Você está na página 1de 106

V IDA E M ILAG R ES

NA I S A BE L ,

R A IN HA D E P O R T U G AL

IT U IDO "T EXT O DO SÉCU LO X IV,


SU A P RESU M ÍVEL FO RM A P RIM IT IVA

P O R

'

1 . J: N U N ES
S ó c i o c o r r e sp o ú d en t e

CO I M BR A

1 92 1

AOAO EMIA DAS SOIÉ NO IAS DE LISBO A


Separal
adO « Bol
etim daCl
asse de Letras» vol
ume ll
Xl

V IDA E M ILAG R ES

D O NA I S A B E L

R AIN HA D E P O R T U G A L

T EXT O DO SÉCU LO xw,


A A A
,

REST IT U IDO SU A P RESU M IVEL FO RM P RIM IT IV


A A A
E CO M P NHDO DE NO T S EXP LIC T IV S A A A

'

J J NU NE S
. .

S ó c i o c o rr e sp o n den t e

CO IM BR A
IM P R EN S A D A U NI V ER S I D AD E
I NT R O D U Ç "
O

Na M on ar chi a t
L u si tana, par e V I , inseriu F r . F ran
cisc o B ran dã o , n o Ap ên di c e, en re O u ros do u m t t c en t os ,

um i n tit u lR el
o a am da v i da da l i a S a ta I a
q e u ç g ou
r os n s

b el,
R ai n ha de P ortu ga l, q u e diz ter « tresladadO de u m
_
-

liv ro e sc ri o de m ão q u e e s an o
t t C v t
on en o de S C lara .

de C oim b ra em c u j o prin c í pio afirm a ach ar se


» , p in t ad a - «

a i m ag em da san t a v e sti da c o m h ab it o c ordã o m an t o e


, , ,

v eo da O rdem de S an t a C l ara t en do n a m ã o direit a u m ,

c ru cifi o e n a c ab eç a h a c oro a de es in h os v en do se
x
p u » ,

ao s seu s é s la n ç ado s h u a c oro a e sc e tro reae s m


«
p p c o ,

a l et ra seg in t e U c et s i n a co on a D om ini m ei
p
ª
o u : ru e r ,

sce tru m et coron a m ea »


p .

S ô b re dat a da
c om posiç ã o inform a o m esm o q e

a su a u ,

em b ora se n ã o de cl
« are o au t or della se c ollig e se r ,

m u it o a nt i g a e m u it o pró im a a m ort e da san t a rain h a x » ,

ac re sc en t an do em O u t ro l g ar da m e sm a Ob ra 1
q e i sso u u

« se c ol h e por di er O a t or q e á q elle t em po em q e
,
z u u ,
u u

e sc re v i a do s i rm ã o s da san t a rain h a era v iv o som en t e


,

elrei de S i c il

ia D om F adri q u e o q u al c om o e sc rev e Joã o
, , ,

P arte 6 .
ª
, c ap X LII
,
. á
p g 475 da
. edi
ç ã o de 1 6 72 .
V illan o , au or t dilig en t e e v erí dic o daq u elle tem po , passou

de st a v ida n o ann o de 1 3 3 7 a 24 de j u n ho , e, c on f orm e

a i sto , m en os de um an no sob rev iv eo arainh a, su a irm ãa .

assim n aq u el
le deS poi s da della f oi
'

m orte
'

q u e an n o a
'
L en da c t
e s ri a com b oas n oticias de q u em a c onv e sou r e

t rato u em v i da» .

F iganiere n as su as M em ori as das R ai n h as de P ortu


g al,

g
ao ar u m en o apresen ado t .
t po r B ran dã o aj u n t a oda lin
diz , é í d aq u ella
,

g u agem , ,
«
q u e, a gen u n a e po ch a » , m as

c t t or en c et ado a s a

ac re s e n a :
( «
porem i sso o ter o au u

n arra
t iv a po c o d e poi s do f alec im u
e n t o da ra inh a ) f ô ra

dic il acre dit ar se adm it í ssem os c om o origin alo M S de


'
'

S ant a C lara por q e n o an t epen u ltim o, refere se a era u

de 1420 (A D 1 3 82) e n o seg u int e a era de 143 8


. .

(A . D .o q e prov ari a
q e o M 8 n ã o p o dui a u . .

ert en c er a u m a dat a an terior a e sta u l t im a O tra ir


p . u c

c m stan ci a q e sal
u t a av ist a c on tin a ele eadifferenç a
u

u —

n o esty l o q e facil m en t e se n ot a desde o an te en u l tim o


,
u
p
ao c om parar se c om O q u e o prec e de —
D e m ai s n o fim .

ach a se em l
-
in g ag em ain da m a s m o dern a o seg in u te i u

assen t o O t ro s m it os (m ilagr
: « e ) e st ã o esc rit o s em
u u s

su a V I da u e os m ordom o s fiz erã o


c om o se v ê
'

Im ri m I r,
q _ p
n el
la, g t
al u n s ou ro s enc u b erto s em tem po de
n o ss o

g ora g en t e gra '

c onh ecida dev ot a dest a san t a


a em ve e

rainh a

« T u do I sso ter -
nos —
hi a lev ado a su spei ar t da pret en dida
an ti g u idade do M B ran dão
. S .
, q u e serv ira de n orm a a ,

a n ã o ser o e sty l o c arac t erí sti c o da m a im a parte da ob ra x .

I n cli n av am o s port an t o a regeitar só os u lt im os para


-

, ,

a h u e n ã o ha rm oni sav am c om o re st o ten do os -


r
g p os q , ,

por e spu rio s . Mas a i sso se oppu n h a a c on h ec i da re s

peitab il
i dade do s Bran dõ es, c jau au th oridade é sem pre

de g ran de pe so ,
dev en do -
se pre su mir q u e, se alettra n o

1 F igam e re c i ta apen as as pri m e i ras palav ras d ê ste per oí


do .
fim da im em or a m o strasse ser de o t ro pu n h o q u e O rest o '
u ,

n ã o h o ve ra F ra n c i sc o B ran dã o dei ado de O m en c ion ar


'
u x .

T odas e ssa s du v i das foram em fi m r e c on c il


iadas pela i n s

p ec ç ã o d o M 8 c o n se r. a do e m .S a nt a C l ara v

É u m delg ado v ol m e c om 28 m eias folh as de papel


.

u
"
e sc rit as e al g m as n o fim em b ran c o c om du as de per '

g a m i nh o n o pr i n c í pio t en do a p ri m ei r a
, as ar m as de P or

t g ale de Aragãon nidas n o m esm o e sc do N a seg u nd a


u u ;

folh a de perg am in h o e st a pintado a c ores o ret rato em


'

c orpo inteiro da rainh a t raj an do o h ab it o de S an t a C lara ,


.

A lettra é em c arac t ere s rom anos t en do as m ai u sc u las ,

c et raria e sen do o tí tu lo em div ersa lettra E st a enc a .

dern ado em d as tab oinh as de m adeira cu b ertas de c o u ro


u

co m dou rado s n o c en t ro e n as e t re m i dades N a pr x . i

m eira fol ha de perg am i n h o sob as arm as v ê se a dat a , ,


de 1 59 2 e n a m arg em ao lado do lt im o; q e c om eç a
,
u u

O u tros m u i tos estã o escri tos lê -


se em di v ersa lettra
a se g u in e c t Ota : este c an
º
n ã o está n a linro an ti
g o» .

'
D aq i se c onhe c e c om a m aior ev iden c ia q e o M 8
u u . .

e i st e n t e em
x S an t a C lara n ã o só m en t e f oi e sc rit o n os
p ri m ei ros t em pos do s Fi l i ppe s n ã o sendo m e sm o n
( ec es

sario a dat a para o c ol ligir), m as q e tam b em e istia u x

u m a m e m oria m ai s an t ig a prov av el m en t e O ori g in al c j o , ,


u

de stino se i g nora da q al se c opi ara a q e h oj e se c on


,
u u

ser a v V ê se i g alm en t e q e o ltim o f oi additam e


.

u nt o u u ,

c ert am ent e do c opi sta e n ó s s speit am os q e os do s ,


u u u

an t eri ore s referi n do se à s e ra


,
s de 1 420 e 1 488 f oram
-
,

addic õ e s feit as n o propri o orig in al an t e s de se f aàer a ,

c opi a E nt en dem o s q e a L da n o seu e t ado origin al


. u en s

de i a ter c on c l ido onde se lê f eito p o M a ti m E tev e


v u r r s s,

T ab aliom de Coim b ra » ª

b eiro dit o

O sr . dr R i
. de V asc on c el
os n o eru e stu do

1
O u se ja o
5 56 .
q u e in t it u lou D . I sab el de Aragã o e on de inv estig a o

c om eç o do c u lt o prest ado ailu st re prin c esa q u e a I g rej a ,

C ató lic a c oloco n os alt ares ad z in do b ast antes doc m en;


u , u u

to s a ela referen t es o c u pa se n at ralm en t e da c h am ada ,


-
u

S an ta, inu ciosa q u e


;
L en da da R ai n h a e n a aprec iaç ã o m

dela faz lev a t


m ais lon ge o ac res en am en c t o, q u e P iga
_
-

ni ere su speit ara h av er i do feit o ao prim it iv o orig in al ; na s

su a O piniã o c om a q u al c on c ordo e el
, e f u n dam en t a n a

diferen ç a de est ilo q u e se n ot a en tre o q e an t e s se ach a u

e sc rit o e o q e se l he seg u e até final e ssa adiç ã o e st en


u ,

der se i a até ao
— -
46 in cl siv e 2
u

Prov ê m pois o esc rit o q e o do u t o m on g e n os leg ou


, ,
u

n ão do ori g in al prim it iv o q u e pare c e ter desapar eci do , ,

m as de u m a c ó pia q e se t irou dou t ra m ai s an t ig a feit a


,
u ,

p ro v a v elm en t e sô b re aq u el e n o séc lo x v ; am b o s o s ,
. u

apóg rafos e i st iam ao t em po da v i sit a de F i gan iere ao


x

m o st eiro de S an t a C l ara de C oim b ra m as el e só v i u o ,

últim o q e realm ent e era o úni co q e se ach ava n o c ar


,

u u

tó rio pois o qu e O prec e dera en con t rav a se n a c asa do


,
-

n ov iciado j n t am en te c om o t ros agió l ogi o s e l iv ro s de


'

u u

dev oç ão :
S eg u n do inform a o sr dr V asc on c elos n o se alu dido . . u

ê
'

1 O ti tu lo c om pleto d ste v ali osí ssI m o trab alh o, q u e c on sta de


doi s g rossos v olu m e s e se pode pôr a par dos m ai s n otá v e i s em i n
v estigaç õ es hi stó ri c as, c on sti tu i n do u m prec ioso e i n di spen sáv el c o
m en tá ri o ao te to x aq ui pub lic ado , e D . I sab el de Aragã o E v ola

ç ã o do cu lto de D on a Isab el de Arag ã o, esp osa do rei - l


av rador,

dom D in is de P ortu g a l a ra i n h a sa n ta
( ) estu do de i n v estigaç ã o b is
'
tori ca, f ei to p el
o dou tor An tón i o G arc i a R i b ei ro de V a scon c elos, len te
c atedra ti c o da F acu ldade de T h eologi a na U n i v ersidade de Coim b ra
f
e só ci o e ecti v o do I n sti tu to da m esm a c i dade 1 894 .

'

ª O dr V asc on celos, de c e rto o r e u í v oco, atrib u l a m esm a


sr . .
p q
º pi n i ão a F agan iere, m as ê ste diz posi ti v am en te q u e u lga ac res j
c en to só o qu e se lê a seg u i r à s palav ras ac i m a ci tadas, q u e se
en c on tram , diz êle, em B ran dão, parte 6 .
ª
, á
p gi n as 5 3 3 , col . I ,
edi

ç ão de 1 6 72 .
t rab alho em n ot a de pa 264 e ist em ain da ou dev em
,
o .
,
x

e isti r as d as referidas c ó pias; a m ai s m odern a g u arda se


x u -

ac t u al m en t e n o M M ac h ado de C ast ro da m esm a C


'

se u u i

dade a m ai s an t ig a est av a h a an os n a posse do f alecido


c apitalist a doP ô rto J osé G aspar da G raç a Jú nior q u e


, ,

a com prara a u m en g en h ei ro a q u em as f eiras a h avi am


r
v endido e h oj e dev e pertencer aos seu s h erdeiros
,
.

A diferen ç a principal q u e há en t r e os dois apóg rafo s

c on sist e em ser o m ais m oderno de papel em qn anto o ,

m ai s ant ig o e t o do de perg am in h o C om põ e se est e di .


-
z

- n os o sr dr V asc on c el . . os q u e o v iu e c om pu l ,
sou de
2 4 fô lh as n u m eradas só n a fren te em h arm on ia c om o »
,

c o st m e da é o c a as q ai s m e dem O 2 2 t m
u
p ,
u e e s ã o ,

t odas escrit as c om ex c epç ã o apen as de dois terç os da


"

p ri m eir a pág i n a ; o s c a r a c t er e s sã o gót i c o s se n d o a let r a ,

i nicial dos c apí t l os o r n am u e n t a d a e a c ô r es v er m e lh a e ,

az l al u tern adam en te A di isã o em ca pí t u los c orres


. « v

on de i n t ei ram en t e a div i sã o B a n d a f a m 55
p q e r o e u z

N o v elh o c ó dic e o s c apitu los sã o ain da s b di idi dos em u v

55 i,n d i c ad os p o r s in a i s es c r i t o s a lt er n a d a m e n t e c o m a s
du as c ores m en c ion adas N afolh a de g arda n o prin
. u

ci i o l
p ê se e
-
m c a i
l g ra fi a d o s éc lo X V I a se g u i n t e in s u

criç ã o

P era m em oria b e b om tam b em gu ardar-se c om o n ov o


este a n tigu o ois h e o ºprop rio de qu e se elle tresl
adou e se
º

p
a cab ou em dezem b ro de 1 59 2 an n os .

P or b ai x o ha t rê s q u adras sem v alor do éc u lo XVII


s

ou XVIII .

P ondo de part e alg u m as v ari an t es de nenh u ma im por


tan cia, a seg u n da c o i a c on c orda c om e st a im i ra até
p pr e

n as v õ es e c ores das let ras e sign aes ; a reprodu cç ã o


di i s _

feit a em appen dic e à part e V I da M on a ch L asi t tam r . .

b em c on c orda n o essen ci al
Q an do se e sc re e est e apóg rafo j a tinh am si do feit as
u v u ,

ao t e t o origin al t o das as am l
x i aç õ e s u e se l m m
p q ee e
Bran dã o c epç ã o dos ú ltim os t res ag
ª
c om ex Até º

aq i a e scri ta e t oda c orren t e sem i n dic aç ã o al g a


.

u
p m d e , u

in t erru pç ã o dem orada com a m esm a c allig raphi a tra ,


-

ç ada pelo m esm o escreven t e o s m esm os sign aes as


-

, ,

m esm as t in t as etc f S eg em se O S doi s primeiros dest es


, u -

ev i den t em en t e e sc riptos ain da el o m e s m o nh m a


p p o s u ,

lig raphia m ais de sc rada sem j a h av er o cu idado


'

em c al u , ,

até aq u i sem e c epç ã o m an ti do x de esc rev er com c ore s ,

distin c tas as let ras c apit aes E st es dois '

q u e n o m a .
x

n u sc ripto en t ram c om o c a it l os n ã o sã o div i di do s n a


'

p u -
,

form a dos an teriores O 5 fin al t ran sc ript o por B ran


'

.
,

dã o e sse n ã o aparec e no v elh o apó graph o ; e u m a adv er


,

teu eia escripta apen as n a c opia do sec lo XVI u » .

V ê se poi s q u e as defici ê n cias qu e n ac ó pia de B ran dã o


-
, ,

se en c on t ram e i st iam j a n aq el
, a don de ê l
x e t irou a s a u u ,

a q u al se rec on h ec e te r si do feit a por e screv en t e pou c o



«

erit o e c u idadoso c om o prov am os f re q en t es l ap so s


p ,
u

u e n el a se not am alg n s c orrig i dos ain da n a m esm a


q ,
u

c allig raphia g otic a m as por m ã o diferen t e o tros j á em


, ,
u

cu rsiv o b em c arac t erí st ic o do secu lo XV . »

É de c rer q e alem da c ó pia feit a no sé c lo XV a q u e


u ,
u ,

ac ab o de refe rir m e ou t ras m ai s h o v esse prov o c adas


-
,
u ,

p e l o d ese j o de c o n h ec er a i da d a s a n t a ra i nh a e q e V ,

u ,

o r an d ar de m ã o em m ã o para esse in t en t o o ori g in al


p , ,

rim itiv o se t iv esse perdido N o nú m ero dessas de v e a


p .
,

meu v er c on t ar se o L i v da R egn ha do a H li sa b eth


, ,
-
ro n e ,

u e o In fan t e S ant o D F ern an do em se t est am en t o u


q

. .

, ,

dei a ao m óesteyro das D on as de S am S alv ador de


x «

L ix b oa en t re ou tros es rito s em lin g agem


»
3
i st o é em
c u , ,

1 S ão de q u e atrá s f alei
os ac resc en tos .

ª N a m i n h a en u m eraç ão os n ºª
57, 58 e o q u e om i ti . .

3 Com o esta q u alidade se atri b u i ao s q u e o prec e dem ,


i sto é ,
um ,

V i da de sam Jerony m o, ou tro, V


i da dos S a n tos, c on ec tu ro j q u e ela se

dem ais os doi s dei x ados


refere tam b ém ao liv ro i n di cado ac im a ;


portu u
g es (cf . O roni ca delR ei dom Joam de F ernã o Lo

p ,
e s ediç ã o do Arqu i v o .

Histó ri c o a
p g L I ) ,
. .

Do m esm o ap óg rafo do s éc u lo x v ,
ain da se g u n do in
f orm aç ã o do sr . dr V . asco n c elo s, tiro u R odrigo G om es
i n stau
'

u m a v ersã o latin a, q u e foi m an dada para R om a, a

rar o pro e sso c da c an on z aç ã o i ,


da S ant a ; o u tra ain da n a

m esm a í n g u a fez , de
l c er o t a pe dido dos B ollandiStas,
em 1 6 78, 0 B º
ª
An tó n io M
C om panhi a de Je s s ac e do , da u ,

q u e c om el a l h e s rem e t e m a c ó i a em port g u ê s dest e


p s u u u

m at eri ai s se ser i c om o ele c on f ssa para c om por a v u ,


e ,

su a po r
,
q u ant o n en h m a de st as d as v ersõ e s o sat is u u

fi z eram , o au tor da q u e se en c on tra n o v olu m e II do m ês


de J u lh o deob t , ra i n ti u lada Acta S anc tor um
1 .

D e sej an do c on t rib ir para a h om en ag em q e a Ac ade u u

m a das S cien ci as de L i sb o a re sol


i ve
pre st ar ao se u u

di stin tí ssim o só ci o o sr C on selheiro Henriq e da G am a ,


. u

B arros c on sag rando lhe u m n ú m ero especial do se B o


,
-
u

ain da, qu e se di z se rem de oraç õ es ,


n ão se afi rm a la q u e fôssem
em lati m . No m e sm o te stam en to a
(p g L ) f az -se
. ê
refer n c i a a u m

caderno do o j i ci o de sa n ta Helisab etb , q u e c om ou tros liv ros, para


é x

s, e tc
"
m en to . dei ado ao « m oestey ro de S F ran c i sc o de L ey re a » ,
.

m as esta de v e se r c e rtam en te S an taÍ I sab el de Hu n gri a, c u o c u lto


'

j
j á h av i a c h eg ado tam b ém a P ortu al
g , traz ido ou sem dú vi da i m pu l
si on ado e l
a rai n h a su a h om ó n im a
p .

1 S ôb re re fer n c i as ê de esc ri tores v ári os a L en da v e j


a-
se a ob ra

c i tada do sr. D r . V asc on c elos C1 ei o q u e os c ron i stas q u e trata


.


"
ram do rei n ado de D . D i n is dela se u tiliz aram ; pelo m en os R u i de
P i n a, em b ora n ão o c on f esse, aprov ei ta alg u m as das su as
p a ssag e n s .

B iografi as da S an ta e xi t s em n ão p u c as
o ; afora a dos B ollan di stas ,

ou tras h á, de q u e o seu au to r faz m en ç ão, escri tas em lati m , i ta


,

lian o, espan h ol e f ran c s ; n a n ossa l ê


í n gu a dou f é das segu in te s : a
de D . F ern an do Correi a de Lacerda, b i spo do P ôrto, 1 73 5, ou tra
resu m i da de M . F L 1 746 ,
. . e an te ri ore s a estas, a de D iogo Affon so ,

1 560 , A P h eni a: de P o rtu g al por F r . A n tó n i o E sc ob ar, 1 6 80, um D is


cu rso sob re a m orte de 8 I sa b el, por V asc o M ou si n h o de Q u eb edo
Caste lo B ran co , 1 59 7 e u ltim am en te o poem a de F r M an u elCh av es,
intitu lado Nov a E sther em P ortu
g al,
L isb oa 1 81 9 .
10

letim , pare c eu -m e
q ,
u h ist oriador por
e t rat an do-se de um

t ant os t í t los n ot av el n ã o seria desc ab ido da m inh a part e


u ,

apre sen tar m a t en t at iv a de re st it iç ã o a s a


u r i m itiv a u
p u

f orm a de u m t e t o i nteressante em si por ser m a am os


x
'

,
u

tra m al s a aj n tar ao q e da lí n g a dê sse t em po poss im o s


u u u n


e sc rit os l iterá ri os e do c u m en t o s n ot ariais e n o se — u

c on teú do por n o s c ont ar em frase singela sem orn at o s


, ,

artifi c iai s n em arreb i e s r ató ri o s a v i da sim le s e ao


q, o p u , ,

m esm o t em po tã o v irt u osa de u m a das fig ras de m lh er u u

q u e m a i s s o b re ssaem n ã o só en t re as n aci on a i s m a s ai n da ,

e nt re as e st ran g ei ras e q e por tal form a se im pô s à u

Im agin aç ã o pop lar q u e est a n ã o t ardou em env olv e la


,
u
' — -

n as m arav il hosas rou pag en s da len da e t om ala c om o


ª
'
-

sí m b ol o de m ag n anim i dade doç u ra e pac iê n c ia ,


.

A m in h a t arefa porê m se por u m lado era fá cil vist o


'

, , ,

c om o ape sar de alg u m as m oderniz aç õ es sofrida a c ó pia


,
'

s,

feit a n o sé c lo XVI c on ser a m it o s dos m odi sm os e gra


u v u

fias prim it iv as b ast av a apen as g en eraliz ar a estas e


à q ele s o q u e era partic u lar de


u n s e o tras p or u u —

ou t ro pa sos h av i a em c O en t ido era


,

'

s
q e o m o d i sse s u , ,

inin t eligív el por reprod ç ão in e x act a do orig in al prim i u

t iv o ; n este c aso desej an do faz er desaparec er essas ,

ob sc ri dades o ú ni c o m eio de q e po di a l
u ,
an ç ar m ã o era u

o e st do do pró pri o t e t o assim t ran sm i t i do pO s q u e a


u x ,
I

v ersã o l atin a apen as m e dav a a in terpret aç ã o do se au u

tor v i st o prov ir da m e sm a c ó pia defei t osa


,
E m c on se u . .

q u e nc i a d i sso s ó p o r c o n j e c t u ra s p o di a pro c e der ; n o en

t an t o nã o q eren do alterar o t e to da M on a hi a L si
,
u x rc u

ta a dei o tal q al apen as c om alg u m a rara e lev e di er


n ,
- u ,
v

g emel a e ain da q an do a isso m é ab alan c e n ã o dei ei


, , u
'

l, x

de in dic ar em n ot a a liç ã o da cópi a de S an t a C lara ; afora

1 T an to F i gam ere c om o B en ev i des ocu pam -


se dos conh ec ido s

rodí i os, referen te s a san ta : o m ilagre das rosas e o c asti g o do


p g
detrac tor da su a fam a .
11

i sso, u m a ou ou ra t
v q u e se m e afi g rou ou est ar pala ra u

a m ai s ou ser in di spen sá v el para n t el ig ê nc ia do sen tido I

en c errei as aq u el a e nt re parê nt e si s est a en t re c ol


-
,
c hetes ,
.

F oi e st e O proc e sso q e seg u i n o t oc an t e ao s en tido ; u

q u ant o a form as e respec tiv a ort og rafi a c on ten t ei m e com -

dar a u m as e ou t ra o c u n h o pró prio da é poc a serv in do m e ,


-

ara i sso do pró prio t e t o ; assim à s m en o s m o dern as x


p
e la oc orrem f i i t ig as ado t an do por
'

p r e er as m a s a n p
q u , ,

e em pl
x o, a a ec e a l ã as
g e
( p o
c rt an to ãa)
'

an t e
r,

a ssi «

,
r , ,

a v eenç a, av er ,
av oo, b een zer, ca en tu ras, c a er, O a ta lon ha ,
c om prir, con si i rar, Costan ç a, depôs, despen saç om dev oç om ,
especi a l
door, em m i igos, , f a m e, f ezera,
gu ari do, i , l
eer ,

legar, lei x ar, logar, m eezin h as, m esse eiros,


g m ester, m oes

teiro, m ov i m en to, n a c er, n om ordi ar, era,


_
, p
p oer, , sa,
(fem . de seu
) ,
seer, sii a , soterrar , teer, tev era,

tii n ha, v eer, e tc .


,
q u an do se m e deparav a a u eec er,
g al

g u m as, en tre, assi m ,


a v en a ,
ç h a v er, av o, b en zer, qu entu
ras, cai r, C a talu n ha , cu m
p ri r , con siderar , Con stan ç a , etc .
,

e, por q ue na é poc a em q u e a L enda f oi c om post a a de


sinê n ci a da 3 do plu ral do reté rit o perfeit o do
ª “

pe s a
. so
p
indic at iv o era —
om ,
rest t
i u i -
a àq u elas form as
q u e a ti
n h am em ,
i-u
m pe rf eit m
o , poré m ,
m ano
n t iv e as du as,

e -om ; n aq u el as q u e se afast av am das adopt adas


'

-am i

no séc u lo X IV se g u i o u so da é poc a, e sc rev en do , por


c al
ex em plo ,
a
l
j f
ou a r, ezes, c eram es, c on h oc er, c reç u do ,

delu v ío, dereito, desc ordi a, en ç arrar, en na , enten du da,


ifan te (
para os dois gê n eros), j e j ã ar, l ç
ec en a, L ei rea ,

m ai s, m en i n h o, en istr
o , i m a ãe, ordêe, t d
m
g p rou
gu e (pre e
-
.

p raz er e assim a
p rou
gu e,
n o
-
te t o px rou v e
) si m
p rez e tres
teza , em gar
lu al
i f
o a de r, ca l
i ces, c er om es, etç .
; d ei x ei ,

porê m ,
in t ac t as aq elas u
q ,
u e c om o m en ua
g e
g
m in u a,

1 É esc u sado diz er q u e on de estav a -ão pu z —am , m an ten do n o


e n tan to o m em v og aln asalfi n al; q u an to a dom , porq u e em B ran dã o

e sta form a altern a c om a ac tu al ab rev i atu ra D .


,
se
gu i a esc ri ta h o e j
em u so em tal c aso .
12

trou v e e trou aee de ou tro s t ex tos c oetá neos se v ê q u e


,
"
c oex istiam Q an to as n asais represent ei as por til
. u -

q u an do se ach avam e ntre v ogais esc rev en do b êezer b õ o '

, , ,

itu etc por b een zer b o m h au m etc


,
.
,
m as S im
pl i
,fi q u ei o ,
.
,

as c on so an t es
ge m in adas 1 .

Afora e st as m odifi c aç õ es n u m erei c ada u m do s c api


, , _

t u los de q e a L en da se c om põ e em h arm onia c om o


u ,
'

apóg raf o do s ecu lo x v sem c on t u do seg r sem pre a d ,


uI i

v i sã o q u e o m e sm o fa do s re spec tiv os paragrafos oor z ,

c on siderala m u it o arb itrá ria e u m a v ez ou out ra pu s


-
,
-

em l i nh a difere n t e part e s q u e em B ran dã o e st ã o en gl


'

b adas n o m esm o período T am b em pelas c On sidera .

ç õ es at ras e post as om iti o ac resc en t o q u e O croni sta


'
x ,

fez ao t e t o de S an t a C lara ou sej a o S u ltim o


x .

Q u em fô sse o au t or dest a b iog rafi a ig nora se por c om -

p l e to c om o fi c ou
,
d it o m as o
q u e é foraf de dú v i da ,

at est a o apró pria n arrat i v a


-
é q u e c onh eci a b em a V ida ,

art ic u la r e púb li c a da su a b i ografada A i n g el z a c om


p s e _
. « .

u e fal a d i d r V asc onc el s a i ng enu idade com


q z o sr , o . .
,

u e n os refere c irc u n st an c ias e m i n u c i o sidades a i n t eira


q ,

c onc ordan cia das allusõ es n m erosas qu e fa a fac t os da u z

histó ria port u g esa e est ran g eira c om as div ersas fontes
u

da m e sm a h i st oria ou t ro s do c u m en t os c oevos q u e se t eem


,

en c on t ra do em epo c h as posteriore s e con fi rm am v arios


"

n t os da n arraç ã o : t u do ist o n os ob ri g a a depo si t ar c re


p o

dit o n a v erac idade do n arrador C ont a a v i da t oda de .

D I sab el acom panh an do a desde o n asc im en t o até a


.
,
-

m ort e As su as v irt u de s e oc pa
.
ç õ es o s t ra b a lh o s os u , ,

desg o st o s as aleg rias e t rist e as o t em po div i dido en t re


,
z ,
'

o s e erC c o s de de oç ã o f as pract ic as de c ari dade e as


x I I v , _

lide s dom estic as a paci en ci a em soffrer as frag ilidade s ,

1 Com rar s e a x c e pç õ es ,
segu i o m esm o roc esso e m
p toda a L enda ,
v i sto n ão ter h av i do diferen ç a sen s í v el n a g rafi a du ran te o tem po

qu e se se u u
g i asu a com posi ç ã o até o fi m do é
s cu l
o .
13

do m ari do, a
_
pru den c ia em re du z ir o espi ri o re t b elde do
fi lh o ao b edien cia do pae , t u do é referi do com despreoc u pa
ç ã o a dm irav el»

E st a sim plicidade de lin g u ag em levou os B ollan di stas


a su speitarem q t t eria si do al g u m a das
ue o seu au or

freiras c om q u e D I sab el c on v i v eu ê sse arg u m en t o


.
, ,

ê m é i n su fi c ien t e orq an t o O ut ras ob ras há em q e u


p or , p ,
u

in g u ag em apre sen t a o m e sm o aspe to e q ue n o en t ant o


/

a l c

sã o dev idas a en as m asc u lin as 2


m as o u e n ão ade c e
p , q p
dú v ida é q u e , f ô sse ê le qu em fô sse , h om em ou m u lher,
'

estav a ao fac t o do s ac ont e c im en t os da é poc a e n a su a

narraiv a só t t inha em v i s a ext pô r a , v erdade tal q u al era


ou a j g u l av a ser,
'

t estem u nh o
apelan do por v ezes
para o

de pessoas q u e c om o ele tin h am pre senciado os fac t o s


, ,

referido s
3
P or est e s m otiv o s in clin a se (n a m in
. h a O pinião -
,

com t odo s os v i sos de prob ab il idade) o sr dr V asc on celo s . .

a er ali q u an do n ã o a pen a ao m enos a in spiraç ã o do


v , ,

c on fessor e t est am en t eiro de D Isab el o b i spo de L a .


,

m e g o D F r S al
,
v ado M ar
. tin s q iç á n a i deia de por esse
.
,
u
.

em en t os

m odo forne c er os prim eiros e in di spen sá v ei s el

p a ra a c an oni z aç ã o da rainh a
q e ele j a t er i a n a m en t e ,
u —

el n a v on t ade .

Q a n t o
u ao t í t u lo pri m it i v o do l
iv ro é e i d e n t e q u e n ã o
'
, v

era n em
, p o d i a ser O q e ele tem e m B ra n d ã o -

p o i s u ,

ne ste da se a D.
I sab el 0 n om e d e sa n ta q u e só n o pon
- .
,

tifica do de U rb an o V III i st o e em 2 5 de M aio de 1 6 25 "


, ,

el a re c eb eu F iganiere q u e dev i a tê lo V i st o t am b é m é
.
,
-

1 Cf , us lau datu m , tôm


op o áI
p g 7 ,
. .

2 E n tre ou tras, poderi a c i tar a Crón i ca da O rdem dos F rades

M en ores, pu b lic ada por e sta A c adem i a, j


c u o e sti l
o por v ez es se pa
r ec e m u it oc om o a u i u
q sado j
v e a-se a respe c ti v a I n trodu çã a a pa
g i n as L X .
"
Cf por ex em plo,
3 . este s m odos de di z er : esto f azi a el
la ascon da
dam en te, com os a b em al s e a l u as de d
g u u g sa c asa ; u a
( on a) a
que
dizem ,
h íí a molhe: e lhe cham am etc . etc.
»
14

om isso a esse res ei o ,


p t a enas a v ersã o
p latina n os in
form a,
pela t radu ç ã o q ue faz ter ele sido c on c eb ido nestes
term os ª
L i v ro qu e f a l
a da b oa v ida R agn ha de P a r
q ue
f ez a

tu ga l don a I sab el, e dos seu s b ôos f ei tos e m il


a res em sa
,
g
v i da e dep oys da m orte .

