Você está na página 1de 33

Academic notes

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
Lima, Perú, 2020

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos1


Fundamentos teóricos da liquefação de solos

Jorge Luis Cárdenas Guillen, PhD


Professor of Geotechnical Engineering in Civil Engineering
Universidad Nacional de Ingeniería, Lima, Perú
jcardenas@uni.edu.pe

2. Aspectos gerais
A história registra ao longo do tempo inúmeros casos de rupturas catastróficas de maciços de solos com consideráveis
prejuízos econômicos, perdas de vidas humanas e danos ao meio ambiente causados pela liquefação de solos. Uma
característica comum nestes casos é que os materiais nos locais dos desastres poderiam ser considerados como solos arenosos
ou arenosos com matriz siltosa de baixa ou nula plasticidade, considerados como fofos em sistemas de classificação baseados
no número de golpes do ensaio de penetração estandár ou SPT (Standard Penetration Test) ou do ensaio de penetração de
cone ou CPT (Cone Penetration Test) ([Douglas, B.J.; Olsen, R.S., 1981], [Robertson, P.K., 1990]) ou nos valores de
densidade relativa [Durham, G.N.; Townsend, F.C., 1973]. Uma revisão sobre os tipos de solo suscetíveis à liquefação está
apresentada em Seed, R.B. [Seed, R.B., et al., 2003].
Acontecimentos ocorridos, tais como colapsos de fundações de barragens [Seed, H.B., et al., 1975a], movimentos
bruscos de taludes naturais [Keefer, D., 1984], recalques severos de edificações e pontes [Ross, G., et al., 1969] e flutuações
de fundações [Kawasumi, H., 1968], representam exemplos de rupturas causadas por liquefação. Algumas dessas rupturas
foram desencadeadas por carregamentos cíclicos, denominadas de liquefação cíclica [Robertson, P.K.; Wride, C.E., 1998] e
outras por um aumento monotônico do carregamento, denominadas liquefação monotônica ou estática ([Kramer, S.L.; Seed,
H.B., 1988], [Yamamuro, J.A.; Lade, P.V., 1997], [Olson, S.M., et al., 2000]). A distinção devido ao carregamento aplicado
é bem referenciada na literatura por distintos autores ([Vaid, Y.P.; Chern, J.C., 1985], [Hyodo, M., et al., 1994], [Yamamuro,
J.A.; Covert, K.M., 2001]).
Por outro lado, conforme ao mecanismo de ruptura, o fenômeno de liquefação pode ser subdividido em dois grupos:
fluxo por liquefação e mobilidade cíclica ([Casagrande, A., 1975], [Castro, G., 1975], [Seed, H.B., 1976], [Ishihara, K.,
1993]).
2.2. Fenômeno da liquefação de solos
2.2.1. Definição
A liquefação é um fenômeno que ocorre pela diminuição da resistência efetiva e da rigidez dos solos sob ação de forças
externas cíclicas ou monotônicas. Esse fenômeno manifesta-se geralmente em depósitos suscetíveis de materiais saturados
que, submetidos a tensões cisalhantes, apresentam tendência de contração de volume. Como os poros do solo encontram-se
totalmente preenchidos por água, e o tempo necessário para drenagem é comparativamente maior do que o tempo de
aplicação do carregamento, esta tendência de contração de volume na condição não-drenada corresponde a um aumento do
valor da pressão do fluido presente nos poros do solo.

1
Cárdenas, J. Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos. Dissertação de doutorado, PUC-Rio, Departamento
de Engenharia Civil, Brasl, 2008.

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
-1-
Se durante o carregamento a poropressão aumenta gradualmente até um valor igual ao da tensão de confinamento, a
tensão efetiva ou inter-granular atuante no esqueleto do material é reduzida a zero e, em conseqüência, o material perde
completamente sua resistência ao cisalhamento, comportando-se como líquido viscoso. Uma característica importante deste
fenômeno é que este tipo de ruptura ocorre em certas regiões da massa de solo e não apenas ao longo de uma determinada
superfície de ruptura.
2.2.2. Fluxo por liquefação e mobilidade cíclica
Com base nas observações do mecanismo de ruptura por liquefação, tanto em laboratório como em campo, o fenômeno
da liquefação foi dividido em dois grupos: fluxo por liquefação e mobilidade cíclica [Casagrande, A., 1971]. De modo geral,
fluxo por liquefação (ou comumente, apenas liquefação) designa o fenômeno que apresenta surgimento progressivo de altas
poropressões no interior do material até a ocorrência da ruptura com presença de grandes deformações, enquanto que
mobilidade cíclica indica casos de ruptura com deformações progressivas.
Kramer [Kramer, S.L., 1996] aponta Hazen [Hazen, A., 1920] como o primeiro investigador a utilizar o termo liquefação
para explicar a ruptura da barragem de Calaveras na Califórnia, em 1918, enquanto que a terminologia mobilidade cíclica
foi introduzida mais tarde por Casagrande [Casagrande, A., 1971] para denominar as respostas diferenciadas observadas em
amostras de solos arenosos submetidas a carregamentos cíclicos em laboratório.
A diferença entre fluxo por liquefação e mobilidade cíclica pode ser melhor compreendida através da figura 2.1. A
figura apresenta resultados de ensaios triaxiais em amostras de areia saturada, considerando como eixos o índice de vazios,
e , e a tensão principal efetiva menor,  3 . A linha de estado permanente ou SSL (Steady State Line) representa os estados
de tensão sob os quais o solo pode-se deformar tanto sob volume e tensões constantes. Sobre esta linha acha-se indicado o
ponto M, que se refere ao estado de areia movediça, onde o solo perdeu completamente sua resistência sem tendência de
contrair ou dilatar seu volume. Nesta condição os grãos de areia não estão mais em contato permanente entre si.

Figura. 2-1 - Ensaios triaxiais não-drenados em amostra de areia saturada [Castro, G.; Poulos, S.J., 1977].

Fluxo por liquefação, de acordo com a figura 2.1, é o resultado da ruptura não-drenada de uma amostra de areia fofa
(tendência de contração de volume), com carregamento iniciando num estado de tensão (tensão principal efetiva menor

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
-2-
inicial,  3 0 ) localizado no ponto C, acima da SSL, e terminando no ponto A, sobre a SSL (volume e tensão principal efetiva
menor constante, e SS e  3 SS ), onde permanecerá enquanto continuar o escoamento.
No caso da mobilidade cíclica, considere o carregamento monotônico de uma areia densa saturada com comportamento
dilatante sob condição não-drenada iniciando o carregamento a partir do ponto D. A correspondente trajetória poderá mover-
se levemente para a esquerda, no início, mas então se deslocará horizontalmente para a SSL à medida que o carregamento
monotônico aumentar. Se, por outro lado, no ponto D for aplicado um carregamento cíclico, comportamento que pode
também ser observado no mesmo gráfico, o ponto se movimentará horizontalmente para a esquerda porque o índice de vazios
da amostra se mantém constante (condição não-drenada) e a poropressão crescerá devido ao carregamento cíclico. O valor
desta poropressão dependerá da intensidade do carregamento cíclico, do número de ciclos e do tipo de ensaio, dentre outros
fatores, mas eventualmente, e de forma seqüencial devido ao ciclo de carregamento, o ponto B poderá ser atingido, ocorrendo
gradualmente sequências de liquefação sempre que  3  0 . Durante este processo de carregamento, grandes deformações
acumuladas podem aparecer, dizendo-se então que a amostra de areia desenvolveu mobilidade cíclica.
Evidências de laboratório demonstram, no caso da mobilidade cíclica, a existência de uma redistribuição do índice de
vazios da amostra de solo, aumentando no topo e decrescendo na base da amostra. A linha horizontal DB representa uma
condição média dos índices de vazios durante o ensaio. Durante este tipo de ruptura, as deformações tornam-se
progressivamente maiores à medida que mais ciclos de carregamento são aplicados, e durante cada ciclo a poropressão torna-
se igual à tensão de confinamento quando a tensão de desvio é nula, decaindo em seguida quando carregamentos de
compressão ou de extensão forem aplicados.
Logo, para amostras de areia saturada localizadas acima da SSL, poderá ocorrer fluxo por liquefação se o carregamento
aplicado, seja monotônico ou cíclico sob condição não-drenada, for suficientemente grande para que a SSL seja atingida.
Quanto mais à direita o ponto inicial C estiver, maiores serão as deformações associadas com o fenômeno da liquefação; se
o ponto estiver localizado acima de M, a resistência residual após a liquefação será nula. Para amostras de areia saturada
localizadas abaixo da SSL, com tendência de comportamento dilatante, o ponto inicial D movimenta-se inicialmente para a
esquerda e logo para a direita se o carregamento for monotônico, e para a esquerda se o carregamento aplicado for cíclico.
Se o número de ciclos e a amplitude dos mesmos forem suficientemente grandes, dentre outros fatores, poderá ser atingido
o ponto onde o acréscimo de poropressão torna-se igual à tensão de confinamento efetiva inicial, provocando deformações
do material, porém sem perda significativa de resistência, como ocorre no fluxo por liquefação. Seed, H.B. [Seed, H.B.; Lee,
K.L., 1966] definiu este ponto como de liquefação inicial, terminologia que erroneamente induz a idéia de que fluxo por
liquefação pode acontecer tanto em solos densos quanto fofos.
De acordo com o exposto, fluxo por liquefação somente poderá ocorrer em areias saturadas fofas, sob carregamentos
monotônicos ou dinâmicos que provoquem tensões cisalhantes na massa de solo, como em taludes, sob as fundações de
edificações ou nas vizinhanças de uma estrutura enterrada mais leve do que o solo escavado. Para um dado índice de vazios,
a suscetibilidade de liquefação aumenta com a tensão de confinamento e com as tensões cisalhantes geradas pelo
carregamento.
Mobilidade cíclica pode ser induzida em laboratório mesmo para areias bastante densas, onde a resistência à mobilidade
cíclica, para um dado valor do índice de vazios, aumenta com a tensão de confinamento. Considera-se resistência à
mobilidade cíclica como a tensão de desvio necessária para produzir certa deformação sob determinado número de ciclos.
De acordo com alguns autores ([Castro, G., 1975], [Castro, G.; Poulos, S.J., 1977]) as deformações resultantes da mobilidade
cíclica em amostras de laboratório decorrem principalmente da redistribuição dos vazios durante o carregamento cíclico.
Finalmente, é necessário comentar alguns aspectos sobre a SSL e a linha de estado crítico ou CSL (Critical State Line)
devido a dúvidas e discussões se ambas as linhas são coincidentes ou não ([Casagrande, A., 1975], [Poulos, S.J., 1981],
[Sladen, J.A., et al., 1985], [Alarcon-Guzman, A., et al., 1988]). A SSL é obtida para areias fofas (contrativas) sob solicitação
não-drenada em ensaios triaxiais de tensão controlada [Poulos, S.J., 1981], enquanto que a CSL é geralmente obtida em
ensaios com areias densas (dilatantes) sob solicitação drenada em ensaios de deformação controlada (inicialmente idealizada
para argilas) [Schofield, A.N.; Wroth, C.P., 1968]. De acordo com Been [Been, K., et al., 1991], após análise dos resultados

