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Cerrado

que
te quero
Vivo!

Produtos e Meios de
Vida Sustentáveis
Apoiados pelo
Programa de Pequenos
Projetos Ecossociais
(PPP-Ecos)
Esta publicação é resultado do Projeto “Cerrado em Pé: Catálogo
de Produtos de Uso Sustentável da Biodiversidade do Cerrado”,
desenvolvido pelo Instituto Centro de Vida (ICV), com apoio do
Fundo de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-Ecos) e do Instituto
Sociedade População e Natureza (ISPN).

Comissão Editorial: Donald Sawyer, Igor de Carvalho, Yara


Fortuna, Luis Carrazza, Mônica Nogueira, Sérgio Henrique
Guimarães, Tereza Moreira

Coordenação Geral: Sérgio Henrique Guimarães

Equipe do ICV: Laurent Micol (Coordenador Adjunto), Walter


Ariano (Coordenador Administrativo)

Coordenação editoral: Tereza Moreira


Pesquisa: Igor de Carvalho e Luis Carrazza

Projeto gráfico: Luiz Daré

Diagramação: Fotograff Editora

Fotos:

Laércio Miranda - fotos de todos os produtos e das páginas 3, 4,


5, 7, 9, 10 e 11, 24, 28, 29 e 31
Isabel Schmidt - fotos das páginas 6, 8, 14 e 15
Acervo ISPN - fotos das páginas 7, 9, 22 e 23
Ecoa/Ceppec - fotos das páginas 12, 13, 20 e 21
Acervo FrutaSã - fotos das páginas 26, 27, 32 e 33
Mara Vanessa Dutra - fotos das páginas 16 e 17

2 Suelma Ribeiro - foto da página 18


Acervo Agrotec - foto da página 19
Acervo Amavida - foto da página 25

Apoio: Ana de Sá, Eric Sawyer, Luciano Silva, Márcia Braga,


Neide Mara (ISPN)

Agradecimentos

A Isabel Schmidt, Kátia Karam, Mara Vanessa Dutra, Paulo Garcia


e Suelma Ribeiro, pelas informações prestadas e por facilitarem o
contato com os grupos de mais difícil acesso.

Maiores informações sobre o PPP-Ecos

Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN)


SCLN 202 - Bloco B - Salas 101/104
CEP 70832-525 - Brasília - DF
Telefax: (61) 327.8085
E-mail: institutospn@ispn.org.br
Site: www.ispn.org.br
Gigante ameaçado 4

Produção sustentável, uma estratégia de conservação 6

Sumário Um lugar ao sol para os empreendimentos comunitários 8

Produtos

Artesanato:
Tecelagem 12
Capim dourado 14
Sempre-viva 16
Frutos, flores e sementes 18

Alimentos:
Baru 20
Pequi 22
Babaçu e macaúba 23
Mel 24
Polpas, sucos e frutas desidratadas 26
Conservas, geléias e doces 28
Chás, condimentos e produtos diversos 30
3
Organizações de produtores

Abipa, Agrotec e Amavida 34


Aprocam, Asmubip e Associação Capim Dourado 35
Associação Caxambu, Atix e CAV 36
Cedac, Cenesc, Ecoa 37
FrutaSã, Movimento Graal no Brasil e Grande Sertão 38
Minas Sempre-viva, Movimento Interestadual das Quebra
deiras de Coco Babaçu, Fundação Neotrópica 39
Riacho D´Anta e Sindicato dos Trabalhadores Rurais de
Araguatins 40
Gigante ameaçado
Considerado atualmente a savana mais rica do
mundo em biodiversidade, o Cerrado brasileiro reúne,
numa grande variedade de paisagens, mais de
10.000 espécies de plantas e 1.575 qualidades de
animais, sem contar as espécies desconhecidas que,
devido à atividade humana, podem ser destruídas
antes mesmo de serem catalogadas.

Entre chapadas e vales, com uma vegetação que


vai do campo seco às matas de galeria, o Cerrado
se estende por uma vastidão de 2 milhões de km²,
ocupando um quarto do território nacional. Em linha
reta, atravessa mais de 1.200 km de Leste para
Oeste e mais de 1.000 km de Norte a Sul, no centro
do Brasil. Com toda a sua exuberância, entre águas
cristalinas, flores e céus azuis, esta é a paisagem
dominante nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso

4 do Sul, Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Piauí e Distrito


Federal, além de ser encontrado também em trechos
de outros sete estados brasileiros.

Pouco alterado até a década de 1950, o Cerrado


vive atualmente forte descaracterização. O “jardim
das árvores tortas” está se convertendo rapidamente
em mares de soja, algodão, trigo e em pastagens
para crescentes rebanhos de gado. Ameaçado pela
expansão desordenada da fronteira agrícola, que
já ocupa quase 50% da região, o Cerrado possui
até agora menos de 2% da sua área protegida por
unidades de conservação, como parques nacionais
e reservas biológicas. Mais do que sua exuberante
biodiversidade, a atual devastação põe em risco
uma região que é o berço das águas das principais
bacias hidrográficas brasileiras, além de base da
sobrevivência cultural e material de um sem-número
de habitantes, que têm no uso dos seus recursos a
fonte de sua subsistência.
5
Pressionada pela velocidade com que a paisagem do
Cerrado vem se convertendo em áreas com finalidades
agrícolas, a sociedade brasileira começa a discutir estratégias
Produção para conservá-lo. A solução clássica tem sido criar áreas
Sustentável, uma protegidas federais, estaduais, municipais e particulares.

estratégia de Essa solução, além de cara, isoladamente tem-se mostrado


ineficaz. Afinal, exige fiscalização constante e conserva
conservação apenas as partes mais expressivas de determinada região.
Donald Sawyer1 Na última década, essa visão tem se ampliado, de
forma a considerar as unidades de conservação e seu
entorno. Procurando tornar parceiras as populações que
vivem nos arredores, tem-se empreendido uma série de
iniciativas, que incluem educação ambiental, convite à
gestão compartilhada, implantação de corredores de
biodiversidade e apoio a atividades produtivas sustentáveis.
Mesmo assim, essas estratégias continuam focalizando
espaços geográficos restritos numa realidade de rápida
descaracterização do Cerrado.

Como se sabe, nesse bioma vivem comunidades


extrativistas, indígenas, quilombolas e de pequenos

6 produtores agroextrativistas, dentre outras que têm


efetivamente conservado grandes áreas naturais por
gerações e gerações. Para essas populações é vital manter
em pé a fonte do seu sustento. As quebradeiras de coco
babaçu, por exemplo, em sua tarefa diária de coleta, vigiam
essas palmeiras e impedem a sua derrubada.

A expansão da fronteira agrícola é antagônica à atividade


extrativa, uma vez que necessita da substituição completa
da cobertura vegetal. Por isso, a pequena produção
familiar e o extrativismo são, por excelência, aliados da
conservação e celebram a diversidade da vida no Cerrado.
Mais do que formas diferenciadas de uso do solo, são
práticas culturalmente enraizadas nas quais estão contidos
conhecimentos sobre os recursos da fauna e da flora.