A fora i sso , B ran dão om it iu ig u alm t pr


en e o ó lo g o
q u e

n ele se en con rav a e t de cu j a e x i stê n cia t í nham os t am b em


c onhecim en t o pela versão dos Bollan distas ; dou
tal q u al v em n o apóg rafo do séc u lo X v .

P ara m elhor c om preen são das referê n cias q u e n a L en da


se f a em a person ag en s ré ias a aren t adas com
z S t
g p an a ,

I sab el org aniz ei o seg u i n t e


, .

1 D ev o esta i nform aç ão e tu do o m ai s qu e aq u i di go e n ão c on sta


do seu c i tado liv ro, D . I sab elde Aragã o, a am ab i lidade do seu i lu e
tre au tor, a q u em g ostosam ente faç o pú b lica a m i nh a m i ta g ratidão
u

pelo v ali oso au xilio q ue se dign ou di spen sar-m e, á


j pr e stan do -m
e

todos os e sc larec i m en tos q u e lh e pe di , j


á c on fi an do-
m e o seu e x em

plar da M on archi a L u si tan a, c om as n otas u


q e tom ara do apó grafo
do sé cu lo x v n o c u rto esp aç ode tem po q u e o ti v era em seu poder .

G ra as a
ç i sso, pu de faz er x
g ari z ado pOr Bran dão as,
ao te to vu l

em b ora le v es, alteraç õ es q u e n este m éu se en con tram j


e a u n tar

al a n ota m ar in ais q u e aq u ele om i ti u , ev i den tem en te or


g u m s s
g p
desn ecessári as ou de som en os i m portân ci a .
P edro IIIu r D . Isab el, q u e c asou com F elipe I I I de Franç a
c asou c O m

iz de G u sm ão, mu h er de Afon so I I I d e P
l ortu gal (i le

Afon so 11 1 , D f I sab el q ue
'

r
, c asou c om D .

Afon so I V de P or D . Con s
tan
ç a º

tu gal, qu e c asou

c om D Be atri z ,
.

fi lh a de S anch o I V
de Castela .

A
o I D . M ari a D . I sab el

E rª filh a a d a O rdem dos f rades m enores, I I , 359


I dem
.

de
Id me de

N B
. . os
a daboa vida que fez Raynha de P ortugal
Livro que fal

,

Dona Isabel, e dos seus bõos feitos e mil


agres
em sa vida e depoys damorte

'
P era se n om p erde r per t em po de m em oria dos om ê es
a v i da t m u n do fe a m u y nob re senhora
q ue em es e z
'

don a I sab el per g raç a de D eu s ray nh a de P u rtu gall e


'
,

do Alg arv e e o ac ab amen to q de ou v e e as c ou sas q u e


,

N osso S enh or I h esu C risto em ssa v ida e depoy s sseu


say m en to dest e m u ndo por el a fe p orem e m t an t o o . z,

ffecto de ssa v i da está rre en te ea m u y tos om ães e m o


l

lheres dig nos de c reer q u e v i rom e passarom as c ou


Sas q u e se adian t e seg u em e assy c om o n ot orio a t o dos
'
os de P u rtu gu all screpv erOm se os seu s ffectos ob ras e ,
-
,

v ida n om aden do n em erran do de v erdade t odo


, q u e se ,

1
'

. E st a rain ha foy da c asa d Aragom


l
,
fi lh a delrey
D P. edro
ºD on a Costanç a E este rey D P e
e da ra nh a
y . .

dro foi filho delrey D J am e s e da rain h a D on a V iolan t e


3
.
,

h a delrey d O n glia
º
fil .

1 L ati n i smo por f ei to, f ei tos .

ª '
O tercei ro rei d Aragão d ê ste n om e qu e
, ten do n ascido em

1 2 76 , v eiu a f alec er em 1 285 .

"
'
3 O u Jaim e (tam b em Jacq u es) I d Arag ão (1 2 13 su a m u

lb er, c on h ec i da i g u alm en te pelo n om e de olan da, era filh a de


An dré II ,
rei da Hu ngri a e i rm ã, m as pate rn a, de S . I sab el, q u e foi
c asada c om Lu í s,
'

lan dgrav e de T j
u rí n g i a e c u o n om e seu sob ri n h o,

com oadi an te se di z , pôs a su a fi lh a, talv ez na i n ten ção e dese j o de


q u e ela lh e i m itasse as v i rtu des, i n ten ç ão e dese j o q u e f oram p len a
m en te realiz ados .
18

E e s e reyt D J am es
. h ou
Bl aos m ou ros M aorgas e

M e orga e E v iç a e a F rom en teir a 1


e V alen ç a, e t odo
seu re yn o , que era de
_
sa c on q u ist a , e filh ou M u rç a,
()
e

j
a u dan do 2 “

elrey de C ast ela “

E a ra n i h a D on a Costanç a foy filh a delrey M anfreu '

'
, o

q u alM an freu foy filho do em perador F raderic E seen do 3


.
,
'

ifan t e elrey D P e dro ou e de D on a Costan ç a ifan e


,
.

t v

filh os e t as O s q a i s forom e st es D AfOn so


,
ª
q ue u : .
,

de spois de D P edro rem o e m orreo s em fi lh os e


. u ,

D J am es, q e rein ou em S ic ilia e m orto D Afon s


. u o , .
,

t orn ou a reinar em Arag orn e D Eraderi ; q e ora ,


.
.
c u

ch am am rey em S icí lia e D P edro q e se m orreo em , .


,
u

C astella em t em po q e o [s] if an te[s] D J oam e D Afonso u . .

de la Ccerda faz iam g erra a clrey D F ern an do de u .

C ast ela q eren do se ch am ar por rey D Afon so de;


, u
6 —
,
.

1 S ão i lh as B aleares, das q u ai s as du aspri m ei ras se ch am am


as

ho j e M ai orca e M in orca ; afora estas i lh as, D Jaim e tom ou aos m ou .

ros V alen ç a, pela se g u n da v ez


; por est s e f ei tos gu errei ros tev e o

c ogn om e de Conqu i stador .

2 D ev e e n ten der-se , a m eu v er, po j


r a u dan do-o

3 E ste —M an freu Ou M an fredo foi rei da S i c lia í 1 26 6) e filh o


II d Al '
'

de F rederi c o em an h a (1 1 9 4—
1 250) e de u m a m ol
he r n ob re da
L om b ardi a de n om e Bi an c a L an c ea .

4 R ei n ou de 1 2 85 a 1 29 1 , su c e deu -lh e seu I rm ão D . Jaim e II .

5 O x
te to tem da G erda isto ,
é ,
daform a portu
g u es a ao apelido
e span h ol q ue a segu ir m an te v e Há aq u i equ í v oc o da parte do
au tor da L en da, de v en do c orri gi r se em F ern an do o Joã o do te to, x
poi s os person age n s c on h ec i dos n a
,
h i stó ri a pelo apelido de la G erda

ou da Cerda, c h am aram -se Afon so e F ern an do e foram fi lh os de


F ern an do (q u e o f oi de Afon so X de Castela) e de D B ran c a, fi lh a .

'
. í
de S L u s, R e i de F ran ç a ; am b os su sten taram gu erra c om seu

pri m o D F ern an do I V de Castel


. a, por se u l
g arem com m ai s direi to j
tron o do do q u e ê le, q u e era filh o de D S an ch o, filho
av ô

ao seu .
_

segu n do daq u el e q u e pel o pró pri o pai , depoi s da m ort e do prim o

g é n ito, fôra le c onh ec i do c om o seu h erdei ro n as c ôrtes c eleb radas em

S egóv i a n o an o de 1 2 75 .

6 Em v ez de di z er rei s, o au tor an ó nim o da L en da preferiu o s n i


g u i ar, de c erto por ter em m en te c ada u m dos i n div du os í .
19

la C erda c h am ando se de C astela e D J ou m de Leon ; - 1


.

e o ve
º
filhas D on a V iolant e q u e f oy
u ,
asada c om
: ,
c ,

'
t rey C arl rm ã o de S L i
[
3
el re
y R b er c] fi l
h o d el u os ,
s ,
I . u ,

o q e f oy b ispo de T ol
u o sa e esta D on a I sab el aq u al , , ,

q u an do n aeso n aceo env i stida e n olt a e b ert a de fi a


, ,
v eu

p ele q e lh e
,
n om
p are c iua n em b r o al gíi u a q al pel e ,
u

o u tsag em a rainh a sa m adr


ª
e f e poer e m n a c ou ssel la ,
.
, _
z

de prata e t rag ia e st a rai nh a aq ela ou s ela em sas arc as


,
u c s
'
.

E q ando esta rainh a D on a I sab elm ac eo an dav a a era de


, u ,

C esar em m ile III e n o e anos e porq e a m adre delrey v


5
, ,
u

D P edro fora fi lh a delrey d O nglia e fora irm ã a de S ant a


.

I sab el foy post o a e sta rainh a de P O t galn om e I sab el


,
I u .

E em tem po q u e ela n a eo a i a g ran de descordia an t re


. _ c v

D J am es e o if an te D P

el re
y
«

. e d ro se filh o pa d r_
e
*

.
,
u ,

dest a D o na I sab el e m tan to q e c lrey n om q eri a v eer ,


u u

filh o D P e dro n al ã d s fil h ,


se u g e. se o s p e ro
q u e ,
11 , I u u ,

em v i e do el rey D J am es eram j á t o do os q e ele


v n .
,
-
.
s u

o u e n ados e esc ol he o est a D on aI sab el e c ri a a a e ª


'

-
v , ,
v

am avaa m it o di e z u e sa c riada
7
"

n do -
o r e e s del a z
p u
q
, v ,

A
1 . Aq u i c om e ç a o v erso da prim ei ra fôlh a .

Co m o o v e rb o ou ve fi c ou j á m u ito atrá s, o au tor re eti u


p
-
o aq u i
e tam b ém o seu c om p lem en to j i l
has (
em B ran dão e rradam en te filh os) .

3 E ste R ob ertosu c e deu a seu


*

ai
p , Carlos II ,
no tron o de Napo

les e í
S i c li a de 1 80 9 a 1 348 .

4 No te to x ca u sel
la, qu e pode se r l
ei tu ra errada —da form a ac im a ,

c on stan te de U m i n v en ta ri o do 8 6 0 1t b0 X I V, i c ado pelo sr P edro


pu b l .

de A ze v e do, '
a pág 5, . e do T esta m en to do i nf ante F ern an do, D .
.

a
p g X L X da Ch ron i ca de I
lR ei dom Joam de F ern ão L ope s ( e diç ão
do Arqu i vo Histó ri co), a q u al represen ta o lati m la,
c apsel

i sto é ,
um

di mi n u ti v o de capsa ou ca ix a
5 D epoi s de I I I su b en ten de se ev iden tem en te -
palavra cen tos,
i sto é 1 3 09 ou 1 2 71 da e a de Cri sto Na Alj af
, r . eria de
Ç arag o a
ç
e xi ste ai n da u m aposen to, c on h ec i do pelo n om e de al
cob a, on de é
tradi ç ã o ter n asc ido a S an t a .

6 A m arg em al
gu ém pôs e sta nota p rof eci a de ea .

é e v i den te, a si n i fi ca ão
7 T i esta l
em aq u pa a v ra,
c om o
g ç pri m i
ti v a de (p essoa) qu e ele cri av a .
20

e n e a av i a t de seer a m el or m e l
b er h qu e sa rai da casa

de Arag e m ; e foy em a q u el tem po av í ido o -


i fan te D . P e

dro c om c lrey D J am es se padre .


,
u .

2 M orto elrey D J am es
. eo a rei n ar elre
y D P e .
, v .

dro e em M aiorgas D J am e s irm ã o d lrey D P e dro


, .
,
e .
,

c a este re
y D J am e s der a e m sa i da a e
. filh o
q e V s u , u

n ac era de o s D P e dro o r ei nado de M aior as e o c on


p g .
,

dado de R oselh on l
e O senh orio de M om pil ;
º
e diz ia esta

rai n h a D ona I sab el q u e se a ordav a q e em le an do c u ,


-
v
3

el re
y D J am es pera P o b l
. et e
ª
1 el e e sc olh er a S a se ,
1

p u lt ra
q eu i i ra,
ir em pos
u e l d o
v s re y s
5
se s filh os e u ,
u ,

t res rainh as ; as q u ais eram a m adre dest a D on a I sab el ,

e a rainh a D on a V iolan t e q u e foy m olher delrey 6


,
_
7

D A fon so , fi lh o delrey D F e n an do q e illho S ev i


.
7
. r , u u

lh a ao s M o ros ; e a o t ra rainh a era m olh er delrey


ª u u

D J am e a q e fic a a o rey n o de M aorgas E seen do


, . s, u v ,
.
,

cl re
y D P e dro re
y .v e e ro m a dem an dar em d,a tem
p o

a el re e st a filh a D on a I sa b el pera c asam en to ; d m an e


y
º
dav a -
a el
re
y de I n graterra pe ra c asar »
c om seu Blh o
'
erdeiro ; dem an dav a a elre
y

C arlo s
pera c asar c o m seu

1 O u R ou ssi l
hã o, em fran c ê s R ou ssi l
on .

2 O u tras form as deste n om e são M onp i rle, M onp ri l


ler, M om p ri s

ler e M on tep i sl
er (Cf . Cron i c a da O rdem dos F rades M en ores, II
j
-
a
p g 3 6 4 e
. a c i dade ho e c h am ada M on tpel
lie r .

3 E n ten dase ao ser lev ado ( a en terrar ) etc .


.

4 Cé leb re m oste i ro da Catalu n h a q u e Jai m e Ih av ia f u n dado .

5 O s doi s filhos D P e dro de Aragão III e Jaim e I; ac O m pa


"
.

n h aram -n
os a s respec ti v as c on sortes D . Con stan ç a e D . E sclere
m u n da .

6 S egu n da f ôlh a .

7 O dé ci m o n o n om e, tão n otáv el pelas de sv en tu ras f am iliares


com o i lu stre n as letras, o u
q e lh e v aleu o ep ít eto de S ábi o .

D III Ig j
l

8 . F ernan do , q u e a re a col
oc ou n os altare s, de dic an do
ao seu cu lto e spec i al o dia 3 1 de m ai o, tom ou S ev ilh a em 1 9 de
n ov em b ro de 1 248 .

9 T rata se de E du ardo I , q u e re i n ou de 1 2 72 a 1 30 7, a q u em su

c e deu seu fi lh o do m esm o n om e.


i
f h
l o R o b erte , c om e q u al de poI s c asou D . V iolan t e , ir
m ã a desta D o na I sa
'

b el E em tanto am a a se
.
ª
v u
padre

es at D on a I sab el e “

q e m t an t o a tiinh a
ue a
q u e di ia , z

el e era g rav e de a partir de sa c asa q e seu s feit o s e ,


u

s a fa em da i am
z adian t e e q e a vu a m
y est rem ada ,
u u

das o t ras m oç as por b on dade e per m es ra E a dit a


u u .

D on a V iolante passo dest e m n do an te q e elrey R o u u ,


u

b erte rein asse e o v erom filh o s a q u e c h am arom


2
,
u ,

D Pedro e D C arlos d qu e de C alab ria o s q ais des


-
. .
,
u ,
u

p o i s m orrerem sc e n do se p a dre re
, y
3
E o s da terra u .

tiin h am q u e elrey nom era b em on sel h ado e m q erer c u

reteer sa fil h a D I sab el e n om a q erer o torg ar a . u u .

al ã d tam n ob re s o m es a d m an da am e a
g u e q e e p r e u v

c asam ent o .

E crian do se ela assi em c asa de se padre depos


- u ,
'
m ort e [ d j el J
f D
re am e s se av oo e scen do j á de
y .
,
u ,

i dade de n o e an o s m orreo se em P ort g al elrey D om


v u ,
-
u

Afo nso ; m ort o elrey D om Afon so O q al rey m orreo , u x

ao s X V I 5 dias de fev erei ro e ra M . III e X V II an n os ,


e

depo s sa m orte , rei no u el


re —

y D . D inis, se u filh o E sc en do
.

D Di ni s
. rey , o u V Io diz er em com o el
re
y D P edro de
.

Arago m , q u e e ra em aq u el tem po , po r o s feit o s q u e

f azia e passava
por arm as, da dos re ys do m u n do de

1 Aq u i ,
c om o n ou tros lu gare s, tem /
oc u ç ão adv erb i alo m e sm o
esta l

sen ti do q u e o seu seg u n do c om pon en te só .

ª Ef ec ti v am en tc D V i olan te m orreu . em 1 30 2 e só em 1 30 9 pela


m orte do sog ro, D Carlos, é q u e
. seu m ari do, j á en tão c asado c om

ou tra, c om e ou a rei n ar
ç .

í é ê
'

3 E ste per odo form a u m a esp c i e de par n te se en tre o qu e o

seg u e e o q u e pre c e de .

4 Em h arm on i a c o m ou tros lu gares c orri g i 0 dep oi s m orto do te to x


na form a aci m a, c o rrec ç ão q u e se m e afi g u ra ter ex i stido n o ori
gi
n ale m v i sta da tradu ç ão p ost ob i tu m , afora a su arepeti ç ão, c om o

di sse .

5 Assim n o apó
g rafo do é
s cu l
ox v , B ran dão tem X III .
g ram fam a, a via du as filh as lidim as, ()
e m an dou a el

se u s m e sse eiro s e
g proc u radore s ,
pera dem an dar pera ca

sam an o e s a t t
D ona I ab el E em aq el tem po q e
fi lh a s . u u

rey de P ort g alch eg are m a c asa delrey


'

o s m e ssegeiro s del
'

de Arag e m eram i o s m essege iros de I n graterra e do


filh o delrey C arlo s q u e ª a dem an dav a pe ra c asam en to ,
.

E c on siiran do clrey D P edroe m c om o e ste q e sa filh a


, .
,
u

dem an dav a , e ra j á rey e qu e a sa fi lh a de sa c asa par

t iria c om n om e de rain h a e con siiran do em c om o elrey ,

D D ini s e el n õ m avi am t an to de parent esc o nem


.
,
'

'
d o t ro div i do porq e de dereito se em b arg a
u r
,
pode se u s

e ste c asam e nt o n e m c om prisse pera tal asam en t o de s


, c

en saç om de pa a e q e a ssi c a ar podiam se m em b a rg o


p p ,
u s ,

assi c om o o t ro s sim m ê es o q u e n em
3
pre e s o u ira em z ,
v

asam en t o de re
c
y [ ]e ca
por l a m aior arte n om
[j p c asa a ,
v

com re a em se u c asam en to c om ri sse de spen saç om


y q u e
p ,

e em [ c om o
] nem po di a c asar c om o fi lh o idelrey de I n

g raterra, n e m delre y C arlos 5


por pare n e s t q e e
urom , sem

1 Este pron om b ora c on c o rde (e tam b de q u e é v erb o


'

e, em em O

j
su e i to ) c om a palav ra q u e o an te c ede , dev e c on si derar-se referido

i g u alm en te aos m esseg ei ros de I ng ra terra .

º
V e rso da 7 .
ª
fôlh a .

3 si m
pl
i ces tem o te to x .

Id em n em
_ , q u e, a m eu v e r n ão faz sen ti do, c om o tam b ém n om

q u e v em an te s do v erb o com p ri ss e, q u e se seg u e ; q u an to a loc u ç ão


p o ra m ai or parte, q u e prec ede aq u ela prim ei ra part í cu la, talv ez se aj
eq u i v al
e n te a p ri n ci al
p m en te,
dev en do a c on u n j ç ão ea , q u e i n tro
du z a oraç ão , c lassifi c ar- se de i n tegran te , papel q u e desem pen h a _ .

em m u i tos ou tros te tos x c on tem porâ n eos E m b ora re du n dan te , q u er


.

m e parec e r q u e em todo este pe r odoía c ó pi a n ão reprodu z o ori i


g
n al pri m i ti v o, daí as alteraç es õ qu e m e pe rm i ti .

5 O s rei s a q u e se f az aq u i refer n c i aê parece terem sido Edu ardo I


de I n
g laterra
(1 2 72 -1
30 7 ) e Carlos II de Nápoles e S i c í l i a, c u os _
j
fi lh os, E du ardo e R ob erto , c asaram res ec ti v am en te com
p sa b el, I
e
'

filh a de F i lipe I V ,
o B elo, e V i ç lan te, e sta i rm ã, aq u e l
a -prim a s

g u n da da n ossa S an ta .
23

despen saç om do papa av er pos ot q ue a ele g rav e


f osse de parti r de si sa filh a, de De s u v n nh a e ste aaq u ela

m oç a (q ue j á em q
a u el em t p o daqu ela i dade t
e n en di a em

z
re ar oras e e m serv ir a De u s por
j j
e ã u e por e sm olas

e em se doer d aq u eles q u e v u a v u r
º
a c
asa delre , y seu

p adre , c om pressa de a dem an dar pera c asam en o t ) (e) de


ne m av er div ide c om a q u el
q u e a dem an dav a, pera
q u e

m e s er t fosse de spen saç om , () e


'

ou torgo u q u e c asasse c om

elrey D D i ni s de P ort g al,


. u e forem feit os o s esposori os

pe r c av al
eiro s, pro c u radore s
pera e ste delrey de P ort u

g al e se u s v assal
o s e n atu raes de P t g al
or u .

4 .F oy pos o dia a q u e t 3
cl
re
y de Arag e m em V I asse

sa filh a a elrev de ortu al, P g e m an dou c om ela o b ispo


de V alen ç a e ou t ro v aleiros do s m elh ores de sa terra
s ca ,

e m u itas don as e
-
don elas e o t ras m itas m elh eres
z ,
u u .

E de re m a ela seu padre e sa m adre m u ito s ri c o s dõ e s ª


,

t D P
ª

5
e ram v asi l
ha de pra a E lrey e dro , q u e pare c ia
g . .

ae le t
es ran h o av e r de par ir de sa c asa a u el a filh a, t q
q ue tan tq am av a, e q u e tii nh a
6
q u e em [ j
r a e e r em s a i t
b ia De t t por
"
7
c asa re c e de u s m u i as m erec e s, diz ia es o

mu itas 8
v ez es,
q ue qe s m e ssegeiro s
a u el de P ort u g al se
1 O x
te to tem aou v er , q u e de v e te r resu ltado de lei tu ra errada

do ori gin al .

º
E ste pron om e i n trodu z a preposi ç ão i n fi n i tiv a de n om av er di
v i do q u e v em j á m u i to depoi s, o q u e talv ez e x pl i q u e o e desn e c e s
a
s ri o .

3 É poss vel q u í
e o ori gi n al di ssesse 8 ou em .

ª N o te to dons x .

5
,
Hoj e di r í am os b a ix el
a n e ste sen tido não oc orre e m M orai s

(8 e di
ç )
ã
ª
. o .

ª Com o se de pree n de do con te xt ê o, ste v erb o tem aq u i o sen ti do

de—ter p a ra con sig o, i . é , pe n sar .

7
R efere -se e ste pron om e ao sen ti do da prec eden te oraç ã o i n te
g ran te .

3 Afi u r a -s -m
g e e q u e aq u i ê ste
pron o m e j
ad ec ti v o c on t m ê em si

i gu alm i de a -de tan tas, don de


en te a o sen tido de con secu ti v a q ue m e

parec e ter a c on u n
j çã o
que
, q u e v em lo
go a di an te .
24

t em iam de a n em q u erer a eles leix ar elrey . E foy


'

c on

selh ado elrey D Pe dro


.
, p g
or u e rra g ran de
q u eem a q u ele
t em po an tre clrey de C astela D Afon so , .
,
e o if an te
D S an ch o se fi lho
.
,
u , q ue depos el foy rey , av i a,
q ue

q u is[e sse] m an dar por m ar e sta sa filha a P ort g al u , te


m en do se - i
elrey de Arag e m , por a u da
j q ue faz ia ao

i fan t e
D S an ch o de q erer elrey de C ast em b arg ar
.
,
u el a

a i da a e st a sa fi l
h a E ag isado pera a en i ar por m ar .
,
u v

disse clre
y seu padre

— Filh a D e ,
u s,
q u e ,
te c h am o u
pe ra e s e t c asam en t o e te
g u ardo pera sair em n om e de rainh a de m i h a casa ele
u
,
'

x n ,
'
3

te q u eira g u ardarde em b arg o em este c aminh o


'
ª
.

E en t om em t erra de V alen ç a om eç arem se c am inh o c u

a P ort u g al b raç av a a
4
r E l
re saio c om a filh a e a -
p e y s .

e c h orav a diz en do ,
:

V ist es e m e de tam pou c o rec ado av er de partir de


— 5
e

si pera n n c a v e er a c o sa do m n do m elh or q u er
u
q e u u u

e m ai s am ada ?

E , b ê ez en dO
'
-
a
per v e es e z diz en do 6


Filh a , tu v aas
pera o u tra terra ; e u em tan to te tenh o
por en ten du . da e c as t igada , q u e n em sei m ai s
q ue te
e on sel
h e , ea dos t eu s dias ne m se n ç o
7
c rea u ra a am t t c om

ri da e b em en ten du da
p .

1 3 ª
folh a .

Certam en te h ou v e aq u i omi ssão de palav ras da parte de c o

pi sta ; o ori gin al pri m i tiv o di ri a pou co m ai s e u m en es o segu in te '

m a r, ten do m u da do de o i n i om
p ,
disse etc .

3 E ste pron o m e est aa m arg em do apó g rafo do é


s cu lo —x v .

ª O m esm o te m aq u i e sta n o ta : a c ró n i ca de D om Dinis di z qu e


el
rey v eo com su a filh a té o estr em o de Castella .

5 S u b en ten da-se : com o eu sou (


em parti r, i . é ,
separar de m im ,

dei x ar ir .

6 E b een zendo—a etc , . dev e en ten de r-se c om o u m c on tin u ado do


su j eito .

7 0 te to di z x sento .
25

E assi se partie elrey D P e dro de sa filha e m u it os .


,

ri c os c av al e iro s e om ãcs de Arag e m e de Catal onh a

eerom co m el a ata o rey n o e senh ori o de C ast el


'

v a .

5 E , en tran do por C a t ela saio pera ela o ifan te


. s ,

D S an cho q e era [ seu ] pri m o c oirm ã o e fe a ela e


'

: ,
u ,
z

aos q e c om e la v iin h am m it a ou ra e di sse lh e


'


u u

Coirm ã a a m i fe e faz m u it a aj da v osso padre


,
z u ,

D Pedro e m e tio em t an t o q u e n o m u n do n em a
. , u ,

om ê e porq u e m ais fe e sse


'
e e iria c om o sc o e v os z ,
u v

lev aria a P ort g al m ais n e m po sso porq e ag ora m e u , ,


u

g ran des g erras e feitos em t an t o qu e n em


rec rec em u

m e po sso
p a s s ar a g ora dest e l o g ar m
º
ai s en iarei
3
c om ,
v

vos o o ifante D J am es m eu irm ã o e v osso c oirm ã o


c .
, ,

q e
u v os ac om p a nh a r á e i ra c om v os c o a ta P or t g al u .

E v eo e ste ifan t e c om ela ata terra de Brag anç a .

6 D espO s q e ali c h eg are m


. I ach are m
u o ifan t e ,

D Afon so de P ort g al irm ã o delrey D D inis e o


. u , .
,

c on de de Port g al a q e di iam D G on ç alo e o u t ros u u z .


:
,

m uit os c a aleiros de P ort g al e prelado s q e ali at en


v u ,
u

diam a rainh a E de pois q u e o í fan te D J am es aq ele s


.
,
. u

a h ou
c t orno se pera C a t ela e lei o a rainh a aaq eles
,
u -
s x u u

p o r t g e ses u; e c
u h e g ar e m c om e la aa v il a de T ra n c o so .
,

e al i ch e g o elrey D D in i s e ali se fe erom as b odas


u
5
. z

e deu el re fi ci aes e t erras aa rain h a


y O .

1 « Ah o te m po q u e este c az am en to se fe z em Arag u am eram


g ran

des gu erras e di fi eren ç as em Castella an tre clrei D . A ffon so, h o


j D
_

dec i m o , e h o i fan te D S an ch o, seu fi lh o, c u a . arte elrei . P edro


'
d A ragu am fav orec i a i a » diz R i de P i n a Ch ron i c a d elrei
i
c seg u
, u na

D D i ni s
.
, a
p g . 2 6 do v ol . 1
( edi çã i
o da Bi b l otec a dos Classi cos P or

tug u eses,
' º N o te to p arar x .

3 [ d m as i n v i arci ú lti m
. . Com o n este o v oc áb u l
o, c orregi em ere

m i ta , erm i da, en v ia r, e tc . o i rem i ta e tc . do te to x


ª V erso da 3 ª
fôlh a .

5 em agôsto de 1 2821
26

7 . E t
e s a rai n ha , depoi s q u e foi c asada , c om eç ou seu s

fei t os em viço de D e b
.

() i 1
ser us e em part r
[ ] p
O s o c om
re s

do q u e av i a e em j e j ã ar e av er c oi a e t pi e dade do s errad o s

e apre ssado s e «
a leer e av er b re iario por qu e re asse
v z

rez adas en t en di a em
l

as oras c an oni c as e ,
'

as oras sar
,

2
tar al o u far e j f az er _
e m an dar faz er seu s lav ores a sas
3
don as e don z elas e m an dar sa c asa, q ue seeri a m u i to

de seer de 2 5 ann os ou de triin ta 4
. E assi c om eç ou de s

pen der seu t em po das ren das


5
das sas t erras q e am a u ,

daq u ele q u e cl el dav a av i am g ram parte po ”

e re
y a a

b res e m en go ado s e m oe stei ro s e em pare dadas e don as


en v ergon ç adas e m en go adas

E st a rainh a s een do de de asete ann os fe sa fi lh a , z ,


z
6

D Costan ç a a q al foi c asada c om elrey de C a tela


.
,
u
'

s ,

D F ern an do da q u alD ona Costan ç a clrey D F ernan do


.
,
.

o e el
uv re
y D A fon so d e C a st e la e a rain.h a de Arag e m ,

D on a L een or q e foy c asada c om elrey D Afon so fi lh o


, u .
,

delrey D J am es irm ã o da dita rai ha E m orreo e st a


.
, n .

rainh a D on a Co sran ç a m an c eb a E ac ae eo q e pou o


7 c u c
.
,

1 i é , p arti n do (h o e I epartin do)


. j .

i é , enfiar em f orm a de c ordã o M orai sapen as regista sarta ,


de
v en do o v e rb o ter-se c om o deri v ado d ê st e su b stan ti v o ou prov i r
di rec tam en t e de seri a re .

3 A m eu v er, dev e su b en ten der—se an tes el


a .

4 L ei tor an ó n i m o lan ç ou am arg em e sta n ota : N on i n telligo qu i d


di ca t O tro ob serv ou P a rece u e est á a qu j era da estac on ta da su a
. u q
i dade, porq u e di sc , a tras q u e seo sogro m orreo n a era de 3 1 7 e el
re
y
el la n aceo n a era de 2 71 , p elo q u a l a m orte de seu sogro, era i á de 46
an n os de i da de, e el la casou d p ozs de m orto seu sogro, c om o fica di to , r

'
ov ern a r su a c asa , sen do casa da de 2 6 30
log o n am podi a g ou ann os

de i da de, com o aq u i di z .

5 E n ten da-se com eç ou a em pre ar seu


g tem p o, desp en den do as r en

das etc .

6 deu a lu z (n o an o de
7 E m 1 8 de n ov em b ro de 1 31 3 , portan to c om 25 an os ; seu m a

r ido falecera em 7 do m esm o m ê s do an o preceden te .


27

t em po des qu e D on a Costanç a passou n n do est a rainh a ,


v

D on a I sab el de S an t arem pera L ix b õ a c om elrey D D i .

n is apart an do se el
, a de fi log ar a q u e c h am am P on
-
u

tev al e iinha pera a ila q e di em Az am b j a re


1
, v n v u z u ,

c odio apos a rainh a b raadan do fi erm it ã o e di en do


2 z
u

_
P or D e s senh ora e n ide m e q e v os q ero di er
u , ,
v -
,
u u z .

A q u eles q u e arre dor iin ham n e m [n o] q eri am lei ar v u x

ch e g ar e o erm i t ã o di sse as aq el in h am
, q u e es q u e 1 v s1 u 1

o ou v i am


S enh ora , _
a rain h a D on a Costan ç a, v o ssa filh a,

p are c e o a m im em son h o j á por v e es z e m n a erm i da


em q ue faç o ,
v i da, diz en do m e
-
q u e v os v eesse diz er

q u e ela
padeci a em
[ j
'

n o
p ur g at orio e q u e lhe acorress e ,

de s e o ac orrim en to fosse est e q e f e e


: s e de s
u
por e la ,
z s

por u u crerigo c as o t -
di z er
p or da
'

an n o c ada -
diam issa,
f az en do —
se sac rifí ci o de sob re altar, c om o a orden ado a

san a t E I grej a .

