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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI ZOOTECNIA I

CURSO DE AGRONOMIA SUINOCULTURA

MANEJO NAS DIFERENTES FASES DE


CRIAÇÃO

Profª. Dr. Irani Ribeiro Vieira Lopes


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MANEJO DOS REPRODUTORES


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1. CACHAÇO ou VARRÃO
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1.1. AQUISIÇÃO DOS MACHOS P/ REPRODUÇÃO


 Programas de melhoramento genético c/ Certificado de
Granja de Reprodutores Suídeos (GRSC);
 Raça pura, cruzada (Duroc x Large White) ou linhagens
comerciais (Topigs, Agroceres, Biriba’s Genética,EMBRAPA);
 Livre do gene halotano – estresse – carne PSE;
 Idade: 5 meses;
 Bom estado sanitário;
 Boa conformação (aprumos, harmonia das formas e
desenvolvimento correto das partes do corpo de maior
interesse econômico, ex.: lombo e pernil);
 Alto percentual de carne na carcaça.
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 Características reprodutivas:
 Macho deve apresentar sinais de masculinidade (cabeça
robusta; peito, pescoço e dorso bem desenvolvidos);

 Tamanho adequado dos


testículos e epidídimos;

 Simetria, mobilidade e
ausência de sensibilidade
nos testículos;

 Prepúcio sem secreções e com mucosa íntegra;

 Pênis sem lesões, cicatrizes, aderências ou má


formações.
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1.2. TRANSPORTE E ALOJAMENTO DOS MACHOS NA


GRANJA
• Evitar transportar animais
que tenham sido alimentados 1
a 2 horas antes do embarque;
• Construir boa rampa de
embarque e desembarque;
• Veículo de transporte deve
ter carroceria limpa e
desinfetada;
• Transportar os animais c/ cuidado;
• Logo após chegada alojar varrões em baias de quarentena;
• Posteriormente, em baias individuais longe das fêmeas.
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1.3. MANEJO REPRODUTIVO
 Até 6º mês: mantido em local isolado
das fêmeas;
 No 6º mês: começar período de
adaptação (alojar próximos as fêmeas);
 Treinamento – 7º mês (2 montas/sem)
- 1ª cobertura – fazer higiene;
supervisionar e ajudar;
- Fêmea dócil, plurípara, tamanho
compatível, em cio.
 7º – 9º mês (4 montas/sem); 10º –
12º mês (8 montas/sem); > 1 ano (até
12 montas/sem).
 Coberturas após arraçoamento, nas
horas mais frescas.
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 Proporção: 1 macho:15 a 20 fêmeas (mínimo, 2 machos).


 Vacinar contra: Parvovirose e Rinite atrófica. Peste Suína
em caso de surto (autorização do MAPA).
 Combater endo e ectoparasitas.

 Alta temperatura ambiental afeta o desempenho


reprodutivo dos animais.
- Temperatura ideal: 25 a 30°C.

 Taxa de reposição e descarte de machos


- Vida reprodutiva: varia entre 15 a 20 meses.
- Taxa de reposição anual: 25 a 50%.
- Causas de descarte: excesso de peso ou idade;
problemas reprodutivos e/ou locomotores.
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1.4. Manejo alimentar


- Até início da reprodução: 2,0 a 2,5 kg de ração
crescimento/dia;
- Fase adulta ou reprodutiva: ração de gestação de
acordo com o peso.

Peso vivo dos Varrões (Kg)


Arraçoamento
diário 120 - 150 150 - 200 200 - 250 250 - 300

Quantidade
fornecida 2,1 Kg 2,4 Kg 2,8 Kg 3,0 Kg

Fonte: Embrapa /CNPSA(2003)

Dieta c/: 12,5% de PB; 0,68% de lisina; 0,44% de


metionina + cistina e 3002 KcalEM/Kg (Kemp, 1991).
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2. MATRIZES
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2.1. ORIGEM DAS PORCAS PARA REPRODUÇÃO

• Aquisição de fêmeas de outra granja

 Programas de melhoramento genético c/ Certificado de


GRS;
 Livre do gene halotano – estresse – carne PSE;
 Raças: Landrace, Large White, linhagens comerciais;
 Idade: 5 meses c/ 90 a 100 kg e ± 17 a 20 mm de
espessura de toucinho;
 Bons aprumos;
 Integridade dos órgãos reprodutivos (inclui n° e
distribuição de tetas);
 Boas condições sanitárias.
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Cuidados especiais com as


marrãs adquiridas

 Adquirir animais de uma única fonte


(evitar agentes patogênicos);

- Aquisição de marrãs de reposição de granjas


especializadas.

 Não misturar marrãs recém adquiridas


com animais da granja (quarentena);
 Fornecer anti-stress para melhorar a
adaptação da marrã ao novo ambiente.
(Exemplo: sulfamerazina, oxitetraciclina,
trimetoprim).
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 Reposição com fêmeas da própria granja

Seleção de marrãs

 Em lotes de mesma idade,


escolher as marrãs que se
situarem nas melhores e maiores
leitegadas produzidas na granja.

