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Física I – 2018/2019

Aula 03
Forças e Movimentos
Leis de Newton

Aula 02 Forças e movimentos I 1


Física I – 2018/2019

Força e movimento
Mecânica Newtoniana
A Primeira Lei de Newton
Força

Referenciais inerciais
Massa

A Segunda Lei de Newton


Alguns tipos de forças

A força gravítica: O peso

A terceira Lei de Newton

Resolução de problemas de dinâmica

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As Forças
Galileu Galilei

• Qual é a causa do movimento dos corpos?

• Se um corpo estiver imóvel, ficará para sempre imóvel?

• A experiência do dia-a-dia diz-nos que não. O corpo eventualmente poderá


mover-se.

• E o que é que significa estar em repouso?

• Um corpo pode estar imóvel em relação a um observador e estar em


movimento em relação a outro observador?

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As Forças

O que é que provoca a alteração do repouso ou do movimento


de um corpo?

Foi Isaac Newton que deu a resposta esta pergunta: o que


altera o estado de movimento de um corpo é a força que se
exerce sobre ele.

Características de uma força:


- há um agente que exerce a força;
- há um corpo no qual a força é exercida;
- o agente empurra ou puxa o corpo em que se exerce a força;
- a força tem uma direcção, um sentido e uma intensidade sendo,
portanto, um vector;
- exerce-se através de contacto ou exerce-se à distância.

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As Forças
O que é uma força?

Temos todos a noção que exercer uma força num corpo é empurrar ou puxar
esse corpo.

Sabemos também que se actuarmos com a mesma força em corpos com


massas diferentes, vamos provocar resultados diferentes na alteração do
movimento desses corpos.

Se é uma força que modifica o estado de movimento ou de repouso de um


corpo, com que característica do movimento está a força directamente
relacionada?

Foi ainda Newton que respondeu a esta questão:

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As Forças

Se uma força é exercida num corpo, irá provocar a variação da


velocidade desse corpo, ou seja, a força é proporcional à
aceleração do corpo.

Esta é a Segunda Lei de Newton e apresenta-se, normalmente, na


forma:

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As Forças
Primeira Lei de Newton (Lei da inércia)

Na ausência de forças externas, quando observado em


relação a um sistema de referência, um corpo em
repouso permanece em repouso e um corpo em
movimento continua a mover-se com velocidade
constante.

A Primeira Lei de Newton descreve o que acontece na ausência de


uma força;

Afirma ainda que quando nenhuma força actua num corpo, a


aceleração desse corpo é nula.
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As Forças

1.ª Lei de Newton (Lei da inércia) –


Versão mais correcta

Se um corpo não interactua com outros corpos, é


possível identificar um sistema de referência em que
esse corpo tem aceleração nula;

A este sistema de referência chama-se referencial de


inércia.

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As Forças

Qualquer sistema de referência que se move com


velocidade constante em relação a um referencial de
inércia é, ele próprio, um referencial de inércia;

Um sistema de referência que se move com velocidade constante


em relação às estrelas distantes é a melhor aproximação a um
referencial de inércia;

Podemos considerar a Terra como um referencial de inércia, ainda


que possua uma aceleração centrípeta de pequeno módulo
associada ao seu movimento de rotação.

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As Forças
Quando duas ou mais forças actuam num corpo, podemos calcular a força
resultante, adicionando vectorialmente essas forças.

A aceleração de um corpo sujeito a estas forças é também a resultante da


adição vectorial das acelerações que cada uma das forças, actuando
isoladamente, provocaria no corpo:

Exemplo:

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Força

As forças são as causas das alterações da velocidade de


um corpo
A força é uma grandeza vectorial
Uma força dá origem a uma aceleração

A força resultante é o vector soma de todas as forças


que actuam num corpo;

À força resultante também se dá o nome de força total.


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Força Resultante Nula


Quando a força resultante é nula:
A aceleração é nula
A velocidade é constante

Há equilíbrio quando a força resultante é nula


O corpo sujeito a essa força, se está em repouso,
permanece em repouso;
Se o corpo está em movimento, continuará a mover-se
com velocidade constante.

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Segunda Lei de Newton

Quando observada num sistema de referência de


inércia, a aceleração de um corpo é directamente
proporcional à força resultante que nele actua e é
inversamente proporcional à sua massa.

A força é a causa da variação do movimento, sendo essa


variação medida pela aceleração.

Algebricamente,  F  ma
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Segunda Lei de Newton

 F é a força resultante
É a soma vectorial de todas as forças que actuam no
corpo

Podemos exprimir a Segunda Lei de Newton em termos das


componentes: 
  Fx  max


 F  ma   Fy  ma y


  Fz  maz

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As Forças

A interacção pode existir quando os dois corpos entram em


contacto, como no caso do choque das bolas de bilhar, ou quando
estão longe um do outro, como no caso da Lua e da Terra.

