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LISTA DE OBRAS PARA LEITURA AUTÓNOMA

PORTUGUÊS – 8º Ano
 Aquilo que os olhos veem ou O Adamastor, de Manuel António Pina 
Numa história com sabor a mar, Manuel António Pina traz-nos a aventura de
Manuel, um corajoso rapaz que tudo fará para proteger o seu pai… incluindo
enfrentar o gigante Adamastor!
Atreve-te a conhecer este enredo, no qual se misturam a realidade e a imaginação, o
fantástico e o terrível, e que te surpreenderá até à última página.

 Novos Contos da Montanha, de Miguel Torga 


Esta obra retrata a dureza do mundo rural português recorrendo a uma linguagem
simples, mas cuidada.
Histórias que giram em torno de personagens duras e terrosas que têm como cenário
de fundo a paisagem transmontana que ilustram o confronto do homem contra as leis
divinas e terrestres que o aprisionam.

 O Último Grimm, de Álvaro Magalhães 


Conheces os irmãos Grimm? Os contos dos irmãos Grimm? Então ouve a história
dos irmãos Zimmer, dois jovens ingleses, seus descendentes, que, duzentos anos
depois, estão prestes a descobrir o segredo escondido por detrás dessas histórias.
Durante as férias de Verão, na Cornualha, William Zimmer descobre que herdou o
dom secreto de Wilhelm Grimm, e também o seu destino extraordinário. Agora ele
sabe que o Outro Lado anseia pela sua chegada, porque o dobro da vida é o que
espera um novo "Grimm", que é outro nome para "aquele que vê".
O que acontece às histórias quando ninguém está a olhar para elas? Abre este livro e
ficarás a saber. E verás: ladrões de tempo, uma pedra que fala, uma fábrica de nada,
um livro que se escreve por si, um bolinho de tempo que sabe a tempo e nos faz ver
as coisas como elas são, ou uma dor cor-de-rosa, que dói maravilhosamente. E ainda:
duendes, fadas, unicórnios, ogres, ciclopes, espíritos inquietos, uma princesa nascida
da rosa e um reino de escuridão e pensamento governado por uma criança, embora
terrível. Há muitas histórias à espera de serem contadas e esta é a primeira de todas: a
do último "Grimm".

 O Livro de Cesário Verde, de Cesário Verde 


Em  O Livro de Cesário Verde encontramos um dos universos poéticos mais
estimulantes e complexos de toda a literatura portuguesa. A multiplicidade de
influências que nele se cruzam não impede a sua afirmação como momento inaugural
de um discurso poético de rutura, já verdadeiramente moderno.

O carácter inovador desta poesia de finais de Oitocentos congrega pistas estéticas


várias, que foram posteriormente trilhadas pela poesia portuguesa dos finais do
século XIX e da primeira metade do século XX, revelando todas as suas
potencialidades expressivas. Contrastando com a receção obtida aquando da sua
publicação dispersa em vários jornais e revistas, o reconhecimento da importância
desta obra na poesia portuguesa é atualmente unânime.
 Bocage - Antologia Poética, de Bocage 
Treze poemas em cada livro, treze poemas como treze luas, como os treze poemas do
calendário lunar. A lua, esse ser cambiante que muda a sua face de espelho circular.
Senhora das marés, astro da fecundidade. Ritmos lunares para dar medida ao tempo,
ao tempo poético.

Este livro convida-o a ler um poema por dia, ou por semana, ou mês lunar. Depois,
pode deixá-lo a repousar numa estante, aberto na ilustração que quiser, que é, nem
mais nem menos, a leitura que André da Loba fez das palavras do poeta, para deleite
dos nossos olhos e do nosso olhar mais pessoal.

 Folhas Caídas e Flores sem Fruto, de Almeida Garrett 


Ninguém: que é preciso amar
Como eu amei - ser amado
Como eu fui; dar, e tomar
Do outro ser a quem se há dado,
Toda a razão, toda a vida
Que em nós se anula perdida.

Mergulha na leitura destas duas coletâneas, separadas por um período de dezasseis


anos da vida do poeta (1853 e 1837, respetivamente), de onde foram selecionados
alguns dos poemas mais expressivos e representativos da produção lírica garrettiana.

 Vanessa Vai à Luta, de Luísa Costa Gomes 


A Mãe diz que eu devia querer uma coisa de menina. Diz que sou uma menina e que
tenho de querer coisas de menina, senão os rapazes não gostam de mim. Já
reparaste como são estúpidos os brinquedos das raparigas?

Descobre a luta da pequena Vanessa contra os estereótipos da sociedade nesta


divertida peça de teatro escrita numa linguagem jovem e atual.

 A Ilha Encantada, de Hélia Correia 


Esta adaptação de A Tempestade, por Hélia Correia para jovens tem muito por onde
se falar. É uma peça que aborda muitos dos principais temas da obra original que,
apesar de ter sido escrita há muito tempo, ainda tem sentido nos tempos que
vivemos. Por a ação se passar numa ilha de localidade desconhecida, a
universalidade desta peça está assegurada. Além disso, toda a história leva o leitor a
um mundo maravilhoso com seres celestiais e até monstros.