 Os demais animais do lote são destinados ao abate.

 O progresso genético pode ser obtido através da


inseminação artificial.

 Organizar perfeitamente a granja para produção de


fêmeas cruzadas (orientação dos acasalamentos).
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Vantagens da aquisição sistemática de fêmeas de outras


granjas
- Não precisa de plantel para produzir as fêmeas de
reposição;
- Menor risco de problemas de consanguinidade;
- Aproveitamento do progresso genético.

Desvantagens da aquisição de fêmeas de outras


granjas
- Custo mais alto dos animais;
- Maior risco de introdução de doenças no plantel;
- Incerteza no desempenho reprodutivo do animal.
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2.2. DESCARTE DE MATRIZES

 Matrizes velhas, com mais de seis partos;


 Fêmeas com problemas de fertilidade (repetição de
cio);
 Má criadeiras;
 Com problemas de aprumos;
 Com tetos perdidos;
 Tenham apresentado problemas durante o parto;
 Baixo desempenho reprodutivo.

Taxa anual de descarte na reprodução: 30 a 40% - 1/3 do


plantel composto de primíparas.
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2.3. TRANSFERÊNCIA DAS MARRÃS DE REPOSIÇÃO


P/ GALPÃO DE REPRODUÇÃO (5 MESES DE IDADE).

 Colocar em baias coletivas


(6 a 10 marrãs/baia), em
lotes homogêneos;

 Fornecer nas primeiras 48 horas, 1,8 kg de "ração de


crescimento“/marrã/dia (ração seca), metade pela
manhã e metade à tarde;
 Procedimento para estimular o aparecimento do cio:
 Manter as fêmeas separadas dos machos dos 5
meses em diante.
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 A partir dos 5,5 meses fazer exposição do macho as


fêmeas utilizando varrões c/ bom apetite sexual, acima
de 10 meses, dócil e não muito pesado.

 Para potencializar a estimulação deve apresentar o


macho regularmente, 2 vezes/dia, durante 20 min.

 Granjas com mais de um macho, fazer rodízio diário


dos mesmos.

 Transferência de lotes de marrãs c/ 170 a 220 dias de


idade p/ outra báia e/ou a mistura de diferentes lotes de
fêmeas.
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FORMAÇÃO DE LOTES DE MARRÃS
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2.4. IDENTIFICAÇÃO DA PUBERDADE - MATURIDADE
SEXUAL DA MARRÃ
 Caracterizada pelo aparecimento do 1º cio fértil, que
ocorre entre 5,5 a 6,5 meses de idade com peso vivo (PV)
em torno de 90 Kg.

2.4.1. FATORES QUE AFETAM A PUBERDADE:


a) Genótipo
 Fêmeas híbridas alcançam a puberdade cerca de 20
dias antes que as das raças que lhe deram origem;

b) Alojamento
 Leitoas alojadas em celas coletivas entram em cio em
até 35 dias antes daquelas alojadas individualmente..
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c) Nutrição
 A restrição alimentar pode retardar o aparecimento da
puberdade (7 dias de restrição alimentar em níveis de
mantença inibem quase totalmente a secreção de
hormônio luteinizante - LH).

 Fornecer 2,5 kg de ração de crescimento/dia, dividida


em duas refeições até duas semanas antes da cobertura.

d) Época do ano
 O percentual de marrãs que atinge a puberdade no
verão é menor do que no inverno (Christenson, 1981).
 Diminuição da idade à puberdade após a exposição de
marrãs a dias de luz crescente.
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 Fotoperíodos superiores a 12 horas retardam a
puberdade (Paterson et al., 1991).
 Estudos não verificaram efeitos significativos da época
do ano, principalmente no Hemisfério Sul (variação na
duração do dia nas diferentes épocas do ano é muito
pequena).

e) Efeito macho
Presença do varrão próximo às fêmeas imaturas conduz à
antecipação da puberdade, devido a:
- estímulos olfativos;
- estímulos táteis;
- estímulos auditivos e visuais.
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2.4.2. DIAGNÓSTICO DO CIO


Ciclo estral (18 a 24 dias  21 dias)
Fases do ciclo estral:
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a) Proestro
- Duração 2 dias;
- Fase de maturação folicular;
- As fêmeas não permitem a monta pelo varrão.

b) Estro ou Cio
- Duração 2 a 3 dias;

 Intumescimento da vulva;
 Secreções vaginais;
 Reflexo de Tolerância ao Macho (RTM);
 Reflexo de Tolerância ao Homem (RTH):
- Pressão lombar
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Leitoas que não demonstrarem o 1º cio até 45 dias após o


início do manejo para indução da puberdade devem ser
descartadas.
c) Metaestro
- Fase pós ovulatória, que dura 2 dias.
- Formação dos corpos hemorrágicos.
d) Diestro
- Duração de 14 dias.
Nesta fase ocorre a liberação de estrógeno e
progesterona para manter a gravidez.
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2.5. COBERTURA

 1ª cobertura deve acontecer no 2º ou 3º cio, quando a


fêmea atingir, no mínimo 7 meses de idade e 110 Kg/PV.
Marrã alcança puberdade c/ 30% PV que terá na idade
adulta. Ex.: fêmea adulta c/ 300 kg deve entrar em
puberdade c/ 90 kg.

