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História do Brasil (1831-1840): Período


Regencial
Patricia Galves Derolle

11-15 minutos

Tópicos do Edital:

4 A Regência (1831-1840).


4.1 Centralização versus descentralização: reformas institucionais.
4.2 O Ato Adicional de 1834 e revoltas provinciais.
4.3 A dimensão externa.

4.1 Centralização versus descentralização: reformas


institucionais.

07.04.1831: Abdicação de D. Pedro I / Campo de Santana

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(epicentro de revoltas contra o imperador; revoltas de tropa e


povo). “Jornadas de Julho” à discurso liberal moderado

PortugalD. Pedro IV BrasilD. Pedro I


Rei liberal Rei absolutista

O período regencial é um dos mais importantes para a história do


Brasil, pois há nele indícios de um sentimento de república, por
parte dos regentes, o qual Joaquim Nabuco intitula como sendo
a república de fato provisória, do Brasil. Ademais, tal período
torna-se deveras importante, pois nele se firmaram:

A unidade territorial do país,

A maior autonomia das províncias,

A formação das Forças Armadas,

A descentralização do governo

Nota-se também a ocorrência de manifestações populares que


indicavam a discordância do povo brasileiro para com os
acontecimentos da época, principalmente contra o então
imperador D. Pedro I, cujo evento marcante fora a noite das
garrafadas.

Antecedentes:

Ideias liberais (revolução de 1830, FR, queda de Carlos X)


influenciaram o mundo, inclusive o partido liberal brasileiro

O partido liberal brasileiro era dividido em Chimangos e Exaltados


e queriam que D. Pedro I proclamasse a independência no Brasil

A contrario sensu, o partido conservador/restaurador queria a


união com Portugal

Acontecimentos pré-abdicação:

Campo de Santana, RJ: epicentro de revoltas contra o imperador

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Noite das Garrafadas

Acontecimentos pós-abdicação:

Deixa seu filho, D. Pedro II, ainda criança como herdeiro do


“trono” imperial

Jornadas de Julho ou “Jornadas dos Logrados”: elite aproveita a


abdicação de D. Pedro I para controlar o governo, sem
concessões aos demais grupos sociais, dotado de
característica liberal moderado

Importância histórica:

1. Consolidação da independência: abdicação = afastamento de


Portugal

2. Liberais Moderados (aristocracia rural) passam a controlar o poder


político e, por estarem livres de um imperador, podem governar
livremente tal qual uma República

3. As revoltas no período regencial deixam claros os conflitos


existentes dentro da sociedade brasileira da época, sobretudo
entre a classe dominante, a camada média e o povo. Estes
conflitos demonstram a vontade de cada camada em querer se
impor à outra

Avanço Liberal:

Dividido em 2 períodos

Avanço Liberal (1831-1836)


Pressão ao governo para maior liberalização do regime brasileiro

Resultado: Leis e regulamentos liberais foram aprovados

Partido Moderado manteve-se no poder x Exaltado e Restaurador


na oposição

Regresso Conservador (1836-1840)

Forças (partidos) Políticas:

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Eram aglomerados sociais, nos quais pessoas com ideais


parecidos discutiam propostas; não havia estrutura definida e
eram bem diferentes dos partidos atuais. Partido Moderado fica no
poder no primeiro momento e adota medidas democratizantes,
embora essas medidas fossem idealizadas por outro partido, os
Exaltados. O Partido se utiliza dessas medidas, pois teme a
tomada do poder pelos Restauradores e fazem concessões aos
Exaltados.

Os partidos Brasileiro e Português desaparecem

Surgem 3 novos
Partido Moderado: Feijó, Evaristo da Veiga, Carneiro de Campos e
Costa Caravalho. Chimangos. Direita Liberal.
Objetivo: defender os interesses dos grandes fazendeiros,
consolidar a independência com poucas mudanças
socioeconômicas.

Partido Exaltado: major Frias de Vasconcelos e Cipriano Barata.


Farroupilhas. Esquerda Liberal
Objetivo: Liberalização máxima do sistema político, instauração da
república e do federalismo, “democratização” do sistema eleitoral
e reformas econômicas.