1
Diretor do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN),
que responde pela Secretaria Técnico-Administrativa do
Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-Ecos).
Os saberes tradicionais são produzidos de forma coletiva, agroextrativista, como forma de estimular a sustentabilidade
com base em ampla troca de informações, e transmitidos econômica das atividades apoiadas. Alguns produtos
oralmente através das gerações. Junto ao acervo de plantas, gerados em 20 desses projetos cresceram em importância
animais e minerais coexistem processos comprovados nas localidades em que estão inseridos e chegam a
pela tradição de uso desses recursos. Isso constitui um esta publicação com o objetivo de ganhar mercados
patrimônio cultural e científico de grande relevância que mais longínquos. Representam uma pequena vitrine das
precisa ser igualmente conservado. possibilidades que o Cerrado tem a oferecer.

Estimular e valorizar o uso sustentável da Trata-se de uma primeira iniciativa de divulgação desses
sociobiodiversidade do Cerrado constitui, portanto, produtos. Esperamos que sirvam para encorajar outros
estratégia fundamental. O Programa de Pequenos Projetos empreendimentos a percorrerem o mesmo caminho, em
Ecossociais (PPP-Ecos) tem se dedicado a apoiar iniciativas busca de um modelo mais sustentável para o Cerrado, com
de conservação voltadas para o desenvolvimento de aumento da renda, profissionalização das organizações
meios de vida sustentáveis no bioma. Por meios de vida de pequenos produtores e, especialmente, ampliação dos
sustentáveis entendem-se as formas de produção e de espaços protegidos.
geração de renda capazes de conciliar a conservação
ambiental, o desenvolvimento socialmente eqüitativo e a
revalorização cultural do conhecimento tradicional.
Projetos apoiados pelo PPP-Ecos (1994-2005)
Além de beneficiar diretamente as populações pobres
e marginalizadas, a concretização de meios de vida
sustentáveis estimula a permanência dos pequenos
produtores agroextrativistas no campo, criando-se uma
situação alternativa à tradicional migração para as cidades
7
ou para novas fronteiras agrícolas. Essas populações
tendem a se tornar “guardiãs” do Cerrado, porque são as
primeiras a sofrer os impactos da sua degradação.

Em seus dez anos de atividades no bioma, o PPP-


Ecos apoiou 156 projetos ecossociais, que combinam
a conservação de ecossistemas e a geração de renda
monetária e não-monetária, para alcançar maior qualidade
de vida e segurança alimentar e nutricional. Cerca de
cem dessas iniciativas dizem respeito a produção e
comercialização de produtos agrícolas e extrativos.

Uma das lições aprendidas pelo PPP-Ecos refere-se à


necessidade de facilitar a comercialização da produção
Os produtos deste catálogo trazem consigo cores, sabores,
texturas, aromas regionais que os tornam diferenciados.

Um lugar ao Têm uma cara, uma identidade, uma história. Provêm de


determinado lugar, foram feitos por determinadas pessoas,
sol para os representam algum tipo de cultura, conhecimento e
empreendimentos organização social.

comunitários Ao comprá-los, o consumidor ou a consumidora contribui


Sérgio Henrique Guimarães1 com a conservação do Cerrado, o fortalecimento de
comunidades rurais, a organização das mulheres, a
eliminação do trabalho infantil, a distribuição justa da renda
gerada. Além de ter a garantia de que está consumindo
produtos de origem comprovada, que utilizam recursos
naturais de forma sustentável.

Os alimentos são extraídos diretamente da natureza ou


cultivados em sistemas agrícolas não agressivos ao meio
ambiente e que mantêm a biodiversidade. As formas de
processamento são simples e apoiadas em controle sanitário
rigoroso. As flores e outros elementos que compõem as

1
Coordenador-executivo do Instituto Centro de Vida (ICV) e
representante das organizações da sociedade civil do Centro-
Oeste no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
peças artesanais aqui expostas foram extraídos de acordo A realização deste catálogo tem o propósito de abrir as
com critérios técnicos para não causar impactos ao meio portas do mercado para essas iniciativas. Apenas no Centro-
ambiente. Oeste há vinte milhões de pessoas vivendo nas cidades.
Muitas delas conhecem e apreciam os produtos aqui
Para chegar a este catálogo, algumas iniciativas tiveram
que romper fortes barreiras impostas a produtos originários expostos, além de estarem suficientemente convencidas da

de comunidades tradicionais. Algumas delas referem-se às necessidade urgente de conservar o que resta do Cerrado.

exigências típicas do mercado: padronização, embalagens, Trata-se de uma oportunidade de negócios ímpar para
cadastros, licenças e toda documentação necessária. aqueles setores do empresariado que estão cada vez mais
Algumas dessas normas inexplicavelmente ainda são as sensíveis para seu papel no desenvolvimento sustentável
mesmas exigidas para empreendimentos convencionais do País. Gente que acredita no crescimento econômico em
e precisam urgentemente adequar-se a realidades harmonia com o meio ambiente, com geração de riquezas
diferenciadas. também para as populações menos favorecidas. Gente

Enfim, são iniciativas pioneiras, que trazem para o que olha o presente e o futuro e enxerga a importância

mercado produtos com forte conteúdo socioambiental. de se criar oportunidades para que esses fornecedores
Tais como essas, existem inúmeras outras iniciativas à diferenciados possam aprimorar cada vez mais a sua
espera de oportunidade. Produtos existem. Mas a maioria capacidade produtiva e continuar com sua identidade
das comunidades apoiadas pelo PPP-Ecos ainda precisa cultural, vivendo em harmonia com os ciclos da vida e
aprender a organizar a produção, a aprimorar a capacidade contribuindo com a conservação do Cerrado que, no fundo,
técnica e a desenvolver a gestão dos negócios. é também a de todos nós.

9
Produtos

10
11
Artesanato
Tecelagem

Lã de carneiro tingida com pigmentos


Passadeiras em fibras vegetais
naturais do Cerrado. Fios de anafaia,
(milho, taboa, bananeira) e barbante
um subproduto do bicho da seda.
Fibras extraídas de palmeiras nativas,
da taboa, das palhas de milho, arroz,
bananeira. Sementes da flora local para
decorar.

Esses são os ingredientes que as


mãos habilidosas das tecelãs do
Assentamento Andalucia, em Mato
Bolsa de mão com fibra vegetal
Grosso do Sul, transformam em peças
de milho e barbante
originais.

12

Bolsas com alça em


barbante colorido

Tapete em barbante colorido nas


cores marinho e azul, 47cm X 98cm
Porta-copos, compostos por seis peças
em fibra vegetal (milho, taboa ou rami) e
lã de carneiro tingida ou barbante

Cachecol em fios diversos nas cores pink, verde,


vermelho, mostarda, ferrugem e branco com rosa

Chapéu feito em
barbante e tecido

Jogos americanos, compostos de quatro


peças de 35cm X 40cm, em fibras vegetais
13
(palha de arroz ou de milho) e barbante

Centros de mesa em fibras vegetais


(arroz ou milho) e barbante

Manta de sofá, 100cm X 248cm,


em lã de carneiro tingida com
pigmentos naturais

As atividades na Oficina de Tecelagem de Andalucia beneficiam diretamente


20 mulheres. Mais do que peças tecidas para gerar renda, os produtos da
Oficina criam sonhos, auto-estima e uma vida nova para essas mulheres e
suas famílias. As tecelãs, que não conheciam a arte de tecer, hoje capacitam
outros grupos dentro e fora do Mato Grosso do Sul.
Artesanato
Capim dourado

A comparação com o ouro é inevitável.


