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CAPÍTULO 4

O Código moral do Evangelho

PERGUNTA: — Por que somente o Evangelho de Jesus é


considerado pelos espíritos o “Código Moral” da humanida-
de terrena, quando também existem outros roteiros morais
de importância espiritual, compilados e transmitidos pelos
lideres de vários povos, e que deveriam ser admitidos como
divinos? Não seriam dignos de apreciação pelos espíritos o
“Torah” dos judeus, “Alcorão”, dos árabes, ou “Bagavad
Gita”, dos hindus?
RAMATIS: — O Evangelho é a síntese global de todos
os ensinamentos dos iniciados, que, respeitando o livre
arbítrio individual, apresenta para todas as épocas normas
de evoluir ao alcance de todos os ]homens, mas indepen-
dente de qualquer atributo pessoal, grau de inteligência,
raça ou condição social! É o “Código Moral” de maior
poder esotérico para a modificação humana, porque é defi-
nitivo e integral na sua mensagem cósmica. É de senso
comum que até o momento nenhum filósofo ou cientista
digno de nome vislumbrou qualquer absurdo ou regra
insensata na estrutura do Evangelho! Embora o Evangelho
seja o resumo espiritual elaborado de acordo com a cultu-
ra e os costumes da etnia judaica, ele consegue expor a
mensagem para qualquer temperamento humano, em face
de sua contextura de universalidade, inclusive proporcio-
nando novas interpretações educativas e redentoras em
conformidade com qualquer época!

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Ramatís

É um processo doutrinário de moral espiritual, que dis-


ciplina e orienta qualquer tipo humano. Não é um sistema
nem tratado eletivo apenas para os místicos, mas é o siste-
ma indiscutível, comprovado e vivido por Jesus, o mais
sábio e evoluído dos homens! Não há mais ensejo para
dúvidas e discussões; o Evangelho, já vivido por muitos
homens que se devotaram ao Cristo, demonstrou que é de
perfeita e sensata aplicação na vida humana, sem qualquer
restrição ou condição!
Jamais alguém refutou a conclusão lógica de que a
humanidade resolveria todos os seus problemas emocio-
nais, sociais, educativos, econômicos e morais, no mais
sadio clima de paz e labor, caso adotasse integral e incon-
dicionalmente o Evangelho como norma disciplinar para
orientar as relações humanas pessoais e interpessoais. Sob
a inspiração e a regência legislativa dos preceitos evangéli-
cos, todos os problemas desagradáveis, trágicos e desven-
turados do mundo seriam definitivamente resolvidos com
sabedoria, tolerância, amor e confiança mútua. Toda ativi-
dade criminosa, exploradora e separativista da personalida-
de humana, que por força de interesses pessoais chega até
à perversidade de matar e pilhar, seria completamente
extinta sob a norma incondicional do “Ama o próximo
como a ti mesmo”, ou “Faze aos outros o que queres que
te façam”! O Amor preceituado, exaltado e vivido por Jesus
e retratado no Evangelho extinguirá também os fanatismos,
sectarismos e as discussões e lutas religiosas, que são fru-
tos das interpretações bíblicas bizantinas e pessoais de
sacerdotes, ou líderes religiosos, que ainda não compreen-
dem a própria máxima de Paulo: “A letra mata e o espírito
vivifica”.
Sob a propaganda exclusiva do Amor, em vez de códi-
gos, dogmas e postulados sectaristas religiosos, desaparece-
riam as divergências religiosas e os povos confraternizar-se-
iam num mesmo rebanho e obedientes a um só pastor! Por
isso, Jesus é o Mestre da eterna sabedoria, e o Evangelho

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O Evangelho à luz do Cosmo

jamais há de requerer a providência de se modificar o seu


conteúdo elucidativo espiritual. Até o homem imbecil sabe
e sente que em qualquer posição geográfica da Terra, ou
na imensidão cósmica, “Só o Amor salva o homem”!, con-
forme conceituou o inolvidável Jesus!
O Amor que o Evangelho proclama significa a própria
lei regente e orientadora do passado e do futuro do
homem. É o catalisador da própria freqüência normal do
homem superior, seja qual for a sua constituição biológica
ou morfológica, quer ele viva na face da Terra, de Júpiter,
Arcturo ou Sirius! Sob todas as configurações morfológicas,
por mais excêntricas ou extemporâneas, e, também, no
âmago de todos os povos e todas as raças, palpita sempre
o espírito eterno criado por Deus, que é o Amor; por este
motivo, só o Amor sublima! Ele é como o sangue na fisio-
logia do organismo; tudo irriga, tudo nutre, e, conseqüen-
temente, o Amor é o sustentáculo do Universo! Amor puro,
integral e incondicional, dispensa qualquer discussão ou
análise, porque não é uma virtude ou concessão ocasional
a cargo da legislação divina, mas é a essência da manifes-
tação criadora do próprio Espírito e a norma fundamental
e superior da própria Vida!

PERGUNTA: — Mas em face da natureza egocêntrica e


personalística do homem, cremos que nenhum povo há de
abdicar dos seus códigos religiosos morais, para aceitar o
Evangelho de Jesus, caldeado entre o povo judeu, como
norma exclusiva de libertação espiritual Que dizeis?
RAMATIS: — Os homens tornam-se melhores, mais
pacíficos e sensíveis, à medida que dominam as tendências
hereditárias da animalidade. Eles evoluem e aperfeiçoam-se
espiritualmente, quando conseguem impor o “princípio
espiritual” superior e autêntico da individualidade imortal
sobre as tendências transitórias da linhagem animal da
matéria! Daí o motivo da doutrinação semelhante de todos
os instrutores espirituais do mundo, que estimulam e orien-

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