 A espessura de toucinho na P2 (região da linha dorsal)


deve ser de 17 a 20 mm.
 2 semanas antes da data provável de cobertura,
fornecer ração de lactação à vontade.
 Recomenda-se o Flushing em criações em que fêmeas
nulíparas produzem baixo nº de leitões ao 1º parto.
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Flushing – ração mais energética


 11 a 14 dias antes da cobertura;
 Aumento da taxa ovulatória proporcionando um nº
maior de leitões/leitegada, em marrãs que estavam
recebendo restrição alimentar.

 Fornecer ração de lactação às porcas, à vontade ou,


pelo menos 3 kg/dia, do desmame até a cobertura.
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 A cobertura deve ser feita levando a porca/marrã à baia


do varrão (deve-se assistir e auxiliar o varrão durante a
cobertura).
Obs.: A baia não deve ter cantos nem pontos que
possam causar lesões aos animais; piso não pode ser
escorregadio.
 Marrãs e porcas devem ser cobertas 2 vezes após o
aparecimento do cio, com intervalo de 12 horas.
 Se for detectado retorno ao cio na 3ª cobertura, fazer
3 montas.
 Inseminar as fêmeas na presença do macho.
 A cobertura das porcas/marrãs deve ser realizada nas
horas mais frescas do dia (regiões de clima quente).
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 Fazer a higiene dos animais e da baia antes da


cobertura.

Momento ideal para Cobertura ou Inseminação Artificial (IA)

 Definido pela identificação do início do cio.

Deve-se levar em consideração:


- Duração do estro (± 66 hs), mas difere entre porcas;

- Momento da ovulação (± 20 hs após início do cio);


- Óvulos entram em degeneração 6 a 8 hs após
ovulação;
- Espermatozóides duram 36 hs no trato genital
feminino.
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Cio – Cobertura

COBERTURA

Início OVULAÇÃO Final

5 hs 10 15 20 25 30 35 40
35 45
40 50
45 55
50 60
55 65
Óvulos viáveis
6 a 8 horas

Espermatozóides viáveis
36 horas
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Iniciar o diagnóstico do cio cerca de uma hora após


a alimentação, a partir do 2º dia de entrada das
marrãs no galpão de pré-cobrição.

 Granjas que adotam apenas um diagnóstico de cio/dia


 fêmea identificada em cio pela manhã deve ser coberta
ainda pela manhã, e a 2ª cobertura deve ser feita na
manhã do dia seguinte.

 Granjas que fazem dois diagnósticos de cio/dia 


fêmea identificada em cio pela manhã deverá ser coberta à
tarde; identificada à tarde, deverá ser coberta na manhã
do dia seguinte. 2ª cobertura é feita 12-18 horas após 1ª.

 Cada observação deve durar, pelo menos, 15 minutos.


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2.5.1. Formas de reprodução

Monta Natural

 Desvantagens:
- Maior taxa de retorno ao cio;
- Quando duas fêmeas entram em cio
simultaneamente, há possibilidade de uma não ser
coberta;
- Brigas entre os machos;
- Dificuldade no controle e registro de coberturas;

- Esgotamento do macho;
- Dificuldade de determinação de paternidade.
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Monta Natural Controlada

Consiste na condução da porca em


cio ao macho, uma ou mais vezes
durante o estro.

 Vantagens:
- Melhora o manejo e utilização das instalações;
- Controla o desempenho reprodutivo do macho;
- Controla o nº de coberturas;
- Facilita o controle genético (paternidade);

- Evita a transmissão de problemas hereditários.


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 Fatores que influenciam no sucesso da monta:


- Receptividade da fêmea (cio);
- Capacidade da fêmea suportar o peso do macho;
- Condição física do macho.
Inseminação Artificial

Consiste na deposição do sêmen na


cérvix da fêmea através de auxílio de
pipeta.

 Para melhor eficiência do processo é necessário:


 Dose inseminante de boa qualidade;
 Mão-de-obra especializada:
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- Conhecimento de anatomia e
fisiologia da reprodução;
- Habilidade e noções de higiene.

Vantagens:

- Redução do nº de machos na granja;


- Potencializa uso de machos geneticamente superiores;
- Maior segurança sanitária.
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Desvantagens:
- Mão-de-obra qualificada;
- Necessita de uma estrutura laboratorial adequada;
- Condições de armazenamento da dose inseminante.
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2.6. GESTAÇÃO

• Duração: 114 dias (3 meses,


3 semanas e 3 dias) ± 4 dias.

