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Aula 09

Arquivologia e Recursos Materiais p/


PG-DF (Técnico Jurídico - Apoio
Administrativo) - Pós-Edital

Autor:
Carlos Xavier
Aula 09

12 de Janeiro de 2020
Carlos Xavier
Aula 09

Sumário

1. A GESTÃO DE ESTOQUES .................................................................................................................... 3

1.1. JUST IN TIME – JIT, KANBAN E JUST IN CASE ......................................................................... 6

1.2. POLÍTICAS DE ESTOQUE ............................................................................................................... 8

1.3. CLASSIFICAÇÃO DOS ESTOQUES ............................................................................................... 9

Análise ABC ............................................................................................................................................ 10

2. CONSUMO, DIMENSIONAMENTO E PREVISÃO DE ESTOQUE ................................................. 13


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2.1. CONSUMO E DIMENSIONAMENTO DOS ESTOQUES ......................................................... 13

Técnicas de previsão de consumo...................................................................................................... 13

Formas de evolução do consumo ....................................................................................................... 14

2.2. MÉTODOS MATEMÁTICOS PARA PREVISÃO DO CONSUMO ............................................ 16

3. REPOSIÇÃO DE ESTOQUE ................................................................................................................. 25

3.1. O ESTOQUE DE SEGURANÇA .................................................................................................... 27

3.2. O GRÁFICO “DENTE DE SERRA” ............................................................................................... 30

4. AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS ESTOQUES ................................................................................. 36

4.1. PRINCIPAIS INDICADORES DE ESTOQUES: GIRO DE ESTOQUE E TAXA DE


COBERTURA .............................................................................................................................................. 36

4.2. MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO FINANCEIRA DOS ESTOQUES: CUSTO MÉDIO, PEPS,
UEPS, CUSTO DE REPOSIÇÃO, CUSTO ESPECÍFICO ....................................................................... 40

5. ASPECTOS ESSENCIAIS PARA A PROVA ......................................................................................... 45

Análise ABC ............................................................................................................................................ 48

6. QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................ 56

7. LISTA DE QUESTÕES ........................................................................................................................... 97

8. GABARITO ............................................................................................................................................ 119


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9. BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL ................................................................................................................ 120

PALAVRAS INICIAIS
Oi, tudo bem?!
Estou de volta para mais uma aula de administração de materiais.
Hoje estudaremos a gestão de estoques: tema muito importante e bastante cobrado em provas, das mais
diversas bancas.
Abraço e bons estudos!
Prof. Carlos Xavier
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1. A GESTÃO DE ESTOQUES
Do ponto de vista da administração de materiais, estoques são o conjunto de materiais mantidos pela
organização, seja para utilizar em seu processo produtivo, seja para os processos de apoio, seja para venda
ao cliente.
Os estoques são especialmente importantes para empresas do setor industrial e do comércio, já que sua
movimentação de materiais é intensa e os custos a ela associados são muito grandes.
É fundamental entender que o custo total dos materiais que a organização compra, armazena, utiliza e
vende vai muito além do simples preço de compra.
Os principais elementos relacionados ao custo dos estoques envolvem o custo dos pedidos e o custo de
aquisição:

• Custo de pedidos - despesas relacionadas à realização de um novo pedido de compras, como o


tempo de trabalho do funcionário de compras, os equipamentos utilizados, etc. devem ser
acrescidas ao custo de aquisição. Quanto mais frequentes forem os pedidos, maior será o custo
total que se incorporará aos estoques.
• Custo de aquisição/custo por item: é o preço pago pelo item comprado, assim como os custos
diretos para trazê-lo até a empresa.

Estoques grandes, de forma geral, implicam em maiores custos de armazenagem, capital e riscos,
conforme a seguir:

• Custo de armazenagem (edificações, pessoal, manutenção, equipamentos): é o custo da área física


de armazenagem utilizada pelo produto, considerando o tempo de armazenamento médio até o
seu consumo. Inclui, ainda, o custo dos funcionários, pessoal, equipamentos, etc., necessários para
operação do almoxarifado.
• Custo de capital: custos de oportunidade relativos aos investimentos feitos em armazenagem e
estoque, que poderiam estar investidos em outras atividades.
• Custo de riscos: relacionados com a eventual perda de produtos, danos, obsolescência (materiais se
tornam obsoletos), depreciação (desvalorização), furtos, perecibilidade (materiais perdem a
validade), etc.
Quanto mais à montante estiver o estoque, maior o risco de perda por obsolescência, já que o
cliente final não compra, o varejista não compra, o atacadista não compra, o distribuidor não
compra e o estoque fica na mão do fabricante, por exemplo...

Estoques pequenos, por sua vez, podem:

• Gerar quebra/ruptura de estoque (falta de produtos) e fazer com que a organização não atenda às
necessidades dos clientes em um pico de demanda, gerando perda de lucros.
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• Causar quebra de produção (paralisação da produção) caso seus fornecedores atrasem a entrega
de matérias primas, fazendo a organização incorrer em perda de vendas, custos de funcionários
ociosos e custos para reiniciar as máquinas.
• Perda de imagem caso a organização tenha o seu nome e marca manchados pela dificuldade de
atender seus clientes, por conta da falta de estoques.
• Etc.

Um conceito de baixa cobrança, mas importante, é o de custo de carregamento de estoque, que nada mais
é do que o custo de ter material em estoque, sendo resultado da soma do custo de armazenagem com o
custo de oportunidade do capital. Assim:
CC = CA + CO, onde:
CC = custo de carregamento
CA = custo de armazenagem
CO = custo de oportunidade, calculado pela multiplicação do preço do material pela taxa de juros a
ser utilizada.

Seguindo em frente...
Como você percebeu, os estoques servem como um colchão para gerar conforto no funcionamento dos
processos da organização, servindo inclusive para:

• Absorver diferenças entre oferta e demanda;


• Atender demanda dos clientes por produtos acabados entre os ciclos de produção;
• Atender a demanda variável por insumos na organização, permitindo seu abastecimento;
• Manter a produção funcionando mesmo com o atraso de entrega de fornecedores;
• Proporcionar ganhos financeiros para a organização e evitar perdas;
• Etc.

Você já deve ter notado que gerenciamento dos estoques é fundamental para o sucesso da organização.
Esta função específica da administração de materiais é responsável pelo planejamento, organização,
direção e controle de todos os processos relacionados com o estoque, desde a estocagem de matérias
primas até a do produto acabado que será entregue ao cliente final.
Podemos dizer ainda que uma boa gestão de estoques permite à organização atender as demandas dos
clientes externos por produtos acabados e dos clientes internos por insumos, além de melhorar a eficiência
do processo produtivo por meio da redução dos custos de estoque.

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Apesar de imprecisa, a definição de muitos autores para “gestão de estoques” é a mesma


que “controle de estoques”. Assim, se você se deparar com questões que digam que o
“controle de estoques” toma decisões sobre o que comprar, como comprar, quanto
comprar, como fazer o ressuprimento, etc., aceite como correta!

(EBSERH/Assistente Administrativo) O setor de controle de estoques de materiais é responsável por definir


que produtos devem ser mantidos em estoque, bem como a quantidade necessária e a periodicidade de
reabastecimento de cada um deles.
Comentário:
Achei a questão ruim. Não há dúvida de que a gestão de estoques é responsável por definir que produtos
devem ser mantidos, qual a quantidade e periodicidade de cada reposição. Apesar disso, trata-se da gestão
ou administração de estoques.
Controle é a função administrativa de verificação e ação corretiva e, por isso, aplicada à gestão de
estoques, seria a função de verificação dos estoques e tomada de ações corretivas, e não de
gerenciamento como um todo, nem de tomada de decisões antecipadas (planejamento).
Assim, ao meu ver, o examinador errou ao copiar trecho de livro de algum autor que falou sobre o assunto
de maneira imprecisa o que, infelizmente, é comum.
Em sua prova, se isso cair dessa mesma forma, eu marcaria “certo”, conforme o gabarito apontado pela
banca (já que isso é comum).
GABARITO: Certo.

(EBSERH/Assistente Administrativo) A manutenção de grandes quantidades de materiais em depósito é


vantajosa devido ao fato de reduzir os custos de armazenagem.
Comentário:
Ao contrário, a manutenção de grandes quantidades de materiais em estoque aumenta os custos de
armazenagem!
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GABARITO: Errado.

(EBSERH/Analista Administrativo) A manutenção do estoque de medicamentos importados é considerada


uma vantagem quando, por questões negociais, ocorre a interrupção de um contrato de fornecimento
internacional.
Comentário:
Você teria que interpretar a questão.
Se eu preciso de um material (e, por isso, tenho em estoque), quando um problema negocial dificulta a
aquisição, a existência de estoque desse material é algo bom ou ruim?
Bom, é claro! Isso porque o estoque vai possibilitar que a organização continue utilizando o material
enquanto a questão negocial não se resolve.
GABARITO: Certo.

(EBSERH/Analista Administrativo) As perdas com a desvalorização de materiais permanentes mantidos em


estoque são consideradas custos de depreciação na gestão de um estoque.
Comentário:
Perfeito. Perdas com a desvalorização são custos de depreciação (perda de valor) em um estoque.
GABARITO: Certo.

Estudemos agora tópicos específicos que costumam ser cobrados em prova sobre a gestão e controle de
estoques.

1.1. JUST IN TIME – JIT, KANBAN E JUST IN CASE

Trata-se de um sistema de reposição de estoques baseado numa filosofia de redução de custos com base
nos estoques.
O propósito central da filosofia Just in Time (JIT) para o gerenciamento de estoques é identificar a demanda
por produto acabado com antecedência, produzindo apenas o necessário e comprando os insumos apenas
para aquela demanda. Assim, ao menos em tese, os estoques cairiam para zero, o que baixaria
imensamente o custo da organização.
A organização só produziria o que é demandado pelo cliente, exatamente na hora que ele precisa, e só
teria insumos ingressando exatamente na hora em que seu processo produtivo precisasse. Os materiais
passam a ser “puxados” pelo cliente ao longo da cadeia produtiva, ao invés de serem “empurrados” para
formar estoques. É como se a organização e seus fornecedores, ao longo da cadeia produtiva, fossem
tratados como uma extensão um do outro, em uma relação de parceria e integração elevadas.

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A grande questão é que há vários problemas práticos para fazer o JIT funcionar: - os clientes possuem
demandas variáveis; os fornecedores demoram tempos variáveis para entregar os insumos; alguns insumos
chegam com defeito; alguns materiais se perdem ou se deterioram; etc. Tudo isso contribui para que a
organização precise manter um certo nível de estoques. Esses problemas se tornam ainda maiores na
Administração Pública, por conta de necessidade de seguir procedimentos licitatórios que podem ser
demorados.
O JIT anda em conjunto com o Kanban, que é uma ferramenta de controle de estoques que busca
abastecer a fábrica com os itens necessários, nas quantidades necessárias, no momento necessário, com a
qualidade necessária para suprir a linha de produção sem perdas e geração de estoques.
Na prática, o sistema Kanban funciona com base em um sistema de cartões coloridos que vão sendo
colocados ao longo da linha de produção para apontar a necessidade de reposição de um material (cada
cor aponta uma prioridade), sendo uma sinalização para o processo anterior entregar o material que
precisa ser usado.
O sistema foi construído com base em um sistema visual de supermercado: quando a prateleira está vazia,
o processo de abastecimento sabe que é preciso movimentar material para aquele lugar, para que possa
ser vendido o mais rapidamente possível.

(EBSERH/Analista Administrativo – Gestão Hospitalar) Na administração dos estoques just-in-time, se


mantém um estoque de segurança para que, na necessidade do produto, o material já esteja disponível.
Comentário:
A gestão por meio do JIT é tendente a eliminar estoques, e não a manter estoques de segurança!
GABARITO: Errado.

(SABESP/Tecnólogo 01) Em obras de construção civil, há um almoxarifado para controle dos materiais a
serem utilizados. Entretanto, para prevenção de perdas e para redução dos níveis de estoques
operacionais, uma estratégia muito utilizada é a reposição de acordo com o consumo, ou seja, a entrega do
material na obra só é realizada quando o seu uso é iminente. Esta técnica de gestão de materiais é
conhecida por
a) Supply Chain.
b) Just In Case − JIC.
c) logística reversa.
d) Just In Time − JIT.
e) ciclo PDCA.
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Comentário:
A ferramenta que consiste em ter estoques tendentes a zero, só recebendo um material que vai ser
utilizado na iminência de fazê-lo é o JIT.
O restante das coisas mencionadas na questão simplesmente não se conecta com o que é pedido...
GABARITO: D.

(Prefeitura de Macapá-AP/Administrador) No bojo das metodologias de administração de materiais,


emergiu como paradigma para controle de estoques a ferramenta denominada Kaban atrelada
a) ao método UEPS (o último a entrar é o primeiro a sair) ou LIFO (last in, first out), que preconiza a
reposição mais rápida dos últimos itens da cadeia produtiva.
b) à priorização da reposição de estoque de acordo com a demanda, que “empurra” o estoque de acordo
com os itens mais requeridos.
c) à denominada Curva ABC que propõe a escolha de três principais itens para estocagem, de acordo com
o seu peso relativo.
d) ao conceito just-in-time, que preconiza a reposição nas quantidades necessárias e no momento
necessário, idealizando o estoque zero.
e) ao método PEPS (o primeiro a entrar é o primeiro a sair) ou FIFO (first in, first out), que preconiza a
reposição mais rápida dos primeiros itens da cadeia produtiva.
Comentário:
O Kanban (e não “Kaban”) é uma técnica de sinalização da demanda por materiais por meio de cartões
coloridos que ficam fixados nas localizações dos diferentes pontos de produção, sinalizando para o
processo anterior qual o material e qual a urgência necessária. Este é um método associado ao just-in-time,
com o objetivo de, idealmente, eliminar os estoques para dar máxima flexibilidade e menor custo à
organização.
GABARITO: D.

O just-in-case, por sua vez, é uma filosofia de estoque oposta ao just in time. No Just in Case a organização
opta por produzir com máximo de sua capacidade, gerando o máximo de produto acabado possível e
criando estoques para evitar riscos de falta de atendimento ao cliente interno ou externo.
Trata-se de um sistema de “empurrar” estoques para as próximas etapas, forçando o estabelecimento de
estoques mais altos do que o necessário, em prol de mais segurança operacional.

1.2. POLÍTICAS DE ESTOQUE

Um importante conceito para você conhecer é o de “políticas de estoque”.

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As políticas de estoque são decisões prévias tomadas pelos gestores com o objetivo de estabelecer quando
pedir, quanto pedir e como controlar os estoques. São decisões consideradas estratégicas ou funcionais
para os estoques. Decisões operacionais, do dia-a-dia, não fazem parte das políticas.
Viana apresenta o conceito em outras palavras. Para ele (2013, p.118) “entende-se por política de estoques
o conjunto de atos diretivos que estabelecem, de forma global e específica, princípios, diretrizes e normas
relacionados ao gerenciamento” de estoques.
Dias (2015, p.17-18), por sua vez, detalha que as políticas de estoque são diretrizes que, de maneira geral,
incluem:

a. Metas quanto a tempo de entrega dos produtos ao cliente;


b. Definição do número de depósitos e armazéns e da lista de materiais a serem
estocados neles;
c. Até que níveis deverão flutuar os estoques para atender a uma alta ou baixa das
vendas ou a uma alteração de consumo;
d. Até que ponto será permitido a especulação com estoques, fazendo compra
antecipada com preços mais baixos ou comprando uma quantidade maior para
obter desconto;
e. Definição da rotatividade dos estoques.

Como você já sabe: outros autores podem inventar outras coisas, e isso pode ser cobrado no seu concurso.
O importante é que você entenda a regra geral: políticas de estoques são decisões prévias sobre como os
estoques serão gerenciados.

1.3. CLASSIFICAÇÃO DOS ESTOQUES

Como você já sabe, no estudo de administração existem tantas classificações quanto autores tratando do
assunto, mas é fundamental que você conheça algumas dessas classificações para a sua prova.
Quanto à fase da produção, os estoques podem ser:

• Estoque de matéria prima: estoque de insumos a serem utilizados no processo produtivo;


• Estoque de material em processo: estoque de materiais em processo de transformação;
• Estoque de material semiacabado: materiais que precisam de um acabamento final para se tornar
componente de produto;
• Estoque de material acabado: estoque de componentes/peças a serem utilizados na confecção de
produtos. São partes prontas para serem anexadas ao produto para serem transformadas em
produto acabado;
• Estoque de produto acabado: estoque de produtos prontos para venda aos clientes finais.

Quanto à natureza do estoque, por sua vez, eles podem ser:


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• Estoque de antecipação: serve como um colchão para absorver uma demanda futura relativamente
previsível. Um exemplo é quando o supermercado faz um grande estoque de ovos de páscoa antes
da páscoa, já que antecipa que aquele produto (de demanda inexistente ao longo do ano) terá uma
demanda altíssima durante o período festivo.
• Estoque de segurança (de flutuação/estoque mínimo): é o estoque que dá segurança para a
organização funcionar sem quebra de estoque (falta de material quando ele for necessário). Em
palavras mais técnicas, é um volume de estoque que serve para absorver flutuações dos níveis de
insumos, demanda por produtos pelos clientes, ou lead time (na administração de compras, trata-
se do tempo entre a realização do pedido e sua efetiva recepção, no estoque da empresa
compradora).;
• Estoque de tamanho do lote (ou estoque de ciclo): é o estoque referente ao tamanho do lote de
compra, criado para se beneficiar da vantagem de custo por comprar em maior quantidade;
• Estoque de transporte (de tabulação, em trânsito, de canal, ou de movimento): é o estoque de
produtos em transporte. Geralmente é apresentado em uma média anual de estoque de
transporte, sendo medido pela quantidade de material transportado (q) x tempo de transporte t) /
365 (dias). Ou seja:

𝒒𝒙𝒕
𝑬𝑻𝒎𝒆𝒅 =
𝟑𝟔𝟓

• Estoque hedge: é o estoque que é adquirido com o objetivo de se proteger de flutuações esperadas
para o preço futuro de um produto, sendo comumente adquirido em mercados financeiros (e não
físicos), especialmente para produtos do tipo commodities (produtos não diferenciáveis como grãos
de um tipo específico, minerais específicos, etc.).

Como você já deve ter notado, os estoques podem ser classificados com base na classificação de materiais
adotada pela organização, inclusive a classificação ABC.

Para relembrar esse assunto, caso precise, sugiro que volte na aula específica sobre
classificação de materiais.

Farei aqui uma breve recapitulação sobre a metodologia ABC de classificação, pois costuma ser cobrada em
conjunto com a gestão de estoques.

Análise ABC

A análise ABC (“ABC de valor”), que foi utilizada pela primeira vez na General Electric, por F Dixie, busca
estabelecer quais os SKUs mais relevantes para a organização com base no princípio de que a maior parte
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do investimento em materiais estará concentrada em uma pequena quantidade de itens, que devem ser
gerenciados mais de perto.
É baseada no Diagrama de Pareto, com a observação de que 80% da renda se encontrava nas mãos de 20%
da população.
De modo geral, esta técnica parte do princípio de que poucas causas geram a maior parte dos problemas,
sendo chamadas de vital few (estranhamente traduzido para português como "pouco vitais"). Trata-se do
chamado “princípio 80 / 20” (80% dos problemas são explicados por 20% das causas) que é base para
análises de prioridades como a curva ABC de compras. Na prática, esses percentuais não são exatos (80% /
20%). Às vezes a banca pode falar em 70/30 ou 90/10.
Em oposição aos elementos "pouco vitais" (20% dos elementos que explicam 80% das
consequências/problemas), haveria ainda a identificação dos elementos "muito triviais" (trivial many).
Note que o foco é a identificação dos "pouco vitais" - os "muito triviais" são apenas consequência!
Enquanto ferramenta de controle de estoques, a Análise de Pareto permite a identificação dos SKUs “classe
A”, “classe B” e “classe C” com base no maior valor, para identificação da prioridade de tratamento,
conforme a seguir:

• Classe A: constituída por poucos SKUs (entre 15% e 20%) que representam a maior parte do valor
total do estoque (cerca de 80%). Possuem elevado impacto sobre o custo da organização com
estoques, e devem ser o foco da atenção na gestão dos estoques.
• Classe B: constituída por uma quantidade média de SKUs (cerca de 35% a 40% do total) que
representam aproximadamente 15% do valor total dos estoques. Possuem impacto moderado.
• Classe C: constituída por uma grande quantidade de itens (entre 40% e 50%), que representam um
valor muito baixo (cerca de 5% a 10%) dos estoques.

Apesar de os percentuais poderem variar de autor para autor, têm-se que:

Itens A – pouca quantidade, muito valor, controle próximo.


Itens B – média quantidade, médio valor, controle normal.
Itens C – grande quantidade, baixo valor, controle simplificado.

Caso não se lembre bem, para mais detalhes sobre a construção do diagrama, veja sua aula sobre
classificação de materiais.

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2. CONSUMO, DIMENSIONAMENTO E PREVISÃO DE


ESTOQUE
Estabelecer a dimensão dos estoques necessários para a organização é fundamental. Para fazê-lo é preciso
saber quais os materiais que devem permanecer em estoque e qual a quantidade de estoque que deve ser
mantida para cada material, sendo importante o conhecimento sobre métodos utilizados e indicadores.
Estudemos esses temas com cuidado nos próximos tópicos.

2.1. CONSUMO E DIMENSIONAMENTO DOS ESTOQUES

O estabelecimento do consumo esperado para os materiais em estoque é fundamental para o seu


dimensionamento.

Técnicas de previsão de consumo

Para prever o consumo futuro de um material a organização pode se utilizar de informações de diferentes
naturezas:

• Qualitativas: incluem dados e informações não quantificáveis, tais como opiniões de especialistas,
de gerentes, consumidores, pesquisas de mercado, etc.
• Quantitativas: incluem dados e informações quantificáveis, numéricas, tais como quantidade de
produção estimada, número de pedidos de clientes, influência da propaganda sobre as vendas,
crescimento da economia, etc.

Segundo Dias (2015, p.25) as técnicas de previsão de demanda são classificadas em três grupos:

a. Projeção: são aquelas que admitem que o futuro será repetição do passado ou as
vendas evoluirão no tempo futuro da mesma forma que no passado; segundo a
mesma lei observada no passado, este grupo de técnicas é de natureza
essencialmente quantitativa.
b. Explicação: procuram-se explicar as vendas do passado mediante leis que
relacionem as mesmas com outras variáveis cuja evolução é conhecida ou
previsível. São basicamente aplicações de técnicas de regressão e correlação.
c. Predileção: funcionários experientes e conhecedores de fatores influentes nas
vendas e no mercado estabelecem a evolução das vendas futuras.

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Note que, das técnicas apresentas por Dias (2015), as duas primeiras (projeção e
explicação) são quantitativas, enquanto apenas a predileção é qualitativa. Memorize
isso, pois cai em prova!

Para memorizar:

PROEX Predileto (Projeção e Explicação – quantitativos; Predileção - qualitativo)

Se você consegue memorizar melhor com outras frases, crie uma que sirva para você!

