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Átomo

Todas as substâncias são formadas de pequenas partículas chamadas átomos. Para se ter
uma idéia, eles são tão pequenos que uma cabeça de alfinete pode conter 60 milhões deles.

Os gregos antigos foram os primeiros a saber que a matéria é formada por tais partículas, as
quais chamaram átomo, que significa indivisível. Os átomos porém são compostos de
partículas menores: os prótons, os nêutrons e os elétrons. No átomo, os elétrons orbitam no
núcleo, que contém prótons e nêutrons.

Elétrons são minúsculas partículas que vagueiam aleatoriamente ao redor do núcleo central
do átomo, sua massa é cerca de 1840 vezes menor que a do Núcleo. Prótons e nêutrons
são as partículas localizadas no interior do núcleo, elas contém a maior parte da massa do
átomo.

O Interior do Átomo

No centro de um átomo está o seu núcleo, que apesar de pequeno, contém quase toda a
massa do átomo. Os prótons e os nêutrons são as partículas nele encontradas, cada um
com uma massa atômica unitária.

O Número de prótons no núcleo estabelece o número atômico do elemento químico e, o


número de prótons somado ao número de nêutrons é o número de massa atômica. Os
elétrons ficam fora do núcleo e tem pequena massa.

Há no máximo sete camadas em torno do núcleo e nelas estão os elétrons que orbitam o
núcleo. Cada camada pode conter um número limitado de elétrons fixado em 8 elétrons por
camada.

Características das Partículas:

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Átomo

Prótons: tem carga elétrica positiva e uma massa unitária.


Nêutrons: não tem carga elétrica mas tem massa unitária.
Elétrons: tem carga elétrica negativa e quase não possuem massa.

Estudo do Átomo

Em 1911 o físico neozelandês Ernest Rutherford fez sua "experiência da dispersão" para
suas novas descobertas sobre a estrutura do átomo e dela surgiu a base para o modelo de
átomo que estudamos até os dias de hoje.

Rutherford bombardeou uma fina camada de ouro com partículas alfa (partículas atômicas
emitidas por alguns átomos radioativos), sendo que a maioria atravessou a lâmina, outras
mudaram ligeiramente de direção e algumas rebateram para trás. Ele concluiu que isso
acontecia porque em cada átomo de ouro há um denso núcleo que bloqueia a passagem de
algumas partículas.

Física Nuclear

O estudo do núcleo (centro) do átomo é chamado Física Nuclear. Como resultado desse
estudo os cientistas descobriram maneiras de dividir o núcleo do átomo para liberar grandes
quantidades de energia.

Ao se partir um núcleo, ele faz com que muitos outros se dividam, numa reação nuclear em
cadeia. Nas usinas nucleares as reações são controladas e produzem luz e calor para
nossos lares. Usinas nucleares produzem artificialmente grandes quantidades de energia.

O Sol é a maior fonte de energia nuclear. A cada segundo no interior do Sol, ocorrem
milhões de reações nucleares em cadeia, pois, o intenso calor do Sol fazem com que seus
átomos se choquem uns contra os outros e simulam em reações conhecidas como fusão
nuclear. O núcleo de cada átomo libera energia que sentimos na forma de calor e
enxergamos na forma luz. Enormes explosões de energias, chamadas de protuberâncias
solares, ocorrem ocasionalmente na superfície do Sol.

Física de Partículas

Tudo que conhecemos consiste em minúsculos átomos, que são formados por partículas
ainda menores e a Física de Partículas é o estudo dessas últimas que constituem os mais
básicos blocos formadores da matéria no universo.

O estudo das partículas dá aos cientistas o conhecimento amplo do Universo e da natureza


da matéria. Grande parte deles concorda que o universo se formou numa grande explosão,
chamada de Big Bang. Segundos após o Big Bang, acredita-se que as partículas atômicas e
a radiação eletromagnética foram as primeiras coisas que passaram a existir no Universo.

Partículas Fundamentais

Os físicos dividem as partículas atômicas fundamentais em três categorias: quarks, léptons e


bósons. Os léptons são partículas leves como o elétron.

Os bósons são partículas sem massa que propagam todas as forças do Universo. O glúon,
por exemplo, é um bóson que une os quarks e estes formam os prótons e os nêutrons no

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núcleo atômico.

Os quarks se combinam para formar as partículas pesadas, como o próton e o nêutron. As


partículas formadas pelos quarks são chamadas hádrons. Tal como outras partículas tem
cargas diferentes, tipos diferentes de quarks tem propriedades distintas, chamadas "sabores"
e "cores" , que afetam a forma de como eles se combinam.