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
-3-
de um extenso programa de ensaios triaxiais drenados e não-drenados em areias, a SSL e a CSL são realmente coincidentes
e independentes das trajetórias de tensões.
Cabe ressaltar que a CSL é utilizada nos conhecidos modelos de estado crítico [Schofield, A.N.; Wroth, C.P., 1968],
como no modelo Cam Clay Modificado [Roscoe, K.H.; Burland, J.B., 1968], para estudo do comportamento mecânico de
areias e argilas normalmente adensadas.
2.3. Comportamento dinâmico não-drenado de areias saturadas
Durante um terremoto, a propagação de ondas cisalhantes no interior de uma camada de solo arenoso gera tensões
cisalhantes dinâmicas [Seed, H.B.; Idriss, I.M., 1982]. Se este material for saturado, excessos de poropressões podem ser
gerados com diminuição das tensões efetivas, dependendo do comportamento dinâmico do solo.
De acordo com vários autores ([Castro, G., 1975], [Seed, H.B., 1976], [Ishihara, K., 1993]), um solo arenoso saturado,
sob um carregamento transiente (dinâmico ou monotônico), pode experimentar dois possíveis comportamentos dinâmicos:
contrativo e dilatante, que dependerão fundamentalmente de dois parâmetros de estado: compacidade inicial e estado de
tensão atuante.
Para estudar este comportamento dinâmico da areia considere-se um material arenoso submetido a um ensaio de
cisalhamento cíclico em condições não-drenadas. Inicialmente, durante o processo de aplicação do carregamento, a estrutura
interna do material experimentará um comportamento similar à densificação, com uma tendência de reordenação das
partículas sólidas em busca de uma maior compacidade (tendência contrativa). A pressão no fluido (água) presente nos poros
do material (poropressão) incrementará gradualmente, produzindo uma perda paulatina de tensão efetiva e da resistência ao
cisalhamento do sólido. Este comportamento é típico de areias fofas. Por outro lado, se durante esse mesmo carregamento,
a areia sofrer uma nova acomodação dos grãos, com uma redistribuição dos vazios e uma equalização das poropressões, o
material poderá apresentar uma recuperação de sua resistência, com uma mudança da tendência contrativa para a dilatante.
Esta mudança repentina para comportamento dilatante em areias fofas dependerá do estado de tensão e da amplitude do
carregamento atuante.
Com base nos resultados de ensaios de cisalhamento cíclico não-drenado em areias do rio Fraser [Byrne, P.M., 2005],
serão explicados os comportamentos dinâmicos apresentados nas figuras 2.2, 2.3 e 2.4, correspondentes a três amostras (M1,
M2 e M3) para diferentes valores da razão de tensão cíclica ou CSR (Cyclic Stress Ratio), definida como a razão entre a
amplitude da tensão cisalhante cíclica e a tensão vertical efetiva inicial. Na parte (a) de cada figura apresenta-se um gráfico
que relaciona a tensão vertical efetiva,  v , com a tensão cisalhante,  , e na parte (b) de cada figura observa-se o incremento
da poropressão normalizada, p w  v 0 , em relação ao número de ciclos de carregamento, N C . Uma descrição detalhada da
execução dos ensaios dinâmicos de liquefação pode ser consultada em Prakash [Prakash, S., 1981] ou Ishihara [Ishihara, K.,
1995].
A figura 2.2 apresenta as respostas do ensaio da amostra M1 com densidade relativa, Dr , de 0,44 , tensão vertical
efetiva inicial,  v 0 , de 200 kPa , e amplitude da tensão cisalhante cíclica 0,08 v 0 (ou com CSR  0,08 ). De acordo com
a figura 2.2, passados os primeiros 30 ciclos de carregamento, o comportamento dinâmico da amostra é totalmente contrativo
e de ciclo para ciclo se produz uma gradual perda da tensão efetiva. A taxa de crescimento da poropressão é inicialmente
rápida, apresentando em seguida um longo trecho com taxa de crescimento constante para, finalmente, crescer de forma
rápida novamente para altos valores da poropressão normalizada, p w  v 0 . A areia apresenta uma modificação substancial
no seu comportamento, observando-se um repentino ciclo de variações da poropressão até a ocorrência da ruptura do
material.
A figura 2.3 apresenta as respostas do ensaio da amostra M2 com Dr  0,80 ,  v 0  200 kPa e CSR  0,25 . A
figura apresenta um comportamento que, desde o início do ensaio, consiste no crescimento e recuperação da poropressão em
cada ciclo, de maneira similar à parte final do ensaio da amostra M1, na figura anterior. Comparando as figuras 2.2 e 2.3
observa-se a influência da densidade relativa na resposta dinâmica da areia, com a diferença do comportamento de um mesmo

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
-4-
material (areia saturada) sob duas densidades relativas distintas, com o solo da amostra M2 (areia densa) oferecendo maior
resistência frente à ruptura cíclica.


kPa 

 v kPa 
(a)

p w
 v 0

NC
(b)
Figura. 2-2 - Amostra M1 com Dr  0,44 e CSR  0,08 . Resultados do ensaio de cisalhamento cíclico não-drenado da areia do
rio Fraser. (a) Curva  v :  . (b) Curva N C : p w  v 0 , [Byrne, P.M., 2005].

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
-5-

kPa 

 v kPa 
(a)

p w
 v 0

NC
(b)
Figura 2.3 - Amostra M2 com Dr  0,80 e CSR  0,25 . Resultados do ensaio de cisalhamento cíclico não-drenado da areia do
rio Fraser. (a) Curva  v :  . (b) Curva N C : p w  v 0 , [Byrne, P.M., 2005].

A figura 2.4 mostra as respostas do ensaio da amostra M3 com Dr  0,44 ,  v 0  200 kPa , CSR  0,10 . Nota-se
que a única diferença neste ensaio em relação ao da amostra M1 (figura 2.2) é a amplitude da tensão cisalhante cíclica que,
neste caso, é ligeiramente superior. Observam-se também outras características que diferenciam a forma das trajetórias de
tensão e da evolução da geração de poropressão em ambos os ensaios, embora a liquefação tenha novamente ocorrido.
Verifica-se que o número de ciclos para a liquefação da amostra M3 diminuiu, porém apresentando uma maior taxa de
crescimento da poropressão até a ruptura. Comparando-se os resultados das figuras 2.2 e 2.4, constata-se que uma maior
amplitude da tensão de cisalhamento cíclica produz uma ruptura por liquefação com um menor número de ciclos.

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
-6-

kPa 

 v kPa 
(a)

p w
 v 0

NC
(b)
Figura 2.4 - Amostra M3 com Dr  0,44 e CSR  0,10 . Resultados de ensaio de cisalhamento cíclico não-drenado da areia do rio
Fraser. (a) Curva  v :  . (b) Curva N C : p w  v 0 , [Byrne, P.M., 2005].

Neste ponto cabe mencionar outro critério de ruptura para estabelecer algumas diferenças nos comportamentos
observados nas figuras anteriores 2.2 a 2.4. De acordo com Alarcon-Guzman [Alarcon-Guzman, A., et al., 1988], o colapso
do material por fluxo por liquefação pode ser identificado através da interseção da trajetória de tensões efetivas (no plano:
 v :  ) com a trajetória de tensões monotônicas ou MSP (Monotonic Stress Path), obtida em ensaio triaxial sob carregamento
monotônico. Tendo em vista os resultados apresentados e o critério proposto por Alarcon-Guzman, pode-se concluir que a
trajetória de tensões efetivas da amostra M2 não interceptou a MSP correspondente, enquanto que a liquefação observada na
amostra M3 da figura 2.4 indica que ambas as trajetórias neste caso se interceptaram.
Para densidades relativas altas, as areias dilatam-se desde o início dos ensaios (figura 2.3) enquanto que para densidades
relativas baixas o comportamento é marcadamente contrativo. Neste último caso, à medida que a tensão de confinamento
efetiva for reduzindo-se para baixos valores, ocorrerá uma alternância entre a contração e a dilatação nos últimos ciclos de
carregamento (figuras 2.2 e 2.4). Este comportamento pode ser mais bem compreendido mediante a introdução do conceito
da linha de transformação de fase ou PTL (Phase Transformation Line) [Ishihara, K., 1975]. Esta linha reta é o lugar
geométrico dos pontos, no plano:  v :  , que demarca o comportamento contrativo e dilatante do material (figura 2.5).
O fato que uma areia densa apresente comportamento dilatante no ensaio ou, caso contrário, que uma areia fofa
experimente diminuição de volume, é representado por uma PTL com pequena inclinação para altos valores da densidade

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
-7-
relativa e grande inclinação da baixos valores da densidade relativa. O valor máximo que esta inclinação pode alcançar é o
correspondente ao da SSL. As duas linhas existem para valores positivos ou negativos da tensão de cisalhamento,  . No
caso particular das amostras M2 e M3 (figuras 2.3 e 2.4), suas representações podem ser observadas na figura 2.6.

SSL
PTL

MSP

Figura 2.5 - Trajetória das tensões típica num ensaio cisalhante cíclico. Plano:  v :  .

 
kPa  kPa 

 v kPa   v kPa 
(a) (b)
Figura 2.6 - Linha de transformação de fase (PTL) e linha de estado permanente (SSL) nas amostras M2 (a) e M3 (b).

Assim, uma areia saturada na condição não-drenada submetida a solicitações cíclicas experimenta uma diminuição da
tensão efetiva. Neste processo, a trajetória de tensões efetivas pode interceptar a MSP ou a PTL antes de atingir a SSL. Se
a trajetória de tensões efetivas interceptar a MSP antes da PTL, se produz então o colapso do material por liquefação; caso
contrário, se a trajetória de tensões efetivas interceptar antes a PTL, então o comportamento da poropressão, com crescimento
gradual até este momento, passa a produzir ciclos de alternância de perda e recuperação da tensão efetiva, cabendo distinguir
dois comportamentos distintos: (a) tendência de contração a cada ciclo, típica das areias fofas, com a ocorrência da liquefação

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
-8-
do material uma vez atingida a PTL; (b) tendência de dilatação a cada ciclo, típica das areias densas, com a trajetória de
tensões indicando que o material apresenta uma maior capacidade de recuperação de sua tensão efetiva em cada ciclo,
comportamento conhecido como mobilidade cíclica. A distância entre a PTL e a SSL é maior do que no caso onde o solo
exibe comportamento contrativo.
Outra maneira geral de se reconhecerem os diferentes comportamentos dinâmicos de areias relaciona-se com os gráficos
da figura 2.7 [Rauch, A.F., 1997], onde são apresentadas as respostas de areias saturadas em ensaios triaxiais não-drenados
submetidos a carregamentos monotônicos e cíclicos. As respostas, considerando o mesmo material na condição fofa
(contrativo) e densa (dilatante), são mostradas nas partes (a) e (b) onde também estão representados os valores das tensões
cisalhantes estáticas atuantes inicialmente. No caso de areias fofas saturadas, amostras deste material tendem a compactar-
se e devido à condição não-drenada os valores de poropressão são incrementados. De acordo com a figura 2.7(a), o solo de
tipo contrativo sob cisalhamento monotônico atinge uma condição de resistência ao cisalhamento máxima ou de pico (trecho
de endurecimento), para em seguida decrescer gradualmente (trecho de amolecimento) para um valor de resistência ao
cisalhante residual. Caso este valor seja menor do que a tensão cisalhante estática inicial, uma ruptura por fluxo de liquefação
deve ocorrer. Conforme mostra a figura 2.7(a), excessos de poropressão são gerados em cada ciclo de carregamento,
acumulando-se gradualmente e direcionando a trajetória de tensões efetivas até a ruptura. Se a resistência ao cisalhamento
residual resultar menor do que a tensão cisalhante inicial, rupturas típicas de um fluido ocorrem com as deformações
progredindo mesmo após o término do carregamento cíclico.
Assim, para que haja a ruptura de fluxo por liquefação, o material saturado, com tendência de contração de volume sob
cisalhamento, deve ser submetido a amplitudes de tensões cisalhantes cíclicas de suficiente magnitude, ou de suficiente
número de ciclos, de tal modo que a resistência ao cisalhamento residual seja inferior ao valor da tensão cisalhante inicial
(condição estática),  0 . Grandes deformações então ocorrem, sem que uma condição de re-equilíbrio possa ser atingida.
No caso de areias densas, tensões cisalhantes atuantes no solo podem produzir alguns excessos de poropressão para
pequenos níveis de deformações, nos casos de carregamento monotônico ou cíclico. Para maiores níveis de deformação, a
amostra tende a dilatar de volume com a tendência ao desenvolvimento de poropressões negativas. A trajetória de tensões
efetivas não atinge a envoltória de ruptura. Se esta amostra for submetida a um cisalhamento estático após o término do
carregamento cíclico, esta poderia mobilizar toda a sua resistência.
Embora deformações possam ocorrer durante o carregamento cíclico, grandes deformações associadas com o tipo de
ruptura por fluxo de liquefação não se desenvolvem em solos densos (dilatantes), onde a resistência ao cisalhamento sempre
permanecerá maior do que a tensão cisalhante estática inicial.

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
-9-
Fluxo por liquefação Mobilidade cíclica

Resistência
residual cisalhante

Deformação axial Deformação axial

Deformação axial Deformação axial

Linha de
ruptura
Trajetória
de tensões
efetivas

Carregamento cíclico
Carregamento monotônico

(a) Comportamento contrativo (b) Comportamento dilatante

Figura 2.7 - Esquema geral da resposta não-drenada de areias saturadas sob carregamento monotônico e cíclico. (a) Comportamento
contrativo. (b) Comportamento dilatante, [Rauch, A.F., 1997].

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 10 -
2.4. Mecanismos de iniciação da liquefação
A liquefação de solos granulares pode ser iniciada sob várias circunstâncias. Sob carregamento monotônico foi
observada em depósitos de solos naturais ([Koppejan, A.W., et al., 1948], [Andersen, A.; Bjerrum, L., 1968], [Bjerrum, L.,
1971], [Kramer, S.L., 1988]), aterros ([Middlebrooks, T.A., 1942], [Cornforth, D.H., et al., 1975], [Mitchell, D.E., 1984]),
depósitos de rejeitos de mineração ([Kleiner, D.E., 1976], [Jennings, P.C., 1979], [Eckersley, J.D., 1985]). Sob carregamento
dinâmico, além de fontes sísmicas, foi também constatada como efeito de vibrações causadas pela cravação de estacas
([Jakobsen, B., 1952], [Broms, B.; Bennermark, H., 1967]), por tráfego de veículos [Fellenius, B., 1953], exploração
geofísica [Hryciw, R.D., et al., 1990] e explosões ([Conlon, R., 1966], [Carter, D.P.; Seed, H.B., 1988]).
De acordo com Hanzawa [Hanzawa, K., et al., 1979], o mecanismo de início do fenômeno de liquefação pode ser mais
bem ilustrado com auxílio do gráfico da trajetória de tensões no plano triaxial p : q , onde a iniciação pode ser visualizada
de forma mais clara mediante o uso da trajetória de tensões de um carregamento monotônico.
Considere a resposta de uma série de amostras de areia saturadas submetidas a ensaios triaxiais não-drenados
(carregamento monotônico), conforme figura 2.8. Como todas as amostras foram consolidadas isotropicamente para o
mesmo índice de vazios, sob diferentes valores de tensão de confinamento, devem então atingir o mesmo estado de tensões
efetivas na condição permanente, ao longo de várias trajetórias de tensão. O estado de tensão inicial das amostras A e B
localizam-se abaixo da SSL, com comportamento dilatante sob cisalhamento, enquanto que as amostras C, D, E, situadas
acima da SSL, exibem comportamento contrativo, atingindo um pico de resistência não-drenada e deformando-se
rapidamente em seguida até atingir a SSL. Os picos de resistência das amostras C, D, E definem pontos de início de liquefação
que, unidos, formam uma linha reta que se projeta pela origem do plano triaxial p : q , chamada de superfície de iniciação
de ruptura por fluxo por liquefação ou FLS (Flow Liquefaction Surface) ([Hanzawa, K., et al., 1979], [Vaid, Y.P.; Chern,
J.C., 1983]). Como a liquefação não pode ocorrer abaixo da SSL então o traçado da FLS deve ser interrompido no ponto de
estado permanente (figura 2.9).