O capim dourado chama atenção
no campo e nas peças tecidas Prendedores de cabelo
pelas artesãs de comunidades
remanescentes de quilombos do
Jalapão, em Tocantins.
Chaveiro
Nas mãos experientes dessas
mulheres, a haste do capim dourado,
tecida com a “seda” das fibras de
buriti, transforma-se em objetos que
primam pelas formas arredondadas e
pelo brilho farto.

Chapéu

14

Pulseiras

Bolsa
Mandala grande

Caixas redondas com tampa

15
Pratos e fruteiras

Mandalas em tamanhos
grande e pequeno

As peças artesanais representam uma tradição transmitida de mães para


filhas há quatro gerações e constituem a principal fonte de sustento para 22
comunidades que vivem dentro do Parque Estadual do Jalapão, em Tocantins.
O extrativismo, desde que praticado de acordo com planos de manejo,
constitui uma alternativa de conservação dos campos úmidos, próximos às
veredas, onde viceja esse capim. Critérios para a sua exploração sustentável
têm sido estudados por universidades e organizações não-governamentais.
Artesanato
Sempre-vivas

De Diamantina para o resto do mundo.


Esse é o destino das inúmeras
espécies de sempre-vivas, flores que Guirlanda de fibras e flores
crescem nos solos pedregosos das
montanhas de Minas Gerais.

No mercado, as sempre-vivas são


valiosas. Mas a sua comercialização
está diminuindo. A pressão da coleta,
das patas do gado e do fogo faz com
que seja preciso andar mais e mais
para encontrá-las.

O risco de extinção significa perigo


para os meios de vida das populações
que se baseiam na coleta dessas
flores. A Ong Terra Brasilis deu o sinal
de alerta. E do alerta nasceu um projeto
Vasinho adornado com
para conservar as flores e a população
16 que vive da sempre-viva.
outras flores silvestres

Vasinho de mesa
com flores sobre
madeira nativa
Luminária

17
Árvore de flores em pendão
sobre madeira nativa

Arranjo de mesa grande

Nos arredores do Parque Nacional das Sempre-vivas, famílias de coletores


capacitaram-se para se tornar artesãs e empreendedoras. Com o aumento da
renda veio o compromisso de produzir apenas com manejo racional das flo-
res. Isso significa trabalhar com espécies que florescem mais de uma vez por
ano, não coletar flores ameaçadas de extinção, utilizar matéria-prima natural
e de fácil acesso para a comunidade. O resultado são os arranjos florais que
conquistaram Belo Horizonte e agora se preparam para conquistar o Brasil.
Artesanato
Frutos, flores
Porta-chaves em madeira,
e sementes enfeitado com flores e sementes
do cerrado
Da observação da natureza surgem
essas brincadeiras visuais. São flores,
folhas, sementes, cipós, que, juntos,
compõem arranjos florais, brinquedos e
adereços diversos.

Esses passatempos, realizados com as


crianças nas portas das casas depois Arranjo de mesa feito
do trabalho formal, agora começam a com cápsulas de
sementes e flores
ganhar as feiras e os mercados locais.

Ratinho feito com cápsulas de


18 sementes e folhas

Brinquedo em cabaça, arame e


barbante colorido
Miniatura de bicicleta em
Vassourinha em fibras do
madeira e cipó
cerrado

Arranjo de folhas e flores secas,


presas por arame

19
Caixa feita com fibra de
bananeira

Ave feita com flores secas,


folhas e fibras do cerrado

Para as mulheres que participam do Centro de Tecnologia Agroecológica


de Pequenos Agricultores (Agrotec), essa é uma das formas de realizar o
aproveitamento dos recursos da biodiversidade do Cerrado goiano. Um
trabalho que se transforma em fonte de renda e em educação ambiental.
Alimentos
Baru

Nas manchas de terras férteis do Granola com baru, mel


Cerrado, lá está o baru, conhecido e gergelim
Embalagem de 300g
também como cumbaru, barujó, feijão-
coco, castanha-de-burro, pau-cumaru
e imburana-brava. Tal como o nome, Granola com castanha
em cada lugar se conhece um uso de baru e mel
Embalagem de 300g
diferente para essa planta.

Árvore leguminosa de copas amplas,


do baruzeiro muito se aproveita.
A polpa do fruto, adocicada, é
Coockies de baru e mel
comestível e muito apreciada também
Embalagem de 250g
pela fauna. Energética, rica em
proteínas e sais minerais, a castanha
representa alternativa para a segurança
alimentar. Pode ser comida tostada ou
Coockies de baru mel
enriquecer a composição de produtos,
e gergelim
como granola, biscoitos e doces. O Embalagem de 250g
20 óleo extraído da amêndoa possui
propriedades medicinais. Da casca do
fruto se faz carvão, poupando, dessa
forma, a derrubada de árvores.

Farinha de baru
Embalagem de 300g

Carvão de casca de baru.


Produto certificado.
Embalagem de 4kg
Castanha de baru
Promessa de Futuro
Embalagem de 50g

Castanha de baru
tostada Agrotec
Embalagem de 100g

Óleo de baru Agrotec

Castanha de baru tostada 21


com sal Empório do Cerrado
Embalagem de 35g

Castanha de baru tostada


com sal Empório do Cerrado Castanha de baru Cenesc
Embalagem de 180g Embalagens de 50g e de 250g

Pela sua versatilidade, o baru tornou-se uma espécie de carro-chefe de


muitas iniciativas econômicas de pequenos produtores nos estados de
Goiás, Mato Grosso, Distrito Federal e Minas Gerais. Aqui estão produtos
de pelo menos quatro delas: Promessa de Futuro, Agrotec, Empório do
Cerrado e Cenesc.
Alimentos
Pequi

Pequi desidratado em
lascas Agrotec
O fruto do pequi (Caryocar
brasiliense) tem uma verdadeira
história de amor com a culinária
goiana e sua fama estende-se por
todo o Centro-Oeste. O forte sabor e
o inconfundível aroma fazem a glória
dos pratos típicos da região, como a
galinhada com pequi.

Propriedades medicinais não lhe


faltam. É rico em vitaminas A, C e
E, em sais minerais, como fósforo, Pequi desidratado
potássio e magnésio. Combate pulverizado Agrotec
a formação de radicais livres no
corpo, prevenindo tumores e o
desenvolvimento de doenças
cardiovasculares. O poeta cearense
Patativa do Assaré chegou até
mesmo a associar o pequi ao

22 fruto proibido, por suas supostas


propriedades afrodisíacas.

Óleo de pequi
Grande Sertão

Conserva de polpa de
pequi Japonvar
Alimentos
Babaçu e macaúba
Mesocarpo de babaçu Bio Nutri

No Cerrado, duas palmeiras se


destacam pela sua importância
socioambiental: o babaçu (Orbignya
phalerata Martius) e a macaúba
(Acrocomia aculeata).