É habitual chamar interacção (ou força) de contacto à que ocorre


apenas quando os corpos que interactuam se encontram em
contacto e interacção (ou força) à distância à que tem lugar
mesmo quando os corpos estão separados.

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As Forças
Exemplos de interacções de contacto:

• Força exercida pela mesa num monitor de


computador, e que o impede de cair;

• Força exercida pela mão numa porta e que


provoca o movimento desta;

• Força exercida pelo pé numa bola e que a faz


mover.

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As Forças
Exemplos de interacções à distância:

• Força exercida pela Terra num corpo e


que o faz cair;

• Força entre dois ímanes que se


encontram próximos um do outro, mas
não encostados, e que os faz
aproximarem-se ou afastarem-se um do
outro;

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Classes de Forças

As forças de contacto
exigem contacto físico Forças de Contacto Forças de Campo

entre dois corpos

As forças de campo
actuam através do
espaço vazio
Não é exigido contacto
físico

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Forças Fundamentais
Força gravitacional (ou gravítica)
Entre dois corpos – alcance infinito

Força electromagnética
Entre duas cargas eléctricas – alcance infinito

Força nuclear forte


Entre partículas subatómicas – alcance muito curto

Força nuclear fraca


Ocorre em alguns processos de decaímento radioactivo
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Inércia e Massa

À tendência de um corpo para resistir a qualquer tentativa de


alteração da sua velocidade dá-se o nome de inércia;

A massa é a propriedade de um corpo que especifica a


intensidade da resistência que o corpo apresenta às modificações
da sua velocidade.

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A Massa

A massa é uma propriedade inerente ao corpo;

A massa é independente do que rodeia o corpo;

A massa é independente do método utilizado para a medir;

A massa é uma grandeza escalar;

A unidade SI de massa é o kg.

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A Força Gravítica

A força gravítica da Terra, Fg , é a


força que a Terra exerce num corpo;

A direcção e o sentido desta força


são para o centro da Terra; Fg

À força gravítica dá-se o nome de


peso;

Peso = Fg  mg

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Peso

O peso varia com o local porque depende de g


O valor de g diminui com a altitude
(e diminui com a latitude, porque a Terra é levemente
achatada nos polos)

O peso não é, portanto, uma propriedade intrínseca de


um corpo.

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Massa gravítica e Massa Inercial

Nas Leis de Newton, “massa” é a “massa inercial” e


mede a resistência do corpo à alteração do seu estado
de movimento;

Na força gravítica, a “massa (gravítica)” determina a


atracção gravítica entre um corpo e a Terra;

A experiência mostra que a massa gravítica e a massa


inercial têm o mesmo valor.

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Unidades

Unidades de massa, aceleração e força

Sistema de Massa Aceleração Força


Unidades
SI kg m/s2 N = kg m/s2

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Exemplos – Exercícios – Questões


Um corpo na Terra tem 10 kg de massa e 98 N de peso.

a) Se o corpo for transportado para um planeta em que a força da gravidade


seja um quarto da força de gravidade na Terra, quais serão os valores da massa
e do peso do corpo nesse planeta?
b) Se o planeta tiver a mesma massa que a Terra, quanto vale o seu raio em
relação ao da Terra?

Duas forças horizontais estão aplicadas num corpo de 1 kg de massa; uma de 4


N faz 30° com uma direcção que tomamos como eixo dos x e a outra de 3 N faz
60° com a primeira.

a) Qual é a intensidade da resultante das duas forças?


b) Qual é o ângulo que faz com o eixo dos x?
c) Se apenas estiverem estas forças aplicadas no corpo, quais são as
componentes da aceleração segundo, x, y e z.
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Terceira Lei de Newton

Quando dois corpos interactuam, a força F12 exercida


pelo corpo 1 no corpo 2 é igual em módulo e direcção e
oposta em sentido à força F21 exercida pelo corpo 2 no
corpo 1

Atenção à notação: FAB é a força exercida pelo corpo A


no corpo B F12   F21
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Terceira Lei de Newton, Enunciados Alternativos

As forças ocorrem sempre aos pares;


Uma única força isolada não pode existir;
A acção é igual, em módulo e direcção, e oposta
em sentido è reacção:
– Uma das forças é a acção e a outra a reacção;
– É indiferente qual das forças do par é denominada acção e
qual é denominada reacção;
– As forças de acção e reacção actuam em corpos diferentes e
são do mesmo tipo.

