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A Idade Moderna:

característica gerais do Renascimento


(século XV e XVI)

Joana Márcia Andrade Rebouças


Licencianda em Música da Universidade Federal da Bahia – Ba, Brasil

Resumo. Este trabalho propõe uma leitura teórica das características gerais do século XV
e XVI, no qual a Europa, foi cena de inúmeras e gigantes alterações, apontadas como
referência da Idade Moderna. Na política, ocorreu a concentração do poder, absolutismo,
que conduziu a constituição dos Estados modernos. Na cultura, houve o movimento
humanista e o Renascimento. Na religião, rompe-se a unificação do cristianismo com a
reforma protestante. Na economia, com o desenvolver inicial do capitalismo, romperam-se
muitos vínculos feudais. Nessa época, a expansão marítimo-comercial europeia levou à
exploração e apoderamento de outros continentes, como a América. A expansão europeia
autorizou que esses acontecimentos históricos fossem se promovendo mundialmente.

Palavras-chave: idade moderna, renascimento, humanismo, reforma protestante, expansão


marítima-comercial, conquista da América, mercantilismo, sistema colonial.

Introdução ocasionando um terrível estado de


A partir do século XI, a sociedade subnutrição e morte de milhares de
cristã da Idade Média, experimentou o pessoas por fome.
desenvolvimento econômico, que se Devido a debilitação pela fome, o
tornou mais diversificado e povo se fez suscetíveis a doenças
populacional. Porém, o âmago do epidêmicas, como a peste bubônica
feudalismo (sociedade fortemente (1347-1350), que causava uma infecção
estratificada, fechada, agrária, pulmonar, que na maioria das vezes
fragmentada politicamente) foi alvejada. levava a morte. A peste se alastrou
Do seu interior e de maneira antagônica ligeiramente matando certa de um terço
se fortalecia um fragmento urbano, da população europeia.
mercantil, que buscava outros valores. As guerras em nome da
Dessa forma, da sociedade feudo- cristandade, como as Cruzadas, que
burguesa emergiam as cidades, as serviam de justificativa para a nobreza
universidades, a literatura laica, as utilizar da agressividade contra o povo
monarquias nacionais (FRANCO JR., para sanar o seu tempo livre, também
Hilário. A Idade Média: nascimento do geraram enormes prejuízos. Com roubo
ocidente. 1995). e depredação de cidades e plantações
Nos anos finais do século XVIII, devastadas, o preço dos alimentos subiu
terras boas para plantar e cultivar eram e burgueses e camponeses, intranquilos,
poucas. Os nobres não aprovavam o concordaram em relação a incapacidade
desmatamento de solos para plantio da coroa feudal em garantir ordem e
devido a prática esportiva da caça, que proteger seu povo.
juntamente com os intemperes do tempo, E, para tornar ainda mais frágil este
guerras e cultivos inadequados acabaram período da depressão da Idade Média, a
confiança na Igreja se abalou fortemente, manifestar nas mais diferenças esferas,
estremecendo a fé cristã. O papa como nas artes, na economia e nas
Clemente V, mudou a sede da Igreja ciências. O humanismo então refletiu na
católica para a cidade francesa de necessidade de construir conhecimentos
Avinhão, o que acarretou inúmeras divorciados da necessidade de amparo
crises. A Grande Cisma do Ocidentes, foi religioso. Foi-se então descartados
uma destas, quando a Igreja foi saberes determinados através da
governada por dois papas, um em Roma mentalidade cristã. Dirigiram-se para a
e outro em Avinhão, retornando a ser antiguidade grega e romana,
unidade em 1418, em Roma. Toda essa comparando conclusões dos antigos com
“bagunça” desorientou os cristões, as suas recentes explanações.
dando brecha para o nascer de outras Do latim, o termo humanus
doutrinas adversas aos preceitos da significa “humano” e, no geral, o
Igreja católica. Humanismo significa o conjunto de
Neste quadro agudo em que a valores filosóficos, morais e estéticos
Europa se afundava em crises, cinzas, que focam no ser humano. Assim, trata-
