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CÁLCULO INTEGRAL

21.0. INTRODUÇÃO
O Cálculo Diferencial trata do estudo das taxas de variação de uma quantidade com relação a outra. Neste
novo capítulo veremos o problema oposto, isto é uma vez conhecida a taxa de variação de uma quantidade
com relação a outra, podemos determinar a relação entre as quantidades em causa. Por outra, conhecida a
derivada de uma função iremos determinar a função que a originou.
A ferramenta principal deste tema é a primitivação (antiderivação ou integração) de funções e estudaremos
as regras e alguns métodos de integração.

21.1.ANTIDERIVADA (ou PRIMITIVA)

Uma função F(x) é primitiva de f(x) num intervalo I, se F ( x )  f ( x ) para todo x pertencente ao intervalo.

Por exemplo:
1. F(x) = x2 é primitiva de f(x) = 2x pois, F ( x)   x   2x 2
 f ( x)
2. F(x) = ex é primitiva de f(x) = ex pois, F ( x)   e    e x x
 f ( x)
 1
3. F(x) = ln x é primitiva de f(x) = 1/x pois, F ( x)   ln x    f ( x)
x
Consideremos agora as funções F(x) = x2 , F(x) = x2 + 1 , F(x) = x2 – 1 , F(x) = x2 +2. É fácil notar que todas são
primitivas da função f(x) = 2x, pois a derivada de cada uma delas é igual a função f(x).
Isto significa que uma vez conhecida a derivada de uma função, a sua primitiva apresentar-se-á na forma F(x)
+ C, onde C é uma constante arbitrária.
Assim, toda função f(x) possui muitas primitivas, isto é, uma família de primitivas da forma F(x) + C.
Os gráficos a seguir mostram as famílias de primitivas das funções f(x) = 2x e f(x) = 1, respectivamente.

y
F(x) = x2 + 1
F(x) = x + 1
F(x) = x2
4
3 F(x) = x

3 F(x) = x2 - 1 2 F(x) = x - 1

2
1
F(x) = x2 - 2 F(x) = x - 2

1
-4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 -1
x
-1 -2

-2 -3
Estas sao primitivas de f(x) = 2x
Primitivas de f(x) = 1
-3 -4

21.2.INTEGRAL INDEFINIDA

Ficha elaborada por MEFS


Ao processo de determinar as primitivas chamamos de primitivação ou integração. Para realizarmos a
operação de integração usamos o sinal da integral  que é um “s” longo, significando soma.

Assim,  f ( x ) dx  F ( x )  C lê-se: “ a integral indefinida de f(x) , em relação a x é igual a F(x) mais


C”. Significa que a integral indefinida de f(x) é uma família de funções do tipo F(x) + C , onde
F ( x)  f ( x) .
A função f(x) sob sinal da integral chama-se função integranda, dx indica que a operação é executada em
relação a x, F(x) é a primitiva ou integral e C é a constante de integração.

Do exemplo anterior, teremos:


1. Se F(x) = x2 é primitiva de f(x) = 2x   2 x dx  x2  C
  e dx  ex  C
x
2. Se F(x) = ex é primitiva de f(x) = ex
dx
3. Se F(x) = ln x é primitiva de f(x) = 1/x   x
 ln x  C

EXERCÍCIOS

I. Encontre as primitivas nos seguintes casos:

2dx dt 4
1.  6 dx b) 2.  2 dx 3.  x 3 dx 4.  x5
5.  3
t 2
6. cos x dx 7.  x dx 8.  5 u 3 du

 
 2 
9.   3  2 x  dx 10.  u 2  u  u 3 du 11 . 1  x  x 2 dx 12.  4 x 3  2 1dx
x
 
 

13.

x 1 x  2
2

2
dx 14.
3

u  2u  u
2
du 15.  a  3 x  dx 16. 2 x  x dx
3 2
 
3
x 2 3u
II. Calcule as seguintes integrais

dx dx 1 x dx
Ex.1   x  c
x2  3 2
  3 2
3
arctg
3
A função integranda reduz-se à forma x 2
 a2
.
dx dx 1 2x dx
Ex.2 
2  x2 

