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Redes 5G – Uma Introdução à Próxima Geração da

Rede Móvel Celular


Agenda
▪ Evolução e cenários do 5G.
▪ Requisitos para os cenários 5G.
▪ 5G para áreas remotas.
▪ Principais tecnologias para 5G.
▪ Contribuições do Inatel
▪ O projeto 5G-RANGE
▪ Análise de desempenho.

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Evolução e Cenários para 5G

3
Breve história

▪ 1G – Liberdade para ligar para alguém.

▪ 2G – Digitalização e introdução do SMS.

Maior vazão!
▪ 3G – Multimídia e Internet.

▪ 4G – Alta taxa e acesso a vídeos.

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Cenários para 5G

mMTC URLL
Inatel Slide 5
Cenários para 5G

The Cloud

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eMBB – Aplicações
▪ Vídeo 3D e 4K em qualquer lugar.

▪ Realidade aumentada.

▪ Realidade virtual.

▪ Transferência massiva de dados.


mMTC – Aplicações
▪ V2X.

▪ Logística

▪ Cidade inteligentes.

▪ Big Data.
URLL – Aplicações
▪ Indústria 4.0.

▪ Cirurgia remota

▪ Controle de longa distância


Requisitos para
as Redes 5G
eMBB

▪ Acesso banda larga

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eMBB

▪ Conexões em eventos / áreas altamente densas.

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eMBB

▪ Conexões em centros comerciais.

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mMTC

▪ Comunicação de sensores e atuadores.

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mMTC

▪ Drones e cidades inteligentes.

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mMTC

▪ Comunicação Veicular.

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URLL

▪ Controle remoto de longa distância

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5G para áreas remotas
5G para áreas remotas
▪ Grande parte da população mundial é desconectada.
▪ 3.9 bilhões de pessoas em todo o mundo não possuem
acesso à Internet hoje [1].

Reproduction from [1].

[1] Imme Philbeck, CONNECTING THE UNCONNECTED Working together to achieve Inatel Slide 19
Connect 2020 Agenda Targets, ITU White Paper, 2017.
5G para áreas remotas

▪ Impactos econômicos desejados:


▪ Aumento de mercado para as operadoras.
▪ Cobertura rodoviária.
▪ Aumento de produtividade em fazendas inteligentes [2].
▪ Monitoramento da produção rural e ambiental [2].

[2] M. Ryu, J. Yun, T. Miao, I. Y. Ahn, S. C. Choi and J. Kim, "Design and implementation of a connected farm for smart farming system," 2015 IEEE SENSORS, 2015.
5G para áreas remotas
▪ Um novo cenário é necessário para áreas remotas.
Taxa de Pico
10 Gbps
Latência
< 1ms

Raio de Cobertura # Conexões


> 50 km > 100k
Principais Tecnologias

▪ Millimeter waves
▪ Small cells
▪ Massive MIMO
▪ Nova forma de onda
▪ Códigos corretores de erro potentes

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Millimeter waves

▪ Princípios e vantagens:
❑ ondas milimétricas: f >18 GHz – espectro desocupado
❑ acesso a maior largura de faixa: Bw > 1 GHz
❑ menor comprimento de onda – antenas menores
❑ principais frequências para 5G: 26 GHz (Europa) e
28 GHz (EUA e Ásia).

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Millimeter waves

▪ Principais desafios
❑ alta atenuação por espaço livre – cobertura de metros
❑ baixa penetração em obstáculos – requer visada direta
❑ custo mais elevado dos elementos de RF.

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Small cells

▪ Princípios e vantagens:
❑ aumento da capacidade por km2
❑ compensação da alta perda por propagação em ondas
milimétricas
❑ menor latência
❑ melhor atendimento para os usuários nas bordas da
células

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Small cells

▪ Principais desafios
❑ custo de implantação
❑ interferência entre células
❑ dificuldade de infraestrutura em ambientes externos
(alimentação e backhaul)
❑ manutenção

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Massive MIMO

▪ Princípios e vantagens:
❑ elevado número de antenas na base station
❑ formatação de feixe para compensar a perda de canal
❑ múltiplas antenas no terminal móvel (antenas pequenas)
❑ altíssima eficiência espectral

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Massive MIMO

▪ Princípios e vantagens:
❑ Maximum-ratio transmission maximiza a SNR apenas na
posição do terminal desejado 𝑁

𝐶መ = ෍ ℎ𝑖1 2 𝐶
𝑖=1
Precoder

UE
Tx 1
...

