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Autor:
Carlos Xavier
Aula 09
12 de Janeiro de 2020
Carlos Xavier
Aula 09
Sumário
4.2. MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO FINANCEIRA DOS ESTOQUES: CUSTO MÉDIO, PEPS,
UEPS, CUSTO DE REPOSIÇÃO, CUSTO ESPECÍFICO ....................................................................... 40
PALAVRAS INICIAIS
Oi, tudo bem?!
Estou de volta para mais uma aula de administração de materiais.
Hoje estudaremos a gestão de estoques: tema muito importante e bastante cobrado em provas, das mais
diversas bancas.
Abraço e bons estudos!
Prof. Carlos Xavier
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1. A GESTÃO DE ESTOQUES
Do ponto de vista da administração de materiais, estoques são o conjunto de materiais mantidos pela
organização, seja para utilizar em seu processo produtivo, seja para os processos de apoio, seja para venda
ao cliente.
Os estoques são especialmente importantes para empresas do setor industrial e do comércio, já que sua
movimentação de materiais é intensa e os custos a ela associados são muito grandes.
É fundamental entender que o custo total dos materiais que a organização compra, armazena, utiliza e
vende vai muito além do simples preço de compra.
Os principais elementos relacionados ao custo dos estoques envolvem o custo dos pedidos e o custo de
aquisição:
Estoques grandes, de forma geral, implicam em maiores custos de armazenagem, capital e riscos,
conforme a seguir:
• Gerar quebra/ruptura de estoque (falta de produtos) e fazer com que a organização não atenda às
necessidades dos clientes em um pico de demanda, gerando perda de lucros.
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• Causar quebra de produção (paralisação da produção) caso seus fornecedores atrasem a entrega
de matérias primas, fazendo a organização incorrer em perda de vendas, custos de funcionários
ociosos e custos para reiniciar as máquinas.
• Perda de imagem caso a organização tenha o seu nome e marca manchados pela dificuldade de
atender seus clientes, por conta da falta de estoques.
• Etc.
Um conceito de baixa cobrança, mas importante, é o de custo de carregamento de estoque, que nada mais
é do que o custo de ter material em estoque, sendo resultado da soma do custo de armazenagem com o
custo de oportunidade do capital. Assim:
CC = CA + CO, onde:
CC = custo de carregamento
CA = custo de armazenagem
CO = custo de oportunidade, calculado pela multiplicação do preço do material pela taxa de juros a
ser utilizada.
Seguindo em frente...
Como você percebeu, os estoques servem como um colchão para gerar conforto no funcionamento dos
processos da organização, servindo inclusive para:
Você já deve ter notado que gerenciamento dos estoques é fundamental para o sucesso da organização.
Esta função específica da administração de materiais é responsável pelo planejamento, organização,
direção e controle de todos os processos relacionados com o estoque, desde a estocagem de matérias
primas até a do produto acabado que será entregue ao cliente final.
Podemos dizer ainda que uma boa gestão de estoques permite à organização atender as demandas dos
clientes externos por produtos acabados e dos clientes internos por insumos, além de melhorar a eficiência
do processo produtivo por meio da redução dos custos de estoque.
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GABARITO: Errado.
Estudemos agora tópicos específicos que costumam ser cobrados em prova sobre a gestão e controle de
estoques.
Trata-se de um sistema de reposição de estoques baseado numa filosofia de redução de custos com base
nos estoques.
O propósito central da filosofia Just in Time (JIT) para o gerenciamento de estoques é identificar a demanda
por produto acabado com antecedência, produzindo apenas o necessário e comprando os insumos apenas
para aquela demanda. Assim, ao menos em tese, os estoques cairiam para zero, o que baixaria
imensamente o custo da organização.
A organização só produziria o que é demandado pelo cliente, exatamente na hora que ele precisa, e só
teria insumos ingressando exatamente na hora em que seu processo produtivo precisasse. Os materiais
passam a ser “puxados” pelo cliente ao longo da cadeia produtiva, ao invés de serem “empurrados” para
formar estoques. É como se a organização e seus fornecedores, ao longo da cadeia produtiva, fossem
tratados como uma extensão um do outro, em uma relação de parceria e integração elevadas.
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A grande questão é que há vários problemas práticos para fazer o JIT funcionar: - os clientes possuem
demandas variáveis; os fornecedores demoram tempos variáveis para entregar os insumos; alguns insumos
chegam com defeito; alguns materiais se perdem ou se deterioram; etc. Tudo isso contribui para que a
organização precise manter um certo nível de estoques. Esses problemas se tornam ainda maiores na
Administração Pública, por conta de necessidade de seguir procedimentos licitatórios que podem ser
demorados.
O JIT anda em conjunto com o Kanban, que é uma ferramenta de controle de estoques que busca
abastecer a fábrica com os itens necessários, nas quantidades necessárias, no momento necessário, com a
qualidade necessária para suprir a linha de produção sem perdas e geração de estoques.
Na prática, o sistema Kanban funciona com base em um sistema de cartões coloridos que vão sendo
colocados ao longo da linha de produção para apontar a necessidade de reposição de um material (cada
cor aponta uma prioridade), sendo uma sinalização para o processo anterior entregar o material que
precisa ser usado.
O sistema foi construído com base em um sistema visual de supermercado: quando a prateleira está vazia,
o processo de abastecimento sabe que é preciso movimentar material para aquele lugar, para que possa
ser vendido o mais rapidamente possível.
(SABESP/Tecnólogo 01) Em obras de construção civil, há um almoxarifado para controle dos materiais a
serem utilizados. Entretanto, para prevenção de perdas e para redução dos níveis de estoques
operacionais, uma estratégia muito utilizada é a reposição de acordo com o consumo, ou seja, a entrega do
material na obra só é realizada quando o seu uso é iminente. Esta técnica de gestão de materiais é
conhecida por
a) Supply Chain.
b) Just In Case − JIC.
c) logística reversa.
d) Just In Time − JIT.
e) ciclo PDCA.
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Comentário:
A ferramenta que consiste em ter estoques tendentes a zero, só recebendo um material que vai ser
utilizado na iminência de fazê-lo é o JIT.
O restante das coisas mencionadas na questão simplesmente não se conecta com o que é pedido...
GABARITO: D.
O just-in-case, por sua vez, é uma filosofia de estoque oposta ao just in time. No Just in Case a organização
opta por produzir com máximo de sua capacidade, gerando o máximo de produto acabado possível e
criando estoques para evitar riscos de falta de atendimento ao cliente interno ou externo.
Trata-se de um sistema de “empurrar” estoques para as próximas etapas, forçando o estabelecimento de
estoques mais altos do que o necessário, em prol de mais segurança operacional.
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As políticas de estoque são decisões prévias tomadas pelos gestores com o objetivo de estabelecer quando
pedir, quanto pedir e como controlar os estoques. São decisões consideradas estratégicas ou funcionais
para os estoques. Decisões operacionais, do dia-a-dia, não fazem parte das políticas.
Viana apresenta o conceito em outras palavras. Para ele (2013, p.118) “entende-se por política de estoques
o conjunto de atos diretivos que estabelecem, de forma global e específica, princípios, diretrizes e normas
relacionados ao gerenciamento” de estoques.
Dias (2015, p.17-18), por sua vez, detalha que as políticas de estoque são diretrizes que, de maneira geral,
incluem:
Como você já sabe: outros autores podem inventar outras coisas, e isso pode ser cobrado no seu concurso.
O importante é que você entenda a regra geral: políticas de estoques são decisões prévias sobre como os
estoques serão gerenciados.
Como você já sabe, no estudo de administração existem tantas classificações quanto autores tratando do
assunto, mas é fundamental que você conheça algumas dessas classificações para a sua prova.
Quanto à fase da produção, os estoques podem ser:
• Estoque de antecipação: serve como um colchão para absorver uma demanda futura relativamente
previsível. Um exemplo é quando o supermercado faz um grande estoque de ovos de páscoa antes
da páscoa, já que antecipa que aquele produto (de demanda inexistente ao longo do ano) terá uma
demanda altíssima durante o período festivo.
• Estoque de segurança (de flutuação/estoque mínimo): é o estoque que dá segurança para a
organização funcionar sem quebra de estoque (falta de material quando ele for necessário). Em
palavras mais técnicas, é um volume de estoque que serve para absorver flutuações dos níveis de
insumos, demanda por produtos pelos clientes, ou lead time (na administração de compras, trata-
se do tempo entre a realização do pedido e sua efetiva recepção, no estoque da empresa
compradora).;
• Estoque de tamanho do lote (ou estoque de ciclo): é o estoque referente ao tamanho do lote de
compra, criado para se beneficiar da vantagem de custo por comprar em maior quantidade;
• Estoque de transporte (de tabulação, em trânsito, de canal, ou de movimento): é o estoque de
produtos em transporte. Geralmente é apresentado em uma média anual de estoque de
transporte, sendo medido pela quantidade de material transportado (q) x tempo de transporte t) /
365 (dias). Ou seja:
𝒒𝒙𝒕
𝑬𝑻𝒎𝒆𝒅 =
𝟑𝟔𝟓
• Estoque hedge: é o estoque que é adquirido com o objetivo de se proteger de flutuações esperadas
para o preço futuro de um produto, sendo comumente adquirido em mercados financeiros (e não
físicos), especialmente para produtos do tipo commodities (produtos não diferenciáveis como grãos
de um tipo específico, minerais específicos, etc.).
Como você já deve ter notado, os estoques podem ser classificados com base na classificação de materiais
adotada pela organização, inclusive a classificação ABC.
Para relembrar esse assunto, caso precise, sugiro que volte na aula específica sobre
classificação de materiais.
Farei aqui uma breve recapitulação sobre a metodologia ABC de classificação, pois costuma ser cobrada em
conjunto com a gestão de estoques.
Análise ABC
A análise ABC (“ABC de valor”), que foi utilizada pela primeira vez na General Electric, por F Dixie, busca
estabelecer quais os SKUs mais relevantes para a organização com base no princípio de que a maior parte
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do investimento em materiais estará concentrada em uma pequena quantidade de itens, que devem ser
gerenciados mais de perto.