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 11 -
SSL

Ponto de estado FLS


permanente

A B C D E

A B C D E

SSL

Figura 2.8 - Conceito de iniciação da ruptura do fluxo por liquefação, [Kramer, S.L., 1996].

SSL

Ponto de
estado
permanente

FLS

Figura 2.9 - Superfície de iniciação de ruptura do fluxo por liquefação. Plano: p : q , [Kramer, S.L., 1996].

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 12 -
A FLS marca uma fronteira entre estados estáveis e instáveis. Se o estado de tensão em um elemento de solo atingir a
FLS sob condição não-drenada, quer sob carregamento monotônico ou cíclico, o fenômeno de liquefação será então iniciado.
Portanto, o fluxo por liquefação ocorrerá em duas etapas: na primeira, que acontece sob baixos níveis de deformação, a
geração de poropressão será suficiente para que a FLS seja atingida, tornando o solo instável. A segunda etapa, controlada
pelas tensões de cisalhamento necessárias para garantir equilíbrio estático, envolve a ocorrência de amolecimento (strain
softening) com geração adicional de poropressão e desenvolvimento de grandes deformações, enquanto a trajetória de tensões
efetivas movimenta-se da FLS para a SSL. Se a primeira etapa levar o solo à FLS sob condições não-drenadas, então a
ocorrência da segunda etapa será inevitável.
A iniciação do fenômeno da liquefação depende significativamente da variação incremental da poropressão e do estado
de tensão inicial. A ocorrência do fluxo por liquefação ou da mobilidade cíclica dependem, dentre outros fatores, de níveis
distintos de poropressão que podem ocorrer.
O fluxo por liquefação pode ser iniciado sob carregamentos dinâmicos unicamente quando a tensão cisalhante no
equilíbrio estático inicial for maior que a resistência do solo no estado residual, após aplicação do carregamento. No campo,
estas tensões cisalhantes iniciais são causadas por forças de gravitacionais e permanecem constantes até o final de ocorrência
das grandes deformações. Portanto, estados de tensão iniciais localizados na região sombreada na figura 2.10 são suscetíveis
a fluxo por liquefação. A ocorrência de fluxo por liquefação requer a aplicação de uma forte excitação, suficiente para
movimentar a trajetória das tensões efetivas do ponto inicial para a FLS.
A mobilidade cíclica pode iniciar-se quando a tensão cisalhante estática inicial é menor que a resistência no estado
residual (ou permanente). Logo, estados iniciais localizados dentro da região sombreada na figura 2.11 são suscetíveis à
mobilidade cíclica. Nota-se que esta pode ocorrer em casos de solos fofos e densos (i.e. a região sombreada é estendida ao
longo do eixo da tensão de confinamento efetiva, que correspondem a estados de tensão localizados tanto acima ou abaixo
da SSL).

FLS
SSL

Ponto de
estado
permanente

Figura 2.10 - Região de suscetibilidade de ocorrência de fluxo por liquefação, [Kramer, S.L., 1996].

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 13 -
FLS
SSL

Ponto de
estado
permanente

Figura 2.11 - Região de suscetibilidade de ocorrência de mobilidade cíclica, [Kramer, S.L., 1996].

Como comentário final, pode-se afirmar que o estado de ruptura em fluxo por liquefação é identificado pela FLS e sua
iniciação é reconhecida em campo, enquanto que para o caso de mobilidade cíclica sua caracterização é imprecisa – um certo
nível de deformação, decorrente de mobilidade cíclica, pode ser aceitável em alguns maciços de solos, mas considerado
excessivo em outros, sendo difícil caracterizar um ponto no qual a ruptura inicia-se. A ruptura por mobilidade cíclica é
geralmente identificada quando as poropressões tornam-se suficientemente grandes para produzir escorregamentos laterais
(lateral spreading) em terrenos pouco inclinados próximos a depósitos de água ou pequenas erupções na superfície do solo
(sand boils).
2.5 Suscetibilidade dos materiais à liquefação
Há muitos critérios publicados na literatura para estimar a suscetibilidade da ocorrência de liquefação, sendo alguns
deles apresentados a seguir [Kramer, S.L., 1996]. Por outro lado, é fundamental lembrar que o fato de um depósito ser
considerado suscetível à liquefação não significa necessariamente que esta acontecerá, pois sua iniciação depende da
intensidade e do tipo de carregamento.
2.5.1 Critério geológico
Os processos geológicos que formam e transportam partículas relativamente uniformes, produzem depósitos de solo de
baixa densidade relativa e altamente suscetíveis à liquefação. Conseqüentemente, depósitos fluviais, coluviais e eólicos,
quando saturados, podem sofrer liquefação por carregamento estático (monotônico) ou cíclico. A suscetibilidade da
ocorrência da liquefação em depósitos antigos é geralmente menor do que em depósitos mais recentes. Como a liquefação
ocorre em solos saturados, quanto mais profundo for o nível da água subterrâneo, menor é sua suscetibilidade à liquefação,
pois a liquefação é geralmente observada em maciços onde o nível da água situa-se poucos metros abaixo da superfície.
Depósitos formados pela ação do homem merecem também atenção especial pois, quando pouco compactados (barragens de
rejeito, aterros hidráulicos) podem ser bastante suscetíveis à liquefação.
2.5.2 Critério de composição de material
Por muitos anos acreditou-se que a liquefação estava restrita apenas a depósitos de areia. Solos de granulometria mais
fina eram considerados incapazes de gerar os altos valores de poropressão associados com a liquefação, enquanto que solos
de granulometria mais grossa, por sua vez, eram considerados muito permeáveis para manter acréscimos de poropressão pelo
tempo necessário ao desenvolvimento do mecanismo de liquefação. Mais recentemente, os limites dos critérios baseados em
granulometria foram expandidos. Liquefação de siltes não-plásticos foi observada, tanto em laboratório como em campo

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 14 -
([Ishihara, K., 1984], [Ishihara, K., 1985], [Troncoso, J.H.; Verdugo, R., 1985], [Troncoso, J.H., 1990]), indicando que as
características de plasticidade são mais influentes do que a distribuição granulométrica no caso de solos finos.
De acordo com Wang [Wang, W., 1979], solos finos que satisfazem cada uma das seguintes condições do critério chinês
podem ser considerados suscetíveis à liquefação: a) fração fina (diâmetro menor do que 0,005 mm ) FC  15% ; b) limite
de liquidez LL  35% ; c) teor de umidade wC  0,9 LL ; d) índice de liquidez LI  0,75 . Para considerar diferenças da
prática americana, a U.S. Army Corps of Engineers recomendou adaptar o critério chinês por meio das seguintes
modificações: a) decréscimo da fração de finos em 5%; b) acréscimo do limite de liquidez em 1%; c) acréscimo do teor de
umidade natural em 2% [Finn, W.D.L., et al., 1994].
Andrews [Andrews, D.C.; Martin, G.R., 2000], depois de adaptar o critério chinês modificado para o sistema americano
(fração fina menor do que 0,002 mm ), recomendaram que: (1) solos com fração fina FC  10% e limite de liquidez
LL  32% sejam considerados como potencialmente suscetíveis à liquefação; (2) solos com fração fina FC  10% e
LL  32% sejam classificados como improváveis à ocorrência de liquefação; (3) solos com propriedades intermediárias
devem ter seu comportamento avaliado através de ensaios de laboratório para verificar sua suscetibilidade à liquefação. Este
critério é comumente utilizado na prática ([Martin, G.R.; Lew, M., 1999]).
De acordo com pesquisas da NCEER2, publicadas por Youd ([Youd, T.L., et al. 1997] e [Youd, T.L., et al. 2001]), há
necessidade de se re-examinar o critério chinês modificado para uma melhor definição do tipo de fino coesivo potencialmente
suscetível à liquefação. Dois terremotos ocorridos em 1999, em Kocaeli (Turquia) e Chi-Chi (Taiwan), alteraram
dramaticamente a aplicação deste critério, com ocorrências de fluxo por liquefação em locais onde o material possuía
maiores porcentagens de finos do que os recomendados pelo critério chinês modificado. Estudos posteriores ([Bray, J.D., et
al., 2001], [Sancio, R.B., et al., 2002] e [Sancio, R.B., et al., 2003]) confirmaram a influência significativa na suscetibilidade
à liquefação da quantidade de finos plásticos nas amostras de areia.
Seed, R.B. [Seed, R.B., et al., 2003] recomenda que o critério chinês modificado seja abandonado na prática da
engenharia, questionando a aplicabilidade de um critério baseado na dimensão de partículas, podendo classificar solos
suscetíveis à liquefação como não-suscetíveis.
As recomendações feitas por Seed, R.B. [Seed, R.B., et al., 2003] estão resumidas na figura 2.12, similar à carta de
Casagrande (limite de liquidez, LL , versus índice de plasticidade, IP ), onde indicam-se três regiões de comportamento:
(1) solos na zona A são considerados potencialmente suscetíveis à liquefação induzida basicamente por carregamentos
cíclicos; (2) solos na zona B podem ser suscetíveis à liquefação tanto por carregamento cíclico ou monotônico; (3) solos na
zona C não são suscetíveis a liquefação por carregamento cíclico, devendo sua suscetibilidade ainda ser verificada em relação
a carregamento monotônico.

2
NCEER: National Center for Earthquake Engineering Research.

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 15 -
IP

LL
Figura 2.12 - Recomendações de Seed, R.B. [Seed, R.B., et al., 2003] considerando a influência dos finos na suscetibilidade da
liquefação.

Quanto a solos grossos, foi observada liquefação em pedregulhos em campo ([Coulter, M.; Migliaccio, L., 1966],
[Chang, K.T., 1978], [Wong, W., 1984], [Youd, T.L., et al., 1985], [Yegian, M.K., et al., 1994]) e em laboratório ([Wong,
R.T., et al., 1975], [Evans, M.D.; Seed, H.B., 1987]). Quando a dissipação das poropressões for impedida pela presença de
camadas impermeáveis, podem ser criadas condições para uma solicitação não-drenada e, conseqüentemente, propiciar a
ocorrência de liquefação neste tipo de solo.
A suscetibilidade à liquefação é influenciada também pela distribuição granulométrica. Solos bem graduados são
geralmente menos suscetíveis porque o preenchimento dos vazios pelas partículas menores resulta numa menor variação
volumétrica, sob condição drenada, e, por conseguinte, em menores valores de poropressão, na condição não-drenada.
Evidências de campo indicam que a maioria dos casos de ruptura por liquefação acontecem em depósitos de solo com
granulometria uniforme.
A forma da partícula pode igualmente influenciar. Solos com partículas arredondadas tendem a tornarem-se fofos com
maior facilidade do que aqueles formados por grãos angulares, logo apresentando uma maior suscetibilidade à liquefação.
Depósitos com partículas arredondadas ocorrem geralmente em ambientes de deposição fluvial e aluvionar, onde areias
saturadas fofas são freqüentemente encontradas, formando áreas de alto potencial de liquefação.
2.5.3 Critérios de estado
Os critérios mencionados, geológicos e de composição de material, ainda não definem com certa precisão se a liquefação
pode ou não acontecer, sendo que o comportamento do solo depende tanto do estado de tensão inicial como da densidade
relativa. Varias condições de estado inicial são apresentadas na literatura para prever a ocorrência da liquefação [Kramer,
S.L., 1996]. A seguir são resumidas as principais:
a) Critério do índice de vazio crítico. Casagrande [Casagrande, A., 1936] executando ensaios triaxiais drenados
(deformação controlada) em amostras de areia fofa e densa verificou experimentalmente que sob uma mesma tensão efetiva
a densidade relativa do solo se aproximava de um valor constante à medida que as amostras eram cisalhadas sob grandes
deformações. O índice de vazios correspondente a este estado final de volume constante foi denominado índice de vazio
crítico, ec . Com a execução de ensaios adicionais sob diferentes tensões de confinamento efetivas,  3c , Casagrande
constatou também que o índice de vazio crítico podia ser unicamente relacionado com as tensões de confinamento através
da linha de índice de vazio crítico da figura 2.13. Ainda que equipamentos necessários para medição de poropressão não
estivessem disponíveis na época (1936), Casagrande sugere que a linha de índice de vazios crítico também poderia ser

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 16 -
interpretada como uma fronteira entre regiões de desenvolvimento de excessos de poropressão positiva (contração de volume,
solos fofos) e de poropressão negativa (expansão de volume, solos densos).
Admitindo-se então que a linha de índice de vazios crítico delimita uma fronteira entre comportamentos de contração e
expansão de volume, esta foi também considerada como um critério de suscetibilidade de liquefação (figura 2.13). Solos
saturados com índices de vazios altos o suficiente para serem localizados acima desta linha foram considerados suscetíveis
à liquefação, enquanto que os plotados abaixo dela foram classificados como não-suscetíveis. Todavia, quando a barragem
de Fort Peck (Montana, EUA) sofreu processo de ruptura por liquefação monotônica no talude de montante durante sua
construção, em 1938, uma pesquisa posterior mostrou que o estado inicial do solo estava localizado abaixo da linha de índice
de vazios crítico, devendo ser considerado não-suscetível à liquefação [Middlebrooks, T.A., 1942]. Casagrande atribuiu esta
discrepância à inabilidade dos ensaios triaxiais drenados sob deformação controlada em representar adequadamente todos os
aspectos que influenciam o comportamento do solo sob as condições reais não-drenadas que ocorrem na liquefação em
campo.