E os q u e arredor da rai n h a v n n h am c om eç arem a rn r

t z endo eles

do q u e o erm i ão dizi a, di '

Q

S e a rai nh a D on a Co stan ç a parec er podesse a alg
3
u n,

leix aria de pare c er a seu padre ou


[ ] a sa m adre ou a seu

irm ão .
e
"

pare er a a c i
v ó s?
E a rain ha p g
re u n to u
'

se c on h e c i a algfi u q
a u ele er

m itã o di sserem lh e q u e
e —
n om , n em sa b iam u m orav a .

E ,
des q u e f ore m em a q u ele lo g ar da Az am b uj a ,
f ez a

rainh a b sc ar aq el erm itão pera falar c om ele e pera


u u

v i r o t rem n em so b ere m
ª
n em ou e n em
u n o ach are m , , u

par e 11 t m orav a n em est ado fa ia


,
E a rai nh a di sse u z .

1 ap ar tan do -se . e vi n h a . Aq u i O au to r, em v ez de c on ti nu ar a

em preg ar o g e ú
r n dio , m u dou para o i m perfei to do i n di c ativ o .

E ste v erb o tem aq u i o sen ti do de a cu di r, i sto é , su r i r de re


g
v

pen te .

3 4 ª fôl
ha .
.

4 isto é , do m odo
q u e ou trem n ao o ou v I sse, ou os doi s a sós ;
28

e ste a elre
y D D i ni s c om o a q e l e r
.m it ã o lh e par e c
,
e ra u

e depoi s o m an dara c at ar e ne m

n o ach are m ; e el rey

disse q u e era b em de se fa er o q u e o erm it ã o di ssera z .

E a rainh a fe ch am ar fi u creligo a q e di i am F ern am


z ,
u z

M en de q e z,era s e g n d ou cr ee n ç a d as g e
,
n te s i rg em u
"

, V

de n acen ç a e c ast o e on est o e m an dou lh e a rai nh a ,


-
,

e de s aq el di a c el b e m i a l a l m a da a i nh a
q u e r asu
s ss p e a r

D on a Costan ç a sa filh a c ada dia ata o ano c om p rido


, , .

E o dit o F ernam M en dez as o fe E ac ab ado este an o s1 z .


,

e ses do c l urey e a rai nh a em C oim b ra pare c eo [l h e] de ,


-

n oite em v i se m a rain h a D on a Co stan ç a e seg n do a , ,


u

rai h a D on a I sab eldi i a


n a e ra e m esti du ras b ran c as
p r c e v z , ,

e di ssera a ela

M adre sen h ora , ora sô o eu liv re da pe a q u e pade c ia ,

e v ou m e pera lo g ar , lou v ado D eu s por sem re


p , u n on

e
mª de pade c er pe a .

E a rai nh a ac ordou log o c om t


e s a v i se m e disse a

elre
y em c om o [lh e] pare c era sa fi lha em dorm i ndo ; E
em
[ j n a m an h ã a, seen do a rainh a em se u es radot pe ra

ou v r i m i ssa ,
v eo a q u el c rel
i go F ern am M en dez a ela

e disse :

S en h ora , p or q u em m e m an dades d a q u i por dian


.
te ce

leb rar, b j á o an o em q e m e c an t ar m an das


ca eu ac a ei u
2

te s por [l a rainh a v o ssa fi l a?


j h
E a rainh a di ia q e em aq el hora n em q u an do z u u ,

v u ra aq el v i sem u n e m se ac ordav a daq u el as m issas q e


,
u

p o r ela c el eb rar m an dara E e n t om aq ele dia een do . u ,


v

aq elu e de g raç as a D e s e fe di er ao lo or de
,
u u ,
z z uv

D e s m issas offici adas por relig iosos creligos e fe ou


u 3 z

t ras e sm olas .

1 P oderi a tam b ém c on serv ar-se liç ão do


a te to , x h e, ci n gi -m e to

dav i a a tradu ç ão lati n a q u e em e


p g
r a o f u tu ro .

Afigu ra-se -m e q u e o au tor u sou aq u i deste v erb o n o sen tido de


de eb ra r
c el .
_

3 i sto é ,
sol
em n es.
29

9 . E ,
h a D on a I sab el de idade de
seen do es a t rain
'
« v n n te anos fe fi lh o c lrey D Afon so de P ort g al o
,
z u ,

q art o D Afon so e n aceo n a cn dade de C oim b ra V I II de


'

u .

fev ereiro em [n a] era de m ilI iI e x x 1x a n n o s o q alrei n o ,


u u

depos elrei D D ini s seu padre e seen do i fan te


'

ª
. c aso , , , ,
u

com a rain h a D on a B eat ri z; fil h a delrey D S an c h o de .

C ast ela e da rainh a D on a M aria m elb er do dit o rey


3
,

D S an ch o a q al tro erom m oç a pera P ort g al e c ri


.
,
u uv u

are m [n
h elre
y D
-
D i n i s e est a rai nh a D on a I sab el .
,

seg n do c om pri a de se faz er e m c rian ç a de fi lh a de


rey .

E , v i v en do elre
y D . D iniS e a rainh a a g u ardan do

a q u ele q u e se dev e D Di g u ar dar t


an re c asado s, elre
y .

q v
'

n is foi en du i do por al g ã s q u e e
z eriam en v ol er em u ,
u

e d d l i a e l u ri arem ra av er o t ras
p c a o e r a pe r ux u
p e ux u

h ere e pera e afast arem da c asa da rainh a e en


m ol s ,

c om en ç o ª a t ee b arr
u e g ã as e m o lh e re s m an c eb a
r s e a er

v

h lh os delas E a rainh a pero q u e fos e em aq el tem po


.
,
s u

m el b er m anceb a e e ste q e elrey fa ia so b esse dav a a u z u ,

en t en der ao m n do q l d v a c o sa; e

e or a e e n om a
q p u u u u

ra t om o el
q u an do a el a di i am : O re
y t alpo r b arre gã a
z « u »
,

en t om el a pera dar a e nt en der u e dav a po c o e n om


, q u

c rav a de tal c ou sa c om eç av a a rez ar e a l


u e er por se s, u

liv ros ou a departir 5


em alg ã a s c o sa s q e f o ss em a u u

lo v or e serviç o de D eu s c om sas don as e don elas


u z .

E por esta m es ra q e elrey D D ini s em ela vii a e en u u .

t en dia, e c om o Seu n oj o e pesar alav a e n em se q ei


"

c u

av l ey t orn a a do erro e do m al q e a ela fa ia e '


x a ,
c r v u z

tem ia se de D e s porq e n e m g ardav a seu m at rim on i o


- u ,
u u

1 A m arg em /: filiu s ei u s rea: Al


f onsu s q u artu s P ortu
galiae .

ª V e rso da 4 ª
f ôlh a .
.

3
. O q u arto do n om e .

4 O q u e c om eç ar é v o c áb u lo do arti go c aste lh an o
m esm o .

ª ê
O sentido d ste v erb o neste lu gar dev e ser conv ersar, f alar .
30

ley , c om o era estab elc ç da p O r [l] a I grej


'

e sa u san ta a . P or

t
e s as c o u sas se c om eç ou de af as ar el
re
y t de seu p ec ado

faz er e , se o al
g ã as v e e s z f az 1 a, en c ob ri a o m ai s
X
_
q ue
po

dia, pera n em se sab er . E ou v e clrey filhos e filh as ,


ª
, os

qu ais sofri a a rainh ae m an dav a q u e se v ee ssem an e t


ela e dav a a el
es de v e sti r e de coIn eer e c ri av a os , -

e assi faz ia aos a os, y f az ia a to dos m u ito b em 2


e
" m ui a t
j
a u da . E m arav il
h av am -
se os da terra , p or seer de tam
po u co t em po m en i nh a e m an c e b a [ dj e ,
3
seer de tan t o en

ten dim en to e de t an t a m e su ra e n om tilh ar em si pe sar,

j
n o o n enh ã u de tal c o u sa, de q u e h eres
as m ol
'

n em se em
k

re c e b erem g ram n oj o .

11 E depoi s q u e est a rai nh a v eo a P O rt gal reere


.
,
'

u ,

c e ª de scordia au tre el
u re
y D D in is e o if an t e D Afon so .
)
.
,

rm ã o E e st a rainh a een do e st a de sc ordi a e e ste


5
se u I .
,
v

m al an t re e l es e er an do el r al s lo g ares q e o
c c e u
y g , l
u u

i fan t e tiinb a e filh an dO o s p era n om re c re c er d e c er- 6


,
7
s

dia m a r e dan o em [ri j a t erra tratO u e sta rainh a per ,

si e
pe r se u C on sel h o e p o r
p re la d os e O t ro s o m ãe s b õ o s —
u

av ee n ç a an t re cl re e o ifant e se i rm ã o e pera se f a u
y , , ,

z er a pa e c on c ordi a en t reg o
z a el rey a v il a de S in tra -
u
ª

q e
u e la tiin h a d e s a m ã o d elre y e de u e lrey o t ro s 10 ,
u

1 E v i den tem en te das am an tes .

E n ten da—se q u e faz i a b e m tan to aos a i os se ( é q u e n ão está por


a ia s o tra du to r lati n o v erteu nu tri ces) c om o aos seu s edu c an dos .

3 E poss1v e l q u e , por atracç ão c om a c opu lativ a e, o au tor a em

é
_

pre g asse aq u i i gu alm en te, em v ez de de, q u e a e


p p
r osi
ç ã o pedi da

pelo v erb o m ara v i l


har-se, a n ão ser q u e p or este a em j '
lu gar d ela .

ª i . é ,
sob rev i r

5 5 .
ª
f ôlh a .

6 c ercan do . e fi h
l a n do -os : estes doi s ge rú n di os dev em ,
tal
v ez

en te n der-se c om o c on tin u ado a esta descordi a e este m al


. e por
tan to c om o eq u i v alen tes a oraç õ es in teg ran tes, i . é , q u e c erc av a.

e fi lh av a e tc .

7 P or estar
j á di stante , o au tor re
p e ti u o su
j ei to .
31

g ares ao ifante pera se m anteer c om eles E , .


ª
fez q u e o
i fant e fi c asse por assalo delrey e para seer a seu ser

2
v

v iç o em t o do o t em po q u an do a el rey c om pri sse sa aj da u


-

e se serv i ç o u E 11 esta rainh a iia q e c lrey av ia .


3
v u

sanh a o u i ra sem m ere ci m ent o ou por m e st er ª de al g ã u s

u e m al q ise ssem de se o ou n at ral t rab al h


5
assal av a u v
q u u ,

de f az er en t e n der a elrey O dereito e a v erdade e [ de]


'

e part ir de i ra e san h a m ai s g ardav a se m i t o de re , u -


u

r n em afic ar a el rey pe ra perdo ar j u stiç a u en ten dia


g a , ,

q u e j u tiç a c om pria E ou tro s san h a ou m al se an tre


s
.
. r

lgã s b õ o s do rey no recrec ia por m al do m u n do ou


'

s u

om e io trab al hav a por si e po r o t ros pera se perdoarem


z ,
u

e iirem a pa e c on c ordia e se aq u ele s q e c lpado s


v z , , u u

ere di m sati sf az er el 6
d d
m [ n om
] p o ,
a a a a o s eu p o r , v ,

v iirem a p az a am o r E ra c o sa em q e ela g ram e . u u

ra er a i a q an do v iia perdi do o di o e c ob rado a m or


p z v ,
u

an t re aq el
7
es q e . o dio o m al c orria ou era j á per
u u u

tem po
1 2 Av en dO ª
de scordia g ran de an re c l t D F ernan do
'

re
y
-
. .

ª O su j ei to
[
é - a rai nha ; e m ri
gor este per odo dev i a í segu ir-se

a ti i n ha de sa m ão
2 Em v ez de seg u i r a c on stru ç ão an te ri or, di z en do e f osse

v ari ou n do o i n fin i ti v o
'

ti v esse ), o au tor , em re
p g a

x
'
'
3 E ste ad v e rb io , c om o n ou tros te tos, tem ,
a
q u i o sen ti do de
u an do .
q
ª s em m ereci m en to ou por m ester
,
i . é ,
sem m oti v o j u sto ou por

í
of c i o ou su g estão .

5 Nesta e xp re ssão de seu v a ssal


o ou n a tu ral é í
poss v el q u e po r

lapso de lu g ar de i ti sse e al
'

se esc rev e sse em a e se o m o ron om


p
gu m .

- 6 te to te m x Sa tisf azer sen om el


a . Afigu ra-se -m e q u e o
'

co

i
p ast re
pe ti u o se
-

q ue fi c a atrá s e de sloc ou e n om .

7 '
De ve en te n de r-se a n tre a qu e Ú es an tre qu e .

3
V en do tem o a ó rafo
p g do é
s cu l
o x v ,
Bran dão Hav en do ; talv e z
a p rim i ti v a liç ão fôsse av ê in do, ge r ú ndio de av ei r,
''

depoi s a vi i r e

a v ir, q u e si
g n i fi c av a acon tec er e con ra ar
g ç ; c f. m ai s ab ai x o a v eof
32

de C astela g enro , de st a rainh a, e el


re
y D J am es . de
A rag e m irm ã o de lo g a

sta rainh a, r az om de al ã
po r s

, g u

re s q u e elrey g
de A ra e m tii nb a filh ado [ s] , q u e foram do s
m ou ro s, os q u ais c lre
y de astela d i zi a
q u e e re m C
de sa

c on q u ist a elrey de Arag em di e d o con trari o e sob re ª


, z n o ,

e st as c o u sas e dem a das q e an tre el e s av ia e st a rainh a


n , u ,

D ona I sab el con siiran do q anto dano e m al per esta


,
,
u

g erra em E spanh a a [er]ia e se eg iri am m i tas m or


u
- 2 v s u

te s de m u it o s e (de) m itas sem m ere cim en to e 3


m rey n o u

de C astela e de Arag em e do tros m u itos senh orios/


, u
*

e l og are s q u e se am est ram e e n ten den do e t em en do se u ,


-

q u e se e sta g erra e de sc ordia an tre el


,
u e s m it o d rasse u u ,

q u e o m o ros ê m iig o s da F ee Cath ol


s u ic a ,
c o b r ar iam
5
po der ,

c o tra os ch ristã os pera se esc sar e st a g erra e des


-

6
n ,
u u

c ordi a an t re os dit os re y s av i a e se re c re cia e st a


q e ,
u ,

rainh a t an t o t rab al h ou per s e per ou t ros qu e os dit os 1

rey s de C astel a e de Arag e m eg erem


*

el e Com prom e

terom q e elrey D u D in is de P ort g al fosse j i sob re .


'

u u z
.

e st e feito e prom etere m se c e rt as pê a a e st ar a q al


'
,
s u

q er q o q e elrey de P ort gal an t re eles fe esse e a


u z u u z ,

q r sen t en ç a q e el E D

q u a l e u e de sse f ore m el re
y u D i . .

n i s e e sta rain h a D on a I sab ele n sem b ra c om elaa ci dade

de T arraç on a em se h orio delrey de Arag e m passan do


,
n ,

p o r [j
l e s re y n o s de C ast ela e de L eem e f orem em ]
u a ,
'
L

E sta prep pare c e ter aq u i o sen ti do de p or cau sa de


1 . .

ª D e
q u an to dç v e ti rar-se a c on u n ão i n teg ran te q u e, a q u alin
ç j
trodu z a oraç ão sc segu i ri am .

3 dem ereci m en to tem o te to o


, q u e m e parec e n ão faz er se n tido ; x "

é poss í v el q ue o or igi n al tiv e sse sê m ereci m en to, i . é ,


i n oc en tes
c f. n ota 4 da pá g an teri or . .

4 O u a prep de está a . m ai s em
'
d ou tros ou dev e ligar-se ê ste

com le m en to a m u i tos, q u e an tec ede


p .

5 a v i am tem o apó grafo do é


s cu l
o x v .

º V erso da 5 ª fôlh a .
33

dit a cu dade j u nt e s elrey D . C ast ela e a rainh a


F ernan do de
D ona Costan ç a sa m elb er , , e a rainh a m adre del rey D F er .

n an do D on a M aria e i fantes e m u itos ric os om ê es de


, ,
'

C astela e de L ee m e m it as n ob res don as e forem tam u ,

b em l elrey D , J am es de Arag em irm ã o de t a rainh a '


,
s ,

e a rainh a D e n a B ranc a sa m el b er e m ites n ob res , ,


u

em ees e don as de Arag em e de Catal onh a E elrey 2


.

D D inis seve ant re ele s pera liv rar seu s feit os e faz er
.
3

sas pa e s segu n do ach asse de dereito E ou v i e pri m eira


z ,
.

m en t e razõ e s del rey de C ast el la q u e t raz ia pera aíi rm ar


o
q u e d iz i a E de pois e nvie as razõ e s del
. rey de Arag e m
-
,

m em c on t raire e v i t as as razõ es de a e d e
q u e ere s u

ou t ra part e deu J I"


, ,

O an t re el,
es seg n do ac h o
U de de ,
u u

e a ee o s dito s rey s de tal m anei ra q e se part ie


ª
reite v u

todo m al e t o da desc ordi a q u e an t re ele s por est a ra om


'

a i a e f orem sem pre dep0 s am ig os part i do t e de o dio e


v 1 ,

m al q ere nç a E part irem se daq el log ar os rei s por


u .
-
u

m ito am ig o s e posere m antre S g ran des ii rm e as pera


u l z

se am arem e aj darem e c ada u t orn o se a se s


u ,
u u - x u

rey n os E el re
y D. D ini s e e st a rai nh a D on a I sab el d
. u

rare m fora do sen h orio de P ort g al em fa en do e st as u z

a een ç as des a prim eira de m aa de j l


v ho em q e partire m u ,
u

de se senh orio ata festa d S an t a M ari a de se t em b ro


'
u ,
e ,

aq u el an e peraq el fe st a t o rn are m P t g
[ ]
e e m a a or al u u ,

e an dav a em a q el tem po a era de C e sar em m il e tre


u

z entos e doz e ann o s 5 .

1 x
O te to de sé c u lo x v tem na di eta, i . é ,
logo .

ª No ta à m arge m R ea; D i on isiu s f u i i j u dex i n ter R egem Castel


lae et Aragon i a e
'

3 i . é ,
delib erar, resolv er .

4 P rete ri to do v e rb o arc ai c o av er,


qu e se u sav a n o sen ti do de
harm om zar
,
trazer á con cordi a e v i v e ai n da n oc om pos
to e an tôn im o

desav i r .

5 Alias 1 842 , c om o c orri g e o tradu tor lati n o ; a reu n i ão, diz em


os h i stori adores, f ez -se em 1 30 4 E sta i n c on g ru n c ia foi n otada or
. ê x
p
D epois a t em po q u e veerom de Arag em fezerom
12 .

fa er v e das do dit o rey D Afon so seu fi lh o e da dita


z .
,
, ,

D on a B eatri q e eram ifantes E stas v odas se fe eromz, u . z

m u i ric as n a n ob re ciidade de I i b õ a E v iinde j ao dito 4


i x .

rey D Afon so see ndo ifan t e por [lj o r


. ey n o e m s a parte
, ,

com sa m e l her de m an dado delrey seu padre f a en do


ª

, , ,
z

m orada n a c i dade de Coi m b ra pe r i r e m ro m ari a a S V i


'

.
, ,

c en t e de L i b õ a (e) lei ou a ifan t e sa m elb er e o ifan te


x , x , ,

D P edro seu filho q e j á em aq el t em po era ado


.
,

,
u u n ,

em C oi m b ra E des q e ce m pri o sa rom ari a t orn an do se


.
2 u -
, ,

de L i b õ a pera a i l la a qu e di em S intra elrey se



x .
u v z ,
u
.

p adre e a rai nh a sa madre i


_
in h am s e de S antarem a , ,
v -
.

L i b õ a E elrey [f oi] e d i de seg n do se dizi a pera


x ; n uz , u ,

apoderar o dito ifan te se 6 11 0 ; e e st e n em no s ab iam


u 1 ,

n em en t en di am sen om aq el e s q e eram em aq el

e cen u u u

sel ho 3
E st an do o ditoifant e em S int ra elrey se padre
.
, ,
u ,

c h e g ou ao L m i ar e so b e
ª
a da l egea de L i b õ a
*

u ,
x ,
u
_

c om o o ifan t e era em Sintra trasn eite e g ram parte ,


u

de c om pan h as pera aq el le go u e ifan te era fa en do “


u ,
z

an t e perc eb er t o dos o s c am in h os e l e g are s per u en _

t en dia qu e aaq el lego u e i fan t e era ir pe diam q u e u


5 -

al
gu ém q e
u à m arg e m lan ç ou esta c o ta : Hoc n on cong ru it cu m

ann o q u o n a ta est, q u em di x i t
f u i sse ab im p eri o Caesari s; i n
hi stori a D i on isi i re
g i s tra di tm ne st hu n c an n u m fu i sse ab ortn Christi
Começ a

i ab i m p er io Ca esa rzs n n m eratu r 1 3 42 aq u i a


qu ,
.

6 .
ª
fôlh a .

1 E m 1 30 9 .

E n te n da se . ao tem po q u e de v olta se en c am i n h av a para S i n tra .

3 I sto é ,
os seu s con sel
h ei ros .

4 É possi v e lq u e o o ri g in al,
e m do pre t ri tosou b e, em pre v ez é
g asse o g e r n dio ú sa b endo, q u e aq u i q u adra m el h or, aliá s terá de
su b en ten der—se a j
c on u n ç ão e an te s de ,trasn oi tou , v erb o q u e neste
-

a a e c e ter o sen tido de p assa r a n oi te em cl


aro ou talv ez an
p sso p r

tes o de an dar de n oi te .

5 En t da- orden an do u e etc .


en se q
35

n em leix assem em e e algu u


passar, pera e ifan te nem

sa er b poder a q u e ele ia . E , pero em q


a u ela n oi e t
el d i a rainh a b o el
re
y orm a u
[ e ra
] () , e assi se pe rce e re ,
y
pera
( ) e n om en te n der fa rai nh a q
a u el lo g ar 11 el
e ir
i d
'

r
p p
o õx
a, [ ]
e reeu die assr c alan de
q u e ela n em po e en

t en der , n em sa er, b m passado tem po, q u e elrey j á


sen o

dali partira E a rai nh a, tan t o u e c ert a f oi q u e el


roy
.
q
assi da u el l
q o g ar .
g ram no ite partira
,
Cav al ou g , e, le
v ando 2 .
c om panhas arm adas, c en su rou q u e elrey nom la

apoderar ifan t e , filh o , m an dou t ant e s


se nom o se u . e

em
'
ê es por tan tos le g are s e tam desv airados pera fazer ,

sa b
er ao ifan e
q ue t se g ardasse de e a h ar em aq el u c u

t
"

logar se
padre
q u e
3
u an
-
te pe r em p q
o e elrey a
, S i n u

tra .

u nt e era c h eg asse an te o ifan t e so b e e par
o i fa , ,
u

tie —
se dali e v ee se pera aq el leg o u ú c ara a rainha
,

d

m adre , a
av i a j a v iira
'

sa tem po q u e a n em em
'
ue ; e
q
t an t o 5
este du rou , a rai nh a c om s
as don as ti nh a g ran de

i ssas z t

6
e rate rio e fam a di z er m e re ar m u i as oras, e

per sa e raç e m e pe r
pe rc ib i me n te qfe z tev erom q u e
ue

foi a r
re dado g ram dan o e g ram m al u e se se u ir po dera
q g
ae re y no de P ort g al u , se el
re
y em q
a u el lo go seu filh o
apoderar aq u el logo el
"

p o de ra, p q
o r u e i am a c om re
y
al ã aq u e se g u n do dizi a, preu gu e ra de 7
b er
i

'

g u s , se re c e

dano e ifante e o q u e
po r si faz er n e m pe diam , segu n do

q u e
"

pare c a,
i -
q u iseram -
ne ac a ar em b a q u el a n oit e por
.
"

1 No tex to ra c u di o de ce rto por lapso : aq u i sin ôn im o de sa r i


cf a L en da P é de Cab ra em q e se u sa n a m esm a si n i fi c a ão
g
. u ç .

I í
(

sto é, p or lev ar etc .


; a part c u l
a e parece estar a m ai s .

3 P are c e m e -
q u e e sta part c ula í -

tem aq u i sen ti do con secu tiv o, de


v en do su b en te nder—se i
an tes de m odo, p or f orm a .

4 V erso da, 6 fôlh a _ .


ª
.

5 Cf a ex pressão ai n da
. em u so no en tan to, si n ó m m a de en qu a nto .

6 i . é ,
e n tre
gav a
— '

se à oraç ão .

x
O te to tem p ionn era , h o j e
p rm ovem
º
.

3
36

el
rey . E a rai n a m an dou h a seu fi lh o q u e enten desse
ª

elre
y e q u e o ou rasse e serv i sse .

14 A . c ab o
y D D
de te m po ,
i n is em S an se en do elre .

t arem c onselharam n e q u e part isse de si a rainh a e q u e


,
— —

el re
y t olh e sse as v il la s e o s l e g ar e s q u e p er l
[j e r ey n o
'

tii nb a e as rendas q u e av ia dan do a e n t en der q u e se


º
,

n em p o di a ord i ar c ou sa e m s a c as a c o
'
n t ra o i fa n t e d e l

q u e se e rdi av a
q e n e m f o sS e
'

g u a rd ad o eu p r o ib id o
3

r el a se g u n do e ifan t e fora em aq u el l g d S in t a
p e , o o e r ,

u el rey o c i dara a a oderar e u ue e m t ee n d o seu s


p q , ,

le g ares e vi llas e rec eb en de as ren das q u e sem pre a


'
'
,

rainh a tari a ace rrim en te ao ifan t e pera se m ante er E l rey .


,

seg n do aq el c on sel
u h o m an do a rain h a pera fi a v ila
u , u ,

a q u e diz em Alan q er e t lh ere m lh e o s le g ares e u , o -

vilas e ren das qu e av ia E a rainh a seen do b em ob e


,

- .
,

dien t e e est an do em aq u el log ar so b erem ª os c av alei ,


u

re s de P ort g al q e a el a av i am
u feit a om en agem per
,
u

c ast elos q u e tiinh am , q e desapoderan de a elrey de qu e u ,


-

'
a av i a e u part in do a
'

el
5
de si fe e ssem g erra d aq u eles —
,
z u

c ast elos e acolh essem [n] a em eles E v eerom algã s 6 - . u

aaq u el l ogar diz en do q e a el e s fora dito q e el


,
re
y a u u

apart ara de sa c asa e de sape derara do q e av i a e q u e


'
'

v eerom a sab er se era c ert o aq u el e q e a el e s e ra dit o u ,

e q e e ach av am
u
po r c er t o e
q e e ra e la se se q ui ,
u ,

1 Se n ão está por atender,


eq u i v ale a /e ste
,
n o sen ti do de prestar
ob edi ên c i a .

ª O j
su ei to d ê ste v erb o c om o do an tece den te é ev i den tem en te a

i
ra n h a.

3 E m b ora o su j j
ei to se a cou sa, os parti c pi os teem í o gên ero m as

cu lin o, vi sto aq u ele su b stan tiv o e q u i v aler a n ada .

Afi gu ra-se-m n o ori g inal pri m i ti v o dev i a estar con v eeron


'

e u e
q
ou ou tro v erb o q u e si g n iíi c asse acordar, com bi n ar ; o qu e o te to x
aprese nta n ão faz sen ti do .

dois gerú n di os õ
,

5 O s estão por oraç e s c on di c i on ai s, o qu e n ão é


sem ex em plo .

º No te to x hessenha em
acol e
lles .
37

sesse ir pera os c ast elos, qu e a ac olh eriam e q u e fari am


g u erra por [l] o q u e a ela faz em ; a q u e resP O n dee ea 1

el a [ se tii nb a por con ten


] t a de faz er o u e u er
q q q u e elrey
m an dasse e raz ia a ela, i s a el raz ia, de
q u e p po re
y p
t
e s ar ali, q u an do sa m erc eo fosse el m an daria
e q u e,
º
,

p o r e la e lh e e n t re g a r ia e q u e i -
t i n h a c a p o r elr ey a , ,

el a t olh er as ren das e as t erras q u e el a avia de m au



,

t eer E respon den do a todo com g ram m esera (e) a m u itos


.
,
3

dos q u e viv iam em sa m erce e e c asa pesav a m u ito q u e


l

n e m q u eri a a rai nh a c on sen tir ou m an dar q e f ez e ssem u

g u erra e porq e rav a tam p o u c o d e q


cu an to a el a u u

f az iam a pro c u rav a


'
5
[] ste a el
6
av ê i n d0 m
, q e o s q u e e u

a faz er a el a v ii nh a po u c a e nra
7
era e con sel h av am
p ,

c on sen t isse q l c astel


[ ] q
na u e q e se f e z e s se da e es u os u

g u e rra e q u e por se fa er , q u e ela c ob raria m ai s


8
, ,
z

c edo os l e g are s q u e el re a el a t ol h era E el a re spon


y _
.

dia aaq u ele s 9


q e d e s t e [ ]
a
'

c e n s e l huav am q u e m el h or

a m m goa e de c e nsu rar ªº


e ra de pade c e r el el a e
q ue

a el a fa iam ca c onsentir em se fa er g erra por


z
'

z u

A n tiga parti cu lar q u e, c om o aq u i , ti n h a o v alorde in tegrante ;


está repe tida u m pou co ab ai o e a se gxu ir su b sti tu ída por qu e .

ª i; é , q u an do fôsse do ag rado
'
d el-rei .

3 7 .
ª
fôlh a .

É ai n da c om ple m en to de
p esa v a : cf f e l
a t dolet qu od etc . .

5 No te to x a c endo E ste v erb o e o c


. om posto arc ai c o de v i r ou

se a ej lat . adven i re cf . á
p g 3 1 ,
n ota 8
. .

º P arec e -m e qu e está per a os é f o rm a f req u en te e ai n da vi v a


na í
lngu a popu lar .

7
U m a destas du as preposi ç õ es dev e estar a m ai s, todav i a é pos
í
s v el q u e n o ori gi n al h ou v esse p eraa por p era .

8 i . é ,
faz en do-se a g u e rra .

9 No te to x a q u el
la .

iº Se n ão e stá por ou tra palav ra, o q u e m e parec e m ai s prov á


x
v el
,
tem aq u i o v erb o consi derar o sen tido de sa p ortar l
, ev ar com

p ac i ê n c i a.

«
Neste passo é esta part c u la c om parati va e
15 í c om tal sen ti do
,
s
u b siste ai n da n a l
i n gu age m pºpu lar; c f or ex sou .
,
p . ho c a
m ais v el ti .
38

q
a u el acau sa ,
fa z en do se [ q u e] —
m u i os,t q ue erem sem

cu lpa de q u e a ela faziam ,


av ram de padec er dan o e
e strag o n o s a ere s v e no s c or o
p ,s ex pre ssam en t e
4 de
f eu dee aaq u eles qu e os cast elos tiinh am q u e deles n om

fez essem g u erra E .


, em q u an t o ela fez m orad aem q
a u el

lo g ar ,
fez i v iir m u i as
al t b oas don as, q u e en t en dia q u e
faz iam b oa vi da E em . aq u el log ar faz ia g ram e steen ç a

( ) j j
e e ã an de t re s di as da dem aa sem c on du i e , t e despen
di a seu tem po em rez ar e orar ; e e s ev e al
i t po r t em
po
ª
,

e elrey , _
c on h oc en do t ant a um ildade e m e su ra com o em

ela av ia, m an dou por ela

eo

1 5 Av en do. adian e t desc ordi a an tre el


re
y ifan t e ,
seu filh o, el
re
y foi c
c er ar a ciidade de Coim b ra , q ue e

ifan te , j t iin b
se u a p e raii lh e ,
m a n ti im e n te a
se u e d o s

se s ; e seendo em a q el l
u e go j n t os el rey e e ifan t e u u ,

al i o s dem ais q u e em aq el tem po em P ort u g al av ia


5
u ,

fi n s c om elrey e o t ro s om o if ant e f az en do se g ram u c ,


est rag o n a t e rra ch eg o e sta rainh a doen do se de tam


,
u -

g ra m de sc o r dia c o m o v i i a
6
ac on t e c er a n t re elre y e s e u

filho e do g ram est rag am en t o q u e v a j á por [lj a t erra u ,

c h eg ou aa u el l o g o d e C o im b r a t r a to a n t re e le s
q u e
q ,
u

q
l

el rey se al ç as se d a u e le l og o e s e f os se a L e ir ea e ,

1 É possi v elq u e an tes d êst e adv érb i o e ori gi n alprim itiv o ti v esse
xp
_

sta ou e ressão e u i v alen te


e p or e q .

2 Alé m desta form a, c i tada n o E lu c idari o de V i terb o, en c on t alse


r
'
astê eç a ( c f; V i da de E uf rasi n a em An ti ens tex tos p ortu gais de Corn u ,
á
p g 7 )
. m a i s p p x
ró im a de seu re re se n tan te l
a ti no a b sti n en tza, cuj a

pri m ei ra ev o l
u ç ão dev e ter si do'
astê en a
ç .

é
h

3 i du ran te al

.
, gu m tem po .

