Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resenha Kleiman Unicamp
Resenha Kleiman Unicamp
Letras,1995.
O texto discorre sobre a importância dos estudos sobre o letramento. A autora (Kleiman,
1995) coloca que as pesquisas sobre o letramento atualmente implicam tanto o interesse
social, na busca da transformação de uma realidade, que marginaliza grupos sociais que
não conhecem a escrita. E que o conceito de letramento começou a ser usado nos meios
acadêmicos para “... separar os estudos sobre “o impacto social da escrita” dos estudos
sobre “alfabetização”, que mostram práticas individuais sobre a escrita...” (p. 15).
Kleiman (1995) explica sobre a importância da oralidade como objeto de análise, nos
estudos do letramento, já que muitas crianças já possuem estratégias orais letradas, antes
tem características da oralidade letrada. Ela se reporta a Scribner e Cole, (1981) para
definir o letramento “... como um conjunto de práticas sociais que usam a escrita,
Depois Kleiman (1995) fala um pouco dos estudos sobre letramento relacionando com a
escola e dá uns bons toques para reflexão sobre o papel dessa instituição. Ela coloca,
por exemplo, que a escola preocupa-se apenas com um tipo de prática de letramento,
que é a alfabetização e se encarrega de introduzir formalmente os sujeitos no mundo da
escrita, enquanto que as outras instituições com a família, a igreja, a rua, mostram
Kleiman (1995) situa que as práticas de uso da escrita na escola estão calcadas numa
concepção de letramento denominada por Street (1984) de modelo autônomo que “...
Assim a escrita representaria uma ordem distinta da oral, visando a dicotomização entre
a oralidade e a escrita, não considerando que ambas partilham traços comuns, porque
argumentos para reproduzir o preconceito entre esses grupos. E ainda, atribui “poderes”
e qualidades intrínsecas a escrita, e por extensão, aos povos ou grupos que a possuem, e
tenta mostrar que há uma relação entre a escrita e mobilidade social, o que não se
Outra concepção de letramento, oposta a essa e também definida por Street (op. cit) é o
modelo ideológico, que afirma que as práticas de letramento, são “... social e
grupo social dependem dos contextos e situações em que ela foi adquirida...” (p. 21).
Esse modelo deixa claro que todas as práticas de letramento são aspectos da cultura e
das estruturas de poder numa sociedade. Não visa uma negação do modelo citado
representa...” (p. 39). Pois como a Kleiman (1995) diz, a correlação simplista entre
complexidade do fenômeno (p. 39). E ainda que “... as práticas de letramento mudam
que a escrita constitui parte essencial para fazer sentido da situação, tanto em relação a
interpretativas...” (p. 40). Segundo a autora, os grupos com alto nível de escolarização,
grupos com adultos com menos escolarização não estendem nem o conteúdo, nem as
práticas dos eventos de letramento a outros contextos, do mesmo modo que essas
membros é que têm esse papel. E a escola por sua vez, também não faz isso, encaminha
os alunos por trilhas previamente determinadas em função de sua classe social e/ou
educação escolar.
Devemos partir do pressuposto que o quem nos interessa atingir no ensino são os
Bibliografia:
FREIRE, P. Educação como Prática da Liberdade, 10ª ed., Rio de Janeiro, Paz e
Terra, 1980.