É baseada no Diagrama de Pareto, com a observação de que 80% da renda se encontrava nas mãos de 20%
da população.
De modo geral, esta técnica parte do princípio de que poucas causas geram a maior parte dos problemas,
sendo chamadas de vital few (estranhamente traduzido para português como "pouco vitais"). Trata-se do
chamado “princípio 80 / 20” (80% dos problemas são explicados por 20% das causas) que é base para
análises de prioridades como a curva ABC de compras. Na prática, esses percentuais não são exatos (80% /
20%). Às vezes a banca pode falar em 70/30 ou 90/10.
Em oposição aos elementos "pouco vitais" (20% dos elementos que explicam 80% das
consequências/problemas), haveria ainda a identificação dos elementos "muito triviais" (trivial many).
Note que o foco é a identificação dos "pouco vitais" - os "muito triviais" são apenas consequência!
Enquanto ferramenta de controle de estoques, a Análise de Pareto permite a identificação dos SKUs “classe
A”, “classe B” e “classe C” com base no maior valor, para identificação da prioridade de tratamento,
conforme a seguir:
• Classe A: constituída por poucos SKUs (entre 15% e 20%) que representam a maior parte do valor
total do estoque (cerca de 80%). Possuem elevado impacto sobre o custo da organização com
estoques, e devem ser o foco da atenção na gestão dos estoques.
• Classe B: constituída por uma quantidade média de SKUs (cerca de 35% a 40% do total) que
representam aproximadamente 15% do valor total dos estoques. Possuem impacto moderado.
• Classe C: constituída por uma grande quantidade de itens (entre 40% e 50%), que representam um
valor muito baixo (cerca de 5% a 10%) dos estoques.
Caso não se lembre bem, para mais detalhes sobre a construção do diagrama, veja sua aula sobre
classificação de materiais.
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Para prever o consumo futuro de um material a organização pode se utilizar de informações de diferentes
naturezas:
• Qualitativas: incluem dados e informações não quantificáveis, tais como opiniões de especialistas,
de gerentes, consumidores, pesquisas de mercado, etc.
• Quantitativas: incluem dados e informações quantificáveis, numéricas, tais como quantidade de
produção estimada, número de pedidos de clientes, influência da propaganda sobre as vendas,
crescimento da economia, etc.
Segundo Dias (2015, p.25) as técnicas de previsão de demanda são classificadas em três grupos:
a. Projeção: são aquelas que admitem que o futuro será repetição do passado ou as
vendas evoluirão no tempo futuro da mesma forma que no passado; segundo a
mesma lei observada no passado, este grupo de técnicas é de natureza
essencialmente quantitativa.
b. Explicação: procuram-se explicar as vendas do passado mediante leis que
relacionem as mesmas com outras variáveis cuja evolução é conhecida ou
previsível. São basicamente aplicações de técnicas de regressão e correlação.
c. Predileção: funcionários experientes e conhecedores de fatores influentes nas
vendas e no mercado estabelecem a evolução das vendas futuras.
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Note que, das técnicas apresentas por Dias (2015), as duas primeiras (projeção e
explicação) são quantitativas, enquanto apenas a predileção é qualitativa. Memorize
isso, pois cai em prova!
Para memorizar:
Se você consegue memorizar melhor com outras frases, crie uma que sirva para você!
Além de entender as técnicas de evolução do consumo, é preciso entender de que forma o consumo pode
variar ao longo do tempo.
Imagine, por exemplo, que todo ano você tira férias no mês de janeiro, vai para a praia com os amigos e
toma muita cerveja e come churrasco. Nessa situação, seu consumo de cerveja e carne cresce bastante em
janeiro e cai em fevereiro. Isso acontece todos os anos na mesma época. Isso é o que se chama de
evolução sazonal do consumo ou demanda.
Se, por outro lado, seu consumo de alimentos e bebidas é estável ao longo do ano, mesmo nos períodos de
férias, dizemos que seu consumo é estável (horizontal).
É possível ainda que você esteja em um processo de emagrecimento (ou de engorda...), o que faria com
que no mês que vem o seu consumo de alimentos e bebidas tenda a ser um pouco menor (ou maior) do
que o atual. Neste caso, dizemos que há uma tendência de variação no consumo.
Por fim, o consumo de alimentos em sua casa pode variar de maneira totalmente desregulada, já que você
pode comer mais ou menos dependendo do humor do dia, sem nenhuma regularidade causal, gerando um
consumo irregular.
O mesmo acontece nas organizações, onde diferentes modelos de variação de demanda se apresentam:
• Consumo regular: o quantitativo de materiais utilizados varia pouco entre os diferentes intervalos
de tempo considerados, não apresentando grandes variações por períodos do calendário (como as
férias, por exemplo) ou tendência de subir ou cair.
Exemplo de consumo regular:
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• Consumo com tendência: é uma forma de consumo regular, na qual o material cuja quantidade de
consumo está crescendo ou caindo com o tempo, sem que haja expectativa de que volte a um
“normal”. O “normal” é a tendência de crescimento ou diminuição.
Exemplo de consumo com tendência de alta
• Variação sazonal: o consumo de materiais oscila de maneira regular em relação a causas específicas
(como suas férias, por exemplo). Segundo Dias (2015, p.27) o consumo é sazonal quando o desvio é
de, no mínimo, 25% do consumo médio e quando aparece condicionado a determinadas causas.
• Variação irregular: o consumo dos materiais é aleatório e há grande variação entre diferentes
espaços de tempo.
Exemplo de consumo irregular
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Apesar desse modelo teórico, a prática de organizações e provas podem considerar que esses modelos
podem se combinar, fazendo com que em alguns momentos o consumo seja regular e em outros seja
sazonal ou com tendência.
Agora você precisa conhecer quais são os principais métodos matemáticos para prever qual o consumo de
um determinado material na organização. O estabelecimento do consumo é fundamental para que se saiba
o tamanho do estoque necessário.
Atenção: o consumo não deve se confundir com outras saídas de estoque, como materiais emprestados,
por exemplo, para que a informação sobre consumo não seja “contaminada” e gere previsões erradas para
a empresa.
• Método do consumo do último período: estima-se o consumo do período futuro com base no
período anterior.
Imagine que uma questão solicite que você aponte qual o consumo de sorvetes previsto na sua
sorveteria para o mês de fevereiro/2019 com base no método do consumo do último período:
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Qual o consumo para o mês seguinte (Fev/2019), com base no método do consumo do último
período? R.: simples! É só repetir o último período apresentado.
Assim, com base nesse método, o consumo para o mês de fevereiro/2019 seguinte seria de 500
(igual ao período de Janeiro/2019, imediatamente anterior)
• Método da média móvel: estima-se o consumo do próximo período com base na média móvel de
períodos anteriores. Tem como vantagem a simplicidade, mas apresenta a desvantagem de as
médias serem influenciadas por valores extremos. Além dessa, os períodos mais distantes possuem
o mesmo peso dos mais recentes, o que pode distorcer o consumo previsto em relação ao real,
especialmente se houver alguma tendência.
𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3 + 𝐶4 + ⋯ + 𝐶𝑛
𝐶𝑀 =
𝑛
Onde:
CM = consumo médio
C = consumo nos períodos anteriores (1, 2, 3, ..., n)
N = número de períodos
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Para calcular a média móvel, é preciso estabelecer o número de períodos a serem considerados.
Dias (2015, p.29) fala em 12 meses (o que faz sentido para amenizar variações sazonais anuais), mas
cada organização pode utilizar a média móvel que lhe convier, considerando sua realidade.
𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3 + 𝐶4 + ⋯ + 𝐶12
𝐶𝑀 =
12
Vejamos:
𝐶 + 𝐶2 + 𝐶3 + 𝐶4 +⋯+𝐶13 500+600+700+600+500+400+500+600+700+600+500+400+500
𝐶𝑀 = 1 => =>
13 13
546,15
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Pelo método do consumo médio, considerando todos os períodos (como solicitado no exercício), o
valor do consumo previsto para fevereiro seria de 546,15 unidades. Como não existe unidade
fracionada, é comum que a fração seja arredondada para o inteiro superior (já que será preciso uma
unidade inteira do material para que o 0,15 de sorvete seja vendido). Assim, a resposta inteira seria
547.
O Consumo médio por média móvel para o mês de fevereiro/2019, por sua vez, utilizaria os valores
dos últimos 12 meses como referência. Assim:
𝐶 + 𝐶2 + 𝐶3 + 𝐶4 +⋯+𝐶12 600+700+600+500+400+500+600+700+600+500+400+500
𝐶𝑀 = 1 => =>
12 12
550
Assim, o consumo médio de sorvete para fevereiro/20019, calculado por média móvel de 12 meses,
seria 550 unidades.
Apenas a título de exercício, calculemos a média móvel de 3 períodos ao final de cada um dos
meses da tabela abaixo:
Média móvel
Mês Consumo (un.)
trimestral*
Jan/2018 500 N.d.
Fev/2018 600 N.d.
Mar/2018 700 600
Abr/2018 600 634
Mai/2018 500 600
Jun/2018 400 500
Jul/2018 500 467
Ago/2018 600 500
Set/2018 700 600
Out/2018 600 634
Nov/2018 500 600
Dez/2018 400 500
Jan/2019 500 467
*arredondada para inteiro superior
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(EBSERH/Técnico em Farmácia) No cálculo do consumo médio mensal (CMM) de um produto, devem ser
consideradas as eventuais saídas por empréstimo para outra instituição.
Comentário:
Questão totalmente interpretativa. O material que saiu do estoque como empréstimo é consumoou não?
Não é! É material que saiu do estoque e que vai voltar.
Se a organização considerar que ele faz parte do consumo, haverá erros frequentes na previsão do
consumo futuro, pois ele vai considerar esses empréstimos quando não devia.
Atenção: dizer isso não é a mesma coisa que dizer que esses empréstimos não devem ser registrados – é
fundamental que sejam! Só não se pode misturar os registros com os de consumo da organização!