4 O f pág 3 1 , n ota 8
. . .

5 Aii gu ra se-m e te r h av i do -
aq u i lapso de c opi sta qu e esc rev eri a

j

i
al r e, c on f u n di n do talv e z o si n al re resen tante desta c on u n ç ão
po p
c om o adv erb i o i , troc an do ê ste , já en tão arc ai c o, por aq u e le
º

dem ai s dev e, a m eu v er, en ten der-se ob re tu do dos in div í du os u e


s
os q
é í
'

c om pu nh am a c orte , i sto ,
os pol ti c os .

ª O te to tem ha v ia,x .
a m in h a correc çã o estri b a-se n o v ideb at da
tradu ç ão latina, qu e m e arec e m ais acom odado
p .
fez ao i fant e q u e fosse aaq u el logo v eer seu padre e f ez
q u e o ifa nt e c onh e c esse [ a] elrey o q u e filh o e v assalo e
de co nh e c er a se u padre e a seu senh or, e q u e
'

te n do
el
rey desset e ren das c om q e se m an teer podesse
ao ifan u ,

n d a se st ado c em i a P art ire m se assi per e st a —


se
g ou e p r u .

rainh a a i in de s e scu san de se per el r l as ob ras


fj

a e e q e u
v , p
a f az ia m u it o dan o e e st rag o q u e se seg ira du ran do
º 3
el

,
u ,

a de sc ordia q u e m u it o s p er [l
, j e s se s reino s re ceb iam u .

E lrey e en do t an t a m e su ra de st a rainh a e as ob ras em


,
v

an da va e n t re g o a e la l g are s v ilas e ren das


q e
u ,
os e u ,

a el a t olh e ra se g n d s d it é
q u e o u so o ,
u .

16 E depois aq u eles q u e foram c om eç o da descordia


.

u e fora an t re el filh z d a el d
q r ey e se u o ()e n e m p r a e n o e s e ,

av e en ç a e c on c ordia a u e o s e st a
ª
v erarem e m
p e r se q
rain h a t ro v era sem en t are m desc ordia t 5 '
e ro e a
u
q os u u v

ô
tal tem po q u e , em u eren do if an te ar n elrey e ra,
q o

elre
y v eo a du as le go as de L ix b õ a e n em qu eria con
se n tir
q u e a fo sse
al
7
.

E t
s an do em ií u lo gar inh o de L ix b õ a, q u e
c am am am ch
L ou ras, os do if an te q ueren do ir pera L ix b õ a, o s delre y
defen den do a v i i n da, f e rem paradas az es da par e delrey

t
e —
de if an t e e ali fey elrey om e s seu s de Ti a par e e c t
ifan e c om t da t
o u ra an tre sin ados
?
f erin do-se
“ ª

o os seu s e

1 M as a segu ir f ez q u e o if ante.

Com eç a aq u i o v erso da f ôlh a 7 «


.
ª

3 x
N o te to ach a—se repeti da e sta part . í cu l
a .

É ste i n fi n i tiv o c om l
p e ta i dea de p razen do
a .

5 O x
te to di z trov erom ,
talv ez por atrac ç ão c om o pron om e do
ê
plu ral q u e prec ede ste v e rb o ; de c on te do se v ê , por m , q u e o su

ú é
jei to é
discó rdi a , an te s de q u al se e m iti u a palav ra tal a qu e c orres
'

í
pon de a segu i n te part c u la c on secu ti v a q u e; o su b stan tiv o tem po,
-

q u e v em logo apó s, pare c e -


m e tom ar—se aq u i n o sen ti do de circu ns
tâ n ci a ou p on to .

6 Id em a ha .

E n ten da-se a L i sb oa .

ª Não encontro arqu ivado ês t e



v ocáb u l
o,
q ue se m e afi gu ra
40

'
os pe oê s a pe dras e a dardos da na part e a ou tra e

j z
a en do e m
'
ê es m orte s e feri dos an t re as az e s .

Est a h a v een do elrey se senhor e m arido e o


rain , , u ,

ifan t e se u fi lh o em tam g ram peri g e o e st ar pera se


, ,

e sc u sar tam g ran de dan o e m ort e de m u i t os q e al i es u

t av am c ada u pera s erv i r a se senhor t an ta foi a


, u u ,

doe r q u e o v e e e am or q u e [foi] per m ee das az e s


"
u ,

c av al g ada em na m a sem lev an do a em ee per renda '


1 -
u ,

an ç av am
º
e soe [por q e] om das [ p d ue l
, p o r ra e ur as
] q , z

da na part e e da ou t ra om ãe n em m elh er n e m ou sav a



, _

'
d ir em pó se la E pero qu e , in do ela assi n em lei av am
.
, ,
x

de lanç ar dardos e pedras q i s D eu s em cu j o serv iç o ,


»
u ,

an dav a e st a rai nh a a g u ardar ª


e n m b ess e fe ri da
q e r e c e ,
u ,

n em o tro caj e m n en híí u


u e foi elre e st av a e du el rey
y ,
u

est av a t orn o u ao i fan t e e por v e e s v iin de de ii a part e


'

,
z ,

e a u t ra t rat a t l t l m i i f an te
p r o o n re e e s
, per a an e rua q u e o ,

fosse b eij ar as m ãe s a seu padre e q ue b lrey b ãeze sse


seu fi lh o , e par tirem d ali am ig os .

E foi aqu el dia per m ercee de D eu s q u e q u is faz era,

e st a rainh a part i da m ort e e de st roç o a m u ito s de P e r


,

t u g al4
.

q u erer si n ifi c ar cada u m


g com su as b an dei ras ou j
se a em ordem _
de
b atalh a ; V a ldez D , i en tresena n o an ti go
n o seu ic . cast .
p ort . re
g sta
h an o c om
c astel e sen tido de b an dei ra .

O
'
u tra form a de rédea, resu ltan te p el
a tran sposi ç ão da n asal
de rédê a, e c n soan te o seu éti m e reti n a, dev e ter si do ap ri m i ti v a
q ,
u o .

É possi v el q u e e sta o m i ssão tenh a re su ltado do segu in te por .

'
3
N o tex to em ag u a rdar; a preposi ç ãe em pode ter resu ltado da
rec e den te
p .

4 Em com em oraç ão d ê ste f ei to e xi ste ain da nu m m u ro du m a

q i n ta, adirei ta de q u em v ai para o Cam po P eq u en o, n a actu alR u a


u

de Arc o de Cego u m a i n sc riç ão, ev i den tem e n te c ópi a de ou tra, talv ez a


pri m i ti v a, q
u e d i z a ssi m : S an ta I za b el, r a i nha de P o rtu g al,
m a n dou

col locar este p adram n este lu ga r em m em ori a da p asc ej icaç ão (si c )

q u e n el le f ez en tre se u m a ri do el rei D D i n i s e seu filho D A f ons o 4 º


. .

estando
para se darem b atalha n a era de 1 32 3 A segu ir e c nt
n o r
.a- e
s
41

, 17 h a c asada com elroy seu


V iv en do es a t rain ,

marido despen dia seu t em po e f azia vida su a per [la]


,

m an eira q u e se seg u e E la em c ada fi u dia rez av a as .

oras c an oni c as e as oras de S an t a M aria e do s passados


'

e faz ia c om em oraç e m de m it o s sant os e s an t as e sai a se —


'

a[ a c apel la c o nsig o t rag i a i ri c a e m u i b em


] a q u e e m u ,

ape st ada e diz iam o s se s c apel


2
ã es e ç rel igos l
'

u
'

, q e e a u ,

t ragia q e b em sab i am ofi ciar e c ant ar na m i ssa efi


,
u ,

seg u n do e st a ordi ade pel a san t a Eigrej a q u e se


'
'
ci ada ª
,

dig am m i ssas por c ada u dia de an o A e st a m issa ia


u ,
.

el a m ui m il do sam en te oferec er poe nde os geelh os an t e


u ,

o sac erdot e q e a diz ia e b eij an do [l h e] a m ã o e ofere


u -

c en do do se av er c ert a c on t ia em c ada Ti n dia ac rec en


u ,

t ando em [rij a oferta segu n do a fest a e o dia era D epois ,


'
.

q u e er a or a p e ra diz ere m v e s eras v iin h am seu s c rel


p ig o s ,

e di iam v e speraís e re av am em sa pre sen ç a; se f ez es


'

z z

sem e u disse ssem v e speras d al t u g ª

gõ sa n o a
q e se u n d o u ,

a ordi aç om da E igrej a ou v essem de diz er n ev e liç õ es ,

diriam ª v esperas c an t an do e ofici ando ,


.

E a rainh a em aq eltem po j ej íí av a t re s dias n a dom aa u

e v espera do s s an t o s e av eu to e q u aree sm a de g i sa
'

u e ela f az ia ab st in en c ia per ej ií u por m ai s t em


q j p qo e u

esta ob serv aç ão : No rei n a do de D . Carlos 1 sen do m i ni stro da gu erra


'

o g ene al L r . A P i m en tel P i n to foi restau ra do este p adrã o F F B e


. . . .

n e v i des, n o seu liv ro , R ai n has de P ortu g a l, v ol , pág 1 6 7 i n seri u . I .

a g rav u ra d ê ste m on u m en to, q ,


u e a j u lg ar de ac rescen te posteri or

se ach av a ultim am en te deteri orado .

8 .
ª
fôlh a .

2 Alg u é m ob serv ou ao lado : m eri to di cen da san cta m on i al


i s.
3 Con trari am en te ao qu e i n f orm a o D i ci on ari o de M orai s (8 .
ª
e di

ç )
ão , 8 . v . of ic ia da, en ten de q u e ê ste parti c í pi o-
adj ec ti vo se em p re
g a

n esta e xp re ssão n o sen ti do de solem n e .

4 Em dos i m perfei tos do c on u n tiv o f ezessem e di ssessem e o


v ez ,
j
c on di c i on al di ri am , era de e sperar o i m perf ei to do indic ati v o ; c om o
está , parec e c ó pi a, m as em estil
o i n direc to, de q u alq u er regra n a .

q u alfigu rassem respe c ti v am en te e fu tu ro e o presente do conj u ntiv o


.
42

t res part es do
'

as an o , e j ej u ara m ais, se n em q u e a re

pren di a elre
y e n em no q u er a i c on sen tir e defen dia a
el
a q u e n om j e j u asse .

E seu j ej u n era per est a g i sa E la j j des a u . e tí av a


l _

fest a de sam Jeam Ba tist a até» dia de sant a M aria de u

ag ost o e a q are e sm a q e di em d o s anj o s q u e faz em


º
z u u .

_
.

des dia de san t a M aria de ag o st o ata sam M igu el de se


'

tem b ro e o av en t o e q areesm a e as sest as feiras e o s


'

,
u

sab a dos e as v ig ilias do s apo st olos e as de san t a M aria


em
3 am e ag o a e os dias q u e di em de s an t a M aria pe r z
p
to do e an o a pam e ag o a e m it as v esperas de san t o s e u

san t as em q e el a av ia dev eç om e a q u e el a fa ia v i gilia


'

u z

e j ej íí av a E ela i a a q ae sq er le g ares e eigrej as de


. u u

dev e ç om sou b e sse e m or av am i


rel g i oso s ou rel i
q u u

gi o sas q u e f ez e ssem b o a v i d

a , se g u n do andav a por l
[j o

t
rein o , e per m u i as v ez e s i a a m u i as ei grej as de pe e t
ain da q ue m u i o alon t g adas fo ssem ,
dan do aas ei gre as
j
q u t o lh es c om pr a e por qu alq er logo ela fosse n om
an i ,
u

are ci a pob re q e del a e sm ol a n om re c eb e sse


p u ,

E pelas esm olas q e ela fazia q an do sab iam q e u ,


u u

log ar pera o t ro assê etav am se per [l] e s


'
v mb a de u
u u u ,
-

c am inh o s em n as entradas das ilas e le g ares m u it os


, v ,

h eres e m oç os pera re c eb er aq ela esm ola


'
x

om ê es e m ol —

,
u ,

-
e p
,
o r m it o s q u e fo sse
um n om
pa r te
ª
ri a
ª
n en h õ s m
e , u

esm ol a assi o m an da a ela fa er por aq u eles q e aq u el


,
a v z u

esm ol a av i am a dar e m it o s e m u it as a q e aqu ela 6 8 ,


u u

m ola n em era m u i c om
pri doira
6
se assõ etav am ali com
_

os po b res pera rec eb er esm ola , av en de dev e ç om em ela .

'

1 A m arg em lê -se j ej u nab at .

1 5 de A gosto
'

2 Ou j
se a a Assu n ç ão da V i rgem ,
a .

3 M as logo ab ai o a x .

P rin c i pi a aq u i o v erso da 8 ª
fôlh a .

5 P or ser aton o passou a e e i de p arti ri a, f e n óm en o q u e ai n da

ho j e se ob serv a n a i ar
lin gu a f am i l .

6 O tex to tem com


p ridei ra,
p é
or m m ai s ab aix o com o corri g i .
43

A] m u i os t po b res q u e v a v r per c am inh o m an dav a dar


u u

de v estir em sa c asa v i sit av a as en ferm as poen do em


, ,

elas 1 as m ã os m u i sem no j o , e m an dan do delas pen sar,


se g u n do doer q u e a av i a m [ ] e
3
dem and av a E em c ad a . _
,

fi a u are e sm a faz ia t
e s re m adas e s molas a m ãe s e a
q “

melh eres en v ergon ç ados e dia q u e


em se diz Cena
'

D in i lavav a e s pob res


h er ga fas os pees
3
om a c ertas m el

e lh e s b eij av a
v estia as de q u ecas, de e pe lot es e ce

ª
e dav a l h es de c alç ar e c on tas por am or de
'

ram es ,
r -

D eu s E assi em aq u el dia f az ia en trar fi u creligo


"
5
.

ordi ade de m issa e fi u gafe os m ai s po b res q u e ach assem


''

, ,

e dav a l h e s de v istir E em n a sest a feira m aior seg in t e


-
. u

v estia pan os m i refeç es seg u n do a seu e stado e ou via


u , ,

sas oras e preeg ar a pai om teen do g ram tre ste a e x ,


z

door n omb ran dose da m ort e de n osso S en h or q e por


,
-
u

n ós
p e c ad or e s r e c eb e ra m a n dan d o f az e r e m a q u ele d i a ,

m u it as e sm ol as E por m itas v e es se c on fe ssav a a seu s


. u z

c on fe ssores e n n c a erra a 6
q , e po r [jlua s f e st as d o N at al v u ,

P ascoa e P ent ec ost e rec eb esse o c orpo de D e s n osso u ,

S en hor c om g ran de m ildade e re eren cia E m cada


, u v .

u u an o dav a c ert os m eio s de triige e m [n os se s c eleiros


j u

1 É possi v el q u e por lapso o copi sta tiv esse esc ri to f


en erm as .

ellas, em v ez do respecti v o m ascu li n o, q u e parec e m ai s ac om odado

e u sa a tradu ç ão latin a .

3 No te to x ou .

3 E staa m arg em esta al


p av ra a su b sti tu i r o q u e n o te to x se ri s

c ara .

4
Qu ecas explic a o D i cion á rio de M orai s (8
.
ª
e di ç ão
) , c i tan do

ê ste passo , c om o c erto p eç a de v esti du ra an tiga de m u lh er; n ão estará ,

é O x
'

? te to tem c erom ees, a f orm a q u e p g ei


'

or m o
p , q por c em re u

v em já na Can tig a de esc arn eo e m aldi zer n .


º
1 13 2 do Can da V ati
can a on de se lê :

Ch eg ou P ai o de m a a s a rt e s

c om se u c e ram o d e Ch art re s . .

do stestam en tos da S an ta

e ocorre n u m .

5
E assi é o m esm o q u e ig u alm en te .

6 Este v erb o u sa-se a u i na ace ç ão de deix


q p ar de, f altar a (qu e) .
44

aos m oe steiros P ort g al de F rades Pre[e]


q u e a v ia em u

g a d or e s e M ee re s e C orre a de re s e C ar m e lit as s e g u n do ,

v iia q e c o m pria e o l
u og ar era E assi av iam dela as .

'
donas d algíí as O rdões a q u e ela e nt en dia q u e era c om ,

p r i do ira s a e sm ola,
3
e da v a ao s
3 mo este ir o s p [j
e r la

,s v ila s

por n ia e sm olas, ao
q u e
ª
v ii a
q u e c om
pria
ª
, e pi tan ç as,

e es e t faz ia
t fra res e freiras q e
a m u i os i u eram dos
m oe steiros f ora de P ort g al u e a el
.

q a v iinh am dem an dar u

e sm ola ; e m ito s rel ig iosos e relgi o sas avi a em n o rey n o


u i

de P ort u g al e fora q e em c ada ti u an o e sm ola dela u

p era se v e st ire m re c e b i a m ,
.

'

48 . Ne m seom en te o seu av er e ra
'
partido c om os

po b res , m ai s c om t it as a q e ela dav a


t
o u ros m u i os e m u u

o se av er b em
u fran c am en t e di en do q u e algu n s q u e ,
z

p a reci a
q u e n o m av i a m es t er d a re m a e le s q e e ra m a is ,
u

c om
pri doiro
q e a alg u n s p ob r es u E d i i am a q el e s a . z u

nte q
6 7
u e do seu av er dav a a d ia am c om ol ua
q q u e
,
e 1 .

lh es dav a 3
P or alg u ns le g ares de senh orio de P ort g al
. u

f oi q u e lh e disserem q u e avra i m elh eres de b õ o logo


,
9 ªº

e ou t ras q u e eram m an c eb as e pob res e c om a men g oa ,

q u e n o m av iam o n de o v estir o u v e ssem


q ue
[
v erria m ] ,

í Afi gu ra-se—m e ê ste v ocáb u l


o um deriv ado de correia e com o

tal signific an do o qu e a traz, i gn oro, por m , q u e ordem é religi osa e


au tor an ó n i m o q u i s por êle desi gn ar ; o tradu tor lati n o om i ti u —e .

3 esm ol
a é ao m esm o tem po su j ei to de era e de av i am .

3 No te to x n os.
,

4 ao
q u e é o m esm o q u e segu n do q u e ou f
con orm e .

5 9 .
ª
fôlh a .

ir adi an te v al
e tan to c om o p rogredi r (i sto é , em seu s av eres,

n egó c ios,

7 T al
v ez se dev a corrig ir em aq u el
a .

3 No te to dª v am x .

9 E n ten da-se on de ou e ai .
iº b u em l
ogo tem o x
te to : p essoa de b om l
og o era o m esm o q u ede
b oa f am i lia, c om o ho j e se di z .

AEgu ra—se—m e i n tegrantes estas artí c u l


a s e re eti rem
serem p p
45

'
a f az er de seu dano , e m an da a es a rain
1 v t h a ti lh ar peç as
de pan os e m an da a am ar al gú a b o a v ch don a daq u ela

vila de q e ela Hav a e m an dav a a u ,


ela q u e part isse

aq u ele s pan os por aq u elas m oç as a q e u v iisse q u e cem

pri a, e e ste faz ia ela asc on du da m en te


3
, se g un do b
sa em

al gu ns e alg nas de sa c asa E a m it as dav a de se u u av er ,

p e ra a s c asare m e n o m v n rem p e r m e n g o a a f az er e m

dan o n o s c orpo s E per i a e ach av a q u e se co


. m eç av a u

e grej a o
i esP rital e pon t e s e u font es q eri a el
u a i do u

se u av er po er pera aj u dar a faz er e pera seer q inh oeira


,
u

em t oda a b oa ob ra q u e se f e e sse z .

Ú a b oa don a a q u e ch am a[v a] m Bering eira


'

19 .
,
u
i

Ay ras f ndou u u m oesteiro de m onj as da O rdõ e de


,
u

Ci stel ac erc a de S an t arem diz em Alm oe ster e an t e ,


u ,

u e o m oe steiro fosse ac ab ado rre o se aq u el b


'

q m o a e a ,

don a q e o fu n dara E en t enden do a b oa don a em c om o


u .
,

e sta rain h a dese av a v iç o de D eu s c rec er e


3
'

j
'

p e r a ser

c om o era a
j da do r d e v b b n tadue q u e c o m b o a s o b ra s ª
,

11 q u er u e se f a iam id v t l g l
,
q c u a a q e [ ]
a e s
z e o ar
, q u e e a u ,

f u n dara e c om eç ara v u r a ac ab am en t o (e) est a rain ha ,

q u isesse do seu av er faz er esm ola pera se m elh or pe ,

der[ em ] m anteer a serviç o de D eu s aq u elas donas q u e


1 vi vi am e ac rec ent ar e lev ar adian te e m anteer
'

3 6

a q u e atrá s v e m depois de di sserom . A f orm a v eria por v i r i a é fre


q u en te em x
te tos antig os, cf . Cron i ca da O rdem dos F rades M en ores,

1, x m , 8 . V . v i r.

x é
"

1 Cf . ab ai o f azer dan o n os corp os, i .


, p rosti tu i r-se .

3 No te to x escon di dam en te.


'
ª Afi gu ra-seí me q u e o c opi sta om itiu aq u i palav ras q u e seri am
'
pou c o m ai s ou m en o s e stas : q u e se
f ezessem b õas ob ras .

4 P rov av el
m en te o q u e se lia n o ori
g i n al pri m i ti v o era i sto ou

eq u iv alen te : a u j dador de v on tade au xili av a g ostosam en te ) de


todas b oas ob ras, u
qu er etc .

No te te —
x o .

6 E n q u an to o i n fi n i tiv o p oder m e parec e -


r eferi r-se a don as, este s

acrecentar e leva r j u l o-os rel


g ac ion ados com logar . ,
46

q
a u ele q u e era c om eç ado em q
a u elm e n e t 4. E st a rainh a ,

pe ra ir adian t e o q u e era c o m eç ado pera serv



iç o de D e s u ,

fi lh ou depos m orte da u ela don a a u ele q q m oe steiro se 3

si e fez do seu a er a as ra e e nferm aria v c t e ou ras c asas t


e o b ras t odo as isita a por ez es [ e] dos seu s
, e de v v
3
v
_

b õe s ( e ) lh es faz ia e sm ola e b em ª
seg n do v ia
q e ,
u u

c om pri a e
p
i
e dio lh e
,
5
po r m e re c e
q u e q -
u i se sse av er -

a q u ele m o esteiro em sa en c om en da
.

20 . O u trosi per ií a b oa don a, ª


a q u e dizi am —
M oor

D ia fora f u n dado ti u m oeste ro de donas da O rdõ e de


z, i -
-

S C lara ; av en de j a i éasas e orat orie , eo a m orrer


. v

e st a M oor D i az e e prior de S an t a C ruz de C oim b ra


'
-

, ,

q u e e m a q u ele t e m
po e ra diz i a q e a q ela M o or D i az ,
u u

q q
.

era don a f d l i l
"

p ro e s sa a e se m o e ste ro e q e a u e u u u

log o u c om eç ara de faz er aq u el logar era daq el m oes »


u

teiro u a i a f eit o profi ssem


, v E conten derem tant o per .

dan t e os j u iz es a q u e per [lj e papa fora aq elfeit o c om e


, u

t u do q e ti as p ou c as de don as q u e em aq u el le g o
6
,
u

estav om fore m l an ç adas daq u el l og ar e fore m de spa[v o]

as c asas c om se t erreiro (q e) per [lj o prioldo


radas 7 3
u u

As palav ras e
1 m on te perten ciam ao x
te to do séc . x v.

A segu i r a em com eç a o v erso da 9 .


ª
fôlh a .

3 No te to x em : fi h
l ar so si é o m esm o q u e tom ar sob a su a pro

t ec ç ão .

3 D ev e ter h av i do aq u i ou tra al
teraç ão ao te tox an tigo q u e di ri a
e a q u el
as donas v i si tav a

4 E ste adv é rb i o dev e en ten der-se n o s n tido e de ab un dan tem en te .

5 E sta f rase : e p edi a-l


he p or m erece q q i sesse a v e
u e ru a q u elle

m oestei ro em su a en com en da est á ev i den tem en te desl oc ada ; c rei o q u e

n o ori
g in alpr i m i tiv o figu rari a no fi m do per odo í an terior, i sto “ é ,
a

segu ir em aqu elm on te .

6 No te to x com eç ado.

7 Em M orai s h á p av orar : c f. logo ab ai o x despob rados .

Este q u e talv ez dev esse fi gu rar an tes de f orom , com o repe tiç ão

de qu e consecu tiv o prec edente .


47

m oesteiro S ant a C ru z e di adiante fic arem aq u elas


de
c a as despob radas e torn o se aq u el log ar q u e fora
s u— ,

c om eç ado pera faz erem em ele serv iç o a D eu s ac e ,

lh im en to de m u it os m aos e m aas pec adore pr v icas 3 s u

e sem v ergon ç a V e en de est a rai nh a aq u el l og ar desP o


' '

b rado e doen do se en de propos a f u n dar ac erc a daq u el



,

log ar eigrej a e m oeste iro da O rdee de S an ta C lara ,

a se faz er em le serv iç o a D eu s e c ob rou aq u el


p er [ ] e ,

lo g ar daq ele s c j o era C om prou po sse ssõ es a redor


u u .
,

de lec en ç a e m an dado espe c ial do papa f ez f n dar a


.
u

eigrej a a on ra de D e s eda V irg em g l or iosa sa m adre em


u , ,

n e q alf u n damen to e e difi c aç om fore m j n t o s prel ado s


[ j u u

e ou tras m it o b oas c om panh as eclesiastic as e segraes (e)


u ,
"

c om aq el e s b i spo s as pe dras
3
el a c om sas m ã o s l an ç an do u

m ei ras [em o f n dam en to E q u el m o e stei ro


p ri
] n p er a a u .
,

seer f n dado de don as daq el


u a O rde e de b oa v i da e b em u

e spert as em [n] a re g ra da O rd e de S an t a C l ara pera [ q e] e , u

as o t ras don as q u e aaq elm o


u esteiro depo s el as v ee ssem
u

seg issem u a saa v i da e re c eb e ssem en sinan ç a m an dou ,

a
Ç am ora por e n z e
ª
don as daq u el a O rd e
q ue a v a e 1 r

de b oa v ida porq u e em aq e l t em po di iam q u e em


,
5
u z

m oe steiro de q al O rdes q er E h
6
[ ]
u
q u e e m s p an a f o ss e u ,

b g
'

n om a v ia don a s d a
[ ] e tam o a v id n em
q u e a ssi u a r ,
»

dassem a re gla de su a O rdee e e fore m t iradas por m an


dado lec enç a de m aiore s E el
'

e . se u s . v eerom com as

atá C oim b ra frades m ee res e aq el q u e em aqu el t em po u

era m en i stro em [ri a


j prov i n c i a de S an tiag o E q an do 7
a .
,
u

1 O x
te to tem dahi .

3 I dem p ru v i cas; em b orah a j a an tes maos, parec e-m e q u e aq u ele

j
ad ec tiv o se dev e i
re fer r e s ec i al
p m en te a m aas p ecadores.
3 E possi v e l q u e se ti v esse e sc ri to lan ç an do por lan çou ; neste
c aso
, çj
a c on u g a ão e n ão e stari a a m ais .

A m ar em : x r m on i al
g e s zam oren ses f u n dav eru n t .

5 10 .
ª
fôlh a .

6 O x
te to di z daqu el
la .

7 Am argem al
g u m é ob serv ou : n ota hu m i litatem in credi blem .
48

rain ha
c ert a qu e v rinh am forom ela e o ifant e seu
foi

, ,
*

fi lh o b em ac erc a de fil n rem c om e st as


.

, a l ege a, pera v
_

p o b re s e as on rarem
; t a nt a era a m ildade dest a rainh a u ,

q u e en se m b ra v e o c o m e la s a ta q e ch e g are m a aq u e l , u

log o el a c om eç a a se
'

u m o e steiro E q ando v “ forem u


"
u
,
.

p o st as em aq u el c om eç o
q u e f az i a p er a o m oe st e r o f o i '

i ,

i e st a m inh a e a rainh a c om eç ou de m an dar lav rar 3 em


»

[ ]
n a e igr ej a e la n ç ar f n d a m e n t o s
3
pe ra c as as s e g u
un d o ,

v n o q u e com pri a a tal l o g ar E com eç arom de c rec er 3 '


,

c ada dia em aq u el l og ar dal i adiante e fi lh ar a O rdee “

'
lh as de m u it o s c av al eiro s e d o t ro s h om õ e s b õ o s em
g u

aq u ell og ar por c apel ã e s E c om eç ou 5 a c om prar e av er .

sse ssõ e s p era m an tiim e n to daq el as do n as e fil h ou pera


p o

u

si e pera sa c asa duas don as an ci ã as, q ue n om


prom e

t eram 6
en ç arram en te , pera an dar com ela por n ela

[ fo sse dal
] i por dian e t .

21 ou e em . em po de s E t a rainh a u b ispo em [rij a


v t u

arda a q u e dizi am D M artin h o e a f n da


7
G u ,
c om eç o r .
,
u u

nu e spri tal a a ra do s I n o c e nt e s n a v il
u a de S an t arem

1 A m argem lê —se : f oi ai ab adessa deste m ostei ro dona I sab elde


Ca rdon a, aragoesa, p arenta desta sen hora rai n ha na O ran i ca d elrei ,

D Af onso seu filho cap 23 E dou tra m ão : Ab ai o se diz q u e n ão


.
, ,
. . x
foi a prim ei ra sen ão a 2 ª
ab adessa e assi h e de c reer, por q u e,.

u an do se f ez f reira j á av i a di as q u e estav ãb fre i ras n este m ostei ro


q .

E ste v erb o dev e tom ar-se aq u i n a su a p ri m i tiv a ac epç ão de


trab alhar .

3 O te xt o di z : ( g j
i re a ) c asas e m an dar : afi gu ra—se—m e q u e o

c opi sta desloc ou o v oc áb u l


o c asas, q u e v e m a seg u i r, repeti n do - o, .

assi m c om o m an dar, q e
u fi c ara atrá s e c orrigi em lanç ar .

ª i . é ,
a au m en tar em úm ero : su j ei to de
n com eç aram dev e ser

o de é parti ti v o c f v
' 6 89 d C d
d ou tras (aq u i

º

filhas . e , g n o a . . . . .

' d -se só a u el s o filh r a ordem, v i sto qu e


V d ou tras d
. õa s), referi n o q a a
'
d ou tros se en ten de dos in di v du os q u e j u n to das frei ras desem pe í
nh av am o of c io í de c ape l
ãe s .

5 O segu i n te é ev i den tem en te a rain ha .

No te xt
o p rom eteram , c rei o tratar-se de m ai s q u e perfei to .

7 T al ez sev dev esse c orrigi r em o u al


q .
49

em q u e sec riassem m eni nhos engeitados E v een do est e .


,
'
b ispo q u e seu t em po q u e ª se q u eria com prir e ac ab ar ,

e d i a est a rai nh a q u e q u ise sse em si íi lh ar aq u ele sprital


p o

e o q u i sesse em
'

sã e u c om en da e q e este fez e sse por


-
u

serv iç o de D eu se pera n om de sperec er aq u elo q e el u

f e era n em se t ornasse ou tro s u so s E a rainh a


3 '

z ,
em .

o u t org o a este b ispo aq u e


u le q u e lh e em estadem an dav a ,

e ra faz er em ele serviç o a D e s e depo s m ort e do u


p
«

b ispo fi lh ou em seu defen dim ento o q u e o b ispo ordi ara


3
,

q u e c ert os m oç os se c riassem e m aq el espri tal A u .

rain h a depo s m ort e de b ispo m an do q u an t os


ª
u tirã r
n aqu el logo lan ç assem ou en geitassem e crecen tou em

i
[ j p
r as o ss e ssõ es e ren das e c asas e m an dav a em aq u el
5
,

log ar c riar os m on in h o s e m anteer c ert os pob res a q e u

em aq uel l o g o dav am de com eer e de v e st ir E q u ando z .


,

aa u el l
q o g ar ch eg av a f a ia an t e si t rag e r aquele s m eni ,
z

nh o s e m e ninh as e .
en geitado s e ali os c ri av am 6
e as

os poer an t e a sa m esa,
“ "

am as q u e o s c riau am e f aziai
e

dali dav a a eles de c om er e, des q u e eram c riados e

creç u dos, m an da v a—o s po er a m e s re s t e, des qu e apren


di am t
m e s er per q u e a ele s dav a 7 assaz de c om eer e de

v estir , dali em dian t e n om lh es da v a c ou sa 3


do esprital,
pero q ue
9
m an dav a a ra n i ha q u e , se door o u v essem ou

R epetiç ão freq u en te em an tig os x


te tos e ain da n a fala popu l
ar

do qu e an tec eden te .

3 O u se dev e c orri ir torn ar adm i tir q u e


g em ou o «

au tor tinh a
agora em m en te
p era
q ue estefac to n ão é sem e emx plo .

é tomou
'

3 i sob ã ou a si o c u m
.
, a su a prote c ç o
prim en to do q u e
etc.

4 O sen tido d ê ste v e rb o


parec e ser a u i o
q de recol
her .

5 V e rso da 1 0 .
ª
fôlh a .

6 T al
vez se dev a c orrig ir em qu e alli c ri a v am .

7 A f rase pare c e e ig i r x an tes desse .

3
No sen tido de n ada é freq íi en te em an ti gos tex tos : cf. fran c ê s

ri en .

