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DE MARKETING
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING
SEJA BEM-VINDO(A)!
Olá, aluno(a) do ensino a distância da Unicesumar! Seja bem-vindo(a) a disciplina de Ad-
ministração de Marketing. Gostaríamos de parabenizá-lo(a) por se dispor ao aprendiza-
do e ao autodesenvolvimento que um curso superior pode proporcionar. Este material é
destinado a você, aluno(a), e foi pensado e desenvolvido para que você seja o(a) princi-
pal condutor(a) do seu aprendizado. Aqui, e nas outras ferramentas das quais dispomos,
como fóruns, aulas ao vivo e conceituais, atividades, atividades presenciais, entre outras,
você poderá encontrar tudo o que precisa para guiar seu desenvolvimento acadêmico
e profissional. Por sermos autores do nosso desenvolvimento, é preciso confiança, per-
sistência e autodisciplina. Com esses esforços, conseguimos, mediante a flexibilidade de
horários e locais, encaixar o conhecimento e a busca do sucesso profissional dentro da
nossa rotina e do nosso estilo de vida.
O objetivo desse livro é mostrar a você, aluno(a) e futuro profissional da área de marke-
ting, as principais questões mercadológicas para o exercício, estudo e prática da grande
área de marketing. Por meio de cinco unidades proporcionamos a você o acesso a um
amplo conteúdo sobre o marketing, seu uso e derivações, o ambiente interno e externo,
onde a prática de marketing atua e exerce influência, ao mix de marketing (preço, pro-
duto, praça e promoção), a como podemos administrar as comunicações de marketing
e ainda a como utilizar o marketing dentro das estratégias e objetivos organizacionais.
Nossa sociedade passou por eras as quais foram marcadas em sua grande maioria por
fatores objetivos como propriedades, capital, maquinários e tecnologias que conferiam
poder às organizações. Com as mudanças que foram ocorrendo nas áreas econômicas,
sociais, políticas, familiares e tecnológicas, as organizações que sobreviveram à acirrada
competitividade do mercado e principalmente aquelas que se destacaram dispunham
de algo mais do que pode ser visto e tocado – na sociedade atual, a sociedade do co-
nhecimento, o ponto de referência e que confere poder às organizações está relacio-
nado a conceitos subjetivos como o conhecimento adquirido, os valores aprendidos, a
confiança conquistada, a cultura disseminada, entre muitos outros que não podem ser
facilmente vistos ou tocados pelo entorno que faz parte da organização.
Sobre esse fator de sobrevivência e destaque dito, uma área de estudo tem total inte-
resse e domínio para atuar como ferramenta operacional, gerencial e estratégica, além
de ser capaz de disseminar e levar esses aspectos subjetivos, mas que são valiosos, da
organização para a sociedade: o marketing.
Para Darroch et al. (2004, p. 31), o Marketing é uma função organizacional e uma série
de processos para a criação, comunicação e entrega de valor para clientes, e para o ge-
renciamento de relacionamentos com eles, de forma que beneficie a organização e seus
stakeholders. Enquanto área de estudos e ferramenta gerencial, as práticas de marketing
têm o importante papel de serem ponte entre as organizações e a sociedade, dispondo
e manifestando o que as primeiras têm de melhor e de mais valioso para oferecerem a
um público consumidor.
Durante a unidade I, de forma introdutória, convidamos você, aluno(a), a conhecer um pou-
co mais sobre a evolução do conceito de marketing e seu atual papel na sociedade glo-
balizada. Disporemos dos principais conceitos e aplicações do marketing contemporâneo
APRESENTAÇÃO
para que você tenha conhecimento, familiaridade e entendimento prático dos princi-
pais conceitos que são utilizados no exercício do marketing. Dentro das organizações,
o marketing tem capacidade e responsabilidade de atuação nas mais diversas áreas.
Ainda discorremos sobre o que implica essa responsabilidade, tanto dentro das orga-
nizações quanto perante uma sociedade que espera retorno e disposição de produtos,
serviços e valores da organização da qual faz parte. Nesta unidade ainda, você apren-
derá sobre o que o consumidor espera receber em troca do que lhe é oferecido pelas
empresas, ou seja, qual o custo x benefício decorrente da aquisição ou compra de um
produto ou serviço e o que está embutido nisso tudo.
Na unidade II, o mix de marketing é apresentado, diante de toda sua importância,
enquanto principal ponto da estratégia organizacional. Entender o composto: pro-
duto, preço, praça e promoção é o ponto central do gestor para informar, convencer
e lembrar o consumidor sobre sua potencial compra, além de identificar oportuni-
dades para exercer seu papel de ponte entre empresa e público consumidor.
A unidade III nos explicita sobre como o marketing deve trabalhar em consonância
com as estratégias organizacionais, funcionando como meio e ferramenta para o
exercício do planejamento tático e estratégico delineado pela alta administração,
sem contanto nos deixar esquecer que ela atua ainda em conjunto com cada um
dos elementos do Mix de Marketing (Preço, Praça, Promoção e Produto).
Na unidade IV, vamos juntos detalhar o que consiste cada uma das etapas para o
desenvolvimento de um produto, para quê serve a prototipagem e o pré-teste. Em
seguida, daremos sequência à proposta do livro e focaremos na marca: sua defini-
ção, história e funções. Ao longo da unidade, você vai entender porque as marcas
são importantes para o sucesso das empresas e conhecer as características para um
nome de marca forte.
Por fim, na unidade V, será desenvolvido como podemos administrar as comunica-
ções de marketing de forma eficiente e eficaz, ou seja, atingindo os objetivos orga-
nizacionais ao mesmo tempo em que, enquanto gestores, agimos coerentemente
com o que se espera que a empresa possa oferecer. Você terá a oportunidade de
entender como funciona o processo de comunicação e seus elementos e como es-
tes trabalham em conjunto buscando atingir esses objetivos.
Esperamos que você utilize sabiamente todo material disponível durante sua caminha-
da para o sucesso. Leia atentamente o livro, assista às aulas conceituais e não se limite
ao material proposto. Aqui, condensamos o que há de melhor e mais atual sobre os
fundamentos de marketing, no entanto, a informação não é algo estático e se modifica
todos os dias, encontrando e se desenvolvendo em novas aplicações. Empresas cres-
cem e declinam no mercado todos os dias por meio das suas práticas de marketing. Por
isso, esteja atento(a) ao que ocorre paralelamente aos seus estudos e busque mais in-
formações para que sua participação nesta disciplina seja mais proveitosa e atualizada.
Desejamos a você sucesso na sua caminhada, que seu conhecimento não tenha bar-
reiras e que seus objetivos sejam alcançados!
Um forte abraço e ótimos estudos!
09
SUMÁRIO
UNIDADE I
15 Introdução
21 Orientações de Marketing
25 Orientação Societal
28 Considerações Finais
33 Referências
34 Gabarito
UNIDADE II
O MIX DE MARKETING
37 Introdução
38 O Mix de Marketing
41 Composto de Produto
44 Composto de Preço
45 Composto de Praça
48 Composto de Promoção
50 Considerações Finais
54 Referências
55 Gabarito
10
SUMÁRIO
UNIDADE III
ESTRATÉGIA DE MARKETING
59 Introdução
60 Estratégia de Marketing
84 Considerações Finais
92 Referências
93 Gabarito
UNIDADE IV
97 Introdução
116 Referências
117 Gabarito
UNIDADE V
121 Introdução
149 Referências
151 Gabarito
152 CONCLUSÃO
Professor Me. Alexandre Pieske
A EMPRESA E SUAS
I
UNIDADE
ORIENTAÇÕES
Objetivos de Aprendizagem
■■ Refletir sobre o papel e a importância do marketing nas organizações
contemporâneas.
■■ Discutir sobre as concepções de marketing: troca, processo gerencial
e filosofia empresarial.
■■ Apresentar as orientações tradicionais de marketing.
■■ Esclarecer sobre a orientação societal e suas interfaces com a
sociedade.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ A Evolução do Conceito de Marketing
■■ Complexidade do Ambiente Mercadológico
■■ Orientações de Marketing
■■ Orientação Societal
15
INTRODUÇÃO
Introdução
16 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
©shutterstock
Vamos analisar com atenção a definição anterior, uma vez que ela guarda ideias
importantes acerca de como podemos enxergar as atividades relacionadas ao
marketing. Com base na citação, podemos dizer que o marketing é uma ati-
vidade social e gerencial em que indivíduos ou grupos de indivíduos buscam
obter o que necessitam e desejam por meio da criação, oferta e troca de valor
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
uns com os outros. Quer dizer, envolve dois lados: alguém que necessita ou
deseja algo e outro que está disposto a oferecer algo capaz de satisfazer a essa
necessidade ou desejo.
Outro ponto importante na definição da AMA é o termo valor. As ofertas
criadas pelas empresas devem ser percebidas como interessantes pelos consumi-
dores. Assim, os consumidores ficarão satisfeitos e poderão repetir a experiência
de consumo outras vezes, contribuindo para a manutenção da empresa no
mercado.
Um aspecto que ainda merece ser destacado, na citação anterior, é a socie-
dade como um todo. Nesse caso, podemos entender que o marketing passa a ter
uma função mais ampla do que maximizar as trocas de valor entre organizações e
indivíduos. Podemos pensar que existe um impacto positivo na sociedade, melho-
rando a disponibilidade e a qualidade das ofertas. Essa ideia permite redefinir o
próprio conceito de mercado, que passa a ser não mais um local que evidencia
e, até mesmo, amplia a diferença entre as pessoas, mas um local onde essas tro-
cas de valor são realizadas, beneficiando mutuamente os agentes envolvidos e,
por conseguinte, a sociedade em geral.
É fundamental, aqui, destacar a diferença entre o conceito mais amplo do
marketing e as definições limitadas tecnicamente ou mesmo que carregam uma
carga de preconceitos. A definição da AMA está longe de reduzir as atividades de
marketing a um esforço por parte das empresas para aumentar em seu volume
de vendas, lançando mão de artifícios que ludibriam o consumidor. Outro erro
comum é reduzir o marketing à tarefa de comunicar algo para o mercado.
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tadoras para chamar a atenção dos consumidores e fazem com que estes visitem
a loja. Quem já não ficou instigado a conferir de perto uma oferta “arrasadora”
de um grande varejista de eletrodomésticos, supermercados ou concessioná-
rias de automóveis? É difícil resistir, não é mesmo? Porém o sucesso de vendas
dessa ação promocional não significa necessariamente que a empresa atendeu,
de maneira eficaz, os compradores daquela oferta e que eles voltarão a transacio-
nar com a empresa no futuro ou manterão uma avaliação positiva da marca. Por
isso, a importância em entender os vários perfis de consumidores que as empre-
sas podem atender e, assim, continuar tendo-os como clientes.
É primordial compreender o marketing, visto que ele deve ser seguido como
uma filosofia, uma norma de conduta para a empresa. As necessidades ma-
nifestadas pelo consumidor devem definir as características dos produtos
ou serviços a serem criados e as respectivas quantidades a serem oferecidas.
Até que ponto você percebe a afirmação acima nas ações das empresas que
fabricam ou distribuem os produtos ou serviços que você consome? A pro-
posta da empresa se transforma em atitudes efetivas ou se limita a um dis-
curso desprovido de elementos tangíveis?
©shutterstock
Se pararmos para analisar, podemos dizer que o mercado não é como costumava
ser, não é mesmo? Pois bem, isso não vem a ser apenas uma desculpa ou lamento
de um empresário assustado com o aumento da concorrência e com dificuldades
crescentes em satisfazer seus clientes. Oliveira (2004) comenta que a gestão de
marketing se transformou em uma rede complexa, que envolve múltiplos mer-
cados e uma grande malha de fornecedores e intermediários de mercado, como
representantes, distribuidores, atacadistas e varejistas.
