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UNIVERSIDADE ANHANGUERA - UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNICA

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS DA DISCIPLINA DE


DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

ANTONIO DE ANDRADE MARQUES RA 364643


JOÃO BATISTA ALEXANDRE M. JÚNIOR RA 371872
MÁRCIO LIMA DA SILVA RA 364368
REGINALDO GOMES DO N. FILHO RA 371870
ROBERTO ALVES DE MOURA RA 363870
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ATPS – DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO_________________________________________________________________

CAXIAS- MA
MAIO/ 2014

UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP


CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVIONADAS DA DISCIPLINA DE


DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
TUTORA DO EAD: Prof.ª Ma. Renata M. G. Dalpiaz

ANTONIO DE ANDRADE MARQUES RA 364643


JOÃO BATISTA ALEXANDRE M. JÚNIOR RA 371872
MÁRCIO LIMA DA SILVA RA 364368
REGINALDO GOMES DO N. FILHO RA 371870
ROBERTO ALVES DE MOURA RA 363870

Atividade Avaliativa: ATPS apresentada


ao curso de Administração da Universidade
Anhanguera – Uniderp – polo Caxias – MA.
Como requisito para a avaliação da Disciplina
de Desenvolvimento Econômico para obtenção
e atribuição de nota da Atividade Avaliativa.
Tutora Presencial: Prof.ªJordânia Santos

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Caxias/MA,
Maio/2014.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 5
2 CAPÍTULO 1 – PERSPECTIVA DE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO... 6
2.1 PIB – Produto Interno Bruto................................................................................. 6
2.2. Índice de Geni...................................................................................................... 6
2.3 Curva de Lourenz................................................................................................. 7
2.4 IDH – Índice de Desenvolvimento Humano......................................................... 8
2.5 Crescimento Econômico e Desenvolvimento Econômico.................................... 8
3 CAPÍTULO 2 – BRICS............................................................................................... 11
3.1 Dados sobre os países que compõe o BRISC................................................... 11
3.1.2 Características dos Países do BRICS....................................................... 12
3.1.3 Breve Histórico sobre os países do BRICS............................................... 13
3.1.4 BRICS: não emergentes............................................................................ 14
3.1.5 IDH da nossa região................................................................................. 15
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................... 19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................... 20

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RESUMO

Este trabalho tem como objetivo elaboração de um artigo científico que compare o
desenvolvimento econômico dos países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul) e evidencie influência do bloco na economia mundial.

Estes países apresentam significativas oportunidades de desenvolvimento, além de


diversas características e desafios bastante similares. O nosso objetivo será identificá-los e
analisá-los para melhor entender os possíveis caminhos para a realização de seu potencial de
desenvolvimento econômico e social.

Palavras Chaves: Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), PIB por habitante, o


Índice de Gini, a Curva de Lorenz e BRICS.

ABSTRACT

This work aims at preparation of a scientific paper that compare the economic
development of the countries of the BRICS (Brazil, Russia, India, China and South Africa)
and highlight block's influence in the world economy.

These countries present significant opportunities for development, in addition to


several features and similar challenges. Our objective will be to identify and analyze them to
better understand the possible pathways for the realization of its potential for economic and
social development.

Key words: Human development index (HDI), GDP per capita, Gini index, the
Lorenz curve and BRICS.
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1 - INTRODUÇÃO

Considerando como definição a de que o crescimento de uma economia pode


ser mensurado pelo aumento de alguns fatores como força de trabalho, receita
nacional poupada e investida (reserva de capital), e aperfeiçoamento tecnológico, ou de umafo
rma mais simples e quantitativa, pela soma de bens e serviços produzidos por uma nação e
divididos por o total de habitantes.

Em contrapartida desenvolvimento econômico tem como característica mais


qualitativa, pois é a forma que a renda de uma nação está distribuída entre os seus habitantes,
ou seja, a maneira como os recursos produzidos retornam a sociedade seja em forma de
serviços básicos como saúde, educação, emprego, ou gerando o bem estar como aumento da
renda, redução da fome, pobreza, dentre outras coisas.