Formas de evolução do consumo

Além de entender as técnicas de evolução do consumo, é preciso entender de que forma o consumo pode
variar ao longo do tempo.
Imagine, por exemplo, que todo ano você tira férias no mês de janeiro, vai para a praia com os amigos e
toma muita cerveja e come churrasco. Nessa situação, seu consumo de cerveja e carne cresce bastante em
janeiro e cai em fevereiro. Isso acontece todos os anos na mesma época. Isso é o que se chama de
evolução sazonal do consumo ou demanda.
Se, por outro lado, seu consumo de alimentos e bebidas é estável ao longo do ano, mesmo nos períodos de
férias, dizemos que seu consumo é estável (horizontal).
É possível ainda que você esteja em um processo de emagrecimento (ou de engorda...), o que faria com
que no mês que vem o seu consumo de alimentos e bebidas tenda a ser um pouco menor (ou maior) do
que o atual. Neste caso, dizemos que há uma tendência de variação no consumo.
Por fim, o consumo de alimentos em sua casa pode variar de maneira totalmente desregulada, já que você
pode comer mais ou menos dependendo do humor do dia, sem nenhuma regularidade causal, gerando um
consumo irregular.
O mesmo acontece nas organizações, onde diferentes modelos de variação de demanda se apresentam:

• Consumo regular: o quantitativo de materiais utilizados varia pouco entre os diferentes intervalos
de tempo considerados, não apresentando grandes variações por períodos do calendário (como as
férias, por exemplo) ou tendência de subir ou cair.
Exemplo de consumo regular:
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Fonte: Viana (2013, p.110)

• Consumo com tendência: é uma forma de consumo regular, na qual o material cuja quantidade de
consumo está crescendo ou caindo com o tempo, sem que haja expectativa de que volte a um
“normal”. O “normal” é a tendência de crescimento ou diminuição.
Exemplo de consumo com tendência de alta

Fonte: Viana (2013, p.111)

• Variação sazonal: o consumo de materiais oscila de maneira regular em relação a causas específicas
(como suas férias, por exemplo). Segundo Dias (2015, p.27) o consumo é sazonal quando o desvio é
de, no mínimo, 25% do consumo médio e quando aparece condicionado a determinadas causas.
• Variação irregular: o consumo dos materiais é aleatório e há grande variação entre diferentes
espaços de tempo.
Exemplo de consumo irregular

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Fonte: Viana (2013, p.111)

Apesar desse modelo teórico, a prática de organizações e provas podem considerar que esses modelos
podem se combinar, fazendo com que em alguns momentos o consumo seja regular e em outros seja
sazonal ou com tendência.

2.2. MÉTODOS MATEMÁTICOS PARA PREVISÃO DO


CONSUMO

Agora você precisa conhecer quais são os principais métodos matemáticos para prever qual o consumo de
um determinado material na organização. O estabelecimento do consumo é fundamental para que se saiba
o tamanho do estoque necessário.
Atenção: o consumo não deve se confundir com outras saídas de estoque, como materiais emprestados,
por exemplo, para que a informação sobre consumo não seja “contaminada” e gere previsões erradas para
a empresa.

Os principais métodos de previsão de consumo incluem:

• Método do consumo do último período: estima-se o consumo do período futuro com base no
período anterior.
Imagine que uma questão solicite que você aponte qual o consumo de sorvetes previsto na sua
sorveteria para o mês de fevereiro/2019 com base no método do consumo do último período:

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Mês Consumo (un.)


Jan/2018 500
Fev/2018 600
Mar/2018 700
Abr/2018 600
Mai/2018 500
Jun/2018 400
Jul/2018 500
Ago/2018 600
Set/2018 700
Out/2018 600
Nov/2018 500
Dez/2018 400
Jan/2019 500

Qual o consumo para o mês seguinte (Fev/2019), com base no método do consumo do último
período? R.: simples! É só repetir o último período apresentado.
Assim, com base nesse método, o consumo para o mês de fevereiro/2019 seguinte seria de 500
(igual ao período de Janeiro/2019, imediatamente anterior)

• Método da média móvel: estima-se o consumo do próximo período com base na média móvel de
períodos anteriores. Tem como vantagem a simplicidade, mas apresenta a desvantagem de as
médias serem influenciadas por valores extremos. Além dessa, os períodos mais distantes possuem
o mesmo peso dos mais recentes, o que pode distorcer o consumo previsto em relação ao real,
especialmente se houver alguma tendência.

A fórmula de cálculo do consumo médio será:

𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3 + 𝐶4 + ⋯ + 𝐶𝑛
𝐶𝑀 =
𝑛

Onde:

CM = consumo médio
C = consumo nos períodos anteriores (1, 2, 3, ..., n)
N = número de períodos

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Para calcular a média móvel, é preciso estabelecer o número de períodos a serem considerados.
Dias (2015, p.29) fala em 12 meses (o que faz sentido para amenizar variações sazonais anuais), mas
cada organização pode utilizar a média móvel que lhe convier, considerando sua realidade.

A média móvel de 12 meses, por exemplo, seria igual a:

𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3 + 𝐶4 + ⋯ + 𝐶12
𝐶𝑀 =
12

Imagine, agora, que a banca deseja que você calcule:


1) o consumo de sorvetes projetado para o mês de fevereiro de 2019, com base no consumo
médio total do período apresentado.
2) o consumo de sorvetes projetado para o mês de fevereiro de 2019, com base no consumo
da média móvel de 12 meses.

Vejamos:

Mês Consumo (un.)


Jan/2018 500
Fev/2018 600
Mar/2018 700
Abr/2018 600
Mai/2018 500
Jun/2018 400
Jul/2018 500
Ago/2018 600
Set/2018 700
Out/2018 600
Nov/2018 500
Dez/2018 400
Jan/2019 500

𝐶 + 𝐶2 + 𝐶3 + 𝐶4 +⋯+𝐶13 500+600+700+600+500+400+500+600+700+600+500+400+500
𝐶𝑀 = 1 => =>
13 13
 546,15

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Pelo método do consumo médio, considerando todos os períodos (como solicitado no exercício), o
valor do consumo previsto para fevereiro seria de 546,15 unidades. Como não existe unidade
fracionada, é comum que a fração seja arredondada para o inteiro superior (já que será preciso uma
unidade inteira do material para que o 0,15 de sorvete seja vendido). Assim, a resposta inteira seria
547.

O Consumo médio por média móvel para o mês de fevereiro/2019, por sua vez, utilizaria os valores
dos últimos 12 meses como referência. Assim:

𝐶 + 𝐶2 + 𝐶3 + 𝐶4 +⋯+𝐶12 600+700+600+500+400+500+600+700+600+500+400+500
𝐶𝑀 = 1 => =>
12 12
 550

Assim, o consumo médio de sorvete para fevereiro/20019, calculado por média móvel de 12 meses,
seria 550 unidades.

Apenas a título de exercício, calculemos a média móvel de 3 períodos ao final de cada um dos
meses da tabela abaixo:

Média móvel
Mês Consumo (un.)
trimestral*
Jan/2018 500 N.d.
Fev/2018 600 N.d.
Mar/2018 700 600
Abr/2018 600 634
Mai/2018 500 600
Jun/2018 400 500
Jul/2018 500 467
Ago/2018 600 500
Set/2018 700 600
Out/2018 600 634
Nov/2018 500 600
Dez/2018 400 500
Jan/2019 500 467
*arredondada para inteiro superior

N.d. = não disponível

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(EBSERH/Técnico em Farmácia) No cálculo do consumo médio mensal (CMM) de um produto, devem ser
consideradas as eventuais saídas por empréstimo para outra instituição.
Comentário:
Questão totalmente interpretativa. O material que saiu do estoque como empréstimo é consumoou não?
Não é! É material que saiu do estoque e que vai voltar.
Se a organização considerar que ele faz parte do consumo, haverá erros frequentes na previsão do
consumo futuro, pois ele vai considerar esses empréstimos quando não devia.
Atenção: dizer isso não é a mesma coisa que dizer que esses empréstimos não devem ser registrados – é
fundamental que sejam! Só não se pode misturar os registros com os de consumo da organização!
GABARITO: Errado.

• Método da média móvel ponderada: calcula-se a média dos períodos anteriores atribuindo-se um
peso maior aos períodos mais recentes, como forma de reforçar o peso da tendência atual de
consumo.
É preciso ter o cuidado de observar que a soma total dos pesos precisa ser 100%.

Imagine que você quer prever a demanda por sorvetes com base na média móvel ponderada de 3
períodos, mas atribuindo pesos de: 50% para o período mais recente, 30% para o período
intermediário e 20% para o mais distante (note: total = 100%) para a tabela a seguir. Qual o
consumo previsto para fevereiro/2019?

Mês Consumo (un.)


Jan/2018 500
Fev/2018 600
Mar/2018 700
Abr/2018 600
Mai/2018 500
Jun/2018 400
Jul/2018 500
Ago/2018 600

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Set/2018 700
Out/2018 600
Nov/2018 500
Dez/2018 400
Jan/2019 500

Simples!
Será a soma do consumo de janeiro (com peso de 50%), dezembro (com peso de 30%) e novembro
(com peso de 20%), tudo isso dividido por 100%.
Transformando os percentuais em decimais, temos que:

50
50% = 100 = 0,5

30
30% = 100 = 0,3

20
20% = 100 = 0,2

100
100% = 100 = 1,0

Matematicamente, a resolução fica da seguinte forma

(500 ∗ 0,5) + (400 ∗ 0,3) + (500 ∗ 0,2)


𝑀𝑝3 =
1

250 + 120 + 100


𝑀𝑝3 =
1

𝑀𝑝3 = 470

Assim, considerando-se os pesos estabelecidos pelo exercício, o resultado seria uma previsão de
consumo de 470 unidades para fevereiro.

• Método da média móvel com ponderação exponencial: esse método busca eliminar problemas dos
métodos anteriores, dando mais valor aos dados recentes e manuseando menos informações.

Dias (2015, p.32) afirma que apenas três valores são necessários para o cálculo, incluindo:
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➔ Previsão da demanda do último período;


➔ Consumo realmente ocorrido no último período;
➔ Uma constante que determina o valor ou ponderação dada aos valores mais recentes.

Funciona mais ou menos assim: Imagine que você fez a previsão, conforme o método do consumo
no último período, que o consumo de sorvetes em fevereiro de 2019, na sua sorveteria, será de 500
unidades. Na sequência, a realidade se apresentou: você vendeu 600!
- Deve ter ficado feliz! Vendeu mais do que esperava e conseguiu lucrar mais!

Apesar de toda a felicidade, agora vem a dúvida: houve uma tendência de alta no consumo? Em
outras palavras, posso esperar que o consumo será, daqui por diante, nesse novo patamar? Ou será
que aconteceu alguma coisa aleatória (mais dias de sol no final de semana, no mês) e, por isso, sua
loja vendeu mais sorvetes? Você pode até ficar imaginando e tentando decifrar, mas é muito difícil
chegar a uma resposta conclusiva. O Método da média móvel com ponderação exponencial tenta
resolver isso.
- Como, você deve estar se perguntando...

Simples: ele pressupõe um fator para amortecer o tamanho do erro da previsão, considerando que
apenas uma parte da variação em relação ao esperado foi uma mudança de tendência, o resto foi
acaso.

A determinação dessa constante pode ser feita por técnicas matemáticas, estatísticas ou empíricas.
Na sua prova, a banca vai dizer qual o fator de amortecimento.

Voltemos ao caso da sorveteria... Digamos, para efeito de exercício, que o fator seja de 20%
(relativo à mudança de tendência) neste caso. Assim, os 80% restantes (100% - 20%) serão
atribuídos ao acaso.

Relembrando: o consumo estimado para fevereiro/2019 foi de 500 sorvetes, mas a realidade foi de
600. 20% da diferença foi tendência e 80% foi acaso.

Para fazer a previsão para o período seguinte (março), teríamos que somar a realidade observada
ponderada por um fator de tendência (600 * 20%) com a previsão anterior para fevereiro
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ponderada pelo fator do acaso (500 * 80%). Assim, a previsão para março seria de 120+400 = 520. A
previsão para março de 2019 é de 520 sorvetes!

Matematicamente, isso é o mesmo que o seguinte:

̅̅̅𝑇̅ = 𝛼 𝑋𝑇 + (1 − 𝛼 ) 𝑋̅𝑇−1
𝑋

Onde:

̅X̅̅T̅= média estimada no período T (para o período seguinte!)


α = fator atribuído à tendência de mudança no consumo
XT = consumo realmente observado no período T
(1 − α ) = fator atribuído ao acaso na mudança do consumo
̅
XT−1 = consumo anteriormente previsto (previsto no período anterior, para o período T)

- Carlooooooos! Preciso memorizar isso?!


- R.: Não!!! =)
Não se assuste com a fórmula matemática. Só coloquei aqui para os que são mais “matemáticos”
do que “linguísticos” entenderem. Você só precisa entender o que falei antes que é, em essência:

Método da média móvel com ponderação exponencial:

Para fazer a previsão para o período seguinte (março), teríamos que somar a realidade
observada ponderada por um fator de tendência com a previsão anterior para fevereiro
ponderada pelo fator do acaso.

• Método dos mínimos quadrados: trata-se de um método para calcular qual seria a equação
referente a uma reta formada pelos dados. Em outras palavras, você observa os dados, percebe que

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existe uma equação que explica os dados e que, se você souber, pode prever com certa clareza os
próximos períodos.
O que cai em prova é apenas a definição do método. O método matemático para cálculo dessa
fórmula é mais chatinho e não costuma ser cobrado em provas, por isso não vou trazê-lo aqui, para
não lhe confundir com os demais, que são mais importantes.
Por desencargo de consciência, conheça a forma que Dias (2015, p.34) define o método:
“esse método é usado para determinar a melhor linha de ajuste que passa perto de todos os
dados coletados, ou seja, é a linha de melhor ajuste que minimiza diferenças entre a linha reta e
cada ponto de consumo levantado”. Aponta ainda a fórmula:

∑(𝑌 − 𝑌𝑃 )2

Onde:
Y = valor real
Yp = Valor dos mínimos quadrados.

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3. REPOSIÇÃO DE ESTOQUE
De forma geral, os sistemas de reposição de estoques da organização podem ser organizados de uma das
seguintes formas:

• Reposição por quantidade: quando se chega ao nível mínimo de estoque (estoque de reposição), é
feita a reposição do material, tendo como base a cota necessária, sem que haja qualquer prazo
associado. É como se você resolvesse comprar uma bandeja de ovos toda vez que a quantidade de
ovos em sua geladeira chegar a 2 unidades. O tempo para chegar a 2 unidades pode variar, mas
sempre que chegar lá você irá comprar uma bandeja.
O sistema por quantidade costuma estar associado ao funcionamento de um sistema de duas
gavetas: trata-se de um sistema bem operacional - o almoxarifado possui dois estoques (gavetas,
armários, salas, etc.) para cada material. Um primeiro serve para o atendimento às demandas
comuns da organização. Quando ele acaba, o segundo estoque entra em ação (estoque de reserva e
segurança) e um pedido de compra é enviado para o setor responsável. Trata-se de um método
simples e muito utilizado em pequenas empresas de varejo, mas pode se tornar complicado quando
os itens são estocados em diferentes locais.
É como se você, em sua casa, usasse um armário como reserva e um como armazenagem principal.
Toda vez que você precisa recorrer à reserva, porque o principal acabou, é preciso comprar.

• Reposição por tempo / sistema de reposição periódica: os materiais são repostos integralmente
em períodos pré-determinados. É mais ou menos como a pessoa que resolve fazer a feira da
semana sempre aos sábados, comprando o que foi consumido na semana anterior e enchendo seu
estoque.

• Reposição por quantidade e tempo (sistema “máximos e mínimos”, ou de reposição contínua): há


uma cota de materiais a serem repostos para durar um determinado período, e a reposição é feita
em uma época predeterminada.
Nesse sistema, estima-se o estoque máximo e mínimo para o período com base na expectativa de
consumo previsto para o período. Calcula-se o Ponto de Pedido (PP) e a quantidade de pedido para
que, quando o pedido for realizado, o estoque restante seja consumido até o ponto de chegar no
Estoque de Segurança (ES) na data esperada para a reposição com o novo lote comprado. O ES não
deverá ser consumido em condições normais. Trata-se de um verdadeiro “volume morto” para ser
utilizado apenas em casos emergenciais. O estoque de segurança somado à quantidade do pedido
será igual ao estoque máximo.

Por exemplo, você tem uma capacidade de armazenamento de comida em casa que é limitada,
certo? Seu consumo é mais ou menos igual, certo? Então: você calcula qual o lote de compra que
minimiza seus custos e qual será sua rotina de compra. Assim, por exemplo, saberá que precisa
comprar uma dúzia de ovos a cada 7 dias, rotineiramente, e isso fará com que o estoque de
segurança absorva eventuais variações no consumo, sem faltar ovos em casa.
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• Reposição imediata por quantidade: os materiais são encaminhados imediatamente para o setor,
conforme o consumo ocorre. Isso pode ser diário, ou mesmo várias vezes por dia! É o sistema “just
in time” em ação, em conjunto com o Kanban. Sabemos que a ideia é boa, mas qual a dificuldade de
manter estoques zero em casa e, toda vez que precisar comer, ir buscar apenas os ingredientes da
comida do dia? Enorme!

• MRP (material requirement planning), MRP II e ERP: MRP é um sistema computacional que parte
das previsões de vendas para estabelecer o planejamento da produção, as demandas por cada
material, o nível de estoques, compras, custos e controle da produção, com o principal objetivo de
manter baixos os estoques de cada um dos materiais utilizados, ao mesmo tempo em que mantém
a produção funcionando sem interrupções. É o simples cálculo da demanda de cada material
dependente da produção desejada.
Caso haja alterações por irregularidade na demanda, o sistema MRP será impactado, mas
proporcionará, logo após, o recálculo das quantidades de produção e estoques a serem utilizados,
assim como a necessidade de compras de materiais.
Para que o MRP funcione adequadamente, é fundamental que os dados estejam disponíveis no
sistema, incluindo a previsão de demanda, lista de materiais, ordens dos clientes e registro de
inventários.

- O conceito de MRP tradicional evoluiu para o MRP II (manufacturing resources planning) e passou
a incluir diferentes áreas da organização, como finanças, materiais e RH, além de equipamentos,
instalações, áreas de estoque, etc., todos ligados à manufatura.
- Com o tempo, evoluiu novamente para o ERP (Enterprise resources planning), passando a
envolver todos os recursos empresariais – não só os ligados à manufatura.

O sistema de reposição por quantidade e tempo é especialmente importante para o seu concurso, por isso
vamos estudá-lo, começando pela identificação do estoque de segurança.

(TRT3/AJ-Enfermagem) Com relação a gestão de recursos materiais, o enfermeiro do setor descreveu no


manual da instituição “deve ser estabelecido uma quantidade de materiais (cota) que garanta o consumo
durante um período, e em uma época, também determinada, é feita a solicitação de materiais na

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quantidade necessária para repor o estoque". Nesta situação, o profissional está definindo que a provisão
de materiais na sua unidade se dará pelo sistema de reposição,
a) por quantidade, apenas.
b) por tempo, apenas.
c) por quantidade e tempo.
d) imediata por quantidade.
e) de estoque mínimo.
Comentário:
O sistema de reposição que está sendo utilizado pressupõe uma quota e um tempo específico, pois a
quantidade de materiais será comprada, em época certa, para durar um determinado período.
GABARITO: C.

(Câmara de Salvador – BA/Analista Legislativo Municipal) Quanto ao modelo de reposição periódica de


estoques, é correto afirmar que:
a) consiste em emitir um pedido de compra sempre que o nível de estoque atingir o ponto de pedido,
sendo bastante sensível ao tempo de atendimento;
b) consiste em emitir pedidos de compra em intervalos fixos, em quantidades que deixariam o estoque
pleno no momento do pedido;
c) também chamado de modelo do lote padrão, ou modelo do estoque máximo, depende do tempo de
atendimento para determinação do ponto de pedido;
d) por trabalhar com o estoque mínimo, corre o risco de ficar sem estoque caso a demanda seja
razoavelmente maior que a utilizada para determinação do ponto de pedido;
e) por trabalhar com o estoque mínimo, o estoque de segurança não deve ser inferior a 30% do lote
econômico.
Comentário:
O modelo de reposição periódica é voltado para emissão de pedidos em momentos específicos do tempo,
ou seja, em intervalos fixos, de modo a completar o estoque no momento em que os pedidos são feitos.
GABARITO: B.

3.1. O ESTOQUE DE SEGURANÇA

O estoque de segurança merece atenção especial. A determinação do volume de estoque de segurança


depende do lead time, da variabilidade da demanda durante o lead time, da frequência dos pedidos, e do
nível de atendimento desejado.
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Para estabelecer o estoque de segurança é fundamental que se saiba que normalmente a demanda dos
produtos na organização segue uma curva normal, onde a distribuição de frequências das demandas
apresenta algumas características estatísticas, destacando-se o fato de que aproximadamente 68% dos
casos estão a até um desvio padrão (sigma) da média, 95% estão a até dois desvios padrão, e cerca de
99,8% estão a até três desvios padrão, conforme a seguir:

Fonte: Wikipédia
Os pontos de corte da curva acima são arredondados.

Com base na demanda em cada período (dia/semana/mês/etc.), é preciso que se calcule o desvio-padrão
(sigma de uma distribuição normal). Questões de prova sobre isso já podem trazer o desvio padrão
calculado para você. É pouquíssimo provável que isso seja necessário em sua prova, mas, por desencargo
de consciência, o roteiro para cálculo do desvio-padrão é o seguinte (ARNOLD, 2015, p. 307):

1. Calcula-se o desvio para cada período, subtraindo a demanda real da demanda


prevista.
2. Eleva-se cada desvio ao quadrado.
3. Somam-se os quadrados dos desvios.
4. Divide-se o valor resultante do passo 3 pelo número de períodos, para determinar
a média dos quadrados dos desvios.
5. Calcula-se a raiz quadrada do valor resultante do passo 4.

- Percebeu a complicação?! É por isso que normalmente esse cálculo não é exigido em prova – já que
você não está estudando matemática, e sim administração!
Bem... Seguindo em frente... Com o desvio padrão calculado, basta consultar a tabela de fator segurança
para o de atendimento desejado, multiplicando-se pelo desvio padrão do caso específico. Olha aqui a
tabela (ARNOLD, 2015, p.310):

Nível de atendimento Fator de segurança

50% 0,00

75% 0,67

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80% 0,84

85% 1,04

90% 1,28

94% 1,56

95% 1,65

96% 1,75

97% 1,88

98% 2,05

99% 2,33

99,86% 3,00

99,99% 4,00

Calma!!! É claro que você não precisa memorizar essa tabela! Se isso for pedido em sua
prova provavelmente haverá uma tabela de apoio!

Sabendo disso, proponho um exercício rápido de fixação: uma empresa possui demanda média de 500
pregos por dia, com desvio padrão de 100. O nível de atendimento desejado pelo estoque é de 90%. Qual o
valor do estoque de segurança dos pregos?
Estoque de segurança = sigma x fator de segurança.

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Assim, o estoque de segurança será:


100 x 1,28 = 128 unidades.
- Percebeu como é fácil?!

O atendimento das demandas por materiais estocados é feito pelo almoxarifado. Vamos estudar um pouco
mais sobre este importante setor de gestão de materiais.

3.2. O GRÁFICO “DENTE DE SERRA”

Um ponto muito relevante da administração de compras e estoques nas provas de concurso é o correto
entendimento do gráfico dente-de-serra e os seus elementos. Para que você vá se acostumando, lhe
apresento o bendito:

Emax

PP

ES

Lead
Time

Onde:
Emax = estoque máximo do item.
Q = quantidade do pedido que chegou, normalmente feito com base no LEC = Lote Econômico de Compra.
PP = Ponto de pedido.
ES = Estoque de segurança.
Lead time = tempo entre o pedido e a chegada do material (tempo de reposição)

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Esse gráfico apresenta o comportamento do estoque de um material em condições perfeitas, onde:

• O consumo do material é constante e estável ao longo do tempo.


• Não há falhas administrativas nas áreas de compras, recepção, estoque, produção, ou no
fornecedor.
• Não há entregas atrasadas pelo fornecedor.
• Não há nenhuma entrega rejeitada pelo setor de recepção em função de problemas de qualidade e
administrativos.

(TRE-GO/TJAA) Ocorre excesso de material estocado quando for positivo o resultado da seguinte equação:
saldo atual - ponto de ressuprimento + lote econômico de compras.
Comentário:
Não faz o menor sentido! O excesso de material só ocorrerá se houver mais material do que o Estoque
Máximo, que não tem nada a ver com a fórmula apresentada pela questão.
Relembrando: Emax = ES + Quantidade comprada (normalmente o LEC).
GABARITO: Errado.