Esse novo cenário mercadológico, sem dúvida mais complexo do que um
ambiente competitivo estável e com poucos concorrentes, exige dos profissionais
a supervisão de amplo portfólio de produtos e, ao mesmo tempo, o gerencia-
mento permanente dos pontos de contato da empresa com o mercado.
Para tentar lidar com essa situação de transformação e complexidade, os
profissionais de marketing lançam mão da análise do ambiente mercadológico,
buscando entender as mudanças que ocorrem no micro e no macroambiente.
Para o foco deste livro de marketing empresarial, é primordial compreendermos
alterações nesses dois níveis. Deste modo, seremos capazes de contextualizar os
novos desafios a que as marcas e profissionais estão expostos, pois eles preci-
sam encontrar soluções para conquistarem novos consumidores e fidelizarem
os clientes da sua carteira.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tos, entre outros têm aumentado seu papel no acompanhamento das ações das
empresas em relação a vetores como sustentabilidade ambiental, responsabili-
dade social, governança e cidadania.
Como podemos perceber, o grau de influência dos dois níveis, micro e macro
ambientes, são diferentes. Enquanto é possível realizar ações para alterar a per-
cepção dos agentes que constituem o microambiente de marketing, criando uma
boa vontade desses em relação à empresa, os elementos que compõem o macro-
ambiente não permitem influência, ao menos no curto e médio prazo.
O motivo disso é que o macroambiente está relacionado com mudanças
estruturais na sociedade e uma empresa ou os grupos de empresas certamente
teriam pouca ou mesmo nenhuma efetividade para alterá-las. Vamos relembrar
os elementos que formam o macroambiente de marketing e principais mudanças
que ocorrem em cada um deles, segundo as observações dos autores Churchill
e Peter (2012) e Urdan e Urdan (2010).
ORIENTAÇÕES DE MARKETING
Orientações de Marketing
22 UNIDADE I
O que queremos dizer com isso? Como você já aprendeu, ao longo da sua
trajetória acadêmica, o sentido de filosofia aqui são os “valores”, a “visão”, ou
seja, a “maneira de enxergar” um determinado assunto. Desse modo, entender
o marketing como uma filosofia empresarial nada mais é do que uma empresa
percebê-lo como um jeito específico de atuar, de fazer negócios no mercado.
Assim como podemos ter uma filosofia de vida que dirige as nossas ações
na sociedade, um empresário ou os dirigentes de uma empresa também seguem
uma determinada filosofia de negócios.
Mas do que se trata exatamente o marketing como filosofia empresarial?
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Segundo autores da área (CHURCHILL e PETER, 2012; KOTLER e KELLER,
2013; URDAN e URDAN, 2010), a filosofia empresarial do marketing orienta
todas as estratégias, táticas e ações da empresa para atender às necessidades e os
desejos dos clientes de forma superior à concorrência, gerando satisfação. Ao
ponto que é de grande importância todas as pessoas, que atuam em determi-
nada empresa, estarem envolvidas em todos os momentos com a construção de
uma percepção de qualidade que demonstre genuinamente a vontade de atender
melhor, solucionar e até mesmo surpreender os clientes dessa empresa.
Um exemplo claro é o papel de um funcionário que atende ao telefone ou
responde ao e-mail de um cliente que entra em contato com a empresa para bus-
car informações. A agilidade, o tom, o conteúdo e a autenticidade desse contato
demonstram - e muito - a filosofia, a maneira de pensar, da empresa toda.
A experiência que tal cliente guardará em sua memória sobre esse contato
não deve ser um fato isolado, a sorte de ter sido atendido por um funcionário
“de bem com a vida”, mas uma característica essencial da empresa, a sua forma
de fazer negócios.
Tecnicamente, essa descrição se denomina orientação para o mercado ou
para o cliente. Conforme Urdan e Urdan (2010, p. 16), esta orientação é “fun-
damental em mercados concorridos, onde o consumidor tem alternativas e,
por isso, exerce soberania para decidir”. Esses mesmos autores sublinham que a
orientação para marketing possui como pilares o foco no cliente, algo que você
acabou de perceber no exemplo do atendimento telefônico/eletrônico, e também
alguns outros pontos, quais sejam: foco na concorrência, coordenação interfun-
cional e rentabilidade.
O que isso significa? Ora, se a empresa precisa ser relevante para o cliente,
ela deve conhecer muito bem o que seus concorrentes estão propondo para esse
mesmo consumidor. Além disso, as ações da empresa devem acontecer ao longo
de todo o processo de contato do cliente com a empresa. Mas atenção, não se
esqueça do último pilar da orientação para marketing: a rentabilidade. Se no final
de todo este esforço o cliente não gerar rentabilidade para a empresa, mesmo
no longo prazo, tal orientação será muito difícil de ser mantida, pois a empresa
terá prejuízo. Justamente uma forma de diminuir esse risco é adotar uma abor-
dagem que vai além da orientação para marketing, mas isso veremos logo mais,
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Orientações de Marketing
24 UNIDADE I
no consumidor que via todo carro importado como sinônimo de grande quali-
dade, o que não foi totalmente verdade.
Interessante ressaltar que os cenários em que a orientação para a produção
ocorre são raros e curtos. Geralmente, não é saudável uma empresa manter essa
visão de negócios, pois o mercado é muito dinâmico e competitivo. Mesmo que a
empresa se beneficie de uma janela de oportunidade provocada por uma grande
demanda, podem surgir outros concorrentes tentando fazer o mesmo e ela terá
que se adequar às novas condições mercadológicas.
Orientação para vendas: é uma orientação utilizada pelas empresas em situa-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ções contrárias a que foi relatada na orientação para produção. Nesse cenário, a oferta
supera a demanda e, por isso, a empresa precisa fazer um esforço extra para baixar
seus estoques e fazê-lo girar. Isso pode ocorrer porque existem muitos concorrentes
disputando o mesmo consumidor ou, então, o mercado pode estar retraído, talvez
com receio da inflação, da desvalorização da moeda ou do aumento do desemprego.
O que a empresa faz em casos como esses? Pode negociar com seus fornecedo-
res, diminuir sua margem de lucro e lançar uma promoção de vendas para chamar
a atenção dos consumidores para aproveitarem a oportunidade e adquirirem os
produtos em oferta. Tal qual a orientação para produção, se adotada realmente, a
orientação para vendas possui limitações sérias como uma filosofia empresarial.
Você sabe dizer por que isso acontece? Mesmo aumentando as vendas da empresa
em função do esforço da equipe e de um preço convidativo no curto prazo, essa
orientação geralmente cria uma imagem negativa. A empresa pode ser percebida
pelos clientes como tendo problemas e precisa fazer ofertas para se livrar do estoque.
Quando o esforço da equipe é muito grande, o rótulo de “empurroterapeutas”
pode ser associado à marca da empresa e é difícil fazer que isso se altere. Quem já não
sofreu com um vendedor por telefone oferecendo com muita insistência uma “oferta
imperdível, exclusiva para clientes especiais e selecionada por nossos computadores?”
Orientação para o produto: mesmo com a soberania do consumidor que
temos assistido nas últimas décadas, empresas de alguns setores conseguem se
manter um pouco distantes da tensão entre “o que é bom para a empresa” e “o que
é bom para o cliente”.
Na orientação para o produto, o objetivo é conquistar o consumidor como
decorrência da criação e desenvolvimento de produtos inovadores, superiores à
ORIENTAÇÃO SOCIETAL
Uma vez que o marketing é percebido como um processo e que este procura
melhorar e maximizar as trocas realizadas entre os agentes envolvidos (produto-
res e consumidores), uma empresa estará oferecendo algo de valor e cumprindo
sua missão como empresa, como organização. Mas será que isso é o suficiente?
Orientação Societal
26 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Segundo Urdan e Urdan (2010), a orientação societal pode ser pensada
como uma extensão, um passo além da orientação para marketing de qual fala-
mos no item anterior desta unidade. Você lembra das ações da orientação para
marketing trabalhados no início da unidade? Vamos reforçar: focar no cliente e
na concorrência por meio da coordenação entre as várias funções exercidas na
empresa para, por fim, gerar rentabilidade. Junta-se a isso, na orientação societal,
a preocupação com a sociedade, com o bem-estar não só de seus clientes, mas de
todos. Esse equilíbrio de forças (satisfação do cliente, lucro da empresa e bem-
-estar da sociedade) pode ser representado graficamente conforme a Figura 1.
procurar apenas o bem comum, ela poderá não dar continuidade nesse intento,
visto que não será economicamente viável e sustentável.
Como você percebe, a orientação societal almeja um equilíbrio de forças e
uma retroalimentação entre seus agentes. Uma parte não vive sem a outra, são
interdependentes. Porém existe um ponto que precisa ser sublinhado aqui: o gera-
dor deste processo é uma organização que visa lucro. Se praticado de maneira
correta será um lucro justo, que permite a consolidação e até mesmo amplia-
ção da ação desta organização, sem causar prejuízos para os demais envolvidos.
Orientação Societal
28 UNIDADE I
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
mem. Sem dúvida, um novo cenário que força as empresas a repensarem seu
lugar e papel na sociedade e, com isso, o próprio conceito de marketing neces-
sita ser atualizado. Como você percebeu, a orientação para o mercado ou para o
cliente não pode ser vista mais como um simples esforço para tornar disponíveis
os bens e serviços para clientes, mas, sobretudo, um processo de troca entre dois
polos de uma relação que busca a maximização de valor para todos os envolvidos.
Ao acompanhar o conteúdo com atenção e realizar as reflexões e atividades
propostas, foi possível entender com mais clareza do que se trata a orientação
para o mercado ou para o cliente e também as demais orientações.
Outro aspecto fundamental, nesta unidade, foi o detalhamento que fizemos
sobre a orientação societal, uma forma contemporânea de atuação das empresas
privadas, na sociedade, e os desdobramentos disso.
Antes de passar para a próxima unidade do livro, procure realizar as ativi-
dades de estudo propostas. Elas são importantes e, por meio delas, você poderá
verificar o seu nível de entendimento até aqui. Bons estudos!
CHURCHILL, G. A.; PETER, J. P. Marketing: criando valor para o cliente. São Paulo:
Saraiva, 2012.
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. São Paulo: Pearson-Prentice
Hall, 2013.
OLIVEIRA, S. R. G. Cinco décadas de marketing. EGV Executivo, v.3, no 3, Ago/Out,
2004, p. 37-43.
URDAN, A. T.; URDAN, F. T. Marketing Estratégico no Brasil – Teoria e Aplicações.
São Paulo: Atlas, 2010a.
URDAN, F. T.; URDAN, A. T. Gestão do composto de marketing. São Paulo: Atlas,
2010b.
GABARITO
1. Alternativa A.
2. Alternativa C.
3. Alternativa C.
4. Alternativa C.
Professora Me. Maria Virgínia Cantagallo
II
UNIDADE
O MIX DE MARKETING
Objetivos de Aprendizagem
■■ Conhecer o mix de marketing como o coração da estratégia de
marketing.
■■ Entender o composto de produto dentro do mix de marketing no
que diz respeito a exemplos, serviços, presença no ponto de venda e
operações básicas da embalagem.
■■ Compreender o composto de preço dentro do mix de marketing no
que diz respeito à sua exposição e dinâmica.
■■ Desvendar o composto de praça dentro do mix de marketing na sua
dinâmica, como sistema organizado e a possibilidade da experiência
no ponto de venda.
■■ Apresentar o composto de promoção dentro do mix de marketing na
sua lógica, funções, experiências e dinâmica.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ O Mix de marketing
■■ Composto de produto
■■ Composto de preço
■■ Composto de praça
■■ Composto de promoção
37
INTRODUÇÃO
Olá aluno(a)! Neste momento do seu aprendizado sobre marketing, você terá
contato com o que é considerado o coração da estratégia de marketing: o Mix de
Marketing. Amplamente estudado na literatura de marketing, esse mix se des-
dobra em quatro pilares básicos: produto, preço, praça e promoção.