Ao norte, os babaçuais fazem a


transição com a floresta amazônica.
Embaixo de suas copas, milhares
de famílias vivem da extração e da
Sabonete Babaçu Livre, de óleo quebra do coco babaçu nos estados
de babaçu, sacarose e mel de Tocantins, Maranhão e Piauí. Da
Embalagem de 90g amêndoa do babaçu se extrai óleo,
que tem 68 diferentes aplicações
industriais, entre elas o biodiesel. A
torta gerada com a prensagem do
óleo constitui alimento rico para os
animais. O mesocarpo é nutritivo e
medicinal. As cascas transformam-
se em carvão. 23
As matas de macaúba dominam o
cenário do norte de Minas Gerais
Óleo de babaçu filtrado e acenam com possibilidades de
geração de renda para as famílias
extrativistas. O óleo, extraído da
polpa e da amêndoa, tem diferentes
empregos: o das amêndoas, é fino
e comparável ao azeite de oliva; e,
quando prensado da polpa, constitui
importante elemento do biodiesel.
Óleo de macaúba

Os produtos Bio Nutri e Babaçu Livre são comercializados pela Associação


em Áreas de Assentamento do Estado do Maranhão (Assema). Assim como
a Associação das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Bico do Papagaio
(Asmubip), a Assema também se dedica à produção e à comercialização
do óleo de babaçu. Já o óleo de macaúba é produzido pela comunidade de
Riacho D’Anta, em Minas Gerais, e comercializado pela Cooperativa Grande
Sertão.
Alimentos
Mel

A abundância de flores do Cerrado Méis de abelhas nativas uruçu e


é um convite à criação de abelhas. tiúba em embalagens de 235g,
comercializados pela Amavida
Sejam nativas, sejam africanizadas,
motivos não faltam para criá-las.
A presença de abelhas revela
promessa de colheita farta e mais
opções de alimentos à mesa.
Traz a necessidade de conservar
a vegetação nativa e maiores
possibilidades de renda extra.

Por isso, muitas entidades


apostam na produção de mel. E
Sachês de mel Bom Sem Base em
o resultado são criações cada embalagens de 200g, produzidos pelo Centro
vez mais profissionalizadas, com de Agricultura Alternativa Vicente Nica (CAV)
aprimoramento das técnicas de
manejo, extração, envasamento
24 e comercialização. Alguns méis
chegam mesmo a conquistar
mercado externo e a obter
certificação internacional.

Mel do Sindicato de Trabalhadores


Rurais de Araguatins. Embalagens
de 500g e 1Kg
Mel do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Turmalina,
comercializado pelo Centro de Agricultura Alternativa Vicente
Nica – embalagens de 500g, 1Kg e em bisnagas de 250g

Mel dos produtores da Abipa em


embalagens de 500g e 1kg

25

Mel de flores silvestres produzido


pela ATIX e certificado pelo Instituto
Biodinâmico (IBD). Embalagens de 500g

Mel da Agrotec em
embalagem de 200ml

O crescente aumento de conhecimento sobre como criar abelhas nativas


tem estimulado os produtores a migrarem do manejo das africanizadas para
as indígenas. O fato de não possuírem ferrão facilita o manejo das nativas
e torna a atividade mais lucrativa, pois dispensa o uso de equipamentos
sofisticados. Com a vantagem de que o mel das nativas, por ser mais raro,
obtém melhores preços no mercado.
Alimentos
Polpas, sucos e
frutas desidratadas

É por meio das polpas que o sabor


e a textura dos frutos do Cerrado
chegam à mesa de quem mora nas
cidades. Umbu, cajá, coquinho
azedo, mangaba e dezenas de
outras plantas transformam-se em
sucos que emprestam sabor e Polpa de cagaita e umbu Grande Sertão. A Cooperativa produz
também polpas de araçá, cajá, coquinho azedo, mangaba, maracujá
nutrição ao dia-a-dia. nativo, panã, serigüela, tamarindo, acerola, abacaxi, caju, goiaba,
manga e maracujá. Embalagens de 100g
Produzidos em fábricas modernas,
dentro de estritas normas de
higiene e sem aditivos químicos,
as polpas representam saúde, que
a Cooperativa Grande Sertão e a
FrutaSã fazem questão de garantir.
Esses empreendimentos têm
finalidade social e de defesa do
meio ambiente. Garantem trabalho
26 e renda para populações indígenas
e extrativistas e, ao mesmo tempo
contribuem para preservar uma das
mais ricas e belas paisagens: os
Cerrados do Brasil Central.

Polpas FrutaSã nos sabores murici, juçara (açaí do Cerrado), cajá,


bacuri, cupuaçu, buriti, tamarindo, caju, abacaxi, goiaba, manga e
maracujá. Embalagens contêm quatro pacotes de 100g
Frutas desidratadas da Agrotec: banana, abacaxi,
mamão, caju-do-campo em embalagens de 100g

Frutas desidratadas Bom Sem


Base: manga, abacaxi e banana em
embalagens de 100g

27

Suco de maracujá Pé de Serra.


Garrafa de 300ml

As frutas desidratadas representam estratégias inteligentes de


aproveitamento da grande luminosidade do Cerrado na conservação dos
alimentos. O Centro de Agricultura Alternativa Vicente Nica, com a marca
Bom Sem Base, e a Agrotec detêm grande conhecimento nos processos de
secagem de frutas.
Alimentos
Conservas, geléias
e doces

O que era uma estratégia de


aproveitamento dos alimentos
durante a safra está se
transformando cada vez mais
em opção de renda. A produção
de doces, compotas, geléias e Picles Promessa de Futuro: cebola,
abóbora inteira e abóbora em rodela, milho,
diferentes tipos de conservas
vagem, pepino. Embalagens de 250g
salgadas é caseira, artesanal.

Algumas receitas aproveitam os


sabores e os saberes do Cerrado
no trato com frutas como cagaita,
mangaba, murici, buriti. Outras
utilizam alimentos comuns, de
horta e quintal, mas com um Chutney Promessa de Futuro
nos sabores manga e banana.
diferencial: são cultivados de acordo
Embalagens de 250g
com técnicas que conservam os
solos, sem agrotóxicos, de forma
28 consorciada com outras plantas
nativas, em sistemas agroflorestais.

Conserva de legumes Pé de Serra.


Vidro de 500g
Geléias Promessa de Futuro: hibiscus com canela, hibiscus
com cenoura, hibiscus com pétala, hibiscus, cagaita, manga,
jabuticaba e tangerina. Embalagens de 250g

Geléia de limão Pé de Serra.


Embalagem de 250g

29
Geléias Chico Fulô de cagaita e buriti
Embalagem de 250g

Doces de buriti e pequi Chico Fulô.


Embalagem de 500g

A Associação de Desenvolvimento Comunitário de Caxambu responde pela


linha de produtos Promessa de Futuro. A marca Chico Fulô é do Movimento
do Graal, de Buritizeiro/MG. E a Fundação Neotrópica desenvolve sua linha
de produtos com o nome Pé de Serra. As três marcas comercializam produtos
sem conservantes e outros aditivos prejudiciais à saúde.
Alimentos
Chás, condimentos e Chá passiflora mix Agrotec.
produtos diversos Embalagem de 25g

Das hortas, dos pomares e das Chá de hibiscus Promessa de


roças das famílias de pequenos Futuro. Embalagem de 50g
agricultores sai grande diversidade
de alimentos, chás, temperos, óleos
essenciais e outros produtos.

Essas “miudezas” dos arredores


das moradias garantem renda para
as famílias e trazem produtos de
Chá melissa Agrotec
procedência garantida para quem Condimento alecrim
Agrotec
os compra.