feridas de guerras, pestes e fome, do final se de um conceito que permitiu ao
da Idade Média e o início dos tempos homem compreender melhor o mundo e
modernos, surgi, como uma fênix, o o próprio ser, criticando o parecer dos
Renascimento, trazendo mudanças no teólogos católicos medievais. “Os
modo de viver e pensar do povo europeu. humanistas, voltaram-se para o aqui e o
Nota-se o realçar de ideias e princípios agora, para o mundo concreto dos seres
frescos, não mais super destacando a fé humanos em luta entre si e com a
religiosa, necessitando de natureza, a fim de terem um controle
fundamentações racionais, crescendo maior sobre o próprio destino”
com força o antropocentrismo e (SEVCENKO, Nicolau. O
valorização da obra humana. O ser Renascimento. São Paulo, Atual, 1994.
humano se depara como invento e P.17).
inventor de suas vidas, provendo cada O interesse pela Antiguidade
vez mais um pensamento racional e Clássica necessariamente não
Humanista. significava uma vontade nostálgica.
Sabia-se que os valores socais e culturais
O Humanismo haviam de modificado e a revalorização
A hierarquia social é uma da ciência, da arte e da filosofia clássica
característica presente na sociedade teria de ser adaptada. A visita as obras
europeia durante a Idade Média, de dos pensadores antigos começaram com
forma que não havia a possibilidade de a Filosofia Escolástica, com o principal
mobilidade social. Quem nascia servo representante São Tomás de Aquino
era servo por toda vida, quem era senhor (1225-1274), que acreditava que o
para sempre seria. O mesmo se aplicava intelecto humano não devia ser temido,
para vassalos e suseranos, mestres e porém não se devia ferir a fé.
aprendizes, todos em uma posição rígida
e estratificada. Com a chegada da era O Movimento Renascentista
moderna, essas estruturas foram se Incentivados pelos conceitos
dissolvendo, começando a haver espaço humanistas, os europeus começaram
então para que cidadãos pudessem uma busca desenfreada pelo intelecto,
mover-se e subir seus status. ação e investigação do mundo. Este
Diferente dos ideais medievais, o marco passou a ser conhecido como
individualismo, longe da visão coletiva Renascimento, nome escolhido diante da
do mundo cristão, começou a se vontade dos estudiosos e artistas de
reaver a cultura greco-romana. Mas, David; Nicolau Maquiavel (1469-1527),
como nenhuma cultura renasce fora do que escreveu a obra O Príncipe;
seu tempo, os estudiosos renascentistas A Renascença espalhou-se por
não conseguiram apagar os rastros da diversos territórios europeus, fazendo
cristandade. com que vários artistas de diferenças
O Renascimento, apesar de nacionalidades ganhassem destaques por
urbano, alcançou as elites das grandes suas obras e criações. Na França,
cidades. Não apenas ocorreu a diferença François Rabelais (1494-1553), escreveu
na qualidade da obra intelectual, como Gargântua e Pantagruel, criticando a
também cresceu a quantidade de religiosidade medieval, e Michel de
produção. O desenvolvimento da Montaige (1533-1592) se dedicou a
impressa, com o surgimento dos combater a ignorância sobre as
impressores e a ação de mecenas no particularidades da infância escrevendo
patrocínio dos trabalhos dos intelectuais seu livro Ensaios. Os ingleses Thoman
e artistas, foram uns dos fatores que Morus (1478-1535) e William
impulsionaram esse aumento. Shakesperare (1564-1616), o português
Nas artes surgiram novas Luís Vaz de Camões, o espanhol Miguel
concepções, principalmente nas artes de Cervantes, entre outros, todos eles
plásticas, na qual modelos clássicos foram figuras fundamentais para a
greco-romanos influenciavam na imortalização do período renascentista,
procura de equilíbrio, primor das formas tornando possível que hoje possamos
e técnica de perspectiva, com sutileza, apreciar obras deste tempo.
tom e movimento. O artista também aos A ciência, ao decorrer dos séculos
poucos passou a se separa da igreja, XV e XVI, também foi impactada em
tendo a oportunidade de explorar outros diferentes ângulos. Um grande número