GABARITO: Errado.
• Método da média móvel ponderada: calcula-se a média dos períodos anteriores atribuindo-se um
peso maior aos períodos mais recentes, como forma de reforçar o peso da tendência atual de
consumo.
É preciso ter o cuidado de observar que a soma total dos pesos precisa ser 100%.
Imagine que você quer prever a demanda por sorvetes com base na média móvel ponderada de 3
períodos, mas atribuindo pesos de: 50% para o período mais recente, 30% para o período
intermediário e 20% para o mais distante (note: total = 100%) para a tabela a seguir. Qual o
consumo previsto para fevereiro/2019?
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Set/2018 700
Out/2018 600
Nov/2018 500
Dez/2018 400
Jan/2019 500
Simples!
Será a soma do consumo de janeiro (com peso de 50%), dezembro (com peso de 30%) e novembro
(com peso de 20%), tudo isso dividido por 100%.
Transformando os percentuais em decimais, temos que:
50
50% = 100 = 0,5
30
30% = 100 = 0,3
20
20% = 100 = 0,2
100
100% = 100 = 1,0
𝑀𝑝3 = 470
Assim, considerando-se os pesos estabelecidos pelo exercício, o resultado seria uma previsão de
consumo de 470 unidades para fevereiro.
• Método da média móvel com ponderação exponencial: esse método busca eliminar problemas dos
métodos anteriores, dando mais valor aos dados recentes e manuseando menos informações.
Dias (2015, p.32) afirma que apenas três valores são necessários para o cálculo, incluindo:
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Funciona mais ou menos assim: Imagine que você fez a previsão, conforme o método do consumo
no último período, que o consumo de sorvetes em fevereiro de 2019, na sua sorveteria, será de 500
unidades. Na sequência, a realidade se apresentou: você vendeu 600!
- Deve ter ficado feliz! Vendeu mais do que esperava e conseguiu lucrar mais!
Apesar de toda a felicidade, agora vem a dúvida: houve uma tendência de alta no consumo? Em
outras palavras, posso esperar que o consumo será, daqui por diante, nesse novo patamar? Ou será
que aconteceu alguma coisa aleatória (mais dias de sol no final de semana, no mês) e, por isso, sua
loja vendeu mais sorvetes? Você pode até ficar imaginando e tentando decifrar, mas é muito difícil
chegar a uma resposta conclusiva. O Método da média móvel com ponderação exponencial tenta
resolver isso.
- Como, você deve estar se perguntando...
Simples: ele pressupõe um fator para amortecer o tamanho do erro da previsão, considerando que
apenas uma parte da variação em relação ao esperado foi uma mudança de tendência, o resto foi
acaso.
A determinação dessa constante pode ser feita por técnicas matemáticas, estatísticas ou empíricas.
Na sua prova, a banca vai dizer qual o fator de amortecimento.
Voltemos ao caso da sorveteria... Digamos, para efeito de exercício, que o fator seja de 20%
(relativo à mudança de tendência) neste caso. Assim, os 80% restantes (100% - 20%) serão
atribuídos ao acaso.
Relembrando: o consumo estimado para fevereiro/2019 foi de 500 sorvetes, mas a realidade foi de
600. 20% da diferença foi tendência e 80% foi acaso.
Para fazer a previsão para o período seguinte (março), teríamos que somar a realidade observada
ponderada por um fator de tendência (600 * 20%) com a previsão anterior para fevereiro
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ponderada pelo fator do acaso (500 * 80%). Assim, a previsão para março seria de 120+400 = 520. A
previsão para março de 2019 é de 520 sorvetes!
̅̅̅𝑇̅ = 𝛼 𝑋𝑇 + (1 − 𝛼 ) 𝑋̅𝑇−1
𝑋
Onde:
Para fazer a previsão para o período seguinte (março), teríamos que somar a realidade
observada ponderada por um fator de tendência com a previsão anterior para fevereiro
ponderada pelo fator do acaso.
• Método dos mínimos quadrados: trata-se de um método para calcular qual seria a equação
referente a uma reta formada pelos dados. Em outras palavras, você observa os dados, percebe que
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existe uma equação que explica os dados e que, se você souber, pode prever com certa clareza os
próximos períodos.
O que cai em prova é apenas a definição do método. O método matemático para cálculo dessa
fórmula é mais chatinho e não costuma ser cobrado em provas, por isso não vou trazê-lo aqui, para
não lhe confundir com os demais, que são mais importantes.
Por desencargo de consciência, conheça a forma que Dias (2015, p.34) define o método:
“esse método é usado para determinar a melhor linha de ajuste que passa perto de todos os
dados coletados, ou seja, é a linha de melhor ajuste que minimiza diferenças entre a linha reta e
cada ponto de consumo levantado”. Aponta ainda a fórmula:
∑(𝑌 − 𝑌𝑃 )2
Onde:
Y = valor real
Yp = Valor dos mínimos quadrados.
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3. REPOSIÇÃO DE ESTOQUE
De forma geral, os sistemas de reposição de estoques da organização podem ser organizados de uma das
seguintes formas:
• Reposição por quantidade: quando se chega ao nível mínimo de estoque (estoque de reposição), é
feita a reposição do material, tendo como base a cota necessária, sem que haja qualquer prazo
associado. É como se você resolvesse comprar uma bandeja de ovos toda vez que a quantidade de
ovos em sua geladeira chegar a 2 unidades. O tempo para chegar a 2 unidades pode variar, mas
sempre que chegar lá você irá comprar uma bandeja.
O sistema por quantidade costuma estar associado ao funcionamento de um sistema de duas
gavetas: trata-se de um sistema bem operacional - o almoxarifado possui dois estoques (gavetas,
armários, salas, etc.) para cada material. Um primeiro serve para o atendimento às demandas
comuns da organização. Quando ele acaba, o segundo estoque entra em ação (estoque de reserva e
segurança) e um pedido de compra é enviado para o setor responsável. Trata-se de um método
simples e muito utilizado em pequenas empresas de varejo, mas pode se tornar complicado quando
os itens são estocados em diferentes locais.
É como se você, em sua casa, usasse um armário como reserva e um como armazenagem principal.
Toda vez que você precisa recorrer à reserva, porque o principal acabou, é preciso comprar.
• Reposição por tempo / sistema de reposição periódica: os materiais são repostos integralmente
em períodos pré-determinados. É mais ou menos como a pessoa que resolve fazer a feira da
semana sempre aos sábados, comprando o que foi consumido na semana anterior e enchendo seu
estoque.
Por exemplo, você tem uma capacidade de armazenamento de comida em casa que é limitada,
certo? Seu consumo é mais ou menos igual, certo? Então: você calcula qual o lote de compra que
minimiza seus custos e qual será sua rotina de compra. Assim, por exemplo, saberá que precisa
comprar uma dúzia de ovos a cada 7 dias, rotineiramente, e isso fará com que o estoque de
segurança absorva eventuais variações no consumo, sem faltar ovos em casa.
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• Reposição imediata por quantidade: os materiais são encaminhados imediatamente para o setor,
conforme o consumo ocorre. Isso pode ser diário, ou mesmo várias vezes por dia! É o sistema “just
in time” em ação, em conjunto com o Kanban. Sabemos que a ideia é boa, mas qual a dificuldade de
manter estoques zero em casa e, toda vez que precisar comer, ir buscar apenas os ingredientes da
comida do dia? Enorme!
• MRP (material requirement planning), MRP II e ERP: MRP é um sistema computacional que parte
das previsões de vendas para estabelecer o planejamento da produção, as demandas por cada
material, o nível de estoques, compras, custos e controle da produção, com o principal objetivo de
manter baixos os estoques de cada um dos materiais utilizados, ao mesmo tempo em que mantém
a produção funcionando sem interrupções. É o simples cálculo da demanda de cada material
dependente da produção desejada.
Caso haja alterações por irregularidade na demanda, o sistema MRP será impactado, mas
proporcionará, logo após, o recálculo das quantidades de produção e estoques a serem utilizados,
assim como a necessidade de compras de materiais.
Para que o MRP funcione adequadamente, é fundamental que os dados estejam disponíveis no
sistema, incluindo a previsão de demanda, lista de materiais, ordens dos clientes e registro de
inventários.
- O conceito de MRP tradicional evoluiu para o MRP II (manufacturing resources planning) e passou
a incluir diferentes áreas da organização, como finanças, materiais e RH, além de equipamentos,
instalações, áreas de estoque, etc., todos ligados à manufatura.
- Com o tempo, evoluiu novamente para o ERP (Enterprise resources planning), passando a
envolver todos os recursos empresariais – não só os ligados à manufatura.
O sistema de reposição por quantidade e tempo é especialmente importante para o seu concurso, por isso
vamos estudá-lo, começando pela identificação do estoque de segurança.
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quantidade necessária para repor o estoque". Nesta situação, o profissional está definindo que a provisão
de materiais na sua unidade se dará pelo sistema de reposição,
a) por quantidade, apenas.
b) por tempo, apenas.
c) por quantidade e tempo.
d) imediata por quantidade.
e) de estoque mínimo.
Comentário:
O sistema de reposição que está sendo utilizado pressupõe uma quota e um tempo específico, pois a
quantidade de materiais será comprada, em época certa, para durar um determinado período.
GABARITO: C.
Para estabelecer o estoque de segurança é fundamental que se saiba que normalmente a demanda dos
produtos na organização segue uma curva normal, onde a distribuição de frequências das demandas
apresenta algumas características estatísticas, destacando-se o fato de que aproximadamente 68% dos
casos estão a até um desvio padrão (sigma) da média, 95% estão a até dois desvios padrão, e cerca de
99,8% estão a até três desvios padrão, conforme a seguir:
Fonte: Wikipédia
Os pontos de corte da curva acima são arredondados.
Com base na demanda em cada período (dia/semana/mês/etc.), é preciso que se calcule o desvio-padrão
(sigma de uma distribuição normal). Questões de prova sobre isso já podem trazer o desvio padrão
calculado para você. É pouquíssimo provável que isso seja necessário em sua prova, mas, por desencargo
de consciência, o roteiro para cálculo do desvio-padrão é o seguinte (ARNOLD, 2015, p. 307):
- Percebeu a complicação?! É por isso que normalmente esse cálculo não é exigido em prova – já que
você não está estudando matemática, e sim administração!