(EBSERH/Técnico em Farmácia) O tempo de reposição (TR) de determinado medicamento que demore 15


dias entre o pedido da compra e a entrega pelo fornecedor é igual a 1.
Comentário:
Se o tempo de reposição é de 15 dias, ele é igual a 15 dias... esse 1 na questão é totalmente sem sentido...
GABARITO: Errado.
Como se trata de uma visão sobre o estoque em condições perfeitas, a prática é muito diferente do que ele
apresenta. Ainda assim, traz uma compreensão profunda sobre o assunto e, como cai em provas, deve ser
estudado.
O Lead time é tempo decorrido entre a realização do pedido de compra pela empresa e sua entrega.
Vejamos alguns detalhes adicionais sobre os elementos desse gráfico, para que você responda qualquer
pergunta sobre ele que venha a ser cobrada em sua prova!
O Estoque de segurança (ou estoque mínimo) é o valor de estoque que a organização deve manter como
um “volume morto” para absorver eventuais flutuações de demanda ou atraso do lead time do pedido.
Normalmente é calculado com uma conta estatística chata, que inclui o cálculo do desvio padrão da
demanda pelo item, que é multiplicado por um fator relativo ao nível de serviço desejado.

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O Ponto de Pedido é o momento de realizar um novo pedido de compra. Esse momento é verificado com
base no nível do estoque do produto na organização. Quando um estoque chega a um nível tal que o
consumo do material durante o prazo de entrega o levará até o estoque de segurança, trata-se do
momento de realizar o pedido de compra.
Assim, podemos afirmar que:
PP=Demanda durante lead time (DDLT) + Estoque de Segurança (ES)

EXEMPLO:

- Imagine uma situação na qual o pedido de um material demore 15 dias para ser
atendido. O estoque de segurança do material é de 60 unidades e seu consumo é de 120
unidades por mês. Qual o ponto de pedido?

- R.: A demanda durante o lead time é de 60 unidades (15 dias é metade de um mês, e em
um mês a demanda é de 120 unidades). O Estoque de segurança é de 60 (dado pela
questão). Assim PP = DDLT + ES => 60 + 60 => 120. O Ponto de Pedido será quando o
estoque do material chegar a 120 unidades!

(TRT8/TJAA) Assinale a opção que apresenta tipos de dados necessários para o cálculo do ponto de
pedido, ou seja, a quantidade de estoque que, quando alcançada, indica o momento de providenciar um
novo pedido de compra.
a) consumo médio mensal, estoque máximo e tempo de reposição
b) tempo de reposição, estoque mínimo e giro de estoque
c) consumo médio mensal, giro de estoque e estoque segurança
d) tempo de reposição, giro de estoque e estoque máximo

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e) consumo médio mensal, tempo de reposição e estoque mínimo


Comentário:
Para que se calcule o ponto de pedido, é necessário saber qual o estoque mínimo e qual o consumo
durante o lead time, ou seja, qual o consumo durante o tempo de reposição.
O consumo durante o tempo de reposição, por sua vez, pode ser obtido por meio do tempo de reposição e
do consumo médio do período.
Tais informações só estão mencionadas na alternativa E.
GABARITO: E.

(Câmara de Salvador/Analista Legislativo Municipal) Uma escola pública hipotética adota o sistema de
reposição contínua para a manutenção dos níveis de canetas para quadro branco em estoque. O consumo
mensal é de 300 canetas, o estoque de segurança é de 60 canetas e o tempo de reposição solicitado pelo
vendedor é de 2 dias.
Considerando o mês de 20 dias, os pedidos deverão ser realizados quando a quantidade de canetas em
estoque for de:
a) 150;
b) 120;
c) 90;
d) 80;
e) 60.
Comentário:
Questão simples. Vamos resolver sem nenhuma fórmula? Quero mostrar para você que é possível...
Vejamos:
O consumo mensal é de 300 canetas e o mês tem 20 dias. Assim, o consumo de canetas por dia é de
300/20 = 15 canetas por dia.
O tempo de reposição é de 2 dias, durante os quais serão consumidas 30 canetas (15x2).
Como o pedido deve ser feito de modo que, quando o pedido chegar, o estoque de segurança seja
atingido, temos que somar 30 canetas de consumo + 60 do estoque de segurança para perceber que o
ponto de pedido é 90 canetas.
GABARITO: C

Voltando ao estudo do gráfico...


Um elemento que não está sinalizado no gráfico (para não bagunçar seu entendimento...), mas que você
precisa conhecer é o estoque médio (EM) do produto no tempo. Calculá-lo é bastante simples, já que você
precisa saber apenas a quantidade do pedido e o estoque mínimo.

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EM = Q/2 + ES

Ou seja, o estoque médio é igual à quantidade do pedido dividida por dois, somado com o estoque de
segurança. Simples assim!

EXEMPLO:
- O lote de compra praticado pela organização para um dado material é de 150 unidades e seu estoque
mínimo é de 120 unidades. Qual o seu estoque médio?
- R.: EM = Q/2 + ES =>
=> EM = 150/2 + 120 =>
=> EM = 75 + 120 =>
=> EM = 195 unidades

Seguindo em frente...
Vamos tratar agora de outro conceito bastante simples: o Estoque Máximo (Emax). Trata-se da simples
soma da quantidade comprada com o estoque de segurança. Assim:

Emax = Q + ES

EXEMPLO:
- O lote de compra praticado pela organização para um dado material é de 150 unidades e seu estoque
mínimo é de 120 unidades. Qual o seu estoque máximo?
- R.: EMax = Q + ES =>
Emax = 150 +120
Emax = 270 unidades.

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A quantidade a ser pedida pode variar em função de diferentes critérios. Uma boa forma
de calcular quanto deve ser pedido é por meio do Lote Econômico de Compra (LEC).

Saber calcular o Lote Econômico de Compra (LEC) é fundamental para um administrador


de materiais.

Lembre-se da fórmula do LEC:

2𝐴𝑆
𝐿𝐸𝐶 = √
𝑖𝑐

Onde:

LEC = Lote Econômico de Compra.


A = demanda do material por período, em unidades.
S = custo para emitir um pedido, em dinheiro.
i = taxa de custo de armazenagem por período (porcentagem expressa em decimal).
c = custo da unidade comprada.
Note ainda que “ic” representa o custo total da armazenagem de uma unidade do
material no período considerado (algumas questões informam diretamente esse valor, já
em unidades monetárias!).
Uma variação do modelo substitui “ic” por “Ca+(jp)”, onde Ca = custo de armazenagem
em dinheiro, por unidade, por período; j = taxa de juros no período, em decimal; p =
preço da unidade do material.

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4. AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS ESTOQUES


A avaliação e controle dos estoques pode se referir a cálculo de indicadores de movimentação ou métodos
contábeis para registro dos estoques.
Estudemos os diferentes pontos que podem aparecer na sua prova.

4.1. PRINCIPAIS INDICADORES DE ESTOQUES: GIRO DE


ESTOQUE E TAXA DE COBERTURA

Com base no consumo é possível calcular o índice de rotatividade do estoque (IR), ou giro de estoque (GE),
que indica quantas vezes o estoque é trocado em determinado período.
De outra forma, é possível calcular também quanto tempo um determinado estoque durará na empresa
(taxa de cobertura/antigiro), dado o consumo esperado. Com isso, é possível dimensionar o estoque para
que ele possua um dado grau de taxa de cobertura dos seus insumos.
Esses indicadores são calculados da seguinte forma:

𝐶𝑚
𝐼𝑟 =
𝐸𝑚

Onde:
Ir = Índice de Rotatividade do Estoque (ou Giro do Estoque)
Cm = Consumo (p. ex.: no ano)
Em = Estoque médio (p. ex.: no ano)

Outra fórmula para cálculo envolve o valor monetário dos estoques, aplicável para os produtos acabados:

𝐶𝑚𝑣
𝐼𝑟 =
𝐸𝑚𝑝𝑎

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Onde:
Ir = Índice de Rotatividade do Estoque (ou Giro do Estoque)
Cmv = Custos das mercadorias vendidas (em R$, p. ex.: no ano)
Empa = Valor de estoque médio dos produtos acabados (em R$)

A mesma fórmula pode ser adaptada para se calcular a rotatividade da matéria prima:

𝐶𝑚𝑎𝑡
𝐼𝑟 =
𝐸𝑚𝑚𝑝

Onde:
Ir = Índice de Rotatividade do Estoque (ou Giro do Estoque)
Cmat = Custos das matérias primas (em R$, p. ex.: no ano)
Emmp = Valor de estoque médio das matérias primas (em R$)

Outro importante indicador é a taxa de cobertura (também chamada de antigiro – o oposto do índice de
rotatividade), que se calcula da seguinte forma:

𝐸𝑚
𝑇𝑐 =
𝐶𝑚

Onde:
Tc = Taxa de cobertura
Cm = Consumo (p. ex.: no ano)
Em = Estoque médio (p. ex.: no ano)

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* Para calcular a taxa de cobertura é preciso colocar o estoque médio e o consumo médio
na mesma unidade de tempo, para saber por quantos períodos o estoque médio cobre a
demanda.

No IR (ou GE), é comum que as unidades temporais também sejam as mesmas, mas é
possível haver a situação de se desejar analisar quantos giros o estoque médio (em
determinada unidade de tempo) gira em outra unidade de tempo.

(EBSERH/Analista Administrativo) Giro de estoque ou rotatividade é um indicador que reflete o número de


vezes que o estoque roda em determinado período. Esse indicador é calculado pela razão entre os valores,
em unidades, do estoque médio no período e do consumo do período.
Comentário:
Bela pegadinha. O giro do estoque realmente reflete o número de vezes que o estoque roda em um
período, e outro nome para ele é a rotatividade de estoque.
Apesar disso, o cálculo do indicador é a razão entre o consumo e o estoque médio, e não o contrário (como
afirmado pela questão). A fórmula apresentada pela questão é do antigiro, ou cobertura de estoque.
GABARITO: Errado.

(DPE-RS/Técnico – Logística) No ano de 2016, uma empresa que comercializa materiais de informática
apresentou vendas de R$ 285.000,00. O estoque médio mostrou um valor de R$ 3.000,00. Supondo um
ano de 365 dias, o giro e a cobertura do estoque, no período de 2016, foram, respectivamente,
a) 105 vezes; 3,8 dias.
b) 85 vezes; 2,8 dias.
c) 95 vezes; 3,8 dias.

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d) 90 vezes; 3,8 dias.


e) 80 vezes; 4,8 dias.
Comentário:
Relembremos como são calculados os indicadores solicitados pela questão:
GE = Consumo médio no período considerado (p. ex.: no ano).
Estoque médio.

GE = Custo da mercadoria vendida no período (p. ex.: no ano)


custo do estoque médio no período

Taxa de cobertura = Estoque médio .


Consumo médio no período
Assim, dividindo-se R$285.000 por R$3.000 tem-se que o estoque “gira” 95 vezes em um ano.
Além disso, para se calcular a cobertura, é preciso colocar as unidades de medida iguais. Assim, é preciso
dividir 285.000 por 365 = R$780,82. Depois disso, divide-se: R$3.000 / R$780,82 = 3.84
GABARITO: C.

(TJ-BA/TJAA) O quadro abaixo representa a planilha de movimentação de estoque de uma determinada


empresa.

Semana Demanda Entradas Saldo


1 2000 3000
2 1000 2000
3 1000 1000
4 1000
5 2000 5000 3000

O estoque médio e a cobertura geral do estoque do primeiro mês são, respectivamente:


a) 1500 e 1,5;
b) 1500 e 1,2;
c) 1250 e 1,2;
d) 1200 e 1,5;
e) 1200 e 1,2.
Comentário:
O sistema apresentado não possui regularidade de demanda nem estoque mínimo, por isso a fórmula
padrão para estoque médio não se aplica.
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Teremos que calcular o estoque médio na marra. O estoque médio nas 4 primeiras semanas (primeiro mês)
é = (3.000 + 2.000 + 1.000 + 0)/4 = 1.500.
Agora vamos calcular a taxa de cobertura:

Taxa de cobertura = Estoque médio .


Consumo médio no período

TC = 1.500/Consumo médio.
Consumo médio = (2.000+1.000+1.000+1.000)/4 = 1.250
TC = 1.500/1.250 = 1,2.
GABARITO: B.

4.2. MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO FINANCEIRA DOS


ESTOQUES: CUSTO MÉDIO, PEPS, UEPS, CUSTO DE
REPOSIÇÃO, CUSTO ESPECÍFICO

É importante que você saiba como avaliar financeiramente o valor dos estoques de uma organização. Para
isso, em primeiro lugar, é fundamental que você saiba que a contabilidade registra os estoques como um
ativo, que sofrerá baixa quando um produto for vendido e alta quando um novo item for comprado para
compor os estoques da organização.
Se você nunca estudou isso, pode estar achando que se trata de matéria óbvia, mas saiba que não é tão
simples assim. Na prática, como você faria?
Imagine que comprei três sapatos para vender, todos idênticos. O primeiro custou R$100,00. O segundo
custou R$110,00. O terceiro custou R$120,00. Se eu quiser comprar outro, por conta da inflação, custará
R$130,00. Resolvi vender um sapato por R$110,00. Tive lucro ou prejuízo? De quanto? Depende do
método utilizado para avaliar financeiramente os estoques!
Para responder adequadamente esta pergunta, é fundamental que você entenda quais os principais
métodos para avaliação dos custos de estoque do ponto de vista da gestão de materiais e gestão
financeira (e não das normas contábeis vigentes, que podem ser diferentes!), que são os seguintes:

• Custo Médio ponderado: trata-se de um método bastante utilizado e que consiste em avaliar o
custo de cada item com base no preço médio da aquisição, ponderado pelo tamanho do lote
comprado (o que dá no mesmo de considerar o custo médio de cada um dos itens individuais
comprados). Pode ser fixo, quando é apurado em um momento e utilizado dali em diante, ou
móvel, quando se consideram os valores realmente pagos pelos produtos que estão em estoque.
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Neste último, sempre que um produto entra no estoque, seu valor real é computado no custo
médio e quando um produto sai o seu custo médio é retirado do estoque.
• Primeiro que entra, primeiro que sai (PEPS – FIFO): O método PEPS (ou FIFO – first in, first out)
consiste na avaliação do estoque pela ordem cronológica das entradas. O material que entrou antes
é o que sairá antes, por isso o custo a ser considerado na hora que o material sai do almoxarifado
será o custo do mais antigo no estoque.
• Último que entra, primeiro que sai (UEPS – LIFO): do inglês last in, first out, o material retirado será
sempre avaliado pelo custo do mais recentemente adicionado ao estoque. É mais interessante do
que o PEPS em períodos inflacionários, pois o custo da venda vai ser mais próximo da realidade, já
que o produto vendido foi o mais recentemente comprado.
• Custo de reposição: o valor dos estoques é avaliado com base no custo que a organização teria para
repor os materiais, após o consumo.
• Custo ou preço específico: é a atribuição do custo especificamente pago por cada uma das
unidades de estoque. Assim, quando um item físico é retirado, seu custo de aquisição considerado
será especificamente o que foi incorrido na sua compra.

O método de avaliação dos estoques a ser utilizado pela União, Estados, DF e Municípios, nos termos da Lei
4.320/1964 é o custo médio ponderado1.

Os métodos PEPS e UEPS também se relacionam com a movimentação física dos


materiais em estoques: dos diferentes sapatos comprados no exemplo que utilizei, qual
item físico você retiraria primeiro do estoque? Talvez faça sentido usar o método PEPS,
para evitar que o produto fique velho.

Eu, quando compro leite, ovos e iogurte (produtos perecíveis), sempre tomo um cuidado
ao guardar na geladeira: retiro os “antigos”, guardo os “novos” no fundo e coloco os
“antigos” na frente, mais acessíveis. Assim, o primeiro que entrou será o primeiro que sai,
para evitar perdas!

1
Cuidado: na movimentação física dos bens de almoxarifado (e não na avaliação de estoques) a IN 205/1988 da
Presidência da República estabelece o uso do sistema PEPS.
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(MPE-AL/Contador) Em relação ao controle do estoque pelos métodos PEPS, UEPS e custo médio
ponderado móvel, admitindo que os custos do estoque aumentam de forma contínua, assinale a afirmativa
correta.
a) O estoque final será maior quando utilizado o método do custo médio ponderado móvel.
b) O lucro líquido será menor quando utilizado o UEPS.
c) A receita de vendas será maior quando utilizado o PEPS.
d) O custo das mercadorias vendidas será maior, se utilizado o PEPS.
e) O lucro antes do imposto sobre a renda (LAIR) será menor, se utilizado o custo médio ponderado
móvel.
Comentário:
Se os custos de estoque estão aumentando de forma contínua, subentende-se a existência de uma
economia inflacionária. Nessa situação, os materiais comprados mais recentemente terão um custo maior
do que os materiais comprados anteriormente.
Vamos, com base nisso, interpretar as questões:
a) errado. O estoque final será maior (em R$) se o método PEPS for utilizado, já que o valor do estoque
mais recente vai predominar.
b) certo. O lucro líquido será menor com o método UEPS, já que o custo da mercadoria vendida será mais
alto (o mais recente).
c) errado. A receita de vendas é igual. Os métodos analisados são de custeio, e não de precificação de
vendas.
d) errado. O CMV será maior com a mercadoria comprada mais recentemente, ou seja, no método UEPS.
e) errado. O lucro será menor no método UEPS, já que a mercadoria vendida terá um custo embutido mais
elevado.
GABARITO: B.

(TCM-SP/Agente de Fiscalização – Administração) No estoque de um hospital constavam, em 5 de junho,


50 unidades de determinado material cirúrgico, ao preço unitário de R$10,00. No dia 10 de junho entraram
no estoque mais 100 unidades do material, ao preço de R$12,00 por unidade. No dia 29 de junho saíram do
estoque 60 unidades desse material. Em 30 de junho, o valor do saldo do estoque do material cirúrgico,
calculado pelo método PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) era de:
a) R$720,00;
b) R$890,00;
c) R$980,00;
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d) R$1.040,00;
e) R$1.080,00.
Comentário:
O método a ser utilizado para avaliação dos estoques é o PEPS.
Vamos fazer uma tabelinha para entender as movimentações realizadas:

Data Movimento Movimento Saldo Q Saldo R$


Q R$
05/jun 50 500
10/jun +100 +1.200 150 1.700
29/jun -60 -620 90 1.080
30/jun 1.080

O único detalhe que pode confundir algumas pessoas é o movimento em reais no dia 29 de junho. Como o
sistema é PEPS, 50 unidades retiradas foram do valor inicial de R$10,00 por unidade, e 10 unidades foram
ao valor de R$12,00 por unidade, por isso o total de R$620.
GABARITO: E.

(Analista de Registro de Comércio) Preencha a lacuna com alternativa correta. O critério de avaliação dos
estoques denominado ____________ consiste em atribuir a cada unidade do estoque o preço
efetivamente pago por ela.
a) PEPS.
b) UEPS.
c) Custo ou preço médio ponderado móvel.
d) Custo ou preço médio ponderado fixo.
e) Custo ou preço específico.
Comentário:
O método de atribuição do preço efetivamente pago pela unidade de estoque é chamado de custo ou
preço específico.
O método PEPS é o primeiro que entra, primeiro que sai.
O UEPS é o último que entra, primeiro que sai.
O custo médio ponderado é o custo das unidades adquiridas ponderado pela quantidade em cada lote de
compra. Pode ser fixo, quando é apurado em um momento e utilizado dali em diante, ou móvel, quando se
consideram os valores realmente pagos pelos produtos que estão em estoque.
GABARITO: E.

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Boa continuação com os estudos!!


Prof. Carlos Xavier
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5. ASPECTOS ESSENCIAIS PARA A PROVA

Gestão de estoques

Do ponto de vista da administração de materiais, estoques são o conjunto de materiais mantidos pela
organização, seja para utilizar em seu processo produtivo, seja para os processos de apoio, seja para venda
ao cliente.
Os estoques são especialmente importantes para empresas do setor industrial e do comércio, já que sua
movimentação de materiais é intensa e os custos a ela associados são muito grandes.
Estoques grandes, de forma geral, implicam em maiores custos de armazenagem, capital e riscos,
conforme a seguir:

• Custo de armazenagem: é o custo da área física de armazenagem utilizada pelo produto,


considerado o tempo que armazenamento médio até o seu consumo. Inclui ainda o custo dos
funcionários, pessoal, equipamentos, etc., necessários para operação do almoxarifado.
• Custo de capital: custos de oportunidade relativos aos investimentos feitos em armazenagem e
estoque, que poderiam estar investidos em outras atividades.
• Custo de riscos: relacionados com a eventual perda de produtos, danos, obsolescência (materiais se
tornam obsoletos), depreciação (desvalorização), furtos, perecibilidade (materiais perdem a
validade), etc.
Quanto mais à montante estiver o estoque, maior o risco de perda por obsolescência, já que o
cliente final não compra, o varejista não compra, o atacadista não compra, o distribuidor não
compra e o estoque fica na mão do fabricante, por exemplo...

Estoques pequenos, por sua vez, podem:

• Gerar quebra de estoque (falta de produtos) e fazer com que a organização não atenda às
necessidades dos clientes em um pico de demanda, gerando perda de lucros.
• Causar quebra de produção (paralisação da produção) caso seus fornecedores atrasem a entrega
de matérias primas, fazendo a organização incorrer em perda de vendas, custos de funcionários
ociosos e custos para reiniciar as máquinas.
• Perda de imagem caso a organização tenha o seu nome e marca manchados pela dificuldade de
atender seus clientes, por conta da falta de estoques.
• Etc.

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Just-in-time, Kanban e just in case


Trata-se de um sistema de reposição de estoques baseado numa filosofia de redução de custos com base
nos estoques.
O propósito central da filosofia Just in Time (JIT) para o gerenciamento de estoques é identificar a
demanda por produto acabado com antecedência, produzindo apenas o necessário e comprando os
insumos apenas para aquela demanda. Assim, ao menos em tese, os estoques cairiam para zero, o que
baixaria imensamente o custo da organização.
O JIT anda em conjunto com o Kanban, que é uma ferramenta de controle de estoques que busca
abastecer a fábrica com os itens necessários, nas quantidades necessárias, no momento necessário, com a
qualidade necessária para suprir a linha de produção sem perdas e geração de estoques.

O Just-in-case, por sua vez, é a filosofia de estoque oposta ao just in time. No Just in Case a organização
opta por produzir com máximo de sua capacidade, gerando o máximo de produto acabado possível e
criando estoques para evitar riscos de falta de atendimento ao cliente interno ou externo.
Trata-se de um sistema de “empurrar” estoques para as próximas etapas, forçando o estabelecimento de
estoques mais altos do que o necessário, em prol de mais segurança operacional.

Políticas de estoques
Um importante conceito para você conhecer é o de “políticas de estoque”.
As políticas de estoque são decisões prévias tomadas pelos gestores com o objetivo de estabelecer quando
pedir, quanto pedir e como controlar os estoques. São decisões consideradas estratégicas ou funcionais
para os estoques. Decisões operacionais, do dia-a-dia, não fazem parte das políticas.

Classificação de estoques
Quanto à fase da produção, os estoques podem ser:

• Estoque de matéria prima: estoque de insumos a serem utilizados no processo produtivo;


• Estoque de material em processo: estoque de materiais em processo de transformação;
• Estoque de material semiacabado: materiais que precisam de um acabamento final para se tornar
componente de produto;
• Estoque de material acabado: estoque de componentes/peças a serem utilizados na confecção de
produtos. São partes prontas para serem anexadas ao produto para serem transformadas em
produto acabado

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• Estoque de produto acabado: estoque de produtos prontos para venda aos clientes finais.