temas além do enfoque religioso, como de pesquisadores, enaltecendo a razão,
questões da realidade social, mitologia exploravam matérias da natureza e da
clássica, cenas do cotidiano e sociedade. O heliocentrismo, teoria que
enaltecimento do indivíduo. a Terra e os demais planetas se movem
Muitas cidades italianas em torno do sol, foi desenvolvida por
conservaram monumentos Nicolau Copérnico (1473-1543), em sua
arquitetônicos e esculturas do antigo obra Da revolução das esferas celestes,
Império Romano e muitos intelectuais contrariando passagens da bíblia. Esta
bizantinos haviam se mudado para a descoberta excluía a teoria geocêntrica,
Itália com a queda de Constantinopla, que acreditava que a Terra era o centro
levando consigo materiais textuais de de todos os astros, causando uma reação
Bizâncio. Esses aspectos, juntamente de insatisfação nos religiosos.
com seu comércio dinâmico e acirrado,
beneficiaram para que na Itália se inicia- Reforma religiosa
se o Movimento Renascentista. Entre os A Reforma Protestante foi a maior
principais representantes italianos deste ruptura da cristandade, época que
período temos: Leonardo da Vince ocorreu várias modificações históricas.
(1452-1519), gênio das ciências e das Dentre as transformações, a criação da
artes, entre as poucas telas estão as obras impressão por Johann Gutenberg, que
primas Última ceia e a Mona Lisa; facilitou a distribuição das bíblias,
Michelangelo (1475-1564), projetou a fazendo com que chegassem com mais
cúpula da Basílica de São Pedro, criou facilidade na mão do povo, favoreceu o
afrescos na Capela Sistina, no Vaticano, surgimento de novas interpretações. O
e esculpiu obras como Moisés, Pietà e clero também já havia ultrapassado a
paciência dos cidadãos com o seu
comportamento perturbador de iludir os Houve um extenso
cristãos por meio da simonia, venda de desentendimento entre Lutero e os
indulgências, e falta de preparo para poderes católicos, o que resultou em sua
exercer as funções religiosas. E para excomunhão em 1520. Apoiado pela
além, a igreja católica criticava a usura e burguesia e pela nobreza, sua doutrina se
alguns comerciantes ficavam em dúvida espalhou por todo norte europeu. Os
se priorizavam a busca do lucro ou as alemães luteranos passaram a lutar
obrigações morais. contra as medidas que impediam de que
Os líderes protestantes abraçaram cada Estado escolhesse sua própria
todas essas queixas, juntamente com a religião.
necessidade dos reis de quererem tornar Ocorrido como um desdobramento
seus Estados independentes do poder do da Reforma Luterana, João Calvino
papa devido a conflitos políticos. (1509-1564), aderindo as ideias
Ademais, havia um desejo indispensável protestantes, publicou sua obra principal,
por todos de que os textos religiosos Instituição da religião cristã, sendo
passarem a serem traduzidos para o considerado herege. Perseguido pelas
idioma nacional de cada país. autoridades católicas francesas precisou
Martinho Lutero (1483-1546) fugir para a Suíça. Segundo Calvino, o
nasceu em Eisleben, cidade Alemã e princípio da predestinação absoluta seria
ingressou na Ordem dos Agostinianos o responsável por explicar o destino dos
em 1505. Anos depois viajou para Roma, homens na Terra, ou seja, Deus escolheu
retornando infeliz com a corrupção e quem teria direito à salvação eterna
ganância do clero. Aprofundando seus mediante a conduta de cada indivíduo.
conhecimentos religiosos, confluiu que a
fé, e não as obras, seria o único De acordo com Max Weber, o
instrumento de salvação, graças à elogio calvinista de atuação feito ao
misericórdia divina. Lutero fixou na trabalho e à economia fizeram com que
porta da igreja de Wittenberg um grande parte da burguesia europeia
manifesto público, as 95 teses, em que simpatizasse com a doutrina calvinista.
protestava contra posicionamentos da Contando com esses princípios,
igreja e apresentando elementos de sua observamos que a doutrina se expandiu
doutrina religiosa. mais rapidamente que o Luteranismo.
Veja algumas de suas teses: Em outras regiões da Europa o