 A gestação é uma das fases de maior importância na


exploração suinícola, podendo-se, a partir desta, prever
o potencial econômico e/ou produtivo de uma granja.
 2/3 da vida útil de uma porca ou matriz são passados
em períodos de gestação, o que mostra a importância de
um bom manejo nesta fase.
 A taxa de fertilidade é de 95 a 100%.
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O conforto da fêmea é fundamental para diminuir a taxa


de mortalidade embrionária e fetal.

Alojamento
 O ideal é que as porcas sejam
alojadas de forma individual da
cobertura até ± 28 dias de gestação.
Em seguida, podem ser transferidas
para baias coletivas, desde que sejam
tomados cuidados com a formação dos
lotes e com o fornecimento de ração.
 As marrãs devem ser alojadas em baias coletivas desde
a cobertura até 7 dias antes da parição.
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Diagnóstico de gestação
Vantagens:
- Identificação precoce das fêmeas vazias;
- Possibilita venda de fêmea c/ certificado de garantia de
prenhês;
- Previsão da produção;
- Identificação precoce de infertilidade do varrão ou de
erros por ocasião da cobertura.
Métodos de Diagnóstico de gestação
- Palpação Retal;
Indiretos - Repetição
Diretos - Ultrasonografia; do Cio
- Gestação avançada.
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Palpação Retal
 Palpação e presença de frêmito na artéria uterina
média.
 Esse exame só deve ser realizado em fêmeas
pluríparas que tenham mais de 150 kg e depende, ainda,
do tamanho da mão do examinador.
Ultrasonografia
 A partir de 25 dias de gestação; através do Dopller, é
possível identificar pulsação fetal, e através do A-Mode,
líquidos das bolsas fetais.
25 dias 45 dias
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Gestação Avançada

 Com o avançar da
gestação ocorre o
abaulamento do abdômen;

 Os movimentos fetais
podem ser percebidos a
partir da oitava semana;

 Com a aproximação do
parto, observa-se o
intumescimento da vulva e
das glândulas mamárias.
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Manejo Alimentar
Estratégia de Alimentação das Marrãs

Época Qte de Ração/dia


- Chegada das marrãs 1,8 Kg de ração crescimento
- Do 3º dia até cobertura 3,0 à 3,2 Kg de RC
- Até 80 dias de gestação 3,0 kg de ração gestação
- 80 a 110 dias de gestação 3,0 à 3,5 Kg ração lactação
 4 dias antes do parto - dieta laxativa e restrição alimentar.

Avaliação visual da condição corporal da fêmea:


- Durante a gestação;
- Na transferência para a maternidade;
- Ao desmame.
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A freqüência na avaliação é importante porque em cada


uma dessas etapas, a fêmea apresenta um índice de
condição corporal adequado.

Índice de Condição Corporal Ideal para as Fêmeas nas


Fases de Gestação e ao Desmame em Função do Número
de Ciclos Reprodutivos.

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Escores para Condição Corporal SUINOCULTURA
de Matrizes Suínas
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Importante:

 Os índices 1 e 5 não devem aparecer em nenhuma fase


reprodutiva das matrizes;

 Ao desmame, as matrizes jovens nunca devem


apresentar o índice corporal 2;

 Durante a gestação, gradativamente, o escore corporal


deve aumentar de 3 até atingir o valor 4 na fase final da
gestação;

 O índice 5 (ocorre com freqüência na fase final da


gestação) indica que o plantel está sendo alimentado
além da necessidade.
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2.7. PARTO

Preparar maternidade p/ recebimento das marrãs/porcas:

 limpar e secar (vazio sanitário ≥ 7 dias);


 verificar bebedouros e comedouros;
 preparar escamoteador p/ leitões (32ºC);
 verificar cortinas e/ou janelas.

TºC interna sala de parto - 16 a 22ºC

 Transferir 7 dias antes do parto,


nas horas mais frescas.
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Transferência para a maternidade


 Banhar as porcas antes da entrada na
maternidade.

 Conduzir as fêmeas gestantes com


cuidado.
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Características da maternidade
 Acesso fácil da porca para facilitar o manejo (porca e
leitões);
 Cela parideira ou báias com barra de proteção, para
evitar esmagamentos;
 Fonte de aquecimento com regulagem;
- Manter até um máximo de 24°C para a porca e um
mínimo de 32°C para o leitão recém nascido.
 Piso com capacidade isolante (p/evitar perda de calor
por contato pelo leitão), confortável (evitando lesões de
casco e articulações) e com características anti-
derrapantes (para prevenir contusões);
 Limpeza diária (2X) p/ retirada dos excrementos.
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Após a fêmea atingir 110 dias de gestação recomenda-se


observar, periodicamente, seu comportamento e examinar
o complexo mamário.