Condimento tomilho Agrotec

30
Chá de menta Agrotec.
Embalagem de 25g

Condimento sálvia Agrotec

Condimentos açafrão e
pimenta moída Agrotec
Licor de tangerina Chico
Fulô. Garrafa de 300ml

Farinha de mandioca
Promessa de Futuro.
Embalagem de 500g

Paçoca de carne de
queixada Agrotec

Feijão azuki Promessa de


Futuro. Embalagem de 500g
Farinha de jatobá Agrotec.
Embalagem de 100g
31

Açúcar mascavo Bom


Sem Base – 1kg
Óleos de gergelim e gergelim
com ervas Agrotec

A Agrotec produz uma linha de chás compostos, temperos e óleos


essenciais, além de farinha de jatobá. Da sua criação de animais silvestres
saem receitas curiosas, como a paçoca de carne de queixada. A Promessa
de Futuro investe em chás, na farinha de mandioca e no feijão azuki. A Bom
Sem Base aposta no mercado diferenciado do açúcar mascavo. A Chico Fulô
resgata a receita de licor de tangerina.
Organizações
de produtores

32
33
Abipa
Em busca de reforço na comercialização

A Associação dos Apicultores do Bico do Papagaio foi fundada em 1990 com o objetivo
de gerar uma opção de renda, por meio da criação de abelhas, para os produtores do
norte de Tocantins. A Abipa tem sede em Axixá e conta com cerca de 40 associados. A
organização produz mel de apis melifera e dedica-se também à fabricação de caixas de
abelha e cera em lâmina. Possui, ainda, uma produção ainda incipiente de própolis e de
geléia real e inicia-se na produção de mel de abelhas nativas.
Contato: Com apoio do PPP-Ecos, a Abipa expandiu a produção de mel, que hoje chega a 3 to-
Av. Vila Nova, 2645 neladas por ano. Esse volume é comercializado com a marca Mel das Flores em âmbitos
Axixá do Tocantins – TO local e regional em potes plásticos de 1kg e de 500g e também em sachês. Entre os
CEP 77930-970 planos da entidade estão a construção da Casa do Mel e de entrepostos de mel nos mu-
Tel.: (63) 3444-1191 / 3444-1436 nicípios de Grotão e Buriti, no Pará, como forma de aprimoramento da comercialização.

Agrotec
Valorizando os sistemas integrados de produção

Numa área piloto de 125 hectares, o Centro de Tecnologia Agroecológica de Pequenos


Agricultores (Agrotec) realiza desde o início dos anos 1990 uma experiência inédita de
aproveitamento dos recursos da biodiversidade do Cerrado nos arredores de Diorama,
Goiás. Com o máximo de conservação do ambiente natural, as atividades envolvem 21
famílias e utilizam menos de 25% de toda a área.
A entidade aposta na diversificação dos produtos ofertados ao mercado. Desenvolve
trabalhos na linha de coleta, cultivo e desidratação solar de frutas, plantas medicinais,
34 chás e condimentos; criação, processamento e comercialização de animais silvestres,
como queixada, cateto, ema, capivara e tartaruga; extração de óleos de espécies do
cerrado, como baru e pequi; produção de artesanato a partir de sementes, folhas e
Contato:
flores secas. Além disso, está investindo no ecoturismo como fonte de renda e de edu-
Av. Dep. José de Assis, s/nº cação ambiental.
Centro – Diorama – GO
CEP 76260-000 Pela sua capacidade de inovar, o projeto já recebeu três apoios do PPP e as experiên-
Tel.: (64) 689.1165 cias que desenvolve têm sido replicadas em outras comunidades, associações e coo-
E-mail: agrotec@persogo.com.br perativas de pequenos produtores.

Amavida
Em defesa das abelhas nativas

O Projeto Meliponicultura como uma Prática para o Uso Sustentável do Cerrado integra
um amplo programa desenvolvido pela Ong Associação Maranhense para a Conser-
vação da Natureza (Amavida) destinado à conservação das populações de abelhas
nativas. As atividades envolvem o incentivo à criação de abelhas sem ferrão, a defesa
das matas ciliares e dos cursos d’água e o encorajamento a práticas de agricultura sus-
tentável pela população rural em áreas de Cerrado e Caatinga.
A Amavida considera que as abelhas nativas, como eficazes polinizadoras das plantas
regionais, garantem os ciclos de reprodução das espécies e, por conseguinte, a recom-
posição dos ecossistemas regionais maranhenses, já bastante comprometidos pela ação
humana. Ao mesmo tempo, podem representar uma oportunidade de melhoria da quali-
Contato:
dade alimentar das culturas de subsistência, principalmente as frutíferas e as hortaliças.

Amavida Implementado em oito comunidades rurais, numa área de aproximadamente 800 mil
Tel.: (98) 3246.4485 hectares, o projeto tem como meta triplicar em dois anos a renda familiar das famílias
E-mail: amavida@amavida.com.br envolvidas. Em 2003, o Projeto Abelhas Nativas recebeu o Prêmio Ambiental Von Martius
Site: www.amavida.org.br e em sua segunda fase (2005) pretende expandir-se para outras 24 comunidades.
Cooperjap
A força do extrativismo do pequi

Japonvar, no norte de Minas Gerais, orgulha-se de ser a capital nacional do pequi. Nas
matas da região, além da grande quantidade de pequizeiros, encontram-se condições
propícias para a produção de frutos superiores em qualidade da polpa, textura, colora-
ção e sabor. Antigamente todo o pequi era extraído e comercializado in natura. Visando
valorizar e diversificar a produção, a Cooperativa dos Produtores Rurais e Catadores de
Pequi (Cooperjap) está produzindo pequi em conserva.
Cerca de 250 famílias, em 30 organizações de produtores, entre elas a Associação dos
Pequenos Produtores Rurais da Cabeceira do Mangaí (Aprocam) participam do empre- Contato:
endimento e processaram o pequi em núcleos comunitários de despolpa. Com isso, o Cooperativa dos Produtores Ruais e
extrativismo está se transformando na principal fonte de renda dos produtores locais. Os Catadores de Pequi (Cooperjap)
produtos têm uma grande aceitação no mercado e estuda-se a exportação para Estados Tel.: (38) 3231.3137 / 9307 (Adilson)
Unidos e Alemanha. E-mail: cooperjap@ig.com.br

Asmubip
Valorizando os babaçuais do norte de Tocantins

A Associação Regional das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Bico do Papagaio (Asmu-


bip) nasceu em 1992 como forma de preservar o meio de vida das quebradeiras de coco
babaçu (Orbignya phalerata Martius), uma luta intimamente relacionada à conservação
dos babaçuais. A Asmubip conta com aproximadamente 850 associadas em 45 núcleos
de 11 municípios da região. Além da produção e da comercialização do coco babaçu e
de seus derivados, a Asmubip desenvolve trabalhos relacionados a conscientização da
Contato:
mulher, formação de lideranças, saúde reprodutiva e preservação ambiental.
Por causa desse trabalho, a Asmubip tornou-se referência para a região. Integrando Sede: Av. Goiás, 320
35
redes e atuando em articulação com instituições representativas de populações extrati- Augustinópolis – TO
CEP 77970-000
vistas, as quebradeiras de coco já conseguiram importantes vitórias, como a valorização
Usina: R. Osvaldo Cruz, 501
do babaçual em pé, a criação de reservas extrativistas nos estados do Maranhão, To- São Miguel do Tocantins – TO
cantins e sul do Pará e a ampliação de mercado para os produtos do babaçu. Consumir CEP 77925-000
e divulgar os produtos da Asmubip é um jeito de apoiar o trabalho das quebradeiras de Tel./Fax: 63. 447.1274
coco e ajudar a preservar os babaçuais do Bico do Papagaio. E-mail: asmubip@cultura.com.br