21 – Estão errados os pregadores de calvinismo ganhou diferentes nomes. Na
indulgências que dizem que um homem é Escócia, os calvinistas ficaram
libertado e salvo de todo castigo dos pecados conhecidos como presbiterianos; na
pelas indulgências papais.
27 – Eles pregam que a alma voa para fora
França como huguenotes; e na Inglaterra
do Purgatório tão logo tilinte o dinheiro jogado foram chamados de puritanos.
na caixa.
45 – Os cristãos deveriam aprender que Na Inglaterra, o rei Henrique VIII,
todo aquele que vê um homem necessitado e não decidiu alterar a religião oficial do país.
o socorre, e depois dá dinheiro para perdões, não Concebeu uma igreja com liturgias
está comprando para si a indulgência do papa,
mas a cólera de Deus.
semelhantes do catolicismo, porém com
82 – Por que o papa não esvazia o o líder supremo o monarca inglês no
Purgatório apenas por caridade, se o faz através lugar do papa. Foi decretada então no
do dinheiro que emprega na construção de uma ano de 1534, provendo da recusa do papa
basílica? de anular o casamento de Henrique com
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H. Wace e C. A; Burch Hein (orgs.). First
sua primeira esposa, para que pudesse se
Principles of the Reformations. In: Coletânia de casa com Ana Bolena. O rompimento
documentos históricos para o primeiro grau. São trazia a vantagem de acabar com a
Paulo, CENP, 1978. P.81-82. influência da igreja na política da
Inglaterra e deixava a nobreza local livre Diversos acontecimentos resultaram na
para apossar-se das terras e dos bens da queda do feudalismo, ascensão das
igreja. monarquias nacionais e fortificação do
poder do rei. A diminuição da servidão,
Mediante ao disparar dos as revoltas dos camponeses e o
protestantes, a igreja católica começou a fortalecimento do comércio foram
sujeitar os “revoltosos” a punições, o que fatores significantes neste processo.
não deu muito certo. Em Classes, como os nobres e a burguesia,
aproximadamente 50 anos, as igrejas enxergavam benefícios no crescimento
protestantes já tinham o apoio de cerca da autoridade do rei, como a melhora da
de 40% dos países europeus. Então, segurança pública, uniformização da
como mais uma tentativa de barrar a moeda e legitimação de leis, visando o
expansão, os papas Paulo III (pontífice desenvolvimento econômico.
1534-1549), Paulo IV (de 1555-1550),
Pio V (de 1566-1572) e Sisto V (de 1585 Os governos das monarquias
a 1590), começaram o projeto de Conta- nacionais criaram caminhos que
Reforma. garantiam o controle político do Estado
para auxiliar na solidificação do mesmo.
Dentre as medidas tomadas pela A burocracia administrativa, por
Contra-Reforma está a criação da Ordem exemplo, foi um corpo de funcionários
dos Jesuítas, fundado pelo religioso que desempenhavam as tarefas
católico militar espanhol Inácio de relacionadas a administração pública.
Loyola em 1534. Considerados os Também foi desenvolvido uma força
“soldados da igreja”, tinham o objetivo militar permanente voltada para a
de combater ampliação do segurança, leis e justiça unificada atuante
protestantismo. Um de seus maiores no território do Estado. Também foi
feitos se deu na catequização dos não- estabelecido o sistema tributário, regular
cristões dos continentes recém e obrigatório, para sustentar as despesas
descobertos. do governo e da administração pública.
Poucos anos depois, em 1545, o Apesar da solidificação dos
papa Paulo III, convocou um concílio, Estados nacionais seja uma qualidade da
conhecido por Concílio de Trento. Trata- Idade Moderna, esse sistema não ocorreu
se de um conjunto de decisões que ao mesmo tempo em todo o continente
procuraram garantir a união católica e a europeu. Em Portugal, Espanha, França
disciplina eclesiástica: reforçaram regras e Inglaterra, a concentração do poder
essenciais da doutrina, a crença na levou à composição dos Estados
“certeza do poder papal” e o domínio do nacionais. Na Alemanha e na Itália, por
clero na interpretação correta da Bíblia. exemplo, o regime de centralização