Bem... Seguindo em frente... Com o desvio padrão calculado, basta consultar a tabela de fator segurança
para o de atendimento desejado, multiplicando-se pelo desvio padrão do caso específico. Olha aqui a
tabela (ARNOLD, 2015, p.310):
50% 0,00
75% 0,67
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80% 0,84
85% 1,04
90% 1,28
94% 1,56
95% 1,65
96% 1,75
97% 1,88
98% 2,05
99% 2,33
99,86% 3,00
99,99% 4,00
Calma!!! É claro que você não precisa memorizar essa tabela! Se isso for pedido em sua
prova provavelmente haverá uma tabela de apoio!
Sabendo disso, proponho um exercício rápido de fixação: uma empresa possui demanda média de 500
pregos por dia, com desvio padrão de 100. O nível de atendimento desejado pelo estoque é de 90%. Qual o
valor do estoque de segurança dos pregos?
Estoque de segurança = sigma x fator de segurança.
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O atendimento das demandas por materiais estocados é feito pelo almoxarifado. Vamos estudar um pouco
mais sobre este importante setor de gestão de materiais.
Um ponto muito relevante da administração de compras e estoques nas provas de concurso é o correto
entendimento do gráfico dente-de-serra e os seus elementos. Para que você vá se acostumando, lhe
apresento o bendito:
Emax
PP
ES
Lead
Time
Onde:
Emax = estoque máximo do item.
Q = quantidade do pedido que chegou, normalmente feito com base no LEC = Lote Econômico de Compra.
PP = Ponto de pedido.
ES = Estoque de segurança.
Lead time = tempo entre o pedido e a chegada do material (tempo de reposição)
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(TRE-GO/TJAA) Ocorre excesso de material estocado quando for positivo o resultado da seguinte equação:
saldo atual - ponto de ressuprimento + lote econômico de compras.
Comentário:
Não faz o menor sentido! O excesso de material só ocorrerá se houver mais material do que o Estoque
Máximo, que não tem nada a ver com a fórmula apresentada pela questão.
Relembrando: Emax = ES + Quantidade comprada (normalmente o LEC).
GABARITO: Errado.
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O Ponto de Pedido é o momento de realizar um novo pedido de compra. Esse momento é verificado com
base no nível do estoque do produto na organização. Quando um estoque chega a um nível tal que o
consumo do material durante o prazo de entrega o levará até o estoque de segurança, trata-se do
momento de realizar o pedido de compra.
Assim, podemos afirmar que:
PP=Demanda durante lead time (DDLT) + Estoque de Segurança (ES)
EXEMPLO:
- Imagine uma situação na qual o pedido de um material demore 15 dias para ser
atendido. O estoque de segurança do material é de 60 unidades e seu consumo é de 120
unidades por mês. Qual o ponto de pedido?
- R.: A demanda durante o lead time é de 60 unidades (15 dias é metade de um mês, e em
um mês a demanda é de 120 unidades). O Estoque de segurança é de 60 (dado pela
questão). Assim PP = DDLT + ES => 60 + 60 => 120. O Ponto de Pedido será quando o
estoque do material chegar a 120 unidades!
(TRT8/TJAA) Assinale a opção que apresenta tipos de dados necessários para o cálculo do ponto de
pedido, ou seja, a quantidade de estoque que, quando alcançada, indica o momento de providenciar um
novo pedido de compra.
a) consumo médio mensal, estoque máximo e tempo de reposição
b) tempo de reposição, estoque mínimo e giro de estoque
c) consumo médio mensal, giro de estoque e estoque segurança
d) tempo de reposição, giro de estoque e estoque máximo
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(Câmara de Salvador/Analista Legislativo Municipal) Uma escola pública hipotética adota o sistema de
reposição contínua para a manutenção dos níveis de canetas para quadro branco em estoque. O consumo
mensal é de 300 canetas, o estoque de segurança é de 60 canetas e o tempo de reposição solicitado pelo
vendedor é de 2 dias.
Considerando o mês de 20 dias, os pedidos deverão ser realizados quando a quantidade de canetas em
estoque for de:
a) 150;
b) 120;
c) 90;
d) 80;
e) 60.
Comentário:
Questão simples. Vamos resolver sem nenhuma fórmula? Quero mostrar para você que é possível...
Vejamos:
O consumo mensal é de 300 canetas e o mês tem 20 dias. Assim, o consumo de canetas por dia é de
300/20 = 15 canetas por dia.
O tempo de reposição é de 2 dias, durante os quais serão consumidas 30 canetas (15x2).
Como o pedido deve ser feito de modo que, quando o pedido chegar, o estoque de segurança seja
atingido, temos que somar 30 canetas de consumo + 60 do estoque de segurança para perceber que o
ponto de pedido é 90 canetas.
GABARITO: C
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EM = Q/2 + ES
Ou seja, o estoque médio é igual à quantidade do pedido dividida por dois, somado com o estoque de
segurança. Simples assim!
EXEMPLO:
- O lote de compra praticado pela organização para um dado material é de 150 unidades e seu estoque
mínimo é de 120 unidades. Qual o seu estoque médio?
- R.: EM = Q/2 + ES =>
=> EM = 150/2 + 120 =>
=> EM = 75 + 120 =>
=> EM = 195 unidades
Seguindo em frente...
Vamos tratar agora de outro conceito bastante simples: o Estoque Máximo (Emax). Trata-se da simples
soma da quantidade comprada com o estoque de segurança. Assim:
Emax = Q + ES
EXEMPLO:
- O lote de compra praticado pela organização para um dado material é de 150 unidades e seu estoque
mínimo é de 120 unidades. Qual o seu estoque máximo?
- R.: EMax = Q + ES =>
Emax = 150 +120
Emax = 270 unidades.
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A quantidade a ser pedida pode variar em função de diferentes critérios. Uma boa forma
de calcular quanto deve ser pedido é por meio do Lote Econômico de Compra (LEC).
2𝐴𝑆
𝐿𝐸𝐶 = √
𝑖𝑐
Onde:
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Com base no consumo é possível calcular o índice de rotatividade do estoque (IR), ou giro de estoque (GE),
que indica quantas vezes o estoque é trocado em determinado período.
De outra forma, é possível calcular também quanto tempo um determinado estoque durará na empresa
(taxa de cobertura/antigiro), dado o consumo esperado. Com isso, é possível dimensionar o estoque para
que ele possua um dado grau de taxa de cobertura dos seus insumos.
Esses indicadores são calculados da seguinte forma:
𝐶𝑚
𝐼𝑟 =
𝐸𝑚
Onde:
Ir = Índice de Rotatividade do Estoque (ou Giro do Estoque)
Cm = Consumo (p. ex.: no ano)
Em = Estoque médio (p. ex.: no ano)
Outra fórmula para cálculo envolve o valor monetário dos estoques, aplicável para os produtos acabados:
𝐶𝑚𝑣
𝐼𝑟 =
𝐸𝑚𝑝𝑎
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Onde:
Ir = Índice de Rotatividade do Estoque (ou Giro do Estoque)
Cmv = Custos das mercadorias vendidas (em R$, p. ex.: no ano)
Empa = Valor de estoque médio dos produtos acabados (em R$)
A mesma fórmula pode ser adaptada para se calcular a rotatividade da matéria prima:
𝐶𝑚𝑎𝑡
𝐼𝑟 =
𝐸𝑚𝑚𝑝
Onde:
Ir = Índice de Rotatividade do Estoque (ou Giro do Estoque)
Cmat = Custos das matérias primas (em R$, p. ex.: no ano)
Emmp = Valor de estoque médio das matérias primas (em R$)
Outro importante indicador é a taxa de cobertura (também chamada de antigiro – o oposto do índice de
rotatividade), que se calcula da seguinte forma:
𝐸𝑚
𝑇𝑐 =
𝐶𝑚
Onde:
Tc = Taxa de cobertura
Cm = Consumo (p. ex.: no ano)
Em = Estoque médio (p. ex.: no ano)
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* Para calcular a taxa de cobertura é preciso colocar o estoque médio e o consumo médio
na mesma unidade de tempo, para saber por quantos períodos o estoque médio cobre a
demanda.
No IR (ou GE), é comum que as unidades temporais também sejam as mesmas, mas é
possível haver a situação de se desejar analisar quantos giros o estoque médio (em
determinada unidade de tempo) gira em outra unidade de tempo.
(DPE-RS/Técnico – Logística) No ano de 2016, uma empresa que comercializa materiais de informática
apresentou vendas de R$ 285.000,00. O estoque médio mostrou um valor de R$ 3.000,00. Supondo um
ano de 365 dias, o giro e a cobertura do estoque, no período de 2016, foram, respectivamente,
a) 105 vezes; 3,8 dias.
b) 85 vezes; 2,8 dias.
c) 95 vezes; 3,8 dias.
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Teremos que calcular o estoque médio na marra. O estoque médio nas 4 primeiras semanas (primeiro mês)
é = (3.000 + 2.000 + 1.000 + 0)/4 = 1.500.
Agora vamos calcular a taxa de cobertura:
TC = 1.500/Consumo médio.
Consumo médio = (2.000+1.000+1.000+1.000)/4 = 1.250
TC = 1.500/1.250 = 1,2.
GABARITO: B.
É importante que você saiba como avaliar financeiramente o valor dos estoques de uma organização. Para
isso, em primeiro lugar, é fundamental que você saiba que a contabilidade registra os estoques como um
ativo, que sofrerá baixa quando um produto for vendido e alta quando um novo item for comprado para
compor os estoques da organização.
Se você nunca estudou isso, pode estar achando que se trata de matéria óbvia, mas saiba que não é tão
simples assim. Na prática, como você faria?