Para sua melhor compreensão e ambientação nessa temática, esta unidade
lhe apresentará cada um dos pilares, utilizando o respaldo de diversos autores,
para que, a partir deste primeiro contato com essa ferramenta estratégica e geren-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
cial, você possa seguir em frente, passeando pelas outras unidades deste livro,
outros estudos e leituras.
Para começar, será feito um breve resgate e desdobramentos do mix de
marketing e seus respectivos compostos de produto, preço, praça e promoção.
Em seguida, parte-se para discorrer sobre cada um deles de forma ilustrativa.
Dentro do composto de produto, você descobrirá o que pode ser considerado
produto, e terá contato com um exemplo do mesmo. Você vai perceber também
que o serviço pode ser um produto abstrato, e que há produtos que não precisam
de embalagem para serem expostos e comercializados. Porém, outros precisam,
e a embalagem tem, junto a eles, suas operações básicas.
Falando do composto de preço, você vai descobrir como ele pode aparecer
no produto. Trazemos também uma abordagem sobre a dinâmica dos preços
dentro do mix de marketing.
No que diz respeito ao composto de praça, você terá contato com sua dinâ-
mica, verá que o composto de praça pode ser considerado um sistema organizado e
vislumbrará uma dentre muitas possibilidades de experiências no ponto de vendas.
O composto de promoção será apresentado sob uma ótica de comunicação,
dentro de uma lógica e algumas funções importantes. Você terá ciência da expe-
riência com o composto de promoção, bem como de sua dinâmica. As atividades
de estudo, leituras complementares, alguns livros, vídeos e sites sugeridos irão
lhe auxiliar na compreensão dos temas aqui trabalhados.
Bons estudos!
Introdução
38 UNIDADE II
O MIX DE MARKETING
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O mix de marketing representa a
©shutterstock
empresa e lhe confere capacidade de con-
corrência. Apresentam-se, dessa forma, quatro variáveis indispensáveis para que
uma empresa possa trabalhar com seu mercado, atuar nele e estar nele representada.
O MIX DE MARKETING
39
Yanaze (2011, p. 33) ressalta que “evoluiu-se depois para um conceito mais
atualizado e mais abrangente (...), assim definidos: produto/serviço, preço/remu-
neração, distribuição e comunicação”. No Quadro 1, destaca-se essa perspectiva
para seu conhecimento e contextualização com a presente realidade.
Embora neste livro sejam utilizadas as nomenclaturas tradicionais de origem,
tenha em mente que, estrategicamente, o pensamento sobre as mesmas deve ser
estratégico e amplo, como a atualização desses conceitos.
Assim sendo, mais que produtos ou além deles, temos os serviços. Mais que
o preço pago pelo bem, há a remuneração por todos os custos, valores agregados
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e trabalho investidos nesse bem. Mais que praça, ou lugar do ponto de venda,
acontece a distribuição e disponibilização. Mais que promover o produto e os
outros elementos de mix de marketing, é preciso se comunicar de forma abran-
gente, estratégica e, sobretudo, integrada.
Quadro 1 – Conceituação atualizada e ampliada dos 4Ps de McCarthy
O Mix de Marketing
40 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 1 – O Mix de marketing, seus compostos e desdobramentos
Fonte: baseada em Kotler e Armstrong (2007); Baker (2005); Urdan e Urdan (2006) e Yanaze (2011).
O MIX DE MARKETING
41
COMPOSTO DE PRODUTO
O produto ou serviço são protagonistas da comunicação, pois é para eles que conver-
gem todas as ações no mix de marketing e no composto de promoção. Eles se fazem
presentes em todas as ferramentas de comunicação. O produto consiste no que é
oferecido ao cliente visando à troca (CHURCHILL; PETER, 2010), e existe em sen-
tido mais amplo, conforme Yanaze (2011), para atender às necessidades do mercado.
Nesse sentido amplo, Kotler e Armstrong (2007) consideram que um produto pode
consistir também em organizações, pessoas, lugares e ideias, conforme a Figura 2.
Composto de Produto
42 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: a autora.
Dessa forma, entende-se que um produto, então, envolve serviços, ideias e toda
sorte de bens tangíveis e intangíveis, que também podem atuar estrategicamente
por meio de sua disposição no ponto de venda. A Figura 3 mostra uma gôn-
dola de frutas na sessão de um supermercado, organizadas de forma a atrair a
atenção para sua compra e consumo. Observe que a separação por tipo facilita
a escolha do consumidor.
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Figura 3 – Frutas como exemplo de produtos no ponto de vendas
O MIX DE MARKETING
43
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Figura 4 – Viagens e programações de lazer e cultura são exemplos de produtos abstratos
Composto de Produto
44 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: adaptada de Urdan e Urdan (2006).
COMPOSTO DE PREÇO
No que tange ao composto de preço, você vai descobrir como ele pode aparecer
no produto, bem como é a dinâmica dos mesmos dentro do mix de marketing.
O MIX DE MARKETING
45
O preço também pode ser considerado, conforme Churchil e Peter (2010), o mon-
tante em dinheiro dispendido para obter, dentro da relação de troca, o produto
ou serviço. Para Yanaze (2011), a transação envolve a remuneração da compra,
a aquisição do produto, políticas de descontos, crédito, financiamento e, ainda,
prazos de pagamento.
A DINÂMICA DO PREÇO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O preço, conforme destacam Ferrell et. al. (2000, p. 96), “pode ser o elemento
mais crítico, mais visível e mais manipulado do composto de marketing”. Porém,
sua capacidade de ajustamento faz dele também um elemento flexível, o qual tem
a necessidade de ser modificado e adaptado conforme as necessidades do mer-
cado, para intensificar as vendas, ou a participação do produto no seu mercado.
A Figura 7 organiza o pensamento da dinâmica possível em relação ao preço.
COMPOSTO DE PRAÇA
Neste seu contato com o composto de praça, você conhecerá um pouco de sua dinâ-
mica. Verá ainda que este composto pode ser considerado um sistema organizado e
vislumbrará uma dentre muitas possibilidades de experiências no ponto de venda.
Composto de Praça
46 UNIDADE II
A DINÂMICA DA PRAÇA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 8 – A dinâmica do composto de praça
Fonte: adaptada de Churchill e Peter (2010).
O MIX DE MARKETING
47
Como ponto de venda, a praça remete diretamente à loja e à experiência que esse
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
lugar pode propiciar ao consumidor. Desde a busca pela loja, a chegada ao estabe-
lecimento, as impressões sobre o ambiente externo, até a concretização da compra e
assistência de pós-venda temos experiências que marcam o consumidor. A Figura 10
pode ser um exemplo de oferecimento de boa experiência ao consumidor. Ela traz
a fachada de uma loja de departamentos. Veja que o letreiro com a marca corpora-
tiva é marcante e faz com que o ponto de venda seja identificado, mesmo de longe,
pelo potencial ou fiel consumidor que o procura. Ter facilidade em encontrar o esta-
belecimento é sempre um ponto positivo para a empresa na mente do consumidor.
©shutterstock
Figura 10: Experiência no ponto de vendas
Composto de Praça
48 UNIDADE II
COMPOSTO DE PROMOÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
LÓGICA DO COMPOSTO DE PROMOÇÃO
O MIX DE MARKETING
49
Composto de Promoção
50 UNIDADE II
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ponto de venda e operações básicas da embalagem.
A respeito do composto de preço, estabeleceu-se o objetivo de compreendê-
-lo dentro do mix de marketing no que diz respeito à sua exposição e dinâmica.
No que tange ao composto de praça, o objetivo definido foi desvendá-lo dentro
do mix de marketing na sua dinâmica, como sistema organizado e a possibili-
dade da experiência no ponto de vendas, e apresentar o composto de promoção
dentro do mix de marketing na sua lógica, funções, experiências e dinâmica.
A fim de ajudar na fixação dos conteúdos, na aprendizagem dos mesmos e
na sua contextualização e interação com a realidade, foram propostas ativida-
des de estudo, livros, vídeo e link com a Web.
Ao final desta unidade e com os objetivos propostos atingidos, esperamos
dar passos rumo às outras unidades e experiências de conhecimento, aprendi-
zagem e conexão com a realidade e aspirações de cada um que aceitou fazer esta
jornada por meio do marketing. Vamos em frente!
O MIX DE MARKETING
51
Princípios de Marketing
Gary Armstrong, Philip Kotler
Editora: Prentice Hall Brasil
Sinopse: este livro discute valor e relacionamento com o cliente, abordando
temas que dizem respeito à construção e gerenciamento de marcas fortes,
criação de valor, novas tecnologias em marketing e ainda marketing
socialmente responsável.
Administração de Marketing
Michael Baker
Editora: Campus - RJ Inativar
Sinopse: organizado por Michael Baker, este livro conta com a presença
de uma equipe de autores de reconhecimento na academia e entre os
profissionais de marketing, como Robin Wensley e Stephen Brown. A obra
aborda, entre outros, o conceito de marketing, marketing pós-moderno e
marketing de relacionamento. Marketing direto, interativo e de serviços; bem
como varejo, também fazem parte do rol de assuntos tratados.
Material Complementar
54
REFERÊNCIAS
1. A.
2. B.
3. C.
Professora Me. Grace Kelly Botelho Pain
ESTRATÉGIA DE
III
UNIDADE
MARKETING
Objetivos de Aprendizagem
■■ Analisar as estratégias de Marketing para cada etapa do ciclo de Vida
do Produto.
■■ Destacar as matrizes de Análise Estratégica de Marketing.
■■ Realizar a classificação de Bens de Consumo.
■■ Aprender sobre a Gestão Estratégica de Produtos.
■■ Aprender sobre a Gestão Estratégica de Distribuição.
■■ Aprender sobre a Gestão Estratégica de Comunicação.
■■ Aprender sobre a Gestão Estratégica de Preço.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Estratégia de marketing
■■ Matrizes de análise estratégica de marketing
■■ Classificação de bens de consumo
■■ Gestão estratégica de produtos
■■ Gestão estratégica de distribuição
■■ Gestão estratégica de comunicação
■■ Gestão estratégica de preço
59
INTRODUÇÃO
Olá aluno(a)! Chegamos à unidade III do nosso livro. Nas demais unidades, você
aprendeu um pouco mais sobre o marketing, o mix de marketing, o ambiente de
marketing, entre outros temas. Nesta unidade, vamos estudar sobre as estraté-
gias de marketing, pois a análise do ambiente é uma das principais ferramentas
para elaborar boas estratégias.
Todos os produtos passam pelo seguinte ciclo de vida: introdução, cresci-
mento, maturação e declínio. Para cada uma dessas etapas, os responsáveis pelo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introdução
60 UNIDADE III
ESTRATÉGIA DE MARKETING
Toda organização que pretende ter sucesso no mercado e atingir seus objetivos
e metas necessita ter um plano. Ter uma estratégia, que é a forma de pensar no
futuro, integrada no processo decisório, com base em um procedimento forma-
lizado e articulador de resultados (MINTZBERG, 2003). Ou seja, estratégia é a
forma diferenciada como a empresa se posiciona no mercado (TAVARES, 2003).
Porém, para a empresa ser capaz de elaborar boas estratégias, é necessário que
conheça o mercado em que atua, as oportunidades e ameaças desse mercado,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ter um conhecimento profundo de suas forças e fraquezas, sabendo quais suas
melhores armas (pontos fortes) e quais não são (ponto fracos).
ESTRATÉGIA DE MARKETING
61
operacional) terão que bater, para que assim, no final do ano, a meta da alta
administração seja atendida.