Foi reafirmado que a salvação humana territorial e política ocorreu apenas no
dependia da fé e, com o retorno da século XIX.
Inquisição, foi listado os livros proibidos
e confirmada a autorização do papa para Expansão comercial-marítima
utilização dos métodos de tortura como
forma de obtenção de informação e No século XI, Portugal pretendiam
confissão. expandir suas atividades do comércio
marítimo. Em época, os italianos eram
Centralização política e sociedades soberanos e donos de quase toda
nacionais movimentação de especiarias e artigos
de luxo vindo do Oriente, revendendo na
Europa com lucros altíssimos. Para
envolver-se no comércio oriental, 22 de abril, os portugueses avistaram, um
Portugal então teria de romper o monte, que recebeu o nome de monde
monopólio dos italianos, que Pascoal e a terra foi batizada de Vera
dominavam o mediterrâneo. Tendo Cruz, posteriormente o nome adotado
como suporte projetos de navegadores, mudou para Brasil.
buscaram pelo oceano Atlântico rotas
alternativa para chegar as Índias. Cristovão Colombo, em Diários da
descoberta da América, escreveu:
Os europeus viam nas navegações,
inúmeras possibilidades de “(...) vieram nadando até os barcos dos
navios onde estávamos, trazendo papagaios e fio
enriquecimento e desenvolvimento dos de algodão em novelos e lanças e muitas outras
Estados. Na expansão marítima, seus coisas, que trocamos por coisas que tínhamos
maiores impulsos que os levaram ao mar conosco, como miçangas e guizos. (...) Andavam
foram: conquista de Constantinopla, que nus como a mãe lhes deu à luz; inclusive as
estava sob domínio dos Turcos; mulheres. (...). Todos, sem exceção, são de boa
estatura, e fazem gesto bonito, elegantes. (...).
necessidade de novos mercados, novos Devem ser bons serviçais e habilidosos, pois noto
consumidores do artesanato e que repetem logo o que a gente diz e creio que
manufaturas europeias; falta de metais depressa se fariam cristãos; me pareceu que não
preciosos, que estavam escassos na tinham nenhuma religião.”
Europa para fabricação de moedas;
interesse dos Estados nacionais, Referências
aumentando o poder do rei; propagação
ABREU, Capistrano de. Capítulos
da fé cristã, algo do entusiasmo
de história colonial. Belo Horizonte/ São
cavaleiresco e do ideal das Cruzadas.
Paulo, Itatiaia/Edusp, 1998.
No século XV, não havia um
AQUINO, Rubim S. L. &
conhecimento da forma exata do planeta LEMOS, Nivaldo J. F. História das
e os mares assombravam, mas a
sociedades: das sociedades modernas às
possibilidade de enriquecimento e de sociedade atuais. Rio de Janeiro, Ao
viver em melhores condições faziam
Livro Técnico, 1983.
com que muito participassem. Os
alojamentos da tripulação eram imundos BAKHTIN, Mikhail. A cultura
e apertados, e as viagens, longas e popular na Idade Média e no
desconfortáveis, muitos morriam. Renascimento: o contexto de François
Porém, diversas inovações técnicas e o Rabelais. São Paulo/Brasília,
progresso tecnológico contribuíram para Hucitec/Unb, 1987.
o desenvolvimento da navegação de
longa distância, como a caravela, a BURNS, Edward McNall.
cartografia e bússola. História da civilização ocidental. Porto
Alegre, Globo, 1977.
Uma das grandes aventuras
portuguesas, que durou quase um século, COLOMBO, Cristovão. Diários
resultou na chegada de Vasco da Gama da descoberta da América: as quatro
às Índias. Retornaram em 1499, com um viagens e o testamento. Porto Alegre,
carregamento em 60 vezes o custo da L&PM, 1999.
expedição. O rei, D. Manoel, decidiu
então enviar novamente à Índia uma FRANCO Jr., Hilário. A Idade
poderosa esquadra liderada por Pedro Média: o nascimento do Ocidente. São
Álvares Cabral. No decorrer da viagem, Paulo, Brasiliense, 1982.
ocorreu um afastamento da costa
africana, propositalmente ou não, no dia
ISAAC, Jules &ALBA, André.
Tempos modernos. São Paulo, Mestre
Jou, 1968.

SEVCENKO, Nicolau. O
Renascimento. São Paulo, Atual, 1994.

SILVA, Janice Theodoro da.


Descobrimentos e Renascimento. São
Paulo, Contexto 1991.

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