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Revisão de metodologias de controle para

microrredes em corrente contı́nua


Luı́s Henrique dos Santos - 16.2.8344
Departamento de Engenharia Elétrica (DEELT)
Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
João Monlevade, Brasil
luis.hs@aluno.ufop.edu.br

I. I NTRODUÇ ÃO alterações de cargas ou dinâmica de geração [3]. Os objetivos


de controle das microrredes em corrente contı́nua (MRCC) são
O cenário econômico é um fator impactante nas previsões dados abaixo [3], [4].
relacionadas a vários setores e não é diferente no elétrico,
• Controle eficiente de tensão e corrente em ambos os
porém, mesmo com o baixo vigor econômico observado nos
modos de operação, ou seja, conectado à rede e ilhado.
últimos anos estima-se que o consumo de eletricidade no
• Compartilhamento de carga proporcional entre os conver-
Brasil terá um crescimento de 43,7% entre os anos de 2020 e
sores de conexão.
2030 [1]. Por esse motivo durante os últimos anos, a utilização
• Operação estável com carga de potência constante e
de fontes de energia renováveis tem sido empregado para aten-
também com cargas não lineares.
der à crescente demanda de energia e também para lidar com
• Sincronização das MRCCs com a rede elétrica.
as mudanças climáticas globais. Este crescimento significativo
• Equalização dos estados de carga das baterias.
de demanda levanta diversas questões sobre a estrutura atual
• Controle do fluxo de potência dentro das MRCCs e com
do sistema elétrico, a composição da matriz energética e a sua
a rede elétrica.
capacidade de atender não só o volume de energia requerido,
• Transição suave entre a o modo ilhado e conectada à rede.
mas também a sua confiabilidade, disponibilidade, qualidade e
• Despacho econômico e otimização do custo de geração.
sustentabilidade, em uma sociedade cada vez mais dependente
• Minimização das perdas de transmissão.
da eletricidade [2].
Uma vez que a geração de energia distribuı́da utilizando Em busca de atingir os pontos citados nesses objetivos, um
fontes renováveis possui caracterı́sticas diferentes da geração esquema de controle multinı́vel [6] foi proposto como uma
de energia convencional, novas configurações, topologias e solução padronizada para o gerenciamento eficiente de MRs
técnicas de controle são empregadas para integrá-las à rede compreendendo três nı́veis de controle principais que podem
elétrica [1] - [7]. Atualmente, as grandes mudanças na rede ser vistos na Fig. 1. O nı́vel primário realiza o controle da
de distribuição, como por exemplo a inserção de fontes potência reativa, das malhas de tensão e corrente locais, tem
renováveis de energia, a alocação distribuı́da da geração e a capacidade de detectar ilhamento e fazer o rastreamento
a crescente participação dos consumidores, visam estabelecer de MPPT (do inglês, maximum power point tracking). Nor-
um sistema de energia mais eficiente e sustentável, superando malmente, ele segue os pontos de ajuste fornecidos pelos
as dificuldades como controle e gestão [5]. Sistemas de controladores de nı́vel superior e executa ações de controle nos
distribuição ativos e independentes, denominados microrredes conversores de energia. O controle secundário trabalha com a
(MRs) são portanto, a chave para alcançar uma geração regulação, com a qualidade de energia, e com a sincronização
que seja suficiente e eficiente para atender toda demanda. entre a MR e a rede externa para reconexão suave. Por fim, o
Cargas modernas como por exemplo, computadores, laptops, controle terciário trata da otimização, gerenciamentos e ajustes
tablets, telefones, impressoras, TVs, fornos de micro-ondas e gerais do sistema. A forma de implementação dos nı́veis de
dispositivos de armazenamento de energia como baterias, su- controle pode ser centralizada, descentralizada, ou distribuı́da.