A equipe do planejamento tático é responsável pela elaboração dos programas
de marketing na organização com objetivo de atingir e satisfazer os consumido-
res. “O plano de marketing fornece um esboço de como a organização combinará
decisões sobre produto, preço, praça e promoção para criar uma oferta que os
consumidores considerem atraente” (FERREL, HARTLINE, 2006, p. 34).
O planejamento estratégico consiste na reunião de diversos planos para áreas
funcionais da empresa, entre elas o marketing. O chamado plano de marketing,
que pode ser visto como uma ramificação do planejamento estratégico de uma
organização, fornece as ações que devem ser executadas; esse documento con-
siste na implementação, avaliação e, por fim, no controle de marketing. Segundo
Ferrel e Hartline (2005), o plano de marketing deve ter a seguinte estrutura:
1. Sumário Executivo;
2. Análise da Situação;
3. Análise SWOT;
4. Metas e Objetivos de Marketing;
5. Estratégias de Marketing;
6. Implementação de Marketing;
7. Avaliação e Controle.
Estratégia de Marketing
62 UNIDADE III
É importante que além dele ter uma estrutura, ou até independente da estrutura
que você escolha utilizar, o plano de marketing deve ser: Abrangente, Flexível
e Consistente.
Abrangente no sentido de ter o máximo de informações para que não haja
omissão de nenhum dado relevante; Flexível, pois cada organização é diferente,
logo, o plano deve ser adequado à organização que está sendo analisada, assim,
podendo ser modificado de acordo com as necessidades da organização; e, por
fim, Consistente, que remete à ligação do plano de marketing aos outros pla-
nos da organização e ao planejamento estratégico. Apenas planos consistentes
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
poderão ser executados por todos da organização (FERREL; HARTLINE, 2005).
Você já ouviu falar sobre o ciclo de vida dos produtos? Muitas organizações uti-
lizam desse método para elaborar suas estratégias. Veja a seguir o gráfico que
representa o ciclo de vidas dos produtos.
Gráfico 1 – Representação gráfica do ciclo de vida de um produto
Ciclo de vida do produto
Vendas
Tempo
Fonte: adaptado de Kotler e Keller (2006).
ESTRATÉGIA DE MARKETING
63
Estratégia de Marketing
64 UNIDADE III
pode ser perdido. Ser o último a entrar no mercado pode ser vantajoso se sua empresa
apresentar uma melhoria no produto, tecnologia mais desenvolvida, qualidade ou
marca forte. A primeira decisão que a empresa deve tomar é quando entrar no mer-
cado (KOTLER; KELLER, 2006, p. 318).
Ser a empresa pioneira pode contribuir para maior vantagem no mercado,
pois as pessoas, por comodismo, medo ou confiança, optam, geralmente, por não
mudarem de marca. Outra vantagem que muitas marcas pioneiras conseguem
é inserir sua marca como nome dos produtos, ou seja, grande parte da popula-
ção conhece o produto pela sua marca e não pelo seu real nome. Geralmente,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
no lugar de falar sabão em pó, o que as pessoas falam? No lugar de leite fermen-
tado? E no lugar de achocolatado? Entre outros.
Assim, cada vez mais sua marca torna-se conhecida, mas a empresa não
pode se acomodar só porque é a pioneira. Os investimentos em marketing e nas
estratégias devem ser constantes.
Nessa primeira fase, a empresa deve investir em informar os consumidores
potencias sobre a existência do novo produto, induzi-los a experimentarem e
também assegurar a distribuição nas lojas. Isso tudo gera um grande custo ini-
cial e, por essa razão, essa primeira etapa não gera lucros.
A estratégia de preço dos produtos na introdução pode ser de penetração ou
desnatamento. A estratégia de penetração utiliza preços mais baixos com o objetivo
de movimentar o mercado e vender grande quantidade. O preço de desnatamento
busca selecionar o mercado, pois lança produtos com valores mais altos, geral-
mente essa estratégia é utilizada para produtos tecnológicos (DIAS, 2006, p. 265).
A segunda etapa consiste no estágio de crescimento. O preço dos produtos,
nesta etapa, pode manter os mesmos utilizados no estágio de introdução ou caí-
rem levemente, isso dependerá de outros fatores, como concorrência, demanda,
tipo do produto. Nessa etapa, as empresas devem continuar os altos investimen-
tos em marketing, pois nesse período, os concorrentes começam a aparecer no
mercado. Devido ao aumento de venda, os lucros começam a aparecer, porém
não em seu máximo, pois ainda há a necessidade de investimentos para posicio-
nar o produto diante dos concorrentes que podem entrar no mercado, e esses
investimentos são realizados com o objetivo de atingirem o lucro máximo na
próxima etapa (KOTLER; KELLER, 2006, p. 324).
ESTRATÉGIA DE MARKETING
65
Estratégia de Marketing
66 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Modificação do programa de marketing: A estratégia com essa caracterís-
tica realiza alguma modificação em determinado elemento do marketing: Preço,
Distribuição, Propaganda, Promoção de Vendas, Venda pessoal e Serviços.
E, por fim, o estágio do declínio. Como a empresa deve se comportar quando
chegar nessa fase? De acordo com Ferrel e Hartline (2006, p. 192), “o estágio de
declínio e a vida do produto terminam com o fim do produto” e a empresa tem
duas opções: a primeira é adiar o declínio e a segunda é aceitar sua inevitabilidade.
Os autores Kotler e Keller (2006) apresentam cinco estratégias para produ-
tos que se encontram nessa fase decadente.
1. Aumentar o investimento;
2. Manter o nível de investimento até que as incertezas sobre o mercado
desapareçam;
3. Reduzir o número de investimento seletivamente, diminuindo os gru-
pos de clientes não lucrativos e, ao mesmo tempo, investindo em mais
nichos lucrativos;
4. Colher os frutos do investimento para recuperar o caixa com mais rapidez; e
5. Abandonar o negócio, enquanto pode ser vantajoso.
ESTRATÉGIA DE MARKETING
67
Neste tópico, serão apresentadas algumas matrizes de análise, estas são ferramen-
tas que contribuirão para que os gestores possam analisar o posicionamento do
produto diante do mercado e, assim, elaborar estratégias adequadas de acordo
com o apresentado nas matrizes.
As matrizes que serão estudadas neste tópico são SWOT (Strengths,
Weaknesses, Opportunities, Threats), BCG (Boston Consulting Group) e Matriz
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Produto/Mercado.
ANÁLISE SWOT
A análise SWOT, ou também conhecida como FOFA no Brasil, devido à sua tra-
dução (Pontos Fortes – Oportunidade – Pontos Fracos – Ameaças), é uma das
principais ferramentas utilizadas para análise ambiental. A análise SWOT for-
nece dados importantes para que a empresa seja capaz de realizar estratégias que
capitalizem as forças da empresa, utilize as melhores oportunidades do mercado
e se defenda das ameaças.
“A análise SWOT é uma ferramenta simples, mas eficaz, para mensurar a
força dos recursos da empresa e suas deficiências competitivas, assim como
as oportunidades de mercado e as ameaças externas ao seu futuro bem-estar”
(GAMBLE; THOMPSON, 2012, p. 73).
A análise SWOT, de acordo com Gamble e Thompson (2012), não faz sen-
tido se a partir das listas de análises não forem tiradas as conclusões sobre
a situação da empresa, e também, se as conclusões não se tornarem ações
estratégicas.
Esta análise consiste em realizar quatro listas, duas serão as análises do
ambiente interno (PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS) e as outras
duas listas consistem na análise do ambiente externo (OPORTUNIDADES E
AMEAÇAS).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 1 – Diagrama de Análise SWOT (FOFA)
Fonte: adaptada de Gamble e Thompson (2012).
ESTRATÉGIA DE MARKETING
69
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Expandir para novos mercados geográ- Lentidão no crescimento do mercado.
ficos.
Romper barreiras comerciais em mer- Políticas de comércio restritivas por
cados estrangeiros atraentes. parte dos governos estrangeiros.
Adquirir empresas concorrentes. Novas exigências regulatórias.
Atender aos grupos de clientes ou seg- Aumento da intensidade da concor-
mentos de mercados adicionais. rência.
Expandir a linha de produtos da em- Mudança nas necessidades e preferên-
presa para atender uma nova necessi- cias do comprador, afastando-se do
dade do cliente. produto do setor.
Fonte: adaptado de Gamble e Thompson (2012, p. 74).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
relação ao mercado em que está inserido e suas perspectivas futuras de cresci-
mento nesse mercado.
ESTRATÉGIA DE MARKETING
71
MATRIZ PRODUTO-MERCADO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 3 – Diagrama Matriz Produto/Mercado
Fonte: adaptado de Ansoff (1984 apud DIAS, 2006).
ESTRATÉGIA DE MARKETING
73
Para cada tipo de produto há uma estratégia que é mais adequada dentro do
Mix de Marketing e, por esse motivo, primeiramente, devemos saber classificar
o produto que temos em mãos.
Os bens de consumo são todos os bens que são utilizados pelos indivíduos,
famílias, grupos etc. Kotler e Keller (2006) apresentam três classificações de bens
de consumo referentes à durabilidade e tangibilidade, que são: bens não durá-
veis, bens duráveis e serviços.
Bens não duráveis: “são bens tangíveis normalmente consumidos ou usa-
dos uma ou poucas vezes” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 368). Ou seja, produtos
que são consumidos rapidamente e comprados com maior frequência. Exemplos:
refrigerantes, cerveja, sabonete, creme de barbear etc. Para os bens não duráveis,
a melhor estratégia é ter uma distribuição ampla, deixar o produto disponível em
vários locais. A margem de lucro é pequena, pois a estratégia para esses produtos
está no volume de vendas, por isso, deve-se anunciar maciçamente para estimu-
lar a experimentação e, assim, ganhar a preferência do consumidor.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de reparos etc.
Os bens de consumo também podem ser classificados de acordo com o seu
hábito de compra. Dessa forma, temos quatro classificações diferentes: bens de
conveniência, bens de compra comparados, bens de especialidade e bens não
procurados.
Bens de conveniência: são os bens que o consumidor compra com frequên-
cia e com pouco esforço, geralmente baratos. Os bens de conveniência podem ser
subdivididos em três categorias: bens básicos, bens de impulso e bens de emer-
gência (KOTLER; KELLER, 2006, p. 368).
Bens básicos são produtos comprados com certa regularidade. Exemplo
desses bens são creme dental, mostarda e cigarros.
Bens de impulso são comprados sem nenhum planejamento ou esforço de
busca. Exemplo de bens comprados por impulso são chocolates, balas, revistas
etc. Os supermercados usam a estratégia de deixar alguns desses produtos pró-
ximos ao caixa para estimular a compra por impulso.
E os bens de emergência são bens adquiridos quando há uma necessidade
urgente. Exemplo seria você estar na rua e de repente começa uma chuva, e você
compra o guarda-chuva no primeiro lugar que encontrar.
Bens de compra comparados: são produtos em que o consumidor gasta
mais tempo planejando para efetuar a compra, faz pesquisas sobre qualidade,
marcas, comparação de preço, analisa as marcas concorrentes, visita várias lojas,
verifica as questões sobre a garantia e os serviços. Exemplos de bens de compra
comparada são móveis, automóveis, sapatos, roupas, eletrodomésticos (FERREL;
HARTLINE, 2006, p. 185).
ESTRATÉGIA DE MARKETING
75
O produto é considerado uma oferta tangível, mas, de acordo com Kotler e Keller
(2006, p. 366), deve ser considerado muito mais que só um produto tangível,
deve ser considerado tudo aquilo que ele oferece ao mercado com objetivo de
satisfazer uma necessidade ou desejo, ou seja, bens físicos, serviços, experiên-
cias, eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e ideias.