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Acção e Reacção: Exemplos

A força F12 exercida pelo


corpo 1 no corpo 2 é igual
F12   F21
em módulo e direcção e
F12 F21
tem o sentido oposto ao
da força F21 exercida pelo
corpo 2 no corpo 1
F12   F21
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A busca das leis da Natureza


Exemplo 1:

A força gravítica exercida pela Terra na Lua tem exactamente a


mesma intensidade que a força gravítica exercida pela Lua na
Terra. Estas duas forças constituem um par de forças de
interacção recíproca.

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A busca das leis da Natureza

Exemplo 2:
A força exercida pelo televisor na mesa tem a mesma intensidade
e sentido oposto ao da força exercida pela mesa no monitor.
Estas duas forças constituem um par de forças de interacção
recíproca. Repare-se que as duas forças exercem-se em corpos
diferentes.

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Diagrama de Forças

Num diagrama de forças n  Fmesa monitor

apresentamos as forças que


actuam num único corpo, neste
caso o monitor;

A força exercida pela mesa,


normal à superfície, e a força da
Fg  FTerra monitor
gravidade são, neste caso, as
forças que actuam no monitor.
São iguais ou diferentes. Justifique
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Acção e Reacção Exemplos

A força normal (da mesa sobre n  Fmesa monitor


o monitor) é a reacção à força
que o monitor exerce na mesa
Neste caso, normal significa
perpendicular

Fg  FTerra monitor
A acção Fg (da Terra sobre o
Fmonitor mesa
monitor) é igual em módulo e
Fmonitor Terra
direcção e tem o sentido oposto ao
da reacção, a força que o monitor
exerce sobre a Terra

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Aplicações das Leis de Newton


Vamos supor que:
Os corpos que estamos a estudar podem ser considerados
como partículas (estamos a estudar movimentos de translação
pura – as características do movimento de todas as partículas
de um corpo são as mesmas);

As massas dos fios ou cordas são desprezáveis


Quando um fio ligado a um corpo está a puxá-lo, a força que é exercida
pelo fio é a tensão, T , da corda

Só estamos interessados nas forças externas que se exercem no


corpo
Estamos a lidar com superfícies sem atrito.
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Terceira Lei de Newton, Enunciados Alternativos

As forças ocorrem sempre aos pares;


Uma única força isolada não pode existir;
A acção é igual, em módulo e direcção, e oposta
em sentido è reacção:
– Uma das forças é a acção e a outra a reacção;
– É indiferente qual das forças do par é denominada acção e
qual é denominada reacção;
– As forças de acção e reacção actuam em corpos diferentes e
são do mesmo tipo.

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Aplicações das Leis de Newton


Vamos supor que:
Os corpos que estamos a estudar podem ser considerados
como partículas (estamos a estudar movimentos de translação
pura – as características do movimento de todas as partículas
de um corpo são as mesmas);

As massas dos fios ou cordas são desprezáveis


Quando um fio ligado a um corpo está a puxá-lo, a força que é exercida
pelo fio é a tensão, T , da corda

Só estamos interessados nas forças externas que se exercem no


corpo
Estamos a lidar com superfícies sem atrito.
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Corpos em Equilíbrio

Se a aceleração do corpo (considerado como partícula) é nula, diz-


se que o corpo está em equilíbrio;

Do ponto de vista matemático, a força resultante (de todas as


forças exteriores) que actua no corpo é nula.

F  0
 F  0;  F
x y  0; F z  0;

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Equilíbrio, Exemplo 1

Um candeeiro está suspenso


por uma corrente de massa T
desprezável;

As forças que actuam no


candeeiro são:
A força da gravidade Fg
Fg
A tensão da corrente T

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Equilíbrio, Exemplo 1

A condição de equilíbrio é y

T  Fg  0
T
 Escolhemos um referencial apropriado

 A equação vectorial do equilíbrio corresponde,


neste referencial, a uma única equação escalar

Fg
F y  0  T  Fg  0

T  Fg
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Equilíbrio, Exemplo 1 T ´´
As forças que actuam na corrente
são T ´ e T ´´

T ´´ é a força exercida pelo tecto


T ´ é a força exercida pelo candeeiro T´
T
 T ´ é a força de reacção a T

 Apenas T surge no diagrama de forças do


candeeiro, porque T ´ e T ´´ não actuam no
Fg
candeeiro
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Equilíbrio, Exemplo 2

Identificamos as forças
que surgem no exemplo;
T1 T2

O semáforo está em T3
equilíbrio:
Não há movimento,
portanto a aceleração é
nula.