9 Aq u i n o sen tido de todav ia, n ão ob stante etc .


50

fossem enferm os, des qu e per si v iv essem e n om ou v es


sem don de se prov e erpo dessem em
[ ]
n a do e r, q u e ª te r

n assem enferm os pera e ste e spri tal u foram criados , q u e

o s re ec b es em e lhes prov eessem seg u n do a eles c om


s
,

p ri ss e E es te .d i i a q u e m an dav a f az e r
pozr q u e a e st es , ,

em a q el log ar c riados n om erem sab u dos padre n em


u ,
'
'

s,

m adre s n em paren t e s e n or en de era de raz om


, q e [ ]
e m u

n a ne c essidade ou v e ssem ace rr m en te 3


a este l og ar q e i , u

o s c riara em lo g o de m adre E m an t ev e se este logar .


-

or el a em sav ida b em E em t d l g a l a b
p o o o r e s e s se
-
x
u o u .

al g u a m e lh or filh a d al g o ou o u t ra q e de ri q u e

a to r u o
z

n asse em pob re a e st a r ainh a c al adam en t e m an dav a a


3 ”

z ,

elas dar de seu av er pe ra se ,


manteerem .

22: Em sa c asa s ec riav am fi lh as de t


m u i os n o b res
ães filh os de v
c a al
eiros e dou tros ães des q u e

om .
e om e,

eram de idade g u a1s c asa


e ach av am c asam en os a t Si 1 ,

v a o s e o u t ras p inh a em O rdê e [ seg u n d ] a c ada ií a


'
,
u , o

D e s p roc u rav a e dav a a elas de seu av er seg u n do a


u , ,

p ess oa q u e era e o e stado q e fi l


h av a O t ro s
3
m i to s u . u u

e m it as q e n em erem de sa c asa
u u q e o a el a dem an ,
u

dav am ,
f az ia ela a u da j pera c asarem se u s fi lh os ou pera

n e c e ssidade s ou ras t q ue ou v essem ,


diz en do q u e algu n s
h
"

q ue p arec ia q u e av i am o q u e l es com pri sse av 1 am m e s

ter a u da
j pe ra se m an teer m ai s q ue t
o u ros q ue pare ciam
em si po b res desem parados
e . E por 11 el
a ia
"

n om

fi c av am
'

em pare dadas, n em gafe s, n em preso s q ue d


[ ]
e

sa esm ola n om re e c b essem par e t .

Faz en do seu s feit os sem pre com en ten ç om de

1 No te to x e .

3 i . é , podessem ac olh er—se .

3 No te to, de x certo por lapso, adam en te


a cl .

4 Há aq u i um e x e pl
m o de an acu l
u ti a, q u e n ão é r
aro , pon do-se

ou tras em v ez de a ou tros .

5 fôlh a .
51

ser vir a D eu s em seendo c asada e despen den do o m ais


,
, ,

de t em po em ou vir ofi ci o da san t a I g rej a em rez ar e ,

c ontem plar v eo t em po q e elrey adoec eo de na d oor


,
u

q u e foi j á q u anto
ª
pe rlo n g ada E el a t rab a lh av a em .

,
_

q an to ela podia e o elrei q eria c on sentir; de e serv ir


u u

e servi a o assr c om o ou t ra q u alq er m el


-
,
h er sim pre u z,

q e
u n em tem q u em n a e sc sar ser v e b em a se u m arido
'

u ,

e m n a doer q u e a c onh e c en do e u eren do c om prir a


q
"
,

serv i dom em ue é teu da a b er


m el a seu m ari do , e
q ,

daq u ela door q i s D eu s q e D D in is c om prisse


el
-

u u rey .

seu tem po o ,
q al ii n o deste
u u m u n do n o c ast elo de S an

t arem VIII dias de j an eiro , era de m il e t re en t o s e L X III z

an o s E log o em aq ela
3
. u h ora q e elrey f mo a rai h a u u n

se apart ou a sa c am ara
3
e da m ã o de na don a segrar

v estie o a ito de S C lara e foi se com o c orpo delrey


-
v
'
.
'

ao m oe steiro de O div elas


q e o di t o rey fez era de don as ,
u

de Cistel e u tiinh a fei ta sa sep lt ra E ela fic o per u u . u

sa te stam enteira e est e e al i per t em po e per [n a alm a


'

delrey faz ia m u itas esm olas e c eleb rar m u it as m issas

p igio sos e c religos


or rel .

24 . E
t q e s e c om prisse o an o do dia do pas
,
an e u

sam e nto del rey c om eç o e st a rai nh a c am inh o sem


,
e u ,

dan do a en t en der pera i r aa eigrej a em rom ari a u j az ,

orpo de S an t i ag o apo st ol E assi c alou pera u —


'

o c o .

i a q e os de sa om pan h a per alg u n s dias q e n om


u c u

enten diam a q e part es i r q eri a ata ch g


q e n e
um e o u ,
u u

ac erc a de S an tiag o a ti log ar q u e é alon g ado da vila u

1 Loc u ç ão an tig a a qu e ho j e correspon de al


gu m tan to .

3 Am argem : m ortu v s [ est ] rea; D i on i si us S a nctarene 1 363 , anna

dom in i 1 3 2 5 .

3 T alv ez se dev a c orri gi r ap a rtou sa c am ara, com o in terpretou


o tradu tor lati n o .

4 E sta form a con corre c om seg ral . A m argem : indu i t hab i tam
S anctae Clarae;

4
52

pe r ti a l
e oa , g on de
'

parec i a a eigre a j s F oi ]
de pee c om

g ram dev e ç om j S an t iag o e e stata a eigre a


e e ra n o de ,

m e s de j l h o an t e a fest a de S an tiag o por dias e t ev e


'

u , ,

al i a fe st a E em n o dia da festa diz en do o arceb i spo '

.
,

m i sa of e rec eu
s
3
,
est a rainha ao apost olo S antiag o a m ai s
no b re c oroa q e ela av ia com m u ita s pedras preciosa u s,

e o s m ai s n ob re s e m el h ores pa n os apostados
3
c om ,

m ito al
u
j o u far
p e dra s ri [ ] p
c as e e n as
q u e, [ ]
em v i e n d o , , v

c om el re se m arido v e st ira e av i a na ª
m i frem osa
y ,
u , , u

e de g ram ia cu b erta das m ai s ric as s ei ras 5


v al ,q u e u ,

diz iam aq ele s q e ali eram q u e n u n q a v eer podessem


u u , u

rainh a n em o t ra sen h ora tam n ob res c ou sas ofere cer


6
,
u ,
;

e a m ua
7
[q ] ue era en fre ada de h õ u free q u e n e m era
t i E c
'

sen om ou ro e pra a e pe dras


pr e c o sas o fere eo .

9 ªº
i nu s panos de geeb e rosado c om sin ai s

de P ort u g ale de Arag em , em q u e an dav a m u it o al


j u far
'
"

o .

b res e vradas por


x

e ofere c eo c e pas m u i n o m u i b em la ,

q u e el t
a em em po delrey b e ia v . E t ragia feit as c apas ,

na v estim en t a c om

m atic a
al pera diac ono e c om to do

1 S u b e n ten da—se de a i, i . é ,
do lu gar q u e di sta de San tiago u m a

lé gu a .

3 O x f erec en do, m as o latim ob tu l


it

te to tem o
*

3 i . é ,
en fei tado s,
adorn adosi

P are c e qu e ê ste pron om e con c orda com v este, c u j a idei a se tira


de pan os ; pelo m en os assi m o en ten deu o tradu tor latin o .

5 O El u ci da ri a de V i terbo xpli ca : certas edras re i sas tal


e p p c o ,

v ez sa f as
ir .

6 No te to x f
o recer
'

em cau sas com eç a o v erso da fôlh a 1 1 ª

7 É ai n da. c om p le m en to de f
o ereceu , q u e fi c ou atrá s e dev e su b

en ten de r-se a segu i r a e .

3 i . é ,
on de ado, a i m i tar on das .

9 No I n v en tari o do se cX IV
.
,
a qu e já m e referi , fala-se tam b é m
a pág 9 e 2 1 desta e sP é c i e de pan o e i gu al
.
m ho
en te v erm el
(ou ro w

c om o aq u i , a par den tro de c ôr v erde


sado
) .

10En ten da-se q u e n os pan os estav am b ordadas as arm as de P or

tu g al e Arag ão .
«

P or dalm ati ca en c on tra-se n ão raro esta form a em docu m en tos


53

c om prim en t o m u i n ob re e ric o e m u i b õ o e oferec ia


'
_

ao a p os t o lo S a n t iag o e do se u av er fe o trosi g ran des ,


z u

ofe rt as e e sm ol as de g i sa d iz iam o s da e grej a de


q e u u i

S antiag o q u e ali erem q e [n om ] era [e m ] m em oria de u _

a u el t em po q e tam ri c a
'
om ê e s em q n ob re e tam u

ofert a a n e nh na pe ssoa v i issem dar aa eigrej a de S an


t iag o E g c om prida sa rom aria o arc eb ispo da e grej a
' '

.
,
i

deu aa rainh a nu b ordom e e sportela pera per [lj o b or


'

,
,

dom e e sportela p are c er rom ei ra de S an tiag o e te r , ,

n ou se pera P ort u g al
-
E as gente s das c om arc as per .

u v ii nh a sai am de sa pro pri a v oontade aos c am i nh os e

le g ares u passav a p or [lj a v eerem por [lj a b on dade q u e ,

dela env ie m diz er q e a ia e a serv iam aq u el



em u ,
v ,

t em po era j a rey de C a t ela e dei L eom D Afon so seu


'

s .
,

n et o Bl h o delrey D , F ern an do e da rainha D on a Cos


,
,

t anç a filh a desta rai nh a e os das vilas e leg ares do


»

senh orio de lrey de C ast ela a ac olhiam em [rij as c erc as 3 -

m u i t as c om panh as c om el
3
el
'

a e os seu s e pero q e ,
a u

v e essem n om rec eav am d ac ol


, her la por sa b on dade e ,

p qor u e e r a a v e e d el rey se se n h or ,
u .

25 E ao dia em q e se ac ab ou o ano promeiro de


. u

t em po q e slrey passara foi se est a rainh a pera e m oes


u ,

t aire de O di ellas pera fa er os seu s aniv ersairos por


v ,
z

el e al i f oi el rey D A fon so s filh m i t


re
y , e o e o s .
, u ,
u

p re l ado s e om ê es b õ os a
q e e lre
y D
'
D i nis m u i t a s
-
'

u .

an tigos ( cf I n v en tari a do X I V , pág 6 , 7, 1 6, a par de ai


sec
'
. . .

Cron i ca de D F ern an do, pag 1 38 ou Cran i ca de D Joã o I


.

m a tig a n a . . .

(e diç ão do Arqu iv o Histori co), pag x m x . .

1 com todo com


p rim ento e of ereci a . . Afigu ra-se—m e ter h av i do
aq u i al
te raç ã o _
do ori g i nal,
dev e n do c o rri gi r—se talv ez , dé h arm on i a

c om o lati m , em e todas os p a ram en to sm u i n ob res e ri cas e m u i b ons


q u e o
f ereceo.

2 em
[ j n as c ercas . f az en do lhe c i rc o, ac om panh an do a aos m a

o tes ou ran c h os ?
g
3 ' E sta locu ç ão é aq u i c on cessiv a.
54

m ercees fez era, e i


al f orem j t igos e reli
u n o s crel giosos
e fez -se o ofí c io m ui
.
b em , se g un do se c om
p ria de se

faz er por tal senh or E , ac ab ado aq u ele , t orn ou se pera .


-

C oim b ra, pera dar cim a e c ab e ao m oesteiro q u e com e


ç ara, e a li m an dou a
part ar q u an to s
pan os de —o u ro e de

seda av ra em t em po q
c asada q e eram m it os e u e e ra ,
u u

m u i n ob re s e m an do deles faz er v estim en tas e orn a u

m en t o s pera as e grej as e des q u e fore m a c ab adas1 , ,

f e [e] as b ãe er e ac ab adas e b ãetas parti e as per m u itas


z —
z , ,

ei grej as de P ort g al (e) dan do a c ada na eig rej a e


'

u ,

lo g ar se g u n do o log a
,
.
r era e o m ere ci a e seg u n do sab er

p e d i a
q e c om
p ri au E d a m oer part e do o ro .
q e a ia u u v

fe f a er c alez e s e c r es e en cen sairos e la


"
3
m padas
'

z z uz »
,

a po s deste s orn am en t o s em aq u l Se
'

m oe steiro e par e u

tia 3
p e r o t ras e grej as u se g n do ii a q u e c om pri a ao
i ,
u v

logar E c oroas q e av a [e] algii as o tras n ob rez as


u u
3
r u

rt ie a rai h a D B eat riz rey


5
m el h r del

p a c om e nse .
, ,
u

filh o e c om sas n etas a rainh a D o a M ari a de C a t ela


, ,
n s

e a rainh a D on a L eon or de A rag e m e c om o t ras


6
de
'

se ulinh ag em .

26 E fe j n t ar pedre iros e c arpin teiro s e c om eç ou


'

. z u

e s a faz er l aq el m oe steiro [ a
7
i
j g j

p e r e l av rar em e re a u

e c om e ç ara e m an dou f az er pera si sepu l t u ra e c om e


q u ,

ç o ua f az e r l a v ra r
7
ac er c a d o m oe stei r o p e ra sa m o r ad a ,

1 F ôlh a 1 2 ª

3 D ev e ser o m esm o q u e tu rí b u los ou tri b u lo, c om o v e m no ci

tado I nv entari o, pá g 5, etc . .

3 S u b en ten da-se u n s e ou tros an tes de


p arti a .

'
ª S em d v i da o m es ú
m o q u e j oi as .

5 No te to
p arti a x .

6 x
te to tem ou tros c om o se trata de adorno s fem in i n os, pare
c eu -
m e p referiv el ê ste g ê n ero; para o pron o m e dev e en ten der-se
dam as ou don as, c om o e n tão se diz i a V e am -se os . j seu s testam en tos

e c odi c i lo em I sab el de Aragã o de D r


. V os, v ol
asc on c el . II .

a tem ê ste v erb o aq u i a sig n ific aç ão rim iti v a de


x

7 Com o atr s, p
har, constru i r,
trabal e tc .
55

e dos seu s nas no b res c asas ,


e
3
c b adas em
f orem a a

pouco tem po , e fez fa er em aq


z u ogar aq u el
ell as 3 c asas ,

pera
po de r ir m ai s a m en de delas a v eer []
l o m oe steiro e

don as e v eer l
[] as o b ras q u e ela f az e r m an dav a c om o se

z
f a iam ,
ea todas as
z er m an dav a todo ª c asas q u e ela fa
se faz ia seg n do el a di i sav a
5
[ ]
e d
u e g i sa o m an dav a v ,
u

f az er q e aq eles m estei rae s a q u e e ela m an dav a f a er


u u z

se m arav il h av om de en t en der assi e m an dar f az er e em 6

c om o os prasm av a e c orregia em aq ele q e lav rav am .


u u

e faz iam E em iv en do com elrey fez fazer est a rai


.
,
v ,

n h a n ob re s m oradas a el rey e o u t ros n o b res e m an dav a .

f az er em [n] as ilas q u e ela av ia v .

27 D e C oimb ra n em q u eria partir pera o t ro log ar


. - u ,

ra v eer a c im a aaq u elas ob ras u c om eç ara e ac re s


p e q e ,

c en tav a em [ ]n os b ãesdo m o esteiro e poin h a freira


s
7
em

"q
a u el m oe steiro al

v ir a De E sta rainh a a i a ti a sa sob rinh a


g nas q ue de sa v o on tade q u eriam

u e
ser

tn nh a
"

us . v , q
c asam en t o e e st a sa sob r m
6
pera inh a era ri c a
, don a, co

ou tras sas donzellas ric as donas e de b õ o logo e ou tras , ,


'

m el h ere s q e q u iserem em aq el log o escolh er sa v i da


u u

ra serv irem a D eu s E t
[ ]
e se en ç arrar
p e ro e,as a rai . ux -

n h a per t em po c on si g o des q u e dissere m q u e q u eriom


1 O te to temx aq u palav ra b en s, q u e de c ert"o foi i n


i a m ai s a

trodu z i da por j
falsa in terpretaç ão, u lgan do -se relac i on a—1a com seu s
q u e a prec ede .

3 Em v ez da c on u n
ç j ão h or estari a o relativ o
m el qu e .

No t e to da q u ellas q u e,
3 x a m an ter-se , dev eri a tom ar—se c om o

partiti v o .

4 Este pron om e ref ere —se a c asas e m ai s trab alh os .

3 i . é ,
e m h arm on i a c om o seu ri sc o ou
plan o .

6 V ari aç ão da preposi ç ão de,


.
em p re ada an tes
g .

7 E ste su b stan tiv o de v e, en ten der-se c om o n om e


a m eu v er,

redi c ati v o do c om le m n to di rec to al g ã as


p p e .

3 -
_
As palav ras : tii n b a sob ri n h a v eem
. no x
te to do é
s cu l
o x v .

A seg u ir a c asam en to (q u e
q u er di z er : destin av a a c asar ) ,
c om e a
ç
o v erso da f ôlh a 1 2 .
56 ;

em a q u el m oesteiro se en ç arrar, pera v eer se q u eriam


v ar
[ j

pro em n o q ue diziam e el
as, n om m u dan do seu

sit o e e i nt o t r q u el
r
p p
e o pro m t m e ,
-
e n rarem
po freiras em a

m oe steiro em ti u dia de R am os, seen do i el


re , seu
y
fi lh o , e a rain h a D on a B eat ri z, sa m el
b er, q u e faziam
mu it a h on ra q u e e ra sa c
aaq u ela ri c a do na
ri ad a f E ,
º

e st a sob rinh a de sta rain h a foi depois a seg n da ab ade ssa


x

em aq u elm oe steiro e di i am l he Do n a Is ab elde C ardon a


'

- —
z ,

q era fi l h a de D om R i 3
d C rd d
'

p or e u e m o n e a o n a e e .

D on a B eat riz irm ã a de st a rainh a a q u alelrey D P edro , , .

de Arag em p a dre de st a r a i nh a ,o u v e de n a ifa n t e de ,

Arag e m .

E an t e as c asas de sa m orada qu e pera 8 e os


28
'

.
,
1

se s fez f az er fez faz er na c apela c om seu c em et erio e -


u ,

c asas pera e eS prital em q e pos q n e om ães pob re s ,


u ul z a

e qu in e m olh ere s pob res e os om ê e s pos em sa c asa


'
z ,
.

apart ada e as m e l h eres em o tra e a c apela [em ] n a m ea


'

t ade das c asas e a estes pob res [ dav a] c ert as raç õ es de , _

a m e d v in h o e de c arn e e de sc ado seg u n do e di a


p e p e
_
,

era e l ei t os pera dorm i re m e de


,
e stir em c ada ti u ann o v .

E ordi o q u e c ada dia v eessem o v ir as oras can onic as


''
u u

em aq el a c apel a de t
u i c apel am q e ela pos e m ela u u

m oo in he m a q el a c apel
3
c om se e f m a e si
q u o ss e e z r ,
u u

den t es E fe sag rar aq ela c apela c om seu cem eterio


. z u .

E a rainh a por vez e s v iinh a i sit ar os qu e em feste es



a resen t av a a el s o
5
i tal m en ferm os e per si p e
p r ere .

q eu av i am d e c om eer

1 i . é ,
m ostrar por ob ras
q ue persi sti am n a resol
u ç ão tom ada .

é
-

3 i .
, q u e fora c riada ou edu c ada n o P aç o .

3
,
O te to tem x R am an ; adi an te, c ap. 23 , h á a form a com pleta
R ei m an do .

4 i . é ,
j
a u dan te ou sac ri stão : c f . V i terb o, m oozi nha Cornu
8 . v .
,
'
D ie P ortg . Sp roch 5 1 30 e o s v oc áb os c astel
ul h an os, m onago, m an a

guill
o lo .
e m on aci l
5 i . é ,
el
a p p ró ria .
57

29 . E , ac a b ada a ei grej a do m oe steiro e a o b b oda ,

fez peer o m oim en o t q u e ela j á tiinb a fei to pera sa se

p ultu ra em m eoda eigrej a E per raz om do m .


_
i
o m en o , t
q u e era m ui
g ran de e per raz om das gradiz elas p o st as

por q
derre dor, g ram part e da ei grej a
ue tiinh am ,
fic av a 3

em b arg ada m u ito E em a qu el tem po q e o m oim ento u

delu v io d a g a em ª
' 7
n a eigrej a sei a
3
sob rev e o ii n u u

C oimb ra dez oito dias de fevereiro era1 3 6 9 an os qu e


,
6
, ,

en t ro a au g a do rio M on deg o
u u
q u e v em por re dor da ,

c iidade de C oim b ra q t t
p er a u el a e i g j
re a e e m
,
an o q u e ,

n em era n aq u el e t em po em m em ó ri a dos e m e s q u e e

a q u ela au g n a a tal l og ar v eesse ch e g ar u e a q u el


6
n em
q ,

rio tam creç do fosse e f oi t an t a a a gu a do ri o [ em


u
] ,
u
'
n a eigrej a f i a l m im n t o c b ert e d au a E
q e o q e , o ue g u u u .

a rainh a een do em c om o o rio aaq el l


,
v og o h e g ara e . u c

v een do em c om o r aq el asseen tam en to a eigrej a era


p e u

em b arg ada ordí ou log o c om o se fe esse em aq ela


z u
,

ei grej a q u e: era al, t a q an t o c o m


pr i a so b re a rc o s n a u

,

c apela alç ada em m ee da eigrej a c om o c oro pera as 7


,

don as e st arem e fe f a er departim en to g ran de an tre o


,
z z

c oro e a c apel a e fe em c im a poer a q elseu m oim e


, z nto u

e sepu l t ra q e ti nh a em f n do e fe ali poer o m oi


u ,
p u ,
z

m en t o da ifan t e D on a I sab el sa n e ta 3
u e el c ri ara
"

q a , ,

e passara em sa c asa e fe f az er alt ar e im agãe s e , z

'
1 rades ou c au c el
los
g .

3 S u b en ten da—se
'
esta .

3 T am b ém si m e si a, im erfei to do arc ai c o seer, c om a sigu i


p
i c aç ão de estar
l .

4 13 ª
f ôlh a .

3O x
te to tem 1 3 1 9 , m as o do é
s cu lo x v 1 36 9
6 Cf . ain da ho j e v em a sig ni fi c ar eq u i v alen te ao v e rb o S i m
ples

7 1 é ,
a m odo de .

Dona Beatris
_

3 A m arg em : filh a d rei D


el om Af on so e da rai nha

de P ortu
gal .
58

seedas ,
ª
para seerem o s c religos e os ou tros q ue vees
sem 1 ou v r i as oras ou diz erlas 3
, e assi , pe r raz om da
au gu a q u e en rou t [ em
] n a ei grej a, a era em n a eig e a
[ j rj
du as ei grej as e de u s core s ; e tev erom q ue a De u s

apro u g era u de se assi f az er, qu an do 3


a el prou
*

gu era de
t
en rar a u elq
a au go a em aq el a eigrej a e 11 n e m sei a u

en t rar E o b i spo R eim en do de C oim b ra sag ro aq ela


. u u

ei gre a e c apel t
j a e os al a re s
q e se m
po sto s em ela e u

o c em e t erio de fora .

30 epois q e a eigrej a e dorm it ori o foi ac ab ada


D
.
_
u ,

fe ab eb e das aa c astra e fe m u i n ob res paaç os e b em


z , z

p o st a dos
ª
e
(p )
e ra re fe it o rio e d or m i tor io e e fe rm ari a n

e c ast ra e c o in h a e t o das as o u tras c asas pera o s ofi


z ,

c ios q u e c om priam [em ] n o m oesteiro e fez c erc ar t odo ,


'

o m oe steiro de al t o m ro E ela falou com algu ns q u e u .


,

h ar da s au de de sa alm a q u e se q eri a em
"
5
am a ac on sel ,
u

a q u el e m oe steiro põ er e en ç arrar e l ei ar e q e av i a x u ,

e c on sel h are m [n] a q e por se en ç arrar n om rec eb ia



u , ,

t am an h o galardom c om o rec eb i a e m m an teer m u it os e ,


-

e m u it as e por q e el e s f a ia avi am m an tiim en to


6 7
,
a a el u z

7 O m esm o q u e assen tos, ten do i gu alm en te o se n tido de estar


.

se ntado o u assen tar se o v e rb o seer



q u e v em a seg u ir ; n ote —se q ,
u e

a par de i m agem , h a om aj êes (Arch F ig . .


,
X IV ,
3 No te to di zerhas x .

3 No tex to q u an to .

4 D ev e ser o m esm o q u e ap asta dos, i . é ,


hados,
ap a rel constru i

dos, etc . A seg u r i a c onj u n ç ão e te m o te to x a p re


posi ç ão p era,
q u e

m e parec e de sn e c essári a .

ê rro de tran sc riç ão ; é possi v el q ue o


i

5 E v i den tem en te há aq u i

ori gi n al pri m i ti v o di ssesse : u e a sai am ou sai am acon sel


h ar ou qu e
q
saia con su ltar ; l dos c asos a eposi ão de tem o se n ti do
em q u a q u er pr ç
de a resp ei to de .

E ste q u e pare c e-m e se r aq u i pron om e relativ o e


6 c orre spon der

a a q u e da ln gu a ac tu al ,
íse n ti do q u e aliá s êle tem n ão raro n os

doc u m e n tos an tig os .

7 A q u i sin óni m de su sten to, ortan to av er m an ti m en to u er di z er


o p q
ser su stentada.
59 .

,
'

í ora de sa c asa
qu ais ii c ariam desem parados e por
,

os ,

q u e e
,
n ç arr a n do se e la e m a q e l m o-
e steiro ( )
e m u it o s u ,

fi c ariam em prob e a q e ela n e m poderia a c orre r des z ,


u ,

f d ' i d d b ã s tem a u e avi a


q u e o ss e e s ap p
ro r a a o s e po r e s q ,
.

E ; ac ab an do seu m oesteiro dav a g raç as e lou u ores a


'

,

D eu s q e m u it as estrem adas m erc ee s em este m n do a


, u u

l
e a fez era e de q u e u gu era de v i r a c ab a
3
[ ] p
l
h

, e r o

m en t o aq u el e q u e el a c om eç ara ao seu l o v or e de se u

ac ab ar em sa v i da E des q e foi o refeit orio agu isado


.
,
u

p er a c om ere m em el e a s d on a s
()
e em a q e l p re m eire ,
u

dia q e i v eerom c om eer foi e st a rain h a e a rainh a


u

don a B eat riz , m e lh er delrey se u fi lh o c om eer em aq u el ,

refeit orio n o v o a ende [ a] ela [ sido] o t org ado per [lj o


,
v u

p pa a d e
3
en t ra rem em sa o n es t a c om p an h a de n t ro e m

n o m oeste ro das don as de S an ta C l E as rainh as


"

i ara .
,

des q u e as freiras v eerom a sas m esas, iam aa c osinh a N

s ig u ari as t v
p [j
o r l a
q u e a c om e er as don as aprese n a am

an te el as E este faz iam est as senh ores rain h as c om


.
"

g ram um ildade, em tecu de q ue z


f a iam ser v iç o a D eu s
em serv in do a q u elas don as q u e por [l] o seu , am or leix a

rom o m u n do e qu i serem ali v iir e a elserv ir ç


en arradas .

E , as don as qu el m oesteiro eram j á m ais


da O rdê e
'
em a

de cin c oen tal E e sta rain h a en t rav a an t re elas por [l] a


di ta g raç a q e o papa a ela o t org ara e fe era na
u u z

c am ara pera si aa port a do m oesteiro e per ali se v iinh a


p er v e z e s a rainh a das c asas o u t ras de sa m o rada e e s

t av a i por dias e rez av a c om aq elas don as de m oes u

teiro e siia an tre elas e de seer c om elas a i a g ram pra v

1 V erso da fôlh a 1 3 .
ª
.

3 Corri gi em de qu e do te to, q u e n ão faz sen ti do


o aqu i x .

3 T alv ez , por atrac ão de


ç p er prec e den te, o c opi sta e sc r v eu
e aqu i
a m esm a p re posi
ç ão em v ez de de q u e o sen ti do pede
,
E poss . í v el

q u e, e m lu gar de en tra r, se tiv esse e scrito en trarem , f az en do se —


re
_

f erê n cia às c om pan h ei ras da rain h a, q u an do n a realidade a pe rm is


são pon tifí ci a a ela ex clu si v am ente se ref eri a .
60

c t alm a v s

z er e on for av a—as e a elas erse eras em


q ue
p
em [ ] n o serv iç o de D eu s ,
c u j as e s os as eram
p , e ou r s t a e '

m u i no b res palavras q e ela b em sab ia di er ,


u z .

31 E des q e est a rain h a foi e a despen dia se


.
,
u v uv , u

t em po em est a m an eira : E la tiinh a c on sig o cm co dona s


da O rdê e de S C lara q e sab iam l . eer e rez ar e e r
, u ,

g ui a se a rainh a g ram m anh ã a e aq u elas don as da O rdê e



'

e r ez av am as M at in as m u it o a n t o e m u i b em a g u ar
p o ,

dan do em rez ar o cost m e da ei grej a de R om a ; depoi s u _


.

u e M at in as f o ssem d i t z P i d o i

q as r e a am r m a ; e p s
q ,e v u

P rim a fosse rez ada e dia fosse claro ag i savam ti u ,


u

al t ar qu e ela sem pre c onsig o tragia e a c am ara ti nh a


, ,
'

or orat orio e al i ou v i a ti a mi ssa c al ada c om g


p ram .

dev e ç om ª
E depei s q e aq ela m issa fo sse dit a v n
.
,
'

u u

nh a se pera se
-
p aa ç o c au
p e la ti in h a e , e s t avu a m u

j p
á res t e s seu s c a el
p ã es e c rel ig o s
p er a d i e r m i s sa s e ,
z

ofi c iar e u at en diam don as e don elas e out ras m elh ore s
3 z
,

q u e [ em ] n a c asa V V am E c om eç av am aq el
l l es c apel
. ã es u

e c rel igos e di zi am log o m issa ofi ci ada q u e se di per , .


z

os passado s por [l j a ,
al m a del r ey D D ini s E ac ab ada . .
,

aq el u a m issa q u e se d i
,
z i a p or elre
y di i am o s crel ig o s ,
z

to do s i í re s on se or el r e f a zi am aq u e le s e a q l as
p u
p ey e u

q u e sn am
1 po r e l re
y D-
D in i s eraç om e d ito aq u el .

re spon se po r el re
y c om eç av am o s c rel
,

ig o s a o fic i ar

o t ra m is sa se g n do o dia q u e era E dit as assi est as “

u ,
u .
,

m issas e ac ab adas as o tras e ras q e se por [l ]


u o di a , ,
u

dev em a rez ar por a q u ele s rel , i gos c om eç av a a rainh a c ,


a rez ar c om sas don as T er S t N ª


ç a e a e o a ; se fe sta ,
x '

f osse an t e q u e rez asse o v i a preegaç om


,
E q an do
, u .
, u

as m i ssas ere m ac ab adas e oras rez adas era j á g ram ,

dia ia a c om er
,
E des q u e c om a m an dav a viir an t e
.
,
u ,

si aq el e s q u o por el
u a av i am l
de m an dar a q u elas ob ras

1 F ôlh a 1 4 .
ll

3 E n ten da—se a atendi am .

3 Aqu i tem o tex to f eita .


61

e lav ores "


q u
z ia e sab ia c om o se faz ia[m ] e m an dav a
f e a ,

f az er aq ele q u e vi sse por ag isado e liv rav a algií as 3


u u

p et iç õ e s q e a el a da ua[ ]
m e as m ais [ das pe tiç õ es qu e
] v ,

el a av i a de l iv rar eram de m u i to s e m u it as relig iosos


3
,

e se grae s e ri c os e pob re s q ue
p e di am a ela q e l h e s ,
u

fe e sse m e rec e
z E m an dav a ela do se av er e pam dos
. u

c eleiro s dar a q u el e s a q e v ii a q u e era ag u i sado de e u _

dar [e] a q u em c om pri a E con siirav a "m u i b em c a em .

t odo o q e desse a est es q e assi pedi am avia por ela


3
u
[
u

de seer
[ c on siirado
] qu e pe sso a e ra e se lh e c om
pri a e

log ar dos relig io s


os q u al era e se er m e m u i o s ou t po u

e a ssi , se g n do o l o g ar so as e m e s e r a el t

c os, e e e s
u
p s

a E t
'

fez e sse, assi seri a o


q u e
[ ] ele s de ssem .
per es a

rain ha se f az iam as t res ob ras de c ari dade , . ea ela ao s

m en goado s e p b re
o s ac orri a c om e sm olas e, se e ra

algnu
per q ue ela d e v esse de v
a er san ha , pe rdo av a o

ran c or e a satisfaç om . E e ste


6 foi c ou sa m arav h osa,
il
q ue nu nc a a v ire m sanh u da 6
. O u t ro si per ela n em

m en g av a
-

de 7
t orn arem al
g ii a s
3
de pec adores a p õe

/
7 Aq u i na pri m i ti v a acepç ão de trab alhos .