Região suscetível à
liquefação

Linha de índice de
vazio crítico

Região não suscetível


à liquefação

Figura 2.13 - Linha de índice de vazio crítico, [Kramer, S.L., 1996].

b) Critério do estado de deformação. Castro [Castro, G., 1969], sob orientação acadêmica de Casagrande, executou um
programa de ensaios triaxiais de tensão controlada, não-drenados, estáticos (monotônicos) e cíclicos, em amostras de areia
consolidadas isotrópica e anisotropicamente. Três diferentes tipos de curvas para amostras consolidadas anisotropicamente
e diferentes índices de vazios estão representados na figura 2.14 [Castro, G., 1969].

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 17 -
Figura 2.14 - Comportamento típico de areias em ensaios triaxiais não-drenados monotônicos. (a) Plano:  a : q , (b) Plano: p  : q ,
(c) Plano:  a : pw , [Kramer, S.L., 1996].

Solos fofos (amostra A) tipicamente exibiram um pico de resistência não-drenada para baixos níveis de deformação
axial,  a , colapsando rapidamente para escoar sob pequenos valores de tensão de confinamento e de tensão de desvio. Solos
densos (amostra B) apresentaram inicialmente contração de volume, seguido por expansão volumétrica mesmo sob tensões
de confinamento relativamente altas, atingindo consideráveis valores de resistência ao cisalhamento. Para as amostras com
densidade relativa intermediária (amostra C) o pico de resistência no início do ensaio foi seguido por uma região de
amolecimento intermediária que terminou a partir do momento em que a variação de volume foi novamente de expansão,
caracterizando o chamado ponto de transformação de fase [Ishihara, K., et al., 1975]. Com acréscimos de carregamento
subseqüentes o solo da amostra C continuou a apresentar dilatação de volume sob altas tensões de confinamento, bem como
altos valores de resistência ao cisalhamento. O tipo de comportamento da amostra C foi denominado de liquefação limitada.
O programa de ensaios de Castro mostra a existência de uma relação única entre índice de vazios e tensão de
confinamento sob grandes deformações que, graficamente, é desenhada paralelamente mais abaixo da linha de índice de
vazio crítico de Casagrande (1936), obtida com ensaios triaxiais drenados de deformação controlada. O estado no qual o solo
flui continuamente sob tensão cisalhante constante, volume constante e velocidade constante foi então definido como linha
de estado permanente ([Castro, G.; Poulos, S.J., 1977], [Poulos, S.J., 1981]).
Mais recentemente, comprovou-se que a SSL não é unicamente definida pela densidade relativa do solo, sendo diferente
para trajetórias de compressão e de extensão, particularmente se a estrutura do material for marcadamente anisotrópica

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 18 -
([Vaid, Y.P., et al., 1990], [Riemer, M.F.; Seed, R.B., 1992], e [Vaid, Y.P.; Thomas, J., 1995]), recomendando-se, portanto,
que o ambiente do depósito e a situação de carregamento sejam representados o mais próximo quanto possível na
investigação das condições de estado permanente em ensaios de laboratório.
De maneira geral, a SSL pode ser visualizada como uma curva no espaço tridimensional e :   :  (ou e : p  : q ) ou
projetada em planos:  :   ,  : e ou e :   , conforme figura 2.15 [Kramer, S.L., 1996]. Adicionalmente, como a resistência
não-drenada, S u , é proporcional à tensão de confinamento efetiva na condição permanente, uma SSL baseada na resistência
não-drenada do solo aparece paralela à SSL determinada com base na tensão de confinamento efetiva, quando ambas são
desenhadas em escala logarítmica, conforme figura 2.16 [Kramer, S.L., 1996].

Projeção no plano

S
SL
SSL

Projeção no plano

Projeção no plano

Figura 2.15 - Linha de estado permanente em representação tridimensional no espaço e :  :   e nos planos:  : e ,  : , e
e :   , [Kramer, S.L., 1996].

SSL SSL

(a) (b)

Figura 2.16 - Proporcionalidade entre a linha de estado permanente baseada em (a) resistência não-drenada e (b) tensão de
confinamento efetiva (escala logarítmica), [Kramer, S.L., 1996].

A SSL é útil para identificação das condições sob as quais um solo pode ser suscetível ao fluxo por liquefação (figura
2.17 - [Kramer, S.L., 1996]). Um solo cujo estado esteja localizado abaixo da SSL não é considerado suscetível à liquefação,
enquanto que para um solo representado acima de SSL a liquefação poderá ocorrer se as tensões cisalhantes necessárias para

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 19 -
equilíbrio estático da massa de solo forem maiores do que a resistência ao cisalhamento residual (estado permanente). Como
a SSL pode ser usada também para avaliar a resistência ao cisalhamento não-drenado do solo liquefeito, então também seria
possível empregá-la para uma estimativa dos potenciais efeitos do fenômeno da liquefação.

O solo é suscetível à liquefação


se as tensões estáticas foram
superiores a

SSL
O solo não é suscetível
à liquefação

ou

Figura 2.17 - Estimativa da suscetibilidade de liquefação pela linha de estado permanente, [Kramer, S.L., 1996].

c) Critério de parâmetro de estado – densidade relativa ou índice de vazios apenas tem aplicabilidade limitada quando
se pretende estimar a suscetibilidade de liquefação de solos, como bem ilustra a SSL. Um elemento de solo com um particular
índice de vazios (i.e. com determinada densidade relativa) pode ser suscetível à liquefação sob altas tensões de confinamento,
mas não suscetível caso estas sejam baixas.
Been e Jefferies [Been, K.; Jefferies, M.G., 1985] introduziram o conceito de parâmetro de estado, definido por,
  e0  e SS (Eq. 2.1)

onde e SS é o índice de vazios na condição de estado permanente sob a tensão de confinamento efetiva de interesse
(figura 2.18).

Estado
inicial

SSL
Estado
permanente

Figura 2.18 - Definição do parâmetro de estado  [Been, K.; Jefferies, M.G., 1985].

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 20 -
Quando  for positivo, o solo exibe comportamento contrativo e pode ser suscetível à liquefação, enquanto que para
valores negativos de  a variação volumétrica é negativa (dilatação) e o solo não é considerado suscetível ao fluxo por
liquefação. Vários pesquisadores ([Been, K., et al., 1986], [Been, K., et al., 1987], [Sladen, J.A., 1985], [Ishihara, K., 1993])
relacionarem o parâmetro de estado com o ângulo de atrito do solo, ângulo de dilatância e outros indicadores obtidos em
ensaios de campo (ensaios de penetração, CPT, ensaio de dilatômetro, DMT - DilatoMeter Test).
A possibilidade de determinar o valor do parâmetro de estado ψ pela execução de ensaios in-situ tem grande apelo
prático, mas a precisão de sua determinação depende daquela com que a posição da SSL é obtida.

Referencias
Alarcon-Guzman, A.; Leonards, G.A.; Chameau, J.L. Undrained monotonic and cyclic strength of sand, Journal of the
Geotechnical Engineering Division, ASCE, volume 114, n. 10, p. 1089-1108, 1988.
Alonso, E.E.; Gens, A.; Hight D.W. Special problems of soil: general report, Proc. 9th Euro. Conf. Int. Soc. Soil Mech.
Found. Eng., Dublin, 1987.
Alonso, E.E.; Gens, A.; Josa A. A constitutive model for partially saturated soils. Géotechnique, n. 40, volume 3, p. 405–
30, 1990.
Al-Tabbaa, A.; Wood, D.M. An experimentally based ‘bubble’ model for clay. Numerical Methods in Geomechanics
NUMOG III, Pietruszczak, S. and Pande, G.N., (Eds.), Elsevier Applied Science, Amsterdam, p. 91-99, 1989.
Andersen, A.; Bjerrum, L. Slides in Subaqueous slopes in loose sand and silty, Publication 81, Norwegian Geotechnical
Institute, Oslo, p. 1-9, 1968.
Andrews, D.C.A.; Martin, G.R. Criteria for Liquefaction of Silty Soils, Proceedings, 12th World Conference on Earthquake
Engineering, Auckland, New Zealand, 2000.
Astarita, G.; Marrucci, G. Principles of Non-Newtonian Fluid Mechanics, McGraw-Hill, Great Britain, 1974.
Aubry, D.; Hujeux, J.C.; Lassoudi, F.; Meimon, Y. A double Memory Model with Multiple Mechanisms for Cyclic Soil
Behaviour. Int. Symp. Num. Models in Geomechanics, Dungar, R.; Pande, G. N.; Studer, J. A. (Eds.), Balkema, Rotterdam,
1982.
Bahda, F.; Pastor, M.; Saiita, A. A double hardening model based on generalized plasticity and state parameters for cyclic
loading of sands. In K. Pietruszczak; Pande (Eds.), Numerical Models in Geomechanics, Balkema, Rotterdam, 1997.
Bardet, J.P. Hypoplastic model for sands, Journal of Engineering Mechanics Division, ASCE, volume 116, n. 9, p. 1973-
1994, 1990.
Bastian, P. Numerical Computation of Multiphase Flows in Porous Media, Habilitationsschrift, Christian-Albrechts-
Universität zu Kiel, 1999.
Bathe, K.J. Finite element procedures, Prentice-Hall International Editions, New Jersey, 1996.
Bazant, Z.P.; Krizet, R.J. Endochronic Constitutive Law for Liquefaction of Sand, Journal of Engineering Mechanics
Division, ASCE, volume 102, n. EM2, p. 225-238, 1976.
Bear, J. Dynamic of fluids in porous media, Dover publications Inc., New York, 1972.
Bear, J.; Bachmat, Y. Introduction to Modeling of Transport Phenomena in Porous Media, Kluwer Academic Publishers,
1991.
Bear, J.; Corapcioglu, M.Y.; Balakrishna, J. Modeling of centrifugal filtration in unsaturated deformable porous media, Adv.
Water Resour., volume 7, p. 150-167, 1984.
Beaty, M.H.; Byrne, P.M. An effective stress model for predicting liquefaction behavior of sand. Proc., Specialty Conf.,
Geotechnical Earthquake Engineering and Soil Dynamics III, Seatle, ASCE G.S.P No. 75, volume 1, 766-777, 1998.