Geralmente, o maior investimento em marketing pela empresa é na fase de
introdução do produto. No lançamento de um novo produto para o mercado,
algumas empresas criam novos produtos, outras fazem melhorias e colocam
como novo no mercado. Veja agora seis estratégias apresentadas por Ferrel e
Hartline (2006), relacionadas à inovação de produtos:
Produtos Inéditos para o mundo: essa estratégia é a criação de um produto
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
novo para o mercado, algo que os consumidores ainda não conheciam. Exemplos
são celulares, televisores e computadores. Esses produtos não são melhoria de
um outro que antecedeu, eles foram inéditos em sua época.
Novas Linhas de Produtos: com essa estratégia, a empresa visa aumentar
sua linha de produtos. Não é uma estratégia tão arriscada quanto à primeira,
que é a criação de algo novo, porque aqui a empresa vai oferecer um produto já
existente no mercado e oferecer categoria de produtos intimamente ligada ao
que já oferece. Exemplo é a empresa CCE, que é conhecida pelos seus televiso-
res e que entrou no mercado também de informática e celulares.
Extensão de Linhas de Produto: é a estratégia em que a empresa realiza
variações de seus produtos já existentes. O bom dessa estratégia é que a empresa
permanece com os produtos renovados a um baixo custo de desenvolvimento, e
os riscos de fracasso também são mínimos. Exemplo é o lançamento de refrige-
rantes de cola com limão, cerveja 0,00% álcool, amaciante concentrado.
Melhorias ou revisões de produtos existentes: esses produtos oferecem algo
novo e melhor, um exemplo seria o “xampu mais condicionador”, antes a pessoa
só tinha o xampu e agora ela tem junto o condicionador.
Reposicionamento: visa direcionar produtos já existentes em novos merca-
dos. Um exemplo são as empresas de cartão de crédito, que oferecem o serviço
de seguro para os cartões.
Reduções de Custos: a empresa faz algumas mudanças em seu produto para
conseguir preços mais baixos que os produtos dos concorrentes que contêm
funções semelhantes. Essa estratégia pode ser observada nas editoras, quando
alteram as capas duras de livros para brochura.
ESTRATÉGIA DE MARKETING
77
Dentre todos os P’s, alguns autores afirmam que, para a estratégia de Marketing,
o P (Praça) é o mais importante, que na verdade é um D de distribuição. Os auto-
res Ferrel e Hartline (2006, p. 248) colocam que, se as empresas não trabalharem
o D de distribuição corretamente, esse D poderá se tornar um D de desastre.
Por que os autores afirmam que a distribuição é tão importante?
De acordo com Ferrel e Hartline (2006, p. 248), dificilmente, por meio dos
outros P´s, a empresa vai atingir uma vantagem competitiva sustentável ou
diferencial de mercado. O preço pode ser copiado por qualquer empresa em ins-
tantes, as promoções são por tempo determinado, os produtos podem tornar-se
obsoletos rapidamente. Somente a distribuição pode ser algo em que a empresa
realmente consiga o diferencial diante das demais. Porém, entre as estratégias,
é a que apresenta o maior grau de dificuldade e também é custosa, mas depois
de um sistema sólido construído pode gerar lucros durante anos ou décadas.
Quando falamos de distribuição, tendemos a pensar nos Canais de Marketing
que estão inter-relacionados.
Para uma gestão estratégica eficiente e eficaz, os autores apresentam três opções
estruturais básicas para distribuição em termos da amplitude de cobertura do mer-
cado e do nível de exclusividade entre fornecedor e varejista: distribuição exclusiva,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
distribuição seletiva e distribuição intensiva (FERREL; HARTLINE, 2006, p. 253).
Distribuição Exclusiva: esse tipo de distribuição é a mais restritiva no mer-
cado, geralmente utilizada para produtos de prestígio. As empresas que utilizam
essa estratégia permitem somente um revendedor exclusivo para o produto den-
tro de uma zona geográfica definida. Os compradores de marcas que utilizam
essa estratégia devem estar dispostos a viajar ao encontro da sua marca. Algumas
marcas de carros importados têm apenas uma loja no Brasil, deste modo quem
quiser comprar precisará viajar ao encontro do produto.
Distribuição Seletiva: as empresas que utilizam essa estratégia disponibili-
zam o direito de vender seus produtos para vários revendedores ou canais diretos.
Esse tipo de distribuição é utilizado por uma grande parte das organizações,
você observa essa estratégia em lojas de fast food, lojas que vendem chocolate
especializado, marca de celulares, entre outros. Nessa estratégia, as empresas
que determinam onde estarão seus produtos, com quais revendedores, cidades,
locais. As empresas controlam a imagem e as práticas de vendas dos revendedo-
res para que estejam de acordo com as do fabricante do produto.
Distribuição Intensiva: as empresas que se utilizam dessa estratégia dispo-
nibilizam seus produtos no número máximo de revendedores ou canais, com o
objetivo de ter um grande número de exposição e oportunidades. Essa estratégia
é utilizada, especialmente, para empresas que trabalham com bens de conveni-
ência. As empresas que utilizam abordagem de marketing de massa sabem que
se seu cliente for a um local e não encontrar a sua marca de produto, ele encon-
trará outra marca com um produto semelhante e, provavelmente, irá comprar.
Exemplos são balas, doces, chocolates, refrigerantes, cigarros.
ESTRATÉGIA DE MARKETING
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Propaganda: a forma paga e não pessoal de comunicação de marketing,
com um patrocinador identificado, dirigida a um público-alvo definido
e veiculada por mídia de massa, segmentada ou dirigida, visando criar
imagem para a marca com base em seu posicionamento e estimular a
aquisição do produto.
■■ Promoção de vendas: a oferta de incentivos imediatos, de curto prazo,
como brindes, descontos, prêmios e bonificações, por um patrocinador
identificado, com ou sem apoio da propaganda, para estimular a experi-
mentação, aquisição ou repetição de compra do produto.
■■ Venda: é a forma de comunicação persuasiva e interativa realizada por
meio do contato pessoal, face a face, entre o representante da empresa e
o cliente.
■■ Marketing Direto: o conjunto de atividades de comunicação impessoal
e direta, sem intermediários, entre a empresa e o cliente, via correio, fax,
telefone, Internet ou outros meios diretos de comunicação, visando obter
uma resposta imediata ao cliente e, por fim, a venda do produto.
■■ Relações Públicas: atividades de comunicação com os públicos, direta
ou indiretamente interessados nas atividades da empresa, os chamados
stakeholders, como órgãos públicos, representantes do governo, legis-
ladores, ativistas políticos, líderes de opinião e a comunidade em geral,
visando criar atitude favorável em relação à marca do produto e as ativi-
dades da empresa.
ESTRATÉGIA DE MARKETING
81
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e o custo total para o cliente. O valor total para o cliente é o conjunto
de benefícios que os clientes esperam de um determinado produto ou
serviço. O custo total é o conjunto de custos em que os consumidores
esperam incorrer para avaliar, obter, utilizar e descartar um produto ou
serviço (KOTLER, 2000, p. 56).
De acordo com Dias (2006, p. 261), as estratégias de preço podem estar baseadas
em três tipos principais de precificação: precificação baseada em custos, precifi-
cação baseada em valor e a precificação baseada na concorrência.
ESTRATÉGIA DE MARKETING
83
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) aluno(a), chegamos ao final de mais uma unidade. Neste estudo, você viu
sobre as estratégias de Marketing. Você aprendeu que, para cada estágio do ciclo
de vida de produto, deve-se utilizar uma estratégia que seja mais adequada. Na
introdução, vimos que os investimentos em propagandas são sempre intensivos
e altos e, para essa etapa, as principais estratégias de precificação são: penetra-
ção e desnatamento. No crescimento, os investimentos continuam, pois, nessa
etapa, os concorrentes começam a aparecer. Na etapa de maturação, os inves-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
timentos em Marketing diminuem a intensidade e também o direcionamento.
Aqui, as campanhas não apresentam o produto, agora são campanhas de fixa-
ção. Nessa etapa, os lucros já são altos e, por fim, o estágio de declínio em que a
empresa precisa decidir se vai adiar o fim ou vai se preparar para ele.
Também destaca-se a importância das matrizes de análises SWOT – BCG –
MERCADO/PRODUTO, como ferramentas de análise e estratégia da empresa.
Na matriz BCG, vimos que o produto que está no quadrante Abacaxi é um pro-
duto que já não traz mais rentabilidade para a empresa.
E, por fim, apresentamos as estratégias para cada um dos elementos do Mix
de Marketing. Entre todas as estratégias, podemos destacar que a Distribuição
é a mais custosa e difícil, porém traz lucros duradouros depois de implantado
um bom sistema de distribuição. O preço é a variável que sofre a maior influên-
cia do mercado externo e os consumidores são sensíveis a esse fator.
Esperamos que você tenha aproveitado e aprendido muito sobre as estraté-
gias de marketing, e desejamos muito sucesso a você.
ESTRATÉGIA DE MARKETING
85
1. As quatro fases apresentadas por Kotler, do ciclo de vida do Produto, são: In-
trodução – Crescimento – Maturação e Declínio. As estratégias de precificação
geralmente utilizadas na Introdução são:
a. Penetração e Desnatamento.
b. Precificação de Prestígio e Desnatamento.
c. Penetração e Preço base.
d. Precificação de Prestígio e Preço Base.
e. Penetração, Precificação de Prestígio e Desnatamento.
Coluna 1 Coluna 2
Ciclo de Vida Conceitos
( ) Período de persistentes diminuições na venda e
1 – Introdução
lucros.
( ) Período de rápido crescimento de receita de ven-
2 – Crescimento
das, lucros em ascensão.
( ) Período de crescente consciência do consumidor,
3 – Maturidade amplos gastos com marketing e receita de vendas em
rápido crescimento.
( ) Período que se muda da conquista de consumido-
4 – Declínio
res para a retenção de consumidores.
COLUNA A COLUNA B
1 – Porshe ( ) Distribuição Seletiva
2 - McDonald's ( ) Distribuição Intensiva
3 – Bic ( ) Distribuição Exclusiva
5. Com relação à análise SWOT, considere falsa (F) ou verdadeira (V) cada uma das
seguintes alternativas:
( ) A análise SWOT é obtida a partir da análise interna da organização, realiza-
da ao longo de, no mínimo, um ano.
( ) O método SWOT presta-se à realização de uma análise na qual os fatores
externos são desconsiderados.
( ) A análise SWOT constitui técnica que possibilita aos gestores de bibliotecas
e de outros sistemas de informação conhecer concorrentes, clientes, forne-
cedores, novos entrantes e produtos substitutos.
( ) As forças são competências essenciais da empresa que estão sobre sua in-
fluência e que podem ser encontradas nas respostas a questionamentos do
tipo “o que a empresa possui de melhor que seus concorrentes?”, “o que faz
os clientes voltarem à empresa?”, dentre outras.
( ) As fraquezas são as competências que estão sob influência da empresa,
mas que, de alguma forma, atrapalham e/ou não geram vantagem compe-
titiva, podendo ser encontradas nas respostas a questionamentos do tipo
“por que os clientes não voltam depois de uma compra?”, “os funcionários
são capacitados para suas funções?”, dentre outras.
( ) As oportunidades e ameaças são fatores externos de criação ou destruição
de valor, que não estão sob influência da empresa, mas que emergem ou
da dinâmica competitiva do mercado, ou de fatores demográficos, econô-
micos, políticos, tecnológicos, sociais ou legais.
Assinale a alternativa correta:
a. F – F – F – V – V – V
b. F – F – V – V – V – V
c. F – F – V – V – V – F
d. V – V – F – F – F – F
e. V – V – V – V – V – V
88
6. Enumere corretamente:
O autor supracitado divide os valores em dois tipos: os terminais, que são as metas que
buscamos na vida, como paz e felicidade, e os instrumentais, que são os meios ou pa-
drões comportamentais por meio dos quais perseguimos essas metas, como a honesti-
dade (ROKEACH, 1973, p. 11-12).