Associação Capim Dourado


De mãe para filha, a arte de tecer em palha

A Associação Capim Dourado foi criada em 2000 por um grupo de artesãs do Povoado
de Mumbuca, em Mateiros, Tocantins. O objetivo da associação é manejar o capim
dourado (Syngonanthus nintens), além de organizar e estimular a comercialização do ar-
tesanato, que constitui a principal fonte de renda das comunidades residentes no interior
do Parque Estadual do Jalapão.
Com o Projeto Certificação do Artesanato do Povoado de Mumbuca, apoiado pelo PPP-
Ecos, a associação pretende atestar a qualidade e a origem dos produtos do capim
Contato:
dourado, por meio do fortalecimento das técnicas produtivas dos artesãos e artesãs de
Mumbuca, visando à sua melhor inserção no mercado. Associação Capim Dourado
Povoado de Mumbuca – Jalapão
Além disso, a associação pretende tornar a área em que vivem as 22 comunidades, hoje Mateiros – TO
transformada em Parque Estadual, em Reserva de Desenvolvimento Sustentável, como CEP 77593-000
forma de manter a identidade cultural das comunidades tradicionais econtinuar promo- Tel.: (63) 3534.1053
vendo a conservação do Cerrado no entorno do Parque Estadual. (recados para Doutora)
Associação de Desenvolvimento Comunitário de Caxambu
Promessa de Futuro para a comercialização

O feliz encontro entre uma médica sanitarista e um grupo de mulheres do povoado


de Caxambu, na zona rural de Pirenópolis/GO, deu origem, em 1988, a essa entidade.
Ligadas pelo interesse em melhorar as condições de saúde no local, as mulheres come-
çaram a produzir hortaliças e outras culturas com o objetivo de aumentar e diversificar a
oferta de alimentos para suas famílias.
Junto com o cultivo orgânico de alimentos surgiram técnicas de cuidado com os solos,
como o plantio direto e a rotação de culturas, e o resgate de variedades tradicionais de
arroz, fava, milho, feijão e de outras plantas nativas. A entidade passou a dedicar-se à
coleta de baru, caju e cagaita, produzindo doces, geléias e castanhas torradas.
Atualmente, com a marca Promessa de Futuro, a associação produz e comercializa em
Contato: âmbito local uma grande variedade de produtos: conservas, doces, picles, chutney,
Tel: (62) 9253.6069 (Elias) diversos tipos de chás e vários outros produtos agrícolas, como feijão azuki e gergelim.
(62) 9253.9271 (Edna) Tudo com a qualidade dos produtos sem uso de agrotóxicos. Agora, o desafio da Pro-
(62) 331.1388 (recado com Kátia) messa de Futuro é ganhar novos espaços na comercialização.

Atix
Guardiã do Parque Indígena do Xingu

Em seus nove anos de existência, a Associação Terra Indígena Xingu (Atix) tem atuação
de destaque no Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso, especialmente no que se
refere à proteção das fronteiras do parque, e em ações de saneamento e educação. Isso
lhe confere grande representatividade entre as 14 etnias que habitam a região, distribu-
36 ídas em 49 aldeias e postos, e que falam diferentes idiomas.
Até meados da década de 1980, os habitantes do parque viviam praticamente isolados
do mundo exterior, contando apenas com a presença da Funai. A partir da construção
das rodovias BR-163 e BR-158 e com a chegada de projetos agropecuários e de colo-
nização, os índios se deram conta da vulnerabilidade do seu território e da ameaça aos
seus recursos naturais, o que motivou a criação da Atix.
Com a busca de alternativas econômicas, como a apicultura, o objetivo da Atix é am-
pliar a autonomia política e gerencial das comunidades do Parque, em ações que con-
tam com a parceria do Instituto Socioambiental (ISA). Além do mel, os índios do Xingu
Contato: dedicam-se ao artesanato e à extração de óleos vegetais. A região onde se situa o PIX
Telefax: (66) 478.1948 é abundante em floradas, o que garante alta qualidade ao mel e conferiu ao produto
E-mail: atix@brturbo.com.br condições de receber certificação internacional do Instituto Biodinâmico.

Centro de Agricultura Alternativa Vicente Nica


Difusão de sistemas agroflorestais no norte de Minas

A marca Bom Sem Base responde à necessidade do CAV de comercializar os produtos


oriundos das ações da entidade, voltadas para o desenvolvimento de técnicas agrícolas
familiares sustentáveis. Criado em 1994 e sediado em Turmalina, no norte de Minas Ge-
rais, o CAV tem abrangência comunitária e regional, atuando na difusão de tecnologias
Contato: de agrossilvicultura, na recuperação ambiental e na preservação de nascentes, na pro-
dução de sistemas agroflorestais e no beneficiamento e comercialização de frutas desi-
Rua São Pedro, 43 dratadas, mel e derivados de cana-de-açúcar, como a cachaça e o açúcar mascavo.
Bairro Campo - CEP 39660-000
Turmalina - MG Com apoio do PPP-Ecos, a entidade encarregou-se de realizar a difusão dos sistemas
Tel.: (38) 3527.1401 / 1201 agroflorestais em pequenas propriedades no alto vale do Jequitinhonha. Possui viveiros
E-mail: cav@ligbr.com.br para a produção de mudas, trabalha no desenvolvimento dos produtos da apicultura e
Site: www.cav-jequi.org da cana orgânica com instituições de pesquisa de Minas.
Cedac
Pelo desenvolvimento rural sustentável

Empório do Cerrado é a marca criada para dar identidade aos produtos da Rede de Co-
mercialização Solidária de Agricultores Familiares e Extrativistas do Cerrado, que reúne
famílias agroextrativistas, pescadores, vazanteiros e guias turísticos de Goiás, Bahia e
Minas Gerais. Por meio de uma cooperativa, esses produtores estão melhorando a sua
condição de vida com base no resgate de práticas tradicionais de aproveitamento de
produtos da biodiversidade local, aliado à garantia de qualidade nutricional, sanitária e
conservacionista.
O baru é o carro-chefe de uma extensa linha de produtos que utiliza como matéria-pri-
ma pequi, gergelim, fava-d’anta, buriti, macaúba, babaçu e inajá. A Rede conta com Contato:
a assessoria do Centro de Desenvolvimento Agroecológico do Cerrado (Cedac), uma CEDAC
organização não-governamental que tem por objetivo implementar estratégias capazes R. C 233, no 820 – Nova Suíça
de promover e assegurar o protagonismo da população agroextrativista no desenvolvi- Goiânia – GO – 74290-040
mento rural sustentável. Tel.: (62) 251.6281 / Fax: (62)
251.4075
O trabalho da Rede é orientado por princípios, tais como o respeito ao Cerrado, com E-mail: cedac@cedac-ong.org.br
eliminação da queimadas e extração controlada dos frutos; a gestão coletiva do em-
preendimento com divisão dos lucros; a erradicação do trabalho infantil e a valorização Coopcerrado
do trabalho da mulher; a valorização do conhecimento tradicional; e a permanência das Tel.: (62) 202.7515
famílias no meio rural. rede@emporiodocerrado.org.br