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 21 -
Been, K.; Crooks, J.H.A.; Becker, D.E.; Jefferies, M.G. The Cone penetration test in sands, Part I: States parameter
interpretation, Géotechnique, volume 36, n. 2, p. 239-249, 1986.
Been, K.; Jefferies, M.G. A state parameter for sands, Géotechnique, volume 35, n. 2, p. 99-112, 1985.
Been, K.; Jefferies, M.G.; Crooks, J.H.A.; Rothenburg, L. The Cone penetration test in sands, Part II: General inference of
states, Géotechnique, volume 37, n. 3, p. 285-300, 1987.
Been, K.; Jefferies, M.G.; Hachey, J. The critical state of sands, Géotechnique, volume 41, n. 3, p. 365-381, 1991.
Biot, M.A. Theory of elasticity and consolidation for a porous anisotropic solid, Journal of Applied Physics, volume 26, p.
182-185, 1955.
Biot, M.A. Theory of propagation of elastic waves in a fluid saturated porous solid, Part I, Low-Frequency range, Journal of
the Acoustical Society of America, volume 28, n. 2, p. 168-178, 1956a.
Biot, M.A. Theory of propagation of elastic waves in a fluid saturated porous solid, Part II, Higher-Frequency range, Journal
of the Acoustical Society of America, volume 28, n. 2, p. 179-191, 1956b.
Bird, R.B.; Stewart, W.E.; Lightfoot, E.N. Transport Phenomena, Second Editions, Wiley, New York, 2002.
Bishop, A.W.; Blight G.E. Some aspects of effective stress in saturated and partially saturated soils, Geotechnique, volume
13, p.177–97, 1963.
Bjerrum, L. Subaqueous Slope Failures in Norwegian fjords, Publication 88, Norwegian Geotechnical Institute, Oslo, 1971.
Blázquez, R.; López-Querol, S. Generalized densification law for dry sand subjected to dynamic loading, Soil dynamics and
Earthquake Engineering, p.888-898, 2006.
Blázquez, R.; Krizek, R.; Bazant, Z. Site dactors controlling liquefaction. Journal of the Geotechnical Engineering Division,
p. 785-801, 1980.
Bolzon, G.; Schrefler, B.A.; Zienkiewicz, O.C. Elastoplastic soil constitutive laws generalized to partially saturated states,
Geotechnique, 46, p. 279-89, 1996.
Boukpeti, N.; Drescher, A. Triaxial behavior of refined Superior sand model, Computers Geotechnics, volume 26, p. 65-81,
2000.
Bray, J.D.; Augello A.J.; Leonards G.A.; Repetto P.C.; Byrne, R.J. Seismic stability procedures for solid-waste landfills,
International Journal of Rock Mechanics and Mining Sciences and Geomechanics Abstracts, volume 32, n. 8, 1995.
Bray, J.D.; Sancio, R.B.; Durgunoglu, H.T.; Onalp, A.; Seed, R.B.; Stewart, J.P.; Youd, T.L.; Baturay, M.L.; Cetin, K. O.;
Christensen, C.; Karadayilar, T.; Emrem, C. Ground Failure, In: Adapazari, Proceedings of Earthquake Geotechnical
Engineering Satellite Conference of the XVth International Conference on Soil Mechanics & Geotechnical Engineering,
Istanbul, Turkey, August 24-25, 2001.
Broms, B.; Bennermark, H. Free discussion, Proceeding, Geotechnical Conference, volume 2, Oslo, Norway, p. 118-120,
1967.
Byrne, P.M. Earthquake Induced Damage Mitigation from Soil Liquefaction. Project Web Site: <
http://www.civil.ubc.ca/liquefaction/ >. Acceso em: 2005.
Byrne, P.M.; Roy, D.; Campanella, R.G.; Hughes, J. Predicting liquefaction response of granular soils from pressuremeter
tests. In Static and Dynamic Properties of Gravelly Soils: Proceedings of the ASCE National Convention, San Diego, Calif.,
23–27 Oct. 1995. Edited by M.D. Evans and R.J. Fragaszy. American Society of Civil Engineers, Geotechnical Special
Publication, volume 56, pp. 122–135, 1995.
Byrne, P.M.; Seid-Karbasi, M. Seismic Stability of Impoundments, 17th Annual Symposium, VGS, 2003.
Cárdenas, J.L. Estudo de Modelos Constitutivos para Previsão da Liquefação em Solos sob Carregamento Monotônico.
Dissertação de mestrado, PUC-Rio, Departamento de Engenharia Civil, 2004.
Cárdenas, J.L.; Fontoura, A.B.; Romanel, C. Um modelo constitutivo hiperbólico para simulação da liquefação estática de
solos. In: XXV Iberian Latin-American Congress on Computational Methods in Engineering, Recife, 2004.

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 22 -
Carter, J.P.; Booker, J.R.; Wroth, C.P. A Critical State Soil Model for Cyclic Loading. Soil Mechanic - Transient and Cyclic
Load, Pande G. N.; Zienkiewicz, O. C. (Eds.), J. Wiley & Sons Ltd., p. 219-252, 1982.
Carter, D.P.; Seed, H.B. Liquefaction potential of sand deposits under low levels of excitation, Report UCB/EERC-88/11,
Earthquake Engineering Research Center, University of California, Berkeley, 309 p., 1988.
Casagrande, A. Characteristic of Cohesionless Soils Affecting the Stability of Slope and Earth Fill, Journal of the Boston
Society of Civil Engineering, January, p. 13-32, 1936.
Casagrande, A. Liquefaction and Cyclic deformation of Sands - A critical review, Proceeding: 5th Pan-American Conference
on Soil Mechanics and Foundation Engineering, Buenos Aires, Argentina, 1975.
Casagrande, A. On Liquefaction Phenomena, Geotechnique, volume XXI, n. 3, p. 197-202, 1971.
Castro, G. Liquefaction and cyclic mobility of saturated sand, Journal of the Geotechnical Engineering Division, ASCE,
volume 101, p. 501-569, 1975.
Castro, G. Liquefaction of sand, Harvard Soil Mechanic Series 87, Harvard University, Cambridge, Massachusetts, 1969.
Castro, G.; Poulos, S.J. Factors affecting Liquefaction and Cyclic Mobility, Journal of the Geotechnical Engineering
Division, ASCE, volume 103, p. 501-516, 1977.
Chan, A.H.C. A Unified Finite Element Solution to Static and Dynamic Geomechanics Problems. Ph. D. Thesis, University
College of Swansea, 1988.
Chan, A.H.C. User Manual for DIANA SWANDYNE-II, School of Civil Engineering, University of Birmingham,
December, 1995.
Chan, A.H.C.; Famiyesin O.O.; Wood D.M. A Fully Explicit u-w Scheme for Dynamic Soil and Pore Fluid Interaction,
APCOM Hong Kong, 11-13 Dec., 1, 881-887, 1991.
Chang, K.T. An Analysis of Damage of Slope Sliding by Earthquake on the Paiho Main Dam and its Earthquake
Strengthening. Tseng-Hua Design Section. Dept. of Earthquake Resistant design and Flood Control Command of Miyna
Reservoir, Peoples Republic of China, 1978.
Chen, Z.; Huan G.; Ma, Y. Computational Methods for Multiphase Flows in Porous Media, Sian, 2006.
Chopra, A.K. Earthquake Response of Earth Dams, Journal of the Soil Mechanics and Foundation Division, ASCE, volume
93, n. SM2, March 1967.
Clough, R.W.; Chopra, A.K. Earthquake Stress Analysis in Earth Dams, Journal of the Engineering Mechanical Division,
ASCE, volume 92, n. EM2, p. 197-212, April 1966.
Collins, I.F.; Kelly, P.A. A thermomechanical analysis of a family of soil models, Geotechnique, volume 52, n. 7, p. 507-
518, 2002.
Conlon, R. Landslides at Toulnustouc River, Quebec, Canadian Geotechnical Journal, volume 3, n. 3, p. 113-144, 1966.
Cook, R.; Malkus, D.; Plesha, M. Concepts and applications of finite element analysis, Third Edition, Wiley, New York,
1989.
Cornforth, D.H.; Worth, E.G.; Wright, W.L. Observation and analysis of a flow slide in sand fill, In British Geotechnical
Society, Field Instrumentation in Geotechnical Engineering, Wiley, New York, p. 136-151, 1975.
Coulter, M.; Migliaccio, L. Effects of the Earthquakes of March 27, 1964 at Valdez, Alaska. Professional paper 542-C, U.S.
Geological Survey, U.S. Department of the interior, Washington, D. C., 1966.
Cuéllar,V. Rearrangement measure theory applied to dynamic behavior of sand, Ph.D. dissertation, Civil Engineering
Department, Northwestern University, Evanston, Illinois, 1974.
Cuéllar, V.; Bazant, Z.P.; Krizek, R.J.; Silver, M.L. Densification and Hysteresis of Sand under Cyclic Shear, Journal of the
Geotechnical Engineering Division, ASCE, volume 103, n. GT5, p. 399-416, 1977.
Cundall, P.A.; Board, M. A MicroComputer Program for Modeling LargeStrain Plasticity Problems, Proceedings, 6th
International Conference on Numerical Methods in Geomechanics, Innsbruck Austria, p. 2101-2108, April, 1988.

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 23 -
Dafalias, Y.F.; Hermann, L.R. Bounding surface plasticity. II: Application to isotropic cohesive soils, Journal of Engineering
Mechanics, volume 112, n. 12, p. 1263-1291, 1986.
Dafalias, Y.F.; Popov, E.P. Model of nonlinearly hardening materials for complex loading. Acta Mechanica, volume 21, n.
3, p. 173-192, 1975.
Darcy, H. Les Fontaines Publiques de la Ville de Dijon, Dalmont, Paris, 1856.
Darve, F.; Dendani, H. An incrementally non-linear constitutive relation and its predictions. In Saada & Biachini (Eds.),
Proceeding of the International Workshop on Constitutive Equations for Granular Non-Cohesive Soils, p.237-254, Balkema,
Rotterdam, 1988.
Darve, F.; Dendani, H.; Chau, B. Different classes of constitutive equations and their characteristics. In Saada & Biachini
(Eds.), Proceedings of the International Workshop on Constitutive Equations for Granular Non-Cohesive Soils, p. 11-17,
Balkema, Rotterdam, 1988.
Di Prisco, C.; Nova, R.; Lanier, J. A Mixed Isotropic Kinematic Hardening Constitutive Law for Sand. Modern Approaches
to Plasticity, Kolymbras, D. (Ed.), Balkema, Rotterdam, p. 83-124, 1993.
Dibaj, M.; Penzien, J. Dynamic Response of Earth Dams to Traveling Seismic Waves, Report Nº. TE-67-3, Soil Mechanics
and Bituminous Materials Research Laboratory, University of California, Berkeley, California, Aug. 1967a.
Dibaj, M.; Penzien, J. Nonlinear seismic response of earth structures, Report No. EERC-69/2, Earthquake Engineering
Research Center, University of California, Berkeley, 1969.
Douglas, B.J.; Olsen, R.S. Soil classification using electric cone penetrometer, Cone Penetration Testing and Experience,
Proceedings: ASCE National Convention, American Society of Civil Engineers, p. 209-227, St. Louis, 1981.
Drnevich, V.P. Effect of strain on the dynamic properties of sand, Ph. D. Thesis, University of Michigan, Ann arbor,
Michigan, 1967.
Drucker, D. A more fundamental Approach to Plastic Stress-Strain Relations. 1st U.S. Congress of Applied Mechanics, New
York: ASME, p.487-491, 1952.
Drucker, D.; Prager, W. Soil mechanics and Plastic analysis or limit design, Quartterly Applied Mathematic, volume 10, p.
57–165, 1952.
Durham, G.N.; Townsend F.C. Effect of Relative Density on the Liquefaction Susceptibility of a fine sand under Controlled-
Stress Loading, Evaluation of relative density and its role in geotechnical projects involving Cohesionless soils, Proceeding:
75th annual Meeting American Society for Testing and Materials, Los Angeles, California, 25-30 June 1972, ASTM Special
Technical Publication 523, Selig E.T & Ladd R.S. (Eds.), Baltimore, 1973.
Eckersley, J.D. Flowslides in stockpiled coal, Engineering Geology, volume, 22, p. 13-22, 1985.
Evans, M.D.; Seed, H.B. Undrained Cyclic Triaxial testing of gravels: the effect of membrane compliance, Repot
UBS/EERC-87/08, Earthquake Engineering Research Center, University of California, Berkeley, 1987.
Fellenius, B. The landslide at Guntorp, Géotechnique, volume 5, n. 1, p. 120-125, 1953.
Finn, W.D.L. Evaluation of Liquefaction Potential, Soil Dynamics and Geotechnical Earthquake Engineering, Seco e Pinto
(Ed.), Balkema, p.127-157, 1993.
Finn, W.D.L.; Khanna, J. Dynamic Response of Earth Dams, Transactions, Ninth International Congress on Large Dams,
volume IV, Istanbul, 1967.
Finn, W.D.L.; Ledbetter, R.H.; Wu, G. Liquefaction in silty soils: design and analysis, ground failures under seismic
conditions, Geotechnical Special Publication, volume 44, ASCE, New York, p. 51-76, 1994.
Finn, W.D.L.; Lee M.K.W.; Martin G.R. An effective stress model for liquefaction, Journal of the Geotechnical Engineering
Division, ASCE, volume 103, n. GT6, p.517-33, 1977.
Finn, W.D.L.; Yogendrakumar, M. TARA3FL: Program for Analysis of Liquefaction Induced Flow Deformations,
Department of Civil Engineering, University of British Columbia, Canada, 1989.