Imagine que comprei três sapatos para vender, todos idênticos. O primeiro custou R$100,00. O segundo
custou R$110,00. O terceiro custou R$120,00. Se eu quiser comprar outro, por conta da inflação, custará
R$130,00. Resolvi vender um sapato por R$110,00. Tive lucro ou prejuízo? De quanto? Depende do
método utilizado para avaliar financeiramente os estoques!
Para responder adequadamente esta pergunta, é fundamental que você entenda quais os principais
métodos para avaliação dos custos de estoque do ponto de vista da gestão de materiais e gestão
financeira (e não das normas contábeis vigentes, que podem ser diferentes!), que são os seguintes:
• Custo Médio ponderado: trata-se de um método bastante utilizado e que consiste em avaliar o
custo de cada item com base no preço médio da aquisição, ponderado pelo tamanho do lote
comprado (o que dá no mesmo de considerar o custo médio de cada um dos itens individuais
comprados). Pode ser fixo, quando é apurado em um momento e utilizado dali em diante, ou
móvel, quando se consideram os valores realmente pagos pelos produtos que estão em estoque.
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Neste último, sempre que um produto entra no estoque, seu valor real é computado no custo
médio e quando um produto sai o seu custo médio é retirado do estoque.
• Primeiro que entra, primeiro que sai (PEPS – FIFO): O método PEPS (ou FIFO – first in, first out)
consiste na avaliação do estoque pela ordem cronológica das entradas. O material que entrou antes
é o que sairá antes, por isso o custo a ser considerado na hora que o material sai do almoxarifado
será o custo do mais antigo no estoque.
• Último que entra, primeiro que sai (UEPS – LIFO): do inglês last in, first out, o material retirado será
sempre avaliado pelo custo do mais recentemente adicionado ao estoque. É mais interessante do
que o PEPS em períodos inflacionários, pois o custo da venda vai ser mais próximo da realidade, já
que o produto vendido foi o mais recentemente comprado.
• Custo de reposição: o valor dos estoques é avaliado com base no custo que a organização teria para
repor os materiais, após o consumo.
• Custo ou preço específico: é a atribuição do custo especificamente pago por cada uma das
unidades de estoque. Assim, quando um item físico é retirado, seu custo de aquisição considerado
será especificamente o que foi incorrido na sua compra.
O método de avaliação dos estoques a ser utilizado pela União, Estados, DF e Municípios, nos termos da Lei
4.320/1964 é o custo médio ponderado1.
Eu, quando compro leite, ovos e iogurte (produtos perecíveis), sempre tomo um cuidado
ao guardar na geladeira: retiro os “antigos”, guardo os “novos” no fundo e coloco os
“antigos” na frente, mais acessíveis. Assim, o primeiro que entrou será o primeiro que sai,
para evitar perdas!
1
Cuidado: na movimentação física dos bens de almoxarifado (e não na avaliação de estoques) a IN 205/1988 da
Presidência da República estabelece o uso do sistema PEPS.
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(MPE-AL/Contador) Em relação ao controle do estoque pelos métodos PEPS, UEPS e custo médio
ponderado móvel, admitindo que os custos do estoque aumentam de forma contínua, assinale a afirmativa
correta.
a) O estoque final será maior quando utilizado o método do custo médio ponderado móvel.
b) O lucro líquido será menor quando utilizado o UEPS.
c) A receita de vendas será maior quando utilizado o PEPS.
d) O custo das mercadorias vendidas será maior, se utilizado o PEPS.
e) O lucro antes do imposto sobre a renda (LAIR) será menor, se utilizado o custo médio ponderado
móvel.
Comentário:
Se os custos de estoque estão aumentando de forma contínua, subentende-se a existência de uma
economia inflacionária. Nessa situação, os materiais comprados mais recentemente terão um custo maior
do que os materiais comprados anteriormente.
Vamos, com base nisso, interpretar as questões:
a) errado. O estoque final será maior (em R$) se o método PEPS for utilizado, já que o valor do estoque
mais recente vai predominar.
b) certo. O lucro líquido será menor com o método UEPS, já que o custo da mercadoria vendida será mais
alto (o mais recente).
c) errado. A receita de vendas é igual. Os métodos analisados são de custeio, e não de precificação de
vendas.
d) errado. O CMV será maior com a mercadoria comprada mais recentemente, ou seja, no método UEPS.
e) errado. O lucro será menor no método UEPS, já que a mercadoria vendida terá um custo embutido mais
elevado.
GABARITO: B.
d) R$1.040,00;
e) R$1.080,00.
Comentário:
O método a ser utilizado para avaliação dos estoques é o PEPS.
Vamos fazer uma tabelinha para entender as movimentações realizadas:
O único detalhe que pode confundir algumas pessoas é o movimento em reais no dia 29 de junho. Como o
sistema é PEPS, 50 unidades retiradas foram do valor inicial de R$10,00 por unidade, e 10 unidades foram
ao valor de R$12,00 por unidade, por isso o total de R$620.
GABARITO: E.
(Analista de Registro de Comércio) Preencha a lacuna com alternativa correta. O critério de avaliação dos
estoques denominado ____________ consiste em atribuir a cada unidade do estoque o preço
efetivamente pago por ela.
a) PEPS.
b) UEPS.
c) Custo ou preço médio ponderado móvel.
d) Custo ou preço médio ponderado fixo.
e) Custo ou preço específico.
Comentário:
O método de atribuição do preço efetivamente pago pela unidade de estoque é chamado de custo ou
preço específico.
O método PEPS é o primeiro que entra, primeiro que sai.
O UEPS é o último que entra, primeiro que sai.
O custo médio ponderado é o custo das unidades adquiridas ponderado pela quantidade em cada lote de
compra. Pode ser fixo, quando é apurado em um momento e utilizado dali em diante, ou móvel, quando se
consideram os valores realmente pagos pelos produtos que estão em estoque.
GABARITO: E.
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Gestão de estoques
Do ponto de vista da administração de materiais, estoques são o conjunto de materiais mantidos pela
organização, seja para utilizar em seu processo produtivo, seja para os processos de apoio, seja para venda
ao cliente.
Os estoques são especialmente importantes para empresas do setor industrial e do comércio, já que sua
movimentação de materiais é intensa e os custos a ela associados são muito grandes.
Estoques grandes, de forma geral, implicam em maiores custos de armazenagem, capital e riscos,
conforme a seguir:
• Gerar quebra de estoque (falta de produtos) e fazer com que a organização não atenda às
necessidades dos clientes em um pico de demanda, gerando perda de lucros.
• Causar quebra de produção (paralisação da produção) caso seus fornecedores atrasem a entrega
de matérias primas, fazendo a organização incorrer em perda de vendas, custos de funcionários
ociosos e custos para reiniciar as máquinas.
• Perda de imagem caso a organização tenha o seu nome e marca manchados pela dificuldade de
atender seus clientes, por conta da falta de estoques.
• Etc.
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O Just-in-case, por sua vez, é a filosofia de estoque oposta ao just in time. No Just in Case a organização
opta por produzir com máximo de sua capacidade, gerando o máximo de produto acabado possível e
criando estoques para evitar riscos de falta de atendimento ao cliente interno ou externo.
Trata-se de um sistema de “empurrar” estoques para as próximas etapas, forçando o estabelecimento de
estoques mais altos do que o necessário, em prol de mais segurança operacional.
Políticas de estoques
Um importante conceito para você conhecer é o de “políticas de estoque”.
As políticas de estoque são decisões prévias tomadas pelos gestores com o objetivo de estabelecer quando
pedir, quanto pedir e como controlar os estoques. São decisões consideradas estratégicas ou funcionais
para os estoques. Decisões operacionais, do dia-a-dia, não fazem parte das políticas.
Classificação de estoques
Quanto à fase da produção, os estoques podem ser:
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• Estoque de produto acabado: estoque de produtos prontos para venda aos clientes finais.
• Estoque de antecipação: serve como um colchão para absorver uma demanda futura relativamente
previsível. Um exemplo é quando o supermercado faz um grande estoque de ovos de páscoa antes
da páscoa, já que antecipa que aquele produto (de demanda inexistente ao longo do ano) terá uma
demanda altíssima durante o período festivo.
• Estoque de segurança (de flutuação): é o estoque que dá segurança para a organização funcionar
sem quebra de estoque (falta de material quando ele for necessário). Em palavras mais técnicas, é
um volume de estoque que serve para absorver flutuações dos níveis de insumos, demanda por
produtos pelos clientes, ou lead time (na administração de compras, trata-se do tempo entre a
realização do pedido e sua efetiva recepção, no estoque da empresa compradora).;
• Estoque de tamanho do lote (ou estoque de ciclo): é o estoque referente ao tamanho do lote de
compra, criado para se beneficiar da vantagem de custo por comprar em maior quantidade;
• Estoque de transporte (de tabulação, em trânsito, de canal, ou de movimento): é o estoque de
produtos em transporte. Geralmente é apresentado em uma média anual de estoque de
transporte, sendo medido pela quantidade de material transportado (q) x tempo de transporte t) /
365 (dias). Ou seja:
𝐪𝐱𝐭
𝐄𝐓𝐦𝐞𝐝 =
𝟑𝟔𝟓
• Estoque hedge: é o estoque que é adquirido com o objetivo de se proteger de flutuações esperadas
para o preço futuro de um produto, sendo comumente adquirido em mercados financeiros (e não
físicos), especialmente para produtos do tipo commodities (produtos não diferenciáveis como grãos
de um tipo específico, minerais específicos, etc.).
Como você já deve ter notado, os estoques podem ser classificados com base na classificação de materiais
adotada pela organização, inclusive a classificação ABC.
Para relembrar esse assunto, caso precise, sugiro que volte na aula específica sobre
classificação de materiais.
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Análise ABC
Enquanto ferramenta de controle de estoques, a Análise de Pareto permite a identificação dos SKUs “classe
A”, “classe B” e “classe C” com base no maior valor, para identificação da prioridade de tratamento,
conforme a seguir:
• Classe A: constituída por poucos SKUs (entre 15% e 20%) que representam a maior parte do valor
total do estoque (cerca de 80%). Possuem elevado impacto sobre o custo da organização com
estoques, e devem ser o foco da atenção na gestão dos estoques.