Esse é o grande desafio do capitalismo, uma vez que como podemos ver há um
enorme precipício separando crescimento e desenvolvimento e uma enorme desigualdade na
distribuição de renda, pois maior parte dos recursos obtidos concentra-se com poucos, se
dividíssemos o mundo em duas partes sul e norte, a primeira ficaria com 80% dos recursos
financeiros, sendo habitada por somente 20% da população total do planeta
enquanto a segunda estaria proporcionalmente inversa, devemos ressaltar que em comparação
as outras épocas houve uma melhora mesmo que pouco significativa na distribuição de renda,
mas em comparação com o crescimento das nações ainda é muito pouco

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2 – CAPÍTULO 1 – Perspectiva de Desenvolvimento Econômico

2.1 – PIB - Produto Interno Bruto

O produto interno bruto representa a soma de todos os bens e serviços finais


produzidos em uma determinada região. O PIB tem o objetivo de mensurar a atividade
econômica de uma região.

Existem duas diferentes nominações para o PIB, que é o nominal e real. O primeiro
diz respeito ao valor do PIB calculado a preços correntes, ou seja, no ano em que o produto
foi produzido e comercializado. Já o segundo é calculado a preços constantes, onde é
escolhido um ano-base onde é feito o cálculo do PIB eliminando assim o efeito da inflação.
Para avaliações mais consistentes, o mais indicado é o uso de seu valor real, que leva em
conta apenas as variações nas quantidades produzidas dos bens, e não nas alterações de seus
preços de mercado.

O Produto Interno Bruto pode ser:

- PIB Agrícola: inclui o extrativismo vegetal e a pesca que conseguem atingir 7% da


riqueza mundial, o baixo índice é explicado pelo baixo valor agradado.

- PIB Industrial: referente à produção industrial de um país, chega a atingir 25% da


riqueza mundial. As boas condições das finanças de um país atraem investimentos
estrangeiros e com isso aumenta a taxa do PIB.

- PIB Serviços: referente à prestação de serviços onde as operadoras de telefonia, os


provedores de internet, as companhias aéreas, as instituições financeiras estão incluídas. É o
setor que mais cresce, atingindo 90% do PIB Nacional.

2.2 – Índice de Gini

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O coeficiente de Gini, criado pelo italiano estatístico Conrado Gini é utilizado para
calcular a desigualdade de distribuição de renda, mas pode ser usada para qualquer
distribuição.

O coeficiente varia entre 0 e 1, sendo que quanto mais próximo do zero menor é a
desigualdade de renda num país, ou seja, melhor a distribuição de renda. Quanto mais
próximo do um, maior a concentração de renda num país. O índice Gini é apresentado em
pontos percentuais (coeficiente x 100).

Na prática, o índice de Gini costuma comparar os 20% mais pobres com os 20% mais
ricos. No Relatório de Desenvolvimento Humano de 2007, elaborado pelo Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento-Pnud, o Brasil aparece com um índice de 0,580,
sendo um dos últimos de um ranking composto de 180 países, superando apenas os seguintes
países: Namíbia, Lesotho, Botswana, Sierra Leoa, República Africana, Swzilândia, Bolívia,
Haiti e Colômbia.

O índice de Gini, também pode ser utilizado para medir o grau de concentração de
qualquer distribuição estatística, tais como, medir o grau de concentração de posse de terra em
uma região, da distribuição da população urbana de um país pelas cidade, de uma indústria
considerando o valor da produção ou o número de empregados de cada empresa, dentre
outros.O índice de Gini, foi criado pelo matemático italiano Conrado Gini, e publicado no
documento "Veriabilità e Mutabilità" (italiano:"variabilidade e mutabilidade"), em 1912.

2.3 – Curva de Lorenz

A curva de Lorenz tem uma representação gráfica que deriva da relação entre
rendimento e população e que tem como objetivo a avaliação do grau de desigualdade em
termos de repartição do rendimento de uma economia pelos seus indivíduos. Mais
concretamente, é considerada como eixo vertical a percentagem acumulada de rendimento e
como eixo horizontal a percentagem acumulada de população, que é colocada por ordem
crescente de rendimento individual.