Acelerador de Partículas

Partículas atômicas são estudadas com o uso dos aceleradores de partículas, as quais são
máquinas complexas que disparam partículas atômicas a velocidades altíssimas, fazendo-as
colidir com outras. Tais colisões expõem novas partículas que podem ser analisadas.

Há dois tipos de aceleradores:

Circular: As partículas são disparadas em círculos cada vez mais rápidos, por meio de
poderosas forças elétricas e quando ganham suficiente rapidez são soltas em uma trilha
central onde colidem com partículas alvo.

Linear: São disparadas duas trajetórias de partículas em alta velocidade, uma contra a outra.

Nos dois tipos de aceleradores de partículas acima, as trajetórias são registradas e as


informações são fornecidas a computadores, que investigam as novas partículas.

Fissão Nuclear

Há dois tipos de reação nuclear: a fissão e a fusão. As usinas nucleares usam a fissão para
produzir sua energia. Partículas atômicas que se movem com grande rapidez, chamadas
nêutrons, são atiradas contra o núcleo do átomo para dividi-lo. Essa divisão é chamada
fissão e faz com que os outros átomos também se dividam, numa reação em cadeia. Nesse
processo, um pouco da massa (o número de partículas pesadas dentro do átomo) se perde,
convertendo-se em imensas quantidades de energia.

Ao se iniciar uma reação de fissão nuclear, uma partícula rápida chamada nêutron é
disparada contra o núcleo de um átomo de Urânio 235. O nêutron de alta velocidade, tem
potência suficiente para penetrar no interior do núcleo onde é absorvido, em seguida, o
núcleo se divide em duas partes num processo chamado fissão. Essa fissão produz mais
dois ou três nêutrons que vão dividir mais núcleos numa reação em cadeia. Cada vez que
um átomo sofre uma fissão, libera grande quantidade de energia.

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Átomo

Reações Nucleares em Cadeia

Urânio-235 é uma forma de urânio utilizada em reações nucleares em cadeia, por que seus
átomos instáveis se desintegram facilmente. Se o fragmento de urânio ultrapassar certo
tamanho (conhecido como massa crítica), seus átomos se desintegram automaticamente.

A massa crítica de urânio-235 eqüivale a mais ou menos o tamanho de uma bola de tênis.
Se for maior, os átomos automaticamente se desintegram e cada um, por sua vez, libera
dois ou três nêutrons. Cada nêutron desintegra o núcleo de dois ou três átomos. A cada vez
que um átomo se desintegra, enorme quantidade de energia é liberada. Uma reação em
cadeia, não controlada, prosseguiria indefinidamente.

Reatores de Fissão Nuclear

Os reatores de fissão produzem energia nuclear em usinas geradoras. No centro do reator,


há barras cilíndricas de urânio-235, cujos átomos se desintegram em reações nucleares em
cadeia.

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Átomo

As reações são intensificadas e diminuídas, ou mesmo interrompidas, por um moderador


(usualmente grafita), por barras de boro ou cádmio. As energias dessas reações aquece
água ou dióxido de carbono. Isso produz o vapor. O reator de fissão é alojado no interior de
uma cúpula de paredes de concreto. Por segurança, no centro ou núcleo do reator as barras
de urânio combustível ficam sob 10,5 m de água.

Termos Nucleares

Existem muitos termos especiais para descrever os processos e os equipamentos usados


nas usinas geradoras de energia. Os mais freqüentes estão relacionados a seguir:

Lixo Nuclear: O lixo nuclear é o material radioativo já usado, que precisa ser descartado com
segurança. É extremamente perigoso, pois emite ondas de alta freqüência, chamadas
radiação, capazes de danificar tecidos vivos. A radiação pode perdurar por milhares - e,
alguns casos milhões de anos. O lixo nuclear é produzido em laboratórios de pesquisa,
usinas, hospitais, bem como nos reatores nucleares de fissão. Mas a maior parte do lixo
"quente" provém dos reatores. Parte do lixo pode ser reprocessada para a produção de novo
combustível nuclear, mas o restante tem de ser enterrado, ou tratado em usinas especiais.
Guardar o lixo nuclear é difícil, porque há sempre o perigo de um vazamento.

Reatores Rápidos: Funcionam de forma semelhante aos de fissão nuclear. A diferença é


que, fornecem energia para o presente, eles criam o combustível para as reações futuras.