O marketing, por meio do estudo do comportamento de seus públicos-alvos, busca a
compreensão das relações entre os valores pessoais desses públicos e suas formas de
valorização de produtos. Um dos princípios básicos de marketing que tem sido consi-
derado afirma que as pessoas não estão atrás simplesmente de bens ou serviços e sim
dos benefícios que deles podem obter (YOUNG; FEIGIN, 1975, VINSON; SCOTT; LAMONT,
1977, HOWARD, 1977, GUTMAN, 1982, LEVITT, 1983, KOTLER, 1994, 2000, WOODRUFF;
GARDIAL, 1996, WOODRUFF, 1997, CZINKOTA et al., 2001, SHETH; MITTAL; NEWMAN,
2001).
90
A relação existente entre o comportamento das pessoas e seus valores pessoais foi exa-
minada, na década de 80, por pesquisadores da Universidade de Michigan, o que resul-
tou no desenvolvimento de uma lista com nove valores mais diretamente relevantes ao
comportamento cotidiano do cliente, sendo eles: (i) auto-respeito, (ii) auto-realização,
(iii) segurança, (iv) sensação de pertencer, (v) excitação, (vi) sentimento de realização
(dever cumprido), (vii) diversão, (viii) ser respeitado e (ix) relações calorosas com os ou-
tros (KAHLE; BEATTY; HOMER, 1986, p. 406). No estudo conduzido por Kahle, Beatty e
Homer (1986, p. 408), constatou-se uma relação consistente entre os valores indicados
e as atividades dos clientes. As pesquisadoras indicaram, por exemplo, que as pessoas
que valorizam um sentimento de pertencimento apreciam atividades em grupo e que
aquelas que valorizam relações calorosas tendem a oferecer presentes aos conhecidos
sem motivos aparentes. Já os que gostam da diversão acabam praticando atividades
como dançar, fazer trilhas e consumir álcool. Kahle (1986) também notou que as pessoas
adquirem um produto em função de diferentes valores pessoais: “um computador pode
ser uma necessidade para uma pessoa que valoriza ‘senso de realização’, um símbolo de
status para quem valoriza ‘autorespeito’ e um brinquedo para uma pessoa que valoriza
‘diversão’”. Da mesma forma, um mesmo curso simboliza status para um determinado
estudante e auto-realização para outro.
De uma forma geral, é possível dizer que a aplicação da perspectiva de valores pessoais
ao marketing é dividida em duas abordagens: a abordagem macro, que representa a
Sociologia, e a micro, que representa a Psicologia. A perspectiva macro refere-se aos
levantamentos padrões de metodologias de pesquisa combinadas com um esquema
de classificação para categorizar respondentes em clusters ou grupos predeterminados,
como a metodologia VALS (Valores, Atitudes e Estilos de Vida), do Instituto de Pesquisas
de Stanford. A perspectiva micro, baseada na Psicologia, procura entender a relevância
das ligações entre produto e personalidade na vida do consumidor (REYNOLDS; GUT-
MAN, 1988, p. 11, DIBLEY; BAKER, 2001, p. 78, VALETTEFLORENCE; RAPACCHI, 1991, p. 31).
À vista dessa exposição, nota-se que o corpo de conhecimento de valor em marketing
recebe influência de áreas distintas, e ainda apresenta-se um pouco fragmentado, com
diferentes pontos de vista defendidos e não totalmente aceitos de uma forma conjunta.
Fonte: Oliveira e Ikeda (2005, p. 41 e 42).
MATERIAL COMPLEMENTAR
Material Complementar
92
REFERÊNCIAS
Referência on-line
1
Em: <http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/gestao-estrategica-de-
-produtos/26934/>. Acesso em: 19 set. 2016.
93
REFERÊNCIAS
GABARITO
1. A.
2. B.
3. E.
4. B.
5. B.
6. C.
7. C.
Professor Me. Alexandre Pieske
DESENVOLVIMENTO DE
IV
UNIDADE
PRODUTOS E MARCAS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Apresentar as etapas de desenvolvimento de produto.
■■ Definir prototipagem e pré-teste de produto.
■■ Conceituar marca e discorrer sobre as suas principais funções.
■■ Assinalar a importância das marcas para a gestão de produtos.
■■ Discorrer as características para um nome de marca forte.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Como o marketing define um produto
■■ Etapas de desenvolvimento de um produto
■■ Marca: sua origem e funções no contexto mercadológico
■■ Força da marca
97
INTRODUÇÃO
Introdução
98 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
©shutterstock
Em uma definição bastante simples, podemos dizer que produto é tudo aquilo que
tem preço e está disponível para venda. De maneira mais detalhada, Sandhusen
(2003, p. 279) coloca que os “produtos são amplamente definidos como qual-
quer coisa oferecida para atenção, aquisição, uso ou consumo que seja capaz de
satisfazer necessidades.” Neste espectro, o autor exemplifica que, se um produto é
algo que tem como principal função satisfazer uma necessidade, produtos podem
ser desde algo tangível como um par de calçados; podem derivar de um serviço
como um corpo mais magro após uma cirurgia de redução de estômago; ou até
mesmo podem derivar de uma ideia simbólica, como um slogan publicitário.
As atividades do profissional de marketing relativas ao P de produto pres-
supõem a gestão de quatro elementos: os atributos, a embalagem, a marca e as
linhas (CROCCO et al., 2006).
Os atributos do produto correspondem às suas características como cor,
peso, material, textura, ingredientes/componentes, entre outros. A embalagem
corresponde ao invólucro que irá envolver o produto e que terá como principais
funções proteger este produto, permitir o seu reconhecimento, chamar a aten-
ção no ponto de venda e, no caso de produtos líquidos ou pastosos, permitir o
uso dos mesmos. A marca corresponde ao nome registrado do produto, o que
lhe dá sua identidade e o diferencia dos concorrentes. As linhas correspondem
aos desdobramentos que um produto que vem apresentando sucesso pode ter,
como o lançamento de novos produtos derivados do original.
Geração de ideias
Seleção de ideias
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Desenvolvimento da estratégia de marketing
Análise do negócio
Desenvolvimento do produto
Teste de mercado
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Dove, não nos motiva comprar um chocolate
com o mesmo nome, o que pode fazer com
que o produto não tenha a aceitação espe-
©shutterstock
Para evitar o prejuízo de lançar um produto que não terá sucesso, a seleção
de ideias consiste em uma análise de nível de investimento para desenvolver
o produto, o potencial de lucro deste produto e o potencial de se obter uma
patente de propriedade intelectual do mesmo (KOTLER; ARMSTRONG, 2003;
CHURCHILL; PETER, 2012).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A boneca Barbie Mergulhadora tem de nadar e bater os pés durante
quinze horas seguidas para que a Mattel tenha certeza de que ela vai du-
rar no mínimo um ano. Mas, como é possível que os pezinhos da Barbie
vão parar na boca das suas donas e não na banheira, a Mattel elaborou
um teste muito mais torturante: os pezinhos da boneca são presos por
duas garras de metal para garantir que a pele dela não se quebre e en-
gasgue os potenciais donos (KOTLER; ARMSTRONG, 2003, p. 245).
A Apple Computer considera que seus clientes portadores de compu-
tadores pessoais possam passar pelos maiores acidentes e submete es-
ses computadores a uma série de testes: encharca-os de refrigerante,
lambuza-os com maionese e os cozinha em fornos à temperatura de
60ºC ou mais, para simular as condições do porta-malas de um carro
(KOTLER, 2000 citado por CROCCO et al., 2006, p. 17).
Essa ação serve para verificar se o produto terá a aceitação prevista na quarta
etapa – Desenvolvimento da estratégia de marketing. Caso o desempenho de ven-
das seja inferior ao previsto é feito um estudo para verificar as possíveis causas
que levaram a esse desempenho. No caso de identificação de imperfeições do pro-
duto existe tempo de corrigi-las antes de lançar o produto em um mercado maior.
O teste mencionado normalmente é realizado em cidades as quais chamamos
de mercado-teste ou mercado-piloto. Essas cidades têm como característica mar-
cante o fato de seus habitantes, em sua maioria, serem conservadores no que diz
respeito à aquisição de novos produtos, tendo inclusive certa resistência a isso.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Essa característica é bastante interessante, haja vista que a ideia é que este mer-
cado seja mais crítico e que procure por problemas nos novos produtos. Assim,
a intenção é levantar o maior número possível de pontos a serem melhorados
no novo produto para que essas correções sejam feitas antes que o produto seja
disponibilizado no mercado como um todo, aumentando com essas correções
a possibilidade de sucesso do produto.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e de diferenciá-los de seus concorrentes”.
Crocco et al. (2006, p. 42-43) apresentam um
breve histórico sobre as primeiras marcas de que ©shutterstock
Mestrini (2001, p 57) coloca que “o nome do produto tem tanta importância
quanto o nome de uma pessoa tem para a vida em sociedade. Ele distingue o
produto dos demais, afirmando sua personalidade”. E com essa definição o autor
já inicia a apresentação das funções da marca que veremos a seguir.
FUNÇÕES DA MARCA
São várias as funções que uma marca pode desempenhar. Segundo Domingues
(1984, p. 89-90), dentre suas principais funções, encontram-se:
1. Função concorrencial: demarcação que as marcas fazem em relação aos
produtos que concorrem diretamente entre si.
2. Função identificadora: ao assinalar os produtos e serviços, as marcas criam
identificações individuais.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FORÇA DA MARCA
Ao lançar um novo produto, uma decisão que o gestor de produto deve tomar é
a da definição do nome de marca que este produto terá. A escolha deste nome é
bastante relevante, visto que um nome inadequado de marca pode comprometer
o sucesso do novo produto. Quem não lembra do famoso carro da marca “Besta”
que foi lançado no Brasil e que acabou sendo alvo de muitas piadas? Para evitar
esse tipo de nome inadequado para um produto, o ideal é seguir algumas reco-
mendações para a escolha do nome de marca que tendem a aumentar as chances
de sucesso dos produtos.
As principais recomendações que levam à escolha do nome de uma marca
com grandes chances de se tornar uma marca forte encontram-se sintetizadas em
um vídeo intitulado “Como construir marcas fortes”. Segundo esse material, uma
marca forte deve:
■■ Ter um nome que lembre características do produto, isso facilita o con-
sumidor a guardar o nome do produto e identificá-lo no ponto de venda.
Como exemplo, podemos citar o caso do Nescafé. Ao ouvirmos este nome
nunca vamos imaginar que se trata da marca de um amaciante de rou-
pas, não é mesmo?
■■ Receber um nome único, para chamar a atenção, não passível de ser con-
fundido com outros produtos. Como exemplo, temos a Kodak.
■■ Possuir um nome fácil de ser pronunciado, pois nomes fáceis de serem pro-
nunciados não inibem o consumidor de pedirem o produto no ponto de
venda por não saberem como se pronuncia o nome do produto. Por exem-
plo, o nome LG, qualquer pessoa que desejar comprar um eletroeletrônico
não irá deixar de comprá-lo porque não sabe o nome de marca do produto.
■■ Seja fácil de ser memorizado, nesse quesito os nomes mais curtos estão
em vantagem em relação aos nomes mais compridos, que são mais difí-
ceis de serem memorizados. Quem não consegue lembrar da marca OMO
de sabão em pó?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Força da Marca
110 UNIDADE IV
Biotônico-
1910 Começa a ser fabricada em Bragança Paulista.
-Fontoura
Catupiry 1911 Inicia a fabricação de queijo.
Começa a fabricação da pomada em Joinville,
Minâncora 1914
Santa Catarina.
Inicia a fabricação de manteiga em São Sebas-
Aviação 1920
tião do Paraíso, Minas Gerais.
Fonte: Serralvo et al. (2008, p. 15).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Sem nenhuma experiência no varejo, dois empresários de São Paulo criaram
a maior rede de supermercados de “luxo” do Brasil. Lá, a bandeja de tomate
custa 14 reais.