Quanto à natureza do estoque, por sua vez, eles podem ser:

• Estoque de antecipação: serve como um colchão para absorver uma demanda futura relativamente
previsível. Um exemplo é quando o supermercado faz um grande estoque de ovos de páscoa antes
da páscoa, já que antecipa que aquele produto (de demanda inexistente ao longo do ano) terá uma
demanda altíssima durante o período festivo.
• Estoque de segurança (de flutuação): é o estoque que dá segurança para a organização funcionar
sem quebra de estoque (falta de material quando ele for necessário). Em palavras mais técnicas, é
um volume de estoque que serve para absorver flutuações dos níveis de insumos, demanda por
produtos pelos clientes, ou lead time (na administração de compras, trata-se do tempo entre a
realização do pedido e sua efetiva recepção, no estoque da empresa compradora).;
• Estoque de tamanho do lote (ou estoque de ciclo): é o estoque referente ao tamanho do lote de
compra, criado para se beneficiar da vantagem de custo por comprar em maior quantidade;
• Estoque de transporte (de tabulação, em trânsito, de canal, ou de movimento): é o estoque de
produtos em transporte. Geralmente é apresentado em uma média anual de estoque de
transporte, sendo medido pela quantidade de material transportado (q) x tempo de transporte t) /
365 (dias). Ou seja:

𝐪𝐱𝐭
𝐄𝐓𝐦𝐞𝐝 =
𝟑𝟔𝟓

• Estoque hedge: é o estoque que é adquirido com o objetivo de se proteger de flutuações esperadas
para o preço futuro de um produto, sendo comumente adquirido em mercados financeiros (e não
físicos), especialmente para produtos do tipo commodities (produtos não diferenciáveis como grãos
de um tipo específico, minerais específicos, etc.).

Como você já deve ter notado, os estoques podem ser classificados com base na classificação de materiais
adotada pela organização, inclusive a classificação ABC.

Para relembrar esse assunto, caso precise, sugiro que volte na aula específica sobre
classificação de materiais.

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Análise ABC

Enquanto ferramenta de controle de estoques, a Análise de Pareto permite a identificação dos SKUs “classe
A”, “classe B” e “classe C” com base no maior valor, para identificação da prioridade de tratamento,
conforme a seguir:

• Classe A: constituída por poucos SKUs (entre 15% e 20%) que representam a maior parte do valor
total do estoque (cerca de 80%). Possuem elevado impacto sobre o custo da organização com
estoques, e devem ser o foco da atenção na gestão dos estoques.
• Classe B: constituída por uma quantidade média de SKUs (cerca de 35% a 40% do total) que
representam aproximadamente 15% do valor total dos estoques. Possuem impacto moderado.
• Classe C: constituída por uma grande quantidade de itens (entre 40% e 50%), que representam um
valor muito baixo (cerca de 5% a 10%) dos estoques.

Caso não se lembre bem, para mais detalhes sobre a construção do diagrama, veja sua aula sobre
classificação de materiais.

Consumo e dimensionamento de estoques


O estabelecimento do consumo esperado para os materiais em estoque é fundamental para o seu
dimensionamento.
Para prever o consumo futuro de um material a organização pode se utilizar de informações de diferentes
naturezas:

• Qualitativas: incluem dados e informações não quantificáveis, tais como opiniões de especialistas,
de gerentes, consumidores, pesquisas de mercado, etc.
• Quantitativas: incluem dados e informações quantificáveis, numéricas, tais como quantidade de
produção estimada, número de pedidos de clientes, influência da propaganda sobre as vendas,
crescimento da economia, etc.

Segundo Dias (2015, p.25) as técnicas de previsão de demanda são classificadas em três grupos:

a) Projeção: são aquelas que admitem que o futuro será repetição do passado ou as
vendas evoluirão no tempo futuro da mesma forma que no passado; segundo a
mesma lei observada no passado, este grupo de técnicas é de natureza
essencialmente quantitativa.
b) Explicação: procuram-se explicar as vendas do passado mediante leis que
relacionem as mesmas com outras variáveis cuja evolução é conhecida ou
previsível. São basicamente aplicações de técnicas de regressão e correlação.
c) Predileção: funcionários experientes e conhecedores de fatores influentes nas
vendas e no mercado estabelecem a evolução das vendas futuras.

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Formas de evolução do consumo:

• Consumo regular: o quantitativo de materiais utilizados varia pouco entre os diferentes intervalos
de tempo considerados, não apresentando grandes variações por períodos do calendário (como as
férias, por exemplo) ou tendência de subir ou cair.
• Consumo com tendência: é uma forma de consumo regular, na qual o material cuja quantidade de
consumo está crescendo ou caindo com o tempo, sem que haja expectativa de que volte a um
“normal”. O “normal” é a tendência de crescimento ou diminuição.
• Variação sazonal: o consumo de materiais oscila de maneira regular em relação a causas específicas
(como suas férias, por exemplo). Segundo Dias (2015, p.27), o consumo é sazonal quando o desvio é
de, no mínimo, 25% do consumo médio e quando aparece condicionado a determinadas causas.
• Variação irregular: o consumo dos materiais é aleatório e há grande variação entre diferentes
espaços de tempo.

Métodos matemáticos para previsão do consumo


Os principais métodos de previsão de consumo incluem:

• Método do consumo do último período: estima-se o consumo do período futuro com base no
período anterior.
• Método da média móvel: estima-se o consumo do próximo período com base na média móvel de
períodos anteriores.
• Método da média móvel ponderada: calcula-se a média dos períodos anteriores atribuindo-se um
peso maior aos períodos mais recentes, como forma de reforçar o peso da tendência atual de
consumo.
É preciso ter o cuidado de observar que a soma total dos pesos precisa ser 100%.

• Método da média móvel com ponderação exponencial: esse método busca eliminar problemas dos
métodos anteriores, dando mais valor aos dados recentes e manuseando menos informações.
Dias (2015, p.32) afirma que apenas três valores são necessários para o cálculo, incluindo:
➔ Previsão da demanda do último período;
➔ Consumo realmente ocorrido no último período;
➔ Uma constante que determina o valor ou ponderação dada aos valores mais recentes.
Método da média móvel com ponderação exponencial:
Para fazer a previsão para o período seguinte (março), teríamos que somar a realidade observada
ponderada por um fator de tendência com a previsão anterior para fevereiro ponderada pelo fator
do acaso.

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• Método dos mínimos quadrados: trata-se de um método para calcular qual seria a equação
referente a uma reta formada pelos dados. Em outras palavras, você observa os dados, percebe que
existe uma equação que explica os dados e que, se você souber, pode prever com certa clareza os
próximos períodos.

Reposição de estoque
De forma geral, os sistemas de reposição de estoques da organização podem ser organizados de uma das
seguintes formas:

• Reposição por quantidade: quando se chega ao nível mínimo de estoque (estoque de reposição), é
feita a reposição do material, tendo como base a cota necessária, sem que haja qualquer prazo
associado.
• Reposição por tempo / sistema de reposição periódica: os materiais são repostos integralmente
em períodos pré-determinados.
• Reposição por quantidade e tempo (sistema “máximos e mínimos”, ou de reposição contínua): há
uma cota de materiais a serem repostos para durar um determinado período, e a reposição é feita
em uma época predeterminada.
Nesse sistema, estima-se o estoque máximo e mínimo para o período com base na expectativa de
consumo previsto para o período. Calcula-se o Ponto de Pedido (PP) e a quantidade de pedido para
que, quando o pedido for realizado, o estoque restante seja consumido até o ponto de chegar no
Estoque de Segurança (ES) na data esperada para a reposição com o novo lote comprado. O ES não
deverá ser consumido em condições normais. Trata-se de um verdadeiro “volume morto” para ser
utilizado apenas em casos emergenciais. O estoque de segurança somado à quantidade do pedido
será igual ao estoque máximo.
• Reposição imediata por quantidade: os materiais são encaminhados imediatamente para o setor,
conforme o consumo ocorre. Isso pode ser diário, ou mesmo várias vezes por dia!
• MRP (material requirement planning), MRP II e ERP: MRP é um sistema computacional que parte
das previsões de vendas para estabelecer o planejamento da produção, as demandas por cada
material, o nível de estoques, compras, custos e controle da produção, com o principal objetivo de
manter baixos os estoques de cada um dos materiais utilizados, ao mesmo tempo que mantém a
produção funcionando sem interrupções.
- O conceito de MRP tradicional evoluiu para o MRP II (manufacturing resources planning) e
passou a incluir diferentes áreas da organização, como finanças, materiais e RH, além de
equipamentos, instalações, áreas de estoque, etc., todos ligados à manufatura.
- Com o tempo, evoluiu novamente para o ERP (Enterprise resources planning), passando a
envolver todos os recursos empresariais – não só os ligados à manufatura.

Estoque de segurança

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O estoque de segurança merece atenção especial. A determinação do volume de estoque de segurança


depende do lead time, da variabilidade da demanda durante o lead time, da frequência dos pedidos, e do
nível de atendimento desejado.
O roteiro para cálculo do desvio-padrão é o seguinte (ARNOLD, 2015, p. 307):

1. Calcula-se o desvio para cada período, subtraindo a demanda real da demanda


prevista.
2. Eleva-se cada desvio ao quadrado.
3. Somam-se os quadrados dos desvios.
4. Divide-se o valor resultante do passo 3 pelo número de períodos, para determinar
a média dos quadrados dos desvios.
5. Calcula-se a raiz quadrada do valor resultante do passo 4.

O gráfico “dente de serra”


Um ponto muito relevante da administração de compras e estoques nas provas de concurso é o correto
entendimento do gráfico dente-de-serra e os seus elementos. Para que você vá se acostumando, lhe
apresento o bendito:

Emax

PP

ES

Lead
Time

Onde:
Emax = estoque máximo do item.
Q = quantidade do pedido que chegou, normalmente feito com base no LEC = Lote Econômico de Compra.
PP = Ponto de pedido.
ES = Estoque de segurança.
Lead time = tempo entre o pedido e a chegada do material (tempo de reposição)

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Esse gráfico apresenta o comportamento do estoque de um material em condições perfeitas, onde:

• O consumo do material é constante e estável ao longo do tempo.


• Não há falhas administrativas nas áreas de compras, recepção, estoque, produção, ou no
fornecedor.
• Não há entregas atrasadas pelo fornecedor.
• Não há nenhuma entrega rejeitada pelo setor de recepção em função de problemas de qualidade e
administrativos.
O Lead time é tempo decorrido entre a realização do pedido de compra pela empresa e sua entrega.
Vejamos alguns detalhes adicionais sobre os elementos desse gráfico, para que você responda qualquer
pergunta sobre ele que venha a ser cobrada em sua prova!
O Estoque de segurança (ou estoque mínimo) é o valor de estoque que a organização deve manter como
um “volume morto” para absorver eventuais flutuações de demanda ou atraso do lead time do pedido.
Normalmente é calculado com uma conta estatística chata, que inclui o cálculo do desvio padrão da
demanda pelo item, que é multiplicado por um fator relativo ao nível de serviço desejado.
O Ponto de Pedido é o momento de realizar um novo pedido de compra. Esse momento é verificado com
base no nível do estoque do produto na organização. Quando um estoque chega a um nível tal que o
consumo do material durante o prazo de entrega o levará até o estoque de segurança, trata-se do
momento de realizar o pedido de compra.
Assim, podemos afirmar que:
PP=Demanda durante lead time (DDLT) + Estoque de Segurança (ES)
Um elemento que não está sinalizado no gráfico (para não bagunçar seu entendimento...), mas que você
precisa conhecer é o estoque médio (EM) do produto no tempo. Calculá-lo é bastante simples, já que você
precisa saber apenas a quantidade do pedido e o estoque mínimo.

EM = Q/2 + ES

Vamos tratar agora de outro conceito bastante simples: o Estoque Máximo (Emax). Trata-se da simples
soma da quantidade comprada com o estoque de segurança. Assim:

Emax = Q + ES

Lembre-se ainda da fórmula do LEC:

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2𝐴𝑆
𝐿𝐸𝐶 = √
𝑖𝑐

Onde:
LEC = Lote Econômico de Compra.
A = demanda do material por período, em unidades.
S = custo para emitir um pedido, em dinheiro.
i = taxa de custo de armazenagem por período (porcentagem expressa em decimal).
c = custo da unidade comprada.
Note ainda que “ic” representa o custo total da armazenagem de uma unidade do material no período
considerado (algumas questões informam diretamente esse valor, já em unidades monetárias!).
Uma variação do modelo substitui “ic” por “Ca+(jp)”, onde Ca = custo de armazenagem em dinheiro, por
unidade, por período; j = taxa de juros no período, em decimal; p = preço da unidade do material.

Principais indicadores de estoques: giro de estoque e taxa de cobertura


Giro de Estoque ou índice de ressuprimento:

𝐶𝑚
𝐼𝑟 =
𝐸𝑚

Onde:
Ir = Índice de Rotatividade do Estoque (ou Giro do Estoque)
Cm = Consumo (p. ex.: no ano)
Em = Estoque médio (p. ex.: no ano)

Outra fórmula para cálculo envolve o valor monetário dos estoques, aplicável para os produtos acabados:

𝐶𝑚𝑣
𝐼𝑟 =
𝐸𝑚𝑝𝑎

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Onde:
Ir = Índice de Rotatividade do Estoque (ou Giro do Estoque)
Cmv = Custos das mercadorias vendidas (em R$, p. ex.: no ano)
Empa = Valor de estoque médio dos produtos acabados (em R$)

A mesma fórmula pode ser adaptada para se calcular a rotatividade da matéria prima:

𝐶𝑚𝑎𝑡
𝐼𝑟 =
𝐸𝑚𝑚𝑝

Onde:
Ir = Índice de Rotatividade do Estoque (ou Giro do Estoque)
Cmat = Custos das matérias primas (em R$, p. ex.: no ano)
Emmp = Valor de estoque médio das matérias primas (em R$)

Outro importante indicador é a taxa de cobertura (também chamada de antigiro – o oposto do índice de
rotatividade), que se calcula da seguinte forma:

𝐸𝑚
𝑇𝑐 =
𝐶𝑚

Onde:
Ir = Índice de Rotatividade do Estoque (ou Giro do Estoque)
Cm = Consumo (p. ex.: no ano)
Em = Estoque médio (p. ex.: no ano)

Métodos para avaliação financeira dos estoques: custo médio, PEPS, UEPS, Custo de reposição, custo
específico.

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Os métodos principais são os seguintes:

• Custo Médio ponderado: trata-se de um método bastante utilizado e que consiste em avaliar o
custo de cada item com base no preço médio da aquisição, ponderado pelo tamanho do lote
comprado.
• Primeiro que entra, primeiro que sai (PEPS – FIFO): O método PEPS (ou FIFO – first in, first out)
consiste na avaliação do estoque pela ordem cronológica das entradas. O material que entrou antes
é o que sairá antes.
• Último que entra, primeiro que sai (UEPS – LIFO): do inglês last in, first out, o material retirado será
sempre avaliado pelo custo do mais recentemente adicionado ao estoque
• Custo de reposição: o valor dos estoques é avaliado com base no custo que a organização teria para
repor os materiais, após o consumo.
• Custo ou preço específico: é a atribuição do custo especificamente pago por cada uma das
unidades de estoque. Assim, quando um item físico é retirado, seu custo de aquisição considerado
será especificamente o que foi incorrido na sua compra.

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6.QUESTÕES COMENTADAS

QUESTÕES SOBRE ESTOQUES

1. (CESPE/EBSERH/Assistente Administrativo/2018) O setor de controle de estoques de materiais é


responsável por definir que produtos devem ser mantidos em estoque, bem como a quantidade
necessária e a periodicidade de reabastecimento de cada um deles.
Comentário:
Achei a questão ruim. Não há dúvida de que a gestão de estoques é responsável por definir que produtos
devem ser mantidos, qual a quantidade e periodicidade de cada reposição. Apesar disso, trata-se da gestão
ou administração de estoques.
Controle é a função administrativa de verificação e ação corretiva e, por isso, aplicada à gestão de
estoques, seria a função de verificação dos estoques e tomada de ações corretivas, e não de
gerenciamento como um todo, nem de tomada de decisões antecipadas (planejamento).
Assim, ao meu ver, o examinador errou ao copiar trecho de livro de algum autor que falou sobre o assunto
de maneira imprecisa o que, infelizmente, é comum.
Em sua prova, se isso cair dessa mesma forma, eu marcaria “certo”, conforme o gabarito apontado pela
banca (já que isso é comum).
GABARITO: certo.

2. (CESPE/EBSERH/Assistente Administrativo/2018) A manutenção de grandes quantidades de


materiais em depósito é vantajosa devido ao fato de reduzir os custos de armazenagem.
Comentário:
Ao contrário, a manutenção de grandes quantidades de materiais em estoque aumenta os custos de
armazenagem!
GABARITO: Errado.

3. (CESPE/EBSERH/Técnico em Farmácia/2018) No cálculo do consumo médio mensal (CMM) de um


produto, devem ser consideradas as eventuais saídas por empréstimo para outra instituição.

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Comentário:
Questão totalmente interpretativa. O material que saiu do estoque como empréstimo é consumo ou não?
Não é! É material que saiu do estoque e que vai voltar.
Se a organização considerar que ele faz parte do consumo, haverá erros frequentes na previsão do
consumo futuro, pois ele vai considerar esses empréstimos quando não devia.
Atenção: dizer isso não é a mesma coisa que dizer que esses empréstimos não devem ser registrados – é
fundamental que sejam! Só não se pode misturar os registros com os de consumo da organização!
GABARITO: Errado.

4. (CESPE/EBSERH/Analista Administrativo/2018) A manutenção do estoque de medicamentos


importados é considerada uma vantagem quando, por questões negociais, ocorre a interrupção de um
contrato de fornecimento internacional.
Comentário:
Você teria que interpretar a questão.
Se eu preciso de um material (e, por isso, tenho em estoque), quando um problema negocial dificulta a
aquisição, a existência de estoque desse material é algo bom ou ruim?
Bom, é claro! Isso porque o estoque vai possibilitar que a organização continue utilizando o material
enquanto a questão negocial não se resolve.
GABARITO: Certo.

5. (CESPE/EBSERH/Analista Administrativo/2018) As perdas com a desvalorização de materiais


permanentes mantidos em estoque são consideradas custos de depreciação na gestão de um estoque.
Comentário:
Perfeito. Perdas com a desvalorização são custos de depreciação (perda de valor) em um estoque.
GABARITO: Certo.

6. (CESPE/EBSERH/Analista Administrativo – Gestão Hospitalar/2018) Na administração dos


estoques just-in-time, se mantém um estoque de segurança para que, na necessidade do produto, o
material já esteja disponível.
Comentário:
A gestão por meio do JIT é tendente a eliminar estoques, e não a manter estoques de segurança!
GABARITO: Errado.

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7. (CESPE/EBSERH/Analista Administrativo/2018) Giro de estoque ou rotatividade é um indicador


que reflete o número de vezes que o estoque roda em determinado período. Esse indicador é calculado
pela razão entre os valores, em unidades, do estoque médio no período e do consumo do período.
Comentário:
Bela pegadinha. O giro do estoque realmente reflete o número de vezes que o estoque roda em um
período, e outro nome para ele é a rotatividade de estoque.
Apesar disso, o cálculo do indicador é a razão entre o consumo e o estoque médio, e não o contrário (como
afirmado pela questão). A fórmula apresentada pela questão é do antigiro, ou cobertura de estoque.
GABARITO: Errado.

8. (FGV/MPE-AL/Analista do Ministério Público – Gestão Pública/2018) O modelo de gestão que


produz apenas por demanda efetiva, visando à eliminação do estoque e do desperdício, é conhecido por
a) PEPS.
b) tempos e movimentos.
c) 6 sigma.
d) just in time.
e) milk run.
Comentário:
Trata-se da essência do “just in time”, não tendo relação com essas várias outras coisas mencionadas...
nenhuma mesmo!
GABARITO: D.

9. (FGV/MPE-AL/Contador/2018) Em relação ao controle do estoque pelos métodos PEPS, UEPS e


custo médio ponderado móvel, admitindo que os custos do estoque aumentam de forma contínua,
assinale a afirmativa correta.
a) O estoque final será maior quando utilizado o método do custo médio ponderado móvel.
b) O lucro líquido será menor quando utilizado o UEPS.
c) A receita de vendas será maior quando utilizado o PEPS.
d) O custo das mercadorias vendidas será maior, se utilizado o PEPS.
e) O lucro antes do imposto sobre a renda (LAIR) será menor, se utilizado o custo médio ponderado
móvel.
Comentário:

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Se os custos de estoque estão aumentando de forma contínua, subentende-se a existência de uma


economia inflacionária. Nessa situação, os materiais comprados mais recentemente terão um custo maior
do que os materiais comprados anteriormente.
Vamos, com base nisso, interpretar as questões:
a) errado. O estoque final será maior (em R$) se o método PEPS for utilizado, já que o valor do estoque
mais recente vai predominar.
b) certo. O lucro líquido será menor com o método UEPS, já que o custo da mercadoria vendida será mais
alto (o mais recente).
c) errado. A receita de vendas é igual. Os métodos analisados são de custeio, e não de precificação de
vendas.
d) errado. O CMV será maior com a mercadoria comprada mais recentemente, ou seja, no método UEPS.
e) errado. O lucro será menor no método UEPS, já que a mercadoria vendida terá um custo embutido mais
elevado.
GABARITO: B.

10. (FGV/Câmara de Salvador – BA/Analista Legislativo Municipal/2018) Um posto de saúde precisa


ter uma forma de gerenciar seus estoques de medicamentos, para atender melhor seus cidadãos.
Em relação à gestão de estoques, é correto afirmar que:
a) o estoque de segurança ou isolador é indicado quando houver alta previsibilidade entre oferta e
demanda do material estocado;
b) o estoque de ciclo ocorre quando um ou mais estágios na operação conseguem fornecer
simultaneamente todos os itens necessários;
c) o estoque de antecipação é o mais comumente usado quando as flutuações de demanda são
significativas, mas relativamente previsíveis;
d) o estoque no canal de distribuição ocorre quando a matéria-prima chega à fábrica por meio de dutos;
e) o estoque é criado para aumentar as diferenças de ritmo entre demanda e fornecimento.
Comentário:
Relembremos dos principais tipos de estoque, quanto à sua natureza:

• Estoque de antecipação: serve como um colchão para absorver uma demanda futura relativamente
previsível. Um exemplo é quando o supermercado faz um grande estoque de ovos de páscoa antes
da páscoa, já que antecipa que aquele produto (de demanda inexistente ao longo do ano) terá uma
demanda altíssima durante o período festivo.

• Estoque de segurança (de flutuação): é o estoque que dá segurança para a organização funcionar
sem quebra de estoque (falta de material quando ele for necessário). Em palavras mais técnicas, é

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um volume de estoque que serve para absorver flutuações dos níveis de insumos, demanda por
produtos pelos clientes, ou lead time (na administração de compras, trata-se do tempo entre a
realização do pedido e sua efetiva recepção, no estoque da empresa compradora).;

• Estoque de tamanho do lote (ou estoque de ciclo): é o estoque referente ao tamanho do lote de
compra, criado para se beneficiar da vantagem de custo por comprar em maior quantidade;

• Estoque de transporte (de tabulação, em trânsito, de canal, ou de movimento): é o estoque de


produtos em transporte. Geralmente é apresentado em uma média anual de estoque de
transporte, sendo medido pela quantidade de material transportado (q) x tempo de transporte t) /
365 (dias). Ou seja:

𝒒𝒙𝒕
𝑬𝑻𝒎𝒆𝒅 =
𝟑𝟔𝟓

• Estoque hedge: é o estoque que é adquirido com o objetivo de se proteger de flutuações esperadas
para o preço futuro de um produto, sendo comumente adquirido em mercados financeiros (e não
físicos), especialmente para produtos do tipo commodities (produtos não diferenciáveis como grãos
de um tipo específico, minerais específicos, etc,).

Com essa bela revisão, percebemos que a única resposta correta está na letra C.
GABARITO: C.