Cenesc
Agregando valor ao baru

O Centro de Estudos e Exploração Sustentável do Cerrado (Cenesc) tem como objetivo 37


desenvolver e disseminar tecnologias apropriadas para o uso sustentável do Cerrado.
Por meio do Projeto Baru, desenvolvido em parceria com a Fundação Pró-Natureza (Fu-
natura), o Cenesc está gerenciando uma fábrica de beneficiamento de frutos do Cerrado
em Pirenópolis/GO. A proposta é reunir a produção de extrativistas, assentados, peque-
nos proprietários e diversificar a linha de produtos do baru, que é uma das plantas mais
promissoras do Cerrado.
Atualmente, a fábrica beneficia castanha de baru e em breve estará produzindo farinha Contato:
da polpa, artesanato e carvão, com os resíduos do fruto. Além dos trabalhadores rurais Cenesc
e dos pequenos produtores, a iniciativa envolve ambientalistas, pesquisadores e demais Caixa Postal 12
interessados em experimentar e implementar técnicas de uso sustentável dos recursos 72980-000 – Pirenópolis – GO
naturais do Cerrado, com agregação de valor, geração de renda e melhoria da qualida- Telefax: (62) 331.3892
de de vida das populações envolvidas. E-mail: cenesc@brturbo.com.br

Ecoa
Novos meios de vida no assentamento

A Oficina de Tecelagem Andalucia foi instalada como parte do Projeto Produção Susten-
tável e Capacitação no Assentamento Andalucia, apoiado pelo PPP-Ecos. Trata-se de
uma iniciativa da Ong Ecoa – Ecologia e Ação, desenvolvida desde 2002 em conjunto
Contato:
com as famílias do Assentamento Andalucia, em Nioaque/MS
Ecoa – Ecologia e Ação
O objetivo desse projeto é capacitar a comunidade, onde vivem 165 famílias, para que
R. 14 de julho, 3169 – Centro
esta encontre formas diversificadas de produzir em equilíbrio com o patrimônio ambien- 79002-333 – Campo Grande – MS
tal do Cerrado, conquistando melhor qualidade de vida. A Oficina de Tecelagem está Telefax.: (67) 324.3230
instalada no Centro de Produção, Pesquisa e Capacitação, construído no assentamento. E-mail: rosane@riosvivos.org.br
Atualmente, as famílias estão desenvolvendo também experiências de beneficiamento Site: www.riosvivos.org.br
de baru, jatobá e pequi. Pedidos: (67) 9605.0038 / 9928.4158
FrutaSã, Wyty-Catë e CTI
Empreendimento indígena

A marca FrutaSã surgiu em decorrência do Projeto Frutos do Cerrado, desenvolvido a


partir de 1993 pelo Centro de Trabalho Indigenista (CTI) em parceria com a Associação
Wyty-Catë das Comunidades Timbira do Tocantins e Maranhão. Seu objetivo é gerar
renda para os índios e os pequenos produtores rurais, moradores do entorno das Terras
Indígenas, por meio do extrativismo, do beneficiamento e da comercialização de frutas
nativas do Cerrado. As polpas de frutas são processadas em Carolina/MA e comerciali-
zadas em âmbito regional.
Além de gerar renda, a FrutaSã promove alternativas de uso do Cerrado, visando valori-
zar a sua biodiversidade. Encoraja a implantação de sistemas agroflorestais, o adensa-
mento de espécies frutíferas em pomares do entorno das aldeias, a produção de mudas
para a recuperação de áreas degradadas e controle sobre o uso do fogo.
Contato:
Rodovia BR-010, nº 02 A FrutaSã promove ainda parcerias com outros empreendimentos econômicos de cará-
Bairro Sucupira - 65980-000 ter similar em Tocantins e Pará, a favor de um desenvolvimento regional ambientalmen-
Carolina - MA te correto, economicamente sustentável e socialmente justo. Por essas características,
Tel.: (99) 3531.2576 / 3813 recebeu o Prêmio Chico Mendes de 2004, do Ministério do Meio Ambiente, conferido a
E-mail: frutasa@uol.com.br iniciativas de destaque na área ambiental.

Movimento do Graal no Brasil


Cesta biodiversa

A marca Chico Fulô foi desenvolvida para a comercialização de produtos gerados nas
comunidades urbanas e rurais dos municípios de Buritizeiro e Pirapora, no norte de
38 Minas Gerais. Essas comunidades produzem uma extensa lista de itens da “Cesta de
Produtos do Cerrado”, que dá nome ao projeto desenvolvido com apoio do PPP-Ecos.
Contato:
Esta lista é composta por doces, geléias, licores, polpada, doce em barra, paçoca, com-
Movimento do Graal no Brasil potas, bombons e panetones, que utilizam em sua composição frutos do cerrado, como
Rua 21 de abril, 1393 jatobá, murici, buriti, cabeça-de-negro, gravatá, ananás, cagaita, mangaba, umbu.
CEP 39280-000 - Buritizeiro - MG
Tel.: (38) 3742.2224 O trabalho é coordenado pelo Movimento do Graal no Brasil, que tem por objetivo a
E-mail: chicofulo@bol.com.br construção da soberania alimentar dos pequenos produtores da agricultura familiar,
graalpir@interpira.com.br além de promover a economia solidária e incentivar o uso sustentável do Cerrado.

Cooperativa Grande Sertão


Produtos nativos conquistam mercados de Minas

A Cooperativa Grande Sertão, em Montes Claros, norte de Minas Gerais, foi criada há
cerca de dois anos por 30 agricultores locais, resultado de oito anos de trabalho com o
Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (CAA-NM). A cooperativa planeja
produzir cerca de 90 toneladas de polpa de fruta congelada em 2005, a partir da produ-
ção de cerca de 700 famílias agroextrativistas que vivem em 17 municípios da região. O
objetivo maior é criar condições para inserir no mercado os produtos nativos da região
e a produção dos pequenos agricultores.
Contato: As máquinas da fábrica foram compradas com financiamento do Programa de Pequenos
Projetos Ecossociais (PPP-Ecos) e produzem polpas de 15 sabores, sete deles nativos da
Coop. dos Agricultores Familiares e
Agroextrativistas Grande Sertão
região: panã, cagaita, maracujá nativo, umbu, mangaba, araçá e coquinho azedo. A linha
R. “H” Andersen, 400 de produtos inclui, ainda, óleo de pequi, pequi congelado, rapadurinha e mel. A produ-
Distrito Industrial – 39404-005 ção é vendida na própria região e abastece também os restaurantes populares de Belo
Montes Claros – MG Horizonte. Dessa forma, a Grande Sertão gera iniciativas e oportunidades nas próprias
Tel: (38) 3223.2285 comunidades, por meio do manejo e da otimização dos recursos agroextrativistas dire-
E-mail: grandesertao@caa.org.br cionados para a segurança alimentar e a produção comercial sustentável.
Minas Sempre-Viva
A guinada empreendedora