𝐶መ = ෍ ℎⅈ∗1 ℎ𝑖 2 𝐶 ≈ 0 UE
𝑖=1 2 Slide 29
Massive MIMO

▪ Principais desafios
❑ estimar o canal entre as antenas transmissoras e
receptoras na BS – TDD é fundamental
❑ sistema de alimentação das centenas de antenas

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Forma de onda

▪ Tecnologia atual – Orthogonal Frequency Multiplexing


1
cos(0t) cos(0t)
2N
i'0

i0 4N
i 0+jq0 Re T c'0
c0 Cplx q Re
Im 0 Cplx
T
4N Im
-1
2N sin(0t) q'0
1
2N cos(1t) -sen(0 t)
i1 cos(1t)
i 1+jq1 Re i'1

c1 Cplx 4N


q
Im 1 s (t) sr(t) c'1
bk cn=in+jqn T Re Conversor
Modulador Conversor
. canal Cplx

Digital Serial/Paralelo -1
sin(1t) 4N Im Paralelo/Serial c'n=i'n+jq'n b'(t)
. .
2N
T Detector
. -sen(1t)
. q'1
.
.
1
2N cos( N-1t) .
iN-1 +jq N-1 Re
iN-1 .
cN-1 Cplx q cos( N-1t)
Im N-1 i'N-1

4N
-1 T Re c'N-1
2N sin( N-1 t)
Cplx

4N Im
T
q'N-1
-sen(N-1t)

❑ portadoras ortogonais são usadas para transmitir símbolos


QAM em canais seletivos em frequência.
❑ processamento digital de sinais reduz a complexidade.

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Forma de onda

▪ OFDM empregando iFFT e FFT.


i0+jq 0
c0
i 1+jq 1
c1 Sinal
m(t) Modulador c(t) cn=in+jqn . Canal
Amostrador Conversor . IFFT Complexo
Digital fs =Rs
Serial/Paralelo . . N amostras Complexo
. .
iN-1 +jqN-1
c N-1

i'+jq'
0 0
c' 0
i'1+jq' 1
c' 1
m'L c'L Conversor . . r(m)
Detector . . FFT Amostrador
Serial/Paralelo . . N amostras fs =Rs

i'N-1 +jq'N-1
c' N-1

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Forma de onda

▪ Prefixo cíclico para proteção do símbolo OFDM.


1
Tempo de Sinal desejado Símbolo
guarda Posterior
0.5

s(t)
0
s(t)

t -0.5

T T Tempo de
0.5 guarda

Os múltiplos percursos
s(t- t)

0
introduzidos pelo canal
resultam em variação de -0.5
Símbolo
t
Interferência Intrasímbolo
amplitude e rotação de fase -3
0
Anterior
0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4

em cada subportadora. Tempo [s]

Tempo útil

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Forma de onda

▪ Principais desafios para utilizar o OFDM em eMBB


❑ baixa flexibilidade
❑ alta emissão fora da faixa
❑ alta PAPR

▪ Uma versão derivada do OFDM será empregada pelo


3GPP para o cenário eMBB.

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Forma de onda

▪ O OFDM apresenta alta emissão for a da faixa.


❑ Filtragem e janelamento podem ser usados para minimizar
o problema.

OFDM
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Forma de onda
Problema do OFDM - Eficiência espectral e energética
Prefixo cíclico desperdiça energia e vazão!

OFDM CP CP OFDM CP OFDM

CP protege os dados
E se houvesse um esquema de modulação que
dos multipercursos.

empregasse apenas um CP para vários subsímbolo?


Subsímbolo Subsímbolo Subsímbolo
CP

Recursos disponíveis

O desperdiço de energia e banda


devido ao CP pode ser reduzido.
Forma de onda

▪ Filter Bank Multicarrier.