• Classe B: constituída por uma quantidade média de SKUs (cerca de 35% a 40% do total) que
representam aproximadamente 15% do valor total dos estoques. Possuem impacto moderado.
• Classe C: constituída por uma grande quantidade de itens (entre 40% e 50%), que representam um
valor muito baixo (cerca de 5% a 10%) dos estoques.
Caso não se lembre bem, para mais detalhes sobre a construção do diagrama, veja sua aula sobre
classificação de materiais.
• Qualitativas: incluem dados e informações não quantificáveis, tais como opiniões de especialistas,
de gerentes, consumidores, pesquisas de mercado, etc.
• Quantitativas: incluem dados e informações quantificáveis, numéricas, tais como quantidade de
produção estimada, número de pedidos de clientes, influência da propaganda sobre as vendas,
crescimento da economia, etc.
Segundo Dias (2015, p.25) as técnicas de previsão de demanda são classificadas em três grupos:
a) Projeção: são aquelas que admitem que o futuro será repetição do passado ou as
vendas evoluirão no tempo futuro da mesma forma que no passado; segundo a
mesma lei observada no passado, este grupo de técnicas é de natureza
essencialmente quantitativa.
b) Explicação: procuram-se explicar as vendas do passado mediante leis que
relacionem as mesmas com outras variáveis cuja evolução é conhecida ou
previsível. São basicamente aplicações de técnicas de regressão e correlação.
c) Predileção: funcionários experientes e conhecedores de fatores influentes nas
vendas e no mercado estabelecem a evolução das vendas futuras.
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• Consumo regular: o quantitativo de materiais utilizados varia pouco entre os diferentes intervalos
de tempo considerados, não apresentando grandes variações por períodos do calendário (como as
férias, por exemplo) ou tendência de subir ou cair.
• Consumo com tendência: é uma forma de consumo regular, na qual o material cuja quantidade de
consumo está crescendo ou caindo com o tempo, sem que haja expectativa de que volte a um
“normal”. O “normal” é a tendência de crescimento ou diminuição.
• Variação sazonal: o consumo de materiais oscila de maneira regular em relação a causas específicas
(como suas férias, por exemplo). Segundo Dias (2015, p.27), o consumo é sazonal quando o desvio é
de, no mínimo, 25% do consumo médio e quando aparece condicionado a determinadas causas.
• Variação irregular: o consumo dos materiais é aleatório e há grande variação entre diferentes
espaços de tempo.
• Método do consumo do último período: estima-se o consumo do período futuro com base no
período anterior.
• Método da média móvel: estima-se o consumo do próximo período com base na média móvel de
períodos anteriores.
• Método da média móvel ponderada: calcula-se a média dos períodos anteriores atribuindo-se um
peso maior aos períodos mais recentes, como forma de reforçar o peso da tendência atual de
consumo.
É preciso ter o cuidado de observar que a soma total dos pesos precisa ser 100%.
• Método da média móvel com ponderação exponencial: esse método busca eliminar problemas dos
métodos anteriores, dando mais valor aos dados recentes e manuseando menos informações.
Dias (2015, p.32) afirma que apenas três valores são necessários para o cálculo, incluindo:
➔ Previsão da demanda do último período;
➔ Consumo realmente ocorrido no último período;
➔ Uma constante que determina o valor ou ponderação dada aos valores mais recentes.
Método da média móvel com ponderação exponencial:
Para fazer a previsão para o período seguinte (março), teríamos que somar a realidade observada
ponderada por um fator de tendência com a previsão anterior para fevereiro ponderada pelo fator
do acaso.
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• Método dos mínimos quadrados: trata-se de um método para calcular qual seria a equação
referente a uma reta formada pelos dados. Em outras palavras, você observa os dados, percebe que
existe uma equação que explica os dados e que, se você souber, pode prever com certa clareza os
próximos períodos.
Reposição de estoque
De forma geral, os sistemas de reposição de estoques da organização podem ser organizados de uma das
seguintes formas:
• Reposição por quantidade: quando se chega ao nível mínimo de estoque (estoque de reposição), é
feita a reposição do material, tendo como base a cota necessária, sem que haja qualquer prazo
associado.
• Reposição por tempo / sistema de reposição periódica: os materiais são repostos integralmente
em períodos pré-determinados.
• Reposição por quantidade e tempo (sistema “máximos e mínimos”, ou de reposição contínua): há
uma cota de materiais a serem repostos para durar um determinado período, e a reposição é feita
em uma época predeterminada.
Nesse sistema, estima-se o estoque máximo e mínimo para o período com base na expectativa de
consumo previsto para o período. Calcula-se o Ponto de Pedido (PP) e a quantidade de pedido para
que, quando o pedido for realizado, o estoque restante seja consumido até o ponto de chegar no
Estoque de Segurança (ES) na data esperada para a reposição com o novo lote comprado. O ES não
deverá ser consumido em condições normais. Trata-se de um verdadeiro “volume morto” para ser
utilizado apenas em casos emergenciais. O estoque de segurança somado à quantidade do pedido
será igual ao estoque máximo.
• Reposição imediata por quantidade: os materiais são encaminhados imediatamente para o setor,
conforme o consumo ocorre. Isso pode ser diário, ou mesmo várias vezes por dia!
• MRP (material requirement planning), MRP II e ERP: MRP é um sistema computacional que parte
das previsões de vendas para estabelecer o planejamento da produção, as demandas por cada
material, o nível de estoques, compras, custos e controle da produção, com o principal objetivo de
manter baixos os estoques de cada um dos materiais utilizados, ao mesmo tempo que mantém a
produção funcionando sem interrupções.
- O conceito de MRP tradicional evoluiu para o MRP II (manufacturing resources planning) e
passou a incluir diferentes áreas da organização, como finanças, materiais e RH, além de
equipamentos, instalações, áreas de estoque, etc., todos ligados à manufatura.
- Com o tempo, evoluiu novamente para o ERP (Enterprise resources planning), passando a
envolver todos os recursos empresariais – não só os ligados à manufatura.
Estoque de segurança
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Emax
PP
ES
Lead
Time
Onde:
Emax = estoque máximo do item.
Q = quantidade do pedido que chegou, normalmente feito com base no LEC = Lote Econômico de Compra.
PP = Ponto de pedido.
ES = Estoque de segurança.
Lead time = tempo entre o pedido e a chegada do material (tempo de reposição)
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EM = Q/2 + ES
Vamos tratar agora de outro conceito bastante simples: o Estoque Máximo (Emax). Trata-se da simples
soma da quantidade comprada com o estoque de segurança. Assim:
Emax = Q + ES
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2𝐴𝑆
𝐿𝐸𝐶 = √
𝑖𝑐
Onde:
LEC = Lote Econômico de Compra.
A = demanda do material por período, em unidades.
S = custo para emitir um pedido, em dinheiro.
i = taxa de custo de armazenagem por período (porcentagem expressa em decimal).
c = custo da unidade comprada.
Note ainda que “ic” representa o custo total da armazenagem de uma unidade do material no período
considerado (algumas questões informam diretamente esse valor, já em unidades monetárias!).
Uma variação do modelo substitui “ic” por “Ca+(jp)”, onde Ca = custo de armazenagem em dinheiro, por
unidade, por período; j = taxa de juros no período, em decimal; p = preço da unidade do material.
𝐶𝑚
𝐼𝑟 =
𝐸𝑚
Onde:
Ir = Índice de Rotatividade do Estoque (ou Giro do Estoque)
Cm = Consumo (p. ex.: no ano)
Em = Estoque médio (p. ex.: no ano)
Outra fórmula para cálculo envolve o valor monetário dos estoques, aplicável para os produtos acabados:
𝐶𝑚𝑣
𝐼𝑟 =
𝐸𝑚𝑝𝑎
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Onde:
Ir = Índice de Rotatividade do Estoque (ou Giro do Estoque)
Cmv = Custos das mercadorias vendidas (em R$, p. ex.: no ano)
Empa = Valor de estoque médio dos produtos acabados (em R$)
A mesma fórmula pode ser adaptada para se calcular a rotatividade da matéria prima:
𝐶𝑚𝑎𝑡
𝐼𝑟 =
𝐸𝑚𝑚𝑝
Onde:
Ir = Índice de Rotatividade do Estoque (ou Giro do Estoque)
Cmat = Custos das matérias primas (em R$, p. ex.: no ano)
Emmp = Valor de estoque médio das matérias primas (em R$)
Outro importante indicador é a taxa de cobertura (também chamada de antigiro – o oposto do índice de
rotatividade), que se calcula da seguinte forma:
𝐸𝑚
𝑇𝑐 =
𝐶𝑚
Onde:
Ir = Índice de Rotatividade do Estoque (ou Giro do Estoque)
Cm = Consumo (p. ex.: no ano)
Em = Estoque médio (p. ex.: no ano)
Métodos para avaliação financeira dos estoques: custo médio, PEPS, UEPS, Custo de reposição, custo
específico.
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• Custo Médio ponderado: trata-se de um método bastante utilizado e que consiste em avaliar o
custo de cada item com base no preço médio da aquisição, ponderado pelo tamanho do lote
comprado.
• Primeiro que entra, primeiro que sai (PEPS – FIFO): O método PEPS (ou FIFO – first in, first out)
consiste na avaliação do estoque pela ordem cronológica das entradas. O material que entrou antes
é o que sairá antes.
• Último que entra, primeiro que sai (UEPS – LIFO): do inglês last in, first out, o material retirado será
sempre avaliado pelo custo do mais recentemente adicionado ao estoque
• Custo de reposição: o valor dos estoques é avaliado com base no custo que a organização teria para
repor os materiais, após o consumo.
• Custo ou preço específico: é a atribuição do custo especificamente pago por cada uma das
unidades de estoque. Assim, quando um item físico é retirado, seu custo de aquisição considerado
será especificamente o que foi incorrido na sua compra.
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6.QUESTÕES COMENTADAS
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Comentário:
Questão totalmente interpretativa. O material que saiu do estoque como empréstimo é consumo ou não?