11. (FGV/Câmara de Salvador – BA/Analista Legislativo Municipal/2018) Quanto ao modelo de


reposição periódica de estoques, é correto afirmar que:
a) consiste em emitir um pedido de compra sempre que o nível de estoque atingir o ponto de pedido,
sendo bastante sensível ao tempo de atendimento;
b) consiste em emitir pedidos de compra em intervalos fixos, em quantidades que deixariam o estoque
pleno no momento do pedido;
c) também chamado de modelo do lote padrão, ou modelo do estoque máximo, depende do tempo de
atendimento para determinação do ponto de pedido;
d) por trabalhar com o estoque mínimo, corre o risco de ficar sem estoque caso a demanda seja
razoavelmente maior que a utilizada para determinação do ponto de pedido;
e) por trabalhar com o estoque mínimo, o estoque de segurança não deve ser inferior a 30% do lote
econômico.
Comentário:
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O modelo de reposição periódica é voltado para emissão de pedidos em momentos específicos do tempo,
ou seja, em intervalos fixos, de modo a completar o estoque no momento em que os pedidos são feitos.
GABARITO: B.

12. (FGV/Câmara de Salvador – BA/Analista Legislativo Municipal/2018) A definição de estoque pode


ser dada como a acumulação armazenada de materiais em um sistema de transformação. Um dos
métodos para a sua reposição é o de previsão de demanda.
A técnica de previsão de demanda realizada por meio de informações qualitativas é definida como:
a) explicação;
b) predileção;
c) projeção;
d) ponderação;
e) mínimos quadrados.
Comentário:
A previsão de demanda por projeção e explicação é quantitativa, enquanto a predileção é qualitativa!
Lembre-se disso! =)
GABARITO: B.

13. (FGV/MPE-RJ/Analista do Ministério Público – Administração/2016) Uma loja de varejo mantém


um estoque anual médio no valor de R$ 3.000.000,00. A empresa estima que o custo de capital é de 12%
ao ano, os custos de armazenagem são de 8% ao ano e os custos de risco de manutenção do estoque
(associados a danos, perdas, obsolescência e deterioração) são de 5% ao ano. O custo médio de emissão
de um pedido é de 150 reais e são emitidos 1200 pedidos ao ano. Na situação descrita, o custo anual de
se manter o estoque, em reais, é de:
a) 750.000;
b) 930.000;
c) 3.430.000;
d) 3.750.000;
e) 3.930.000.
Comentário:
A questão é mais de raciocínio lógico-matemático do que de gestão de estoques propriamente dita.
Ela pede que você calcule o custo de manutenção do estoque, e detalha todos os custos associados para o
caso específico:
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• Custo de capital = 12% a.a.

• Custos de armazenagem = 8% a.a.

• Custos de riscos (separados do custo de armazenagem, no caso específico!) = 5% a.a.

• Valor médio anual do estoque = 3 milhões de reais.

Os demais dados apresentados são irrelevantes. Servem apenas parra lhe confundir.
Com essas informações, bastava multiplicar o percentual pelo valor médio anual do estoque, assim:

• Custo de capital = 12% * 3 milhões = R$360.000/ano

• Custo de armazenagem = 8% * 3 milhões = R$240.000/ano

• Custo de risco = 5% * 3 milhões = R$150.000/ano

• Total = R$750.000/ano.

GABARITO: A.

14. (FGV/TJ-BA/TJAA/2015) O quadro abaixo representa a planilha de movimentação de estoque de


uma determinada empresa.

Semana Demanda Entradas Saldo

1 2000 3000

2 1000 2000

3 1000 1000

4 1000

5 2000 5000 3000

O estoque médio e a cobertura geral do estoque do primeiro mês são, respectivamente:


a) 1500 e 1,5;
b) 1500 e 1,2;
c) 1250 e 1,2;
d) 1200 e 1,5;

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e) 1200 e 1,2.
Comentário:
O sistema apresentado não possui regularidade de demanda nem estoque mínimo, por isso a fórmula
padrão para estoque médio não se aplica.

Teremos que calcular o estoque médio na marra. O estoque médio nas 4 primeiras semanas (primeiro mês)
é = (3.000 + 2.000 + 1.000 + 0)/4 = 1.500.

Agora vamos calcular a taxa de cobertura:

Taxa de cobertura = Estoque médio .


Consumo médio no período

TC = 1.500/Consumo médio.

Consumo médio = (2.000+1.000+1.000+1.000)/4 = 1.250

TC = 1.500/1.250 = 1,2.

GABARITO: B.

15. (FGV/TCM-SP/Agente de Fiscalização – Administração/2015) No estoque de um hospital


constavam, em 5 de junho, 50 unidades de determinado material cirúrgico, ao preço unitário de R$10,00.
No dia 10 de junho entraram no estoque mais 100 unidades do material, ao preço de R$12,00 por
unidade. No dia 29 de junho saíram do estoque 60 unidades desse material. Em 30 de junho, o valor do
saldo do estoque do material cirúrgico, calculado pelo método PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair)
era de:
a) R$720,00;
b) R$890,00;
c) R$980,00;
d) R$1.040,00;
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e) R$1.080,00.
Comentário:
O método a ser utilizado para avaliação dos estoques é o PEPS.
Vamos fazer uma tabelinha para entender as movimentações realizadas:

Data Movimento Q Movimento R$ Saldo Q Saldo R$

05/jun 50 500

10/jun +100 +1.200 150 1.700

29/jun -60 -620 90 1.080

30/jun 1.080

O único detalhe que pode confundir algumas pessoas é o movimento em reais no dia 29 de junho. Como o
sistema é PEPS, 50 unidades retiradas foram do valor inicial de R$10,00 por unidade, e 10 unidades foram
ao valor de R$12,00 por unidade, por isso o total de R$620.
GABARITO: E.

16. (IBFC/SAEB-BA/Analista de Registro de Comércio/2015) Preencha a lacuna com alternativa


correta. O critério de avaliação dos estoques denominado ___________________________ consiste em
atribuir a cada unidade do estoque o preço efetivamente pago por ela.
a) PEPS.
b) UEPS.
c) Custo ou preço médio ponderado móvel.
d) Custo ou preço médio ponderado fixo.
e) Custo ou preço específico.
Comentário:
O método de atribuição do preço efetivamente pago pela unidade de estoque é chamado de custo ou
preço específico.
O método PEPS é o primeiro que entra, primeiro que sai.
O UEPS é o último que entra, primeiro que sai.
O custo médio ponderado é o custo das unidades adquiridas ponderado pela quantidade em cada lote de
compra. Pode ser fixo, quando é apurado em um momento e utilizado dali em diante, ou móvel, quando se
consideram os valores realmente pagos pelos produtos que estão em estoque.
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GABARITO: E.

17. (IBFC/Docas-PB/Contador/2015) São critérios para a avaliação de estoques conhecidos:


1. Custo Especifico.
2. PEPS.
3. UEPS.
4. Custo Médio Ponderado Móvel.
5. Custo médio Ponderado Fixo.
Indique a alternativa correta:
a) Apenas as sentenças 1; 2; 3; e; 5 estão corretas.
b) Apenas as sentenças 1; 2; 3; e 4 estão corretas.
c) As sentenças 1; 2; 3; 4; e 5 estão corretas.
d) Apenas as sentenças 2; 3; 4 e; 5 estão corretas.
Comentário:
Todos os métodos mencionados são válidos para a apuração do custo dos estoques.
GABARITO: C.

18. (IBFC/SEPLAG-MG/Gestor de Transportes e Obras – Administração/2014) Leia a sentença e


assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna: “________________ é o conjunto de
mercadorias, materiais ou artigos existentes fisicamente no almoxarifado à espera de utilização futura e
que permite suprir regularmente os usuários, sem causar interrupções às unidades funcionais da
organização.”
a) Pontos de Estocagem.
b) Estoque Morto ou Inativo.
c) Estoque Mínimo.
d) Estoque.
Comentário:
A questão traz uma definição perfeita para os estoques de materiais de uma organização!
GABARITO: D.

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19. (IBFC/SEPLAG-MG/Administrador/2013) A Administração de Materiais também atua no


estabelecimento de políticas de Estoque, para que a situação do caixa da empresa seja aliviada pelo
retorno destes recursos à tesouraria. Assinale a alternativa que apresenta técnicas para se atingir um
bom resultado (redução de investimentos em estoques).
I. Utilizar curvas ABC e Técnicas de Pesquisa operacional.
II. Negociar a manutenção de estoques em consignação na empresa.
III. Realizar compras especulativas, sempre que surgir oportunidade.
IV. Não aceitar entregas fora do programado.
V. Controlar a rotação e utilização de cada item do inventário.
VI. Adotar técnicas de fabricação classe universal, como Just-ln-Time.
VII. Desenvolver um Planejamento Estratégico, estabelecendo metas para investimento nos estoques.
VIII. Realizar inventário rotativo e de técnicas de pré- contagem dos materiais.
a) Somente as afirmativas I, III, IV, VI e VIII estão corretas.
b) Todas as afirmativas estão corretas.
c) Somente as afirmativas I, II, IV, V, VI, VII e VIII estão corretas.
d)Somente as afirmativas I, III, IV, V, VI, VII e VIII estão corretas.
Comentário:
Essa questão foi mais interpretativa, e exigiu conhecimentos que iam além da simples administração de
materiais. Vejamos:
I) Certo. Curva ABC é uma importante ferramenta para gestão de estoques. Além disso, técnicas de
pesquisa operacional (ramo da matemática aplicado ao processo decisório) também podem ser utilizadas
para tomada de decisões sobre os estoques (e sobre todas as outras coisas da organização...).
II) Certo. Ao manter estoques em consignação na empresa, o pagamento só é feito após o consumo do
produto, o que reduz o custo da empresa.
III) Errado. Comprar produtos apenas para especular em relação ao preço não é uma boa prática, pois a
empresa estará comprando produtos que não precisa. Se a especulação der errado, pode ser um
gigantesco tiro no pé!
IV) Certo. Entregas fora do programado (que, na prática, costumam acontecer em quantidades superiores
ao encomendado – o que a banca não disse, mas era preciso imaginar! =/) oneram o custo da empresa,
pois ela tem que guardar produtos a mais e pagar por eles normalmente.
V) Certo. O controle do uso e rotação do produto permite ter um estoque do tamanho apropriado às
necessidades.
VI) Certo. “Fabricação Classe Universal” é uma filosofia de fabricação de produtos na organização que
implica fazer o produto da maneira correta da primeira vez, observando de perto todo o processo
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produtivo (isso não é parte do assunto, mas a banca exigiu que você soubesse!). É possível entender que o
JIT é um método desse tipo, e isso melhora a gestão dos estoques.
VII) Certo. Um planejamento estratégico claro em relação aos estoques facilita sua gestão.
VIII) Certo. Realizar inventários de estoque (rotativo) e fazer contagem prévia dos materiais podem ajudar
a controlar melhor os estoques, reduzindo seus custos.
GABARITO: C.

20. (IBFC/SEPLAG-MG/Administrador/2013) Veja os métodos exibidos a seguir e assinale a


alternativa correspondente.
Custo Médio / PEPS ou FIFO / UEPS ou LIFO
a) Métodos de Contagem de Estoques.
b) Métodos de Cálculo Logístico.
c) Métodos de Avaliação de Compra.
d) Métodos de Avaliação de Estoques.
Comentário:
Os métodos mencionados, juntamente com outros, constituem os métodos de avaliação de custo dos
estoques.
GABARITO: D.

21. (IBFC/INEP/Pesquisador – Tecnologista em Informações e Avaliações Educacionais/2012) Na


evolução dos sistemas de informação empresariais tivemos o MRP II que tratava da coordenação de todo
o processo de fabricação, incluindo especialmente as relações entre:
a) compra de materiais e vendas
b) fornecedores e clientes externos
c) contas a pagar e contas a receber
d) materiais, finanças e recursos humanos
e) controle de materiais, estoque e CRM
Comentário:
O MRP II representa uma evolução em relação ao MRP por passar a incluir a necessidade de equipamentos
e de outros recursos (além dos de material) para a produção da organização, incluindo recursos financeiros
e humanos, como está na alternativa D.
GABARITO: D.

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22. (IBFC/INEP/Pesquisador – Tecnologista em Informações e Avaliações Educacionais/2012) A


origem dos Sistemas Integrados de Gestão Empresarial ou ERP (Enterprise Resource Planning), foram:
a) CRM, SCM I e MRP II
b) MRP e MRP II
c) SAD I e MRP II
d) SCM I, MRP II e CRM III
e) MRP II, MRP III e MRP IV
Comentário:
Os sistemas que originaram o ERP são o MRP e o MRP II.
GABARITO: B.

23. (FCC/SABESP/Tecnólogo 01/2018) Em obras de construção civil, há um almoxarifado para


controle dos materiais a serem utilizados. Entretanto, para prevenção de perdas e para redução dos
níveis de estoques operacionais, uma estratégia muito utilizada é a reposição de acordo com o consumo,
ou seja, a entrega do material na obra só é realizada quando o seu uso é iminente. Esta técnica de gestão
de materiais é conhecida por
a) Supply Chain.
b) Just In Case − JIC.
c) logística reversa.
d) Just In Time − JIT.
e) ciclo PDCA.
Comentário:
A ferramenta que consiste em ter estoques tendentes a zero, só recebendo um material que vai ser
utilizado na iminência de fazê-lo é o JIT.
O restante das coisas mencionadas na questão simplesmente não se conecta com o que é pedido...
GABARITO: D.

24. (FCC/Prefeitura de Macapá-AP/Administrador/2018) No bojo das metodologias de administração


de materiais, emergiu como paradigma para controle de estoques a ferramenta denominada Kaban
atrelada

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a) ao método UEPS (o último a entrar é o primeiro a sair) ou LIFO (last in, first out), que preconiza a
reposição mais rápida dos últimos itens da cadeia produtiva.
b) à priorização da reposição de estoque de acordo com a demanda, que “empurra” o estoque de acordo
com os itens mais requeridos.
c) à denominada Curva ABC que propõe a escolha de três principais itens para estocagem, de acordo com
o seu peso relativo.
d) ao conceito just-in-time, que preconiza a reposição nas quantidades necessárias e no momento
necessário, idealizando o estoque zero.
e) ao método PEPS (o primeiro a entrar é o primeiro a sair) ou FIFO (first in, first out), que preconiza a
reposição mais rápida dos primeiros itens da cadeia produtiva.
Comentário:
O Kanban (e não “Kaban”) é uma técnica de sinalização da demanda por materiais por meio de cartões
coloridos que ficam fixados nas localizações dos diferentes pontos de produção, sinalizando para o
processo anterior qual o material e qual a urgência necessária. Este é um método associado ao just-in-time,
com o objetivo de, idealmente, eliminar os estoques para dar máxima flexibilidade e menor custo à
organização.
GABARITO: D.

25. (FCC/ALESE/Técnico Legislativo – Taquigrafia/2018) Um conceito utilizado em administração de


materiais é o relativo aos custos de manutenção de estoque. Entre os apontados como inversamente
proporcionais ao nível do estoque médio, incluem-se os custos de
a) pedido ou de produção.
b) armazenagem ou de perdas.
c) capital ou de oportunidade.
d) depreciação ou de obsolescência.
e) carregamento ou de manutenção.
Comentário:
Bela questão! Envolve conhecimento teórico e capacidade de interpretação, ao mesmo tempo. Meus
elogios à FCC!
Você precisaria lembrar que o custo de manter estoques altos se associa a tudo o que está da letra B à letra
E. Além disso, precisaria pensar: quanto maiores os estoques, menos pedidos eu vou fazer e, por isso,
menor será o custo administrativo de realizar pedidos. Além disso, terei menos custos e riscos de
produção.
Assim, inversamente proporcional só a letra A.
GABARITO: A.
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26. (FCC/DPE-AM/Analista em Gestão de Defensoria – Administração/2018) A literatura define


estoque como a acumulação armazenada de materiais em um sistema de transformação. Em uma
organização do setor público, corresponde ao somatório de materiais que permanecem reservados para
uso oportuno. Os estoques devem sempre ser corretamente dimensionados, eis que sua manutenção é
onerosa, importando, entre outros custos, os
a) independentes do nível de estoque médio, tal como os custos de pedido.
b) inversamente proporcionais ao seu nível médio, tal como o custo de depreciação.
c) diretamente proporcionais ao seu nível médio, tal como o custo de perdas.
d) de oportunidade, que se relacionam com o valor financeiro dos itens.
e) de predileção, relacionados com aspectos psicológicos e culturais inerentes ao gerenciamento.
Comentário:
Temos que analisar cada uma das alternativas dessa questão, que cobra interpretação e conhecimento do
conteúdo ao mesmo tempo:
a) errada. Quanto maiores os estoques, menores serão os custos de pedido.
b) errada. Custos de depreciação serão maiores de maneira diretamente proporcional ao nível dos
estoques.
c) certa. Os custos de perdas realmente serão maiores quando os estoques forem maiores!!
d) errada. Os custos de oportunidade são custos econômicos, ou seja, custo daquilo que se poderia fazer
com o espaço físico, os funcionários envolvidos, o dinheiro empregado, etc., mas não foi feito porque tudo
isso está direcionado para algo (nesse caso, os estoques).
e) errada. Predileção é uma técnica qualitativa de previsão de demanda.
GABARITO: C.

27. (FCC/DPE-RS/Técnico – Logística/2017) A fábrica de notebook NB consome a matéria prima X no


seu produto acabado. A tabela abaixo mostra a movimentação do material X

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O custo unitário do saldo final de estoque do material pelos métodos "Primeiro Entra, Primeiro Sai"
(PEPS), "Último Entra, Ultimo Sai" (UEPS) e Custo Médio Unitário são, respectivamente:
a) 15,00; 20,00; 18,00
b) 18,00; 20,00; 15,00
c) 20,00; 15,00; 18,00
d) 18,00; 15,00; 20,00
e) 15,00; 18,00; 20,00
Comentário:
Vejamos:
PEPS:
Dia 08/09 – custo unitário no estoque = R$15.
Dia 09/09 – entraram mais 150 unidades a R$20 cada.
Dia 23/09 – saíram 150 unidades (100 do primeiro estoque e 50 do segundo, já que o regime é o PEPS).
Assim, saíram (100 * R$15) = R$1.500 + R$1.000 (50*R$20) = R$2.500 de saída. Como o estoque total era
de R$4.500 (1.500 + 3.000), o saldo final foi de R$4.500 – R$2.500 = R$2.000 em 100 itens. Assim, o “custo
unitário do saldo final” nesse caso é de R$20,00.
Só com isso você já resolveria a questão, cuja resposta está na alternativa D. Ainda assim, resolvamos com
os demais métodos:
UEPS:
Nesse método, o último que entra é o primeiro que sai. Assim, como os últimos 150 itens a entrar foram no
doa 09/09, entende-se que o custo unitário dos que ficaram está justamente nos que tinham entrado
antes: R$15,00.
Custo médio unitário
Aqui temos um regime diferente. Em resumo, você teria que calcular o custo médio das unidades de
estoque, dividindo o valor total das entradas (R$4.500) pela quantidade de itens antes da saída (250).
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Assim, o custo unitário de cada produto que saiu (assim como dos que ficaram no estoque) é de 4.500/250
= R$18,00.
GABARITO:C

28. (FCC/DPE-RS/Técnico – Logística/2017) No ano de 2016, uma empresa que comercializa materiais
de informática apresentou vendas de R$ 285.000,00. O estoque médio mostrou um valor de R$ 3.000,00.
Supondo um ano de 365 dias, o giro e a cobertura do estoque, no período de 2016, foram,
respectivamente,
a) 105 vezes; 3,8 dias.
b) 85 vezes; 2,8 dias.
c) 95 vezes; 3,8 dias.
d) 90 vezes; 3,8 dias.
e) 80 vezes; 4,8 dias.
Comentário:
Relembremos como são calculados os indicadores solicitados pela questão:
GE = Consumo médio no período considerado (p. ex.: no ano).
Estoque médio.

GE = Custo da mercadoria vendida no período (p. ex.: no ano)


custo do estoque médio no período

Taxa de cobertura = Estoque médio .


Consumo médio no período
Assim, dividindo-se R$285.000 por R$3.000 tem-se que o estoque “gira” 95 vezes em um ano.
Além disso, para se calcular a cobertura, é preciso colocar as unidades de medida iguais. Assim, é preciso
dividir 285.000 por 365 = R$780,82. Depois disso, divide-se: R$3.000 / R$780,82 = 3.84
GABARITO: C.

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29. (FCC/TRF3/AJAA/2016) O gráfico abaixo demonstra a evolução de um item de material de


escritório do almoxarifado de determinada instituição.

Considerando a importância desse item para o andamento dos processos internos, ao avaliá-lo utilizando
o indicador de rotatividade dos estoques, conclui-se que, no ano de 2015, este item teve um giro de
a) 36 vezes.
b) 24 vezes.
c) 12 vezes.
d) 6 vezes.
e) 18 vezes.
Comentário:
O giro de estoque é calculado da seguinte forma:
GE = Consumo médio no período considerado (p. ex.: no ano).
Estoque médio.

Assim, teríamos que saber o consumo médio e o estoque médio.

O estoque médio mensal está claro na questão = 130.

O consumo anual (já que a questão quer o giro no ano de 2015, por mês), por sua vez, seria calculado da
seguinte forma:

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(150+120+200+180+130+90+120+150+130+100+90+110) = 1570.

Assim = GE = 1.570 / 130 = 12,08

GABARITO: C

30. (FCC/TRT3/AJ-Enfermagem/2015) Com relação a gestão de recursos materiais, o enfermeiro do


setor descreveu no manual da instituição “deve ser estabelecido uma quantidade de materiais (cota) que
garanta o consumo durante um período, e em uma época, também determinada, é feita a solicitação de
materiais na quantidade necessária para repor o estoque". Nesta situação, o profissional está definindo
que a provisão de materiais na sua unidade se dará pelo sistema de reposição,
a) por quantidade, apenas.
b) por tempo, apenas.
c) por quantidade e tempo.
d) imediata por quantidade.
e) de estoque mínimo.
Comentário:
O sistema de reposição que está sendo utilizado pressupõe uma quota e um tempo específico, pois a
quantidade de materiais será comprada, em época certa, para durar um determinado período.
GABARITO: C.

31. (CESGRANRIO/Petrobras/Técnico de Suprimento de Bens e Serviços Júnior/2018) O controle do


estoque exerce um papel estratégico nas empresas, existindo vários tipos de estoques.
Um desses tipos é o estoque de antecipação, que tem por objetivo
a) atender ao próximo lote de produção.
b) atender a oscilações previsíveis de demanda.
c) atender a oscilações imprevisíveis de demanda.
d) proteger a empresa da oscilação cambial.
e) proteger a empresa da falta de um determinado insumo.
Comentário:

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O estoque de antecipação busca atender às oscilações previsíveis da demanda, como quando um


supermercado resolve fazer um grande estoque de ovos de páscoa por antecipar que no mês da páscoa a
demanda será mais alta do que nos outros meses.
GABARITO: B.

32. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/Assistente Administrativo/2018) A manutenção de estoques implica


riscos de investimento e de possibilidade de obsolescência em diversos pontos da cadeia de
suprimentos.
Esses riscos são maiores para o
a) varejista
b) atacadista
c) fabricante
d) distribuidor
e) cliente pessoa física
Comentário:
Quanto mais à montante da cadeia de suprimento (ou seja, quanto mais “fornecedor do fornecedor” for
um elo) maior será o risco de manter estoques e perdê-los por se tornarem obsoletos.
No caso específico mencionado pela questão, o elo mais à montante é o fabricante e, por isso, trata-se da
resposta.
GABARITO: C.