As sempre-vivas, flores típicas dos campos rupestres brasileiros, têm sofrido exploração
descontrolada. Visando encontrar formas de conservá-las, a Fundação Serra do Cipó
desenvolveu, a partir de 1998, o projeto Minas Sempre-viva. Iniciou-se, dessa forma, um
trabalho com a comunidade de Galheiros, em Diamantina/MG, composta por 44 famílias
coletoras, no entorno do Parque Nacional das Sempre-vivas.
Em vez de apenas extraírem e venderem as plantas aos atravessadores, essas famílias
começaram a produzir o seu próprio artesanato e a comercializá-lo em feiras da região e Contato:
de Belo Horizonte, por meio da Associação de Artesãos Sempre Viva. Para isso, o proje- Tel.: (38) 9969.1105 (Nete)
to capacitou a comunidade em design, gestão de negócios e empreendedorismo. Com (38) 9985.3293
o visível aumento da renda familiar, os 29 associados assumiram os rumos da iniciativa E-mail: emeldiam@citel1.com.br
e construíram a Oficina de Galheiros para a produção das peças. (Maristela)

Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu


Valorizando os produtos de babaçu

Desde os anos 1990, as quebradeiras de coco babaçu do Maranhão, Tocantins e Piauí


estão organizadas em torno desse Movimento, cuja finalidade é garantir a proteção e a
valorização dos babaçuais, os quais constituem o meio de vida de suas integrantes. Al-
gumas das organizações das quebradeiras de coco têm desenvolvido estratégias para
sobreviver de produtos derivados de babaçu, como o mesocarpo, que possuiu proprie-
dades nutricionais e terapêuticas, e do óleo, que constitui matéria-prima para produtos
cosméticos e para outras finalidades industriais.
Alguns desses produtos são comercializados sob o selo “Babaçu Livre”, desenvolvido
pela Associação em Áreas de Assentamento no Estado do Maranhão (Assema), uma
Contato:
39
Assema
entidade de assessoria que tem por objetivo fortalecer as famílias rurais que sobrevivem Rua Ciro Rego, 218 – Centro
da agricultura e do extrativismo no Maranhão. O selo Babaçu Livre conta com produtos Pedreiras – MA – CEP 65725-000
como: farinha de babaçu Bio Nutri; sabonete Babaçu Livre; frutas desidratadas Frutos Tel.: (99) 3642.2061 / 2152
da Terra; papel reciclado com fibras vegetais e tintura natural; compotas de frutas; óleo E-mail: gentedefibra@assema.org.br
vegetal; carvão vegetal Cocal; arroz, milho, mandioca e feijão orgânicos e ecológicos. Site: www.assema.org.br

Fundação Neotrópica
Atividades no entorno do Parque Nacional

O Projeto “Qualificação e Diversificação da Produção de Alimentos pelas Mulheres dos


Assentamentos Rurais do Entorno do Parque Nacional da Serra da Bodoquena” faz parte
da estratégia da Fundação Neotrópica para minimizar o impacto das atividades huma-
nas no entorno do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, em Bonito, Mato Grosso
do Sul. Contato:
Fundação Neotrópica
Este projeto pretende capacitar e auxiliar a população no desenvolvimento de atividades
Rua 2 de outubro, 165 – B. Recreio
econômicas que tenham como princípio o cuidado com a natureza, com o incentivo à
79290-000 – Bonito - MS
agroecologia e ao beneficiamento da produção, visando agregar valor aos produtos. Telefax: (67) 255.3462
Atualmente, sob o rótulo “Pé de Serra” são comercializados conservas, doces e sucos, E-mail: neotropica@fundacaoneotr
produzidos em duas cozinhas comunitárias construídas nos assentamentos de Santa opica.org.br
Lúcia e Guaicurus. www.fundacaoneotropica.org.br
Riacho D’Anta
Óleo de macaúba na mesa e no carro

Na comunidade de Riacho D’Anta, em Montes Claros/MG, o PPP-Ecos apóia a implanta-


ção da unidade de produção de óleos, com ênfase no óleo de macaúba, palmeira abun-
dante na região. Esse trabalho é fruto da mobilização dos produtores, assessorados
pelo Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (CAA-NM) e pela Cooperativa
Grande Sertão. A fábrica tem capacidade para produzir 17 mil litros de óleo da polpa e
6.500 litros de óleo da castanha da macaúba, além de 30 toneladas de carvão da casca
do coco.
O óleo da amêndoa da macaúba é comparável ao azeite de oliva em textura e possui
excelente paladar. A torta da polpa serve como ração animal e a torta da semente pode
ser usada na composição de granola, doces e outras formas de consumo humano. Além
disso, a macaúba representa uma das plantas com melhor potencial para a produção
de biodiesel, especialmente nessa região do Cerrado, marcada pela grande quantidade
Contato:
de palmeiras.
Fazenda Santa Cruz
Comunidade Riacho D’Anta Na comunidade de Riacho D’Anta vivem cerca de 40 famílias agroextrativistas. Para
CEP 39400-000 que a fábrica funcione plenamente, será necessário envolver outras 62 comunidades
Montes Claros – MG da região no fornecimento de macaúba. Além dos óleos, a fábrica processará pequi em
Tel.: (38) 3226.1000 (Valdomiro) conserva, como forma de otimizar a estrutura e ampliar a geração de renda.

Sindicato de Trabalhadores Rurais de Araguatins


Novas opções de renda

40 O Sindicato de Trabalhadores Rurais de Araguatins está apostando na diversificação


dos produtos desenvolvidos nessa região do Estado de Tocantins. Como fruto dos in-
vestimentos na produção de mel de abelhas africanizadas e da sua comercialização por
meio do Projeto Abelhas do Cerrado, apoiado pelo PPP-Ecos, o STR investe agora na
construção de um entreposto de mel, com recursos do Pronaf, envolvendo produtores
Contato:
de cinco assentamentos da região.
Projeto Abelhas do Cerrado
Sindicato dos Trabalhadores Rurais
Além do mel, pretende-se trabalhar com a linha de própolis, pólen e investir mais inten-
de Araguatins samente no manejo comercial de abelhas nativas, como a urucu, tiúba, jandaíra, jataí,
R. Presidente Kennedy, 1083 canudo, borá, cupira e tataíra. O STR está investindo também na capacitação de mulhe-
77950-000 - Araguatins – TO res para a produção de polpa de frutas e doces em pasta, utilizando-se os recursos de
Tel.: (63) 474-0014 plantas locais, como murici, buriti, bacuri, jenipapo.
A defesa desse binômio constitui a base da
atuação do Instituto Centro de Vida (ICV),
criado em 1991 em Cuiabá, Mato Grosso.
A entidade, que se caracteriza como uma
Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público (OSCIP), tem como missão desenvolver
estudos e ações visando à proteção do
meio ambiente, ao uso sustentável dos
recursos naturais, à conscientização do ser
humano, ao fortalecimento da cidadania e à
sustentabilidade social, agora e no futuro.
Desenvolve ações no Cerrado, na Amazônia e
no Pantanal, atuando nas áreas de Educação
e Comunicação Ambiental (publicações
impressas e eletrônicas, site e portal de notícias
“Estação Vida”), Conservação e Gestão
Ambiental. Tem se destacado também na
proposição e no acompanhamento de políticas
públicas – sempre em conjunto com outras
organizações, em espaços colegiados, redes
de Ongs e articulações regionais, nacionais e
internacionais.
Nesse sentido, busca inserir-se em espaços
destinados à formulação de políticas públicas,
como o Fundo Nacional do Meio Ambiente
(FNMA) e o Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama), colegiado no qual o ICV
tem assento como representante de entidades
ambientalistas da região Centro-Oeste. É
membro e fundador do Fórum Mato-grossense
de Desenvolvimento (Formad), da Coalizão Rios
Vivos e da Rede Cerrado, tendo composto a
sua coordenação entre 1997 e 1999.

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