Partido Restaurador: irmãos Andrada. Caramurus. Direita


Conservadora.
Objetivo: Trazer de volta D. Pedro I ao trono.

Os Regentes (cronologia):

Constituição previa um governo regencial na ausência de um


imperador, ou enquanto o herdeiro não completasse 18 anos.
Previa, ainda, que a regência fosse composta por 3 pessoas,
eleitas pela Assembleia Geral (Câmara + Senado), por um
período de 4 anos

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Período Principais Acontecimentos Medidas

atores

PARTIDO MODERADO

1831 Assembleia, Dura apenas 60 Para conter o


ainda em férias, dias, né! avanço político
Regência
Trina elege dos exaltados:-

Provisória (60 provisoriamente:- Manutenção da

dias) Francisco de CF 1824


Lima e Silva: – Anistia aos
Conceito
militar presos políticos
chave:
– Nicolau (esvazia as
Equilíbrio
Vergueiro: prisões)
entre as
senador, liberal – Proíbe títulos
várias facções
moderado
de nobreza
– José Joaquim – Limita o papel
Carneiro de
dos regentes
Campos:
– Cria a Guarda
conservador
Municipal

1831 – 1834 Assembleia, – Revoltas – Extinção da

Regência depois de suas Militares- Guarda

Trina férias, elege:- Rebeliões Municipal e


Costa Carvalho: populares criação da
Permanente
deputado – Destaca-se Pe. Guarda Nacional
Conceitos
– Bráulio Muniz: Feijó, então Min. (ideia de
chave:
deputado Da Justiça coronelismo),
– Consolidar por Pe. Feijó
– Lima e Silva: – Repressão
os interesses –
militar policial, seguida
da elite Descentralização
de abertura
dominante do poder

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– Excesso de política Legislativo


Liberalismo, (Código de
principalmente Processo Civil –
pela Lei dos Juízes
aprovação do de Paz)
Ato Adicional, – Lei Feijó:
que foi crucial sonha em
para a tomada acabar com o
do Regresso tráfico de
Conservador escravos e flerta

Obs: Pe. Feijó com o

renuncia em liberalismo inglês

1832 Ponto máximo


do Avanço
Liberal:

– Aprovação do
Ato Adicional:
reforma
constitucional.
Principais
pontos:

a) Abolição do
Conselho de
Estado, mas
mantém Poder
Moderador, que
não é utilizado já
que não há rei

b)
descentralização
do poder

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c) criação de
uma Assembleia
Legislativa no
âmbito
provincial, que
não ocorre

d) Regência
Trina vira
Regência Una,
pelo voto direto,
dos eleitores das
províncias,
mandato de 4
anos

PROBLEMAS:
1. De caráter religioso: Pe. Feijó, aquele que renuncia por ser um tanto
quanto ditador, manda mais que o Papa no Brasil

2. Revoltas: Governo não tem pulso firme para conter as revoluções que
se espalham por todo o Brasil

REGRESSO CONSERVADOR = RECOMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA


1. Morte de D. Pedro I e do Partido Restaurador (1834)

2. Partido Moderado não consegue ficar mais unido, devido ao


rompimento Feijó e Bernardo de Vasconcelos

3. Partido Exaltado também enfraquece, pois seus membros estavam


presos, mortos ou congelados politicamente

Surgem 2 novos partidos (REGRESSISTA E PROGRESSISTA) para


a disputa da Regência Una

Partido Regressista: Bernardo de Vasconcelos, composto por


moderadores e restauradores

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1. Objetivo: Governo forte e centralizado, capaz de enfrentar rebeliões


provinciais. Defendiam, ainda, a revisão do Ato Adicional

Partido Progressista: Feijó, composto por exaltados e moderados

1. Objetivo: Monarquia constitucional que respeitasse medidas liberais,


inclusive no Ato Adicional

Obs: Ambos partidos eram “conservadores”

1835 – 1837 – Padre Feijó, – Bernardo de – Não


ex-ministro da Vasconcelos, solucionou a
Regência Una
Justiça líder do outro crise financeira-
ou Regência
de Feijó partido e da Não derrotou as
Câmara, paralisa 2 rebeliões
Pe. Feijó
os trabalhos e (Farroupilha e
renuncia e é
impede a ação Cabanagem)
substituído
administrativa de
por Araújo
governar
Lima