 2 2
x 2

2 2
ln Na tabela existe o formato a 2
 x2
.

dx dx dx dx dx ds
1. 2. 3.  4.  5. 6. 
x 9
2
x 72
5  x2 8 x 2
4 x 2 9  s2
2 x 2
 2 x 2
dx dx dx du
6. dx 7. 8.  2 9. 10.
4 x 4 x2  4 x 10 x2  7 3  u2
dt dt y2  3  y2  3 1 x2
11 . 12.  13.  dx 14. dx
t2  2 t 2
2
y4  9 1 x4
1
III. Calcule as integrais, usando a regra:  f (ax  b) dx  a
F ( ax  b)  C

1  2  5x   2  5x  8 8
dx 1
 ln 3x  2  c Ex.2  e 2 dx  2 e 2 Ex. 3   2  5 x  dx  
x
1 x
1 7
Ex.1  c  
3x  2 3 5 8 40

Ficha elaborada por MEFS


dx 3 dx
1. 2. e1 2 x dx 3. sen(3 x  2)dx 4. cos( 3x  1) dx 5. 4 2 x  5 dx 6. x2 7.
2x  3 6x  4
dx dx
9.  31 2 x dx 10.   5  x / 2  11 .  3  4 x  dx 12.  sen 3 x  5dx 13. 
3/ 2
8. 
4
dx
3
 3x  2 2 1  7x

21.3.MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO
21.3.1 INTEGRAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO (MÉTODO DE SUBSTITUIÇÃO)

Este método de integração está relacionado com a regra de diferenciação em cadeia. Para encontrar
 f  x  dx por este método, é conveniente substituir a variável x por outra variável, isto é, x = g (u).
Derivando ambos membros da igualdade anterior, teremos: dx = g’ (u) du.
Assim, a equação  f  x  dx =  f  g (u )  g’ (u)du é válida.
Depois de achar a integral no segundo membro, substituímos u por g 1  x  e obtemos o resultado em x.

Exemplos:
1.   3 x  5 dx
8
Seja u = 3x – 5 diferenciando os dois lados da igualdade, teremos: du = 3dx onde
dx = du/3 substituindo na integral obteremos uma integral de tabela, assim:

  8 du 1 1 u9 u9  3 x  5 9  C
  3 3
8
3 x  5 dx  u  u 8
du   C   C 
3 9 27 27
dx
2.  3.  x 3  x 4  5
2/3
Seja u = 3x+4 dx Seja u = x4 + 5
 3x  4  5
x 2 dx e 2 x dx
4.  Seja u = x3 5. 
Seja u = 3 – e 2x
4  x6 3  e2x
Obs.: Resolve os exemplos e procede da mesma maneira com os exercícios que se seguem.

EXERCICIOS

 x  2 x   3 x 2  2  dx 3.   3 x 2  2 x  1 x 3  x 2  x  dx
4x
1. 4 4 x  3 dx
2 4
4.
4 3
2. dx
2x 2
 3
3

6.  3 t 2  t 3  2   x  1 x dx 8.  x 2  2 x 3  3 dx
3 9 4 x4
5.  3 t 2 t 3  2 dt 2
dt 7. 2
9.  send
1  x5
x2 0,3 x  0,2 e x dx e x  e x e3x  x 2
10.  dx 11 .  0,3x 2  0,4 x  2 dx 14. 15.  dx 16.  dx
x3  1 1 e x e x
 ex 
3/ 2
e3x  x 3  3
senx dx senx cos x cos x dx e 2 x dx
17. sen 3 x cos x dx 18. 19. dx 20.  21.  22. senx cos x
3
cos 2 x cos 2 x senx 3  e 2 x  5

Ficha elaborada por MEFS

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