SINTOMAS ASSOCIADOS A PROXIMIDADE DO PARTO

Sintomas antes do parto Momento que ocorre


Edema Vulvar 4 dias
Complexo mamário
48 – 24 horas
ingurgitado
Secreção serosa escassa,
48 – 24 horas
Inquietação
Secreção leitosa em gotas em
12 horas
70% dos casos
Secreção leitosa em jatos em
6 horas
94% dos casos
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 O parto se inicia com a abertura e


dilatação das vias fetais moles,
provocadas pelas contrações rítmicas
do útero.

 A prostaglandina é responsável pela redução da


progesterona e, ao mesmo tempo, estimula a liberação
de ocitocina, que provoca as contrações uterinas para o
nascimento dos leitões.

 No dia do parto - fornecer somente


água (15 a 20L/dia). Essa prática evita
constipação.
 Parto deve ser assistido;
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Duração do parto: 2 – 6 horas, com


intervalos de nascimentos de, em
média, 15 minutos, sendo a partir
daí considerado parto distorcido.

Intervir no parto quando:


• Intervalo entre o nascimento dos leitões for longo (45 a
60 min.);
• Se após o nascimento de alguns leitões, a porca ainda
apresentar contrações.
- Massagear o aparelho mamário;
- Inverter a posição da porca;
- Fazer toque vaginal;
- Aplicar ocitocina.
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Indução do parto:
Objetivos:
 Concentrar os partos em determinado período, evitando
ocorrências à noite e aos finais de semana, otimizando o
trabalho da granja;
 Melhor utilização da maternidade;
 Possibilidade de lotes mais homogêneos por ocasião do
desmame.
Procedimento:
 Aplica-se prostaglandina (PGF2α), via intramuscular,
até dois dias antes da data provável de parto (112º a
113º dia de gestação), no período entre 8 e 10 horas da
manhã.
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Cuidado com as fêmeas após o parto:


 Levantar a porca até 6 horas após final do parto;
 Fornecer água e começar o programa de alimentação;
 Tomar temperatura, pelo menos 1 vez, por 3 dias, para
verificar se a porca está com febre.

Puerpério
➢ Inicia c/ expulsão das últimas placentas e finaliza c/
estabelecimento completo do estado anatômico e
funcional dos órgãos reprodutores.
➢ Duração: 18 a 21 dias.
OBS.: Desmame/cobertura nesta fase pode acarretar
perdas embrionárias.
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 Síndrome ou Complexo MMA (Mamite-


Metrite-Agalaxia), conhecida como
corrimento vulvar ou febre do leite da
porca.
 Início: 1 a 3 dias após o parto;
 Sintomas: febre acima de 39,7º C; diminuição ou falta
de apetite (anorexia); diminuição ou falta de leite
(leitões fracos e manifestando fome).

Matrizes mais susceptíveis:


 Porcas mais velhas (5º parto em diante);
 Animais cujo parto dura acima de 5 horas;
 Portadoras de infecções urinárias;
 Fêmeas que sofreram intervenção durante o parto;
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 Porcas que pariram 13 ou mais leitões/leitegada;


 Animais com excesso de peso corporal.
Medidas Preventivas:
 Limpeza da baia (3x/dia) 5 dias antes e após parto;
 Manejar as porcas em lotes de parição “TDTF”,
promovendo vazio sanitário de 7 dias;
 Reduzir ração 4 dia antes do parto p/ 1 kg + 200 g de
alimento fibroso (farelo de trigo).
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2.8. LACTAÇÃO
Período de aleitamento dos
leitões.
Duração da lactação
 Natural: 56 a 60 dias.
 Exploração suinícola: 21 a 35 dias.
Manejo da ração
 Ração à vontade (estimular 4 a 6 Kg lactação/dia).
 Principal problema (Alto Requerimento Nutricional x
Baixa Capacidade de Ingestão).
Eficiência Reprodutiva da Fêmea Suína é medida pelo
número de leitões desmamados/fêmea/ano, podendo ser
afetada por diversos fatores.
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Manejo da alimentação
 Água e ração fornecidos à vontade.

 Quanto maior for o consumo de


ração durante a lactação maior será a
produção de leite e menor a perda de
peso das fêmeas até o desmame.

Obs.: Perda máxima na espessura de toucinho durante


lactação não deve ultrapassar ganho obtido na gestação.
 Aumentar a capacidade de ingerir alimento na lactação
através de dietas com alto teor de fibras durante a
gestação.
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 Aumentar densidade energética das rações.