33. (CESGRANRIO/Transpetro/Técnico de Administração e Controle Júnior/2018) É importante


dimensionar adequadamente as necessidades de estoque, em relação à demanda dos clientes, às
oscilações de mercado, às negociações com fornecedores e à satisfação dos clientes. Um dos indicadores
usados pelos gestores de estoque consiste em realizar a avaliação do capital investido em estoques
comparado com o custo das vendas anuais.
Este indicador é denominado
a) PEPS
b) rotatividade
c) custo médio
d) ponto de pedido
e) retorno de capital
Comentário:
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Trata-se do índice de rotatividade, calculado com base nos valores, e não nas quantidades.
GABARITO: B

34. (CESGRANRIO/Transpetro/Técnico de Administração e Controle Júnior/2018) O termo política de


estoques é usado para designar o seguinte:
a) Regras gerais de aquisição, armazenagem e distribuição de produtos
b) Normas e procedimentos operacionais referentes ao controle dos estoques
c) Decisões sobre quando, quanto pedir e como controlar os estoques
d) Princípios gerais sobre estratégias de compras de insumos
e) Conjunto de parâmetros utilizados em modelos matemáticos de estoques
Comentário:
Políticas de estoque são decisões estratégicas/funcionais antecipadas que se toma a respeito dos estoques.
Você teria que procurar, nas alternativas, uma que falasse apenas desse tipo de decisão.
Como a letra A fala em decisões sobre compras, armazenagem e distribuição, está errada.
Como a letra B fala sobre procedimentos operacionais, está errada.
Letra C está perfeita – é a resposta.
Letra D fala sobre atribuições de compras, e não de estoques. Está errada.
Letra E fala sobre “parâmetros utilizados em modelos matemáticos de estoques”. Apesar de ser sobre o
estoque, não tem nenhuma relação com “políticas”.
GABARITO: C.

35. (CESGRARIO/Transpetro/Administrador Júnior/2018) A nova realidade da demanda global e da


percepção do consumidor conduziu partes do setor de manufatura para um modelo de negócios que
busca reduzir ou eliminar a dependência das previsões por meio do planejamento conjunto e da troca
rápida de informações entre os participantes da cadeia de suprimentos. Nesse cenário, o processo de
manufatura, de forma geral, inicia-se a partir de uma venda, em detrimento dos antigos sistemas
fundamentados na previsão. Além disso, verificam-se processos de produção mais curtos com menos
etapas, com um tempo de execução mais rápido e maior potencial de customização para o cliente.
Essa nova realidade está mais próxima dos sistemas de produção
a) alavancados
b) empurrados
c) puxados

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d) especializados
e) contínua
Comentário:
O sistema de produção mencionado está relacionado à produção com base no just-in-time, sendo a
produção puxada pelo cliente!
GABARITO: C.

36. (CESGRANRIO/Petrobras/Administrador Júnior/2018) Uma empresa deseja implementar um


sistema capaz de planejar as necessidades de materiais a cada alteração na programação de produção,
nos registros de inventários e na composição do produto.
O sistema indicado para essa empresa é o
a) JIT
b) ECR
c) MRP
d) S&OP
e) LEC
Comentário:
Questão bem direta: qual o sistema que permite a alteração da previsão de todos os materiais
dependentes da produção? O MRP!
GABARITO: C.

37. (CESGRANRIO/Transpetro/Administrador Júnior/2018) Na filosofia/programação de suprimentos


just-in-time, a(o)
a) seu caráter de prontidão apresenta a necessidade de altas capacidades de estoques de processamento.
b) tamanho dos lotes e as quantidades de compras são determinados por economias de escala, em
detrimento da necessidade imediata.
c) tempo de reposição longo não se constitui um problema.
d) qualidade precária e os defeitos são tolerados no sentido de se manter a prontidão de suprimentos.
e) fornecedor é um parceiro ativo que se encarrega de suprir as necessidades dos clientes, sendo estes
tratados como uma extensão da empresa.
Comentário:

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Na filosofia Just-in-time, o fornecedor é considerado um parceiro estratégico da organização, tendo suas


operações totalmente integradas para fornecer os materiais necessários, no momento necessário. Essas
relações se repetem ao longo da cadeia produtiva, com o objetivo de reduzir estoques (tendendo a
eliminá-los) e aumentar flexibilidade para todos os elos da cadeia
GABARITO: E.

38. (CESGRANRIO/Transpetro/Contador Júnior/2018) Uma das características do sistema JIT (Just in


time) de suprimentos é
a) antecipar a produção de modo a garantir a demanda.
b) considerar os desperdícios como inevitáveis.
c) processar o material somente quando for requerido pela operação.
d) reduzir a frequência de entrega de suprimentos, que passa a ser feita em grandes lotes.
e) resguardar a capacidade dos estoques, criando “pulmões” (reservas).
Comentário:
Vejamos:
a) errado. O JIT posterga a produção, para só produzir quando for necessário.
b) errado. OS desperdícios são evitáveis por estoques mais baixos.
c) perfeito!
d) errado. A entrega de suprimentos é aumentada, pois será feita sempre que um material for necessário.
e) errado. Não são criados “pulmões” de reserva. Ao contrário, os materiais só são enviados quando forem
necessários para a produção, sem estoques intermediários.
GABARITO: C.

39. (CESGRANRIO/Transpetro/Contador Júnior/2018) No que se refere à administração de estoques,


justifica-se a manutenção de estoque de segurança quando
a) estiverem garantidos a demanda e o pedido de reposição (lead-time do pedido).
b) os custos de manutenção e armazenamento forem maiores que os custos totais de estoques.
c) houver a necessidade de garantir a manutenção do capital de giro.
d) houver eventuais flutuações aleatórias da demanda projetada e incertezas no pedido de reposição
(lead-time do pedido).
e) houver a perfeita previsibilidade da demanda e do pedido de reposição (lead-time do pedido).
Comentário:
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A manutenção de estoques de segurança se justifica apenas para absorver variações na demanda e no


ressuprimento, conforme alternativa D.
GABARITO: D.

40. (CESGRANRIO/Petrobras/Contador Júnior/2018) S. identificou que, em sua empresa, alguns


produtos são fabricados ou montados em lotes antes da demanda, e posicionados na cadeia de
suprimentos como “estoque de segurança”.
O sistema de produção adotado nesse caso é o
a) Sistema de rotatividade de estoque
b) Sistema cross docking
c) Sistema empurrado
d) Sistema puxado
e) Sistema WMS
Comentário:
O sistema em que a produção vai produzindo os produtos e estocando, é o just-in-case, sendo de produção
empurrada.
GABARITO: C.

41. (CESGRANRIO/Petrobras/Contador Júnior/2018) O MRP é um sistema que se propõe definir as


quantidades necessárias e o tempo exato para a utilização dos materiais na fabricação dos produtos
finais Para que os cálculos sejam realizados de maneira correta, são necessárias as seguintes
informações:
a) custo vendas atuais e custo estoque atual
b) consumo médio, tempo de reposição e estoque de segurança
c) consumo médio no período e coeficiente de grau de atendimento
d) previsão de demanda, lista de materiais, ordens dos clientes e registro de inventários
e) quantidade de peças em estoque, preço unitário por peça, período de estocagem, despesas de material
auxiliar e taxa de juros
Comentário:
Aqui, o caso era você se lembrar que, para que o MRP funcione adequadamente, é preciso que os dados
estejam incluídos no sistema, especialmente sobre a previsão de demanda, lista de materiais, ordens dos
clientes e registro de inventários.
GABARITO: D.
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42. (VUNESP/Prefeitura de Suzano – SP/Agente de Gestão Administrativa/2016) O tipo de estoque


que também é denominado “de segurança” é o estoque
A) médio.
B) ABC.
C) máximo.
D) lote de compra.
E) mínimo.
Comentário:
Estoque de segurança é o volume de estoque de um item que serve para absorver variações na sua
demanda ou no tempo de fornecimento, sendo tipicamente conhecido como “estoque mínimo”.
GABARITO: E.

43. (VUNESP/UFABC/Assistente em Administração/2016) A função que tem por objetivo planejar,


monitorar e replanejar o material armazenado nas organizações é a função
A) do controle de estoques.
B) da aquisição de materiais.
C) do planejamento de materiais.
D) da classificação de estoques.
E) da especificação de materiais.
Comentário:
Questão para ser resolvida de maneira mais interpretativa. Para resolvê-la, você deveria tentar ser o mais
objetivo possível, buscar aquilo que mais se aproxima do que é dito no comando (dado que a banca pode
ter retirado essa interpretação de qualquer livro, dizendo qualquer coisa).
Sabendo disso, direto ao ponto: se estamos planejando, acompanhando e planejando novamente o que
está nos estoques, estamos na função de administração dos estoques. O mais próximo disso, nessa
questão, é o controle dos estoques.
GABARITO: A.

44. (AOCP/EBSERH/Analista Administrativo/2017) Assinale a alternativa que apresenta grupos de


técnicas de previsão do consumo, tendo em vista a determinação dos níveis de estoques de materiais.

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A) Aleatoriedade, racionalização e ativação.


B) Evolução, exponenciação e potenciação.
C) Projeção, explicação e predileção.
D) Combinação, arranjo e validação.
E) Confirmação, comparação e modelação.
Comentário:
A questão foi bem direta.
Segundo Dias (2015, p.25) as técnicas de previsão de demanda são classificadas em três grupos:
a) Projeção: são aquelas que admitem que o futuro será repetição do passado ou as vendas
evoluirão no tempo futuro da mesma forma que no passado; segundo a mesma lei observada no
passado, este grupo de técnicas é de natureza essencialmente quantitativa.
b) Explicação: procuram-se explicar as vendas do passado mediante leis que relacionem as mesmas
com outras variáveis cuja evolução é conhecida ou previsível. São basicamente aplicações de
técnicas de regressão e correlação.
c) Predileção: funcionários experientes e conhecedores de fatores influentes nas vendas e no
mercado estabelecem a evolução das vendas futuras.
GABARITO: C.

45. (AOCP/FUNPAPA/Assistente em Administração/2018) A gestão de materiais é uma das principais


atividades operacionais da empresa. Assinale a alternativa que apresenta uma das técnicas que tem
como objetivo otimizar a gestão de materiais e é aplicável para itens em estoque caracterizados pela
demanda dependente
A) Sistema just-in-time.
B) Gestão da cadeia de valor.
C) Lote econômico de compras.
D) Curva ABC de controle de estoques.
E) Planejamento de necessidades de materiais.
Comentário:
A questão está tratando claramente do MRP: planejamento de necessidades de materiais.
GABARITO: E.

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46. (AOCP/EBSERH/Analista Administrativo/2015) Assinale a alternativa que apresenta um dos


objetivos da gestão de estoques em manter estoques na organização.
A) Melhorar o serviço ao cliente, viabilizando o atendimento da demanda.
B) Garantir o desabastecimento das operações.
C) Permitir que a organização se beneficie de aumentos de qualidade.
D) Proteger a organização contra certezas na oferta e no tempo de entrega.
E) Proteger a organização contra estabilizações no preço decorrentes da deflação.
Comentário:
Há diferentes razões que podem justificar a manutenção de estoques pela organização, tais como a
melhoria no serviço ao cliente, evitar o desabastecimento, proteger contra incertezas, proteger contra
inflação de custos, etc.
Lembrando-se dessa breve relação você já notaria que apenas a alternativa A está correta!
GABARITO: A.

47. (AOCP/EBSERH/Analista Administrativo/2015) A Filosofia JIT – Just-In-Time –, que teve sua


origem no Japão na década de 70 e que, a partir dos anos 80, começou a ser mais assimilada pelas
indústrias ocidentais, tinha como principal método de trabalho qual dos seguintes aspectos?
A) A produção empurrada.
B) A redução dos desperdícios no processo de manufatura.
C) A produção com estoques.
D) Aumento do tamanho dos lotes fabricados.
E) Maximizar os prazos de fabricação dos produtos finais.
Comentário:
A essência da filosofia JIT é a minimização de estoques para gerar economias/redução de desperdícios ao
longo de uma produção puxada pelo cliente.
Sabendo disso, você já perceberia que a única alternativa correta é a letra B.
GABARITO: B.

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GRÁFICO DENTE DE SERRA (EMax, Min, PP, EM)

48. (CESPE/EBSERH/Técnico em Farmácia/2018) O tempo de reposição (TR) de determinado


medicamento que demore 15 dias entre o pedido da compra e a entrega pelo fornecedor é igual a 1.
Comentário:
Se o tempo de reposição é de 15 dias, ele é igual a 15 dias... esse 1 na questão é totalmente sem sentido...
GABARITO: Errado.

49. (CESPE/EBSERH/Técnico em Farmácia/2018) A quantidade mínima a ser mantida em estoque para


atender ao consumo médio mensal corresponde ao estoque mínimo em determinado período de tempo,
enquanto se processa o pedido de compra.
Comentário:
Péssima questão.
O estoque mínimo, ou estoque de segurança, é o “volume morto” que não deve ser utilizado a não ser em
casos de emergência, problemas no abastecimento, flutuações inesperadas na demanda, etc.
Não é definido como o estoque que atende o consumo médio mensal enquanto o pedido de compra é
processado. Idealmente, quando o pedido de compra for processado e o novo estoque chegar, o estoque
mínimo não terá sido nem tocado!
Na minha opinião, o gabarito dessa questão deveria ter sido invertido, mas a banca manteve como correto.
GABARITO considerado: Certo.

50. (CESPE/EBSERH/Farmacêutico/2018) Na gerência do estoque, o ponto de ressuprimento é


definido como o ponto em que o estoque de segurança atinge o P90, ou seja, 90% do estoque.
Comentário:
O Ponto de Ressuprimento (ou Ponto de Pedido) é o momento em que o nível de estoque atinge um
determinado patamar que dispara um pedido de material, considerando que o tempo para o pedido ser
realizado e entregue, em condições normais de consumo, será o suficiente para que quando o lote de
compra chegar a organização esgote seu estoque de consumo mas não atinja o estoque de segurança.
Assim, a definição trazida pelo examinador é completamente sem sentido.
GABARITO: Errado.

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51. (CESPE/TRT8/TJAA/2016) Assinale a opção que apresenta tipos de dados necessários para o
cálculo do ponto de pedido, ou seja, a quantidade de estoque que, quando alcançada, indica o momento
de providenciar um novo pedido de compra.
a) consumo médio mensal, estoque máximo e tempo de reposição
b) tempo de reposição, estoque mínimo e giro de estoque
c) consumo médio mensal, giro de estoque e estoque segurança
d) tempo de reposição, giro de estoque e estoque máximo
e) consumo médio mensal, tempo de reposição e estoque mínimo
Comentário:
Para que se calcule o ponto de pedido, é necessário saber qual o estoque mínimo e qual o consumo
durante o lead time, ou seja, qual o consumo durante o tempo de reposição.
O consumo durante o tempo de reposição, por sua vez, pode ser obtido por meio do tempo de reposição e
do consumo médio do período.
Tais informações só estão mencionadas na alternativa E.
GABARITO: E.

52. (CESPE/TRE-GO/TJAA/2015) Ocorre excesso de material estocado quando for positivo o resultado
da seguinte equação: saldo atual - ponto de ressuprimento + lote econômico de compras.
Comentário:
Não faz o menor sentido! O excesso de material só ocorrerá se houver mais material do que o Estoque
Máximo, que não tem nada a ver com a fórmula apresentada pela questão.
Relembrando: Emax = ES + Quantidade comprada (normalmente o LEC).
GABARITO: Errado.

53. (CESPE/SUFRAMA/Agente Administrativo/2014) Para demonstrar o comportamento de um item


no estoque por meio do gráfico dente de serra, não deve haver alterações de consumo do item durante
determinado intervalo de tempo nem falhas administrativas na área de compras e, tampouco, atrasos do
fornecedor na entrega; além disso, nenhuma entrega do fornecedor deve ser rejeitada pelo controle de
qualidade. Por esses motivos, as premissas do referido tipo de gráfico podem ser consideradas não
realísticas.
Comentário:
Isso mesmo!

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O gráfico dente de serra tem vários pressupostos para poder representar a realidade, conforme informado
pela questão. É justamente por isso que ele não representa a realidade com clareza, mas sim uma teoria
sobre o mundo ideal.
GABARITO: Certo.

54. (CESPE/ICMBIO/Analista Administrativo/2014) O estoque máximo (EM) é calculado pela


expressão EM = NR + TU × LEC, em que NR é o nível de reposição, TU é a taxa de uso e LEC é o lote
econômico de compra.
Comentário:
Errado!
O Estoque Máximo é calculado pela soma do Estoque Mínimo com a quantidade comprada, que pode ou
não ser o lote econômico de compra.
GABARITO: Errado.

55. (FCC/TRF3/AJAA/2016) A política de estoque de um Tribunal Regional Federal adota, como um


dos seus princípios, o estoque mínimo (que deve ser de um mês de consumo para cada um dos itens em
estoque). Ao rever seu processo interno de compras e negociar com três dos seus fornecedores, os
tempos de reposições foram alterados conforme abaixo.
− Fornecedor 1 (Forn1): tempo de reposição 30 dias.
− Fornecedor 2 (Forn2): tempo de reposição 60 dias.
− Fornecedor 3 (Forn3): tempo de reposição 90 dias.
Diante destas alterações nos tempos de reposições do estoque, foram identificados dez itens que são
abastecidos por estes fornecedores, conforme tabela abaixo.

Os itens que se encontram abaixo do seu ponto de pedido de compra são:


a) 15 − 17 − 10.

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b) 11 − 13 − 16 − 17 − 19.
c) 10 − 15 − 17 − 18.
d) 10 − 12 − 14 − 15 − 18.
e) 11 − 13 − 16 − 19.
Comentário:
O estoque mínimo deve ser de 1 mês, segundo afirmado pelo comando da questão.
Os itens que estão abaixo do ponto de pedido serão aqueles que possuem menos de 1 mês de estoque
mínimo, somado ao tempo de reposição de cada fornecedor.
Assim, o ponto de pedido será de 2 meses para o fornecedor 1, 3 meses para o fornecedor 2, e 4 meses
para o fornecedor três.
Vamos então calcular o estoque disponível, em meses, de cada material, dividindo o estoque disponível,
pelo seu consumo, e assim teremos a resposta sobre quais itens estão abaixo do ponto de pedido.

Item Fornecedor Estoque, em meses.

10 1 18/10 = 1,8

11 2 120/30 = 4

12 1 37/25 = 1,48

13 2 92/15 = 6,13

14 1 74/60 = 1,23

15 3 5/2 = 2,5

16 3 300/50 = 6

17 1 23/5 = 4,6

18 2 41/20 = 2,05

19 3 165/35 = 4,71

Marquei em amarelo os itens que já passaram do ponto de pedido, nos termos que já expliquei.
GABARITO: D.

56. (FCC/Prefeitura de Teresina – PI/ Técnico de Nível Superior – Administração/2016) No


almoxarifado da Prefeitura Municipal de Teresina, a demanda média semanal de envelopes é de 1.500
unidades, onde o tempo médio para ressuprimento deste item é de duas semanas. Sabendo-se que o seu

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ponto de reposição ocorre quando o nível de estoque atinge 4.000 unidades, o Estoque de Segurança de
envelopes é de
a) 500 unidades.
b) 1.500 unidades.
c) 1.000 unidades.
d) 2.000 unidades.
e) 2.500 unidades.
Comentário:
A questão exige um conhecimento simples sobre o gráfico dente de serra para se calcular o Estoque de
Segurança. Vejamos:
O consumo semanal é de 1.500 unidades. Como o tempo de ressuprimento é de duas semanas, é preciso
calcular o consumo durante essas duas semanas:
1.500 unidades x 2 semanas = 3.000 unidades.
Como o ponto de pedido é quando o estoque estiver em 4.000 unidades, sabemos que em duas semanas o
Estoque chegará a 1.000 unidades, sendo essa a quantidade existente para absorver os choques de
demanda ou tempo de ressuprimento.
GABARITO: C.

57. (FCC/CNMP/Técnico do CNMP/2015) Sobre gestão de estoques, é INCORRETO afirmar:


a) Estoque máximo é igual à soma do estoque mínimo e do lote de compra, podendo este ser lote
econômico ou não.
b) A definição do estoque de segurança considera a projeção estimada da demanda, o tempo de
fornecimento e o nível de serviço.
c) Lote Econômico é a quantidade de compra ou fabricação capaz de equilibrar os custos de reposição e de
manutenção de estoques.
d) Tempo de Reposição é o tempo total transcorrido desde a identificação da necessidade de reposição do
estoque até a colocação do material em disponibilidade para a área cliente.
e) De acordo com a classificação ABC, a Classe C representa o grupo com pequena porcentagem de itens
responsáveis por grande porcentagem do valor global.
Comentário:
A questão cobra gestão de estoques, classificação de materiais e gestão de compras – tudo misturado.
Vamos procurar a alternativa errada!
Vejamos cada uma:

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A) Certa. O estoque máximo é a soma do estoque de segurança com o lote de compra.


B) Considerada certa. O estoque de segurança é baseado no nível de serviço que se busca oferecer para as
demandas da organização, considerando ainda a demanda normal. Normalmente o estoque de segurança
não considera o tempo de reposição, já que não deve ser utilizado em condições normais, durante esse
tempo. Ainda assim, é de se imaginar que algum autor tenha afirmado que o estoque de segurança serve
para ser utilizado durante o lead time. Paciência.
C) Certa. Estoques elevados custam caro, ao mesmo tempo que existem custos associados a possuir
estoques baixos demais. O LEC busca equilibrar as duas coisas.
D) Certa. Isso mesmo! É o lead time!
E) Errada. A classe C é aquela com uma grande quantidade de itens responsáveis por uma pequena
porcentagem do valor global.
GABARITO: E.

58. (FGV/Câmara de Salvador/Analista Legislativo Municipal/2018) Uma escola pública hipotética


adota o sistema de reposição contínua para a manutenção dos níveis de canetas para quadro branco em
estoque. O consumo mensal é de 300 canetas, o estoque de segurança é de 60 canetas e o tempo de
reposição solicitado pelo vendedor é de 2 dias.
Considerando o mês de 20 dias, os pedidos deverão ser realizados quando a quantidade de canetas em
estoque for de:
a) 150;
b) 120;
c) 90;
d) 80;
e) 60.
Comentário:
Questão simples. Vamos resolver sem nenhuma fórmula? Quero mostrar para você que é possível...
Vejamos:
O consumo mensal é de 300 canetas e o mês tem 20 dias. Assim, o consumo de canetas por dia é de
300/20 = 15 canetas por dia.
O tempo de reposição é de 2 dias, durante os quais serão consumidas 30 canetas (15x2).
Como o pedido deve ser feito de modo que, quando o pedido chegar, o estoque de segurança seja
atingido, temos que somar 30 canetas de consumo + 60 do estoque de segurança para perceber que o
ponto de pedido é 90 canetas.
GABARITO: C
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59. (FGV/IBGE/Analista – Recursos Materiais e Logística/2016) O estoque de segurança é


fundamental para muitas organizações no sistema de controle por quantidades fixas. É importante, seja
em função do seu custo ou de sua criticidade operacional. Trata-se de uma quantidade:
a) variável pela ação da demanda, sendo constituída, em seu nível mais elevado;
b) teórica, que serve como indicador para avaliar quantidades em estoque;
c) máxima admissível em estoque, tanto em termos físicos como potenciais;
d) predeterminada de material que evite ou reduza os efeitos da variação da demanda ou do tempo de
ressuprimento;
e) necessária para atender à demanda correspondente à quantidade de ressuprimento.
Comentário:
O estoque de segurança/estoque mínimo, é o nível de estoque que existe para, em condições normais, não
ser utilizado. Sua utilidade é voltada para a absorção das variações na demanda dos produtos ou no tempo
de ressuprimento (lead time), que é exatamente o que é previsto na alternativa D.
GABARITO: D.