percapacitores são tipicamente de corrente contı́nua (CC) [3]. No controle descentralizado não há uma comunicação entre
Então, a combinação da distribuição em CC com conceito de os conversores, cada conversor possui um controlador local
MR torna-se atraente, uma vez que a eficiência é aprimorada que vai tomar as decisões de controle baseada nas suas
devido ao menor número de energia perdido no processo de medições. Ele possui como vantagem uma alta confiabilidade,
conversão. pois como eles trabalham de forma independente, caso algum
Os objetivos de se controlar uma microrrede é, de uma esteja incapacitado isso não interferirá no funcionamento dos
forma geral, para garantir a intermitência dela com eficiência demais. Como desvantagem, na maioria das vezes, o sistema
e eficácia dos recursos disponı́veis. Em termos especı́ficos, não funcionará no ponto ótimo uma vez que não se comunica
deseja-se manter a regulação de tensão no barramento prin- com os demais.
cipal e secundário. Garantir a estabilidade mesmo com as Por outro lado, o controle centralizado é caracterizado por
maior o coeficiente droop, mais amortecido é o sistema e
o resultado é uma maior precisão no compartilhamento de
corrente, porém, o desvio de tensão também aumenta. Então,
um equilı́brio entre a importância dada ao compartilhamento
de corrente, a precisão e o desvio de tensão deve ser encon-
trado. Geralmente, o coeficiente droop é selecionado a fim de
alcançar uma operação coordenada ideal e o compartilhamento
de corrente com erro mı́nimo. Para regular as tensões do bar-
ramento CC comum e controlar o compartilhamento de carga
nas MRCC, é adotado um método de droop control usando
o controlador Proporcional (P) e Proporcional e Integral (PI)
[7].
Além do droop control, o bus signaling CC é um método
distribuı́do útil para gerenciamento de energia entre fontes
e cargas. Ele é implementado medindo a tensão CC no
ponto de acoplamento local. Então algumas faixas de tensão
CC são predefinidas para determinar os modos de operação.
Particularmente, quando a tensão CC cai em uma determinada
faixa, o modo de operação correspondente é selecionado [3].
Considerando as fontes que são responsáveis por estabelecer
Fig. 1. Esquema de hierarquia de controle [6].
a tensão do barramento CC, três modos de operação são
comumente empregados, ou seja, modo dominante da conces-
um controlador que possui a capacidade de se comunicar com sionária, modo dominante do dispositivo de armazenamento e
cada um dos conversores coletando dados de todos e tomando modo dominante da geração distribuı́da, conforme mostrado na
as decisões ótimas que são devolvidas para os conversores. Fig. 2 (a), (b) e (c). Nestes modos de operação, a rede da con-
Isso faz com que o sistema se torne menos confiável, uma cessionária, dispositivos armazenadores de energia e fontes de
vez que, caso a comunicação seja interrompida, os conver- geração distribuı́da, como por exemplo, painéis fotovoltaicos
sores podem deixar o sistema instável impedindo seu correto dominam a MRCC e são responsáveis por estabelecer a tensão
funcionamento. do barramento CC. Então, diferentes modos de operação são
Já no controle distribuı́do, existe uma comunicação direta utilizados de acordo com o nı́vel de tensão do barramento CC
entre os conversores sem a necessidade de um controlador como mostrado na Fig. 2 (d).
central. Dessa forma, ele herda as vantagens dos dois controles
já apresentados, pois, mantém a alta confiabilidade uma vez
que o sistema tem a capacidade de se readequar no caso da
falta de algum dos conversores, e também possui a vantagem
de poder operar no ponto ótimo, uma vez que todos se
comunicam entre si.
A. Técnica de controle primária
Muitos métodos atuais de gerenciamento de conversores
CC/CC em paralelo são baseados em rede de comunicação de
alta largura de banda. Então costumam ser usados principal-
mente em sistemas CC centralizados com escala relativamente
pequena, por exemplo, sistema de servidor CC, ou aeronaves
elétricas CC. No entanto, em MRCC, uma vez que os ger-
adores e as cargas são conectados ao ponto de acoplamento
comum (PAC) de forma dispersa, pode se tornar caro, ou
mesmo inviável usar uma rede de comunicação de alta largura Fig. 2. Modos de operação do bus signaling CC. (a) Rede dominante. (b)
de banda, principalmente ao considerar a confiabilidade dos Armazenamento dominante. (c) Geração dominante. (d) Seleção com base na
tenção do barramento CC [3].
dados e o custo de investimento. Assim, o método descen-
tralizado droop control tem chamado cada vez mais atenção
[5].