- Uso de 6% de óleo na dieta.
 Fornecer dietas c/ balanço adequado de aminoácidos
sem excesso de proteínas.
 Oferecer dietas c/ reduzido teor de fibras durante o
verão.
 Fornecer dietas úmidas várias
vezes durante o dia e, no período
noturno, fornecer ração seca à
vontade.
 Proporcionar conforto
ambiental.
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2.9. DESMAME
Consiste na separação da porca de sua leitegada;
momento em que os leitões deixam de mamar o leite
materno.
Manejo das fêmeas desmamadas
 Devem ser desmamadas em grupos de acordo c/ a
capacidade da maternidade, creche e baias ou abrigos de
gestação.
 O manejo pós desmame influencia o n° de leitões que
nascerão no parto seguinte.
 A partir do 3° dia após a transferência das fêmeas deve-
se proceder (manhã e tarde) a identificação do cio com o
varrão.
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 Fêmeas desmamadas devem ser cobertas nos primeiros
10 dias após o desmame.

OBS: A duração do ciclo produtivo determina: n° de


partos/porca/ano e n° leitões desmamados/porca/ano.

N° de partos/porca/ano de acordo c/ duração da lactação e intervalo


desmame-cio/concepção (IDC).
114 dias de gestação mais um período de lactação de
IDC
14 dias 21 dias 35 dias
7 dias 2,70 2,57 2,34

14 dias 2,57 2,45 2,24

21 dias 2,45 2,34 2,15

28 dias 2,34 2,24 2,08


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Fatores que contribuem p/ aumento do Dias Não


Produtivos (DNP):
 Porcas em anestro ou repetindo cio no pós-desmame;
 Porca permanece vazia após cobertura;
 Demora p/ descarte de porcas improdutivas;
 Intervalo entre cobertura e morte/aborto de porcas
prenhes.

Consequências de um maior DNP


 Despesas com a alimentação das fêmeas;
 Despesas com instalações (espaço);
 Despesas c/ mão-de-obra s/ retorno produtivo.
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MANEJO DE LEITÕES DO NASCIMENTO À


TERMINAÇÃO
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CUIDADO COM OS LEITÕES DURANTE O PARTO


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Maior taxa de mortalidade (70%) acontece na 1ª


semana de vida do leitão.

Natimortos - 5 a 10%

Principais causas: leitões fracos,


sufocados, envoltos na placenta e
esmagados.
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MORTALIDADE
PERINATAL

LEITÕES NATIMORTOS
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PRÁTICAS REALIZADAS À MEDIDA QUE OS LEITÕES


FOREM NASCENDO:

1. Limpar e enxugar os leitões


 Retirar restos de placenta da cavidade bucal e das
narinas;
 Enxugar cabeça e restante do corpo.

2. Reanimar Leitões aparentemente mortos: com


batimentos cardíacos, sem respiração.

 Batimentos cardíacos podem ser sentidos por palpação


na base do cordão umbilical ou na parede esquerda do
tórax.
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Procedimentos:
 Erguer leitão pelos membros posteriores;
 Retirar os líquidos fetais das narinas e boca;
 Fazer movimentos de flexão do tórax para forçar a saída
de líquidos das vias respiratórias;
 Comprimir manualmente o tórax com movimentos
intercalados na tentativa de reativar a respiração.

3. Corte e desinfecção do umbigo


 Amarrar o umbigo no comprimento de 4-5 cm e cortar
1 cm abaixo da amarração.
Obs.: Ligadura: usar cordão e tesoura cirúrgica,
previamente desinfetados.
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 Desinfectar com tintura de iodo (5 a 7%) ou iodo


glicerinado, álcool iodado.

4. Colocar para mamar


 Orientar leitões primeiras mamadas dando atenção
especial para os menores que devem ser colocados nas
tetas dianteiras.
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- Anticorpos da mãe são transferidos via ingestão do


colostro. 24 a 36 hs após nascimento praticamente não
ocorre mais absorção.

5. Fornecer calor
Consequências da perda de calor:
 Morte nas primeiras horas de vida;
 Maior suscetibilidade às infecções enterotoxigênicas.
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MANEJO DOS LEITÕES DO NASCIMENTO AO DESMAME

Práticas dolorosas como o corte dos dentes e cauda dos


leitões não devem ser realizadas durante a parição, mas
após sua finalização.

1. Corte dos dentes

 Leitões nascem com 8 dentes: 4C e


4PM.

 Dentes caninos são pontiagudos e


podem lesar tetos da porca.

 Cortar caninos rente à gengiva.


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2. Pesagem
- Correlação positiva: PN/PD/PA.
 Eliminar leitões c/ peso ≤
700 g.

3. Transferência cruzada de leitões

 Leitões c/ peso entre 700 e


1.200g.

 Igualar nº e tamanho da
leitegada  Uniformizar.
 Fortalecer leitões aplicando glicose a 5%.
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4. Transferência unilateral de leitões


 Morte ou doença da porca
 Baixa capacidade de criação de leitões (nº de tetas)
Transferências devem ser realizadas, no máximo, três dias
após o parto da porca adotiva, pois as glândulas
mamárias excedentes e não utilizadas tendem a involuir.

5. Aleitamento artificial

 Quando não é possível a transferência.


 Exige muita mão-de-obra.
I- O leitão mama a cada 60-70 minutos (20 a 22 vezes/
dia);
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II- Cada mamada dura de 20 a 30


segundos (20 a 60g de leite).

