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ESCOLA DE ENGENHARIA
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................. 5
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
2. SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO ...................................................................................................................... 6
2.1 - TIPOS DE AUTOMAÇÃO .................................................................................................................................... 6
2.2 - SISTEMAS SEQÜENCIAIS DE AUTOMAÇÃO ...................................................................................................... 7
2.3 - COMANDOS ELÉTRICOS BÁSICOS ................................................................................................................... 8
2.3.1 - Elementos de entrada de sinais ..................................................................................................... 8
2.3.2 - Elementos de processamento de sinais ...................................................................................... 9
2.3.3 - Elementos de saída de sinais ....................................................................................................... 12
2.4 - CIRCUITOS SEQÜENCIAIS ELETROPNEUMÁTICOS ......................................................................................... 17
2.5 - EXERCÍCIOS ................................................................................................................................................... 18
3. CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS................................................................................. 21
3.1 - ESTRUTURA ................................................................................................................................................... 21
3.2 - EXECUÇÃO..................................................................................................................................................... 23
3.3 - LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO ................................................................................................................. 24
3.3.1 - Ladder ................................................................................................................................................. 25
3.3.2 - SFC....................................................................................................................................................... 35
3.4 - EXERCÍCIOS ................................................................................................................................................... 45
PROJETO DE SISTEMAS SEQÜENCIAIS DE 4. PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS SEQÜENCIAIS EM CLPS................................................................ 48
4.1 - AUTOMAÇÃO PNEUMÁTICA UTILIZANDO LADDER ......................................................................................... 48
AUTOMAÇÃO UTILIZANDO CLPS 4.2 - AUTOMAÇÃO PNEUMÁTICA UTILIZANDO SFC............................................................................................... 50
4.3 - EXERCÍCIOS ................................................................................................................................................... 55
5. CONVERSÃO DE PROGRAMAS EM SFC PARA LADDER .................................................................. 57
5.1 - REPRESENTAÇÃO DOS PASSOS .................................................................................................................... 57
5.2 - REPRESENTAÇÃO DAS TRANSIÇÕES ............................................................................................................ 64
Versão 1/2007 5.3 - ORGANIZAÇÃO DO PROGRAMA ..................................................................................................................... 67
5.4 - EXERCÍCIOS ................................................................................................................................................... 71
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................................... 73
A2 14 24 34 42
A1-A2
A2 12 13
K
K 11-12
A1 13 23 33 41
(a) (b)
A1 11 Ton
Figura 2.3 – Relé auxiliar.
(a) simbologia (b) diagrama de acionamento
K 11-12
A2 12 13 22 23
A1 11 Toff
K
(a) simbologia (b) diagrama de acionamento
B
A1-A2
A2 12 13
Y Y
Reset
K -
11-12
A1 11 Ao ser acionado o botão B, seu contato NA será fechado, permitindo a
(a) simbologia (b) diagrama de acionamento passagem de corrente elétrica. O solenóide Y será então alimentado, acionando a
Figura 2.7 – Relé contador. válvula direcional. O ar comprimido alimentará o cilindro, provocando seu avanço. Ao
ser liberado o botão B, a mola provocará o retorno da válvula à sua posição normal,
permitindo o recuo do cilindro.
Y Y
-
(a) sonoro (b) luminoso (c) solenóide
Nesse exemplo, se qualquer um dos botões B1 ou B2 for acionado, o solenóide
Figura 2.8 – Elementos de saída de sinal.
Y será alimentado, acionando a válvula. Como os contatos dos botões estão em
paralelo, tem-se uma lógica OU, ou seja: o solenóide Y será acionado caso o botão B1
Os próprios contatos dos relés auxiliares podem ser utilizados como elementos
OU o botão B2 seja acionado.
de saída de sinal, caso estejam conectados à alimentação de máquinas e outros
equipamentos.
Prof. Eduardo José Lima II 12 Prof. Eduardo José Lima II 13
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Exemplo 2.3: Acionamento direto de um solenóide por dois botões (lógica E). Exemplo 2.5: Acionamento com memória de um solenóide – auto-retenção ou selo
(reset prioritário).
