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RFG: Deve saber que o ser humano tem uma tendência natural para
resistir à evidência.
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Por outro lado, tende a acreditar nas coisas mais irracionais, sem
nunca tentar obter uma evidência.
A própria história da ciência está cheia de factos significativos, como
a crença de que o calor era uma entidade denominada "Flogisto",
mais do que um movimento acelerado das moléculas dos corpos.
Também se acreditou no "homúnculo" que era o pequeno homenzito
que, inserido no útero da mulher, dava lugar ao feto que crescia
apenas em tamanho até nascer. Mais tarde demonstrou-se que mais
do que um homúnculo existia um espermatozóide, que se unia a um
óvulo e que davam lugar a uma terceira célula que por sua vez se
transformava, até chegar a dar lugar à criança do nascimento.
Quando Galileu viu as luas de Júpiter, teve dificuldades para que se
aceitasse tal facto, já que Aristóteles tinha dito, muito tempo antes,
que Júpiter não tinha luas.
O neurónio estuda-se duma maneira separada, ainda que a
evidência mostre que os neurónios, em nenhum momento e em
nenhum lugar estão separados em absoluto.
O conceito de "instinto", como unidade indivisível de comportamento,
tem bastante poucas evidências que o sustentem, no entanto,
continua a ser considerado um conceito valioso ou útil.
Precisamente esta falta de evidência relativa ao "instinto" fez com
que diversos autores usassem diversas palavras que substituem a
palavra "instinto", por "necessidade", "impulso", "desejo".
As experiências embriológicas de Driesch mostraram que, mesmo
quando se extirpa uma parte da célula embrionária do ouriço-do-mar,
esta célula regula o seu crescimento de tal maneira que, em última
instancia, dá lugar a um ouriço-do-mar ainda que mais pequeno no
tamanho. O que está aqui implicado é que a totalidade da forma está
em cada uma das partes da célula embrionária do ouriço-do-mar.
Paul Pietsch extirpou o cérebro de salamandras, picou-o como um
cozinheiro, baralhou todo este tecido e voltou a introduzi-lo no crânio
da salamandra, sem que a salamandra perdesse nenhum dos seus
comportamentos básicos. Isto implica que as localizações cerebrais
têm menos importância do que o tecido, como substrato de
interferências electromagnéticas, e estas últimas seriam as que, em
última instancia, teriam o registo holográfico da memória do animal.
A experiência de Paul Pietsch teve poucas repercussões na
Psicologia.
O Dr. David Bohm está a estudar, na Universidade de Londres, e a
formular matematicamente, o movimento que vai daqui até aqui, não
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como oposto e sim como complementar do movimento que existe
entre dois pontos.
Einstein considerava o movimento como dependente da velocidade
da luz e da posição do observador.
No entanto, estão a ser postas em dúvida as três premissas básicas
da ciência:
Primeiro, que não existe influência mútua entre os corpos do
universo que ocorra mais rapidamente que a velocidade da luz. O
teorema matemático de Bell parece ter destruído esta premissa em
1964.
Segundo, cremos que podemos tirar conclusões válidas,
denominadas "científicas", apenas porque fazemos observações
consistentes em experiências repetidas. Isto é simplesmente uma
premissa dogmática.
Terceiro, todas aquelas experiências estão baseadas na assunção
de que existe uma realidade separada do observador. É sobre estas
três premissas que se baseou toda a ciência como a conhecemos,
ainda que estas três premissas jamais tenham sido demonstradas.
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profundamente o facto de que somos todos um.
Não existe nada na nossa educação que nos permita essa
transformação neurofisiológica que favorece a observação sem o
estabelecimento de correspondências. Esta observação sem o
estabelecimento de correspondências, sem comparação, sem
condenação, etc., é o que denominamos Percepção Unitária e é o
único que permite uma vivência independente da experiência.
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desoxirribonucleico não contém em si a forma dos seres vivos.
Como dissemos quando mencionamos o professor Driesch, se se
cortar o embrião de um ouriço-do-mar ao meio, o resultado será um
ouriço-do-mar com metade do tamanho. Isto é, existiria um Campo
Morfogenético que governaria a estrutura final e total dos seres vivos
(assim como também das moléculas químicas).