III- Leite artificial deve assemelhar-se


ao natural;

IV- Acrescenta-se nata ao leite de


vaca para ficar mas gorduroso e
parecer mais com o da porca.
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6. Identificação

- Brincos na orelha
• Os brincos são fixados nas orelhas
dos animais através de um alicate
próprio.
• Existe uma grande variedade de
brincos, que diferem entre si em
forma, tamanho e cor.
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- Tatuagem

• Método de identificação realizado


através do alicate tatuador e tipos
numerados que, através da sua
compressão contra a orelha faz
Tatuador
micro furos em forma de
números.

• Os furos são preenchidos com


tinta própria para melhor
visualização dos números.

Número tatuado na orelha


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- Método australiano

• É feito mediante mossas


aplicadas nas orelhas. Cada
mossa tem um valor
convencional.

• Além das mossas erão


usados furos que
representavam os números
400 e 800;

• Com o sistema australiano


podem ser aplicados os
números de 1 a 1599.
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ORELHA DIREITA: ORELHA ESQUERDA

Picote embaixo da orelha = 1; Picote embaixo da orelha = 10;


Picote em cima da orelha = 3; Picote em cima da orelha = 30;
Picote na ponta da orelha =100; Picote na ponta da orelha =200;
Furo no centro da orelha = 400. Furo no centro da orelha = 800.

Os picotes podem ser usados na seguinte freqüência (máxima): 100, 200, 400
e 800 = 1 vez; 1 e 10 = 2 vezes; 3 e 30 = 3 vezes.
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1+1=2 1 + 3 + 3 + 10 = 17
1 + 3= 4

400 + 3 = 403 1 + 1 + 100 + 3 + 3 + 30 + 1 + 1 + 3 +10 +10 = 25


30 + 200 +10 +10 = 388

100 800 + 200 = 1000 400 + 800 = 1200


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7. Corte da cauda

 Evitar canibalismo.
 Cortar e desinfetar c/ iodo o último terço
da cauda, 1 a 3 dias após nascimento.
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8. Castração
 Evitar odor e sabor desagradáveis
na carne.
 Deve ser realizada na 1ª a 2ª
semana.
Vantagens:
1.Leitões confinados;
2.Pouca mão de obra;
3.Facilidade na operação;
4.Hemorragia rara;
5.Cicatrização rápida;
6.Menor chance de morte.
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Restrições: Não castrar leitões doentes.

Observações importantes:

1. Usar material limpo e desinfetado;

2. Aplicar cicatrizante na incisão após a retirada dos


testículos;

3. Manter ambiente sempre limpo;

4. Não realizar outras práticas (vermifugação, vacinações,


desmama e trocar de instalações) durante o período de
recuperação.
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9. Aplicação de ferro p/ prevenir Anemia Ferropriva

 Necessidade diária de ferro – 5 a


10 mg/dia.
 Leite da porca – 10 a 20%.

 Aplicação intra-muscular ou sub-cutânea (pescoço) de


2 ml de Ferro Dextran.

 3 a 7 dias de idade.
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10. Fornecimento de água

• Água constitui 65 a 70% do corpo.


• A partir do 10º dia ou por ocasião da 1ª ração.
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11. Fornecimento de ração pré-inicial


 Pequenas quantidades, várias vezes ao dia, a partir da
2ª semana.
 Consumo < 35 g/dia.
Finalidade do fornecimento
da 1ª ração:
1. Suprir as necessidades da
leitegada;
2. Favorecer o crescimento
dos mais fracos;
3. Acostumar o leitão a comer alimento seco;
4. Reduzir estresse à desmama;
5. Melhorar performance do animal na fase final.
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12. Manejo dos leitões c/ pouco desenvolvimento


 Causas: deficiências nutricionais na lactação,
diarréias, artrites, etc.
 Solução: aplicar polivitamínicos (A, D3 e E); soro
glicosado; utilizar substitutos do leite enriquecidos com
c/outros nutrientes.
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13. Desmame

Tipo de desmame Idade Comentários

Natural 10 a 12 sem Criação extensiva

Artificial convencional 7 a 8 sem Pequenos produtores


(pouco usada)
Artificial antecipada 35 a 49 dias Pequenos produtores
(pouco usada)
Artificial precoce 21 a 35 dias Mais usada (mão de
obra especializada)
Artificial segregado 5 a 21 dias Visa eliminar doenças
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TRANSFERÊNCIA DOS LEITÕES DESMAMADOS


PARA A CRECHE
Obs.: Colocar cada leitegadas em uma baia. Quando isso
não for possível, juntar 2 a 3 leitegadas, agindo da
seguinte forma:
 Alojar leitões na creche no dia do desmame, formando
grupos de acordo com a idade e o sexo;
 Transferir lotes nas horas mais frescas do dia, após a
alimentação;
 Pulverizar os animais c/ produtos odorizantes;