Cada ponto da curva de Lorenz representa o volume de rendimento (y%) auferido pela
percentagem acumulada de população correspondente (x% inferior). Deste modo, a situação
ideal seria aquela em que todos os indivíduos auferissem precisamente o mesmo volume de
rendimento, que daria origem a uma curva de Lorenz coincidente com a bissetriz do gráfico

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em causa. Por outro lado, se imaginarmos uma situação em que apenas um indivíduo (o
último colocado no eixo horizontal) aufere todo o rendimento da economia (pelo que todos os
restantes auferem zero de rendimento), teremos a outra situação-limite, de desigualdade total,
em que a curva de Lorenz é representada pela linha quebrada constituída pelo eixo horizontal
e pela linha vertical com início no ponto de 100% de população acumulada, onde se encontra
o indivíduo que absorve neste caso todo o rendimento.

Na prática, a curva de Lorenz situa-se numa posição intermédia entre as duas


situações-limite referidas, sendo que quanto mais se afastar da bissetriz do gráfico maior a
desigualdade na repartição do rendimento que representa.

Para além do rendimento de uma economia, a curva de Lorenz pode ser utilizada para
representar o grau de igualdade ou desigualdade na distribuição de outros recursos.
A curva de Lorenz serve ainda de base para o cálculo de outro indicador utilizado para a
avaliação do grau de igualdade ou desigualdade na repartição do rendimento, o coeficiente de
Gini. Este coeficiente corresponde ao dobro da área entre a curva de Lorenz representativa de
uma determinada situação e a bissetriz do gráfico no qual ela se encontra.

2.4 – IDH - Índice de Desenvolvimento Humano

O Índice de Desenvolvimento Humano é utilizado pela Organização das Ações Unidas


para analisar a qualidade de vida de uma determinada população.

Os critérios utilizados para calcular o IDH são:

- Grau de Escolaridade: média anual de estudo da população adulta e expectativa de


vida escolar ou o tempo que a criança ficará matriculada.

- Renda: Renda Nacional Bruta per capita, baseada no poder de compra dos habitantes.

- Nível de Saúde: baseia-se na expectativa de vida da população, reflete as condições


de saúde e dos serviços de saneamento ambiental.

2.5 – Crescimento Econômico e Desenvolvimento Econômico

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Para Bresser-Pereira (2008) o desenvolvimento econômico é um processo de


sistemática acumulação de capital e de incorporação do processo técnico ao trabalho e ao
capital que leva ao aumento sustentado da produtividade ou da renda por habitante e, em
conseqüência, dos salários e dos padrões de bem-estar de uma determinada sociedade.

Somente em sociedades capitalistas podemos falar em acúmulos de capitais, logo, o


desenvolvimento econômico e como conseqüência o acúmulo de bens e riquezas não podem
ser vistos em países de regime socialista.

Uma vez iniciado a política de desenvolvimento


econômico a tendência que o sistema seja auto-sustentado e
isto não significam que o desenvolvimento seja alcançado por
todas as camadas da sociedade. (BRESSER-PEREIRA,
2008).

Com a revolução capitalista, o objetivo político das nações tornou-se o acúmulo de


riquezas, aumento de produção de bens, entre outros. Para Bresser-Pereira (2008, p.2) “o
governo de um Estado só estará realmente sendo bem sucedido se estiver alcançando taxas
razoáveis de crescimento”. Porém, o estado bem sucedido nem sempre é um estado
desenvolvido. Hoje em sociedades modernas o desenvolvimento econômico de uma nação
não está necessariamente ligado ao desenvolvimento econômico de sua população. É o caso
de nosso país, do qual estamos entre os dez mais ricos e não estamos entre os cinqüenta mais
desenvolvimento.

Examinando historicamente o desenvolvimento e o crescimento econômico, o único


caso em que o crescimento da renda per capta não implica mudanças estruturais compatíveis é
dos países produtores de petróleo. (BRESSER-PEREIRA, 2008).