Não é! É material que saiu do estoque e que vai voltar.
Se a organização considerar que ele faz parte do consumo, haverá erros frequentes na previsão do
consumo futuro, pois ele vai considerar esses empréstimos quando não devia.
Atenção: dizer isso não é a mesma coisa que dizer que esses empréstimos não devem ser registrados – é
fundamental que sejam! Só não se pode misturar os registros com os de consumo da organização!
GABARITO: Errado.
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• Estoque de antecipação: serve como um colchão para absorver uma demanda futura relativamente
previsível. Um exemplo é quando o supermercado faz um grande estoque de ovos de páscoa antes
da páscoa, já que antecipa que aquele produto (de demanda inexistente ao longo do ano) terá uma
demanda altíssima durante o período festivo.
• Estoque de segurança (de flutuação): é o estoque que dá segurança para a organização funcionar
sem quebra de estoque (falta de material quando ele for necessário). Em palavras mais técnicas, é
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um volume de estoque que serve para absorver flutuações dos níveis de insumos, demanda por
produtos pelos clientes, ou lead time (na administração de compras, trata-se do tempo entre a
realização do pedido e sua efetiva recepção, no estoque da empresa compradora).;
• Estoque de tamanho do lote (ou estoque de ciclo): é o estoque referente ao tamanho do lote de
compra, criado para se beneficiar da vantagem de custo por comprar em maior quantidade;
𝒒𝒙𝒕
𝑬𝑻𝒎𝒆𝒅 =
𝟑𝟔𝟓
• Estoque hedge: é o estoque que é adquirido com o objetivo de se proteger de flutuações esperadas
para o preço futuro de um produto, sendo comumente adquirido em mercados financeiros (e não
físicos), especialmente para produtos do tipo commodities (produtos não diferenciáveis como grãos
de um tipo específico, minerais específicos, etc,).
Com essa bela revisão, percebemos que a única resposta correta está na letra C.
GABARITO: C.
O modelo de reposição periódica é voltado para emissão de pedidos em momentos específicos do tempo,
ou seja, em intervalos fixos, de modo a completar o estoque no momento em que os pedidos são feitos.
GABARITO: B.
Os demais dados apresentados são irrelevantes. Servem apenas parra lhe confundir.
Com essas informações, bastava multiplicar o percentual pelo valor médio anual do estoque, assim:
• Total = R$750.000/ano.
GABARITO: A.
1 2000 3000
2 1000 2000
3 1000 1000
4 1000
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e) 1200 e 1,2.
Comentário:
O sistema apresentado não possui regularidade de demanda nem estoque mínimo, por isso a fórmula
padrão para estoque médio não se aplica.
Teremos que calcular o estoque médio na marra. O estoque médio nas 4 primeiras semanas (primeiro mês)
é = (3.000 + 2.000 + 1.000 + 0)/4 = 1.500.
TC = 1.500/Consumo médio.
TC = 1.500/1.250 = 1,2.
GABARITO: B.
e) R$1.080,00.
Comentário:
O método a ser utilizado para avaliação dos estoques é o PEPS.
Vamos fazer uma tabelinha para entender as movimentações realizadas:
05/jun 50 500
30/jun 1.080
O único detalhe que pode confundir algumas pessoas é o movimento em reais no dia 29 de junho. Como o
sistema é PEPS, 50 unidades retiradas foram do valor inicial de R$10,00 por unidade, e 10 unidades foram
ao valor de R$12,00 por unidade, por isso o total de R$620.
GABARITO: E.
GABARITO: E.
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produtivo (isso não é parte do assunto, mas a banca exigiu que você soubesse!). É possível entender que o
JIT é um método desse tipo, e isso melhora a gestão dos estoques.
VII) Certo. Um planejamento estratégico claro em relação aos estoques facilita sua gestão.
VIII) Certo. Realizar inventários de estoque (rotativo) e fazer contagem prévia dos materiais podem ajudar
a controlar melhor os estoques, reduzindo seus custos.
GABARITO: C.
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a) ao método UEPS (o último a entrar é o primeiro a sair) ou LIFO (last in, first out), que preconiza a
reposição mais rápida dos últimos itens da cadeia produtiva.
b) à priorização da reposição de estoque de acordo com a demanda, que “empurra” o estoque de acordo
com os itens mais requeridos.
c) à denominada Curva ABC que propõe a escolha de três principais itens para estocagem, de acordo com
o seu peso relativo.
d) ao conceito just-in-time, que preconiza a reposição nas quantidades necessárias e no momento
necessário, idealizando o estoque zero.
e) ao método PEPS (o primeiro a entrar é o primeiro a sair) ou FIFO (first in, first out), que preconiza a
reposição mais rápida dos primeiros itens da cadeia produtiva.
Comentário:
O Kanban (e não “Kaban”) é uma técnica de sinalização da demanda por materiais por meio de cartões
coloridos que ficam fixados nas localizações dos diferentes pontos de produção, sinalizando para o
processo anterior qual o material e qual a urgência necessária. Este é um método associado ao just-in-time,
com o objetivo de, idealmente, eliminar os estoques para dar máxima flexibilidade e menor custo à
organização.
GABARITO: D.
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O custo unitário do saldo final de estoque do material pelos métodos "Primeiro Entra, Primeiro Sai"
(PEPS), "Último Entra, Ultimo Sai" (UEPS) e Custo Médio Unitário são, respectivamente:
a) 15,00; 20,00; 18,00
b) 18,00; 20,00; 15,00
c) 20,00; 15,00; 18,00
d) 18,00; 15,00; 20,00
e) 15,00; 18,00; 20,00
Comentário:
Vejamos:
PEPS:
Dia 08/09 – custo unitário no estoque = R$15.
Dia 09/09 – entraram mais 150 unidades a R$20 cada.
Dia 23/09 – saíram 150 unidades (100 do primeiro estoque e 50 do segundo, já que o regime é o PEPS).
Assim, saíram (100 * R$15) = R$1.500 + R$1.000 (50*R$20) = R$2.500 de saída. Como o estoque total era
de R$4.500 (1.500 + 3.000), o saldo final foi de R$4.500 – R$2.500 = R$2.000 em 100 itens. Assim, o “custo
unitário do saldo final” nesse caso é de R$20,00.
Só com isso você já resolveria a questão, cuja resposta está na alternativa D. Ainda assim, resolvamos com
os demais métodos:
UEPS:
Nesse método, o último que entra é o primeiro que sai. Assim, como os últimos 150 itens a entrar foram no
doa 09/09, entende-se que o custo unitário dos que ficaram está justamente nos que tinham entrado
antes: R$15,00.
Custo médio unitário
Aqui temos um regime diferente. Em resumo, você teria que calcular o custo médio das unidades de
estoque, dividindo o valor total das entradas (R$4.500) pela quantidade de itens antes da saída (250).
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Assim, o custo unitário de cada produto que saiu (assim como dos que ficaram no estoque) é de 4.500/250
= R$18,00.
GABARITO:C
28. (FCC/DPE-RS/Técnico – Logística/2017) No ano de 2016, uma empresa que comercializa materiais
de informática apresentou vendas de R$ 285.000,00. O estoque médio mostrou um valor de R$ 3.000,00.
Supondo um ano de 365 dias, o giro e a cobertura do estoque, no período de 2016, foram,
respectivamente,
a) 105 vezes; 3,8 dias.
b) 85 vezes; 2,8 dias.
c) 95 vezes; 3,8 dias.
d) 90 vezes; 3,8 dias.
e) 80 vezes; 4,8 dias.
Comentário:
Relembremos como são calculados os indicadores solicitados pela questão:
GE = Consumo médio no período considerado (p. ex.: no ano).
Estoque médio.
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Considerando a importância desse item para o andamento dos processos internos, ao avaliá-lo utilizando
o indicador de rotatividade dos estoques, conclui-se que, no ano de 2015, este item teve um giro de
a) 36 vezes.
b) 24 vezes.
c) 12 vezes.
d) 6 vezes.
e) 18 vezes.
Comentário:
O giro de estoque é calculado da seguinte forma:
GE = Consumo médio no período considerado (p. ex.: no ano).
Estoque médio.
O consumo anual (já que a questão quer o giro no ano de 2015, por mês), por sua vez, seria calculado da
seguinte forma:
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(150+120+200+180+130+90+120+150+130+100+90+110) = 1570.
GABARITO: C
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Trata-se do índice de rotatividade, calculado com base nos valores, e não nas quantidades.
GABARITO: B
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d) especializados
e) contínua
Comentário:
O sistema de produção mencionado está relacionado à produção com base no just-in-time, sendo a
produção puxada pelo cliente!
GABARITO: C.
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51. (CESPE/TRT8/TJAA/2016) Assinale a opção que apresenta tipos de dados necessários para o
cálculo do ponto de pedido, ou seja, a quantidade de estoque que, quando alcançada, indica o momento
de providenciar um novo pedido de compra.
a) consumo médio mensal, estoque máximo e tempo de reposição
b) tempo de reposição, estoque mínimo e giro de estoque
c) consumo médio mensal, giro de estoque e estoque segurança
d) tempo de reposição, giro de estoque e estoque máximo
e) consumo médio mensal, tempo de reposição e estoque mínimo
Comentário:
Para que se calcule o ponto de pedido, é necessário saber qual o estoque mínimo e qual o consumo
durante o lead time, ou seja, qual o consumo durante o tempo de reposição.
O consumo durante o tempo de reposição, por sua vez, pode ser obtido por meio do tempo de reposição e
do consumo médio do período.
Tais informações só estão mencionadas na alternativa E.
GABARITO: E.
52. (CESPE/TRE-GO/TJAA/2015) Ocorre excesso de material estocado quando for positivo o resultado
da seguinte equação: saldo atual - ponto de ressuprimento + lote econômico de compras.
Comentário:
Não faz o menor sentido! O excesso de material só ocorrerá se houver mais material do que o Estoque
Máximo, que não tem nada a ver com a fórmula apresentada pela questão.
Relembrando: Emax = ES + Quantidade comprada (normalmente o LEC).
