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A BIOSFERA

1. A BIOSFERA
Entende-se por Biosfera o conjunto de todas as zonas do planeta Terra, onde é
possível encontrar formas de vida. Esta abrange parte da crusta (Geosfera), da
atmosfera e da hidrosfera, o que se traduz numa localização desde os 11 000 m abaixo
do nível do mar, até aos 9 000 m acima desse nível.

1.1 DIVERSIDADE
A vida na Terra pode assumir várias formas, desde as mais simples bactérias, passando
pelos fungos, até aos mais complexos mamíferos ou plantas de grande porte, as
diferenças são evidentes. Há, no entanto, algo comum a todas as formas biológicas:
todas, sem exceção, são constituídas por células.

A Biodiversidade pode ser analisada sob três perspetivas diferentes:


 Diversidade genética – refere-se ao facto de cada indivíduo, ainda que da
mesma espécie, ser geneticamente diferente dos outros, ou seja refere-se
à variabilidade dentro da própria espécie;
 Diversidade de espécies – refere-se à riqueza de espécies de seres vivos
que se podem encontram à escala local, regional ou global;
 Diversidade ecológica – refere-se à diversidade de comunidades nos
diferentes ecossistemas.
 

1.2 ORGANIZAÇÃO
Os seres vivos estabelecem relações indissociáveis entre si (componente biótica) e com
o ambiente físico em que se encontram (componente abiótica – água, luz,
temperatura, solo, etc.), interagindo mutuamente. Esta relação entre fatores bióticos e
abióticos, que ocorre num determinado meio, constitui um Ecossistema. Num
ecossistema há um perfeito equilíbrio entre os referidos fatores, com vista a um
objetivo e com base numa troca de matéria e energia. Os ecossistemas podem ser
mais ou menos complexos, como por exemplo, uma floresta tropical, ou uma simples
gota de água com presença de microrganismos.
Ao local onde os organismos de um Ecossistema vivem dá-se o nome de Biótopo. O
conjunto de seres vivos, de diferentes espécies, que existem num determinado
ecossistema designa-se comunidade, por outro lado designa-se população ao conjunto
de seres vivos da mesma espécie que vivem numa determinada comunidade. Define-se
como espécie o conjunto de seres vivos com características semelhantes, que se
possam reproduzir entre si e originar descendência fértil.

Das várias relações que se estabelecem entre os seres vivos, as mais evidentes são as
relações tróficas ou alimentares. Estas podem ser representadas sob a forma
de cadeias alimentares, que integram conjuntos mais amplos e complexos,
constituindo as redes ou teias alimentares.

Os decompositores atuam ao longo de todos os níveis tróficos da cadeia alimentar


transformando matéria orgânica (cadáveres, fezes, etc.), em matéria inorgânica,
assegurando desta forma a devolução dos minerais ao meio ambiente. São exemplos
de decompositores os fungos e um grande número de bactérias.

1.3 EXTINÇÃO E CONSERVAÇÃO


O desequilíbrio causado a um Ecossistema, que coloque em causa a perfeita harmonia
entre os fatores bióticos e abióticos e a as trocas de energia e de matéria que ocorrem
entre estes, pode levar à extinção de espécies ou à destruição do próprio Ecossistema.

Ao longo da história da vida na Terra, um sem-número de espécies terão surgido,


evoluído e ter-se-ão adaptado às alterações do meio, no entanto, outras tantas terão
sido extintas. Atualmente, a interferência humana nesse ciclo natural, através da sobre
exploração (pesca e caça intensivas), agricultura intensiva, excesso de urbanização,
poluição e desflorestação, entre outros, acelera cada vez mais o processo de extinção.

No sentido de inverter essa tendência, nas últimas décadas, foram criadas áreas


protegidas (Parques Nacionais, Parques e Reservas Naturais, Áreas de Paisagens
Protegidas e Sítios Classificados) em alguns ecossistemas privilegiados. Desta forma
evita-se a sobre-exploração de recursos naturais e a intervenção humana está
condicionada e sujeita a regulamentos específicos.

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