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LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, CRENÇA RELIGIOSA, CONVICÇÃO FILOSÓFICA OU POLÍTICA E

ESCUSA DE CONSCIÊNCIA (ART. 5º, VI E VIII)*

A constituição Federal prevê que ninguém será privado de direitos por motivos de crença
religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação
legal a todos impostas e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei, pois:

"a liberdade de consciência constitui o núcleo básico de onde derivam as demais liberdades do
pensamento. É nela que reside o fundamento de toda a  atividade  político-partidária, cujo
exercício regular não pode gerar restrição aos direitos de seu titular".

Igualmente, o art. 15, IV, da carta federal, prevê que a recusa de cumprir obrigação a todos
imposta ou´prestação alternativa acarretará a perda dos direitos políticos.

Dessa forma, dois são os requisitos para privação de direitos em virtude de crença religiosa ou
convicção filosófica ou política: não-cumprimento de uma obrigação a todos imposta e
descumprimento de prestação alternativa, fixada em lei.

O direito à escusa de consciência não está adstrito simplesmente ao serviço militar obrigatório,
mas pode abranger quaisquer obrigações coletivas que conflitem com as crenças religiosas,
convicções políticas ou filosóficas, como, por exemplo, o dever de alistamento eleitoral aos
maiores de 18 anos e o dever de voto aos maiores de 18 anos e menores de 70 anos (CF, art.
14, parágrafo 1º, I e II), cujas prestações alternativas vêm estabelecidas nos arts. 7º e 8º do
Código Eleitoral (justificação ou pagamento de multa pecuniária), e, ainda,
à obrigatoriedade do Júri.

Liberdade religiosa e Estado Laico ou leigo.

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