As possibilidades e formas do desenvolvimento econômico nos países Estados de sistema


capitalista norteiam: (a) Sistema primário exportador orientado para fora;

(b) sistema de substituições das importações orientado para dentro; e

(c) internacionalização dos mercados nacionais.

O processo de desenvolvimento econômico e de industrialização no Brasil se deu após


a abolição dos escravos e vem se desenvolvendo gradativamente até os dias atuais. No caso de

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industrialização e mecanização desse sistema, o Brasil vem se desenvolvendo de maneira


satisfatória, conforme, suas limitações.

O processo de industrialização do Brasil “remonta aos últimos decênios do século


XIX. O seu ponto de partida situa-se por volta da década de 80 do século passado, motivado
essencialmente pela crise e abolição do trabalho escravo”. (KOSHIBA, 2010 p. 1) Formou-se,
com o trabalho livre assalariado, um marcado passivo que era preciso abastecer.

A segunda fase da “luta pela industrialização” situa-se


no período da Primeira Guerra, quando as potências
capitalistas, momentaneamente, sustaram o fornecimento de
manufaturas. (KOSHIBA, 2010)

No pós-guerra, as potências industriais retomaram vida econômica, na ânsia de


preencher os campos vazios que haviam deixado. A necessidade de reconstruir-se e
reconstruir fizeram com que os Estados Unidos se destacassem em seu crescimento
econômico, pois o mesmo financiou o crescimento dos demais países que faziam parte da
grande guerra.

No Brasil o mesmo não ocorreu antes disso à falência


do federalismo da República Velha e pela implantação de um
Estado fortemente centralizado, culminou na instituição da
ditadura de Vargas (Estado Novo). (KOSHIBA, 2010)

Em razão da queda de barreiras entre as distintas unidades da federação que a livre


circulação de mercadorias, levando à função dos mercados isolados, e fez com que São Paulo
iniciasse sua hegemonia industrial.

Da Segunda Guerra até 1950, temos a quarta fase do processo de industrialização,


induzindo em grandes partes pelos acontecimentos mundiais, marcados o

final do “estilo de industrialização” que se havia inaugurado na década de 1930 GABRIEL


COHN citado por KOSHIBA, “a década de 1950 marca um ponto de inflexão no processo de
industrialização”.

Com o caminho traçado para o desenvolvimento econômico a partir da década de 50,


as multinacionais, incentivadas pelo governo, assumiram o contexto econômico. Mudando
totalmente o contexto que havia anteriormente, em que o estado era considerado rico e as
empresas pobres.

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Os estudos sobre o desenvolvimento ganharam impulso depois da segunda guerra


mundial. A maioria das nações do globo, muitas delas emergindo a vida independente, toma
consciência do abismo que as separa de um grupo de países que concentram a riqueza
material e o conhecimento técnico-científico. As tensões que isso provoca nas relações
internacionais levam a que o organismo encarregado de discipliná-las — a Organização das
Nações Unidas — alente a elaboração de teorias destinadas a explicar e justificar essas
disparidades. (MARINI, 1992).

O Brasil de hoje está em pleno desenvolvimento e em pleno processo de


industrialização. Mas esse mesmo país está longe de ser considerado como desenvolvido.
Hoje temos índices de desenvolvimento econômico e social, que visam verificar a qualidade
de vida das pessoas e a distribuição de riquezas que o país acumula.

3 – CAPÍTULO 2 – BRICS

3.1 – Dados sobre os países que compõe o “BRICS”

BRICS é um conceito formado pelos países Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul, países que se destacam no mundo, como nações em desenvolvimento.

A idéia dos BRICS foi formulada pelo economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O
´Neil, em estudo de 2001, intitulado “Building Better Global Economic BRICs”. Fixou-se
como categoria da análise nos meios econômico-financeiros, empresariais, acadêmicos e de
comunicação.

Em 2006, o conceito deu origem a um agrupamento, propriamente dito, incorporado à


política externa de Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2011, por ocasião da III Cúpula, a África
do Sul passou a fazer parte do agrupamento, que adotou a sigla BRICS.