 Fornecer espaço suficiente para os leitões, considerando


o tipo de baia.
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Prejuízos causados por conflitos:


 Alteram resistência às doenças;
 Causam lesões;
 Reduzem GP;
 Pode levar um ou mais animais
à morte.
MANEJO DOS LEITÕES NA CRECHE
 Manter baia limpa e desinfetada.
 Controlar temperatura (± 26°C durante os primeiros 14
dias e ± 24°C até a saída dos leitões da creche).
 Fornecer ração pré-inicial do desmame até 42 dias e
ração inicial até saída da creche (16 a 18% PB).
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 O consumo diário de ração por leitão com 5 a 10 kg de


peso vivo é, em média, de 460 g; entre 10 a 20 kg de PV
deve ser estimulado a consumir, em média, 950 g de
ração/animal/dia.

 Não deixar nos comedouros restos de ração úmida, velha


ou estragada.
 Caso a creche seja de piso compacto de alvenaria,
proporcionar cama de maravalha pelo menos nos
primeiros 14 dias de alojamento.;
 Manejar as salas da creche segundo o sistema “todos
dentro, todos fora”, realizando vazio sanitário entre cada
lote.
 Vermifugar e controlar ectoparasitas.
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 Fornecer espaço/leitão conforme o tipo de baia:


- 3 leitões/m2 em baias suspensas;
- 2,5 leitão/m2 nas demais.
 Dispor de bebedouros de fácil acesso, com altura,
vazão e pressão adequadas e água potável;
 Prever uma caixa d’água por sala para aplicação de
medicação e/ou fazer tratamentos coletivos, caso haja
necessidade;
 Fazer inspeções periódicas observando as condições
dos leitões, bebedouros, ração e temperatura;
 Vacinar os leitões, de acordo com o programa da
granja;
 Registrar na ficha de acompanhamento do lote as
medicações usadas individualmente ou no grupo.
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 Pesar e transferir leitões com 56 a 63 dias de idade e


peso médio mínimo de 20 kg para as baias de crescimento.

Valor
Indicador Meta
Crítico(1)
Taxa de mortalidade de leitões (%) >2,5 <1,5
Conversão alimentar (kg ração/kg de ganho) >2,2 <2,0
Peso médio de referência dos leitões na saída da creche (kg)
Aos 56 dias <18,5 >20,0
Aos 58 dias <19,5 >21,0
Aos 60 dias <20,5 >22,0
Aos 63 dias <22,0 >23,5
(1) Indica necessidade de identificar as causas e adotar medidas corretivas.
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MANEJO DOS LEITÕES NAS FASES DE


CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO
 Formação de lotes uniformes (peso e sexo)

 Número de animais por baia

 7 a 30, de acordo c/ manejo adotado.


Algumas considerações:
 Menor lote, maior
necessidade de mão-de-obra;
 Épocas quentes, reduzir nº de
animais;
 Maior lote, maior
desuniformidade.
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 Densidade: 0,70 m²/suíno, com três áreas distintas:


 1. ripada para comedouros e bebedouros;
 2. piso compacto p/ descanso;
 3. piso ripado p/ dejeções.

 Comedouros e bebedouros suficientes;


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 Fornecer aos animais ração de crescimento à vontade


até os 50 kg de PV e ração de terminação até o abate.

 Separação de machos e fêmeas p/ reprodução.


 A partir do 3º mês;
 Machos devem ser agrupados
em nº de três;
 Fêmeas em grupos de 6 a 10.

 Venda e transporte de
animais para reprodução.
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 Transferência de leitões para granjas de terminação


(PM 50 kg)

 Programa de limpeza e desinfecção após saída do lote,


com VS de 3 a 5 dias.
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Valor
Indicador Meta
Crítico(1)

Taxa de mortalidade de animais (%) >1,0 <0,6


Conversão alimentar (kg ração/kg de
>2,8 <2,6
ganho)
Peso médio de referência dos animais na saída para o abate
(kg)
Aos 133 dias <78,0 >83,0

Aos 140 dias <85,0 >90,0

Aos 147 dias <92,0 >97,0

Aos 154 dias <98,0 >103,0


(1) Indica necessidade de identificar as causas e adotar medidas corretivas.
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Manejo pré-abate
O manejo pré abate dos animais tem influência direta
sobre a qualidade da carcaça e da carne, devendo
merecer toda a atenção do produtor.
 A alimentação dos animais a serem enviados para o
abate deve ser suspensa 12 horas antes da hora prevista
para o embarque.
 Garantir o fornecimento constante de água aos animais
até o momento de embarque.
 Os animais devem ser conduzidos para local de
embarque com tranqüilidade, sem estresse.
 A rampa de embarque deve ter no máximo 20º de
inclinação e piso antiderrapante, para facilitar a condução
dos animais e evitar escoriações.
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 O caminhão a ser utilizado para o transporte dos


animais deve ter no máximo dois pisos.

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