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10º Ano Física e Química A

QUARKS

DEFINIÇÃO
 A existência de quarks foi proposta apenas em 1964, quando o físico
Murray Gell-Mann e George Zweig, descobriram que, para explicar as
propriedades dos protõ es e neutrõ es, era necessá rio que fossem
compostos de partículas menores.
 Trata-se de uma partícula elementar dotada de carga elétrica fracioná ria
e um dos dois elementos bá sicos que constituem a matéria.
 Um quark é qualquer das 36 hipotéticas partículas que se pensa serem os
constituintes das partículas elementares chamadas hadrõ es (partículas que
participam nas interaçõ es nucleares fortes). Os mais está veis desse tipo sã o
os protõ es e os neutrõ es, que sã o os principais componentes dos nú cleos
atô micos.

MECÂNICA QUANTICA
- A investigaçã o da estrutura ató mica iniciada em finais do século passado permitiu
descobrir o eletrã o, o protã o e alguns mecanismos fenomenoló gicos do á tomo. A
mecâ nica quâ ntica deu significativos contributos e levou à descoberta do neutrã o.
A entrada em funcionamento dos grandes aceleradores de partículas, desde a
década de 50, tem permitido a realizaçã o de experiências que levaram à deteçã o de
uma variedade sempre crescente de partículas subató micas de vida efémera (como
os hadrõ es, leptõ es e mesõ es). O crescente nú mero de hadrõ es conhecidos levou à
convicçã o de que estes nã o seriam verdadeiramente partículas elementares, mas
sim partículas compostas.

Profº Daniel Duarte Henrique Alves nº 15, 10ºB


10º Ano Física e Química A

TIPOS DE QUARKS
- À medida que novos hadrõ es iam sendo conhecidos, a constituiçã o dos quarks
foi-se complicando ao longo de três "geraçõ es". Consideram-se, atualmente, seis
tipos bá sicos de quarks, aos quais foram dados os nomes de cima, baixo,
encantado, estranho, topo e fundo, representados pelas letras u, d, c, s, t, b, iniciais
das designaçõ es inglesas (up, down, charm, strange, top, bottom).
 Up (para cima) – O mais leve dos tipos. Um protã o possui dois up em seu
interior e um neutrã o possui um.
 Down (para baixo) –  Atua em dupla com o up na constituiçã o da matéria.
Um protã o possui um down e um neutrã o possui dois.
 Charm (charme) – é maior que o up e que o down, entretanto, só é
percetível em aceleradores de partículas.
 Strange (estranho) – é o par do charm e também muito pesado para
permanecer inteiro na natureza. Existiu apenas nos primó rdios da criaçã o
do Universo.
 Top (topo) – é o mais pesado dos quarks e sua massa é igual a de um á tomo
de ouro.
 Bottom (fundo) – Do mesmo modo que os anteriores, é muito pesado para
os dias de hoje. Tendo uma duraçã o nos aceleradores de apenas um
milionésimo de milionésimo de segundo.

PROPRIEDADES DOS TIPOS DE QUARKS


CARGA ELÉ TRICA:
- Aos quarks u, c e t foi atribuída a carga +2/3, e aos quarks d, s e b a carga -1/3, da
carga do eletrã o.

CARGA DE COR:
- Para além desta, é postulada a carga de cor: cada tipo bá sico de quark pode
aparecer com uma de três cores a que se convencionou chamar vermelho, verde e
azul.

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10º Ano Física e Química A

SPIN:
- Na mecâ nica quâ ntica o termo spin associa-se, sem rigor, à s possíveis orientaçõ es
que partículas subatô micas carregadas, como o protã o e o eletrã o, e alguns nú cleos
atô micos podem apresentar quando imersas em um campo magnético.
- Os quarks sã o partículas de Spin-½, o que implica que eles sã o fermiõ es
(partícula elementar de spin semi-inteiro) de acordo com o Teorema da estatística
do spin.