❑ Cada subportadora é filtrada individualmente.
❑ Portadoras não são ortogonais entre si.
❑ Offset e rotação de fase das subportadoras garantem a
ortogonalidade.
 K −1  K −1
x[n] =   ( k , m ) k , m [ n] + j
 d
m =− k = 0
g ( )
  ( k , m ) k , m [ n]
 d
m =− k = 0
g ( )

 k  
g ( )
k ,m [n] = g  n − mK  exp  − j 2 n + j k 
 K 2 

  1   k  
g k( ,m) [n] = g  n −  m +  K  exp  − j 2 n + j k 
  2   K 2 
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Forma de onda

▪ Filter Bank Multicarrier: diagrama em blocos.

❑ Rotações de fase introduzidas pelo canal resultam na


quebra da ortogonalidade.
❑ Equalização é necessária para retomar a ortogonalidade.
❑ Detecção é feita com filtro casado.
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Forma de onda

▪ Generalized Frequency Division Multiplexing:


❑ Forma de onda com K subportadoras e M subsímbolos.
❑ Cada subportadora é filtrada por um filtro protótipo
deslocado na frequência.
❑ Cada subsímbolo é deslocado ciclicamente no tempo em K
amostras.

K −1 M −1
 k 
x[n] =  d k ,m g  n − mK 
N
exp  − j 2 n CP
k =0 m=0  K 

K −1 M −1
x[n] =  d k ,m g k ,m [n] …
k =0 m=0
Forma de onda

▪ Generalized Frequency Division Multiplexing:


❑ Diagrama em blocos e matriz de modulação.
Forma de onda

▪ Generalized Frequency Division Multiplexing:


❑ Detectores são derivados da matriz de modulação.

Requer equalização prévia


Forma de onda

▪ Generalized Frequency Division Multiplexing:


❑ Diversas formas de onda são casos particulares do GFDM.

IDFT
OFDM QAM CP
N

overlap
SC-FDMA IDFT

P/S
QAM S/P DFT CP
M KM

overlap
IDFT
GFDM sub-

P/S
QAM S/P DFT
carrier CP
M filter
KM

overlap
offset sub-
FBMC
P/S
S/P carrier IDFT
QAM filter
Forma de onda

▪ Comparação de desempenho: emissão fora da faixa.


Forma de onda

▪ Comparação de desempenho: PAPR.


Forma de onda

▪ Comparação de desempenho: taxa de erro.


Codificação de canal

▪ Princípios e vantagens:
❑ Aumentar a robustez da informação em canais móveis.
❑ Manter elevada eficiência espectral.
❑ Flexibilidade para diferentes configuraçõesm em função
da qualidade do canal.
❑ Dois códigos são considerados: LDPC e Polar

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Codificação de canal

▪ Principais desafios:
❑ decodificadores LDPC são complexos e demandam
muitos recursos de hardware.
❑ decodificadores Polar podem ser mais simples mas
precisam de um CRC e maior complexidade para atingir o
melhor desempenho
❑ Polar codes possuem comprimento 2n e precisam ser
puncionados.

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CoMP

▪ Cooperative Multipoint:
❑ Alta densidade de células resulta em grande interferência.

- Gerenciamento de
interferência é imprencidível,
principalmente para manter
QoS no limiar das células.

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CoMP

▪ Cooperative Multipoint: recebe informações de


tráfego das BSs e gerencia a comunicação para
evitar interferências.

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CoMP

▪ Existem diversos algoritmos para o CoMP.


▪ Dynamic Point Blanking é uma solução simples, que
requer pouca troca de informação com as BSs.
DBP Scheduler

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CoMP

▪ Funcionamento do DPB

Pivot Central Unit


BS DBP

RB RB RB
RB2
RB1 RB2
RB1
allocation RB0
RB1
RB2
allocation allocation
CoMP

▪ Essa abordagem simples aumenta a capacidade da


rede em situações de alta densidade de tráfego

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Contribuições do
Objetivos

▪ Redes 5G

- Modelo de referência flexível.

- Atender aos requisitos específicos.

- Contribuir com a evolução do padrão.

- Produzir conhecimento na área.

- Capacitar profissionais.
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Implementação

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• Requisitos para a plataforma de desenvolvimento
▪ Flexibilidade para usar diferentes linguagens.
▪ Ambiente para integração de blocos desenvolvidos de
formas diferentes.
▪ Alta capacidade de processamento.
▪ Habilidade para agregar processamento em hardware e em
software ao mesmo tempo.