Isto não é uma forma pseudo-científica de traduzir o conceito
filosófico da Entelequia. Entelequia significa "o objectivo final contido
nos seres vivos". Na realidade os Campos Morfogenéticos não
estariam contidos nos seres vivos.
Mas, de onde surge sequer esta hipótese e essa pergunta que
acabamos de enunciar?
A explicação da Ressonância Mórfica seria uma interessante forma
de compreender os resultados das experiências do professor
McDougall, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
São relativamente poucas, as investigações experimentais sobre a
herança do comportamento, sobretudo pelas dificuldades de
quantificação. Além disso, os resultados são difíceis de interpretar, já
que se trata de analisar a inter-relação de inumeráveis factores. Por
exemplo, uma redução na frequência do acto sexual poderia dever-
se a uma redução de vigor físico, consequência duma deficiência
metabólica hereditária.
O facto de que o comportamento inato seja afectado por alterações
geneticamente determinadas na estrutura e função dos órgãos dos
sentidos, do sistema nervoso, etc., não prova de maneira nenhuma
que a herança do comportamento se explique apenas por factores
genéticos. Isto só mostra que se necessita de um corpo normal para
um comportamento normal.
Aqui cabe a analogia da rádio: mudanças no aparelho de rádio
afectarão o seu funcionamento, mas isto não prova que a música
(agora distorcida) que sai dos altifalantes se origine no próprio
aparelho.
Do ponto de vista biológico mecanicista, a tentativa de estudar o
comportamento começou com uma fragmentação do comportamento
em "inato e "aprendido".
O comportamento "inato" estaria "programado geneticamente" ou
"codificado" no ácido desoxirribonucleico. O comportamento
"aprendido" resultaria de alterações físico-químicas no sistema
nervoso central.
A Teoria Damarck (herança dos caracteres adquiridos) necessita
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ainda de demonstrar a maneira como essas alterações físico-
químicas poderiam (se pudessem) modificar a estrutura do ácido
desoxirribonucleico.
Em 1920 o Professor McDougall começou na Universidade de
Harvard (Estados Unidos) umas experiências orientadas à
clarificação deste problema da transmissão de caracteres adquiridos.
Ele não suspeitava então qual seria o resultado final das suas
experiências e que, mais do que clarificar o que se propunham,
fariam necessária uma totalmente nova teoria para explicá-los: a
teoria da Ressonância Mórfica.
Alguns factos dispersos não permitiam o êxito total da teoria genética
da herança.
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Sonneborn, em 1949, denominou "Plasmagenes" a estes elementos
citoplasmáticos que ele encontrou no infusório paramécio. Rizet
encontrou-os em fungos inferiores, em 1952, e L'Herretie, em 1957,
na mosca Drosófila. Vernon e Loeb já tinham descrito fenómenos
semelhantes no ouriço-do-mar.
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depois desta medição. Desta maneira, era evitada a selecção
consciente ou inconsciente por parte dos experimentadores em favor
dos ratos que aprendiam mais rapidamente.
A experiência iniciada por McDougall em 1920 prolongou-se durante
15 anos até 1935. Foram estudadas 32 gerações de ratos.
De acordo com a teoria damarck, houve uma marcada tendência nos
ratos a aprender cada vez mais rapidamente em sucessivas
gerações.
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1) As primeiras gerações dos ratos de Crew aprendiam já muito mais
rapidamente que as primeiras gerações dos ratos de McDougall.
Muitos ratos de Crew (treinados ou não) aprendiam a sair do tanque
de água sem receber sequer um choque eléctrico. As médias de
Crew nas primeiras gerações de ratos eram similares às obtidas por
McDougall depois de 30 gerações de aprendizagem. Recordemos
também que Crew estava na Escócia e McDougall nos Estados
Unidos.
Nem Crew nem McDougall conseguiram explicar satisfatoriamente
este fenómeno.
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aprendizagem.
Os objectivos transcendentais do comportamento (como o significado
da vida dos santos, a criatividade, etc.) não poderiam ser estudados
por esta teoria, já que estariam fora do domínio das "Ciências
Naturais" e mais dentro do campo da metafísica.