ANTIQUARKS
 As antipartículas de quarks sã o chamadas antiquarks, e sã o indicados por
uma linha sobre o símbolo para o quark correspondente. Tal como
acontece com a antimatéria em geral, os antiquarks possuem a mesma
massa, a mesma meia-vida, e o mesmo spin para cada um de seus
respetivos quarks, mas a carga elétrica e as demais cargas possuem sinais
opostos.
- Foi postulada a existência dos antiquarks (devido à simetria exigida pela
mecâ nica quâ ntica), que originou as tais 36 partículas.

Ao hipotético transportador de força entre quarks foi dado o nome de gluão:


 partículas fundamentais que agem como partículas de troca para a força
forte entre quarks.
Os quarks interagem entre si e mudam de cor através dos gluõ es. E é essa
interaçã o que faz com que os quarks permaneçam juntos. O estudo dessas
interaçõ es é chamado de cromodinâ mica quâ ntica.

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PARTÍCULAS FUNDAMENTAIS CONSTITUINTES DA MATÉRIA


LEPTÕ ES E QUARKS:
1
- Leptõ es sã o partículas de spin , sem cor, que podem ter carga elétrica ou nã o. O
2
eletrã o é o leptã o mais familiar. Os outros leptõ es sã o o muã o, o tau e os três
neutrinos (neutrino do elétron, neutrino do muã o e neutrino do tau).

TEORIA QUE ESTUDA OS QUARKS


A teoria que estuda a dinâ mica de quarks e das cargas hadrô nica é chamada de
Cromodinâ mica Quâ ntica.
Os hadrõ es nã o manifestam a existência de carga de cor, assim como os á tomos
neutros nã o manifestam a carga elétrica por terem iguais quantidades de carga
positiva e negativa.
Considerando algumas associaçõ es de quarks globalmente "incolores", como por
exemplo juntando um quark vermelho e um antiquark antivermelho, consegue-se
construir todos os mesõ es até agora conhecidos. Outra possibilidade consiste em
formar associaçõ es de três quarks, um de cada cor, sendo o conjunto incolor: desta
forma constroem-se todos os bariõ es.
(Há dois tipos de hadrõ es: os bariõ es, formados por três quarks ou três antiquarks,
e os mesõ es, formados por um quark e um antiquark)

O QUE LEVOU À DESCOBERTA DOS QUARKS


 No começo dos anos trinta, do século passado, acreditava-se que a
estrutura do á tomo estava bem estabelecida, assim como a do nú cleo.
Nesse período, sob hipó tese de Wolfgang Pauli, em 1931, os componentes
bá sicos da matéria eram considerados os eletrõ es, protõ es e neutrõ es.
Assim, acreditava-se que o nú cleo era constituído de protõ es e eletrõ es, com
excesso de protõ es para explicar sua carga positiva. No entanto, essa possibilidade
foi descartada apó s mediaçõ es do spin nuclear.
 Alguns anos mais tarde, Hideki Yukawa propô s a existência de uma nova
partícula que seria mediadora da interaçã o a qual manteria neutrõ es e
protõ es coesos no nú cleo. Isso porque a interaçã o entre protõ es e neutrõ es
deveria ser mediada por alguma partícula, isto é, protõ es e neutrõ es
interagiriam trocando uma partícula. Tal partícula recebeu o nome de
mesã o p, ou píon.

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Contudo, notou-se a necessidade de evidenciar a conexã o bá sica existente entre


partículas de diferentes famílias, a qual, mais tarde, foi denominada de
classificaçã o octal.
 E finalmente, buscando refinar essa classificaçã o octal, os físicos Murray
Gell-Mann e George Zweig, concluíram que padrõ es do caminho ó ctuplo
resultariam de forma natural se algumas partículas fundamentais do á tomo
fossem ainda mais fundamentais. Essas partículas, portanto, foram
denominadas de quarks.

QUAL FOI O IMPACTO DO SEU DESCOBRIMENTO

 Os quarks sã o fundamentais para a nossa compreensã o do Universo. A


conceçã o do modelo quark, a sua confirmaçã o experimental, e a eventual
integraçã o no “modelo padrã o” das partículas elementares foi uma das
realizaçõ es notá veis da física de séc. XX.
 O modelo do quark forneceu a explicaçã o física mais natural para as
regularidades do espetro de hadrõ es de outra forma desconcertante.

Profº Daniel Duarte Henrique Alves nº 15, 10ºB

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