Os países do BRICS têm características comuns, como território e grandes populações,


altas taxas de crescimento econômico, recursos naturais, e importante relação no comercio

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internacional. As quatro nações respondem por 15% do produto interno bruto (PIB) do mundo
e concentram cerca 40% da população total do planeta.

Do ponto de vista econômico, os quatro países possuem modelos de desenvolvimento


distintos. O Brasil se caracteriza como uma economia com elevada participação do consumo e
mercado doméstico forte. A Rússia tem seu desenvolvimento baseado nas vendas externas de
commodities energéticas. A Índia aproveitou a disparada das exportações de serviços para
crescer a taxas elevadas. Já o desenvolvimento chinês, é dirigido pelas exportações de
manufaturas e por elevadas taxas de investimento. O mercado consumidor externo está se
expandindo rapidamente.

O BRIC não é considerado um bloco econômico, trata-se de um conceito que está


ligado aos grandes mercados emergentes, mas que nada diz sobre o modelo econômico ou a
situação política e social.

Estes países emergentes possuem características comuns como, por exemplo, bom
crescimento econômico. Ao contrário do que algumas pessoas pensam estes países não
compõem um bloco econômico, apenas compartilham de uma situação econômica com
índices de desenvolvimento e situações econômicas parecidas.

Eles formam uma espécie de aliança que busca ganhar força no cenário político e
econômico internacional, diante da defesa de interesses comuns. A cada ano ocorre uma
reunião entre os representantes destes países.

3.1.2 – Características destes países:

 Economia estabilizada recentemente;


 Situação política estável;
 Mão-de-obra em grande quantidade e em processo de qualificação;
 Níveis de produção e exportação em crescimento;
 Boas reservas de recursos minerais;
 Investimentos em setores de infra-estrutura (estradas, ferrovias, portos, aeroportos,
usinas hidrelétricas, etc.);
 PIB (Produto Interno Bruto) em crescimento;
 Índices sociais em processo de melhorias;
 Diminuição, embora lenta, das desigualdades sociais;
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 Rápido acesso da população aos sistemas de comunicação como, por exemplo,


celulares e Internet (inclusão digital);
 Mercados de capitais (Bolsas de Valores) recebendo grandes investimentos
estrangeiros;
 Investimentos de empresas estrangeiras nos diversos setores da economia.

3.1.3 – BREVE HISTÓRICO SOBRE OS PAÍSES DO BRICS

O Brasil é a maior economia da América Latina, a sexta maior economia do mundo a


taxas de mercado de câmbio e a sétima maior em paridade do poder de compra (PPC). O seu
PIB (PPC) per capita é de US$ 12.181,341, colocando o Brasil na posição 75ª posição de
acordo com dados do Banco Mundial. Os setores agrícolas, minerador, manufatureiro e de
serviços são bem desenvolvidos.

Os índices de desenvolvimento econômico do Brasil não são os ideais, pois


apresentam disparidades da distribuição de renda.

A Rússia tem uma economia de mercado com enormes recursos naturais. Tem a 12ª
maior economia do mundo por PIB nominal e a 6ª maior por paridade do poder de compra
(PPC). O desenvolvimento econômico russo tem sido geograficamente desigual, com a região
de Moscou contribuindo com uma parte muito importante do PIB do país. Outro problema é a
modernização de sua infraestrutura e o envelhecimento populacional;

Índia. A Índia com um produto interno bruto nominal estimado em US$1,8 trilhão
(2011), figura como a 10ª maior economia do mundo por PIB nominal, enquanto sua paridade
de poder de compra calculada em 2011 em US$4,4 trilhões é a terceira maior do mundo, atrás
apenas dos Estados Unidos e da China. Contudo, ainda é um país muito pobre, com renda per
capita nominal de US$ 1.530 e renda per capita PPC de US$3.705, dados de 2011.

Os indicadores de crescimento têm apresentado um crescente aumento, porém as


desigualdades sociais é bem grandes.