+
+
B1
B1 K K
B2
B2
Y Y
K Y Y
-
-
K Y Y
+ A1
+
B1 B2 K
B A1
K
Y1 Y2
Y1 Y2
-
K Y Y
aceitar o comando de reinício da seqüência gerado, por exemplo, por um botão (ST).
Exercício 2.2: Faça os diagramas de contatos para acionar uma lâmpada quando as
lógicas a seguir forem verdadeiras. Considere A, B e C como três botões que possuem
A0 A1 B0 B1
apenas um contato NA cada.
a) A BC
b) ( A BC ) + ( AC )
A+ A- B+ B- c) ( ABC )
Exercício 2.3: Refaça o exercício anterior considerando que cada botão possui apenas
um contato NF cada.
+
ST A1 B1 A0
Exercício 2.4: Um cilindro pneumático deve iniciar seu avanço quando dois botões
forem pressionados simultaneamente. O cilindro deve retornar quando chegar ao final
de seu curso ou quando um terceiro botão (emergência) for acionado. Faça o diagrama
B0
de contatos e o pneumático que implemente essa lógica. Considere uma válvula 3/2
vias com retorno por mola.
A+ B+ A- B-
Exercício 2.5: Um sistema hidráulico de acionamento de um cilindro deve permitir
-
paradas intermediárias. Seu acionamento deve se dar da seguinte maneira:
Botão Av: inicia o avanço do cilindro
Botão Re: inicia o retorno do cilindro
2.5 - Exercícios Botão P: provoca a parada do cilindro, aliviando a pressão da bomba.
Ao terminar o avanço ou recuo, a válvula direcional deve aliviar a pressão da
Exercício 2.1: Faça os diagramas de contatos para acionar uma lâmpada quando as bomba.
lógicas a seguir forem verdadeiras. Considere A, B e C como três botões. Faça o diagrama hidráulico e o de contatos elétricos para acionamento do sistema.
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Exercício 2.6: Faça o diagrama elétrico para o comando da seguinte seqüência de 3. Controladores Lógicos Programáveis
movimentos de atuadores pneumáticos:
A+ C+ B+ A- C- B- Controladores Lógico Programáveis (CLPs), também conhecidos como PLCs
(Programmable Logic Controller), são dispositivos desenvolvidos para substituir
circuitos elétricos baseados em relés para o controle de máquinas. O CLP trabalha
monitorando suas entradas (que podem ser analógicas, digitais ou dados recebidos por
uma rede industrial), processando-as de acordo com o programa e definindo valores
para saídas (que também podem ser analógicas, digitais ou valores a serem enviados
pela rede).
As vantagens da substituição dos circuitos de comandos elétricos por CLPs
estão na flexibilidade de programação (o CLP pode ser reprogramado via software,
enquanto os circuitos elétricos podem exigir uma nova montagem de todas as
conexões do sistema), na economia de espaço físico (o limite do tamanho de um
programa em CLP é determinado apenas pela memória do mesmo, ou seja, um
pequeno CLP substitui circuitos elétricos que poderiam ocupar vários gabinetes) e, a
depender da complexidade do sistema, o CLP pode ter um custo mais baixo que o
material necessário para a montagem do circuito elétrico.
3.1 - Estrutura
COM
varredura. Primeiramente é realizada a leitura dos sinais de entrada, e os valores
IN0
IN1
IN2
IN3
IN4
IN5
IN6
IN7
desses sinais são armazenados em uma região de memória denominada imagem de
24Vcc
entrada. Durante a execução do programa do usuário, quaisquer leituras realizadas nas
variáveis de entrada na realidade são lidas da imagem de entrada. Esse artifício é
utilizado pois uma leitura em uma posição de memória é muito mais rápida que uma
OUT0
OUT1
OUT2
OUT3
OUT6
OUT7
OUT4
OUT5
COM
leitura realizada na entrada em si. Após a leitura dos sinais de entrada, o programa do
usuário é executado instrução por instrução. Todos os valores escritos pelo programa
nas saídas do CLP na realidade são armazenados em uma área de memória chamada
de imagem de saída. Após a completa execução do programa é realizado o
procedimento de atualização das saídas a partir da imagem de saída.