3 E ste v erb o dev e ter aq u i o sen ti do de resolv er, desp achar .

x
te to di z todo ca em q u e a
(desse,
palav ras e stas q u e

é í

n ão faz em sen ti do ; p oss e s v el m


m o qu e o o qu e se seg u e a todo
n ão esti v esse n o ori gi n al pri m i ti v o Note—se q u e . ca e aq u i , c om o

n ou tros l
u
g ares, j
con u n ç ão i n tegran te .

I dem al
g u em .

5 E ste pron om e é depoi s e x pli c ado pela ora ã


ç o in tegran te .

6 A s palav ras : m ara v il


hosa, q u e n u n c a a v i ram san hu da en con

tram -
se a m arg em em c al
igrafi a do sé c . x v . x
No te to lê -se, m as

ri sc ado : nha n om d dizer


'

qu e esta rra
y p o em com v erdade a v isem
qu e
sanhu da . No te -se q u e a c ópi a do sé c X V I tem sanhada q u e c orrigi .
,

em h arm on i a co m a do sé c x v

A segu i r c om e ç a o v e rso da fôlh a 1 4
. . .

7 E sta f rase i ng u ar de de v e te r-se i por


n om m aq u si n ó n i m a de
n ão f al
qu e ou n ã o ra ra su cedi a qu e, e tc
tav a
.

3
O te to tem algu ns, m as do q u e se segu e V ê —se qu e se trata de
x
m ulh eres ; a q u ali dade de u n if orm e de p ecador n a lín gu a arcai c a
foi talv ez a c au sa da alteraç ão .
62

den ç a [ ]e, pera q u e se arrepeen dessem do pec ado qu e


f az iam (e) dav a lh es de v estir e de
,

seu av er e) q u eria
(
p er a elas
ª f az er fi u e s
p ri tal e t e v e , em C oim b ra as a c
'
sas feitas pera elas, sen om po r qu e 3
ach av a d al nas
g ,

q ue ere m pru v i c as, e m an dav a- as m an teer em sa v ila, a

q ue diz em T orre s NO V as, pera se p artirem daq u ele pu


b lic e de v e stir, q u e
'

pe c ado , e dav a-lhe s de c om ee r e

dep0 1 s leix t odo o


asse
3
q ue lh es f az ia,
se t orn assem a

p ec ar . E as set e ob ras
ª
t ia de m i seric ordia, ea
5
ela v es

s e ao s
q e a
u i am f am e o se de mu a n dav a lh e s
v u

ac orrer com com e er e b e e r E o[s] enferm o[s] v isitav a v .

e f az i a v i sit ar E os m ortos f a ia so t errar e lhes dav a


. z -

p era se
p lt ra s o
q u e m eu st er a ui am
p [j
o r l o s ap r essa do s
6
v ,

ag av a e c orre g i a os d t v e
i [ ]
'

p e m m a am co n
q e
p e r ç o es u

sel h a a pera persev erarem


v E ela m an tiinh a a espritali ; e
,

rem ii a c at i o s ag an do es de seu av e r
7
dade , p p o r el v a
, ,
'

ou t ro s dan do a i E v a aq el
j d a p er a se re m i rem u l iv ra e . _ u

t am b em das ob ras q e ela faz ia e o q e a ela pediam 8


u
:

u .

O te to tem dellas x .

v oc áb u l pare c e te rem aq u i o sen ti do de ex cep to


3 E stes doi s os
«

se, i . é , q u an do se tratav a de pec adoras pú b lic as, m an dav a-as para


T o rres Nov as, etc .

3 O te to tem x leix assem , afi gu ra-se—m e , por m ê , q u e o su j ei to

dev e ser a r aín h a ; na lingu a an ti ga era v u lgar em pregar-se o im ª

perfei to do j
c on u n ti v o em o raç õ es depe n dentes de u m v erb o, claro

ou su b en ten dido c om o n o c aso pre se n te , de sen tido de clarativ o,


c om o declarar, di zer, e tc .
, o portu g ê u s de h o j e u sa o c on di c i on al .

4 S e é q u e o c opi sta as n ão d ix e ou de tran screv er dev em ,


- a

m eu v er, su b en ten der-se e stas palav ras p or esta rai n ha se f aziam ,

c om o atrás .
_

5 N o te xt o q ue .

6 i . é , c arregados, afl
itos c om p ê so da s d v i das o í .

7 O x
te to tem E m ella m an ti n h a a esp iri tu alidade, q u e não faz
sen ti do c om o se v ê de presen te e dou tro s escri tos, a form aan tiga

de hosp i tal era espri tal, a par de esp i tal .


,
O _
v er o b m an ter dev e
tom ar-se n a acep
ç ã o de ob ser v ar .

6 I dem co .
63

C olher se 1a - -
a sa c am ara e saeri a a re ar zN oa por ela,
e sas
i
freiras , v inh am os ca
pelã s e e igos e diz iam
c rel

an te ela V e speras . Se se se t a as V espe g u ia algu a fe s ,

ra s [ e re m ] ofi ci adas , e per [l


] o s ou t ros dias c ala das 3 E —
.
,

de s q u e e nv i am as V esperas, q u e se diziom pelos se u s .

c religo s, torn av a a diz er V e speras c om sas f reiras ; assi


era en ten du da e c o s u m a da t em re arz q ,


u e se o s seu s

igo s errav am
crel em sa pre sen ç a em ler ou em i
[ j r o c an to,

ela o s c orre g ia e em en dav a , e 3


ela liía m u i b em em

lat im e lin goagem 6


. E , o u v i das e dit as assi V esperas,

se di a f osse em q u e j e j u ar ]

ela n em o u v e sse , ia 5
a c ear ,

e a ela j e j u av a o s m ais dos di as da dom aa .


'

E ,
de s q u e
c e asse , diz ia C om plet as e as ora s dos passados e ii c av a
'

c olhiam se a se log ar e f reiras


?

em sa c am ara e as . —
u , ,

seg u n do dav am testem nh o aq el


6
as m a c am ara
q u e e s u u

fi cav am a a m ai or part e da n oit e de spen dia em ce n


'

el ,
-

t em plar e em orar e em rez ar erg en do se por v ez es , u -

de sa c am a e filh an do o t ra m u i refez ; E ordi o d as


7

"

u u u

c ape las perpe t as em du as sas v ilas per sem pre em


3
u ,

L eirê a e em O b i dos e lei ou b ãe s pera se m an teerem


' “

,
x .

E em sa v ida m an t ev e em L eirãa q ue era sa v ila ií u


'

, ,

e sprital de m el h eres pob re s en v ergon ç adas q e do seu , u

e v ere m al
u g o e t orn arem em pob rez a a qu e dav a de ,

com eer e v estir .

1 E v i den tem en te o x
te to f oi aq u i estropi ado ; seg u n do a v ersão

latin a, e origi n al diri a


-
talv ez : Ahora costu m ada col
hi a-se a sa ca
m ara e rezav a N oa la e sas
el f rei ra s, rezada N oa, v i n ham , etc .
3 seeria m cal
a das di z o te to x .

3
T alv e z o origi n al prim i tiv o di ssesse ca, part c u l í
a, q u e, a m eu

v er, se ac om oda m ai s ao sen tido .

ª Com o se sab e, a lín g u a v u lg ar em g eral, por º po si ç ão ao lati m .

5 x
N o te to iri a .

6 N t xt
o e les
o a qu el .

7 O t xt t e o em f
re es ou tra form a é f
re ece u e v em a á
p g 43
, q .
.

3 fôlh a ,
.
32 . S een do o m oesteiro
ª
c b
a a ado , c onh e cia a D eu s
q ue f az ia m u i t a m erec e em t
es e m u n do e q ue
por t an t o
h
'

sa m
'

v iv irí a j a el
a e, q _
u an do erc e efo sse , qu e a c am asse,

q u e ela pe r si v isse .
3
o qu e dizer n om ou v iira rain a qu e h
v ii sset ant os rey s c om q ue
'

div i de ouv e sse e rainh as : ea

ela v iira c lre


y D J a m es .
, seu av ó o , q u e a
c ri ara
3
,
seen do

rey m orto elro y D Jam es .


, seu av ee ,

q ue
ª
v iira D om P e dro , seu rey de Arag e m , e

D J am es seu tio
.
5
, , rey de M aiorg as, irm ão de
'
se u

pa

dre e D D in is seu
, . P ort u g al e D S an ,
m ari do , re
y de ,
-
.

se u prim o c oirm ã o re de C ast el


'
6
ch o , y la e qu e seen do ,
'

c asada com elrey D D inis q u e t orn ara a Arag em .


, ,

se g n do j a dit o e J ames se
7 v i ira
3
D 3 “

u e q e , u .
,
u

irm ã o rey de Arag e m, .


D epes m ort e delrey D Dinis . .

v iio em P ort g al se u fi lh o D Afon so e v iio depos m orte


u .
,

delrey D S an ch o D F ern an do ª º
. rey de C ast el a Seu ,
.
, ,

1 Am argem : haec perf eci t m on asteri u m .

3 E v i den tem e nte o x


te to pri m i ti v o está aq u i i n terpolado ; afi

u ra—se -m e u e a su a redac ç ão teri a si do e sta pou co m ai s ou m e


g q
S een do moestei ro ac ab ado, con he c i a (i é ; rec on h eci a c om
'

n os : o .

'

g ratidão ) qu e D eu s a ela fe z era m ni ta m erec e em e ste m u n do


ª

[ m po q u an to] ja ela v i v e ra desde qu e n asc era) e


"

pe r tan to te

u e a ch amasse An tr
[ he
rogav a-l q u e
] , q u an do sa m erc ee fosse, q [ e .

ou tras m erec es con tav a] q u e el


a per sr
(i . é , pe ssoalm en te )
7
v ira o

q u e, etc .

3 N o te to x cri av a .

4 í
E sta part c ula depen de do v erb o con tav a ou ou tro de sen tido _
"

j
idên ti c o, q u e u lgo ter ex istido n o origi n alpri m i tiv o .

5 Jai m e
,
rei da s B a l
e ares,
fi I
h
l o segu n d o d e Jai m e I de

Aragão .

6 S an ch o I V ,
fi lh o de Afon so X e de su a m u lh er D . V i olan te, ti a

patern a da S an ta .


7 Cf g 1 2 .

3 No te to x v i era .

9 Jai m e II d e Aragão (1 2 9 1
16 Fernan do IV (1 296 era sob ri nh o de D Isab el, por . ser
65

so rin b ho e seu genro , e depos m or e t l delrey D . F er


n an do , t rey de C astela e de
v no D . Afon so 3
, seu ne o,

L e em q u e era filh o da rainh a D on a Costan ç a sa filh a


.
, ,

E di ia qu e v iira rainh as a rainh a D on a Costanç a sa


z :

m adre e a rainh a D ona B e at riz sa sog ra e a R ain h a


"

h , ,

D on a V iolan t e de C astela m elb er delrey D Afon so


3 6
,
.

de C ast ela, filh o delrey D Fern an do 6


o qu e fi l ho '
.
,
u

S ev ilh a aos m ou ros a q u al rainh a era sa tia irm ã a de , ,

se adre e i io a rain h a D on a M ari a de


u
p ; v

i b er delrey D S an ch o c oirm ã o e a rainh a D on a


'
6
seu .
, ,

B ran c a de Arag e m sa c oirm ã e m elb er delrey D J am es 7


, .
,

seu i rm ã o e v o a rain h a de M aior g as


3
m e lb er d e l
nre y ,

D J am e s se tio ; e v iio a dit a D on a Costan ç a sa


.
,
u
3

t a rain h a de C ast ela e de L ee m ; e v iio a rain h a


,

D on a M aria ªº
fi lh a delrey D Afon so se u ti lh a (e) rai
,
.
, ,

n h a de C ast el
3
a c asada per despen saç om do papa 1
,

co m el roy D Afon so de C ast ela e ntre si [ seu ] net o ; e


.
,

v ii a rain h a D B e at ri z de P ortu g al , m el h e d l y
Q r e r e . -

D Afon so seu â lh o sa sob rinh a fi lh a de seu prim o


.
, , ,

n eto V i olan te ti a dela ; m elh or


de D diri a prim o segu n do : c f.
º '
.
,
se

i gual tratam en to, pág 6 7, n ota 3


. .

7 “

Id em : depos m orta delrei , c om o atrás dep oi s da m orte .

Afon so x r( 13 1 2

3 Castela perten c e a rain ha , poi s os i ndiv í du os n om eados são


refe ri do s , tendo —se em v i sta a su a q u ali dade de r ei s
,
os p im e i ros, de
r
'
rai n has a s seg u n das.

Afon so X (1 2 52
5 Cf . n ota 8 da pág 20 . .

'

6 Cf . n ota 6 da pág an teri or . .

7 Cf . n ota 9 da m esm a á
p g .

3 Cf . n ota 5, pág 20 . .

9 M u lh er de F ern an do IV de Castela, fale c i da em 1 3 13 .

16 A m es ma q u e Cam õ es ch am a f orm osissim a (L u sí a das ,


n r
,
1 0 2)
e foi _
m u lh er de q u se X I .
'

V erso da 1 5 .
ª
f ôlh a .

13 E ra n ec essári a a di spen sa, por serem ri m o i rm ãos


p s ,
66

c oirm ã o e sa h ora e v e a rainh a D on a L eon or de ,


u

Arag e m sa n et a 3
em , seen do a rain h a D on a L eon or ,
.

ifan t e e an t e q u e c asa se com elrey D Afon so 3 de s .

Arag em ; e ntre si m u it os f ore m rey s e rainh as de qu e


j á fe ita é m e n ç om q u e a ela en v ia v om c ar t as e m es
,
s e

g eir o s alg n s e el a a ele s uc a d e p os m e r


ge delrey D , ,
.

P edro se u padre fore m rey s do s seu s irm ã os os q u ais


, , u ,

el a n e m v iio seen do el e s rey s m ais viira os se en do el es ,


ifan tes em c asa de seu padre D Afon so em Arag e m e


” “
: .

D F rad[er]ic qu e se ch am ou rey em S icilia, E foy rey


.
, ,

em Arag em se u sob r inh o fi lh o delrey D J am es seu .


,

irm ã o e foi ,
6
depos m orte de D Afon s , o em Arag e m .
, ,

D Pedro seu fi lh o o qu alrein ava em Arag em [em ] n o


.
6
, ,

t em po q e e st a rain h a ac ab o se t em po E assi em seu


u u u .

t em po ou v e seis rey s em Arag om e em C astela q uat ro


7 3
:

D Afon so q e reg n av a q u an
. do e st a rainh a v eo a Port u
,
u ,

g a l e
,
D S a n ch o filh o de t e D Afon so [e D F e rn an do
.
] ,
s .
,
.
,

fi lh o de t e D S an ch o e D Afo
s n so filh o dest e D Fer
. .
,
.
,

n an do e da rain h a D on a Costanç a fi l h a dest a rain h a , ,

e q u al re gn av a q an do est a rainh a ac ab ou se t em po ; 3
,
u u

3 Cf . n ota 6 da pág 6 4 . .

3 E ra filh a de D Con stan ç a . e F e rn an do IV .

3 O q u arto de n om e de Aragao (1 3 2 7 era filh o deJaim e II ,


i rm ão de D sab el . I .

4 Afon so I V de Aragão, filho de Jai m e II ,


i rm ão de D . Isab el .

3 b
S e n
u te n de-se rei .

6 P edro IV
7 F oram Jai m e I( av ô de D . I sab el , ) P edro I II pai
( ), Afon so I II
e Jaim e I I (i rm ãos) , A fon so [ V e P edro IV (ê ste tren eto, aq u ele

b i sn eto do prim ei ro c i tado) .

3 Afon so X S an c h o I V , F ern an do I V , Af on so X I .
,

9 Am b os os a ó rafos e stão a u i errados z o do sé c x vr di z


p g q .

i lho deste D om Af on so, D om F ern an do, filho deste


S an ch o, J
D
'
.

dom S an cho da rain ha D on d Constan ç a, j i lha desta rai n ha,


D Af onso, filho deste D om F ernando, a qu alreina va, e tc ; o do

.
.

s te dom Af
dam S ancha, filh d f h
il o de
'

sé c . xv tem _
o e onso,
67

em Port g al tres rey s D Afon so, padre delrey


u
ª : .

D Dinis e D D inis se m ari do e D Afon so se


.
3
, .
,
u ,
.
,
u

filh o q u e r
, ei n a a em P ort g al q an do esta rain h aseu
v u , u

tem po ac ab o E em t em po q u e esta rainh a V a n om


u . i vi

a i a re n os c h ristã os n em a inha e d e lin h ag em


v
y r q ,
u

de rey dec en de se q u e se arre das e a ela de paren te : s ,


s

rey de F ran ça D F elipe q e rein av a em F ran ç a


3
el ,
.
,
u ,

d o el a ab o t sob rin h o fi l h o de
q a
u n a s e em p o e ra se
c u u ,
u ,

seu prim o coirm aõ e el rey R b erte se g u n do c oirm aõ


,
u ,

e el re
y d e M a i or g a s
6
s e s o b rin h o filh o d e pri m o c oir u ,

n gl t b n h o e assi o t ros

m aõ [ e e
,l j y
re d e I a e r r a s e s o r i 6
,
u ,
u

rey s c h ri stã os .

33 E i en do ela em C oim b ra pera dar c im a a sas


.
, V v

ob ras eo g ram are a de pam em [nj a t erra de g u isa


7
,
v c z ,

n a cii dade de C oim b ra q u q z


3
q e
u al i a o al ei re in e s ol v u

dos e é pe q en o aq ele alq eire pera pam de ti u m oç o


,
u u u

D om F ern an do da rray nh a dan a Con stan ç a, fi lha desta rray n ha,

o q u alre n av a
g q u an do esta rr ay nha a c a b ou seu tem p o . A m argem
algu em ob se rv ou : F erdi n a n du s pra eterii t p a tr cm Al
f on si .

1 Aq u i tem de su b en t en der-se o v erb o ou v e, q u e fi c ou atrás .

3 Algu é m pos à m arg e m esta ob serv aç ão : n ão v i a elrey dom


Afon so, qu e j á era m o rto can do el
a c asou .

3 T rata-se de F i lipe V I , q u e f alec eu em 1 3 50 , ten do su b i do ao

tron o em 1 3 28 : era sob ri n h o de F i lip e I V , pri m o de D . I sab el,

D

v i sto ser fi lh o de Fi lipe I II e de . I sab el,


filh a de Jai m e I de
Arag ão e portan to tia da n ossa san ta.

4 Cf pág 1 9 , n o ta 3 e pag 2 1 , n ota 2


. . . .

6 E ra re i de M alh orea em 1 336 Jaim e II ,


n eto de Jai m e I ,
i rm ão
de P edro I II , pai de D . I sab el .

6 E du ardo 1 1 1 , 6 111 0 de E du ardo 1 1 , q u e c asou . c om D . I sab el


,

fi lh a de F i lipe I V de F ran ç a ( ef . n ota re in ou de 1 3 2 7 a 1 3 77,

gov e rn av a portan to ao tem po da m orte de D . I sab el .

7 16 .
ª
fôlh a .

3 O b serv aç ã o à m ar em : m ari eb an tu r
g f im
am e cal bri en ses .
68
'

'

per na som an a 4
, [ ]
em —
n a era de 1 3 71 ann o s, e rec ol

ciidade m u ito s ob re s faz iaela


3
di am aaq u ela [ ] p e do se u

g ran des esm olas de pam e de c arn e , e c om


prob eza
ª

m orri am m u i o s om e est e m ol
h ere s, q ue a
n dav am de s
em parados c o m f am e . E ao s
q u e m orri am de q u e ela
,

t b

par e sa er po di a, m an dav a ela so terrar e dar su dairos


e c an de as e f az er fossas u ssoterrassem
'

e c ov a s em q e o ,
'

e m an dav a pera as alb er ari as e g lo g are s u m orriam os

dasan a E i grej a t t
'

c religo s faz er ofi ci os e era o s so er


p
rarem
5
. Em a qu el t em po “
n om era [ em ] m em oria dos
t an ta c are
— '

om e e s q u e za v i issem de pam em na terra,


ca c om f am e om êes e m olh ere s paci am as erv as e

c om i am as c arn e s «

das b est as m or as e t ou tras cou sas

q u e n om som
pera c om eer om ê e s, n em m ol
h ere s 6
. E
t
e s a rainh a fez em a u el q tem p o a m u i to s,
q ue m e ster

av i am , tam b em '
I I CO S com o po b res e rel g
i iosos e reli

giosas, g ran de acorrim ento om pam e com dinh eros em c ,

t an t o qu e algu s q e em sa c asa av i a a repren diam por n ,


u , ,

1 O x
te to tem
'
: alqu ei re de hu m m oç o p era
p am de hã a sem an a

o sen ti do de v e ser : q u e ê sse -


alq u e i re e ra tam pe q u eno u
q e m al ch e

g ari a para pão ou su sten to de u m m o o


ç du ran te um a sem an a ; o

q u e se seg u e : em .

[ lra a era, e tc . dev e, a m eu v er , j u n tar-se a v eo, q u e

ficou atrá s .

2 '
No te to do x sé c . i v m ill trezen tos LX X híí u . O an o

de 1 3 3 3 foi re al
m e n te de fo m e n ão só em Coim b ra, m as e m toda a

pe í
n n su la : cf . L i v ro da N oa de S an ta Cru z de Coi in b ra

e m S ou sa,
P rov as, V I , pag 3 75 etc . .

3 Id em agu i llo, qu e n ão f az sen tido ; c om o eu , i n terpreta a

tradu ç ão latin a .

Id
(

4 em p ob reza, c om o a á
p g 4 1.9 , f orm a q u e dev e te r resu l

tado do c ru z am e n to de p rob e e
p ob re a q u e preferi , e n c on tra-se n a

Cron i ca dos F rades M enores e c oex i stifi c om p ro v eza .

5 al T
v ez se dev a c o rri gi r em p er l
[J as alb
'
erg a rzas e q u e
_

os soterrasse a n ão se r q u e se su b en ten da esm ol as o u pal av ra de


'

sen ti do id ê n ti c o para c om ple m en to


'
de m an dav a .

'
6 Algu é m ob servou à m argem : res dign a adm i rarz .
69

q ue n om g dav a daq u ele q u e assi dav a, porqu e nom


u ar

sa
b ia q ue tem po a se g u ir se av i a E ela respon dia, -
.

q ue
parec er a i l ela, se n om ac orre sse aaq u eles qu e viia
despere ce r pe r f am e
'

em a q u ele q ue

c
a orrer po de sse e

per m i
'
n go a d ac orrim en to de spere ce ssem ?
' 2
q u e ela Hea
ri a .
em cu lpa de sa m or e t e q ue De u s ac orreri a a ela

depoi s e q [ ]
ue dari a prov iim
a ela en t b .

34 . F az en do ela m orada em C oim b ra '

em q
a u elas

c asas
q ue fez era ,
ac er a c do se u
'
m oestei ro , disserom a

ela
q u e elre y d e P ort u g al, seu filh o , e elrey de C ast ela,

n e to , e st av am em pon to pera se desav n r ; daq u el a


-

se u

desav een ç a a ela pe sav a m u i to ,


diz en do q u e os q ue se

tragia[m ] e tratav aím pq u e e e s an tre si l v eessem a des


am or
-
e de sav n r, q ue o s n om am av am t an to com o ela,

aa D eu s
.

diz en do por ve z es an re t m u i t os q u e pe di por

m erc ee q u e, se de sav ii n dos a ser av i am ,


'

q ue
ª
a n em

leix asse tan to v iv er q u e sa de sav een ç a i


v sse , ca per

[]
l a

sa desav een ç a g ram dan o e n om se


av er se - -
ia a se g u ir

con h oc eria n em g u arda es t antos e tam b on s


5
ri a antre el
,

di i dos q ue e ste s rey s an tre s av 1om ; ea o t ros om e s


v , r u e

do tro q alq u er e stado q e u


u u dos divi dos qu e an t re u u

si e st e s rey s av ram o d
'
am ar se i am e [ se
e sem ] ja a uv s ,
— - u

ri am e n om creeri am a q em e s q u i se ss e
6
an tre el poe r u

2
" m argem :

A i n terrog aç ão
v i su ra n u n ou

n ão fig u ra
se a a

no
j
te to x
tradu ç ão de p areceri a

.
.

3 O x
te to di z : p or os qu e, e tc .
,
o q u e, a m en v er, n ão faz sen ti do
:

é
'

ias
escu ro al o sen ti do de trag er i n terpreto


c om o com p or
:
se , eu
'

ta r-se ; n o e n tan to a tran sc ri ç ão afigu ra—se -m e i n terpolada ou i n c or


rec t a; a tradu ç ão lati n a di z apen as : ( c en s) qu od gu i
di re u m
g
'

an í

m as eo i n c endeb an t reges n on tan tu m am aren i


q u a n tu m
p
z sa e.

4 Com eç a a u q i o v erso da fo lh a 1 6 .
ª

5 É poss í v el q u e o ori g in al p ri m i ti v o di ssesse : conh oceri am e

u a rdari am
g .

O te to tem x erradam en te u iz essem


q .
m es cla o m estu ra u
4
,
m oorm en te e stes,
q ue de tam no b le
[lin h ag em
]
2
e per san g u e eram senh ore s de tam g ram
re c ado e en t en der t an t os e t m
'

, q u e dev iam a conh oc er a

b õ os div i dos q u e antre si av i am e u q ererem esc sar de u

v iir a se desav iir, e a per [la de scordi a


j
3
su a se x seg u eri a

g ram dan o t
e m or e a m u i tos dos seu s re y n o s e senh orios ,

q u e seeri am s m
e cu lpa da q u ele por q u e ele s a desc ordi a
ª
v ee ssem q e ue o s sob erv o sos av i am raz er e o s h u m il
, p
dose s pade ci am dan o e os q ue a De u s serv i am
pade c i am

n o o e m edo e os dem
j q u e ao o serv iam av i am
praz er e

ri q u ez as e ou san ç a, e os re ys n om se eri am assi a g u ço


s os[ ] em faz er j u stiç a em [ ]
n o s m ao s, c om o eram , e stan do

av iin dos, em q u e
5
De us dele s se rv iç o g ran de re c e b ia .

E , pe ra se arre darem de n em v n rem este s se nh ores rey s ,

filh o e n e to de sta r ain h a, a t an ta de scordia, propo s a ir


u c ada tes rey s fosse
ti u des t , pera rat ar an tre ele s e
6

g ardas em an tre si o di idos e am or q e av i am pera


u s s v u ,

g erra E q eren do a
i

se n om m orrerem e f a e rem z u .
,
u —

t q i h d
'

al gu s p aur ir d a e le c am n o per r a om as c aen t ra


u ,
z u s

g ran des q e em aq el t em po fa ia e po q e a i dade


:

u u z
_
r u s

era m ais pera fol g ar q e pera trab alh ar [respon dia]


]

u ,

e n t en di a b em u e em n en h u a [ co sa] n om po di a el a
q u e q u

1 É poss v el í q u e o ori g i n al pri m itiv o di s


sesse m ezera : cf . o

v erb o m i zc rar por e em plo, n a ,


x Crón i ca dos F ra des b f en ores .

l
Na tradu ç ão at i lê n ob i l
i ( con sp i c m f,
'
n a -
se : tam progen ze
3 Caso freq u en te de di ssi m i laç ão v oc alic a .

4 í
E sta part c u la c on ti n u a ai n da a fala da rai n h a,
pelo au tor

an ó n i m o apresen tada em esti l


o i n dire c to .

5 E ste pron om e relati v o , q u e h o j e se diri a o q u e, ref e re-se a

j u sti ç a em
f azer os m aos .

ª P ara
.
x
torn ar ló gi c a a e pressão, ou se h á de c orri g ir a c onj un

ão e em u e, c on si deran do c om o c om plem en to de tratar a oraç ão


ç q
por ela i n tro du z ida ou tem de adm i ti r se q u e o au tor, ten do an tes

u sado p a ra agora tem em m en te q ue e de j


aí o c on u n tiv o ; no en tan to

p arec e-m e refer v el a


p í pri m ei ra destas du as i n terpretaç ões
l
71

m a or y serv iç o f az er a De u s, c om o fari a 1
, se arre dar

po d e s se tam g ran de dan o e es ra t go c om o se algtí u


2
,

av [er ia, v ii n do e st e s rey s t


an re si a de sc ordi a
] e a se

de sav iirem . E c om e ç ou se u c am inh o e c h eg o u a E stre


m oz . O uve
3 de stem peram en to per raz om de nu a lev a
di ga q ue lh e saio em n o b raç o , e de seu u u dia se g u n da

feira n om saio da c am ara ao a


p ça o o u v r m i i ssa , se g un do
soia , em sa c a el
p a
5
c om elrey
6
, seu filh o . E a rainh a
7

v in h a—se ali pera ela e c on forta v a-a e serv i a—


a e f az ia
v aq u elo q u e z
*

a ela p az er em vu a u e ela a e a e
r
q pr r r

p o di a E j a e n
. do e st

a rai n
,
h a em s a c am ar
za a r ain h a ,

D on a B eat ri seen do ac erc a da c am a a rain h a D on a


z ,

I sab el di sse aa rai nh a D on a B eat ri 3 z


:

Filh a senh ora dade log o a est a don a qu e h i v ai


º
,
'

E a rainh a [disse]
Q e D on a e ? u

E ela di se s :

E ssa q e por i ai dessas estidu ra b ran cas


u v v s .

E a rainh a n em [nl as o t ras n om i am c ou sa


,
ªº do u v

1 O x
te to diz f azi a .

2 i é dan o
. e estrag o .

3
An te s de . ou v e, dev e ter ex i tid
s o no p ri m i ti v o ori g in al u m

a dv é rb io de lu g ar, co m o aqu i ou ou tro eq u iv alen te


(
o lati m tem b i c),
a n ão ser q u e n o m esm o se l esse e, em ch egan do a E str e
m oz,

ou v e, e tc .

4 A e xp ress o ã de seu parec e te r aqu i o sen tido de : n atu ra l


m en te,

f da doen ç a

o orç a
p r .

5 O c opi sta
po r i n adv ert ê
tro c ou por c am ara, q u e se lia atrás,
n ci a

a palav ra c a el
p a, qu e ê
prefe ri para i n telig n c i a do sen tido sem c on f
tu do pode r—m e de c i dir en tre el
a ou o ra tori o, q u e a v ersão latin a te
m .

"
h a l7
6 F ôl ª
. .

7 A n ora,

D . B e at ri z ou B ri tes
3 m argem : V i rgo M ari a ei ap a ru i t .

9 T alv ez por essa, c om o pede a lóg i c a da lin gu agem e está logo


ab ai o x .

10 i . é ,
n ada ,
se
g un do Ja fi c ou n otado.
72 :

q ue ela diz ia q D eu s e. s a M Ea dre a tev erom ª


u e
,

q e
u e la de re i tam en te e dev ot am ent e serv ia am an dav am ,

c onfort ar E sta rain h a per m u itas v e e e c onfessav a


'

. z s s

a se c onfe ssores
u s
q e t rag ia E em [ ] a q in t af eiraq e u . n
/
u u

se seg u io depoi s da se g u n da f eira em q u e e se t ie de s s n

t em perada de g ram m anh ã a se c on fes o e en io


2
, s u v

m issa E dit a a m i sa saio da c am ara sem aj da


.
, s , u
'
d ou t rem m h o s an te o alt ar
'

e sforç ada e
, e o em g eol
ui , v

u est a a aq el se v c on fessor q e c eleb rav a m issa e ali


u u u

com g ram dev e ç om e m it as lag rim as rec eb eo o c orpo u

de D e s 3
E sc en do em aq u el dia depo V e speras
u .
, s

ª
departindo com elre
y seu fi lh o, e n om cu idan do [ ] os
"
.

flS ÍCO S q u e per aq u ela door sa _ t


m or e ac erc a fosse , disse
a elrey q u e se fosse a c ear, e
'
elrey _
disse q u e jac e ara

E saio se el da fí si c os
'

re
y
-
c am ara e os com ele, ue
q 1

t v
e s a am . E ,
e stan do elro y an e t a por a t dac am ara , a

rain h a i
sa o se da se a el c om eç ou
'

-
c am a e en co stou -
a e

de e sm ore c er .
_
A q u ele s q u e em

i
[ j r a c am ara e stav am de
rom v oz e s a elrey . T orn ou aa c am ara elre e
y , tom an

do a
— 5
per [l
i as m ã os e b eij an do -
as, acord u o a rainh a
da q u el e sm ore c er e v eo a .
f alar com elre
y e m
"

c om o e sm o

re c era e em raz om da 6
i fan t e D ona L eon or , sa n e a, t filh a
su a delrey , q u e ela m u ito a m av a , e em ou tros seu s n e os t .

E , assi falan do , c onh e c en do se u ac a b am en t o ,


com eç ou a

diz er : M a ri a ,
m a ter
g ra tia e
,
m a ter m iseri c ordi ae , tu m e

1 A q u i, c om o n ou tros passo s, tem ê ste v erb o o m esm o sen ti do

q ue a loc u ç ão ter p ara si , i , pe


n sar, . é ac redi tar .