Fusão do Núcleo do Reator: Se sair do controle devido a falha mecânica, a reação em


cadeia que ocorre no interior do reator fará com que o núcleo desse reator se funda, quando
a intensidade do calor crescer. Finalmente, o núcleo do reator poderá explodir ou queimar
juntamente com o restante do reator, disso resultando efeitos desastrosos. Em 1986, na
usina de Chernobyl, na Ucrânia, um dos reatores explodiu e ficou queimando durante duas
semanas, até que o incêndio foi, finalmente, extinto. Fusões parciais já ocorreram em
acidentes ocorridos em várias outras usinas nucleares.

Sistema de Refrigeração: Um refrigerante é um fluído utilizado para remover o calor de um


sistema, seja para controlar a temperatura, seja para transportar o calor para outra parte.
Nas reações nucleares, o refrigerante é usado para transferir o calor gerado durante a
reação, do núcleo do reator para a usina onde será convertido em eletricidade.

Barras de Controle: São inseridas no núcleo dos reatores nucleares. Quando elas penetram
no núcleo do reator, a reação da cadeia dos átomos que se desintegram diminui de
velocidade; quando são retidas, a reação aumenta de velocidade. As barras de controle
contém os elementos boro ou cádmio, que absorvem nêutrons produzidos pela reação. Isso
garante que a reação prossiga equilibradamente. As barras também podem ser usadas para
parar totalmente a reação em cadeia no caso de uma emergência.

Moderador: Um nêutron de baixa velocidade causará uma reação de fissão de maior


probabilidade do que um nêutron rápido. Movendo-se muito depressa, o nêutron pode
ricochetear contra um átomo vizinho, em vez de desintegrá-lo. Muitos reatores necessitam
de um moderador para manter o andamento de uma reação em cadeia, diminuindo a

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Átomo

velocidade dos nêutrons. O moderador se localiza no núcleo do reator; pode-se usar vários
materiais, inclusive água e grafita.

Fusão Nuclear

A fusão nuclear é um tipo de reação que produz imensas quantidades de energia. Ela ocorre
naturalmente no interior do Sol, gerando a energia térmica que necessitamos para sobreviver
na Terra. A temperaturas de 14.000.000 ºC (quatorze milhões de graus Célcius), os núcleos
de dois átomos de hidrogênio se fundem ou unem. No processo, um pouco de massa é
perdida e convertida em energia.

No sol, onde a fusão nuclear ocorre naturalmente, os núcleos de tipos de gás hidrogênio se
fundem formando o gás hélio e mais uma partícula atômica chamada nêutron. Nesse
processo se perde uma pequena quantidade de massa que se converte em enorme
quantidade de energia. As temperaturas extremamente altas que existem no Sol, fazem com
que este processo se repita continuamente.

Reatores de Fusão Nuclear

Para alcançar as temperaturas necessárias para a fusão nuclear, os átomos de hidrogênio


são aquecidos em um reator de fusão. Os núcleos dos átomos são separados dos elétrons
(partículas com carga elétrica negativa) e se forma um tipo especial de matéria chamado
plasma. Para que os núcleos separados de hidrogênio possam se fundir, o plasma deve ser
conservado a temperatura de aproximadamente 14.000.000 ºC (quatorze milhões de graus
Célcius).

O campo eletromagnético dentro do reator, mantém as altas temperaturas necessárias para


a fusão nuclear. Ainda estão sendo feitas pesquisas para fundir núcleos de hidrogênio em
larga escala, nos experimentos de fusão da Joint European Torus, na Inglaterra.

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Átomo

Relógio Atômico

A medição do tempo para fins científicos deve ser muito precisa e o Relógio Atômico é o
mais preciso de todos que existem atualmente. Ele mede as diminutas trocas de energia do
interior dos átomos do metal Césio. Por serem muito regulares, as trocas criam um padrão
preciso para medir o tempo. O Relógio Atômico mede as vibrações naturais dos átomos de
Césio. Eles vibram mais de 9 bilhões de vezes por segundo, com isso, o Relógio Atômico
atrasará poucos segundos a cada 100.000 anos.

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Aceleradores de Partículas - Átomos

O que são aceleradores de partículas e porque são importantes


Um acelerador de partículas é um aparelho que produz "feixes" de átomos, elétrons, moléculas ou algumas
partículas mais exóticas, como antiprótons, pósitrons ou mésons, com velocidades altas, geralmente superiores
a 1/1000 da velocidade da luz c. Para que sejam atingidas estas velocidades, que em alguns casos chegam
quase na velocidade da luz, as partículas sofrem a ação de forças eletromagnéticas, com arranjos que diferem
bastante entre os diversos tipos de aceleradores.