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 24 -
Finn, W.D.L.; Yogendrakumar, M.; Yoshida, N.; Yoshida, H. TARA-3: A program to compute the response of 2-D
embankments and soil-structure interaction systems to seismic loadings, Department of Civil Engineering, University of
British Columbia, Canada, 1986.
Fox, R.W.; McDonald, A.T. Introdução à Mecânica dos Fluidos, LTC, Rio de Janeiro, 2001.
Frossard, E. Une equation d’ecoulement simple pour less materiaux granularies, Géotechnique, volume 33, n. 1, p. 21-29,
1983.
Fukutake, K.; Ohtsuki, A. Three-dimensional liquefaction analysis of partially improved ground. Proceedings of the First
International Conference on Earthquake Geotechnical Engineering. Japan, p. 863–68, 1995.
Gazetas, G.; Dakoulas P. Seismic Analysis and Design of Rockfill Dams: State of the Art", Soil Dynamics & Earthquake
Engineering, volume 11, n. 1, p. 27-61, 1992.
Ghaboussi, J.; Momen, H. Plasticity model for cyclic behavior of sands, Proceedings, 3rd International Conference on
Numerical Methods in Geomechanics, Aache, volume, 1, p. 423-434, 1979.
Ghaboussi, J.; Momen, H. Modeling and Analysis of Cyclic Behavior of Sands. Soil Mechanic - Transient and Cyclic Load.
Pande G. N.; Zienkiewicz, O. C. (Eds.), J. Wiley & Sons Ltd., p. 313-342, 1982.
Ghaboussi, J.; Wilson, E. Variational formulation of dynamics of fluid-saturated porous elastic solids, Journal Engineering
Mechanics Division, volume 98, p. 947-963, 1972.
Gudehus, G. A comprehensive constitutive equation for granular materials. Soils and Foundations, volume 36, n. 1, p. 1-12,
1996.
Gutierrez, M.; Verdugo, R. Analysis of flow and liquefaction of sand via a simple model, Earthquake Geotechnical
Engineering. In: Ishihara, K. (Ed.), Balkema, Rotterdam, p. 893-898, 1995.
Haigh, S. Class A prediction of centrifuge test 1, Mitigation of damage from soil liquefaction, Cambridge University, UK,
February 14, 2002.
Hanzawa, H.; Itoh, Y.; Suzuki, K. Shear characteristics of a quick sand in the Arabian Gulf. Soil and Foundation, volume
19, n. 4, p. 2071-2095, 1979.
Hardy, S. The implementation and application of dynamic finite element analysis to geotechnical problems, Ph. D. Thesis,
Imperial College, London. 2003.
Hashiguchi, K. Subloading surface model in unconventional plasticity, International Journal of Solids and Structures,
volume 25, n. 8, p. 917-945, 1989.
Hashiguchi, K.; Ueno, M. Elastoplastic constitutive laws of granular materials. Constitutive equations of Soils, Proceeding,
9 International Conference on Soil Mechanics and Foundation engineering. Special Session 9, JSSMFE, Muruyama, S.,
Schofield, A.N. (Eds.), Tokyo, p. 73-82, 1977.
Hazen, A. Hydraulic Fill Dams. ASCE Transactions, volume 83, p. 1713-1745, 1920.
Herle, I.; Gudehus, G. Determination of parameters of a hypoplastic constitutive model from properties of grain assemblies,
Mechanics of cohesive frictional materials, volume 4, n. 5, p.461-486, 1999.
Hinton, E.; Rock, T.; Zienkiewicz, O.C. A note on mass lumping and related processes in the finite element method,
Earthquake Engineering and Structures Dynamics, volume 4, p. 245–249, 1976.
Hirai, H. An Elastoplastic Constitutive Model for Cyclic Behaviour of Sands, International Journal for Numerical and
Analytical Methods in Geomechanics, volume 11, p. 503-520, 1987.
Hryciw, R.D.; Vitton, S.; Thomann, T.G. Liquefaction and flow failure during seismic exploration, Journal of the
Geotechnical Engineering Division, ASCE, volume 116, n.12, p. 1881-1889, 1990.
Huang, M.; Zienkiewicz, O.C. New unconditionally stable staggered solution procedures for coupled soil-pore fluid dynamic
problems. Int J Numer Meth Eng, volume 43, p. 1029–52, 1998.

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 25 -
Hudson, M., Idriss, I.M., Beikae, M. QUAD4M: A computer program to evaluate the seismic response of soil structures
using finite element procedures and incorporating a compliant base, Center for Geotechnical Modeling, University of
California, Davis, 1994.
Hughes, T.J.R. The Finite Element Method – Linear static and dynamic finite element analysis, Prentice-Hall International
Editions, 1987.
Hughes, T.J.R.; Belytschko, T. A Précis of Developments in Computational Methods for Transient Analysis, Journal of
Applied Mechanics, volume 50, p.1033-1041, 1983.
Hyodo, M.; Tanimizu, H.; Yasufuku, N.; Murata, H. Undrained cyclic and monotonic triaxial behaviour of saturated loose
sand, Soils and Foundations, volume 34, n. 1, p. 19-32, 1994.
Idriss, I.M. Finite Element Analysis for the Seismic Response of Earth Banks, Journal of the Soil Mechanics and Foundation
Division, ASCE, volume 94, n. SM3, p. 617-636, May 1968.
Idriss, I.M.; Lysmer, J.; Hwang, R.; Seed, H.B. QUAD-4: A Computer Program for Evaluating the Seismic Response of Soil
Structures by Variable Damping Finite Element Procedures, Report No. EERC-73/16, Earthquake Engineering Research
Center, University of California, Berkeley, CA, 1973.
Idriss, I.M.; Seed, H.B. Response of Horizontal Soil Layer during Earthquakes, Soil Mechanics and Bituminous Materials
Research Laboratory, Aug. 1967.
Idriss, I.M.; Seed, H.B. Seismic Response of Horizontal Soil Layers, Journal of the Soil Mechanics and Foundations
Division, ASCE, volume 94, n. SM4, p. 1003-1030, July 1968.
Idriss, I.M.; Sun, J.I. SHAKE91: A Computer Program for Conducting Equivalent Linear Seismic Response Analyses of
Horizontally Layered Soil Deposits, Center for Geotechnical Modeling, Department of Civil and Environmental Engineering,
University of California, Davis, November. 1992.
Ishihara, K. Liquefaction and flow failure during earthquakes, Géotechnique, volume 43, n. 3, p. 351-415, 1993.
Ishihara, K. Post-earthquake failure of a tailing dam due to liquefaction of de pound deposit. Proceedings, International
Conference on the case Histories in Geotechnical Engineering, University of Missouri, St. Louis, volume 1, p. 1129-1143,
1984.
Ishihara, K. Soil Behaviour in Earthquake Geotechnics, Clarendon Press, Oxford, 1995.
Ishihara, K. Stability of Natural Deposits during Earthquakes. Proceedings, 11th International Conference on Soil Mechanics
and Foundation Engineering, San Francisco, volume 1, p. 321-376, 1985.
Ishihara, K.; Okoda, S. Effects of large preshearing in cyclic behavior of sand. Soils and Foundations, volume 22, p.109-
125, 1982.
Ishihara, K.; Tatsuoka, F.; Yasuda, S. Undrained deformation and liquefaction of sand under cyclic stresses reversing
direction, Soils and Foundations, volume 15, n. 1, p. 29-44, 1975.
Ishihara, K.; Towhata, I. Dynamic response analysis of level ground based on the effective stress method. In: Pande GN,
Zienkiewicz O.C, editors. Soil mechanics-transient and cyclic loads. New York: Wiley, Chapter 7, 1982.
Itasca Consulting Group. Fast Lagrangian Analysis of Continua (FLAC) User’s Guide, Version 5, Itasca Consulting Group
Inc, Minneapolis, Minnesota, USA, 2005.
Iwan, W.D. On a class of models for the yielding behavior of continuous and composite systems. J. Applied Mechanics,
volume 34, p.612-617, 1967.
Jafari, A.; Popescu, R. Class A Prediction of the First Centrifuge Test, Memorial University of Newfoundland, March, 2004.
Jakobsen, B. The landslide at Surte on the Gota River, September 29, 1952. Proceeding, Royal Swedish Geotechnical
Institute, Stockholm, 1952.
Jefferies, M.G. Nor–sand: a simple critical state model for sand. Géotechnique, volume 43, n. 1, p. 91-103, 1993.
Jefferies, M.G.; Been, K. Soil liquefaction - A critical state approach, Taylor & Francis, 2006.
Jennings, P.C. The failure of a slimes dam at Bafokeng, Civil Engineering in South Africa, volume, 6, p. 135-140, 1979.

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 26 -
Jeremic, B.; Yang, Z.; Cheng, Z.; Jie, G.; Sett, K.; Taiebat, M.; Preisig, M. Computational Geomechanics: Inelastic Finite
Elements for Pressure Sensitive Materials, Lecture Notes, Department of Civil and Environmental Engineering, University
of California, Davis, 2006.
Kagawa, T.; Kraft, L.M. Modelling the liquefaction process, J Geotech Engng Div, ASCE, volume 107, n. GT12, p.1593-
607, 1981.
Katona, M.G. A general family of single-step methods for numerical time integration of structural dynamic equations,
NUMETA 85, volume 1, p.213-225, 1985.
Katona, M.G.; Zienkiewicz, O.C. A unified set of single step algorithms Part 3: The Beta-m method, a generalisation of the
Newmark scheme, Int. J. Num. Meth. Eng., 21, 1345-1359, 1985.
Kavazanjian, E.; Matasovic, N; Hadj-Hamou, T.; Sabatini, P.J. Geotechnical Earthquake Engineering for Highways: Volume
I – Design Principles, Report N. FHWA-SA-97-077, U.S. Department of Transportation, Federal Highway Administration,
Washington DC, 163 p., 1997.
Kawai, T. Summary Report on the Development of the Computer Program: DIANA-Dynamic Interaction Approach and
Non-Linear Analysis, Science University of Tokyo, 1985.
Kawasumi, H. (Editor-in-Chief). General Report on the Niigata Earthquake of 1964, Tokyo Electrical Engineering College
Press, Tokyo, Japan, 1968.
Keefer, D. Landslides caused by earthquakes. Geological Society of America Bulletin, volume 95, n. 2, p. 406-421, 1984.
Khoei, A.R.; Azami, A.R.; Haeri, S.M. Implementation of plasticity based models in dynamic analysis of earth and rockfill
dams: A comparison of Pastor–Zienkiewicz and cap models, Computers and Geotechnics, volume 31, n. 5, p. 384-409, 2004.
Kiku, H.; Tsujino S. Post liquefaction characteristics of sand. Proceedings of the 11th World Conference on Earthquake
Engineering, Paper No. 1088, 1996.
Kleiner, D.E. Design and construction of an embankment dam to impound gypsum wasted. Proceeding, 12th International
Congress on Large Dams, International Commission on Large Dams, Mexico City, p. 235-249, 1976.
Koppejan, A.W.; Wamelan, B.M.; Weinberg, L.J. Coastal flowslides in the Dutch Province of Zeeland, Proceeding, 2nd
International Conference on Soil Mechanic and Foundation Engineering, volume 5, p. 89-96,1948.
Kramer, S.L. Geotechnical Earthquake Engineering, Prentice Hall, 1996.
Kramer, S.L.; Seed, H.B. Initiation of soil liquefaction under static loading condition, Journal of the Geotechnical
Engineering Division, ASCE, volume 114, n.4, p. 412-430, 1988.
Krieg, R. D. Practical 2 surface plasticity theory, Journal of Applied Mechanics-Transactions of the ASME, volume 42, n.
3, p. 641-646, 1975.
Lade, P.V.; Yamamuro, J.A. Effects of non-plastic fines on static liquefaction of sands, Canadian Geotechnical Journal,
volume 34, p. 918-928, 1997.
Lade, P.V.; Yamamuro J.A. Physics and Mechanics of Soil Liquefaction, Balkema, Rotterdam, 1999.
Lee, M.K.W.; Finn, W.D.L. DESRA-2: Dynamic effective stress response analysis of soil deposits with energy transmitting
boundary including assessment of liquefaction potential. Soil Mechanics Series No. 36, Department of Civil Engineering,
University of British Columbia, Vancouver, Canada, 1978.
Leung, K.H. Earthquake response of saturated soils and liquefaction, PhD. Dissertation, University Collage of Swansea,
Wales, 1984.
Lewis, R.W.; Schrefler, B.A. The Finite element method in the deformation and consolidation of Porous Media, Wiley,
Chichester, 1987.
Lewis, R.W.; Schrefler, B.A. The Finite Element Method in the Static and Dynamic Deformation and Consolidation of
Porous Media. Wiley, Chichester, 1998.
Li, X.; Zienkiewicz, O.C. Multiphase flow in deforming porous media and finite element solution, Computers & Structures,
volume 45, n. 2, p. 211-27, 1992.