China. A economia da República Popular da China é a segunda maior do mundo. Seu


produto interno bruto (PIB nominal) é estimado em US$ 7,3 trilhões (dados de 2011),[84]
enquanto seu poder de compra foi calculado em pouco mais de US$ 11,3 trilhões. A renda per

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capita do país está em 5.185 dólares por pessoa (nominal) e 8.395 dólares por pessoa (PPP)
em 2011, de acordo com o Fundo Monetário Internacional.

A China é a nação com o maior crescimento econômico dos últimos 25 anos, com a
média do crescimento do PIB em 10% por ano. [85] A renda per capita da China cresceu 8%
ao ano nos últimos 30 anos.

O crescimento econômico da China tem uma grande evolução, porém,


consequentenmente existe uma piora na distribuição de renda para alavancar o
desenvolvimento social, além da política do filho único e aumento da expectativa de vida,
apresenta desequilíbrios no fluxo de caixa, sendo cada vez menor a relação entre
trabalhadores contribuintes por aposentado.

3.1.4 – BRICS: NÃO MAIS EMERGENTES

A força coletiva das economias do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) é de crescente
importância para a economia global. Enquanto as economias maduras em todo o mundo lidam
com os déficits orçamentários elevados, crescimento anêmico e aumento do desemprego, os
países do BRIC estão se expandindo rapidamente, tirando as pessoas da pobreza e
impulsionando a economia global.

A maneira pela qual os líderes da conturbada zona do euro recentemente pediram


recursos a estes mercados para ajudar aliviar a crise da dívida soberana marca mais um passo
definitivo na transição de poder econômico do ‘oeste’ para o ‘leste’. Em uma recente
conferência de mercados com alto crescimento organizada pela The Economist, o homem que
cunhou a sigla BRIC há aproximadamente uma década atrás, Jim O’Neill, agora presidente da
Goldman Sachs Asset Management, descreveu como “idiotice e um insulto” o uso da
expressão “mercados emergentes” em relação aos BRICs.

Ele argumenta que essas economias “cada vez mais conduzem tudo de positivo na
economia mundial” e que eles devem ser agrupados ao lado da Indonésia, México, Coréia do
Sul e Turquia como “mercados em crescimento”. Claro que, quando medido em uma base per
capita, o PIB destas economias ainda fica atrás das do G7.

No entanto, em termos absolutos, eles se recuperam rapidamente. Estima-se que os


BRICs vão significar 37% do crescimento global no período de 2011-16, sendo que a China
sozinha contribuiria com 22%. Isto aumentará a quota do BRIC na produção mundial de 19%

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para 23%. Enquanto isso, a proporção mundial gerada pelas potências tradicionais das
economias G7 cairá de 48% a 44% durante o mesmo período.

3.2 – IDH NOSSA REGIÃO

O Território Cocais - MA abrange uma área de 29.970,40 Km² e é composto por 17


municípios: Buriti Bravo, Lagoa do Mato, São João do Soter, Afonso Cunha, Aldeias Altas,
Caxias, Codó, Coelho Neto, Coroatá, Duque Bacelar, Fortuna, Matões, Parnarama, Peritoró,
Senador Alexandre Costa, Timbiras e Timon.

A população total do território é de 767.787 habitantes, dos quais 233.853 vivem na


área rural, o que corresponde a 30,46% do total. Possui 34.257 agricultores familiares, 11.739
famílias assentadas e 13 comunidades quilombolas. Seu IDH médio é 0,59.

PERFIL DO MUNICÍPIO DE ALDEIAS ALTAS – MA

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Caracterização do território

Área IDHM 2013 Faixa do IDHM População (Censo 2010)


1950,19 km² 0,513 Baixo (IDHM 23952 hab.
entre 0,5 e
0,599)
Densidade demográfica Ano de Microrregião Mesorregião
12,28 hab/km² instalação Coelho Neto Leste Maranhense
1961

Aldeias Altas Código: 2100303

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM

IDHM 2010 0,513

IDHM 2000 0,349

IDHM 1991 0,257

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Fonte: Atlas Brasil 2013 Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

IDHM

RENDA LONGEVIDADE EDUCAÇÃO

1991 0,397 0,549 0,078


0,17
2000 0424 0,549 2

2013 0,500 0,720 0,374

Fonte: Pnud, Ipea e FJP

Componentes

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Aldeias Altas é 0,513,


em 2013. O município está situado na faixa de Desenvolvimento Humano Baixo (IDHM entre
0,5 e 0,599). Entre 2000 e 2013, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi
Educação (com crescimento de 0,202), seguida por Longevidade e por Renda. Entre 1991 e
2013, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de
0,094), seguida por Longevidade e por Renda.