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Equilíbrio, Exemplo 2

Análise
Precisamos de dois T3
T2
diagramas de forças T1

 Aplicamos a equação
do equilíbrio ao
semáforo e obtemos T3
 Aplicamos as equações
de equilíbrio ao ponto
de intersecção dos fios Fg
T3´
e obtemos T1 e T2

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Corpos Actuados por uma Força Resultante não Nula

Se um objecto (considerado como partícula) tem


aceleração, tem que existir uma força resultante não
nula a actuar nele;

Desenhamos um diagrama de forças;

Aplicamos a segunda Lei de Newton.

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Segunda Lei de Newton, Exemplo 1

Forças que actuam no caixote:

 A tensão da corda

 A força gravítica,
T

 A força n , exercida n
pelo chão

Fg

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Segunda Lei de Newton, Exemplo 1 n

Desenhamos o diagrama de forças;


 Aplicamos a 2.ª Lei de Newton:
T

F  T  F
i g  n  ma
 Escolhemos um sistema de referência
inercial;
Fg
 Obtemos as equações escalares:

n  Fg  0 y

T  max x

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Segunda Lei de Newton, Exemplo 1 n

n  Fg  0
T  max T

 Se T é constante, então ax é constante


e as equações da cinemática do
movimento com aceleração constante Fg
podem ser utilizadas para descrever o
movimento do caixote.
y

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A Tensão numa Corda


’’’

Supomos que a corda ou o fio tem


massa nula (significa que é desprezável
em relação às massas dos restantes
corpos do problema);

O módulo de T (a tensão da corda) é


constante em todos os pontos da corda
se:
– se a massa da corda for nula
(desprezável);
ou
– se a corda estiver em repouso. m=0
T’’ = T’’’

T '''  T
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A Força Normal

A força normal não é sempre


F
igual, em módulo, à força
gravítica que actua no corpo;
Por exemplo, neste caso:
y
F y  n  Fg  F  0

e n  Fg  F
n
Fg
n pode também ter módulo
inferior ao de Fg
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Planos Inclinados
Forças que actuam no corpo:
A força normal, n , é perpendicular
ao plano;
A força gravítica, Fg , está dirigida n
para baixo.

Escolhemos o sistema de referência


com o eixo dos xx na direcção do plano
e o eixo dos yy perpendicular ao plano
inclinado;
Fg  mg
Obtemos as componentes das forças
segundo os eixos escolhidos.
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Mais do que um Corpo

Quando dois ou mais corpos estão ligados ou em


contacto, as leis de Newton podem ser aplicadas ao
sistema como um todo ou a cada corpo
individualmente;

Se escolhermos um dos processos para resolver o


problema, podemos utilizar o outro processo para
verificar o resultado.

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Mais do que um Corpo, Exemplo 1

F
Ou tratamos o problema como
um todo (como se tivéssemos
um único corpo):
n1
F
n2
x  msistema ax F21
F F12
ou aplicamos as leis de Newton
a cada corpo individualmente e m1 g m2 g
utilizamos:

F21  F12
F21 e F12 constituem um par de
acção e reacção

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Mais do que um Corpo, Exemplo 2


Forças que actuam nos corpos:
Tensão (com o mesmo módulo, a corda é a
mesma);
Força gravítica;
O módulo da aceleração é o mesmo para ambos
os corpos porque estão ligados (movem-se a1
solidariamente); a2

Traçamos os (dois) diagramas de forças;


T1 T2

Aplicamos as leis de Newton;

m1 g
Escolhemos os sistemas de referência apropriados;
m2 g

Resolvemos as equações obtidas.

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Mais do que um Corpo, Exemplo 3

n
a2 T2

T1
a1
m1 g
m2 g

Traçamos o diagrama de forças para cada corpo


O fio é o mesmo, as forças de tensão que actuam nos dois objectos possuem
o mesmo módulo;

Os corpos estão ligados, os módulos das acelerações são iguais.

Aplicamos as Leis de Newton;


Resolvemos as equações obtidas.
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Procedimento para Resolver Problemas de Dinâmica


1. Identificar os corpos a que o problema se refere e as forças aplicadas a cada um;

2. Traçar o diagrama de forças para cada um dos corpos em causa;

3. Escrever as equações que resultam da aplicação da 2.ª Lei de Newton a cada um dos
corpos:

4. Escolher um ou mais sistemas de referência apropriados;

5. Obter as equações escalares que resultam da obtenção das componentes dos


vectores que surgem nas equações obtidas em 3;

6. Acrescentar as equações que relacionam o movimento dos corpos;

7. Resolver o sistema de equações obtido (o número de equações terá de ser igual ao


número de incógnitas do problema);

8. Ter em atenção as unidades dos resultados e analisá-los de forma crítica (Fazem


sentido?).

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