7 P
Lantanídios Ce Pr Nd Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
La m

8
95 96 10 10 10 10
** 9 90 91 92 93 94 97 98 99
A C 0 1 2 3
Actinídios A Th Pa U Np Pu Bk Cf Es
m m Fm Md No Lr
c

Séries químicas da tabela periódica

Metais
Metais
Metais alcalin Metais Não- Gases
de Lantanídi Actinídi Semimet Halogêni
alcalino o- representati meta nobre
2
transiçã os1, 2 os1, 2 ais os3
s terros 2
vos is s3
o
os2
1
Actinídios e lantanídios são conhecidos coletivamente como “metais-terrosos
raros”.
2
Metais alcalinos, metais alcalino-terrosos, metais de transição, actinídios e
lantanídios são conhecidos coletivamente como “metais”.
3
Halogênios e gases nobres também são não-metais.

Estado físico do elemento nas Condições Normais de Temperatura e Pressão (CNTP)

 aqueles com o número atômico em preto são sólidos nas CNTP.


 aqueles com o número atômico em verde são líquidos nas CNTP;
 aqueles com o número atômico em vermelho são gases nas CNTP;
 aqueles com o número atômico em cinza têm estado físico desconhecido.

Ocorrência natural

 Borda sólida indica existência de isótopo mais antigo que a Terra (elemento
primordial).
 Borda tracejada indica que o elemento surge do decaimento de outros.
 Borda pontilhada indica que o elemento é produzido artificialmente (elemento
sintético).
 A cor mais clara indica elemento ainda não descoberto.

A tabela periódica relaciona os elementos em linhas chamadas períodos e colunas


chamadas grupos ou famílias, em ordem crescente de seus números atômicos.

Períodos

Os elementos de um mesmo período têm o mesmo número de camadas eletrônicas, que


corresponde ao número do período. Os elementos conhecidos até o cobre tem sete
períodos, denominados conforme a sequência de letras K-Q, ou também de acordo com
o número quântico principal- n.

Os períodos são:

 (1ª) Camada K - n = 2s
 (2ª) Camada L - n = 8s
 (3ª) Camada M - n = 18s
 (4ª) Camada N - n = 32s
 (5ª) Camada O - n = 32s
 (6ª) Camada P - n = 18s
 (7ª) Camada Q - n = 2 ou 8s

Grupos

Antigamente, chamavam-se "famílias". Os elementos do mesmo grupo têm o mesmo


número de elétrons na camada de valência (camada mais externa). Assim, os
elementos do mesmo grupo possuem comportamento químico semelhante. Existem 18
grupos sendo que o elemento químico hidrogênio é o único que não se enquadra em
nenhuma família e está localizado em sua posição apenas por ter número atômico igual
a 1, isto é, como tem apenas um elétron na última camada, foi colocado no Grupo 1,
mesmo sem ser um metal.Na tabela os grupos são as linhas verticais.

Classificações dos elementos

Dentro da tabela periódica, os elementos químicos também podem ser classificados em


conjuntos, chamados de séries químicas, de acordo com sua configuração eletrônica:

 Elementos representativos: pertencentes aos grupos 1, 2 e dos grupos de 13 a


17.
 Elementos (ou metais) de transição: pertencentes aos grupos de 3 a 12.
 Elementos (ou metais) de transição interna: pertencentes às séries dos
lantanídios e dos actinídios.
 Gases nobres: pertencentes ao grupo 18.

Além disso, podem ser classificados de acordo com suas propriedades físicas nos
grupos a seguir:

 Metais;
 Semimetais ou metalóides (termo não mais usado pela IUPAC: os elementos
desse grupo distribuíram-se entre os metais e os ametais);
 Ametais (ou não-metais);
 Gases nobres.

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