N a si gn ifi c aç ão de do ente, c om o atrá s destem p eram en to


2 ou m al

— esta r
,
n ã o e n c on tro ar u iv ados em M o rai s e ste s v oc áb u l
q os .

3 O b serv aç ão m argi n al: recepi t co rp u s D om i ni .

ª No te tox se p a rti n do . No te —se q u e o g erú n dio dev e j u n tar-se

a seen do ho j e di rí am os : estan do con v ersan do ou a con versar .

5 N o te to x e etrei tom a n do-a, e c


t .
; tan to ê ste c om o o g e r n di o ú
se g u i n te e stã o or u m a o ra ão te m poralde en qu an to (a tom av a,
p ç
6
i . é, a res e
p ito de ,
73

ab h oste protege et h ora m orti s su scipe . D es i c om eç ou


'
a di er : z
G reda i n D eu m pa trem , o sim b olo dos Apost o
lo s, e des 1 o P ate) n oster e ou ras õ e s E em :
t o raç .
,

rez an do assi f o e n f ra q e c e n do [ em ] n e diz e r e f al


, r ar u ,

u e a n em di om en te n de r e
4 assi rez an do ac ab ou
q p o , , ,

se t em po E a alm a saida do corpo se sem aj da


u .
,
u ,
u

n en htí a se lh e c e rrare m os olh o e a b oc a e ali c om prio 2


s ,

a el a D eu s o q u e el a a el por v ez e s pe di ra e pro
q .
,
u u

g e se a el q e q an do ela c om pri sse se t em po fosse


u s u ,
u .
u ,

fi lh o I E fin o dest e m u n do [em ] n o c ast elo


'

el rey se u . . u

de E st rem oz q at ro dias de j lh o era de m il e tre


'

,
u u ,

z e to
n s e se tee nta e q at ro an nos 3 u

35 E n e te tem po q an do ela f mou avia n etos 6


. s ,
u ,

el rey de C a t el a
5
e o i fan t e D P e dro
s
6
filh o prem eiro .
,

e rdeiro del rey de P ort al e t a a em E tr em oz


g q e s v s u , u ,

q an do ela fi no e a rain h a D on a M aria de C a tela


u u ,
7 s ,

q u e el a i ara e a ra i h acrD on a L e
, o n or de A r ag em
6
n

e a i fa t e D o a L e on or de Ara g em
n n 9
filh a delrey de ,

P ort g al E a ia b isn et os o ifan te D P edro filh o pre


u . v : .
,

m eiro e rdeiro del rey de C ast el a e o s if an te s D F er ,


.

n an do e D Jo ão ªº
filh o deh ey D Afon so e da rainh a
.
,
s .

D on a L eonor de Arag em .

1 Aq u i com e ç a o v e rso , da f ôlh a 1 7 .


ª
.

2 E n q u an to aq u i o v e rb o se tom a n o sen ti do de con c eder, sati s

faze: o
q u e se ed
p e, log o ab ai o x tem o de term i n ar
3 Am arg em : O b ii t 4 di e j u lii era a 1 3 74, ann o D om i n i 1 3 32 .

4 É possív el q u e o ori g in al tiv esse cu este, q u e tam b ê m se pode

er E m este

5 A fon so X I de Castela .

6 D . P edro I de P ortu g al .

7 F ilha de Af on so I V de P ortu
g al .

'
8 F i lh a de F ern an do I V e de D . Con stan ç a, depoi s m ulher de
Afon so I V de Aragão .

9 Fi lh a de Afon so I V de P ortu gal .

10 P e dro , filh o prim og e n i to de Af on so X I , F ern an do e João


fi lh os de su a n e ta D L eonor : cf . . n o ta 7
74

36 . E
q u el dia q u e fin o e n oite e ou tro dia
em a u

se g i n t e f0 a el a f eit o ofi c io r los prel d


u
pe 1
[j a os q u e a li
eram e feito o ofi c io e ag u isado pera a trage rem ao
,

teiro de S an t a C lara de C oim b ra u se ela t rag er


m oes ,

f az er m an da a e sepu lt ra e sc olh e ra c on selh a am al


v u ,
v

g u elrey q e a soterrassem em u m oestei o de S


u s u u r .

F ran ci co q e av ia em E st em oz o q e a trou e sem


s u r u , u v s

aa eigrej a c at e dral de E ora og o


'

e era daq el l
q v ,
u u u

a rain h a fin ara al o g ada r sei s le o a e d e en a


p o g s s
q u ,

c arn e fo sse t orn ada em te rra e a tro v e sem a Ce m


q , u u s l

b ra E e ste c on sel
. h a am ao rey po q e se t em iam de v "
, r u

c h eirar em tan t o ant e u e c h e g asse a Coim b ra


q e a
, q ,
u

n om pode ssem aaq el m oe stei ro q e el a f e era t rag er


u ,
u z , ,

e era a lon g ado daq el l o g o de E st rem o or trii nta


q u
p u z

e d as l uegoa s
p er r a om d as c aen t ras ,q e e m a q e l z u ,
u u

t em po erem g ran de s e ela n em fora enferm a se om


ª
,
n

p er q a t ro o cuin c o dias e m orrera em u t o da s a c ar s s

n es O tros di iam q e a q el log o


. u , a sep l
z t ra e s u u u s u u

c ol h era q e º
ali a dev iom t rag er
u E foi en tom per .

el re
y se fil
,
h o e se t e
u st am en teiro m an dado q e a u ,
u

tro v essem a C oim b r


u a E em [nj a se t a feira seg in t e . x u

depos a q i t a feira em q e ela passara foi p o ta em


_ u n
:

u s

no at a do e c om e ç arem a q el
6
n
3
,
e di a depo s c om eer u , ,

com ela an dar pe r c am in h o di en do aq eles q e ali ,


z u u

seg n do as c aen t ras e rem g ran de s e [o


]

e rem q ue , ,
u u

log ar a q u e a tragiom era alon g ado q e ch ei rar a em ,


u i

t an to aq el c orpo m orte q e n enh ií daq u eles q e i


u u u u

v iinh am n em se at re eri am a ch eg ar aaq el ata de e v u u

u e fora m el h or seer sot erra do a q el c orpo em E o ra u v


q ,

1 Aq u i tem de su b en te n de r-
s ea c on u n ç ãj o p orqu e ,
ti rada da
loc u ç ão an te c eden te p er ra zam ,
a q u alé - eq u iv alen te .

2
E ste qu e repete o an te ri or, repetiç ão ali as v u lgar n este e

n ou tros te tos x .

3 ]8 .
ª
f ôlh a .

ª
i , é, depoi s do j an tar ou m i di a : cf
e o- . o es
pan holcom i da .
75

,
se g u n do c o q e se fe esse E com eç arem
fora a ordad u z .

se c am inh o aq el
u e s [ q e] ag u arda am u aq ele ata de u v u u

e fe erom daq el l
z o g o de E st rem oz a Coim b ra por m u i
u

g ran des c aen tu ras sete j orn adas e per [lj o c am inh o ab ria ,

se o atan do em tan to e c o rri a del a q el q eb rav a


-
ª e
q e u u u

das c arn e dela E q an do e ste irem os q e a g arda


s .
,
u v u u

n n c a a po de ri am t rag er a C oim b ra
º
am te erom
v
qv e u u ,

e r raz om u e c ri am f ede sse em tan to q u e se n em


p q q u e

ch e g ar E
"

p o dessem aaq u ele atau de u p rou


gu e a N osso
S enh or de q u erer m ostrar em
[ j
n o c orpo daq u ela rainh a
'
q u e conh e c ia o bõo 3
serv iç o q u e d ela e m t
e s e m u n do

re c e b era de g u i sa
q u e c u i dav am
q ue a q u ele fosse fedo r
e q ue saisse da q l
u e e atau de q u e fo sse h or ch eiro
o m el

e o dor q u e e m ees
'
v ee r
po de ssem
6
, de g u i sa
q u e dizi am

a q u eles q u e se ao atau de ch e ga v am
q u e tam no b le odor

de co u sa n om v ire m . E e ste tiin h am prelados e m u i os t


o utros om ê es e b oas don as q u e ali v iinh am por

g ram
g
" '

6 7
m ila re q u e D eu s po r ela m o strav a de v eerem
-

0

c orpo de u u a h er
m el morta por t an t os dias (e) n om c h ei

rar sen om b em ,
e dav am a D eu s g raç as e lou v or por

[j q
l o ue se m os rav a t em t
es a rainh a, q ue
/
sem pre fora
8
sa serv a, de n em f e der o corpo dela, qu e era de raz om

e de t
n a u re z a e [ de] ch eirar
, assi b em , q u e
6
era c on tra

t
n a u ra, pe ro q e
º
o ata d
ue u fosse l argo e os q ue ali

1 O m e sm o
q u e en tretan to ou n o en tanto .

ª N ota à m arg em : n on de corp ore e u s


j p o st m ortem .

O te x
'
3 to tem : c onh eci do b om .

E ste q u e, a m eu v er, de v e repre sen tar o g é n e ro n eu tro lati n o,


q u e í
n a ln gu a arc ai c a v ali a tan to c om o o ac tu al o qu e; o c on j u n ti v o
sai sse foi talv e z ( )
m o ti v ado
p elo f osse,
q atrac ç ão
u e pre c ede e segu e,

re q u eri do
pe la q u ali dad e d e c on sec u ti v a do u e da e
q , p re ssã o deg u i sa x .

5 A m ar em : redol
g et n on ol i t ( )
si c .

6 A m argem : m i ra cu la m .

N o te x to do ( c orp o ,
8 Sôb re ê ste qu e e o q u e se se u e v e a -se a n ota
g j 4 .

N e ste passo é con c essi v a


9 e sta loc u ção, v alen do
portan to
por

ain da u e, em b ora, etc


q .
76

v n nh am sen ti am dela f eri r de Ti a part e e da


'

o c or
po -

o u ra t em no atau de , q ue b em c riom to do o c orpo f o ss


'
e

q u eb rado e par t ido ; de m ai s o atan do per raz om das


f eri das q u e os da sa m erc ee da dita rainh a dav am em
q
a u el e atau de, [ q u e] c h e av am a f a er door, era parti do g z
e a er o por l b t
e are s ª g
E fe erom com aq el corpo set e j or adas de
37 . z u ,
-
n

E st rem oz a C oim b ra per gran des c aen t ras e per tem po '

m u i de st em a d E q u l di h g m a
p e r o e m a e a
q e e . are u c .

C oim b ra foi posto aq ele c orpo em n a eig rej a daq u el


2
u

m oe steiro
q u e el a f e e ra e f oi a c o rd a do po r
3
[j
l o b iz
po s

de L am eg o q efi c av a por se te stam en t eiro e per ou tros


,
'

u u ,

i v iin h am do atau de q u e tragiam assi


'

q ue er raz om
, p
a b ert o e p or l
[j e s di to s eh an tos
q u e faz iam g randes m u i

to s ª
a q ue la m u i a
el t m erc ee
'
fez era, '
os da ciidade de
Coim b ra e m u itos ou tro s, q u e 6
em [ j n a n oite q u e se se

g u a, i
de s q u e as c om panh as q u e_
[ j j ga r em n a eigre a a

dav am aq u el c orpo adorm e c e ssem u e pose ssem aq el


u
q ,

c orpo em [ j
n o m oim e n t o
q u e j a e stav a ab e rt o e q e ali o u

tiinh a
m o c orpo e q e lei a sem o tro atau de pera n om
u
6
x s u ,
-

1 x
O te to diz : os da sa m erce da di ta R ai n h a c egau am b a
_
f az er

door da nam em agn el


le u tan de era p a r ti do e ab erto, e tc .
,
em q u e se

m e afig u ra ter h av i do lapso n a c ó pi a : os da sa m erc e da di ta rai


'

n ha sã o evi den tem en te os q u e dela h av i am rec eb i do b en efi c ios


,
os

q u ai s em sm alde s n ti m en to e dav am f eri das ,


i . é ,
b ati am , prov áv el
m en te c om a c ab eç a, no ata ú de e c om fôrç a tal q u e che a v a m a
g
doer-se ou m a u ar-se :
g cf . logo adi an te on de se f ala dos seu s

c han tos .

º V erso da fôlh a 1 8 ª

1
3 No te to qu e x .

4
E ste pron om e e a m ai s os da ci i dade de Coi m b ra e m u i tos
j
ou tros é o su e i to c om posto de f a zi am
º

,
a chan tos se refere o ad e j
c ti v o g ran des .

5 O raç ão i n tegran te q u e c om pleta f oi acordado, serv i ndo de


su j ei to, e n a q u al a c on u n ão
ç q j
u e está repetida .

6 A tran sc ri ç ão n e ste
passo pal ec e m e ter se afastado tam b é m
do ori
gi n al u e tal
q v ez di ssesse : e
q ue ali tiv essem o cor o e
p que lei
77

d t
en en der as c om nh as de noi e t fora pos o t
'

po erem pa q ue


em i
[ j r o m oim e n o th . E , pera e sto fa z erem ,
e sc ol ere m

al gu n s a q e e t a rainh a fe era m ita m erc ee e aqu eles


u s z u

e e m C oim b ra tiinh am ª
l o g o de c on ti a al c ai de e al v a
q u ,

z is e aa n oi te ac o t aram se nde rem ora ata u e


º
, p e ra a te s q
-
, ,

as om panh as adorm e c e ssem


c e pera faz erem aq u e le ,

q ue l h e s era m an dado E q i s D e s q e adorm e c e ssem . u u u

e stes q e fic a am pe ra f az er e ste ,


3
u q e vde le s n em f o i u

em ee q e ac orda se ata o o t ro dia cl aro de g isa q ú e


'
u s u ,
u

nom e u v ere m t em po pera f az er a q ele pera q e fic av am ª


u u ,

v iin h am pera di er e f az er por ela seu ofí c io aq eles z ,


u

q u e o av i am a f az er E c ele b ra e m por el a e m a q e le . r u

di a m u it o s c religo s e relig ioso s m issas e fe e rom per ela z

m u i b em seu ofí c io E , des q e foi feito f orem e sc olh ei . u


"

to s o s m ais h on rado s om ães re m em a q u el


' '
e e a
q u

c ii dade de C oim b ra pera l e arem aq el e ata de em das


6
, v u u

an das em q e o tro e em de E strem oz da ei grej a m oor


' '

u ux r ,

u e t inh am aa c apel a de c im a , [ ]
e m oim e n t o e ra
p o st o u ,

e n em foi i tal daq ele s q e o lev av am q e daq ele


7 . u u ,
u u

q u e re c u dia 8
do atau de n om c ae sse
pe r [j
l a s m ã o se p a
n o s, e,
_
em lev an d o-a
9
pera c im a as don as da q u elm oes
m a ssem (i . é fica r)
,

o ou tro atau de em q u e h av i a si do traz ido de


E strem oz .

1 N o te to tin ha x ,

ª i . é ,
o s ac ab ados de m en c io nar, q ue ti nh am si do e sc ol hidos
o c adá v e r
"

para tran sportarem .

E sta part c u la dev e te r aq u i


3
'
í se n tido con se c u tiv o dev en do su b

en ten der-se an tes p o r f orm a, etc .

4 É po ssi v el q u e aq u i tiv essem s ido em i ti das pelo c opi sta alga


m as palavras, tai s c om o
p o r
q ue j á en tom ou ou tras e u i v al
q en tes ;
'

a v e rsão lati n a t em qu i a j am .

5 O te x to tem escou lh ei tos .

6 Id em em hu m as .

7 Id em a .

ª Co m o n ou tras passag e n s, t e m ê ste v erb o aq u i o sen ti do de sair .

9 E ste gerú n di o pare c e re feri r-se adon as, q u e agora su b sti tu i


riam n a c o n du ão do c adáv e r os
ç ri m ei ros ortadores
p p .
78

teiro per [j p
l a or ta d a por t aria por
ª
e a l faz iam g ram
doo, sen t in do —se q u e fic av am “
m ui de sem paradas e m en
g ua das por sa m ort e Ant re 9
. . aq u ela s don as av i a ií a ,
'

a u e diz em Costan ç a An e s, tu ral de E


q n a . v ora, e q u e

pade ci a u a g ran de en ferm idade em [nj o s b e ç o e em n os r s

de n te s de p rag a q e o s c om iia e e t a a em ponto de [lh e]


u ,
s v
,

c aerem ª o s de nt e e era tam g ran de a doo s, e a d e i a


q p r u c

q e
u d av a tam g ran de s o e q e a s d on as o t r as e r e m v z s
,
u u

o es em b arg adas E d d
p or e ssas v z a en e e e ç o m
q e .
,
v v u

D e s faria a ela m erc es per aq el c orpo da rainh a


u
6
u .
,

se g n do as ob ras q e m ere ia i da 6 '


u ela f a er em u sa c ,

z v ,

f oi b eij ar a q el ata de e por aq el lo g o u a doe r


u u u

p ad e c ia E to r ou s e
7
o m a s o t rans d on as-
d e s
q u e c u ,

o c orpo da rain h a t irare m f ora on de el


'
as estav om e o

lev are m pera a apela [ e] sen tie se sem door e c at are m


c , ,

o s b eiç os e n om ach are m a q el co m m en t e


_
n em [ ] o «
u u ,
n

dan o q e em eles a prag a f az ia e


u
6
a h are m [n o s] ,
c -

c rado s e dere m
u g raç as e lou or en sem b ra a N o so '

v s

S enh or por q u antam erec e a elas fe era em q u erer q u e z

1

x
O te to tem q u e p or .

ª Am arge m : m i racu lam pri m am .

ª ou p l
aga, c om o v e m ade an te , i . é ,
ch ag a ; c f as . du as form as n a

Crón i ca dos F rades M en ores, G lossá rio .

4 19 ª
fôlh a

. .

x
N o te to fezera, form a f re q u en te em
6 v ez do con di c ion al, m as
só q u an do h á u m a ora ão de sta n atu re z a
ç .

6 Afigu ra -
se -m e ter h av i do aq u i t am b é m lapso da parte do
x

c ópi sta, q u e esc re v eri a m erec i a, q u e n ão faz sen ti do, a n ão ser q u e


_

o p ron o m e el
a se lh e an tepon h a, e m v ez de v i ra ou ou tro v e rb o de
se n tido id ê n ti c o : cf .
g 3 9 .

7 T alv ez o ori g i n al ri m i ti v o di sse sse torn an d


p o -se , com sen tido

t em p0 1 al, 1 , . é ao torn ar o
se ou q u an do se torn ou .

8 E sta c on j u n ç ão v al
e aq u i, c om o em ou tro s passos, por m as .

í
O parti c pi o cu r ado, q u e se segu e , parec e con c o rdar c om com i m en to
ou dan o el a c h ag a rodu z i a
p q u e os
p .
79

q
a u ela don a, q u e em a u el di a v n ram a u ela
q ª q door pa _

' º
dec er e a q u e n om prestav o m m eez inh as per tem po s
de fi sic o s, de q u erer 3
q ue fosse c u rada e sã a em uu
'
t z er per aqu ela don a q
]

m om en o perm erec e q ue u eria fa ª


.

E a si foi pro ado p erdan t e D om F rey S alv ado B i po


s
5
v
6
,
s

de L am eg o e foi per[ dj an te o V isi tador das F reiras


'

daq el m o e teiro de S a t a C lara per [lj as don as q u e


u s n -

v iire m aq el a don a a er a q el a door


u an te q e o c or o
p v u ,
u

da rai nh a ali ch eg as e e te er aq el a plag a e m n o s b ei


s ,
u

ç o s e q
, e a v i re m g [ ]
u ari da log
u o e m a q e l d ia D e ste u .
_

o v e i e trom en to
u fei to per m ã o de M artim Af on so
s , ,

tab aliom de C oim b ra .

3 8 D es q e f oi po st o o c orpo em [nj o m oim en t o Com e


'

. u ,

ç arom se a q ele s q u e o
— 7
lev are m ali an t re s a marav i
u i

lh ar se do g ram m ilag re q e
-
i am u c or o
p q e u v ,
u ,
u

tro x erem aa q ellog o per g ran de s c aen t ras e q e av i a


u u u u

n ov e di as q u e a alm a se del [ aj partara e q u e era a ssi

q eb
u rado , (e) de s
q u e a u el li c or cerria, em q ch eirar 8

tam b em ,
ca
9
,
uu s
*
dizi am ca l h es pare c i a
*
º
c a, em tra
g en do a -
, q ue v i n h am por ro sae s, ou tro s [q ] ue h am vi n

c h eirar c a n u nca atam b om o dor de c o sa v n re m


u E .

x
'

1 N o te to v i era .

i . é
de te m pos a tem pos
,
. .

3 R e peti ç ão de em qu erer .

4 i é , a rai n h a defu n ta
. .

5 i . é ,
o
q u e s e ac ab a de c on tar .

6 S egu n do a v ersão latin a, b ispo i sitador


e e o V eram a m esm a

pessoa .
_

7 N o te to x a .

8 Id em em chei rara a ora


ç ã o in fi n iti v a ií u , em
( cf . atrás

em q u erer a
par de q u erer) chei ra r e tc . c ompleta o sentido de m i lagre .

9 E n q u an to aq u i esta part c u la í é c au sal,


a S eg u ir desem pen h a o

a el
p p de in teg rante .

lº No te to p areci aõ x '
.

A oraç ão segu i n te dev e c on side rar-se c om l


p em en to de di zi am ,
aq u i su b en ten dido.
80

t odos o s qu e este v nrem dav am graç as a D eu s em qu erer


l v ii ssem g n de sa m erc e o de f a er u

'

q eue es a ra q e o z —

c orpo de ti a m el
b er, q u e m orte e ra
[ ] e q u e n atu ral
m en te

dev ia a f eder, ( ) e c h eirar


7
tam b em , o
que era c on t ra
n atu ra E a ssi de ste i e stru m en to , f eito r J oam
*
-
ou v e e
.
p
D om in g u ez ,
tab aliom de C oim b ra e m q ue assin are m

a
q u eles q u e sa b iam e sc rev er
2
[ e
'

a
j q u el c or
po aaq u el

m orm en e t t ro u x erem . E ste estrom en to se fe z


per m an dado

de b ispo de L am e go
39 . O 3 c or
po p o sto no m oim en o t e queren do se —

partir a u ele s q q u e al
i e s av am t em e st o c om eç arem
4
as

an d s em a q u e a q u elatau de c om o c orpo da rain h a v iin h a,

e em b ic an do 5
[ em ] q a u elas an das u u h om ee b õo ,
ci da

dam de C oim b ra ,
a
q ue diz iam F ern an de E st ev e z,
q ue

ren do se —
tirar a f ora, per raz om da c om anh a e era
p , q u

m u ta, i foi-se .
o pee d el
i
m e ter em
'
íi u pre go daq u elas
'

6
an das, ue adur e tirar podi am e fi cou m an co de pc e,
q ,

em g isa [ q e] o pee tirado do preg o cl n em


u
.
u , ,
:
se
po di a

m ov er E c om eç ou a diz er Ay b oa senh ora ou tro g al


. ar : ,

dom cu idav a eu lev ar per ser iç o q e os f a er eera v u v z v ,

a q i sã o e partir m an c o
7 8
ç a n om v iir E pedia lh e u .
-

c m fi z a e dev e ç om q e l
o u h e g an h asse de D eu s m ercee u .

1 A q u i dev i a di z er-se chei rasse; o i n fin i ti v o e x pli c a-se, a m eu v er,


"
por i n flu ê n cia do q u e o prec ede ( atrac ç ão ) e pela di stãn c i a a q u e

esta do v erb o su b ordi n an te f azer .

x
_

'

º O te to do é
s cu lo x v tem ,
de c e rto por lapso : sa b er escrev iam .

Em segu i da c om e ç a o v erso da l
fô h a 9 :
1 ª
.

'
3 A m arg em m i racu lam
4 E v i den tem en te há aq u i om i ssã o de um v erb o q u e tal
v ez se aj
m ov er .

5 No te to x em b i tan do .

6 Com o n ou tros l
u g ares,

an te s desta part c ula dev e


í su b en ten

der—se de m odo ou p or f orm a, a tal p on to e tc .

7 P art c u la c om í parati v a c u o pri m ei ro term o j é ou tro hoj e di r am os í


do qu e ou só que .

6
p or v i r i tem o x
te to .
81

E log o em a u ela q era se ergu eo sã o do pee D est o .

ou v e u u e strom en to per m ã o

de J e am D om ing u ez , t ab e
lie m de C oim b ra '

40 E di sserem e derem
. de si f ee 4 Afon so M artnn z ,

creli go do b ispo de L am eg o , e J e am M aç o eira , q ue fora


m ante ei ro da dit a rain h a º
, q ue door de
f ev re aa q u el atau de
'

em c orpo s, ue v eerom a
se u s q '
u
'

rainh a v i n h a e u e lh e pedire m qu e lh e s g an h a sse m erc ee


q
de D eu s e qu e
b g t re c e e re m lo o sau de e dal i em dian e se
sen tire m c rado s daq u elas en f erm i dades E assi di sserem
u .

ej rarom erdan t e o dito b i spo de L am eg o se g n do é


up , u

eon teu do em tm estrom en to f eito por M art im Af on so


º

,
º

tab aliom de Coim b ra .

c asa da dit a rainh a an da a ti a am a qu e cr av a


Em v l

filh a de ti u c av aleiro a q al ch am av am M aria M i gu ees ,


-
u

e era na t ralde L eirê a e a ra g ram t em po q e t ragi a f u


u v u i

lob inh o g ran de em [ nj a m ã o derei ta e fic ara em C oim b ra ,

q an do a rainh a di partira c om ou t rasam as qu e c riav am


u

fi lh as de c a aleiro s q u e e st a rain h a f az ia c ri ar em sas


v ,

c asas E seen do c om een do des q e o c orpo da rainh a


"

.
, , u

ao m oe steiro c h e g ara e departin do da v i da u e a ain h a


q r ,

f ezera e da m en g o a q e fari a a m u itos que 4


ou t ra u ,

m el b er a q e d i iam M ari a D om in g u ez q e f ora c om


6

,
u . z , u

a r a in h a a E t e
s r m o di s
s er a a ela:
pe di [ ]
de lh e
6
q u e z, « -

rog e a D e s q u e v os t ol
u h a e sse lob inh o q u e t an t o v o s
u

defea e ssa m ã o e q e aq ela m e lh er di ssera E u t rag o


» u u : «

1 i . é ,
afi rm aram a seu respei to, das
pessoas su as .

º Em M orai s m an ti ei ro ; é u m deri v adodo an tig o m an tcl .

3 E n ten da-se c ri av a -a cf . O ron i ca dos F rades M en ores, 1 ,


pág . x x ,

n ota 2 .

4 E sta part í cu l
a su põe u m v erb o c om o c on t r, re eri r,
-
a f et c, . a
p e
r

c en do que o au tor tran sc re v e aq u i o depoim en to das pessoas q u e


pre sen c i aram o m i lagre .

,
5 _ F ôlh a 2 0 .
ª
.

6 E v iden tem en te ê ste


p ron om e refere—se à defu n ta rain h a .
a u q i o pan o com
q ue le g av am as m eez in h as
'

q u e i poin h a

a i
rain ha» ; an dav a em
[ aq u el ] pan o san g u e q u e sa ira ,

da q u ela lev adiga q u e a rain h a tev era


[ ] q u a n d o f1 n ara ; e , ,

q a b re
'

asseen tan do— se a c om e er, e am a ele


po s r u
p no so

qu ele b g arem do b ra
"
a lo in h o e le -
no a re dor ç o e, lev an
n

tan do -
se de c om e er,

de sle garom o b raç o e n om ach arem

i sin al de lo in b ho ; e em com o

2
v ii ra[m ] a q l lo i n
u e e »

b ho ,

an e t de c om eer,
( ) e aaq u ela M ari a M igu ees e em c om o ,

depo s c om e er, v iire m e


'

b raç o sem ele (e) em q u e o

tiinh a

3 4
e c om o f ez per j u ram en to ao s av angelb os q u e

assr ac ae c era , g
se u n do e dito , ( ) e ai e strom en to , f ei to
p or M ar tim Afon so, tab aliom de C oim b ra
42 . Em a q u eltem
p q o u e o cor i h po trou x erem da ra n a 6

a C oim b ra av ia em C oim b ra em [nj a freig esia deS Ch ris u .

tov am Ti a m b er,
el a e di i am M ari a M artiin d
q u e ez
r a e z

g ram t em po 6
ce ga q u e n om v ii a, n em e sgu arda r po di a

alv o, n em pre o ; e sta t


m e lh er c e ga av ra Ti a irm ã a a
q
_ ue

ch a mav am M g ari da M artii n e siia c asada c om ti


ar z
7 '

c h am av am P ascho al L ou ren ç o e m ora om n a


em ee q ue v

frei gu de S Ch ri sto am E o in do diz er em c om o


'

esm . v uv

De

a dita rai nh a,
u s f az iam u ita m erc ee por
[j
l f ez erom o

dito P asch oal L o ren ç o u e M ar g arida M artiinz lev ar —


ao

m oim en t o em q e j az a u r o c orpo da dit a rainh a a di t a


M aria M artn n z c eg a E .
, j z
a en do e sta M ari a
8
M artiin z

4 T v ez an tes p oi n ham
al aa, etc .

2 Of . a n ota 4 da pá g . an te ri or .

'

3 Em lin g u agem m ais cu idada di r-se- i a : v i rom sem le o


el braç o
em q ue o ti n h a .

4 E sta par tí desn ec e ssári a, a n ão se r q u e se dê


cu la afi g u a se ã m e
r —

ao v erb o f a zer q u e a prec e de , o sen ti do de afirm ar


,
.

5 Nã o é sem e em
p lo e sta t x
ran sposi ç ã o, Sob retu do em f al a º pu l
p ar .

6 L oc u ão f re u en te n a an ti a ln u a,
ç q g g q u e q u er di z er hav i a ou
.
í
desde m u i to .

7 T am b ém sem e si a,i m perfeito arc ai c o de seer ou ser

6 No te to do x sé c u lo x v om i te-se esta pal av ra .


83

c ega apar do m oim en o em t ,

q ue a dit a ra
inh a j az ia e

pe din do a D eu s m erc eo q u e lhe desse lu m e por aqu ela ,

rainh a q u e t an t o serv iç o a elf e era adorm ec eo e ac ordou


, z ,

daq el son o e ab rio u u dos olhos e q u e v io o m oim en t o


u

e a c apel u e o m orm en t e seia e q u e f e


"
a em sa oraç om
q z ,

dan do a D e us g raças por qu an t a m erc ee lh e f e era e


'
z ,
'
t orn ou se aa po u sada d aqu ela sa irm ã a e cu inh ado e v io

'

co m am b os o s ol hos V een de est e tam frem oso m ilag re .

0 c inh ado e irm ã a l


u ou v arom c om a dit a M ari a M artii n z
,

o n om e de D e u s r q an t a s f e era e
2 a el
p o s m erc ees e u z

v eerom er d an te F rey S al ad b i o d e L am e g o e
p o s
p v , ,

3
j f ez erom h os assi
7

per u ram en to ao s av an gel q u e e ste

passara ; e t
e s av a i a dit a M aria M artiin z , q ue o dit o
b ispo e os qu e i esta om v ram .
em se s v n av er
' v i st a
ª
u

ol h os, e era n ot orio em aqu el log o u m orav a q u e de ;

g ram t em po era c eg a E de c om o passarem t odas as .

c ou sas e forem e scrit as e c ert as e prov adas e c ert o per


6

dan t e o dit o b i spo a i e strom en to f eito por M artim ,


:
,

Af on so , tab ali om de Coimb ra .

43 An t e qu e os triin ta dias b do 6
dia q u e
'

. ac a assem

o c orpo da rain h a em q
a u el lo g ar [fora]
,
so t errado , v eo

aa u el m oim en o t m elb er dapar de C 7


on deix a ,

q ti a u

diz em S am 8
F ipe , e l
h e ch am am D om i n g as R odrig u ez , e

1 Of . n ota 2 da págin a an teri or.

V e rso da fôlh a 20 ª
. .

3 Of . n ota 4 da pági n a an teri or .

4 No te to x a v eer .

6 Se n ão esta a m ai s a frase é certo, é redu n dân ci a ó i da


, p p a
r r

li n gu age m popu lar .

6 Com o
por v ez es, tem esta r
p o posiç ão aq u i o sen ti do de desde
ou de ozs
p .

7 A m ar em
g esc rev eu —se : san u esu a ou tra
g g de Con dei x a .

8 Am b os os te tos teem S anfin s;x a c orrec ç ão S an F ip e, q u e pre


f eri , é do sr . D r
. R i b e i ro de V os :
asc on c el c f a su a ob ra c i tada
. .