PXI with FlexRio (Kintex-7)


USRP 2952R transceptor NI 5791.
Implementação

▪ Implementação flexível usando SDR.


▪ Nova forma de onda: GFDM.
▪ Código de canal: Polar Coding.
▪ MIMO para diversidade.
▪ Implementação em tempo real.

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Demonstração
Base Station
▪ Primeira transmissão 5G no Brasil com tecnologia
nacional em Brasília em 31 de Agosto de 2017.

Mobile station
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Demonstração

Inatel Slide 59
Reconhecimento

▪ Premiação internacional – EUCNC 2017 em Oulu, Finlândia.

Grand Challenge

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Projeto
Motivações

Grande parcela da população vive em áreas sem cobertura.


São aproximadamente 4 bilhões de desconectados.
Mercado promissor para operadoras rurais.
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Algumas aplicações

Monitoramento
Cobertura
Automação
Educação Ambiental
rodoviária
dos Digital
e Inclusão
Campos de Gado
Monitoramento

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Especificações

▪ Grande cobertura
- Regiões com baixa densidade
populacional demandam super
células
- Alvo do 5G-RANGE: 50 km

▪ Conexão de banda larga


- Conexão banda-larga de qualidade e
alta confiabilidade
- Alvo do 5G-RANGE: 100 Mbps na
borda da célula

▪ Mobilidade
- Suporte para drones, carros e trens
- Alvo do 5G-Range: 120km/h
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Parceiros

Inatel Slide 65
Principais Tecnologias

▪ Novas formas de onda.


▪ Códigos mais potentes.
▪ MIMO.
▪ Rádio Cognitivo

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Uso oportunista

▪ Baixa emissão fora da baixa.


▪ Uso de rádio cognitivo na banda ociosa de UHF.

Oportunidade

TVD TVD
TVA 5G

frequência
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Testes Preliminares

•Teste de campo em
Santa Rita do Sapucaí

▪ Cobertura
▪ Vazão
▪ Robustez
▪ Modelo de canal
▪ Convivência com legado.

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Teste de campo

BS
BS Power 20 W + 20 W (2 antennas)
Distance 8,14 km
Tx Power 6,3 W + 6,3 W
Rx Level -61,35 dBm (outdoor)
Tx Antennas Yagi, 9dBi, H32°, V50°, UHF
Mod. Cod. Rate MER BER
fc 734 MHz

BW 6 MHz Distance 7,51 km QPSK Polar 1/2 - - -

Elevation 1397 m Rx Level -55,76 dBm (outdoor)


64QAM Polar 3/4 22 Mbps 21,34 dB 0
Antenna Heigth 10 m Mod. Cod. Rate MER BER
QPSK 256QAM Polar 5/6 - - -
Direction Pointed to EMMC Polar 1/2 5 Mbps 39,69 dB 0
Distance 8,14 km
64QAM
Polar 3/4 22 Mbps 31,63 dB 0
Rx Level -62,3 dBm (indoor)
256QAM
Mod. Cod. Rate MER BER Polar 5/6 33 Mbps 29,75 dB 0

QPSK Polar 1/2 5 Mbps 21,25 dB 0

64QAM Polar 3/4 22 Mbps 21,52 dB 0

256QAM Polar 5/6 33 Mbps 24,2 dB 3,013e-2


Desempenho prático

▪ O quanto perdemos com a implementação prática?

Noisy channel
estimation

Implementation
loss
Convivência com a TV

ISDB-T

Inatel Slide 71
Conclusões
Conclusões

▪ 5G é um ecossistema totalmente novo, com escopo jamais


visto em nenhuma rede de telecomunicações.

▪ Existem muitas oportunidades de pesquisa nas diversas


camadas da rede.

▪ A integração de serviços e a flexibilidade também abre


espaço para inovações em aplicações desta rede.

▪ A inclusão do 5G para áreas remotas é crucial para


ultrapassarmos todos os limites da conectividade e para
atender as demandas de países de dimensões continentais.
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Muito obrigado pela atenção
Luciano Mendes luciano@inatel.br

@5G Range

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