60. (FGV/IBGE/Analista – Recursos Materiais e Logística/2016) Suponha que você é responsável pelo
ressuprimento de materiais do setor de gestão de estoques de uma organização como o IBGE. O sistema
empregado para um determinado item, sob sua responsabilidade, é o de reposição contínua. Considere
os seguintes dados (em quantidades e em unidade de tempo):

quantidade de ressuprimento (reposição) = 900; tempo de ressuprimento (lead time) = 2 meses;


intervalo entre ressuprimentos = 4 meses; e estoque de segurança = 500. Calcule o ponto de
ressuprimento (reposição), considerando que deverá ser expresso na quantidade existente em estoque
no momento do seu cálculo. O resultado, em unidades, é:
a) 800;
b) 900;
c) 950;
d) 1.150;
e) 1.350.
Comentário:
O sistema de reposição contínua é aquele baseado em cálculos do valor das compras para manutenção de
um nível de estoque mínimo e máximo que atenda às necessidades da organização de maneira contínua,
em função de sua demanda pelo material.
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O ponto de pedido (PP), ou ponto de reposição, é o valor do estoque no qual a organização fará disparar o
pedido de compra, de modo que o consumo durante o tempo de ressuprimento permita que, quando o
pedido chegar, a organização esteja no ponto exato de atingir o seu estoque de segurança (Emin/ES).
Assim, PP = Emin + DDLT, ou seja =
Estoque mínimo + demanda durante o lead time.

Os dados oferecidos pela questão foram:

• Quantidade do pedido = 900

• Lead time = 2 meses

• Intervalo entre ressuprimentos = 4 meses

• Estoque de segurança = 500.

Para calcularmos a demanda durante o lead time, temos que saber qual a demanda do produto, o que não
foi oferecido de maneira óbvia. Apesar disso, note que a questão afirma que o pedido é de 900 unidades, e
que ele dura 4 meses (intervalo entre ressuprimentos). Assim, sabemos que a demanda média mensal =
900/4 = 225 unidades/mês.

Com isso, calculemos a DDLT:

DDLT = lead time * Demanda média (na mesma unidade de tempo).


DDLT = 2 * 225 = 450

Agora, calculemos o PP:

PP = DDLT+Emin
PP = 450+500
PP=950

GABARITO: C.

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61. (FGV/MPE-RJ/Analista do Ministério Público – Administrador/2016) Uma firma de advocacia


consome semanalmente, em média, 30 resmas de 500 folhas de papel. A firma compra as resmas de
papel de um fornecedor em lotes de 120 resmas, a um preço de R$ 5,00 por resma. Um pedido leva, em
média, 2 semanas para ser recebido, a um custo de R$ 1,50 por pedido. A firma mantém um estoque de
segurança de 10 resmas. Os estoques máximo e médio de resmas na firma são, respectivamente:
a) 150 e 70;
b) 250 e 90;
c) 250 e 80;
d) 130 e 80;
e) 130 e 70.
Comentário:
A questão pede que se calcule o Emax e o Estoque médio de um material e oferece as seguintes
informações:

• Consumo semanal = 30

• Lote de compra = 120

• Preço unitário = 5

• Lead time = 2 semanas

• Custo de realização do pedido = R$1,50

• ES = 10

Relembremos.:
Estoque máximo = estoque de segurança + lote de compra.

Estoque médio = estoque de segurança + (lote de compra/2)

Assim.:

Emax = 10 + 120 = 130

Emédio = 10 + 120/2 => 10 + 60 => 70

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GABARITO: E.

62. (FGV/TJ-RO/Nutricionista/2015) Para atingir a otimização do estoque de uma Unidade de


Alimentação e Nutrição, cabe a definição dos níveis de estoque. Para estabelecimento de cálculo do
estoque mínimo (segurança ou reserva) deve-se considerar:
a) prazo de reposição e consumo médio;
b) prazo de reposição e consumo mensal;
c) ponto de pedido e consumo mensal;
d) ponto de pedido e consumo médio;
e) prazo de entrega e inventário permanente.
Comentário:
Questão ruim. Na verdade, o estoque de segurança serve para absorver as variações do tempo de
reposição ou de demanda (ou consumo) do produto.
A questão não oferece esses aspectos como resposta, mas oferece “tempo de reposição e consumo
médio”. Assim, era possível respondê-la, apesar de sua grave imprecisão.
GABARITO: A.

63. (FGV/TJ-RO/Administrador/2015) Em um hospital, determinado item tem consumo mensal de 50


unidades. Dada a importância do item, o hospital não permite que seu estoque seja zerado. Se o
consumo mensal aumentar para 60 unidades e um atraso no tempo de reposição for de 15 dias, o
estoque mínimo do item deverá ser de:
a) 60 unidades;
b) 40 unidades;
c) 30 unidades;
d) 25 unidades;
e) 10 unidades.
Comentário:
Ela exige raciocínio no candidato, para calcular o Estoque de segurança com base numa compreensão do
assunto, e não com base em uma fórmula mágica pré-determinada.
O Estoque de segurança deve ser suficiente para absorver variações na demanda e no tempo de reposição.
Considerando que o consumo mensal aumentou 10 unidades, temos que o a variação na demanda = 10.

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Com base nessa nova demanda, se o atraso possível for de 15 dias (0,5 mês), faz-se necessário um estoque
mínimo de 0,5 * 60 = 30 unidades para absorver variações na entrega.

Assim, somando-se as duas variações a serem consideradas para cálculo do estoque mínimo, temos = 10 +
30 = 40.
GABARITO: B.

64. (FGV/PGE-RO/Analista de Procuradoria – Administração/2015) Em uma indústria química,


determinado item tem consumo mensal de 2500 unidades. Dada a importância do item para o processo
produtivo, a indústria não permite que seu estoque seja zerado. Se o consumo mensal aumentar para
4000 unidades e um atraso no tempo de reposição for de 15 dias, o estoque mínimo do item deverá ser
de:
a) 2000 unidades;
b) 2750 unidades;
c) 3250 unidades;
d) 3500 unidades;
e) 4000 unidades.
Comentário:
Ela exige raciocínio no candidato, para calcular o Estoque de segurança com base numa compreensão do
assunto, e não com base em uma fórmula mágica pré-determinada.
O Estoque de segurança deve ser suficiente para absorver variações na demanda e no tempo de reposição.
Considerando que o consumo mensal aumentou 1500 unidades (de 2500 para 4000, temos que o a
variação na demanda = 1500.
Com base nessa nova demanda (4000/mês), se o atraso possível for de 15 dias (0,5 mês), faz-se necessário
um estoque mínimo de 0,5 * 4000 = 2000 unidades para absorver variações na entrega.

Assim, somando-se as duas variações a serem consideradas para cálculo do estoque mínimo, temos = 1500
+ 2000 = 3500.

GABARITO: D.

65. (FGV/PGE-RO/Analista da Procuradoria – Administrador/2015) Uma fabricante de massas


alimentícias consome semanalmente uma média de 3000 quilos de farinha de trigo. A empresa compra a

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farinha de um moinho em lotes de 15000 quilos, a um preço de R$3,00 por quilo. Uma encomenda
realizada junto ao moinho leva, em média, 3 semanas para ser recebida. A fim de se precaver contra
eventuais oscilações de demanda, a fabricante de massas opera com um estoque de segurança de 9000
quilos de farinha de trigo. Os estoques máximo e médio de farinha de trigo na fabricante de massas são,
respectivamente:
a) 9000 quilos e 7500 quilos;
b) 15000 quilos e 7500 quilos;
c) 24000 quilos e 16500 quilos;
d) 24000 quilos e 12000 quilos;
e) 27000 quilos e 14500 quilos.
Comentário:
Sintetizemos os dados trazidos pela questão:

• Consumo semanal = 3000 kg

• Lote de compra = 15000 kg

• Preço = R$3,00/kg

• Lead time = 3 semanas.

• ES = 9000 kg

Pede-se: Emax e Emédio

Emax = ES + Lote de compra.


Emax = 9000 + 15000 = 24000kg

Emédio = ES + (Lote de compra/2)


Emédio = 9000 + 7500
Emédio = 16500 kg.
GABARITO: C.

66. (FUNRIO/ALRR/Administrador/2018) No controle de estoques, a quantidade em estoque que,


quando atingida, tem como consequência um novo processo de compra, se denomina
a) estoque de segurança
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b) consumo empenhado.
c) ponto de pedido.
d) estoque virtual.
Comentário:
Questão tranquila. A quantidade em que o estoque dispara um novo pedido de compra é o “ponto de
pedido”
GABARITO: C.

67. (CESGRANRIO/Petrobras/Técnico de Administração e Controle Júnior/2018) Um gestor de


logística, recém-contratado, elaborou um plano de ação para reduzir alguns problemas de gestão de
estoque, que estão impactando as vendas da empresa. Sua primeira ação será voltada para análise e
ajuste do estoque de segurança que é o(a)
a) intervalo de tempo entre dois ressuprimentos.
b) nível médio de estoque em torno do qual as operações de compra e consumo se realizaram.
c) nível zero de estoque, impossibilitando que se atenda a uma necessidade de consumo, a uma
requisição ou mesmo a uma venda.
d) quantidade referente à média aritmética das retiradas (consumos) mensais de estoques.
e) quantidade mínima que deve existir em estoque, que se destina a cobrir eventuais atrasos no
ressuprimento.
Comentário:
O estoque de segurança é o estoque mínimo que a organização deve possuir para absorver eventuais
variações na demanda e atrasos no ressuprimento, conforme diretamente apontado pela alternativa E.
GABARITO: E.

68. (AOCP/SUSIPE-PA/Assistente Administrativo/2017) Assinale a alternativa que explica


corretamente o conceito de Estoque Mínimo ou de Segurança.
A) É o intervalo de tempo entre a emissão do pedido e a chegada do material no almoxarifado.
B) É uma quantidade de material mantida a fim de prover a continuidade do abastecimento quando
ocorrem situações imprevisíveis.
C) É o máximo de itens em almoxarifado.
D) É a quantidade de material mantida a fim de prover a segurança mínima no espaço físico ocupado.
E) É a quantidade de material mantida a fim de aumentar o lead time do processo de suprimentos.

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Comentário:
O estoque mínimo, também chamado de estoque de segurança, é a quantidade de material que deve ser
mantida em estoque com o objetivo de absorver flutuações na demanda ou no tempo de entrega
(situações imprevisíveis).
GABARITO: B.

69. (AOCP/EBSERH/Analista Administrativo/2016) O estoque de segurança é


A) o estoque mínimo.
B) o estoque máximo.
C) o mesmo que ponto de ressuprimento.
D) o ponto de ruptura.
E) estabelecido pelo fornecedor.
Comentário:
Simples: o estoque de segurança é a mesma coisa que estoque mínimo!
GABARITO: A.

70. (AOCP/FUNDASUS/Almoxarife/2015) Qual é o artifício muito utilizado para aumentar a


confiabilidade na gestão dos estoques que consiste em delimitar um nível de estoque mínimo para evitar
rupturas em caso de aumento na demanda ou problemas de reposição de mercadorias?
A) Estoque puxado.
B) Gestão de gargalos.
C) Estoque de segurança.
D) Sistema just-in-time.
E) Estoque empurrado.
Comentário:
O estoque que evita rupturas em caso de aumenta na demanda ou problemas de reposição é o estoque de
segurança/estoque mínimo.
GABARITO: C.

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7.LISTA DE QUESTÕES

QUESTÕES SOBRE ESTOQUES

1. (CESPE/EBSERH/Assistente Administrativo/2018) O setor de controle de estoques de materiais é


responsável por definir que produtos devem ser mantidos em estoque, bem como a quantidade
necessária e a periodicidade de reabastecimento de cada um deles.

2. (CESPE/EBSERH/Assistente Administrativo/2018) A manutenção de grandes quantidades de


materiais em depósito é vantajosa devido ao fato de reduzir os custos de armazenagem.

3. (CESPE/EBSERH/Técnico em Farmácia/2018) No cálculo do consumo médio mensal (CMM) de um


produto, devem ser consideradas as eventuais saídas por empréstimo para outra instituição.

4. (CESPE/EBSERH/Analista Administrativo/2018) A manutenção do estoque de medicamentos


importados é considerada uma vantagem quando, por questões negociais, ocorre a interrupção de um
contrato de fornecimento internacional.

5. (CESPE/EBSERH/Analista Administrativo/2018) As perdas com a desvalorização de materiais


permanentes mantidos em estoque são consideradas custos de depreciação na gestão de um estoque.

6. (CESPE/EBSERH/Analista Administrativo – Gestão Hospitalar/2018) Na administração dos


estoques just-in-time, se mantém um estoque de segurança para que, na necessidade do produto, o
material já esteja disponível.

7. (CESPE/EBSERH/Analista Administrativo/2018) Giro de estoque ou rotatividade é um indicador


que reflete o número de vezes que o estoque roda em determinado período. Esse indicador é calculado
pela razão entre os valores, em unidades, do estoque médio no período e do consumo do período.

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8. (FGV/MPE-AL/Analista do Ministério Público – Gestão Pública/2018) O modelo de gestão que


produz apenas por demanda efetiva, visando à eliminação do estoque e do desperdício, é conhecido por
a) PEPS.
b) tempos e movimentos.
c) 6 sigma.
d) just in time.
e) milk run.

9. (FGV/MPE-AL/Contador/2018) Em relação ao controle do estoque pelos métodos PEPS, UEPS e


custo médio ponderado móvel, admitindo que os custos do estoque aumentam de forma contínua,
==1536d0==

assinale a afirmativa correta.


a) O estoque final será maior quando utilizado o método do custo médio ponderado móvel.
b) O lucro líquido será menor quando utilizado o UEPS.
c) A receita de vendas será maior quando utilizado o PEPS.
d) O custo das mercadorias vendidas será maior, se utilizado o PEPS.
e) O lucro antes do imposto sobre a renda (LAIR) será menor, se utilizado o custo médio ponderado
móvel.

10. (FGV/Câmara de Salvador – BA/Analista Legislativo Municipal/2018) Um posto de saúde precisa


ter uma forma de gerenciar seus estoques de medicamentos, para atender melhor seus cidadãos.
Em relação à gestão de estoques, é correto afirmar que:
a) o estoque de segurança ou isolador é indicado quando houver alta previsibilidade entre oferta e
demanda do material estocado;
b) o estoque de ciclo ocorre quando um ou mais estágios na operação conseguem fornecer
simultaneamente todos os itens necessários;
c) o estoque de antecipação é o mais comumente usado quando as flutuações de demanda são
significativas, mas relativamente previsíveis;
d) o estoque no canal de distribuição ocorre quando a matéria-prima chega à fábrica por meio de dutos;
e) o estoque é criado para aumentar as diferenças de ritmo entre demanda e fornecimento.

11. (FGV/Câmara de Salvador – BA/Analista Legislativo Municipal/2018) Quanto ao modelo de


reposição periódica de estoques, é correto afirmar que:

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a) consiste em emitir um pedido de compra sempre que o nível de estoque atingir o ponto de pedido,
sendo bastante sensível ao tempo de atendimento;
b) consiste em emitir pedidos de compra em intervalos fixos, em quantidades que deixariam o estoque
pleno no momento do pedido;
c) também chamado de modelo do lote padrão, ou modelo do estoque máximo, depende do tempo de
atendimento para determinação do ponto de pedido;
d) por trabalhar com o estoque mínimo, corre o risco de ficar sem estoque caso a demanda seja
razoavelmente maior que a utilizada para determinação do ponto de pedido;
e) por trabalhar com o estoque mínimo, o estoque de segurança não deve ser inferior a 30% do lote
econômico.

12. (FGV/Câmara de Salvador – BA/Analista Legislativo Municipal/2018) A definição de estoque pode


ser dada como a acumulação armazenada de materiais em um sistema de transformação. Um dos
métodos para a sua reposição é o de previsão de demanda.
A técnica de previsão de demanda realizada por meio de informações qualitativas é definida como:
a) explicação;
b) predileção;
c) projeção;
d) ponderação;
e) mínimos quadrados.

13. (FGV/MPE-RJ/Analista do Ministério Público – Administração/2016) Uma loja de varejo mantém


um estoque anual médio no valor de R$ 3.000.000,00. A empresa estima que o custo de capital é de 12%
ao ano, os custos de armazenagem são de 8% ao ano e os custos de risco de manutenção do estoque
(associados a danos, perdas, obsolescência e deterioração) são de 5% ao ano. O custo médio de emissão
de um pedido é de 150 reais e são emitidos 1200 pedidos ao ano. Na situação descrita, o custo anual de
se manter o estoque, em reais, é de:
a) 750.000;
b) 930.000;
c) 3.430.000;
d) 3.750.000;
e) 3.930.000.

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14. (FGV/TJ-BA/TJAA/2015) O quadro abaixo representa a planilha de movimentação de estoque de


uma determinada empresa.

Semana Demanda Entradas Saldo

1 2000 3000

2 1000 2000

3 1000 1000

4 1000

5 2000 5000 3000

O estoque médio e a cobertura geral do estoque do primeiro mês são, respectivamente:


a) 1500 e 1,5;
b) 1500 e 1,2;
c) 1250 e 1,2;
d) 1200 e 1,5;
e) 1200 e 1,2.

15. (FGV/TCM-SP/Agente de Fiscalização – Administração/2015) No estoque de um hospital


constavam, em 5 de junho, 50 unidades de determinado material cirúrgico, ao preço unitário de R$10,00.
No dia 10 de junho entraram no estoque mais 100 unidades do material, ao preço de R$12,00 por
unidade. No dia 29 de junho saíram do estoque 60 unidades desse material. Em 30 de junho, o valor do
saldo do estoque do material cirúrgico, calculado pelo método PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair)
era de:
a) R$720,00;
b) R$890,00;
c) R$980,00;
d) R$1.040,00;
e) R$1.080,00.

16. (IBFC/SAEB-BA/Analista de Registro de Comércio/2015) Preencha a lacuna com alternativa


correta. O critério de avaliação dos estoques denominado ___________________________ consiste em
atribuir a cada unidade do estoque o preço efetivamente pago por ela.
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a) PEPS.
b) UEPS.
c) Custo ou preço médio ponderado móvel.
d) Custo ou preço médio ponderado fixo.
e) Custo ou preço específico.

17. (IBFC/Docas-PB/Contador/2015) São critérios para a avaliação de estoques conhecidos:


1. Custo Especifico.
2. PEPS.
3. UEPS.
4. Custo Médio Ponderado Móvel.
5. Custo médio Ponderado Fixo.
Indique a alternativa correta:
a) Apenas as sentenças 1; 2; 3; e; 5 estão corretas.
b) Apenas as sentenças 1; 2; 3; e 4 estão corretas.
c) As sentenças 1; 2; 3; 4; e 5 estão corretas.
d) Apenas as sentenças 2; 3; 4 e; 5 estão corretas.

18. (IBFC/SEPLAG-MG/Gestor de Transportes e Obras – Administração/2014) Leia a sentença e


assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna: “________________ é o conjunto de
mercadorias, materiais ou artigos existentes fisicamente no almoxarifado à espera de utilização futura e
que permite suprir regularmente os usuários, sem causar interrupções às unidades funcionais da
organização.”
a) Pontos de Estocagem.
b) Estoque Morto ou Inativo.
c) Estoque Mínimo.
d) Estoque.

19. (IBFC/SEPLAG-MG/Administrador/2013) A Administração de Materiais também atua no


estabelecimento de políticas de Estoque, para que a situação do caixa da empresa seja aliviada pelo
retorno destes recursos à tesouraria. Assinale a alternativa que apresenta técnicas para se atingir um
bom resultado (redução de investimentos em estoques).
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I. Utilizar curvas ABC e Técnicas de Pesquisa operacional.


II. Negociar a manutenção de estoques em consignação na empresa.
III. Realizar compras especulativas, sempre que surgir oportunidade.
IV. Não aceitar entregas fora do programado.
V. Controlar a rotação e utilização de cada item do inventário.
VI. Adotar técnicas de fabricação classe universal, como Just-ln-Time.
VII. Desenvolver um Planejamento Estratégico, estabelecendo metas para investimento nos estoques.
VIII. Realizar inventário rotativo e de técnicas de pré- contagem dos materiais.
a) Somente as afirmativas I, III, IV, VI e VIII estão corretas.
b) Todas as afirmativas estão corretas.
c) Somente as afirmativas I, II, IV, V, VI, VII e VIII estão corretas.
d)Somente as afirmativas I, III, IV, V, VI, VII e VIII estão corretas.

20. (IBFC/SEPLAG-MG/Administrador/2013) Veja os métodos exibidos a seguir e assinale a


alternativa correspondente.
Custo Médio / PEPS ou FIFO / UEPS ou LIFO
a) Métodos de Contagem de Estoques.
b) Métodos de Cálculo Logístico.
c) Métodos de Avaliação de Compra.
d) Métodos de Avaliação de Estoques.

21. (IBFC/INEP/Pesquisador – Tecnologista em Informações e Avaliações Educacionais/2012) Na


evolução dos sistemas de informação empresariais tivemos o MRP II que tratava da coordenação de todo
o processo de fabricação, incluindo especialmente as relações entre:
a) compra de materiais e vendas
b) fornecedores e clientes externos
c) contas a pagar e contas a receber
d) materiais, finanças e recursos humanos
e) controle de materiais, estoque e CRM

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22. (IBFC/INEP/Pesquisador – Tecnologista em Informações e Avaliações Educacionais/2012) A


origem dos Sistemas Integrados de Gestão Empresarial ou ERP (Enterprise Resource Planning), foram:
a) CRM, SCM I e MRP II
b) MRP e MRP II
c) SAD I e MRP II
d) SCM I, MRP II e CRM III
e) MRP II, MRP III e MRP IV

23. (FCC/SABESP/Tecnólogo 01/2018) Em obras de construção civil, há um almoxarifado para


controle dos materiais a serem utilizados. Entretanto, para prevenção de perdas e para redução dos
níveis de estoques operacionais, uma estratégia muito utilizada é a reposição de acordo com o consumo,
ou seja, a entrega do material na obra só é realizada quando o seu uso é iminente. Esta técnica de gestão
de materiais é conhecida por
a) Supply Chain.
b) Just In Case − JIC.
c) logística reversa.
d) Just In Time − JIT.
e) ciclo PDCA.

24. (FCC/Prefeitura de Macapá-AP/Administrador/2018) No bojo das metodologias de administração


de materiais, emergiu como paradigma para controle de estoques a ferramenta denominada Kaban
atrelada
a) ao método UEPS (o último a entrar é o primeiro a sair) ou LIFO (last in, first out), que preconiza a
reposição mais rápida dos últimos itens da cadeia produtiva.
b) à priorização da reposição de estoque de acordo com a demanda, que “empurra” o estoque de acordo
com os itens mais requeridos.
c) à denominada Curva ABC que propõe a escolha de três principais itens para estocagem, de acordo com
o seu peso relativo.
d) ao conceito just-in-time, que preconiza a reposição nas quantidades necessárias e no momento
necessário, idealizando o estoque zero.
e) ao método PEPS (o primeiro a entrar é o primeiro a sair) ou FIFO (first in, first out), que preconiza a
reposição mais rápida dos primeiros itens da cadeia produtiva.

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25. (FCC/ALESE/Técnico Legislativo – Taquigrafia/2018) Um conceito utilizado em administração de


materiais é o relativo aos custos de manutenção de estoque. Entre os apontados como inversamente
proporcionais ao nível do estoque médio, incluem-se os custos de
a) pedido ou de produção.
b) armazenagem ou de perdas.
c) capital ou de oportunidade.
d) depreciação ou de obsolescência.
e) carregamento ou de manutenção.

26. (FCC/DPE-AM/Analista em Gestão de Defensoria – Administração/2018) A literatura define


estoque como a acumulação armazenada de materiais em um sistema de transformação. Em uma
organização do setor público, corresponde ao somatório de materiais que permanecem reservados para
uso oportuno. Os estoques devem sempre ser corretamente dimensionados, eis que sua manutenção é
onerosa, importando, entre outros custos, os
a) independentes do nível de estoque médio, tal como os custos de pedido.
b) inversamente proporcionais ao seu nível médio, tal como o custo de depreciação.
c) diretamente proporcionais ao seu nível médio, tal como o custo de perdas.
d) de oportunidade, que se relacionam com o valor financeiro dos itens.
e) de predileção, relacionados com aspectos psicológicos e culturais inerentes ao gerenciamento.

