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Departamento de Zootecnia
COMPORTAMENTO
ANIMAL
Marcos Magalhães
Pedro Fonseca
Richer Gomes
Belo Horizonte
2010
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................... 3
2. COMPORTAMENTO ANIMAL. .............................................. 4
3. PERCEPÇÃO DOS BOVINOS..................................................... 6
3.1. A VISÃO............................................................................... 6
3.2. A AUDIÇÃO........................................................................ 7
4. REAÇÕES....................................................................................... 7
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................... 10
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS........................................ 11
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1. INTRODUÇÃO
Os bovinos são animais gregários, ou seja, vivem em grupos e isso parece ser tão
importante que os indivíduos isolados do rebanho tornam-se estressados. O estresse dos
animais pode ocorrer por motivos físicos ou psicológicos (Grandin, 1997). Embora a
vida em grupo traga uma série de vantagens adaptativas (defesa contra predadores,
facilidade para encontrar o parceiro sexual, etc.), ela também traz o aumento na
competição por recursos, principalmente quando escassos, resultando na apresentação
de interações agressivas entre os animais do mesmo grupo ou rebanho (Paranhos da
Costa e Nascimento Jr., 1986). Essa é uma questão muito importante na vida social dos
bovinos, principalmente quando mantidos sistemas intensivos de criação ou em
condições pouco apropriadas às suas necessidades (Reinhardt e Reinhardt,1981), que
não chega a preocupar muito quando o sistema de criação é extensivo e os recursos
importantes são de fácil acesso para todos animais.
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Assim, o estudo do comportamento animal assume papel importante dentro da
produção animal, uma vez que para racionalizar os métodos de criação temos
desenvolvido técnicas de manejo, alimentação e instalações que interferem e dependem
do comportamento sendo possível desenvolver novas práticas na criação que assegurem
bons índices de produtividade e alta qualidade do produto, sem colocar o bem-estar dos
animais em risco.
2. COMPORTAMENTO ANIMAL
Os bovinos são animais que gostam de rotina e que, ao que tudo indica têm boa
memória. São capazes de discriminar as pessoas envolvidas nas interações,
apresentando reações específicas a cada uma delas em função do tipo de experiência
vivida, caracterizando assim um aprendizado associativo, do tipo condicionamento
operante. Vários pesquisadores têm registrado a associação dos animais para as ações de
manejo e às pessoas que as desenvolvem (Arave et al., 1985; Kilgour, 1993; De Passilé
et al., 1996; Munksgaard et al., 1997; Rushen et al., 1997; Lewis & Hurnik, 1998; Jago
et al., 1999; Breuer et al., 2000; Pajor et al., 2000).
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relação às ações recebidas são refletidas no aumento da produtividade, melhores índices
reprodutivos, na obtenção de produtos de melhor qualidade, numa menor distância de
fuga e na facilidade em desempenhar o manejo do rebanho (Stricklin & Kautz-Scanavy,
1983/84; Arave et al., 1985; Boivin et al., 1992; Lewis & Hurnik, 1998; Jago et al.,
1999; Breuer et al., 2000). Dentre as ações positivamente aceitas pelos bovinos podem
ser citadas: afagos, conversas com timbre de voz suave, assobios e músicas.
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3. PERCEPÇÃO DOS BOVINOS
3.1 A visão
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Uma prática que pode beneficiar e diminuir o estresse dos bovinos, quando
manejados em período noturno, em uma central de manejo é lhes proporcionar um grau
de luminosidade confortável. Os bovinos tendem a se movimentar de lugares com
menor grau de luminosidade para locais mais iluminados. Mas isto não significa afirmar
que eles se aproximarão de uma luz muito intensa, pois isto viria a lhes oferecer um
desconforto visual.
3.2 A audição
4. REAÇÕES
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fatores que tornam os animais mais ariscos são algumas práticas em relação aos pastos.
Um pasto encharcado por necessidade de fazer uma irrigação, que antes não existia,
praticamente imobiliza os animais. Assim como valas para drenar ou conduzir a água
para irrigar uma pastagem bloqueiam os animais, que param e se negam a caminhar.
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duplo estresse nos animais, como latidos agudos e movimentos muito rápidos deixam os
animais estressados.
O fato de se utilizar cães na condução de rebanhos pode ser uma prática ideal,
desde que se disponha de cães especialistas no assunto. Matrizes gestantes e ou em
amamentação ficam muito estressadas ao latido e com repercussões negativas no seu
sistema hormonal e produtivo. Sempre que uma matriz bovina recém parida nota a
presença de um ou mais cães, ela entra em estado de defesa. E este desgaste emocional
da matriz repercute na produção de leite e na digestão deste leite pela cria.
O uso de música, desde que entendida como normal (rock pauleira não serve),
quando usada em salas de ordenha resultam em boas produções. A mesma sistemática
para confinamentos. Outro fator que influencia muito na condução de bovinos é o uso
de cavalos já domados e acostumados com estas lidas. Potros recém domados podem
complicar estas práticas e deixar os animais estressados.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Ledoux, J. The emotional brain. Simon and schuster, new york, 1996.
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