Na figura, o CLP é alimentado por uma fonte externa de 24Vcc (em muitos
casos, a fonte é encapsulada no próprio corpo do CLP). Leitura das
entradas
Para que uma entrada seja sensibilizada é necessário aplicar +24Vcc entre o
respectivo terminal e o terminal comum. Por esse motivo, o terminal comum é ligado no
Execução do
terminal negativo da fonte e cada chave é conectada ao terminal positivo e a respectiva programa
entrada. Dessa forma, quando a chave se encontra aberta (não é aplicado +24Vcc ao
terminal), a entrada correspondente realizará uma leitura de “falso”. Quando a chave Atualização das
saídas
estiver fechada (aplicando +24Vcc ao terminal) será realizada uma leitura de
“verdadeiro”.
Ao ser escrito um valor “verdadeiro” em uma saída, o CLP aplica +24Vcc ao Figura 3.2 – Ciclo de execução de um CLP.
respectivo terminal. Dessa forma, para que uma saída acione, por exemplo, o
solenóide de uma válvula, seus terminais devem ser ligados à saída e ao terminal Como o ciclo de execução do CLP normalmente é mais rápido que as
negativo da fonte. constantes de tempo do sistema controlado, e já que as saídas são atualizadas apenas
no final do ciclo de varredura, pode-se dizer que o CLP simula, com fidelidade, os
circuitos de comandos elétricos, em que o processamento é realizado em paralelo por
todos os dispositivos.
programa, caso o valor associado a um contato NA seja verdadeiro, o contato se fecha, fabricante de CLP, mas normalmente é composta de três campos:
N ( )
Texec
(a) programa (b) estado das saídas em função da entrada
3s PT ET E3 CTD S0
PT CD
CD Q ( )
(a) representação (b) estado da saída em função da entrada E4
LD LD
Figura 3.12 – Temporizador TOFF.
provoca o reinício da contagem. É necessário fornecer ainda um valor inteiro PV (preset saída Q, o efeito dos contadores CTU e CTD é o mesmo.
value), correspondente ao número de pulsos a serem contados. Como saídas tem-se Por último, tem-se o contador CTUD (counter up-down). Esse contador pode
um inteiro CV (current value) que corresponde ao número de pulsos contabilizados e contar pulsos de modo crescente, quando acionada a entrada CU ou decrescente
um sinal lógico Q, que é acionado quando CV atinge o valor de PV. quando acionada a entrada CD. Possui sinais de reset (R), que reinicia a contagem do
zero e load (LD), que carrega o valor de PV em CV. Como saídas, possui QU, que é
acionada quando o valor de CV atinge PV e QD que é acionada quando CV atinge 0.
E3 CTU S0 CU
CU Q ( )
E4
R R
3 PV CV Q
( ) de CLPs. Todo SFC deve possuir, no mínimo, um passo inicial, que estará ativo no
início da execução do programa (representado por um retângulo de linhas duplas).
2 Liga lâmpada
1
Arco de entrada
da transição 1 2 T=5seg
1 Arco de entrada
Arco de saída da do passo 2 3 Desliga lâmpada
transição 1
2
Arco de saída do 3 T=3seg
2 passo 2
1 Botão Início 1
2 Divergência OU 2
Divergência E
2
2 Botão 1 4 Botão 2
3 4 3 5
3 T=3seg 5 T=5seg 3 4
5 4 6
Convergência OU
5
A divergência/convergência E é utilizada quando se deseja que mais de uma Na Figura 3.20 é mostrada a evolução do SFC para a seguinte seqüência de
1 1
No caso da ocorrência de uma divergência E, deve necessariamente existir uma
2 2
ou mais convergências E de modo que torne a existir apenas um passo ativo no ramo
2 2
do programa. A Figura 3.21 mostra um SFC com uma divergência E sem a respectiva
convergência. Nesse caso, a transição 2 ativa os passos 3 e 5 simultaneamente.
3 5 3 5
simultaneamente, o que causaria um conflito, já que são dois passos que deveriam ser
4 6 4 6
executados em seqüência.