São Paulo - O empresário paulistano Victor Leal Jr. e o carioca Bernardo Ouro
Preto são varejistas improváveis, fazendo um sucesso improvável. Por déca-
das, vender alimentos e bebidas para os ricos brasileiros foi coisa de gente
que pensava pequeno.
Os dois mais tradicionais empórios de luxo do país, a paulistana Casa Santa
Luzia e a carioca Lidador, nasceram nos anos 20 — e sempre mantiveram os
pés fincados no chão. O risco de crescer sempre foi grande demais: como
nossa moeda nunca foi das mais estáveis, o preço das coisas podia variar a
ponto de inviabilizar um negócio grande demais.
Diante disso, pode-se dizer que Leal Jr. e Ouro Preto, dois executivos sem
nenhuma experiência no varejo, realizaram um feito inédito — abraçaram
os ricos, mas sem pensar pequeno. Acabaram criando a maior rede de su-
permercados “premium” do Brasil em número de lojas, o St Marche.
O caso da St. Marche é, em nossa opinião, um exemplo interessante de seg-
mentação de mercado e do processo de construção de uma marca. Con-
tinue a leitura do texto no seguinte link: <http://exame.abril.com.br/revis-
ta-exame/edicoes/1071/noticias/como-vender-para-rico>. Acesso em: 11
nov. de 2014.
Fonte: o autor, baseado em Leal e Vilardaga (2014, on-line).3
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) aluno(a), chegamos ao fim da quarta unidade. Com a teoria que resga-
tamos de autores da área, exemplos e informações, acreditamos que foi possível
mostrar a você o grau de importância que o produto possui dentro do composto
mercadológico.
Ao acompanhar o conteúdo com atenção e realizar as reflexões e atividades
propostas, foi possível perceber que a criação e o lançamento de um produto no
mercado são atividades complexas e que envolvem uma série de estudos, habi-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Considerações Finais
112
Material Complementar
116
REFERÊNCIAS
CHURCHILL, G. A.; PETER, J. P. Marketing: criando valor para o cliente. São Paulo:
Saraiva, 2012.
CROCCO, L.; et al. Decisões de marketing: os 4P’s. São Paulo: Saraiva, 2006.
DOMINGUES, D. G. Marcas e expressões de propaganda. Rio de Janeiro: Forense,
1984.
KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall,
2003.
KOTLER, P. KELLER, K. L. Administração de marketing. São Paulo: Pearson-Prentice
Hall, 2013.
MARTINS, J. R. Grandes marcas, grandes negócios: como as pequenas e médias
empresas devem criar e gerenciar uma marca vendedora. São Paulo: Negócio, 1997.
MESTRINI, F. Design de Embalagem – Curso Básico. São Paulo: Makron Books, 2001.
SAMPAIO, R. Marcas de A a Z. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
SANDHUSEN, R. L. Marketing básico. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
SERRALVO, F. A.; et al. Gestão de marcas no contexto brasileiro. São Paulo: Saraiva,
2008.
Referências on-line
1
Em: <http://extra.globo.com/noticias/carros-e-motos/toyota-reve-estrategia-lanca-
-compacto-etios-por-30-mil-na-versao-mais-basica-6117815.html>. Acesso em: 01
dez. 2014.
2
Em: <http://dovechocolate.com/Product/Listing?c_id=1>. Acesso em: 08 set. 2016.
3
Em: <http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1071/noticias/como-ven-
der-para-rico>. Acesso em: 11 nov. 2014.
117
REFERÊNCIAS
GABARITO
1. Por se tratar de uma questão dissertativa e de livre escolha do tema, não existe
uma resposta única e correta. De forma geral, você deve relacionar os principais
públicos que possam auxiliar a empresa a gerar ideias para novos produtos ou
adaptações para produtos já existentes. Clientes e potenciais clientes são fontes
diretas para isso, bem como fornecedores da empresa (que podem ter ideias de
novos materiais a serem empregados na produção) e intermediários (varejistas
que possuem contato direto com o consumidor).
2. Esta é uma resposta de sua livre escolha. No entanto você deve selecionar uma
cidade ou bairro que atendam aos critérios comentados sobre mercado-teste.
Conforme comentado anteriormente: “Essas cidades têm como característica
marcante o fato de seus habitantes em sua maioria serem conservadores no que
diz respeito à aquisição de novos produtos tendo inclusive certa resistência a
isso. Essa característica é bastante interessante, pois a ideia é que este mercado
seja mais crítico e que procure por problemas nos novos produtos.”
Professora Me. Maria Virgínia Cantagallo
V
ADMINISTRAÇÃO DAS
UNIDADE
COMUNICAÇÕES DE
MARKETING
Objetivos de Aprendizagem
■■ Conhecer o processo de comunicação, seus elementos e interações.
■■ Entender os conceitos de comunicações de marketing.
■■ Compreender as ferramentas do composto de promoção.
■■ Discorrer sobre comunicação integrada de marketing.
■■ Apresentar um plano de comunicação integrada levando em conta
os objetivos e níveis da comunicação, a mensagem e os tipos de
mídia.
■■ Vislumbrar o mix de marketing sob uma perspectiva integrada
contida no composto de comunicação.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ O processo de comunicação e seus elementos
■■ Comunicação de marketing
■■ Ferramentas do composto de comunicação
■■ Comunicação integrada de marketing
■■ O mix de marketing dentro de uma perspectiva de comunicação
integrada
121
INTRODUÇÃO
Olá aluno(a)! Nesta unidade vamos estudar sobre a administração das comuni-
cações de marketing. Antes de tudo, se faz necessário apresentar o processo de
comunicação e discorrer sobre o mesmo, bem como sobre seus elementos, os
quais são: emissor, meio e receptor. A dinâmica que norteia este processo con-
siste na codificação e decodificação da mensagem emitida e o feedback.
Em seguida, são tecidas considerações sobre comunicação de marketing, dia-
logando com diversos autores sobre essa temática, enfocando o modelo AIDA e o
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introdução
122 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
YANAZE, 2011) destaca que, no modelo tradicional do processo de comuni-
cação, existe uma fonte de informações que, através de um meio, transmite a
mensagem a um ou mais receptores.
Também Winer (2009) apresenta, a princípio, um modelo de um processo
de comunicação clássico, por meio do qual o profissional de marketing teria o
controle do fluxo de comunicação da empresa, por meio da mídia para o consu-
midor. Dessa maneira, as decisões a serem tomadas versariam sobre o objetivo
da comunicação, o mercado alvo e a estratégia, e como avaliar se os objetivos
foram atingidos.
Na visão de Reichertz (2011), todo processo de comunicação tem con-
sequências que extrapolam o problema que se tenha proposto a resolver por
meio de determinada comunicação. O processo de comunicação não começa
do zero, cada um parte do que recebeu do outro, continuando a mensagem,
transformando-a e modificando-a.
O processo de comunicação é considerado, por Churchill e Peter (2010),
a maneira como a mensagem é transmitida de um transmissor, um remetente,
para um receptor, destinatário, por meio de um canal, de forma que seja com-
preendida da mesma maneira. Na Figura 1, é possível compreender a dinâmica
do processo de comunicação e a interação entre seus elementos. A respeito de o
emissor querer convencer o receptor de alguma verdade comunicada, conforme
destaca Citelli (2004), pode-se dizer que não há mensagem ou discurso sem a
intenção de convencimento ou persuasão.
Emissor Meio
Codificação Canal
OFERTAS
MERCADO
Montagem da
Mídia
NOVIDADES
mensagem
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Decodificação
Interpretação da
mensagem e
atibuição de sentido
Feedback
Reposta do Respostas Receptor
receptor Reações às
capturada mensagens
pelo emissor e decisões
O EMISSOR
MEIO
RECEPTOR
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O receptor é o destinatário da mensagem (CHURCHILL; PETER, 2010), quem
vai recebê-la. Quando recebe a mensagem, o receptor tenta decodificar, compre-
ender, extrair seu sentido (URDAN; URDAN, 2006). Churchill e Peter (2010)
lembram que o fechamento do ciclo proposto pelo processo de comunicação
possibilita obter seu sucesso, o qual está em atingir o público-alvo.
CODIFICAÇÃO
DECODIFICAÇÃO
FEEDBACK
COMUNICAÇÃO DE MARKETING
Comunicação de Marketing
126 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
como “transmissão de uma mensagem de um emissor para um receptor de modo
que ambos a entendam da mesma maneira”. É um processo, conforme afirma Dias
(2003), e concordam Vieira, Maia e Silva (2010), por meio do qual a empresa se
comunica com seus públicos. Dentro desse tópico pretende-se, a seguir, mos-
trar os objetivos da comunicação, os níveis da comunicação, o modelo AIDA e
o processo de adoção.
Mix de
Atenção Interesse Desejo Ação
marketing
Satisfação
Figura 2 – Modelo AIDA
Fonte: baseada em Churchill e Peter (2010), Urdan e Urdan (2006) e Yanaze (2011).
Interesse Avaliação
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Conscientização Experimentação
Confirmação Decisão
Figura 3 – Processo de adoção
Fonte: baseada em Yanaze (2011).
OBJETIVOS DA COMUNICAÇÃO
OBJETIVOS DA COMUNICAÇÃO:
• Despertar consciência • Conseguir a preferência
• Chamar atenção • Levar à decisão
• Suscitar interesse • Efetivar a ação
• Proporcionar conhecimento • Garantir a satisfação pós-ação
• Garantir identificação e empatia • Estabelecer interação
• Criar desejo • Obter fidelidade
• Suscitar necessidade • Gerar disseminação de informação
Fonte: baseado em Yanaze (2011).
Comunicação de Marketing
128 UNIDADE V
NÍVEIS DA COMUNICAÇÃO
NÍVEIS DE COMUNICAÇÃO
Novelas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Abrange pessoas sem segmen-
Massa Revistas
tar
Jornais ecléticos
Outdoor
Busdoor
Ajuntamentos e deslocamentos
Multidão Cartazes
Segmentada por locais
Faixas
Em locais de circulação
Meios especializados
Atinge pessoas com interesses
Público segmentado TV por assinatura
comuns e perfis parecidos
Revistas especializadas
Pessoas em seus ajuntamentos Público distribuído em
Dirigida a grupos
com objetivos específicos congressos e workshops
Teleatendimento
Mala direta
Individual e pessoal Atinge de forma pessoal Venda pessoal
Marketing via internet
Test drives
Fonte: baseado em Yanaze (2011).
CRIAÇÃO DA MENSAGEM
um produto, uma empresa ou uma marca perante seu mercado. O slogan, por
exemplo, é um tipo de mensagem norteadora que tem a capacidade de falar dire-
tamente com o público.
E ainda dentro do processo criativo da mensagem, Churchill e Peter (2010)
destacam slogan como a máxima importante de uma campanha que visa ser lem-
brada. Ele deve conter uma mensagem que os clientes se lembrem e entendam,
ou até mesmo que se torne memorável e inesquecível.
Sem dúvida, um anúncio é bem mais que um slogan, contendo nome do
produto, local de comercialização, vantagens. Porém, um bom slogan abre o
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ESPONJA
Mil e uma utilidades.
DE AÇO
SABÃO
Lava mais branco.
EM PÓ
Comunicação de Marketing
130 UNIDADE V
A escolha da mídia para veiculação das comunicações deve combinar com os obje-
tivos escolhidos e o nível de comunicação no qual se quer trabalhar. No Quadro 3
são trazidos alguns tipos de mídia, as principais são: televisão, jornal, mala direta,
revistas, rádio, outoor e internet. Também, são evidenciados os principais tipos
de mídias utilizadas, acompanhados de suas respectivas vantagens e limitações
no que diz respeito a sua escolha para veiculação das comunicações de marketing.