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e seus componentes - Aldeias Altas – MA

IDHM E COMPONENTES 1991 2000 2013


IDHM EDUCAÇÃO 0.078 0.172 0.374
% de 18 anos ou mais com ensino fundamental completo 4.11 8.22 23.07
% de 5 a 6 anos na escola 35.1 70.46 93.02
% de 11 a 13 anos nos anos finais do fundamental ou fundamental completo 4.21 20.01 61.73
% dde 15 a 17 anos com fundamental completo 1.84 5.97 21.18
% de 18 a20 anos com médio completo 1.54 3.13 14.52
IDHM LONGEVIDADE 0.549 0.584 0.72
Esperança de vida ao nascer (anos) 57.91 60.01 68.22
IDHM RENDA 0.397 0.424 0.5
Renda per capita 94.82 112.18 179.92

Fonte: Pnud, Ipea e FJP


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Evolução

Entre 2000 e 2013

O IDHM passou de 0,349 em 2000 para 0,513 em 2010 - uma taxa de crescimento de
46,99%. O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do
município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 25,19% entre 2000 e 2010.

Entre 1991 e 2000

O IDHM passou de 0,257 em 1991 para 0,349 em 2000 - uma taxa de crescimento de
35,80%. O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do
município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 12,38% entre 1991 e 2000.

Entre 1991 e 2013

Aldeias Altas teve um incremento no seu IDHM de 99,61% nas últimas duas
décadas, acima da média de crescimento nacional (47%) e acima da média de crescimento
estadual (78%). O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do
município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 34,45% entre 1991 e 2013.

Ranking

Aldeias Altas ocupa a 5490ª posição, em 2010, em relação aos 5.565 municípios do
Brasil, sendo que 5489 (98,63%) municípios estão em situação melhor e 76 (1,37%)
municípios estão em situação igual ou pior. Em relação aos 217 outros municípios de
Maranhão, Aldeias Altas ocupa a 205ª posição, sendo que 204 (94,01%) municípios estão em
situação melhor e 13 (5,99%) municípios estão em situação pior ou igual.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

As problemáticas do crescimento e do desenvolvimento econômico constituem uma


das preocupações fundamentais para a humanidade e para isso devem ser encontradas
soluções para que as populações tenham acesso a uma maior diversidade de bens e serviços e
um melhor nível de vida e bem-estar.

Quando existe um aumento da capacidade produtiva numa determinada sociedade


falamos em crescimento econômico e por outro lado o desenvolvimento corresponde a uma
noção qualitativa que exprime o nível de bem-estar de uma população tendo como referência
indicadora sociais, culturais, políticos e econômicos.

Em suma, um país para ser considerado desenvolvido deve ter uma população com
uma estrutura etária equilibrada, diversificação de bens e serviços, circulação decapitais,
investimento e industrialização, construção de infra-estruturas e dinamização do poder local
representativo, só assim se registra um bom crescimento econômico. Ao passo que, o BRICS

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é um grupo formado por países emergentes, deve-se levar em conta que seus IDH’s devem
estar estabilizados.

O desenvolvimento de um País, humano ou econômico, é um problema quase que


medieval; uma preocupação que os lideres governamentais deve ter, visto que a satisfação da
população tem-se através da qualidade de vida e praticidade no dia a dia.Os aumentos
produtivos de uma sociedade como todo, têm por explanar, o desenvolvimento provento do
avanço na solução dos problemas sociais, políticos e econômicos.

Por fim, observa-se que para rotular um País como desenvolvido, deve-se ter com
veemência o avanço equilibrado em aspectos importantes como educação, saúde,
infraestrutura e alta circulação de capitais.

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