 Só, de António Nobre 


"Ouvi-os vós todos, meus bons Portugueses!
Pelo cair das folhas, o melhor dos meses,

Mas, tende cautela, não vos faça mal…


Que é o livro mais triste que há em Portugal!"

De tristeza não se reveste apenas o Só, mas também de memórias de uma infância
feliz no Norte provinciano e popular: os pescadores, os pregões e a praia de Leça; as
romarias, as procissões, os sinos da igreja e os aldeões do Seixo…

 O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, de Jorge Amado 


Jorge Amado escreveu O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá em 1948, para o seu
filho João Jorge, quando este completou um ano de idade. O texto andou perdido, e
só em 1978 conheceu a sua primeira edição, depois de ter sido recuperado pelo filho
e levado a Carybé para ilustrar. Com ilustrações belíssimas, para um belíssimo texto,
a história de amor do Gato Malhado e da Andorinha Sinhá continua a correr mundo
fazendo as delícias de leitores de todas as idades.

 A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho, de Mário de Carvalho 


Uma horda de cavaleiros berberes do século XII vê-se subitamente em plena
Avenida Gago Coutinho por incúria da deusa Clio, que se deixa adormecer,
enredando na sua tapeçaria milenar os acontecimentos de 4 de junho de 1148 e 29 de
setembro de 1984.
Um elevador não para de subir. Um frade no seu convento resiste ao Dia do Juízo
Final. Um homem simples vive um quotidiano dantesco.
Um chimpanzé é capaz de reescrever a obra Menina e Moça. Um navio negro,
desarvorado, muito maltratado pelo mar, dá à costa, trazendo consigo a pestilência.
Um padre exorcista tem uma estranha particularidade anatómica.

 Os Lusíadas para Gente Nova, de Vasco Graça Moura 


Um livro admirável em que Vasco Graça Moura, um dos mais destacados poetas
portugueses, dialoga, em verso, com o texto camoniano, iluminando, esclarecendo e
exaltando o canto originário. Através de um perfeito equilíbrio entre a reescrita
modernizadora e a fidelidade à estrutura e aos significados da epopeia de Camões,
Vasco Graça Moura assina uma obra indispensável a professores, educadores e
jovens, para a compreensão fluída, correta e abrangente de Os Lusíadas pelas novas
gerações.

 Histórias da Terra e do Mar, de Sophia de Mello Breyner Andresen 


Enquanto Lúcia se deslumbra com o brilho de um mundo a que quer pertencer, Hans
desafia os mares para fazer cumprir o seu destino.
Nestas histórias, em terra e no mar, as personagens procuram a sua verdadeira vida,
que se revela nos espaços, na noite, no silêncio, no som do mar.

 Contos do Nascer da Terra, de Mia Couto 


Um pequeno flash deste novo livro de Mia Couto para deliciar os leitores: «Era uma
vez uma menina que pediu ao pai que fosse apanhar a lua para ela. O pai meteu-se
num barco e remou para longe. Quando chegou à dobra do horizonte pôs-se em bicos
de sonhos para alcançar as alturas. Segurou o astro com as duas mãos, com mil
cuidados. O planeta era leve como uma baloa. «Quando ele puxou para arrancar
aquele fruto do céu se escutou um rebentamundo. A lua se cintilhaçou em mil
estrelinhações. O mar se encrispou, o barco se afundou, engolido num abismo. A
praia se cobriu de prata, flocos de luar cobriram o areal. A menina se pôs a andar ao
contrário em todas as direcções, para lá e para além, recolhendo os pedaços lunares»

 Bichos, de Miguel Torga 


Escrito num registo peculiar marcado pelo recurso a um tom coloquial, a uma
adjetivação específica e a diversas metáforas muito expressivas sobre uma realidade
à qual se encontra intimamente ligado.
As personagens e a ação desta história têm um carácter profundamente humano com
um tom dramático e até desesperado.

 O Conto da Ilha Desconhecida, de José Saramago 


Um homem foi bater à porta do rei e disse-lhe, Dá-me um barco.
Situada num tempo e num espaço indeterminados, a história do homem que queria
um barco para ir à procura da ilha desconhecida promete ser a história de todos os
homens que lutam contra as convenções em busca dos seus sonhos e de si próprios.

 História Breve da Lua, de António Gedeão 


Vou contar-vos uma história
que espero que vos agrade.

Diz essa história que outrora


a superfície da Lua
não era como é agora…

Descobre a história (breve) da Lua, nesta divertida peça escrita em verso, com um
toque sublime de imaginação.

 A Abóbada, de Alexandre Herculano 


O arquiteto português Afonso Domingues desenha uma complexa abóbada para o
Mosteiro da Batalha, mas fica cego, em 1401, antes de a edificar… O rei D. João I
contrata, então, um arquiteto irlandês, mestre Ouguet, para a terminar, que não
acredita no projeto inicial. Uma delas desaba... a outra ainda hoje lá está! Mas a de
quem?
A história da construção desta abóbada podia ser um simples e aborrecido relato, mas
é digna de um romance elaborado. Assim é este e muitos outros episódios da História
de Portugal, que Alexandre Herculano tão bem soube glorificar!

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