Quadro 3 – Perfil dos principais tipos de mídia
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
MÍDIA VANTAGENS LIMITAÇÕES
Boa cobertura de massa, baixo custo Altos custos, alto nível de
por exposição, combina imagem, saturação, exposição tran-
Televisão
som e movimento e apela para os sitória, menos seletividade
sentidos. de público.
Flexibilidade, escolha do momento
Vida curta, baixa qualidade
oportuno para a veiculação, cobertu-
Jornal de reprodução, baixa leitu-
ra de mercado local, ampla aceitabili-
ra de segunda mão.
dade, alta credibilidade.
Alta seletividade de público, flexibi- Custos por exposição relati-
Mala direta lidade, sem concorrência no mesmo vamente altos, imagens de
veículo, permite personalização. correspondência inútil.
Alta seletividade geográfica e demo- Longo tempo transcorrido
gráfica, credibilidade e prestígio, alta entre o anúncio e a compra,
Revistas
qualidade de reprodução, vida longa, alto custo, nenhuma garan-
boa taxa de leitura de segunda mão. tia de posição.
Somente áudio, exposição
Boa aceitação local, alta seletivida-
transitória, baixo nível de
Rádio de geográfica e demográfica, baixo
atenção, públicos fragmen-
custo.
tados.
Flexibilidade, alto grau de repetição
de exposição, baixo custo, baixa con- Pouca seletividade de pú-
Outdoor
corrência de mensagem, boa seletivi- blico, limitações à criação.
dade e localização.
Público pequeno com viés
Alta seletividade, baixo custo, instan- demográfico, impacto rela-
Internet
taneidade, recursos interativos. tivamente baixo, exposição
controlada pelo público.
Fonte: baseado em Kotler e Armstrong (2007, p. 392).
Propaganda
Propaganda, Limeira (2003) define como uma forma paga de veiculação em mídia,
não pessoal, a fim de criar imagem para a marca baseada em posicionamento.
Trata-se de uma comunicação ou anúncio de caráter persuasivo para meios de
comunicação de massa, durante determinado período e dentro de determinado
espaço (CHURCHILL; PETER, 2010). Crosier (2005, p. 296) destaca que este
tipo de anúncio garante exposição a um público geral ou específico, e o investi-
mento despendido consiste na “veiculação cobrada pelo dono da mídia mais os
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custos de produção”. Em tempos de Internet, a propaganda extrapola os meios
de comunicação tradicionais e chega aos celulares, web sites e redes sociais.
Promoção de vendas
Experimentar
Repetir a Adquirir
compra
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Merchandising
Publicidade
Venda pessoal
A venda pessoal é o braço forte na comunicação de marketing que pode ser com-
preendido como a hora da verdade, na qual o consumidor e vendedor estão face
a face no ponto de venda. A força de vendas tem, dessa forma, um papel muito
importante na construção do relacionamento com o cliente. Essa relação extra-
pola o estereótipo do vendedor sorridente tentando convencer o comprador
indeciso e reticente no momento da compra.
Trata-se, conforme destacam Kotler e Armstrong (2007, p. 405), do “braço inter-
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pessoal das comunicações de marketing, no qual a força de vendas interage com
os clientes e clientes potenciais para construir relacionamentos e executar vendas”.
Quando se fala em venda pessoal, trata-se de uma comunicação bilateral e inter-
pessoal, seja face a face, porta a porta, na loja física, por internet ou, ainda, pelo
telefone. O vendedor, em quaisquer dos casos mencionados, é o elo entre o cliente
e a empresa, representando-a perante o mesmo.
Relações públicas
Marketing direito
Patrocínio
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cada uma delas, bem como suas forças e fraquezas. Essas considerações auxiliam
na escolha do melhor momento, objetivo a ser atingido e nível de comunicação
no qual se pretende comunicar.
Quadro 4 – Forças e fraquezas das ferramentas do composto de promoção
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que podem ser planejadas com elementos padronizados que as marcam. A
Figura 7 destaca presenças e elementos dentro de uma comunicação integrada
de marketing.
Presenças Elementos
Padrão Cores
Layout Slogans
Veículos
Ambiente externo
Fachadas
140 UNIDADE V
Criação da mensagem
Escolha da mídia
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Figura 8 – Etapas de um plano de comunicação integrada de marketing
Fonte: a autora.
Cor
Tamanho
Embalagem
Design
Forma
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Figura 9 – O produto carrega em si elementos comunicacionais
Fonte: baseada em Souza (2004).
Decisão de
Capacidade compra
de pagamento
Prestígio
Luxo
Qualidade
Comportamento
Imagem e apresentação
do vendedor
Posicionamento
Merchandising
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Personalidade
Propaganda
Promoção
Patrocínio
de vendas
Preço
Lugar
Relações
Publicidade
públicas
Produto
Promoção
Venda
Patrocínio
pessoal
Marketing
direto
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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conta os objetivos da comunicação, os níveis da comunicação e os tipos de mídia.
O mix de marketing foi vislumbrado sob uma perspectiva integrada contida no
composto de comunicação.
Inicialmente, foi apresentado o processo de comunicação, seus elementos e
a dinâmica de interação dentro desse processo. Depois, vieram alguns conceitos
e considerações sobre comunicação de marketing. As ferramentas do composto
de promoção foram apresentadas, definidas e ilustradas, de forma a serem mais
bem fixadas no seu entendimento.
Foram abordados, em seguida, aspectos de comunicação integrada de marke-
ting na perspectiva de diversos autores. Na sequência, foi proposto um panorama
de um plano de comunicação integrada de marketing. Para encerrar, o mix de
marketing foi apresentado de forma integrada e comunicacional.
Esperamos que sejam abertos caminhos para o aprofundamento sobre estudos
e aplicações da comunicação integrada dentro da administração das comuni-
cações de marketing. Não deixe de consultar os autores aqui sugeridos e buscar
saber mais, ampliando seus conhecimentos no que diz respeito a comunicar de
forma integrada em marketing.
Sucesso!
Para ter um pouco mais de visão teórica sobre a implementação de uma comunicação
integrada, recomendamos a leitura do artigo do qual disponibilizamos o resumo a se-
guir:
Resumo
O presente artigo apresenta os conceitos relacionados com a comunicação integrada de
marketing, com as definições encontradas na literatura, dificuldades na sua implemen-
tação e formas de mensuração de sua eficácia. O método de pesquisa utilizado é o de
uma pesquisa exploratória por meio da pesquisa bibliográfica. Em conclusão, verificou-
-se que a comunicação integrada de marketing está se tornando não apenas uma esco-
lha, mas sim uma necessidade para muitas empresas, por causa das mudanças ocorridas
no ambiente, as quais levam as empresas a terem uma abordagem de marketing cada
vez mais focada no consumidor.
Acesse e leia na íntegra em: <http://www.unisantos.br/mestrado/gestao/egesta/arti-
gos/167.pdf>
Fonte: Giraldi (2008, p. 143).
MATERIAL COMPLEMENTAR
Material Complementar
MATERIAL COMPLEMENTAR
O Nevoeiro
Ano: 2007
Sinopse: Depois que uma violenta tempestade passa e devasta a cidade de
Maine, David Drayton – artista local – acompanhado de seu filho de 8 anos
correm para o mercado, antes que os suprimentos se esgotem. Porém, um
nevoeiro estranho toma conta da cidade, deixando David e outras pessoas presas
no mercado, dentre as quais está um cético forasteiro e uma fanática religiosa.
David descobre rapidamente que o nevoeiro esconde algo sobrenatural e que
sair do mercado pode ser fatal. Conforme o grupo tenta desvendar o mistério,
o caos se instala e fica evidente que as pessoas dentro do mercado podem
tornar-se tão ameaçadoras quanto às criaturas do lado de fora.
Comentário: Este filme, por se passar dentro de um supermercado, leva a
audiência e o estudante de temáticas de marketing, especialmente no que
diz respeito às comunicações integradas, a ter contato com o ambiente de loja
como fonte dessas comunicações acontecendo ao mesmo tempo. Observa-se
no padrão de cores, identificação visual, disposição dos produtos e ações de
merchandising, a presença das marcas, etiquetas de preço nas gôndolas, que
todo o mix de marketing se faz presente. Percebe-se, pelo clima com a neve e pelos
enfeites, que é tempo de festas natalinas, mostrando que a sazonalidade também é importante nas
campanhas e planos de comunicação integrada. Ao conferir a sugestão e assistir, procure identificar
as ferramentas de comunicação, a presença do mix de marketing e como o ambiente de loja desse
supermercado, que é ambiente desta trama de suspense, está organizado.
149
REFERÊNCIAS
1. B.
2. B.
3. B.
CONCLUSÃO
Prezado(a) aluno(a), encerramos aqui mais uma etapa do nosso conhecimento! En-
cerramento este que pode ser considerado de uma forma metafórica apenas, pois
a nossa busca pelo conhecimento deve seguir adiante, e temos certeza que, com as
ferramentas disponibilizadas, você poderá ir além do nosso material didático.
Diante de um mercado tão dinâmico e competitivo, onde as mudanças ocorrem de
forma rápida e, muitas vezes, inovadora, o mercado seleciona – seja pelo produto,
seja pela relação com o cliente, ou ainda, pela imagem que a empresa externaliza
diante da sociedade – as organizações capazes de se manterem, sobreviverem e, so-
bretudo, capazes de se sobressaírem diante das inúmeras opções existentes. Conhe-
cer profundamente as ferramentas de marketing oferece munição ao gestor, que
tem como missão elevar sua organização aos patamares exigidos por esse mercado.
Aplicar as práticas de marketing e aliar todos os benefícios que as teorias nos pro-
porcionam de forma prática e eficaz tornou-se essencial para todas as organizações,
sejam elas com fins lucrativos ou não, porque todas precisam de visibilidade e boa
reputação na sociedade. A forma de oferecer o que a empresa tem de bom de modo
que a sociedade se sinta abraçada pelas causas e objetivos que a empresa busca
figura um dos principais objetivos do marketing que conhecemos hoje.
Nesta obra, privilegiamos, na unidade I, as principais definições, conceitos e apli-
cações do marketing contemporâneo, pois o primeiro aprendizado do futuro ges-
tor sobre essa área acadêmica deve consistir em ter, principalmente, familiaridade
com termos e explicações que serão utilizados, tanto no decorrer do livro quanto
na aplicação empírica desse conhecimento adquirido. A seguir, discorremos sobre
as funções que o marketing assume da forma que aprendemos hoje, e as funções
são consideradas, principalmente, como o conjunto de atividades, as quais o co-
nhecimento mercadológico pode influenciar, como a produção, logística, finanças,
recursos humanos, tecnologia da informação, pesquisa e desenvolvimento, entre
outros. Ao se responsabilizar por tantas atividades dentro das organizações e diante
da sociedade, o marketing assume essa responsabilidade como forma de manter
a organização ciente de seu papel transformador e exigir que a postura da mesma
esteja condizente com os padrões social e ambientalmente aceitáveis, assim como
a postura ética diante da sociedade a que serve e é servida. E, por fim, a unidade I
discorre sobre como o cliente recebe todo esse esforço da organização em prepa-
rar produtos, serviços e informações na forma de valor percebido, ou seja, como o
cliente consumidor irá se comportar diante do custo x benefício ao ambicionar o
consumo do que a organização oferece.
O mix de marketing foi apresentado na unidade II como o coração da estratégia de
marketing. Essa estratégia conecta a empresa ao mercado por meio dos compostos
de produto, preço, praça e promoção. Dentro do composto de produto, vimos que
o mesmo pode ser também pessoas, lugares e ideias. Sobre serviço como produto
abstrato, foram destacados os exemplos de viagens, cultura e lazer. Na parte sobre
composto de preço, vimos as formas por meio das quais este pode aparecer no
produto e no ponto de vendas. No que tange ao composto de praça, foi destacada
153
CONCLUSÃO