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 27 -
Liakopoulos, A.C. Transient flow through unsaturated porous media, D. Eng. Dissertation, University of California,
Berkeley, USA, 1965.
Liao, S.S.C.; Whitman, R.V. Overburden Correction Factor for SPT in Sand, Journal of Geotechnical Engineering, volume
112, n. 3, p. 373-377, 1986.
Ling, H.I.; Liu, H. Pressure-level dependency and densification behavior of sand through generalized plasticity model. J.
Eng. Mech., volume 129, n. 8, p. 851-860, 2003.
Liyanapathirana, D.S.; Poulos, H.G. A numerical model for dynamic soil liquefaction analysis, Soil Dynamics and
Earthquake Engineering, volume 22, p.1007-1015, 2002.
Lloret, A.; Alonso, E.E. Consolidation of unsaturated soils including swelling and collapse behaviour, Géotechnique, volume
30, p. 449-447, 1980.
López-Querol, S.; Blázquez, R. Liquefaction and cyclic mobility model for saturated granular media. International Journal
for Numerical and Analytical Methods in Geomechanics, volume 30, n. 5, p. 413-439, 2006.
Lysmer, J.; Udaka, T.; Tsai, C.F.; Seed, H.B. FLUSH: A computer program for approximate 3-D analysis of soil-structure
interaction problems. Report No. EERC-75/30, Earthquake Engineering Research Center, University of California, Berkeley,
CA, 1975.
Makdisi, F.I.; Seed, H.B. Simplified procedure for estimating dam and embankment earthquake-induced deformations,
Journal of the Geotechnical Engineering Division, ASCE, volume 104, n. GT7, p. 849-867, 1978.
Malvern, L.E. Introduction to the Mechanics of a Continuous Medium, Prentice Hall Inc., Englewood Cliffs, 1969.
Marcuson III, W.F.; Hynes-Griffin, M.E.; Franklin, A.G. Seismic Design and Analysis of Embankment Dams: The State of
Practice, The Donald M. Burmister Lecture, Department of Civil Engineering and Engineering Mechanics Columbia
University, October, 2007.
Martin, G.R.; Finn, W.D.L.; Seed, H.B. Fundamentals of liquefactions under cyclic loading. Journal of the Geotechnical
Engineering Division, ASCE, volume 101, n. GT5, p. 423-438, 1975.
Martin, G.R.; Lew, M., (Eds.). Recommended Procedures for Implementation of DMG Special Publication 117: Guidelines
for Analyzing and Mitigating Liquefaction Hazards in California, Southern California Earthquake Center, Univ. of Southern
California, March 1999.
Masing, G. Eigenspannungen und verfertigung beim messing. Proceeding, 2nd International Congress on applied mechanics,
Zurich, 1926.
Middlebrooks, T.A. Fort Peck Slide, ASCE Transactions, volume 107, p. 723-742, 1942.
Mitchell, D.E. Liquefaction slides in hydraulically placed sands. Proceeding, 4th International Symposium on Landslides,
Toronto, 1984.
Mononobe, N. Design of Aseismic Gravity Wall, Report of Kwanto Earthquake Damages of 1923, Japan Society of Civil
Engineering, volume 3, 1925.
Mroz, Z. On the description of anisotropic work hardening, J. Mechanics and Physics of Solids, volume 15, p. 163-175,
1967.
Mroz, Z.; Norris, V.A.; Zienkiewicz, O.C. An anisotropic hardening model for Soils and its application to Cyclic Loading,
Int, J. Num, Geomech., volume 2, p.203-221, 1978.
Mroz, Z.; Norris, V.A.; Zienkiewicz, O.C. An anisotropic, critical state model for soils subject to cyclic loading,
Géotechnique, volume 31, n. 4, p. 451-469, 1981.
Mroz, Z.; Zienkiewicz, O.C. An anisotropic critical state model for soils subject to cyclic loading, Geotechnique, volume 31,
p.451-469, 1981.
Muraleetharan, K.K; Mish, K.D.; Arulanandan, K. A fully-coupled nonlinear dynamic analysis procedure and its verification
using centrifuge test results. Int J Numer Anal Meth Geomech., volume 18, p. 305–24, 1994.

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 28 -
Naesgaard, E.; Byrne, P.M. Class A Prediction of Centrifuge Test 1, Liquefaction Mitigation Project, University of British
Columbia, April 13, 2004.
Narasimhan, T.N.; Witherspoon, P.A. Numerical model for saturated-unsaturated flow in deformable porous media 3.
Applications, Water Resources Res., 14, p. 1017-1034, 1978.
Neuman, S.P. Galerkin approach to saturated-unsaturated flow in porous media in Finite Elements in fluids, Wiley, London,
1975.
Newmark, N.M. A method of computation for structural dynamics, Proc. ASCE, volume 8, p.67-94, 1959.
Newmark, N.M. Effects of earthquakes on dams and embankments, Geotechnique, volume 115, n. 2, p. 139-160, 1965.
Niemunis, A. Extended Hypoplastic Models for Soils. Technical Report 34, Politechnika Gdanska, 2003.
Nova, R. A constitutive Model for Soil under Monotonic and Cyclic Loading. Soil Mechanic - Transient and Cyclic Load.
Pande G. N.; Zienkiewicz, O. C. (Eds.), J. Wiley & Sons Ltd., p. 343-373, 1982.
Nova, R. On the Hardening of soil. Arch. Mech., volume 29(3), p. 445-458, 1977.
Nova, R.; Hueckel, T. An engineering theory of soil behaviour in unloading and reloading, Meccanica, volume 16, n. 1981.
Nova, R.; Wood, D.M. A constitutive model for sand in triaxial compression, International Journal for Numerical and
Analytical Methods in Geomechanics, volume 3, p. 255-278, 1979.
Olson, S.M.; Stark, T.D.; Walton, W.H.; Castro, G. 1907 static liquefaction flow failure of the north dike of Wachusett Dam,
Journal of the Geotechnical and Geoenvironmental Engineering, volume 126, n. 12, p.1184-1193, December 2000.
Pande, G.; Zienkiewicz, O.C. (Eds.). Soil Mechanics – Transient and Cyclic Loads, Chichester and New York. Wiley, 1982.
Parmelee, R.A.; Penzien, J.; Scheffey, C.F.; Seed, H.B.; Thiers, G.R. Seismic Effects on Structures Supported on Piles
Extending Through Deep Sensitive Clays. Report Nº. 64-2, Institute of Engineering Research, University of California,
Berkeley, 1964.
Parra-Colmenares, E.J. Numerical Modeling of liquefaction and Lateral Ground Deformation Including Cyclic Mobility and
Dilation Response in Soil Systems. PhD Thesis, Rensselaer Polytechnic Institute, Troy, New York, 1996.
Pastor, M.; Chan, A.H.C.; Zienkiewicz, O.C. Constitutive Model and Numerical Modelling of Liquefaction, In: Modeling in
Geomechanic, Zaman, M., Gioda, G. & Booker, J. (Eds.), Wiley, p. 91-128, 2000.
Pastor, M.; Zienkiewicz, O.C. A generalized plasticity hierarchical model for sand under monotonic and cyclic loading,
Proceeding: 2nd Int. Conf. Numerical Models in Geomechanics, Ghent (Belgium), 31 March - 4 April, In: Pande, G.N. &
Van Impe, W. F. (Eds.), Jackson and Son, p. 131-150, 1986.
Pastor, M.; Zienkiewicz, O.C.; Chan, A.H.C. Generalized Plasticity Model for Three Dimensional Sand Behaviour.
Technical Report 596, Institute for Numerical Methods in Engineering, Department of Civil Engineering, University College
of Swansea, 1987.
Pastor, M.; Zienkiewicz, O.C.; Chan, A.H.C. Generalized Plasticity and the Modeling of Soil Behavior. International Journal
for Numerical and Analytical Methods in Geomechanics, volume 14, n. 3, p. 151-190, 1990.
Pastor, M.; Zienkiewicz, O.C.; Leung, K.H. Simple-model for transient soil loading in earthquake analysis. II: Non-
associative models for sands. International Journal for Numerical and Analytical Methods in Geomechanics, volume 9, n. 5,
p. 477-498, 1985.
Pastor, M.; Zienkiewicz, O.C.; Li, T.; Xiaoquing, L.; Fernández-Merodo, J.A.; Mira, P. Modelización del Comportamiento
Sísmico de Geoestructuras, Física de la tierra, Servicio de Publicaciones de la Universidad Complutense de Madrid, n. 11,
p. 175-201, 1999.
Pastor, M.; Zienkiewicz, O.C.; Xu, G.D.; Peraire, J. Modeling of sand behavior: Cyclic loading, anisotropy and localization,
Modern approaches to plasticity, D. Kolymbas, ed., Elsevier, New York, p. 469–492, 1993.
Penzien, J.; Scheffey, C.F.; Parmelee, R.A. Seismic Analysis of Bridges on Long Piles. Journal of the Engineering Mechanics
Division, ASCE, volume 90, n. EM3, p. 223-254, June 1964.

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 29 -
Poulos, S.J. The Steady State of Deformation, Journal of the Geotechnical Engineering Division, ASCE, volume 107, n.
GT5, p. 553-562, May 1981.
Pradhan, T.B.S. The behavior of sand subjected to monotonic and cyclic loadings, Ph. D. Thesis, Kyoto University, Japan,
1989.
Prakash, S. Soil Dynamics, McGraw-Hill Book Co., New York, 1981.
Prevost, J.H. A simple plasticity theory for frictional cohesionless soils, Soil Dynamics and Earthquake Engineering, volume
4, p.9–17, 1985.
Prevost, J.H. DYNAFLOW: A Nonlinear Transient Finite Element Analysis Program, Princeton University, Department of
Civil Engineering, Princeton, New Jersey, 1981.
Prévost, J.H. Mathematical Modeling of Monotonic and Cyclic Undrained Clay behavior, International Journal of Numerical
Analysis Methods in Geomechanics, volume 1, n. 2, p. 195-216, 1977.
Prévost, J.H. Mechanics of Continuous Porous Media, International Journal of Engineering Science, volume 18, n. 5, 1980,
p. 787-800, 1980.
Prévost, J.H. Nonlinear Dynamic Response Analysis of Soil and Soil-structure Interacting Systems, Soil Dynamics and
Geotechnical Earthquake Engineering, In: Sêco e Pinto (Ed.), Balkema, Rotterdam, p. 49-126, 1993.
Prevost, J.H. Wave propagation in fluid-saturated porous media - An efficient finite element procedure, Soil Dynamics and
Earthquake Engineering, volume 4, n. 4, p. 183-202, 1985.
Prevost, J.H.; Hoeg, K. Effective stress-strain-strength model for soils, Journal of Geotechnical Engineering, volume 101(3),
p. 257-288, 1975.
Puebla, H. A constitutive model for sand analysis of the CANLEX embankment, PhD Thesis, University of British Columbia,
Vancouver, Canada; 1999.
Puri, V.K.; Das, B.; Prakash, S. Liquefaction of Silty Soils, International Journal of Offshore and Polar Engineering, volume
6, n. 4, 1996.
Rauch, A.F. EPOLLS: An Empirical Method for Predicting Surface Displacements Due to Liquefaction-Induced Lateral
Spreading in Earthquakes, Ph. D. Thesis, Virginia Polytechnic Institute, May 1997.
Riemer, M.F.; Seed, R.B. Observed effects of testing conditions on the residual strengths of loose, saturated sands at large
strains, Proceedings, 4th Japan-U.S. Workshop on Earthquake Resistant Design of Lifeline Facilities and countermeasures
for soil liquefaction, In M. Hamada and T.D. O’Rourke (Eds.), Technical Report NCEER-92-0019, National Center for
Earthquake Engineering Research, Buffalo, New York, volume 1, p. 223-238, 1992.
Robertson, P.K. Soil classification using the cone penetration test, Canadian Geotechnical Journal, volume 27, p. 151-158,
1990.
Robertson, P.K.; Wride, C.E. Evaluating cyclic liquefaction Potential using the cone penetration test, Canadian Geotechnical
Journal, volume 35, n. 3, p. 442–459, 1998.
Romano, M. A continuum theory for granular media with a critical state, Acta Mechanica, n. 20, p. 1011-1028, 1974.
Roscoe, K.H.; Burland, J.B. On Generalized Stress-Strain Behavior of Wet Clay, In Engineering Plasticity, Heyman, J. &
Leckie, F.A. (Eds.), Cambridge University Press, p. 535-609, 1968.
Roscoe, K.H.; Schofield, A.N.; Wroth C.P. On the Yielding of Soils, Géotechnique, volume 8 (1), p. 22-53, 1958.
Ross, G.; Seed, H.B.; Migliaccio, R. Bridge foundations in Alaska Earthquake. Journal of Soil Mechanics and Foundations
Division, ASME, volume 95, SM4, p. 1007-1036, 1969.
Safai, N.M.; Pinder, G.F. Vertical and horizontal land deformation in a desaturating porous medium, Adv. Water Resources,
volume 2, p.19-25, 1979.
Sancio, R.B.; Bray, J.D.; Riemer, M.F.; Durgunoglu, H.T. An Assessment of the Liquefaction Susceptibility of Adapazari
Silt. Paper 172, Proceedings, Pacific Conference on Earthquake Engineering, , New Zealand, 2003.