5 5
7 7
1
1 1
1 1
2
2 2
2
2 2
3 5 3 5 3 5
3 4 3 4
3 5
4 6 4 6
4 6
5 5
7 7
4 6
1 1
2 2 Representação de ações
2 2
7 7
enquanto o passo estiver ativo, ou se é ligado e permanece assim até que seja
executado um comando que o desligue. O campo “b” corresponde à descrição da ação
(e) passos 4 e 6 ativos (f) passo 7 ativo executada, normalmente indicando qual sinal será acionado, por exemplo. O campo
Prof. Eduardo José Lima IIFigura 3.20 – Evolução de um SFC. 40 Prof. Eduardo José Lima II 41
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“c”, chamado de indicador lógico, corresponde a qual sinal lógico indica o término de Tabela 3.1 – Qualificadores de ações
execução da ação. Esse sinal pode ser um sinal externo, como uma válvula fim de Qualificador Descrição
curso ou uma variável setada pela própria ação. Em grande parte das vezes, a
(Nenhum) Não armazenada
transição que faz o programa avançar para o próximo passo é disparada pela própria
N Não armazenada
variável indicada nesse campo.
R Reset
O campo “d” contém o programa relacionado à ação. Esse programa pode ser
escrito em qualquer uma das quatro linguagens definidas pela norma (IL, ST, LD ou S Set
FDB). Quando o campo “b” indica uma variável lógica, não é necessário se definir o L Limitada no tempo (equivalente a Toff)
campo “d”, já que a ação já está completamente definida. D Atrasada no tempo (equivalente a Ton)
P Pulso
9 N Fechar porta E3 4 L
Furar peça
T#20s
1 S S0
2 1
Representação de Transições
E0 ↑ E0
Uma transição representa as condições a serem satisfeitas para que o controle
3 R S0 2 N S0
do programa seja transferido de um ou mais passos ativos para outro(s). Como
mencionado anteriormente, uma transição está habilitada se todos os passos cujos E0 ↑ E0
arcos estejam ligados a essa transição estiverem ativos. A transição habilitada é
disparada caso as condições relacionadas a ela sejam satisfeitas. As condições de 4
disparo de uma transição podem ser definidas em quaisquer das linguagens definidas
E0
pela norma IEC 61131-3. Nessa apostila as condições serão definidas como funções
lógicas (Figura 3.24). Essas funções podem ser traduzidas para qualquer uma das
Figura 3.25 – Divisor de freqüência por 2.
linguagens de programação.
3.4 - Exercícios
2 8
3 9 E0 S0
( )
Figura 3.24 – Exemplo de condições lógicas associadas transições. E0 S0
( )
As condições de disparo podem também envolver condições de mudança de
estado de uma variável (borda de subida ou de descida). Na Figura 3.25 são mostrados
Prof. Eduardo José Lima II 44 Prof. Eduardo José Lima II 45
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Exercício 3.2: Dada a lógica de comando digital abaixo, escreva um programa robô em funcionamento por meio de um sinal de saída RB. Quando o número de peças
equivalente para CLP em linguagem Ladder. (Questão do Exame Nacional de Cursos no buffer chegar a 10, a esteira deve ser desligada. A entrada de peças no buffer é
de 1998) detectada por um sensor ENT. Sempre que o robô retira uma peça do buffer, sinaliza
E1
para o CLP com um sinal SAI. Faça um programa em Ladder para controlar esse
E2
sistema.
S1
S2
E4
Pede-se:
COM
IN0
IN1
IN2
IN3
IN4
IN5
IN6
IN7
Exemplo 4.1: Seqüência A+ B+ A- B-.
A seguir é mostrado o diagrama pneumático do sistema. São utilizadas duas válvulas 24Vcc
de 5/2 vias (5 vias e 2 posições) acionadas por duplo solenóide, dois cilindros de dupla
ação e 4 sensores de fim de curso (contatos NA acionados por roletes).
OUT0
OUT1
OUT2
OUT3
OUT6
OUT7
OUT4
OUT5
COM
A0 A1 B0 B1
A+ A- B+ B-
A+ A- B+ B-
O programa em Ladder é semelhante ao diagrama de contatos elétricos do Exemplo
2.9:
( ) SFC, e cada confirmação de movimento (sensores fim de curso) dispara uma transição.