GABARITO: Errado.
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O gráfico dente de serra tem vários pressupostos para poder representar a realidade, conforme informado
pela questão. É justamente por isso que ele não representa a realidade com clareza, mas sim uma teoria
sobre o mundo ideal.
GABARITO: Certo.
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b) 11 − 13 − 16 − 17 − 19.
c) 10 − 15 − 17 − 18.
d) 10 − 12 − 14 − 15 − 18.
e) 11 − 13 − 16 − 19.
Comentário:
O estoque mínimo deve ser de 1 mês, segundo afirmado pelo comando da questão.
Os itens que estão abaixo do ponto de pedido serão aqueles que possuem menos de 1 mês de estoque
mínimo, somado ao tempo de reposição de cada fornecedor.
Assim, o ponto de pedido será de 2 meses para o fornecedor 1, 3 meses para o fornecedor 2, e 4 meses
para o fornecedor três.
Vamos então calcular o estoque disponível, em meses, de cada material, dividindo o estoque disponível,
pelo seu consumo, e assim teremos a resposta sobre quais itens estão abaixo do ponto de pedido.
10 1 18/10 = 1,8
11 2 120/30 = 4
12 1 37/25 = 1,48
13 2 92/15 = 6,13
14 1 74/60 = 1,23
15 3 5/2 = 2,5
16 3 300/50 = 6
17 1 23/5 = 4,6
18 2 41/20 = 2,05
19 3 165/35 = 4,71
Marquei em amarelo os itens que já passaram do ponto de pedido, nos termos que já expliquei.
GABARITO: D.
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ponto de reposição ocorre quando o nível de estoque atinge 4.000 unidades, o Estoque de Segurança de
envelopes é de
a) 500 unidades.
b) 1.500 unidades.
c) 1.000 unidades.
d) 2.000 unidades.
e) 2.500 unidades.
Comentário:
A questão exige um conhecimento simples sobre o gráfico dente de serra para se calcular o Estoque de
Segurança. Vejamos:
O consumo semanal é de 1.500 unidades. Como o tempo de ressuprimento é de duas semanas, é preciso
calcular o consumo durante essas duas semanas:
1.500 unidades x 2 semanas = 3.000 unidades.
Como o ponto de pedido é quando o estoque estiver em 4.000 unidades, sabemos que em duas semanas o
Estoque chegará a 1.000 unidades, sendo essa a quantidade existente para absorver os choques de
demanda ou tempo de ressuprimento.
GABARITO: C.
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60. (FGV/IBGE/Analista – Recursos Materiais e Logística/2016) Suponha que você é responsável pelo
ressuprimento de materiais do setor de gestão de estoques de uma organização como o IBGE. O sistema
empregado para um determinado item, sob sua responsabilidade, é o de reposição contínua. Considere
os seguintes dados (em quantidades e em unidade de tempo):
O ponto de pedido (PP), ou ponto de reposição, é o valor do estoque no qual a organização fará disparar o
pedido de compra, de modo que o consumo durante o tempo de ressuprimento permita que, quando o
pedido chegar, a organização esteja no ponto exato de atingir o seu estoque de segurança (Emin/ES).
Assim, PP = Emin + DDLT, ou seja =
Estoque mínimo + demanda durante o lead time.
Para calcularmos a demanda durante o lead time, temos que saber qual a demanda do produto, o que não
foi oferecido de maneira óbvia. Apesar disso, note que a questão afirma que o pedido é de 900 unidades, e
que ele dura 4 meses (intervalo entre ressuprimentos). Assim, sabemos que a demanda média mensal =
900/4 = 225 unidades/mês.
PP = DDLT+Emin
PP = 450+500
PP=950
GABARITO: C.
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• Consumo semanal = 30
• Preço unitário = 5
• ES = 10
Relembremos.:
Estoque máximo = estoque de segurança + lote de compra.
Assim.:
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GABARITO: E.
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Com base nessa nova demanda, se o atraso possível for de 15 dias (0,5 mês), faz-se necessário um estoque
mínimo de 0,5 * 60 = 30 unidades para absorver variações na entrega.
Assim, somando-se as duas variações a serem consideradas para cálculo do estoque mínimo, temos = 10 +
30 = 40.
GABARITO: B.
Assim, somando-se as duas variações a serem consideradas para cálculo do estoque mínimo, temos = 1500
+ 2000 = 3500.
GABARITO: D.
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farinha de um moinho em lotes de 15000 quilos, a um preço de R$3,00 por quilo. Uma encomenda
realizada junto ao moinho leva, em média, 3 semanas para ser recebida. A fim de se precaver contra
eventuais oscilações de demanda, a fabricante de massas opera com um estoque de segurança de 9000
quilos de farinha de trigo. Os estoques máximo e médio de farinha de trigo na fabricante de massas são,
respectivamente:
a) 9000 quilos e 7500 quilos;
b) 15000 quilos e 7500 quilos;
c) 24000 quilos e 16500 quilos;
d) 24000 quilos e 12000 quilos;
e) 27000 quilos e 14500 quilos.
Comentário:
Sintetizemos os dados trazidos pela questão:
• Preço = R$3,00/kg
• ES = 9000 kg
b) consumo empenhado.
c) ponto de pedido.
d) estoque virtual.
Comentário:
Questão tranquila. A quantidade em que o estoque dispara um novo pedido de compra é o “ponto de
pedido”
GABARITO: C.
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Comentário:
O estoque mínimo, também chamado de estoque de segurança, é a quantidade de material que deve ser
mantida em estoque com o objetivo de absorver flutuações na demanda ou no tempo de entrega
(situações imprevisíveis).
GABARITO: B.
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7.LISTA DE QUESTÕES
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a) consiste em emitir um pedido de compra sempre que o nível de estoque atingir o ponto de pedido,
sendo bastante sensível ao tempo de atendimento;
b) consiste em emitir pedidos de compra em intervalos fixos, em quantidades que deixariam o estoque
pleno no momento do pedido;
c) também chamado de modelo do lote padrão, ou modelo do estoque máximo, depende do tempo de
atendimento para determinação do ponto de pedido;
d) por trabalhar com o estoque mínimo, corre o risco de ficar sem estoque caso a demanda seja
razoavelmente maior que a utilizada para determinação do ponto de pedido;
e) por trabalhar com o estoque mínimo, o estoque de segurança não deve ser inferior a 30% do lote
econômico.
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1 2000 3000
2 1000 2000
3 1000 1000
4 1000
a) PEPS.
b) UEPS.
c) Custo ou preço médio ponderado móvel.
d) Custo ou preço médio ponderado fixo.
e) Custo ou preço específico.
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O custo unitário do saldo final de estoque do material pelos métodos "Primeiro Entra, Primeiro Sai"
(PEPS), "Último Entra, Ultimo Sai" (UEPS) e Custo Médio Unitário são, respectivamente:
a) 15,00; 20,00; 18,00
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28. (FCC/DPE-RS/Técnico – Logística/2017) No ano de 2016, uma empresa que comercializa materiais
de informática apresentou vendas de R$ 285.000,00. O estoque médio mostrou um valor de R$ 3.000,00.
Supondo um ano de 365 dias, o giro e a cobertura do estoque, no período de 2016, foram,
respectivamente,
a) 105 vezes; 3,8 dias.
b) 85 vezes; 2,8 dias.
c) 95 vezes; 3,8 dias.
d) 90 vezes; 3,8 dias.
e) 80 vezes; 4,8 dias.
Considerando a importância desse item para o andamento dos processos internos, ao avaliá-lo utilizando
o indicador de rotatividade dos estoques, conclui-se que, no ano de 2015, este item teve um giro de
a) 36 vezes.
b) 24 vezes.
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c) 12 vezes.
d) 6 vezes.
e) 18 vezes.
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e) contínua
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C) máximo.
D) lote de compra.
E) mínimo.
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51. (CESPE/TRT8/TJAA/2016) Assinale a opção que apresenta tipos de dados necessários para o
cálculo do ponto de pedido, ou seja, a quantidade de estoque que, quando alcançada, indica o momento
de providenciar um novo pedido de compra.
a) consumo médio mensal, estoque máximo e tempo de reposição
b) tempo de reposição, estoque mínimo e giro de estoque
c) consumo médio mensal, giro de estoque e estoque segurança
d) tempo de reposição, giro de estoque e estoque máximo
e) consumo médio mensal, tempo de reposição e estoque mínimo
52. (CESPE/TRE-GO/TJAA/2015) Ocorre excesso de material estocado quando for positivo o resultado
da seguinte equação: saldo atual - ponto de ressuprimento + lote econômico de compras.
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b) 1.500 unidades.
c) 1.000 unidades.
d) 2.000 unidades.
e) 2.500 unidades.
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60. (FGV/IBGE/Analista – Recursos Materiais e Logística/2016) Suponha que você é responsável pelo
ressuprimento de materiais do setor de gestão de estoques de uma organização como o IBGE. O sistema
empregado para um determinado item, sob sua responsabilidade, é o de reposição contínua. Considere
os seguintes dados (em quantidades e em unidade de tempo):
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realizada junto ao moinho leva, em média, 3 semanas para ser recebida. A fim de se precaver contra
eventuais oscilações de demanda, a fabricante de massas opera com um estoque de segurança de 9000
quilos de farinha de trigo. Os estoques máximo e médio de farinha de trigo na fabricante de massas são,
respectivamente:
a) 9000 quilos e 7500 quilos;
b) 15000 quilos e 7500 quilos;
c) 24000 quilos e 16500 quilos;
d) 24000 quilos e 12000 quilos;
e) 27000 quilos e 14500 quilos.
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8. GABARITO
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9.BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL
ARNOLD, J. R. Tony. Administração de Materiais: uma introdução. São Paulo: Editora Atlas, 2015.
DIAS, Marco A. P. Administração de Materiais: uma abordagem logística. 6ª Ed. São Paulo: atlas, 2015.
DIAS, Marco A. P. Administração de Materiais: princípios, conceitos, gestão. 6ª Ed. São Paulo: Atlas, 2014.
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