Os esquemas ou padrões de movimento que se repetem para dar
lugar a comportamentos, podem ser estudados pela teoria da
Ressonância Mórfica, ainda que a origem última desses esquemas
ou padrões não possa ser explicada por ela; é possível estudar (com
a teoria da Ressonância Mórfica) como a forma do primeiro gato
influi na forma e no comportamento de ulteriores gatos, mas não é
possível explicar a aparição do primeiro gato.
A facilidade progressiva de aprendizagem por ressonância mórfica
acumulativa deveria ser mais facilmente detectável no que diz
respeito a esquemas ou padrões motores de origem recente. Por
exemplo: andar de bicicleta, conduzir um automóvel, tocar piano ou
escrever à máquina. Por outro lado, caminhar ou correr por exemplo,
seriam comportamentos tão velhos, que a sua aprendizagem estaria
já enormemente facilitada na espécie humana e seria impossível
estudar a melhoria progressiva desses comportamentos.
No entanto, a ressonância mórfica deveria ser discriminada de outros
possíveis factores, como a imitação, melhor desenho de
maquinarias, melhores métodos de aprendizagem, motivação para
aprender, etc.
As acções controladas pela consciência, dependeriam de três tipos
de causas: 1) consciente 2) forma activa (morfogenética) e 3)
energética.
O materialismo convencional admite apenas a possibilidade de
causas energéticas. O novo materialismo propõe a participação de
dois tipos de causas para o comportamento: formativa e energética.
A causalidade formativa não suspende nem contradiz a causalidade
energética. Sobre este tema o Dr. Rupert Sheldrake aprofunda no
seu livro "Una Nueva Ciencia de la Vida" (a hipótese da causalidade
formativa), Editorial Tarcher, Los Angeles, 1981, 229 páginas.
A teoria da Ressonância Mórfica afirma que sobre a acção da
energia e dos campos físicos, existem campos morfogenéticos que,
como o seu nome indica, influem na forma interna e externa dos
diversos sistemas da matéria, impondo uma ordem espacial nas
alterações que a energia produz nas moléculas dos diversos
elementos da matéria.
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Sheldrake sugere também que a forma dos cristais seria cada vez
mais fácil de alcançar em laboratório, mesmo que em diferentes
locais do mundo, uma vez que um determinado cristal tenha sido
obtido.
O ordenamento material de cada "unidade mórfica" (ou unidade de
forma) nos elementos de Mendelejeff é acompanhado de libertação
de energia, por exemplo calórica. Desde esse ponto de vista, as
unidades mórficas são "depósitos" de energia potencial.
A morfogénese (criação de forma) a nível inorgânico, produz-se
rapidamente, como por exemplo, no caso dos cristais, mas a
morfogénese biológica é relativamente lenta e passa por uma
sucessão de estados intermediários. Estes estados intermediários
podem determinar "Creodos Epigenéticos" (ou caminhos necessários
no desenvolvimento da forma). A regulação de Driesch e a
regeneração tissular orgânica são formas de chegar a uma forma
final a partir de diversos "creodos epigenéticos".
Uma série de campos morfogenéticos sucessivos determinam
processos morfogenéticos nos ciclos de desenvolvimento celular, na
divisão celular e no desenvolvimento de estruturas multicelulares nos
organismos vivos.
A Ressonância Mórfica é um processo pelo qual a forma
característica duma unidade mórfica é resultado de unidades
similares de forma ocorridas previamente e que actuam sobre ela
através do tempo e do espaço.
Esta influência ocorre através dos Campos Morfogenéticos e
depende das estruturas tridimensionais do sistema e das formas de
vibração.
A Ressonância Mórfica é específica, como o é a ressonância
energética, mas não se pode explicar de nenhuma forma conhecida
de ressonância e também não implica uma transmissão de energia.
Todos os sistemas similares do passado actuam sobre um sistema
posterior que se lhes parece através da Ressonância Mórfica.
Nesta acção não intervêm de maneira aparente as variáveis do
espaço e do tempo, ainda que esta acção continue indefinidamente.
No entanto, o efeito relativo de um determinado sistema em sistemas
similares posteriores, diminui à medida que aumenta o número de
sistemas que contribuem para a Ressonância Mórfica.
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tentava explicar-me.
Segundo tudo o que disse, poderíamos dizer então que quando um
só dos homens tem uma vivência extraordinária estaria a abrir a
porta a outros para que também a tenham?
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