O exemplo a seguir mostra a programação de uma seqüência simples.
E2 S2
( )
Exemplo 4.2: O SFC a seguir mostra a programação da seqüência A+ B+ B- A-.
E4 S1
( )
1 N Recuar A A0
E1 S3 N Recuar B B0
( )
1 A0 × B0
2 ST
O início da seqüência (avanço de A, S0) se dá com o comando do botão de início
(E0), desde que o atuador B esteja recuado (rolete B0, E3). Quando A chega ao fim de 3 N Avançar A A1
5 N Recuar B B0
5 B0
Para seqüências indiretas, pode-se utilizar o método de maximização de
6 N Recuar A A0
contatos ou de minimização de contatos [Parker, 2001] para geração do programa em
Ladder. Nessa apostila será mostrada a utilização da representação em SFC, por ser 6 A0
1 N Recuar A A0 1 N Recuar A A0
N Recuar B B0 N Recuar B B0
N Recuar C C0
1 A0× B0
1 A0 × B0 × C0
2
2
2 ST
2 ST
3 N Avançar A A1
3 N Avançar A A1
3 A1
3 A1
4 N Avançar B B1
4 N Avançar B B1
4 B1
4 B1
5 N Recuar A A0
5 N Recuar A A0
5 A0
N Recuar B B0
6 N Avançar A A1
5 A0× B0
6 A1
6 N Avançar C C1
7 N Recuar A A0
6 C1
7 A0
7 N Recuar C C0
8 N Recuar B B0
7 C0
8 B0
1 N Recuar A A0 1 N Recuar A A0
N Recuar B B0 N Recuar B B0
N Recuar C C0 N Recuar C C0
1 A0 × B0 × C0 1 A0 × B0 × C0
2 2
2 ST 2 ST
3 N Avançar A A1 3 N Avançar A A1
3 A1 3 A1× CH 6 A1× CH
4 B1 5 C1 4 B1 7 C1
6 5 B0 8 C0
B0× C0
8 N Recuar A A0 8 N Recuar A A0
7 A0 9 A0
4.3 - Exercícios
O qualificador D determina que a ação deve ser iniciada após decorrido um Ação Ação
mesma não é executada (Figura 5.5). Figura 5.7 – Execução da ação com qualificador L.
Passo Passo
A programação em Ladder deve utilizar uma memória auxiliar que é acionada
ativo ativo
quando decorrido o tempo t após o passo acionado. A execução da ação depende do
Ação Ação passo estar acionado e a memória auxiliar não estar ativa, como mostrado na Figura
5.8.
t t
Qualificador L O qualificador P (pulso) determina que a ação deve ser executada durante um
intervalo de tempo muito pequeno, ou seja, durante um ciclo de varredura do programa.
M1.6 S2.2
P ( ) Figura 5.14 – Programação em Ladder de transição disparada por um sinal de
16 P1 S2.2 entrada do CLP.
M1.6 S2.3
P0 S2.3
N ( ) A Figura 5.15 mostra a conversão para Ladder de uma transição disparada por
uma função lógica de sinais de entrada do CLP.
Figura 5.13 – Programação em Ladder de ação com qualificadores P1 e P0.
Considerando que cada passo do SFC é representado por um bit de memória, Figura 5.15 – Programação em Ladder de transição disparada por um sinal de
entrada do CLP.
as transições devem setar ou resetar tais bits de acordo com a leitura de sinais ou
outras condições determinadas para seu disparo. Para cada transição deve ser
Caso o disparo da transição dependa da borda de subida ou de descida de um
programada uma linha em Ladder.
sinal, utilizam-se contados sensíveis à borda (como mostrado na Figura 3.10) como
A Figura 5.14 mostra a conversão para Ladder de uma transição disparada por
condição de disparo.
um sinal de entrada do CLP. A lógica da linha é a seguinte: se o passo 1 estiver ativo e
Para transições temporizadas, utilizam-se temporizadores acionados pelas
o sinal I0.4 for acionado, então desative o passo 1 e ative o passo 2.
memórias dos respectivos passos (Figura 5.16).