Um "feixe" de partículas ocorre quando as trajetórias dessas partículas são razoavelmente paralelas e distam
menos de 1 centímetro umas das outras. (A palavra "feixe" quer dizer em geral um conjunto de objetos paralelos
colocados perto um do outro, como numa vassoura de gravetos onde eles são amarrados por uma corda, vindo
daí a palavra "faxina".) Um feixe é caracterizado então pela partícula que o forma, pela sua energia cinética
Ec(ou velocidade v) e pelo número de partículas por unidade de tempo N. Se a carga das partículas for q, há
uma relação simples entre a corrente elétrica total do feixe, I, e o fluxo N: I=Nq.

Mas porque alguém aceleraria partículas? A primeira razão é que precisamos conhecê-las melhor e um dos
meios de fazer isso é colidi-las em altas velocidades com outras partículas (átomos, fótons, elétrons, moléculas,
etc) ou com sólidos. A segunda razão é que podemos usar essas colisões para conhecer melhor os "alvos", por
exemplo obtendo a composição química de objetos sólidos. Há também numerosas aplicações tecnológicas e
médicas. A Microeletrônica, por exemplo, não existiria sem aceleradores, chamados "implantadores" porque
colocam átomos, geralmente de boro e de fósforo, dentro de um cristal de silício. (Antes de aceleradores
começarem a ser empregados nos anos 60 já eram fabricados válvulas, diodos e transistores - mas sem
aceleradores os tamanhos de qualquer circuito eletrônico seriam milhões de vezes maiores que hoje.) Num
outro exemplo, a erroneamente chamada Medicina Nuclear usa aceleradores para produzir radioisótopos
usados em terapias ou em diagnósticos, para produzir raios-X ou para irradiação de tumores com elétrons ultra-
rápidos (energia cinética de 20 MeV, equivale a velocidade 0,9997c).

Uma questão preliminar é a das unidades. Em geral nos referimos às energias cinéticas em eV ou seus
múltiplos keV (1000 eV), MeV (1000 keV), GeV (1000 MeV) ou TeV (1000 GeV). Um eV é a energia cinética de
uma partícula com a carga do elétron que atravessou uma diferença de potencial elétrico de um Volt e
corresponde à energia de 1,6 *10 elevado a (-19) Joules. Caso a energia cinética de uma partícula seja muito
inferior à sua "energia de repouso" (mc elevado a 2) podemos usar a fórmula usual Ec=(1/2)mv elevado a 2, de
outra forma teremos que usar expressões relativísticas. Como exemplos, um elétron num tubo de TV tem cerca
de 25000 eV antes de bater na tela e produzir luz, uma molécula de gás tem cerca de 1/40 do eV, os fótons de
luz visível tem cerca de 2 eV, as partículas emitidas pelos núcleo de alguns átomos, chamados radioativos, tem
alguns milhões de eV.

Se desejarmos estudar o núcleo as energias são geralmente superiores a 1 MeV, podendo ir a GeV. Se
quisermos estudar as partículas que formam o núcleo as energias serão maiores ainda, de GeV a Tev. (Átomos
ou núcleos com energia cinética de 1 MeV tem velocidades, dependendo da massa atômica, indo de 0,003 c,
para o urânio,a 0,05 c, para o hidrogênio. Não apenas a complexidade dessas máquinas aumenta com a
energia, em cada faixa estudam-se fenômenos distintos, cuja relevância vai da compreensão de nossa
atmosfera até à da origem do universo.

Incidentalmente as máquinas gigantescas que trabalham na região de 1 TeV, o CERN na Europa e o Fermilab
na América do Norte, tem como subprodutos aplicações tecnológicas em mecânica fina, novos materiais,
eletrônica e supercondutividade, sendo isto uma das principais motivações de seus orçamentos anuais de
centenas de milhões de dólares. Não iremos falar destes aceleradores, concentrando-nos nos que permitem
estudar propriedades atômicas e suas ainda mais generalizadas aplicações, ou seja, as energias disponíveis
não serão suficientes para quebrar ou excitar o núcleo atômico, o que quer dizer velocidades entre cerca de
1/1000 e 1/10 de c, ou energias indo de 0,001 eV a alguns MeV.