1838 – 1840 – Araújo Lima, o – Foi muito – Reformulação


vice esperto e do Ato Adicional
Regência Una
ou Regência agradou a todos e do Código

de Araújo Criminal-
Apresenta a Lei
Lima
de Interpretação
Regente
do Ato Adicional,
interino
que transfere o
governo central
o controle de
todo o sistema
jurídico e policial
– Reduz a
atuação dos

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Juízes de Paz

Golpe da Maioridade

Foi a emancipação de D. Pedro II no trono, com apenas 14 anos


de idade. Contou com a ajuda dos líderes Progressistas. Maioria
da Câmara pertencia aos Regressistas. Araújo Lima demite-se e
D. Pedro II nomeia os liberais/progressistas para os ministérios,
acabando assim o período regencial.

4.2 O Ato Adicional de 1834 e revoltas provinciais.

Revoltas do Período Regencial

Causas:

Crise econômica

Descontentamento da elite com a excessiva centralização político-


administrativa

Descontentamento da população (muito mais os escravos e os


trabalhadores livres), que tinha um baixo padrão de vida

4.3 A dimensão externa.

Política Externa: Administrar o imobilismo.

1840-1855: consolidação do Império

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1840: 1ª formação de ministérios: liberais, que deram o golpe da


maioridade colocaram D. Pedro no poder.

∟Anistia – regência

∟ Eleições do cacete

1841: 2ª formação de ministérios: conservadores

∟Fortalecer seu poder

∟Controle da elite rural

∟Código Processo Criminal

∟Conselho de Estado

∟Criação do chefe de polícia

Regresso conservador = concentração política e controle da elite


agrária

1842: rebeliões liberais de 1842

SP: Sorocaba: Diogo Feijó

MG: Barbacena: Teófilo Otoni

∟ Duque de Caxias derrota os rebeldes

1844: 3ª formação de ministérios: liberais por 4 anos

1848: 4ª formação de ministérios: conservadores até 1853

∟Estopim da revolução: queda dos liberais, mas tinha


antecedentes antigos e profundos

∟Outros motivos: injustiça social e exploração econômica à maior


parte das terras pertenciam à família Cavalcanti

∟Ideias republicanas e revolucionárias provenientes de:

. Revolução de 1817

. Confederação do Equador (1824)

. Jornal ‘o Repúblico’

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. Revolução na França, em 1848

∟Sentimento anti-lusitano (comércio dominado pelos


portugueses)

∟Senado conservador anula o apontamento de um liberal


(Antônio Chichorro da Gama)

Programa da Revolução

Proclamação da República

Nacionalização do Comércio

Garantia de trabalho

Voto universal

Liberdade de imprensa

Reformas socioeconômicas

1849: revolucionários ocupam Olinda e atacam Recife, onde foram


derrotados pelas tropas governamentais. Insucesso: sertanejos
aderem à ideia.

Causas do fracasso

Extrema violência da repressão governamental

Traição de vários líderes rebeldes

1850: Capitão Ivo Velloso continua lutando, mas foi preso e traído

Pacificação: processo que levou ao triunfo da ordem

Café: crise econômica chega ao fim

Mais importante acontecimento do século XIX

Fortaleceu tanto o governo como a elite agrária

Resolve o problema entre a elite e as camadas, mas não entre os


partidos, cuja solução se dá com o sistema parlamentarista.

1847: adota-se o parlamentarismo

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Parlamentarismo no 2º Reinado

Poder Executivo: 1º Ministro, escolhido pelo chefe de Estado

1º Ministro escolhe seu gabinete e solicita voto de confiança

Referências Bibliográficas

CAMPOS, Raymundo. Estudos de História do Brasil. Capítulo 18:


O período regencial.

FAUSTO, Boris. História do Brasil. Capítulo 4: A Regência


(1831-1840).

MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Introdução à História dos Partidos


Políticos Brasileiros.

FAORO, Raymundo. Os donos do poder. Formação do patronato


político brasileiro. Capítulo VIII: as diretrizes da independência.

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