2
(R ) anule a ação de um passo anterior e ambos sejam acionados em seqüência em um
M0.3 mesmo ciclo de varredura, a ação do primeiro não terá efeito na saída do CLP.
2 I0.4
( S) Podem ser utilizadas, portanto, duas soluções para o problema. A primeira utiliza
instruções de salto do compilador Lader. Todas as transições são então representadas
3 5 M0.5
( S) no início do programa e todos os passos em seguida. Após o disparo de cada
transição, é utilizado um comando de salto para o início do bloco dos passos. Isso evita
que duas transições sejam disparadas em um mesmo ciclo de varredura, forçando que
Figura 5.17 – Programação em Ladder de divergência E.
as ações correspondentes aos passos ativados por cada transição sempre sejam
executados por pelo menos um ciclo de varredura.
Porém, como nem todos compiladores necessariamente possuem instruções de
salto e para efeitos de compatibilidade entre controladores diferentes, pode-se utilizar
um bit de memória que represente que alguma transição já foi disparada no ciclo de
Prof. Eduardo José Lima II 66 Prof. Eduardo José Lima II 67
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varredura atual. Todas as linhas de disparo de transições verificam, então caso alguma
M0.2 M0.3 M0.4 M0.1
transição já tenha sido disparada. Caso afirmativo, a linha não é executada. Caso
(S)
contrário, a transição pode ser disparada. Sempre que ocorrer o disparo de uma
transição, tal bit de memória deve ser ativado. Além disso, no início do programa, uma M9.7
linha deve desativar esse bit para que seja possível disparar uma transição. A Figura (S)
5.19 mostra essa solução.
Figura 5.20 – Linha de inicialização do programa.
2
( R) N Recuar B B0
M0.3 1 A0× B0
5 I0.1 (S ) 2
3
M9.7 2 ST
(S ) 3 N Avançar A A1
6 I0.2
M9.7 M0.3 I0.2 M0.3
( R)
3 A1
4
4 N Avançar B B1
M0.4
(S ) 4 B1
M9.7 5 N Recuar B B0
(S ) 5 B0
6 N Recuar A A0
Figura 5.19 – Utilização de bit de memória para evitar que mais de uma transição
seja disparada em um mesmo ciclo de varredura. 6 A0
1 A0× B0 1 A0 × B0
N Recuar C C0
Referências Bibliográficas
1 A0 × B0 × C0
2 2
2
2 ST 2 ST
2 ST
3 N Avançar A A1 3 N Avançar A A1
3 A1 3 A1
3 N Avançar A A1 [Gomes, 2004] Gomes, B. S., SENAI-RJ – Automação, Investimento que dá retorno
3 A1
4 N Avançar B B1 4 N Avançar B B1
4 N Avançar B B1
4 B1 4 B1
5 N Recuar B B0 5 N Recuar A A0
4 B1
[ISaGRAF, 2004] ISaGRAF Inc. ISaGRAF Version 3.5 User Manual, Canadá, 2004.
5 N Recuar A A0
5 B0 5 A0
N Recuar B B0
6 N Recuar A A0 6 N Avançar A A1
5 A0 × B0
6 A0 6 A1
6 N Avançar C C1
[Parker, 2001] Parker Hannifin Ind. Com. Ltda. Tecnologia Eletropneumática Industrial,
7 N Recuar A A0
7 A0
6 C1
Apostila de treinamento do fabricante, Jacareí-SP, 2001.
7 N Recuar C C0
8 N Recuar B B0
7 C0
8 B0
1 N Recuar A A0 1 N Recuar A A0
N Recuar B B0 N Recuar B B0
N Recuar C C0 N Recuar C C0
1 A0 × B0 × C0 1 A0 × B0 × C0
2 2
2 ST 2 ST
3 N Avançar A A1 3 N Avançar A A1
3 A1 3 A1× CH 6 A1× CH
4 B1 5 C1 4 B1 7 C1
5 B0 8 C0
6 B0 × C0
8 N Recuar A A0 8 N Recuar A A0
7 A0 9 A0