D Isab el de Aragã o, pag 259 , n ota 3 P arec e-me tam b é m


.
qu e o
. .

n om e da m u lh er seri a D om ing as D om i ngu ez, com o di z F i an i ere


g
6
tragia na sam ex u ga e c per razom de era am arela e se a

n oj o e dan o q u e rec eb ia em t ragen de aq u ela sam e ga x u ,

e m u itos m ee stre s de F í si c a e o t ro s prov arem c om seu


, u

sab er e c i en ci a pera a t irarem e n om po derem O vin do . u

f alar u m orav a da m erc ee q u e D e s a m ui t o s f a ia per .


u z

e st a rain h a v e o aaq el l ,
o g ar e e stando c h oran do a ar
u
p
daq el m oim en to e presen t es aq ele s q e fi c av am
u 4 da u u

m erc ee da rain h a om ê e s e m el h eres q u e est av am em


, , ,

aq u ell og ar ou v in do ofi c i o q e se f az i a por [ l a dita rai nh a


j u ,

aq el
u a m el b er c om eç ou a diz er m i frac am en t e qu e n os
- u

b eiç os tiinb a aq u ela sam e ga E ti u c an deeiro daq ela 3


x u . u

rain h a q u e g u a,rd a u a a s c an de as v ee n d o a s a m e g a ,
x u

an t e os b eiç os l an ç ou em el a as t en az e s e n om [rj a po
,
di a i

tirar e olh eo se a den tro em [rij a b o a e log o em aq ela


c —
c ,

u

e ra res e n t e s t o dos v ire m n a sair a q el a sam e g a -


x u
p , ,
u

p e r u a v en t a dos n ari e s e c aer em


[ j
n a t er r a D este dere m
z .

g raç as a D eu s m u i tas c om pan h as q e estav am i porq e u ,


u

qu i sera q e eles v ii ssem at am n ob re m ragre E de c om o


u
4
i .

p a sso a i e stiu om e nt o f eit o


p or m ã o d e M artim Afon so
, ,

tab al iom de C oim b ra .

44 E m aq el m o esteiro av i a u a don a q e ao t em po

. u u ,

q u eo c orpo da rain h a aaq ell o g o h eg o p a de ci a g ran de s


u c u ,

enferm i dade s nos ge e l hos de g isa q u e se nem podia u

m ov er e di sse per[ d] an t e a q el b i spo de L am eg o e per u

an te seu V i si t ador a en c om en dav a p or ob e


6
d
[ j q e a el ,
u


'

-form do
qu e leu no c artó ri o e an tigo doc u m en to ; u m a b l
i c a a

m esm o te m D om ingas D ei z, m ora dor em S an P h i lipo . ja


ve -
se o

c i tado au tor no lu g ar al
u di dõ .

1 Se n ão h a e rro de c ópi a , o v e rb o fi car dev e n e ste passo te r a


i
s g n i fi c aç ão de dep en der pai eee ref e i i r-se a i n di
v du os de am b os os í
x
se o s q u e eram su sten tados por doaç ão dei ada para sse fi m pel a x ê
rai nh a.

L ei a-se ou v n i do o o f i c i o : 3 de pág 8 1
ef . n ota . .

ª A xpli çã dê
e ca o ste v oc áb u lo e sta n a oraç ão rel
ati v a seg u i n te .

4 O t x t di
e i o z v essem a tã o .

a5, de pag 79
'

6 Cf . n ot . .
85

v erdade

den ç a l
q ue dissesse e al n om m estu rass e qu e
,

ela com dev e ç om pe dira aaq uela rai nh a q u e lh e g an h asse


de De us e
º
p er l
[la sa m ere c e san t a f o sse c u ra
_
da daq u ela

en f erm i dade de g u isa q u e e a co m l as ou ras t po de sse ir a

diz er q D
o s re spon se s,
e s p or ela
[j
l h i f e er a t an ta e ue u z

m erece q e fora c ra da daq u ela e nf erm i dade e q u e dal


u i u

em d i an te fi c ara c rada ; deste c om o passou e c om o a dit a u

do n a disse e as ou t ras do m oe steiro q u e a v irem enferm a


'

u rada seg n do el
'

e a irem v a afirm ara a i e strom ento


c ,
u ,

f eit o per M artim Afon so tab aliom de C oim b ra , .

45 E m S an t arem av i a u a m el
. b er a q e diz iam T arelj a u

R odri g ez m oradora n a freig esia de S Nic olae a q u al


u , u .
,

era c e g a d o s ol ho s q u e n om v iia c o sa
3
o v in do
6
e ,
u , ,
u

f alar da m erc e o q u e D e s per e st a rainh a fa ia a m u it as u z

6
s ( ) lh e pe dira q u e gu aau h asse a ela m erc ee
'

e soas e ue
p q
de D e s per u b 6
q u e re c e e sse v i sta e l
u m e e m n os olh o s,

a q al re c eb e o v i st a em
u se s ol h os E oo da v ila de u . v

S an tarem a C oim b ra desc alç a aaqu el lego u [é] a sep l u

t ra da rainh a E dest o fe per j ram en t o aos av an gelh os


u
7
. z u

q eu ass
p a
ass ra se g n do1 di to é e q e a m u i t os e m ,
u , u

aq el l uog o u ela m ora a f az i a D eu s m erc eo per el a v »

D e te em c om o a dita T areij a R odri gu e disse e vira a 8


'

s z

i e strom en to f eito pe r M artim Afonso tab aliom de C oim


'

, ,

b ra .

46 . D E st ev am
. G on ç alv ez L eitem ,
m eestre de c ava
1 F ôlh a 2 1 3 .

º '

Se esta part c u la n ão está í por lapso em lu gar de qu e


'

(i n te

rau te ), assim so dev e en ten der


g _
.

3 Com o n ou tros lu gares, é aq u i tam b é m c on se c u ti v a esta part í


cu la ; c f . n ota 6, pág 80 , etc . .

4 Of . n ota 6 da p á g 78 . .

5 Cf
4 da pág 81
. n ota . .

6
ç T
ran sposi ão h ab i tu aln este te to
, por
g anh asse x alcan ç asse )
de D eu s m ercê : c f n o ta 5, pá
g 8 2 . . .

7 Of . n ota 4 da pág 82 . .

'
ª
No tex to v irô ,
86

laria da O rdê e de Ch rist P ortu g al fora ferido em


u s em

íí u b raç o e per raz om da f eri da e b raç o fic ara dorm en t e


4

2
av i a em
( )
e q ue n om ele e sf orç o
pera
po der filh ar n em

t rav ar c om ele E c onh ec en do [ a] vida qu e v i ra faz er a


est a rain ha c u o c ri ado el


j f i
'

e ora e,em c om o se r v a a ,

D e s v eo a pe dir q e lh e g anh asse graç a d e D e s pera


u , u u

re c eb er sau de e m aq el b ra o e n om fic ar assi l


3
ç eij a d o u ,

n em perdi do del E re c eb eo de D eu s t an t a m erec e ue


q .
,

depoi s q u e e ste pe dio q u e dai em dia t e n om sen tie


"

, n

door em aqu el b raç o e q e fi c o del g ari do E est e 4 u u u .

di sse em C oim b ra prim eiro di a de n ov em b ro era de , ,

6
1 3 75 an n e s, j u ran do
q u e assi
passam ) e seen do a e ste

pre sen e s o alc ai det de C oim bra e crelgos e i c av aleiros, e

m u i os t j u ran do
q u e assi f ora e passara
6
.

47 Ac erc a de L isb oa av ia ti a don a em m oe steiro,


º

. tm

q u e diz em A ch elas 7
,
e diz iam lh e -
D en a M arg ari da e v eo
v eer es a t rain h a,
q ue era em L i b õ a e an dav a m u i
x ,

doen t e e m u i o am arela, t e a rainh a a re


p g u n tou
qu e doo r

a vi a q u e assi a ndav a am arela . E ela di sse q u e t iinb a u u


m ui g ran de in ch aç o so b re o e stam ag o ; e a rainh a f ez o

sin al da c ru z e pos em ela a m ã o e trou e a fora a seu '

x - 8

m oesteiro, ach ou se c u rada e sem in c h aç o e sem door E


- .

1 No te to fi cav a x .

2 Cf n ota 6 , pag 80
.
'

. .

ª x
No te to lei azado .

4 No t xte o há a m ai s se (di sse) , q u e o resto m ostra ser desn eces


sali o
º
.

5 No te to do x é
s cu lo x v m ill trezen tos L xx v
6 V erso da fôlh a 2 1
. .
ª
. Am argem : m i racu la i n v i ta

Hoj e Chelas A m esm . a form a e c o t a se em v ári os


n n r -
docu m en tos

do é
s cu l
o x m pu b lic ados pelo sr P
, . e dro de Az ev edo na R ev ista

L u si tan a, v ol rx de pág 2 6 5 a 2 76
. .

8 A loc u ç ão trazer f or a u
afig ra—se -m e q u e rer di z er a com p an har .

P ela falta de c on u n ç ãoj e a ligar esta a oraç ão segu in te q u er-m e

p arece r q u e em v ez do pre té ri to trou x e-a, c om o se lê no x


te to, estari a
'

o
g ú er n dio com sen ti do de tem po depois qu e .
87

des e t —
q ue asa fora e passara deu t est em u nh o j u ran do ,

so b re os liv ros dos av an gelh os, seg n do é c on t eu do em


u

t
iu e strom en to , f ei to p or M ig u el M arti iz , i om
tab al de
S an t arem , O rraca V aasq u ez , S an t arem qu e era
don a de ,

m elb er d e b oa v ida e nu n c a q u i s c asar e g u ardou a D eu s

4
su a v irgiin dade de b oa v i da ue era de b õ o
e, po r q e

t nt re
.

en en dim en to, íi av a dela a rain h a e sab i a


'

a os se

gre dos
2
. E t
es e m ee sm o t est em u nh o derem don as daqu el
m oesteiro de [ A] ch elas .

48 . g u n do esc rito é lav av a em c ada fi u


A rainh a, se ,

an o em di a da C ea ldo S en h or a c ertas m elh ere s os pee s —


.

E seen do em aq el t em po ain da elrey D Dini s iv o


,
u . v ,

a ee q u e an t re aq u el he re s an dav a Ti a q e t iinb a
'

v as m u l u .
,

ti ee c om est e de c an g re a q u e q eri am c a e de d s
p
u r o s o , u ,

e e st a m ol h e r n e m q u eria poer n o b ac io s
'

en om u u pee e

encob r ia aq u el c om e ste e a rainh a di sse des q u e lav o , ,


u

[ ]
a el
a u u pee :

g a poede o o t ro em [nj o b ac o
Am i ,
'

u
'

E a pob re disse :
S en h ora n em é pera lav ar ,
.

E a dita rain h a disse aa dita O rrac a V aasqu e q u e


'

z

p os e ss e em [ j
n o b a ci o o pee daq u e la p o b r e e e st a O rr a c a

V aasq u e fez [ e] o assi E diz ia


3 4
qu an do viira O rrac a
'
-
z .
,

V aasq ez o pee daq ela pob re assi c om e st e e ou t ras


u u .
, ,

q e
u a li tr a g i am an g a pera lav ar os pees aaqu elas pob re s u ,

u e se an o are m e tirarem a f ora h


q j e
q u e a ra in a q u e
5
,

lh e lav ara aq u elpee m u i sem n oj o e gardan do pe a n em


r
lh e lastim ar e depoi s q u e lh e alim pou c om as t oalh as e
6

1 T ran sposi ão
ç vu lgar ( cf . n ota 6 da pág in a 85) em v ez

e p or q u e era de b oa
. v ida e etc .

ª i . é ,
era su a c on fi den te .

3 No te to x o f ez cf . ab ai o x .

ª O su g e i to d ê ste v erb o é O rraca e ou tras


(
s . m ul
h ere s )
.

5 R epeti ç ão freq u en te .

6
T ran sposiç ão, em v ez de qu e depois .
lh o b eij ara em aqu el c an g re E st a m lher de s qu e ali . u ,

c om ee t orn ou se pera aq el log o se c olhia e ach ou se


'
- —
, u 11

sã a e g u arida do ee d i d a i h m
p e sse q e e s
q u e a r n a e u
'

, ,

aq u ela prag a b ei ara c l t


j q e n o p ee n u n a m a s sen ir
, a u

door e aeh ara sã a a di t a O rrac a V aas


º
, q e e do n a u z
(

Catelin a m adr e de D L o ren ç o b i spo de S alam an c a


'
*

, . u , ,

qu e o j rare m ao s av an gel
u h os(e) qu e v rem aq ela door n u

aaq u ela m elb er e u e a v n rom assr c u rada


q .

49 . Em uu di a de q u aree sm a, q u e era sex t a feira


feira m a or, i e st a rain h a, q u eren do faz er piedade aos
g af e s,
fez poer den t ro n os se u s paaç os em ,
S an tarem
asc on du dam en te
3
em Ti a c am ara g afe s, pera f az er a ele s

e sm ola e
pi e da d e por am or de e u s e pera D o s serv ir ao

com eer, e depoi s, poen do os fora da u el l o —


q g ar ,
fic ou t m ,
º

q ue n om
p o di a,
po r en ferm o
q u e era , tam

c e do
par tir
c om o os ou ros, t e

du por eiro , t q u e n em sa b ia daq ele
u

p art e ac h ou -
o e ferio —
o
6
c om o pao em n a c ab eça ,
diz en do
t
'

f r da rain h a. E

q ue g a e n e m era pe a en rar em
p aaç o

a q u ela O q b i a
rrac a
q u e o g afe v eera (e)
V aas u ez ,
q u e sa ,

q an do lh e V O o san g e sair da c ab eç a ou v e del door


u l
6
u ,

e di sse o aa rain h a e a rain h a di se a e st a don a q e o


'

- u
s ,

fe esse lev ar pera a po sada dest a don a e a don a fez e o


z ,
u ,

assi e ,
7 a
des q u e ali foi , v eo rain h a v eer e po s por sa

m ão em aq u ela c h ag a ti a c lara d e v e e m an dou dar a ele

dinh eiros pera pen sar de si e foi -


se . O t
u ro dia, porq u e

1 F ôlh a
2 E n ten da-se achara-a .

3 No te to x em con du dam en te, de c erto por lapso de có pi a ou da


im pren sa .

4 N ão sa b er
p a rte é e xp ressão frequ en te em an tig os te tos c om x
o sen tido de i gn orar por c om pleto .

5 O m esm o q u e b ater n a ln gu a h odiern a í .

6 É possi v e lq u e o ori i n al ri m
g p i ti v o di ssesse doo, q u e m e parece

acom odar—se m ai s ao sen ti do .

7 En tenda-se v eo-o .
o g afo parecia m al feri do da c h ag a m andou a rainh a *

sab er c om o l hi ia e ach ou o são e g arido da i ch aga


v
i —
u ,
_

diz endo o gafe q e depois q e a rain h a pen sara da ch ag a


u ,
u

e q e a fe era c at ar (e) q e se n em doi a e (q e) ac h ou a


u z ,
u u

ch ag a ç arrada e sãa E este di sse est a O rrac a V aasq ez


º
. u

p er j r am en tuo q u e fe a os av an gelh o s pre gu n tada per z ,


,

[j
l o b i sp o d e L i b õ a q u e assi passara x ,
.

E st a O rrac a V aasqu e disse per j ram en to aos


.

50 . z u

hos q e em t em po q u e elrey D D ini s e e st a rain h a


'

av an gel u ,
.

foram a v eer a rainh a de C ast ela don a Costan ç a sa fi lh a , , ,

depo s m orte delrey D F ern an do a Ciidad[e] R odri g o


'

.
, ,

q eue l a p er t e m p o
3 a i a ti a d
v o e r q e de t em po a el a re u

c odia e q u an do a ela v nnh a q u e se lhe t olhia o comeer


, , ,

a e e sm or ec i a em t an to q e [lhe] le g av am o s pees e
4
e a fal u

as m ã os c om c ordas e
q ue
6
lhe [poin h am os] fí si cosm eez i
n h as e n om i
[ j r a
po di am daq u ela door c u rar, e a rain h a,
ac ordan do esta O rrac a V aas u ez
q daq u ela en ferm i dade ,

q ue
6
a fora v eer, e e s a, t c on hecen do em
'

c om o v i a e s a t
rain h a c on tin ar em e l serv i ç o de D eu s
h e di ssera :
u
q _ ,
u

« S en h ora pedide a D eu s m ercee por m i m q u e m e cu re


, ,

dest a door o m e tire de ste m ndo an t e q u e padec er


u u ,

[ ta m ] e str an h a do or e t an t a er go n ç a e di sse q u e a ra in h a v » ,

se doera del a e fe a D eu s sa oraç om e po s a el z a 7 m ão

e
p [ ]r la c ab eç a e per [j
l o c e r
p o f ,az en do o sin a l da c ru z , ,

1 O su j ei to d ê ste v erb o dev e ser a pessoa m an dada pela rain h a .

ª E ste pron ome é su ei toj de p assa ra da oraç ão i n tegran te se

g u i n te .

3 Estalocu ç ão dev e q u erer di z er de qu an do em q u an do


,
de tem p os
tem p os; i gu al sen ti do ter de tem p o, a segu ir
q
—m
a are c e e
'

p u e v em .

4 E ste v e rb o a e erer S i n i fi c ar n este lu gar perder


p r c e q u g os s en

ti dosc om o ac om pan h am en to de ataq u e fren é ti c o .

5 Com eç a aq u i o v e rso da f ôlh a 22 ª


. .

6 E sta part í cu la afig u ra-s am e in tegran te, com o c o n ti n u a ão


ç da
s

antec eden te s, q u e repro du z em o depoim en to de O rra ca V asqu ez ,

7 E n ten da—s
e el
a a
.
90

fi c ou g u ari da g u isa dian t e c


'
e em tal q ue dali em nu n a
q
/

a u ela door sen tio, e sei a -


lhe a re c u
.
dir a m en de .

51 . V iin do e sta rain h a de C oim b ra pera a cii dade do


P orto ,

recodio ao c am inh o na m elb er em —


ií u lo ar a qu e g
diz em Arrifan a e pe di o—
lh e po r m erc ee
q u e pose sse as

m ãos em [ j
n os ol os h de d a

m oç a, sa fi lh a, q u e diz i a qu e era

c eg a de nacen ç a . E st a rain ha lhe pos as m ãos em [ j


n os

h o s e,
ol t orn an do aaqu el log h q ela o a rain a, rec odio a u

m el b er com aq ela m oç a a q ue D e s dera j á v i st a eu ,


u ,

m o st rav a ª
e a rainh a m an dou
, se c alasse e e ste q e e u

n om di sse sse
,
E pera se c alar m an dou aa m adre e aa
.
, ,

fi lh a dar de v e stir E sto v irem e passarem m itos da


'

. u

c asa daq u el b c t
a rain h a
( q
e) e so e re m po r er o q e
, u u u

aq el ua m oç a era c e g a de nac en ç a e m aq e l d i a em
q e e u u

u e a rain h a posera as m ã os c b v t E
"

q ()
e r e e era i s a a .

ra in h a em sa vi da n em q u i s c on sen t ir q e lh o disse ssem u



.

52 Em C oim b ra av ia f u c oon ego re g ran te do m oes


. i

teiro de S J org e a q e diz i am Afo


. . n so F ern an dez,
e u ,

tiinh a sa m adre c eg a e fez [e a] ali trag er aa sepu lt ra ,


-
u

dest a rainh a e eo c eg a aaq el logo e partie dali c om


,
v u

sa v i st a ; e ste foi n ot ori o na ci dadede C oim b ra .

53 M i tos em ees [v eem ] aaq ela sep ltu ra u ns en fer


. u u u ,

m os de q u artã a em t em po doin ern o e o t ro s en ferm os v ,


u

de desv airadas en ferm idades t an g idos do dem oni o º


q ue , ,

art em dal i c u rados de g u i sa q e l on g o seeri a de c on t ar u


p ,

as m ercee s q e D eu s f az a m it o s por e st a rain h a


u E u .

tê em t odos os q u e a sa vida virem qu e m erecido o tinh a


el a a De us .

54 E m T aav eiro ac erc a de C oim b ra a i a u a m olh er


. v

av i a t em o q e pa rtira de sa c asa e
ª
av i a u u fil h u
q u e o p , , ,

1 E n ten da-se m ostrav a-a .

ª
Q u is de tor di z er q u e en tre as v ari as en f erm i dades,
'

c erto o au

q u e n ão n om ei a, h av i a a posse ssão di ab ólic a .

3 Fôlh a 23 .
ª
.
ne m b
sa i a
parte
ª se era m o rte , se v iv e , e pe dio a es a t
rainh a
q u e, se v iv e e ra,
q l
ueh e g aan h asse de eu s m er eo D c
pera e veer an te q e m , E u g orre sse o fllhO m orav a alon ado
.

daq el log o b em por t ri n t a lego as e di sse q u e lhe v eera


u

c u i dado tam g ran de pera se v iir qu e v erdadeiram en te '

cia a el u e ab afav a se em aq u el l g i e d t

p are o o m a s s e e
q ,

v e sse Ç E ch e g o u a c asa de sa m adre an t e s dos oit o dias ,

de s q e e ste aa rain h a pe dira E a m adre v een do a


u .
,

m erec e l u e e st av a de sej o sa por se fi l h D


q e a e a
q u , o e us u ,,

fezera em [nj o t rag er a sa c asa v eo o filho c om ela aaqu el ,

log ar u e corpo da rain h a j a sot errado c on hecen do e z ,


.

dan do g raç as a D e s por [lj a mere c e q u e en ten dia q u e u

a el a D eu s fe era s ta rai h a
p er e n z .

E m E v ora em c asa de B een t o P ere


'

55 ,
3
m erCador z , ,

az ia ií e t

'
j s u o mu ê e m i m a l d o en e d e Ti a sa m e a
g q e
u u x u

t ragia avi a q inz e dias na g arg a t a e n om [rij a po dia a er


u n v

fora e in ehe lhe a g arg an ta tan t o q e a i a do s dias


'

n- u v u

q ue n o m fa la v a n em co m ii a e t ii
,
n ha m
í ] m e n te s
3
q u e , .

aq el dia m orre sse


u E tiin h am lhe ag i sado pan o e c an .

u

deas pera e so t errarem E m aq el di a Jo an E ane8 de 6 . u


7

Cu ru ch e reposteiro m oe r delrey fora v eer L opo E st evez


, ,

C aviam 6
q e m orav a apar de st e B een t o P erez u j az ia
,
u ,

e ste e m e doen te e e v io i e st ar m it a g en t e e pregu n tou


, ,
u

q u e era e di ss

ere m
q ue
j a z a a q e l om ê e d oe n te E f o i 1 1 . u .

'
odit o Jo an E anes di sse
S e est e e m ee ou v erat em po de se prom et er aa rainh a
D ona I sab elq e fosse u ela j a fez era lh eD eu s m erece
6
u z, -

po r ela .

1 Cf . a n ota 4 da pág 88 . .

Am
I

º argem : m ortem
p er .

3 Com o se v ê de c on te xt o, a loc u ç ão ter m entes u sa-se aq u i no

sen ti do de p ensa r;
4 x
N o te to Joann e An es .

5 I dem G ay am : c f. adi an te .

v erb o refl
6 E sta ã o sen ti do de p rom eter-se,
ora
ç o c om pleta ex o

de signific aç ão i dêntiç ª ao si m ples .

7
92

E j
o om z i a ãe
c om o s o lh o a
s em al v o c u i d an d o t o do s ,

q ue q u eri a e spirar E m el h eres


q u e i e st avam
. c h e g a

e e c h am are m [n o] perse

re m se a el -
n om e e di ssere m l -
he u -

s nc omendasse aa rainh a D on a I sab el e


q ue e,
'
[ ]
se e () q e u ,

lhe faria D eu s m erc ee por ela E el m u i piad[ o s] am en t e .

al u as m ã o s c on t ra o s c eo s l g a a
1
c m
ç o e o o e r o eç o u ,

de t o ssir e lanç ar san g u e E alç arem l h e a c ab eç a e .


-
,

lanç ou ou t ro san g ue pi sado c om a sam e u ga e logoj falou x

em aq u eldia E fi l h ou E stev om M arti i olh os de C av iam ,


. . z,

p a d r e d o di t o L o p o E st ev e
3
a sam ex u g a e m ií u s en d a
zl , ,
'

56 Ac on teceo q u e o ab ade de Alc ob aç a tiin b a preso


'

u u seu mon g e em na t orre m u it o e sc u ra em q u e fo i preso ,

p or q at ro an o s e u u seu sob rin h o


u , a q u e diz i am R
y ,
u

M arti iz [e] era n at ral de S an t arem (e) t rab alh ou per u ,


-

ro g os de sen h ore s pera e l iv rar da dit a pri som e n n c a u

o f az er po de E ou vin do em c om o Nosso S enhor fazia ”

.
,

m it as m ercees per est a rainh a v eo a pedir a ela e fez e o -


l

u
-

sab er ao m on ge q e l h e pe di sse q u e lhe g an h asse de


u

D eu s m erc ee pera sair livre daq u ela pri som E a petiç om .

feit a em [rij o m es de m arç o da era de 1 3 73 3


ao s de asete , z

diasdo dit o m e s e livro D eu s da dit a prisom ; t rou e o u x -

aq u el seu sob rin h o a e ste l og o ; u a sep l t ra da dita u u .

rainh a era e a sas o fert as E deste t odo


5
a don a,
ofereceu .

c om o se so b e per j u ram e n t o ao s av an gel


u h os a i est ro
m en to feito por M artim E stev ez tab aliom de C oim b ra
.
,
.

57 Na era de C esar de 1 420


.
6
an os n o m oesteiro ,

"
1 No m esm o sen tido de i m edi atam en te en con tra-se Crón ica

na
'
dos F rades M en ores a loc u ç ão logo agora

V e rso da fôlha 23 ª
. .

3 E sta data está errada, poi s a ê sse t em po (1 33 5) ain da a rainh a


v iv ia ; í
é poss v el q u e esc rev essem 1 3 73 por 1 3 83 ou ou tra q u alq u er,
m as posterior à q u ela .

4 E n ten da-se a rai nh a san ta .

5 No te to x f
o erecera .

6 No t xt
e o do é
s cu l
o x v m il nn c en tos xx . Aq u i ob serv a o

dr R ib ei ro de V asconcelos ; Estes dois gg Na de Cesar


'

s r. . « era e
93 ,

de S an t a C lara de C oim b ra ao s dez oito dias do m es de ,

ab r il c heg ou u a m e lh er q u e di ia q u e era n at u ral de


, ,
z

L am eg o a q al av ra door de dem oni o e diz i a q u e ela


,
u
ª

si t an t o s dem on io s q u an t o s di as a n o an o e

ou v era em

r v irt u de de m u it as rom ari as q u e an dara as i si em P or


p e ,

t u g al c om o em C ast ela a lei arom t odo s sac an do set e


, ,
x , ,

ue l h e d i m ue a l i a riom n a c apel a don de j az i a


q sser e q e x

o c o rp o da rain h a san t a D on a I sab el E an dav am c om


*

.
,

el a dou s fraires de S F ran c sc o q u e eram seu s paren t e s . i , ,


»

c onv em a sab er am b os irm ã os n atu rae s de S an t arem


, , ,

p e r n o m e c h am a d o u u F rey F r a n c i sc o e o u t ro F r E st ev e .
,

e c h e g arem aa c apel a on de j az ia o c orpo de st a san ta

rain h a j ou v erom ,
a q u ela n oi t e e st e s fraires e ou t ro s

m u it o s om ê e s e m e l h ere s m oradore s n o dit o m oe steiro ,

de S an t a C lara e[m ] n o s pa aç o s q u e a dit a rain h a [fe


, z era
]
em sa vi da, an t re os q u ai s hi e st ev e u u aac eiro a
p q ue ,

ch am av am Jeam do Porto e su a m elher per n om e ch a ,


º
,

m ada M arg ari da Afon so



e na M arin h a de P en el la e na ,

fi lh a G on ç al L'ou ren ç o, procu rador do m oe s


'

sa e uu o
'
t ro
_

tei ro 3
, e ou D o m in g u Ea 4
n ez , e m e do m oe steiro , e

o t ro M i g el D om in g u ez espritaleiro e ou t ro s m it o s
u u , ,
u

q u e a c om
pan h av am a q ela m e lb e r per am or d e D eu s com u

doo q u e av i am dela E qu an do v eo per [lj a m anh ã a a


(

5 .
, ,

m el b er t om arem o s em m ii go s c om o avi am em c ost m e , u ,

[ ]
e lo g o dere m o sin 6
al n as m ã os da
q el e s fr aire s pre u ,

O u tro m ilag re en con tram -s


e n o an tigo m s n a m esm a . letra, m as em

c alig rafi a m u ito m ai s de scu rada e sem os sin ai s de di v i sõ es q u e no

resto do li v ro aparec em a c ores» .

1 i é , estav a possessa do diab o .

O te to tem x hã a su a ; ev iden tem en te o arti o


g in defin i do en trou

aq u i a m ai s por i n fl
u ê n ci a dos segu i n tes
"

3 F ôlh a
4 Id em D om ingu e An es .

'
5 I dem p eraam anhâ a .

6
En te nda se ; da su a reti rad a ou desaparecim ento .
94

t
sen e s todas estas test em tras m u it as q e n om u nh as e ou u

sem n om e adas F oi i log o ch am ada a ab ade ssa D on a


.
,

B eatriz Pim entel c om t odas s as freiras a v eer aq el ,


u u

h a q e D e s f e era em aq ela m elb er


m i ragre e m arav il u u z u

e r v i rt de de sta rain h a san t a em tirar set e dem oni o s do


p u

c or o daq u el l c d D g
p a m e b er pe a or eu s aj a r aç as e leu .

v eres .

58 . O u t ro m ragre f ez est a rain h a san t a b ãedita n a


i

era de an o s qu inz e dias do m e s de setem b ro


,
'
.

N aeco a Ti a freira m oç a n a palm a da m ã o derei ta u a e s

pu n g em 3
, t am an ha c om o na m ea
3
de f a v a, e doia—lh e e

z
fa ia—lhe g ran de n oj o e em pach o aa m ã o ; oferec eo se ª a —

e st a rain h a san t a c om Ti a m ã o de c era ; c ert a c o sa foi e


.

p r ov ada ante 5
a a b ade ssa D on a Catel i n a e t o da s s as u

freiras q u e an t e de v i n t e dias a esp n gem t orn o u n eg ra


'
6
u
7
c om o
pez na
palm a da m ão em q u e n ac era, e c aio q ue

a m oç a n u n a a v io , c —
n em n a se n tie , q an do'

u c ai o . De us

j g raç as lo u v ore s por e st e m ilag re e


” '

a a e por ou tro s
t q eD
m u i os u e u s fez e c ada di a faz pelo s m erecim en to s

de st a sa
n t a rainh a b ãe dita 8

é
'
1 E n ten da-se 1 438, i .
,
1 400 .

2 Cre io da o de esp on a j
'

n om e
ser o m esm o a q u e o pov o .

3 O j
ad ec ti v o mea de v e e star pe l
o su b stan tiv o m etade .

4 i . é , p rom eteu de da r etc .


5 No te to x an tre .

6 Se é q u e se n ão em i tiu o respec ti v o pron om e ,


o v erb o tem aq u i
sen ti do refle o x .

Cf . n ota 6 , pág 80 . .

3 Aq u i , ob serv a o tradu tor lati n o, term in a o m an u scri to d e S an ta


Clara, ao qu al Bran dão paa cala su b n ec ti t, di z ê le, de qu ibu s m onet
M acedo qu od i n au tog rapho n on segu ntu r . O ac resc en te de Brandão
ode v er se na In trodu ã o u e ante ce de este estu do
p ç q
.
Ú LT I M AS P U B L ICAÇ Ó ES

ACADEM IA D AS SCIÉ NCIAS DE LIS

M em ó ri as da P ri m e ra i Classe , te m . V I I , parte 11
M ó ri as da S eg u n da Classe , tom
em . X III
A c tas das A ssem b lei as G e rai s, v ol I V .

Ac tas da P rim ei ra Classe, v ol . II


Bole tim da Classe de L e tras, v ol . X I II , m
/ º
2
Jorn alde S c i ê n c i as M atem ati c as, 3 .
ª
é
s ri e , m — º
8
Cartas de Afon so de Alb u q u e rq u e, v ol . V I
P ortu gali ae M on u m en ta Hi stori c a
parte I I, fase V I
.

F G om es T eix eira
. E logi o de D an i el Au gu sto da S il
S eb astião Dal
g ado G l ossá rio lu so -asi á ti co v ol
, s I e

R am os Coel ho — Hi stó ri a do n fan te D D u arte , I .

'
V Alm eida d Eça
. Norm as econ om i c as da c ol
on i sa
ç
g u e sa

Ju lio de V il
hena — D . P edro V e o seu re i n ado, v ols

a
(p pel c om u m
)
( p
pa ele spec i al)

M O NU M ÉNT OS DE U T ERAT U RA DRAM T ICA P O RT "


1 . Jorge Ferreira de V asconcelos Com edia E u frosi
II .

Ayres V ictoria A v i ng an ç a de Ag arn en om .

leró nim o R ib eiro Au to do fí si c o


'

III .

Au to dasregatei ras de L i sb oa
'

IV —

"
.

"
CO M ISS O nos CENT EN RIOS DE CEU TA E ALBU
A

'
'

Antó nio Baião Algu n s ascen den tes de Alb u q u


P edro de Azevedo D ocu m e n tos das Ch an c el
tom . I
V G . u im arães — M arroc os e tres m estres da O rdem de
D J .eronim o de M ascarenhas Hi stori a de la Ci u dad de
S e ssão dos Cen ten ári os
Bernardo R odrigu es An ai s de Arz ila, tom 1 . e I
I (p
D av i d L opes)

"
por

A V E ND A NO D A AC A

"
AR M A EM

R u a do Arco a J
esu s, 3 Lisb oa

Você também pode gostar