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 30 -
Sancio, R.B.; Bray, J.D.; Stewart, J.P.; Youd, T.L.; Durgunoglu, H.T.; Onalp, A.; Seed, R.B.; Christensen, C.; Baturay, M.B.;
Karadayilar, T. Correlation between ground failure and soil condition in Adapazari, Turkey. Soil Dynamics and Earthquake
Engineering, volume 22, p. 1093-1102, 2002.
Sandhu, R.S.; Pister, K.S. A Variational Principle for Linear, Coupled Field Problems in Continuum Mechanics, International
Journal of Science, volume 8, p.989-999, 1970.
Sassa, S.; Sekiguchi, H. Analysis of waved-induced liquefaction of sand beds, Geotechnique, 51~2!, p. 115–126, 2001.
Schnabel, P.B.; Lysmer, J.; Seed, H.B. SHAKE: A computer program for earthquake response analysis of horizontally-
layered sites, Report No. EERC-72/12. Earthquake Engineering Research Center, University of California, Berkeley, CA,
1972.
Schofield, A.N.; Wroth, C.P. Critical State soil Mechanics, McGraw-Hill, London, 1968.
Schrefler, B.A. Multifield problems, Encyclopedia of computational Mechanics, In: Stein, E., de Borst, R. & Hughes, T.J.R.
(Eds.), Volume 2: Solids and Structures, Wiley, Chichester, p. 575-693, 2004.
Schrefler, B.A.; Zhan, X. A fully coupled model for waterflow and airflow in deformable porous media, Water Resources
Res., volume 29, n. 1, p. 155-167, 1993.
Seed, H.B. Considerations in the earthquake-resistant design of earth and rockfill dams, Geotechnique, volume 29(3), p. 215-
263, 1979.
Seed, H.B. Evaluation of Soil liquefaction Effects on Level Ground during Earthquakes, Liquefaction Problems in
Geotechnical Engineering, ASCE National Convention, Philadelphia, p. 1-104, 1976.
Seed, R.B.; Cetin, K.O.; Moss, R.E.S.; Kammerer, A.M.; Wu, J.; Pestana, J.M.; Riemer, M.F.; Sancio, R.B.; Bray, J.D.;
Kayen, R.E.; Faris, A. Recent Advances in Soil Liquefaction Engineering: a unified and consistent Framework, Report No.
EERC-2003/06, Earthquake Engineering Research Center, University of California, Berkeley, December 2003.
Seed, H.B.; Idriss, I.M. Soil Moduli and Damping Factors for Dynamic Response Analysis, Report No. EERC-70/10,
Earthquake Engineering Research Center, University of California, Berkeley, December 1970.
Seed, H.B.; Idriss, I.M. Simplified Procedure for Evaluating Soil Liquefaction Potential, Journal of the Soil Mechanics and
Foundations Division, ASCE, volume 97, n. SM9, pp. 1249-1273, 1971.
Seed, H.B.; Idriss, I.M. Ground motion and soil liquefaction during earthquakes, Monograph, Earthquake Engineering
Research Institute, Oakland, California, 1982.
Seed, H.B.; Lee, K.L. Liquefaction of saturated sands during cyclic loading, Journal of the Soil Mech. and Foundations
Division, ASCE, volume 92, n. SM6, p. 105-134, 1966.
Seed, H.B.; Lee, K.L.; Idriss, I.M.; Makdisi, F.U. Analyses of slides in the San Fernando during the earthquake of February
9, 1971, Report No. EERC-73/2, Earthquake Engineering Research Center, University of California, Berkeley, CA, 1973.
Seed, H.B.; Lee, K.L.; Idriss, I.M.; Makdisi, F.U. The slides in the San Fernando dams during the earthquake of February 9,
1971, Journal of the Geotechnical Engineering Division, ASCE, volume 101, n. GT7, p. 651-689, 1975a.
Seed, H.B.; Lee, K.L.; Idriss, I.M.; Makdisi, F.U. Dynamic analyses of the slide in the lower San Fernando dams during the
earthquake of February 9, 1971, Journal of the Geotechnical Engineering Division, ASCE, volume 101, n. GT9, p. 889-911,
1975b.
Seed, H.B; Martin, P.P.; Lysmer, J. Pore-water pressure changes during soil liquefaction, Journal of the Geotechnical
Engineering Division, ASCE;, volume 102, n. GT4, p.323-346, 1976.
Sheriff, M.A.; Ishibashi, I.; Tsuchiya, C. Pore pressure prediction during earthquake loadings, Soils Foundations, JSSMFE,
18(4), p.19-30, 1978.
Siddharthan, R.; Finn, W.D.L. TARA-2: Two dimensional nonlinear static and dynamic response analysis, Soil Dynamic
Group, University of British Columbia, Vancouver, Canada, 1982.
Singh, S. Liquefaction Characteristics of Silts, Session on Ground Failures under Seismic Conditions, Proceeding: ASCE
National Convention, Special Publication No. 44, p. 105-116, 1994.

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 31 -
Sladen, J.A. Problems with interpretation of sand states from cone penetration test. Géotechnique, volume 39, n. 2, p. 323-
332, 1985.
Sladen, J.A.; D`Hollander, R.D.; Krahn, J. The liquefaction of sands, A Collapse surface approach, Canadian Geotechnical
Journal, volume 22, n. 1, p. 11-27, 1985.
Slattery, J.C. Advanced Transport Phenomena, Cambridge University Press, Cambridge, 1999.
Streeter, V.L. Mecânica dos Fluidos, McGraw Hill do Brasil, 1974.
Terzaghi, K. The shearing resistance of saturated soils, Proc. 1st Int. Conf Soil Mech. and Found. Eng., Harvard, volume 1,
p.54-56, 1936.
Troncoso, J.H. Failure Risks of Abandoned Tailings Dams. Proc. Int. Sym. On Safety and Rehabilitation of Tailings Dams,
International Commission on Large Dams, Paris, p. 82-89, 1990.
Troncoso, J.H.; Verdugo, R. Silt Content and Dynamic behavior of Tailing Sands, 11th International Conference on Soil
Mechanics and Foundation Engineering, volume 3, San Francisco, 1985.
Vaid, Y.P.; Chern, J.C. Cyclic and monotonic undrained response of saturated sands, Advances in the Art of Testing Soils
under Cyclic Conditions, ASCE, p. 120-147, 1985.
Vaid, Y.P.; Chern, J.C. Effect of static shear on resistance of liquefaction, Soils and Foundations, volume 23, n.1, p. 47-60,
1983.
Vaid, Y.P.; Chung, E.K.F.; Kuerbis, R.H. Stress Path and Steady, Canadian Geotechnical Journal, volume 27, n. 1, p. 1-7,
1990.
Vaid, Y.P.; Thomas, J. Liquefaction and post liquefaction behavior of sand, Journal of the Geotechnical Engineering
Division, ASCE, 121, n. 2, p. 163-173, 1995.
Valanis, K.C. A theory of viscoplasticity without a yield surface, Archivum Mechaniki Stosowanej, volume 23, n. 4, p. 517-
33, 1971.
Van Genuchten, M.T.; Pinder, G.F.; Saukin W.P. Modeling of leachate and soil interactions in an aquifer – EPA-600/9-77-
026, Proc. 3rd Annual Municipal Solid Waste Res. Symp., 95-103, 1977.
Wang, W. Some Finding in Soil Liquefaction, Water Conservancy and Hydroelectric Power Scientific Research Institute,
Beijing, China, 1979.
Wang, Z.L.; Dafalias, Y.F.; Shen, E.K. Bounding surface hypoplasticity model for sand, Journal of the Engineering
Mechanical Division, ASCE, volume, n. 5, p.983–1001, 1990.
Wong, R.T.; Seed, H.B.; Chan, C.K. Liquefaction of gravely soil under cyclic loading condition, Journal of the Geotechnical
Engineering Division, ASCE, volume 101, n. GT6, p. 571-583, 1975.
Wong, W. Earthquake damage to earth dams and levees in relation to soil liquefaction and weakness in soft clays,
Proceedings, International Conference on Case Histories in Geotechnical Engineering, volume 1, p. 511-521,1984.
Wood, D.M. Soil Behavior and Critical State Soil Mechanics. Cambridge University Press, 1990.
Xie, Y.M. Finite element solution and adaptative analysis for static and dynamics problems of saturated - unsaturated porous
media. Ph. D. Thesis, University College of Swansea, 1990.
Yamamuro, J.A.; Covert K.M. Monotonic and cyclic liquefaction of very loose sands with high silt content, Journal of
Geotechnical and Geoenvironmental Engineering, volume 127, n. 4, p. 314-324, 2001.
Yamamuro, J.A.; Lade, P.V. Static Liquefaction of Very Loose Sands, Canadian Geotechnical Journal, volume 34, p. 905-
917, 1997.
Yang, C.; Cui, Y.J.; Pereira, J.M.; Huang, M.S. A constitutive model for unsaturated cemented soils under cyclic loading.
Comput. Geotech., 2008.
Yegian, M.K.; Gharaman, V.G.; Harutiunyan, R.N. Liquefaction an Embankment Failure Case Histories, 1988 Armenai
Earthquake, Journal of the Geotechnical Engineering Division, ASCE, volume 120, n.3, p. 581-596, 1994.

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 32 -
Youd, T.L.; Harp, E.L.; Keefer, D.K.; Wilson, R.C. The Borah Peak, Idaho earthquake of October 28, 1983 – Liquefaction,
Earthquake Spectra, volume 2, n. 11, p. 1374-1392, 1985.
Youd, T.L.; Idriss, I.M.; Andrus, R.D.; Arango, I.; Castro, G.; Christian, J.T.; Dobry, R.; Finn, W.D.L.; Harder, L.F. Jr.;
Hynes, M.E.; Ishihara, K.; Koester, J. P.; Liao, S.S.C.; Marcuson III, W.F.; Martin, G.R.; Mitchell, J.K.; Moriwaki, Y.;
Power, M.S.; Robertson, P.K.; Seed, R.B.; Stokoe, K.H.II. Summary Report, Proceedings, NCEER Workshop on Evaluation
of Liquefaction Resistance of Soils, National Center for Earthquake Engineering Research Technical, Report NCEER-97-
0022, p. 1-40, 1997.
Youd, T.L.; Idriss, I.M.; Andrus, R.D.; Arango, I.; Castro, G.; Christian, J.T.; Dobry, R.; Finn, W.D.L.; Harder, L.F. Jr.;
Hynes, M.E.; Ishihara, K.; Koester, J. P.; Liao, S.S.C.; Marcuson III, W.F.; Martin, G.R.; Mitchell, J.K.; Moriwaki, Y.;
Power, M.S.; Robertson, P.K.; Seed, R.B.; Stokoe, K.H.II. Liquefaction Resistance of Soils: Summary Report from the 1996
NCEER and 1998 NCEER/NSF Workshops on Evaluation of Liquefaction Resistance of Soils. Journal of Geotechnical and
Geoenvironmental Engineering, volume 124, n. 10, 2001.
Zhang, H.W.; Santagiuliana, R.; Schrefler, B.A. Implicit integration algorithm for numerical Solution of partially saturated
soils with an Enhanced generalized plasticity constitutive model. VIII International Conference on Computational Plasticity,
COMPLAS VIII, E. Oñate, E. & Owen, D. R. J. (Eds.), CIMNE, Barcelona, 2005.
Zienkiewicz, O.C.; Chan, A.H.C.; Pastor, M.; Paul, D.K.; Shiomi, T. Static and dynamic behaviour of soils: a rational
approach to quantitative solutions: Part I - fully saturated problems, Proceeding: Royal Society, Series A, 429, p. 285-309,
1990.
Zienkiewicz, O.C.; Chan, A.H.C.; Pastor, M.; Schrefler, B.A.; Shiomi, T. Computational Geomechanics: with Special
Reference to Earthquake Engineering. Wiley, New York, 1999.
Zienkiewicz, O.C.; Chang, C.T.; Bettes, P. Drained, Undrained, Consolidation dynamic behavior assumptions in soils,
Geotechnique, volume 30, p. 385-395, 1980.
Zienkiewicz, O.C.; Leung, K.H.; Chang, C.T. Liquefaction and Permanent Deformation under Dynamic Conditions -
Numerical Solution and Constitutive Relations, Soil Mechanic – Transient and Cyclic Load. Pande, G.N. & Zienkiewicz,
O.C. (Eds.), J. Wiley & Sons Ltd., 1982.
Zienkiewicz, O.C.; Leung, K.H.; Pastor, M. Simple model for transient soil loading in earthquake analysis. Part I. Basic
model and its application, International Journal for Numerical and Analytical Methods in Geomechanics, volume 9, p. 453-
476, 1985.
Zienkiewicz, O.C.; Morgan, K. Finite Elements and Approximations, Wiley & Sons, 1983.
Zienkiewicz, O.C.; Mroz, Z. Generalised Plasticity Formulation and Applications to Geomechanics, Mechanics of
Engineering Materials, In: Desai, C.S. & Gallagher, R.H. (Eds.), J. Wiley & Sons, Chichester, p. 655-679, 1984.
Zienkiewicz, O.C.; Naylor, D.J. The adaptation of critical state soil mechanic for uses in element finite, Proceeding of the
Roscoe Memorial Symposium, Cambridge University - Stress Strain Behaviour of Soils, Parry, R. H. (Ed.), G. T. Foulis &
Co. Ltd, p. 537-547, 1971.
Zienkiewicz, O.C.; Nithiarasu, P.; Taylor, R.L. Finite Element Method for Fluid Dynamics, Butterworth-Heinemann, 2006.
Zienkiewicz, O.C.; Pande, G.N. Some useful forms of isotropic yield surfaces for soil and rock mechanics, in Finite Elements
in Geomechanics, G. Gudehus (Ed.), Wiley, Chapter 5, p. 179-190, 1977.
Zienkiewicz, O.C.; Pastor, M. A General Model for Sand Soil Behaviour. Technical Report 569, Institute for Numerical
Methods in Engineering, Department of Civil Engineering, University College of Swansea, 1986.
Zienkiewicz, O.C.; Shiomi, T. Dynamic behavior of saturated porous media; the generalized Biot formulation and its
numerical solution, International Journal for Numerical and Analytical Methods in Geomechanics, volume 8, p. 71-96, 1984.
Zienkiewicz, O.C.; Xie Y.M.; Schrefler, B.A.; Ledesma, A.; Bicanic, N. Static and dynamic behavior of soils: A rational
approach to quantitative solution. II. Semi-saturated problems, Proc R Soc Lond, p.311–21, 1990b.

Modelagem Elasto-plástica da Liquefação Dinâmica de Solos


Fundamentos teóricos da liquefação de solos
- 33 -

Você também pode gostar