É difícil para nós imaginar que até 200 anos atrás não se soubesse nada sobre átomos ( a Teoria Atômica de
Dalton data do início do século XIX) ou que apenas cem anos atrás tenha sido descoberta a existência do
elétron, pois hoje toda a tecnologia se baseia em átomos e em elétrons. Inúmeras aplicações de propriedades
atômicas na Engenharia, na Química e na Medicina, não existiam, entre elas quase todas a Eletrônica, a
Ciência de Materiais e a Química Analítica (que estuda a composição química de um objeto ou de uma
amostra). Pelo lado da Ciência, nesse passado tão recente não eram conhecidos os fenômenos básicos da
Química, da Biologia, da Física e da Meteorologia para os quais os átomos (e as moléculas, que são

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Aceleradores de Partículas - Átomos

aglomerados de átomos) são fundamentais. Hoje, por exemplo discutimos as propriedades dos seres vivos e
como alterá-las através da Genética Molecular, quando o gen é estudado como formado por grupos de átomos;
estudamos a temperatura da Terra e a intensidade de radiação ultravioleta (UV) pelas colisões entre moléculas
na atmosfera e somos capazes de calcular propriedades de compostos químicos os mais diversos, nas fases
gasosa, líquida ou sólida, usando a Mecânica Quântica.

Estamos rodeados de materiais "artificiais", como plásticos, remédios, ligas metálicas e cerâmicas,
desconhecidos por nossos antepassados de 100 ou de 200 anos atrás, ou mesmo que desconhecíamos
durante nossa infância. A descoberta e/ou produção de muitos deles só foi possível usando propriedades
atômicas e moleculares descobertas usando aceleradores. Foram experiências usando aceleradores que nos
permitiram a compreensão que temos dos átomos e das substâncias que nos rodeiam, fornecendo a base para
a Mecânica Quântica no início deste século, por sua vez permitindo a compreensão teórica dos fenômenos
químicos. Nessas experiências um átomo (em geral ionizado positiva ou negativamente) ou um elétron (uma
partícula que existe dentro dele) é acelerado até uma velocidade "alta" e colide com um "alvo", que pode ser um
outro átomo, uma molécula, um objeto sólido, a superfície de um líquido, etc.
Além de explicar essas propriedades, os aceleradores são usados para fabricar equipamentos baseados nelas.
Por exemplo, os aparelhos eletrônicos funcionam baseados em componentes (os circuitos integrados ou "chips",
que podem conter o equivalente a dezenas de milhões de transistores) fabricados por implantação de átomos
de velocidade alta (obtida usando aceleradores de íons) em cristais de silício. Alguns destes aparelhos, como
microcomputadores ou simples televisões, são eles próprios aceleradores, acelerando elétrons até velocidades
de 30% da velocidade da luz.
Até 1750, por exemplo, apenas 17 do atuais 105 elementos eram conhecidos e nem era sabido que todas as
substâncias eram formadas por combinações desses cento e pouco elementos. Na segunda metade do século
XVIII uma sucessão de grandes químicos, como Lavoisier (1743-1794, quando foi morto pelo governo
revolucionário da França) e Proust (1754-1826), não apenas mais do que dobraram o número de elementos
conhecidos (passou para 40) como também verificaram a existência de relações definidas entre as massas das
substâncias envolvidas numa reação química. No início do século XIX Dalton (1766-1844) propôs a Teoria
Atômica e Berzelius (1779-1848) a maneira como se denotam os elementos. Além desses cientistas numerosos
outros descobriam novos elementos, sintetizavam novas substâncias e descobriam a "composição química" de
muitas outras, algumas conhecidas desde a Antiguidade, como o sal de cozinha, a alumina e a soda. Mas se
desconhecia o que eram os átomos.

Para estudar os átomos, os núcleos dos átomos e as partículas dentro desses núcleos temos que fazer colisões
com velocidades crescentes. Em alguns casos a Natureza já nos fornece átomos (ou íons, que são átomos sem
alguns elétrons) com velocidades altas. Exemplos disto são os átomos cujos núcleos emitem espontaneamente
partículas alfa (estas são formadas por 2 prótons e 2 nêutrons, tendo carga elétrica positiva +2e e energias
cinéticas da ordem de alguns MeV), sendo uma espécie de "acelerador" que não precisa ser ligado na
tomada.... Em 1911 dois físicos, Geiger e Marsden, fizeram a experiência que levou outro físico, Rutherford, a
propor no mesmo ano o atual modelo do átomo (e a tornar-se instantaneamente um químico, ganhando o
premio Nobel de Química). Nela um emissor de "alfas" foi colocado perto de uma folha metálica fina e, medindo
as partículas alfa após a interação com a folha verificou-se que embora a maioria sofresse uma deflexão
pequena algumas poucas eram fortemente "espalhadas" para trás. Rutherford interpretou este fato como a
existência de um núcleo pequeno e positivo em torno do qual orbitavam elétrons. Havia no entanto numerosos
problemas para compatibilizar as teorias da Física vigente com esse modelo, o que deu um grande impulso à
busca de uma nova mecânica, a Quântica, o que demorou cerca de duas décadas.

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