27. (FCC/DPE-RS/Técnico – Logística/2017) A fábrica de notebook NB consome a matéria prima X no


seu produto acabado. A tabela abaixo mostra a movimentação do material X

O custo unitário do saldo final de estoque do material pelos métodos "Primeiro Entra, Primeiro Sai"
(PEPS), "Último Entra, Ultimo Sai" (UEPS) e Custo Médio Unitário são, respectivamente:
a) 15,00; 20,00; 18,00
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b) 18,00; 20,00; 15,00


c) 20,00; 15,00; 18,00
d) 18,00; 15,00; 20,00
e) 15,00; 18,00; 20,00

28. (FCC/DPE-RS/Técnico – Logística/2017) No ano de 2016, uma empresa que comercializa materiais
de informática apresentou vendas de R$ 285.000,00. O estoque médio mostrou um valor de R$ 3.000,00.
Supondo um ano de 365 dias, o giro e a cobertura do estoque, no período de 2016, foram,
respectivamente,
a) 105 vezes; 3,8 dias.
b) 85 vezes; 2,8 dias.
c) 95 vezes; 3,8 dias.
d) 90 vezes; 3,8 dias.
e) 80 vezes; 4,8 dias.

29. (FCC/TRF3/AJAA/2016) O gráfico abaixo demonstra a evolução de um item de material de


escritório do almoxarifado de determinada instituição.

Considerando a importância desse item para o andamento dos processos internos, ao avaliá-lo utilizando
o indicador de rotatividade dos estoques, conclui-se que, no ano de 2015, este item teve um giro de
a) 36 vezes.
b) 24 vezes.

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c) 12 vezes.
d) 6 vezes.
e) 18 vezes.

30. (FCC/TRT3/AJ-Enfermagem/2015) Com relação a gestão de recursos materiais, o enfermeiro do


setor descreveu no manual da instituição “deve ser estabelecido uma quantidade de materiais (cota) que
garanta o consumo durante um período, e em uma época, também determinada, é feita a solicitação de
materiais na quantidade necessária para repor o estoque". Nesta situação, o profissional está definindo
que a provisão de materiais na sua unidade se dará pelo sistema de reposição,
a) por quantidade, apenas.
b) por tempo, apenas.
c) por quantidade e tempo.
d) imediata por quantidade.
e) de estoque mínimo.

31. (CESGRANRIO/Petrobras/Técnico de Suprimento de Bens e Serviços Júnior/2018) O controle do


estoque exerce um papel estratégico nas empresas, existindo vários tipos de estoques.
Um desses tipos é o estoque de antecipação, que tem por objetivo
a) atender ao próximo lote de produção.
b) atender a oscilações previsíveis de demanda.
c) atender a oscilações imprevisíveis de demanda.
d) proteger a empresa da oscilação cambial.
e) proteger a empresa da falta de um determinado insumo.

32. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/Assistente Administrativo/2018) A manutenção de estoques implica


riscos de investimento e de possibilidade de obsolescência em diversos pontos da cadeia de
suprimentos.
Esses riscos são maiores para o
a) varejista
b) atacadista
c) fabricante
d) distribuidor
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e) cliente pessoa física

33. (CESGRANRIO/Transpetro/Técnico de Administração e Controle Júnior/2018) É importante


dimensionar adequadamente as necessidades de estoque, em relação à demanda dos clientes, às
oscilações de mercado, às negociações com fornecedores e à satisfação dos clientes. Um dos indicadores
usados pelos gestores de estoque consiste em realizar a avaliação do capital investido em estoques
comparado com o custo das vendas anuais.
Este indicador é denominado
a) PEPS
b) rotatividade
c) custo médio
d) ponto de pedido
e) retorno de capital
34. (CESGRANRIO/Transpetro/Técnico de Administração e Controle Júnior/2018) O termo política de
estoques é usado para designar o seguinte:
a) Regras gerais de aquisição, armazenagem e distribuição de produtos
b) Normas e procedimentos operacionais referentes ao controle dos estoques
c) Decisões sobre quando, quanto pedir e como controlar os estoques
d) Princípios gerais sobre estratégias de compras de insumos
e) Conjunto de parâmetros utilizados em modelos matemáticos de estoques

35. (CESGRARIO/Transpetro/Administrador Júnior/2018) A nova realidade da demanda global e da


percepção do consumidor conduziu partes do setor de manufatura para um modelo de negócios que
busca reduzir ou eliminar a dependência das previsões por meio do planejamento conjunto e da troca
rápida de informações entre os participantes da cadeia de suprimentos. Nesse cenário, o processo de
manufatura, de forma geral, inicia-se a partir de uma venda, em detrimento dos antigos sistemas
fundamentados na previsão. Além disso, verificam-se processos de produção mais curtos com menos
etapas, com um tempo de execução mais rápido e maior potencial de customização para o cliente.
Essa nova realidade está mais próxima dos sistemas de produção
a) alavancados
b) empurrados
c) puxados
d) especializados

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e) contínua

36. (CESGRANRIO/Petrobras/Administrador Júnior/2018) Uma empresa deseja implementar um


sistema capaz de planejar as necessidades de materiais a cada alteração na programação de produção,
nos registros de inventários e na composição do produto.
O sistema indicado para essa empresa é o
a) JIT
b) ECR
c) MRP
d) S&OP
e) LEC

37. (CESGRANRIO/Transpetro/Administrador Júnior/2018) Na filosofia/programação de suprimentos


just-in-time, a(o)
a) seu caráter de prontidão apresenta a necessidade de altas capacidades de estoques de processamento.
b) tamanho dos lotes e as quantidades de compras são determinados por economias de escala, em
detrimento da necessidade imediata.
c) tempo de reposição longo não se constitui um problema.
d) qualidade precária e os defeitos são tolerados no sentido de se manter a prontidão de suprimentos.
e) fornecedor é um parceiro ativo que se encarrega de suprir as necessidades dos clientes, sendo estes
tratados como uma extensão da empresa.

38. (CESGRANRIO/Transpetro/Contador Júnior/2018) Uma das características do sistema JIT (Just in


time) de suprimentos é
a) antecipar a produção de modo a garantir a demanda.
b) considerar os desperdícios como inevitáveis.
c) processar o material somente quando for requerido pela operação.
d) reduzir a frequência de entrega de suprimentos, que passa a ser feita em grandes lotes.
e) resguardar a capacidade dos estoques, criando “pulmões” (reservas).

39. (CESGRANRIO/Transpetro/Contador Júnior/2018) No que se refere à administração de estoques,


justifica-se a manutenção de estoque de segurança quando
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a) estiverem garantidos a demanda e o pedido de reposição (lead-time do pedido).


b) os custos de manutenção e armazenamento forem maiores que os custos totais de estoques.
c) houver a necessidade de garantir a manutenção do capital de giro.
d) houver eventuais flutuações aleatórias da demanda projetada e incertezas no pedido de reposição
(lead-time do pedido).
e) houver a perfeita previsibilidade da demanda e do pedido de reposição (lead-time do pedido).

40. (CESGRANRIO/Petrobras/Contador Júnior/2018) S. identificou que, em sua empresa, alguns


produtos são fabricados ou montados em lotes antes da demanda, e posicionados na cadeia de
suprimentos como “estoque de segurança”.
O sistema de produção adotado nesse caso é o
a) Sistema de rotatividade de estoque
b) Sistema cross docking
c) Sistema empurrado
d) Sistema puxado
e) Sistema WMS

41. (CESGRANRIO/Petrobras/Contador Júnior/2018) O MRP é um sistema que se propõe definir as


quantidades necessárias e o tempo exato para a utilização dos materiais na fabricação dos produtos
finais Para que os cálculos sejam realizados de maneira correta, são necessárias as seguintes
informações:
a) custo vendas atuais e custo estoque atual
b) consumo médio, tempo de reposição e estoque de segurança
c) consumo médio no período e coeficiente de grau de atendimento
d) previsão de demanda, lista de materiais, ordens dos clientes e registro de inventários
e) quantidade de peças em estoque, preço unitário por peça, período de estocagem, despesas de material
auxiliar e taxa de juros

42. (VUNESP/Prefeitura de Suzano – SP/Agente de Gestão Administrativa/2016) O tipo de estoque


que também é denominado “de segurança” é o estoque
A) médio.
B) ABC.

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C) máximo.
D) lote de compra.
E) mínimo.

43. (VUNESP/UFABC/Assistente em Administração/2016) A função que tem por objetivo planejar,


monitorar e replanejar o material armazenado nas organizações é a função
A) do controle de estoques.
B) da aquisição de materiais.
C) do planejamento de materiais.
D) da classificação de estoques.
E) da especificação de materiais.

44. (AOCP/EBSERH/Analista Administrativo/2017) Assinale a alternativa que apresenta grupos de


técnicas de previsão do consumo, tendo em vista a determinação dos níveis de estoques de materiais.
A) Aleatoriedade, racionalização e ativação.
B) Evolução, exponenciação e potenciação.
C) Projeção, explicação e predileção.
D) Combinação, arranjo e validação.
E) Confirmação, comparação e modelação.

45. (AOCP/FUNPAPA/Assistente em Administração/2018) A gestão de materiais é uma das principais


atividades operacionais da empresa. Assinale a alternativa que apresenta uma das técnicas que tem
como objetivo otimizar a gestão de materiais e é aplicável para itens em estoque caracterizados pela
demanda dependente
A) Sistema just-in-time.
B) Gestão da cadeia de valor.
C) Lote econômico de compras.
D) Curva ABC de controle de estoques.
E) Planejamento de necessidades de materiais.

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46. (AOCP/EBSERH/Analista Administrativo/2015) Assinale a alternativa que apresenta um dos


objetivos da gestão de estoques em manter estoques na organização.
A) Melhorar o serviço ao cliente, viabilizando o atendimento da demanda.
B) Garantir o desabastecimento das operações.
C) Permitir que a organização se beneficie de aumentos de qualidade.
D) Proteger a organização contra certezas na oferta e no tempo de entrega.
E) Proteger a organização contra estabilizações no preço decorrentes da deflação.

47. (AOCP/EBSERH/Analista Administrativo/2015) A Filosofia JIT – Just-In-Time –, que teve sua


origem no Japão na década de 70 e que, a partir dos anos 80, começou a ser mais assimilada pelas
indústrias ocidentais, tinha como principal método de trabalho qual dos seguintes aspectos?
A) A produção empurrada.
B) A redução dos desperdícios no processo de manufatura.
C) A produção com estoques.
D) Aumento do tamanho dos lotes fabricados.
E) Maximizar os prazos de fabricação dos produtos finais.

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GRÁFICO DENTE DE SERRA (EMax, Min, PP, EM)

48. (CESPE/EBSERH/Técnico em Farmácia/2018) O tempo de reposição (TR) de determinado


medicamento que demore 15 dias entre o pedido da compra e a entrega pelo fornecedor é igual a 1.

49. (CESPE/EBSERH/Técnico em Farmácia/2018) A quantidade mínima a ser mantida em estoque para


atender ao consumo médio mensal corresponde ao estoque mínimo em determinado período de tempo,
enquanto se processa o pedido de compra.

50. (CESPE/EBSERH/Farmacêutico/2018) Na gerência do estoque, o ponto de ressuprimento é


definido como o ponto em que o estoque de segurança atinge o P90, ou seja, 90% do estoque.

51. (CESPE/TRT8/TJAA/2016) Assinale a opção que apresenta tipos de dados necessários para o
cálculo do ponto de pedido, ou seja, a quantidade de estoque que, quando alcançada, indica o momento
de providenciar um novo pedido de compra.
a) consumo médio mensal, estoque máximo e tempo de reposição
b) tempo de reposição, estoque mínimo e giro de estoque
c) consumo médio mensal, giro de estoque e estoque segurança
d) tempo de reposição, giro de estoque e estoque máximo
e) consumo médio mensal, tempo de reposição e estoque mínimo

52. (CESPE/TRE-GO/TJAA/2015) Ocorre excesso de material estocado quando for positivo o resultado
da seguinte equação: saldo atual - ponto de ressuprimento + lote econômico de compras.

53. (CESPE/SUFRAMA/Agente Administrativo/2014) Para demonstrar o comportamento de um item


no estoque por meio do gráfico dente de serra, não deve haver alterações de consumo do item durante
determinado intervalo de tempo nem falhas administrativas na área de compras e, tampouco, atrasos do
fornecedor na entrega; além disso, nenhuma entrega do fornecedor deve ser rejeitada pelo controle de
qualidade. Por esses motivos, as premissas do referido tipo de gráfico podem ser consideradas não
realísticas.

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54. (CESPE/ICMBIO/Analista Administrativo/2014) O estoque máximo (EM) é calculado pela


expressão EM = NR + TU × LEC, em que NR é o nível de reposição, TU é a taxa de uso e LEC é o lote
econômico de compra.

55. (FCC/TRF3/AJAA/2016) A política de estoque de um Tribunal Regional Federal adota, como um


dos seus princípios, o estoque mínimo (que deve ser de um mês de consumo para cada um dos itens em
estoque). Ao rever seu processo interno de compras e negociar com três dos seus fornecedores, os
tempos de reposições foram alterados conforme abaixo.
− Fornecedor 1 (Forn1): tempo de reposição 30 dias.
− Fornecedor 2 (Forn2): tempo de reposição 60 dias.
− Fornecedor 3 (Forn3): tempo de reposição 90 dias.
Diante destas alterações nos tempos de reposições do estoque, foram identificados dez itens que são
abastecidos por estes fornecedores, conforme tabela abaixo.

Os itens que se encontram abaixo do seu ponto de pedido de compra são:


a) 15 − 17 − 10.
b) 11 − 13 − 16 − 17 − 19.
c) 10 − 15 − 17 − 18.
d) 10 − 12 − 14 − 15 − 18.
e) 11 − 13 − 16 − 19.

56. (FCC/Prefeitura de Teresina – PI/ Técnico de Nível Superior – Administração/2016) No


almoxarifado da Prefeitura Municipal de Teresina, a demanda média semanal de envelopes é de 1.500
unidades, onde o tempo médio para ressuprimento deste item é de duas semanas. Sabendo-se que o seu
ponto de reposição ocorre quando o nível de estoque atinge 4.000 unidades, o Estoque de Segurança de
envelopes é de
a) 500 unidades.
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b) 1.500 unidades.
c) 1.000 unidades.
d) 2.000 unidades.
e) 2.500 unidades.

57. (FCC/CNMP/Técnico do CNMP/2015) Sobre gestão de estoques, é INCORRETO afirmar:


a) Estoque máximo é igual à soma do estoque mínimo e do lote de compra, podendo este ser lote
econômico ou não.
b) A definição do estoque de segurança considera a projeção estimada da demanda, o tempo de
fornecimento e o nível de serviço.
c) Lote Econômico é a quantidade de compra ou fabricação capaz de equilibrar os custos de reposição e de
manutenção de estoques.
d) Tempo de Reposição é o tempo total transcorrido desde a identificação da necessidade de reposição do
estoque até a colocação do material em disponibilidade para a área cliente.
e) De acordo com a classificação ABC, a Classe C representa o grupo com pequena porcentagem de itens
responsáveis por grande porcentagem do valor global.

58. (FGV/Câmara de Salvador/Analista Legislativo Municipal/2018) Uma escola pública hipotética


adota o sistema de reposição contínua para a manutenção dos níveis de canetas para quadro branco em
estoque. O consumo mensal é de 300 canetas, o estoque de segurança é de 60 canetas e o tempo de
reposição solicitado pelo vendedor é de 2 dias.
Considerando o mês de 20 dias, os pedidos deverão ser realizados quando a quantidade de canetas em
estoque for de:
a) 150;
b) 120;
c) 90;
d) 80;
e) 60.

59. (FGV/IBGE/Analista – Recursos Materiais e Logística/2016) O estoque de segurança é


fundamental para muitas organizações no sistema de controle por quantidades fixas. É importante, seja
em função do seu custo ou de sua criticidade operacional. Trata-se de uma quantidade:
a) variável pela ação da demanda, sendo constituída, em seu nível mais elevado;

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b) teórica, que serve como indicador para avaliar quantidades em estoque;


c) máxima admissível em estoque, tanto em termos físicos como potenciais;
d) predeterminada de material que evite ou reduza os efeitos da variação da demanda ou do tempo de
ressuprimento;
e) necessária para atender à demanda correspondente à quantidade de ressuprimento.

60. (FGV/IBGE/Analista – Recursos Materiais e Logística/2016) Suponha que você é responsável pelo
ressuprimento de materiais do setor de gestão de estoques de uma organização como o IBGE. O sistema
empregado para um determinado item, sob sua responsabilidade, é o de reposição contínua. Considere
os seguintes dados (em quantidades e em unidade de tempo):

quantidade de ressuprimento (reposição) = 900; tempo de ressuprimento (lead time) = 2 meses;


intervalo entre ressuprimentos = 4 meses; e estoque de segurança = 500. Calcule o ponto de
ressuprimento (reposição), considerando que deverá ser expresso na quantidade existente em estoque
no momento do seu cálculo. O resultado, em unidades, é:
a) 800;
b) 900;
c) 950;
d) 1.150;
e) 1.350.

61. (FGV/MPE-RJ/Analista do Ministério Público – Administrador/2016) Uma firma de advocacia


consome semanalmente, em média, 30 resmas de 500 folhas de papel. A firma compra as resmas de
papel de um fornecedor em lotes de 120 resmas, a um preço de R$ 5,00 por resma. Um pedido leva, em
média, 2 semanas para ser recebido, a um custo de R$ 1,50 por pedido. A firma mantém um estoque de
segurança de 10 resmas. Os estoques máximo e médio de resmas na firma são, respectivamente:
a) 150 e 70;
b) 250 e 90;
c) 250 e 80;
d) 130 e 80;
e) 130 e 70.

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62. (FGV/TJ-RO/Nutricionista/2015) Para atingir a otimização do estoque de uma Unidade de


Alimentação e Nutrição, cabe a definição dos níveis de estoque. Para estabelecimento de cálculo do
estoque mínimo (segurança ou reserva) deve-se considerar:
a) prazo de reposição e consumo médio;
b) prazo de reposição e consumo mensal;
c) ponto de pedido e consumo mensal;
d) ponto de pedido e consumo médio;
e) prazo de entrega e inventário permanente.

63. (FGV/TJ-RO/Administrador/2015) Em um hospital, determinado item tem consumo mensal de 50


unidades. Dada a importância do item, o hospital não permite que seu estoque seja zerado. Se o
consumo mensal aumentar para 60 unidades e um atraso no tempo de reposição for de 15 dias, o
estoque mínimo do item deverá ser de:
a) 60 unidades;
b) 40 unidades;
c) 30 unidades;
d) 25 unidades;
e) 10 unidades.

64. (FGV/PGE-RO/Analista de Procuradoria – Administração/2015) Em uma indústria química,


determinado item tem consumo mensal de 2500 unidades. Dada a importância do item para o processo
produtivo, a indústria não permite que seu estoque seja zerado. Se o consumo mensal aumentar para
4000 unidades e um atraso no tempo de reposição for de 15 dias, o estoque mínimo do item deverá ser
de:
a) 2000 unidades;
b) 2750 unidades;
c) 3250 unidades;
d) 3500 unidades;
e) 4000 unidades.

65. (FGV/PGE-RO/Analista da Procuradoria – Administrador/2015) Uma fabricante de massas


alimentícias consome semanalmente uma média de 3000 quilos de farinha de trigo. A empresa compra a
farinha de um moinho em lotes de 15000 quilos, a um preço de R$3,00 por quilo. Uma encomenda

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realizada junto ao moinho leva, em média, 3 semanas para ser recebida. A fim de se precaver contra
eventuais oscilações de demanda, a fabricante de massas opera com um estoque de segurança de 9000
quilos de farinha de trigo. Os estoques máximo e médio de farinha de trigo na fabricante de massas são,
respectivamente:
a) 9000 quilos e 7500 quilos;
b) 15000 quilos e 7500 quilos;
c) 24000 quilos e 16500 quilos;
d) 24000 quilos e 12000 quilos;
e) 27000 quilos e 14500 quilos.

66. (FUNRIO/ALRR/Administrador/2018) No controle de estoques, a quantidade em estoque que,


quando atingida, tem como consequência um novo processo de compra, se denomina
a) estoque de segurança
b) consumo empenhado.
c) ponto de pedido.
d) estoque virtual.

67. (CESGRANRIO/Petrobras/Técnico de Administração e Controle Júnior/2018) Um gestor de


logística, recém-contratado, elaborou um plano de ação para reduzir alguns problemas de gestão de
estoque, que estão impactando as vendas da empresa. Sua primeira ação será voltada para análise e
ajuste do estoque de segurança que é o(a)
a) intervalo de tempo entre dois ressuprimentos.
b) nível médio de estoque em torno do qual as operações de compra e consumo se realizaram.
c) nível zero de estoque, impossibilitando que se atenda a uma necessidade de consumo, a uma
requisição ou mesmo a uma venda.
d) quantidade referente à média aritmética das retiradas (consumos) mensais de estoques.
e) quantidade mínima que deve existir em estoque, que se destina a cobrir eventuais atrasos no
ressuprimento.

68. (AOCP/SUSIPE-PA/Assistente Administrativo/2017) Assinale a alternativa que explica


corretamente o conceito de Estoque Mínimo ou de Segurança.
A) É o intervalo de tempo entre a emissão do pedido e a chegada do material no almoxarifado.

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B) É uma quantidade de material mantida a fim de prover a continuidade do abastecimento quando


ocorrem situações imprevisíveis.
C) É o máximo de itens em almoxarifado.
D) É a quantidade de material mantida a fim de prover a segurança mínima no espaço físico ocupado.
E) É a quantidade de material mantida a fim de aumentar o lead time do processo de suprimentos.

69. (AOCP/EBSERH/Analista Administrativo/2016) O estoque de segurança é


A) o estoque mínimo.
B) o estoque máximo.
C) o mesmo que ponto de ressuprimento.
D) o ponto de ruptura.
E) estabelecido pelo fornecedor.

70. (AOCP/FUNDASUS/Almoxarife/2015) Qual é o artifício muito utilizado para aumentar a


confiabilidade na gestão dos estoques que consiste em delimitar um nível de estoque mínimo para evitar
rupturas em caso de aumento na demanda ou problemas de reposição de mercadorias?
A) Estoque puxado.
B) Gestão de gargalos.
C) Estoque de segurança.
D) Sistema just-in-time.
E) Estoque empurrado.

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8. GABARITO

1. C 11. B 21. D 31. B 41. D 51. E 61. E


2. E 12. B 22. B 32. C 42. E 52. E 62. A
3. E 13. A 23. D 33. B 43. A 53. C 63. B
4. C 14. B 24. D 34. C 44. C 54. E 64. D
5. C 15. E 25. A 35. C 45. E 55. D 65. C
6. E 16. E 26. C 36. C 46. A 56. C 66. C
7. E 17. C 27. C 37. E 47. B 57. E 67. E
8. D 18. D 28. C 38. C 48. E 58. C 68. B
9. B 19. C 29. C 39. D 49. C 59. D 69. A
10. C 20. D 30. C 40. C 50. E 60. C 70. C

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9.BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL
ARNOLD, J. R. Tony. Administração de Materiais: uma introdução. São Paulo: Editora Atlas, 2015.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração de Materiais: uma abordagem introdutória. Rio de Janeiro:


Elsevier, 2005.

DIAS, Marco A. P. Administração de Materiais: uma abordagem logística. 6ª Ed. São Paulo: atlas, 2015.

DIAS, Marco A. P. Administração de Materiais: princípios, conceitos, gestão. 6ª Ed. São Paulo: Atlas, 2014.

GONÇALVES, Paulo S. Administração de Materiais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

MARTINS, Petrônio G. Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais. 3ª Ed. Revista e atualizada.


São Paulo: Saraiva, 2009.

PRADO, Luiz A. F. BRANDALIZE, A. Administração de Transporte: o grande diferencial logístico. Revista


Ciências Empresariais, Ano II, n. 3 ago/dez, 2008.

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