B. Técnica de controle secundária
O princı́pio do droop control é reduzir linearmente a re-
ferência de tensão CC aumentando a corrente de saı́da. Os Em MRCC, vários conversores de potência ficam inter-
valores do coeficiente droop afetam o compartilhamento de conectados ao mesmo barramento por meio das interfaces.
corrente, a precisão e a estabilidade do sistema [7]. Quanto Portanto, é necessário atingir o compartilhamento de carga
adequado entre eles, respeitando, claro, seus limites de cor- Os algoritmos de Consensus Based Control dos últimos
rente e potência. O controle mestre-escravo é uma abordagem anos foram amplamente estudados e aplicados para funções
comum usada para compartilhamento de corrente entre vários secundárias, como regulação de tensão, frequência e controle
conversores. Neste sentido, um conversor é selecionado como de compartilhamento de corrente, enquanto as aplicações para
a unidade mestre que opera como uma fonte controlada por otimização e programação terciária são relativamente limi-
tensão para estabelecer a tensão do barramento CC, enquanto tadas devido à maior complexidade e maior quantidade de
os outros conversores são configurados no modo escravo informações necessárias para esses fins. Um ponto positivo
operando como se fossem uma fonte controlada por corrente. é que a abordagem baseada em consenso alcança o ótimo
Assim, vários conversores escravos operam alimentando o global usando comunicação variável no tempo entre unidades
barramento CC enquanto a tensão é mantida pelo conversor vizinhas, sem a necessidade de uma unidade dedicada [5].
mestre [5].
C. Técnica de controle terciário
A fim de aumentar a confiabilidade do sistema, o controle
de cadeia circular (3C) pode ser utilizado, onde a arquitetura O Algoritmo Genético (AG) é baseado na teoria do evolu-
de comunicação circular é empregada para aumentar o iso- cionismo, onde uma população inicial é selecionada, podendo
lamento e detecção de falhas. A corrente de referência em ser qualquer componente do sistema a depender da mod-
cada conversor CC/CC é gerada com base na corrente de elagem escolhida. A partir dessa população os mais aptos
saı́da medida do conversor vizinho. Consequentemente, um são selecionados para unir genes e formar uma segunda
loop de comunicação é estabelecido. Se ocorrer uma falha, o população. Isso ajuda a gerenciar a diversidade genética e
conversor relacionado é desconectado para isolar a falha e um é capaz de entregar um resultado otimizado mesmo para
novo circuito de comunicação com o resto dos conversores problemas complexos [9]. Este algoritmo pode ser usado com
é reorganizado para manter o compartilhamento adequado da algumas pequenas modificações para obter o status operacional
corrente de carga. Deve-se notar que, por mais que o custo desejado nos conversores de energia, e também é útil para
seja maior, uma rede de comunicação de alta largura de banda gerenciamento de energia em uma microrrede.
é necessária nessas estratégias de controle [5]. Como visto, os algoritmos de consenso também foram
Uma técnica baseada em controle mestre e escravo é por aplicados para para otimização e controle terciário, porém são
exemplo o Power Based Control. Nessa técnica o controlador limitadas devido à maior complexidade e maior quantidade de
central recebe as principais grandezas de potência dos con- informações necessárias para esses fins. No entanto, alguns
versores, e potência ativa e reativa da rede. A partir dela, trabalhos de pesquisa foram realizados para resolver este im-
ele encontra a demanda de potência ativa e reativa da rede passe com a formulação adequada do problema de otimização
e com base na capacidade e demanda dos equipamentos, ele ou usando a versão modificada de algoritmos de computação
calcula coeficientes escalares de proporcionalidades, para que paralela [5].
cada conversor opere dentro da sua capacidade. II. E STUDOS DE C ASO
Outra é o Consensus Based Control. Os algoritmos de
consenso foram originalmente propostos para alcançar com- A. Estudo de Caso I
portamentos desejados em sistemas multiagentes fisicamente Segundo os autores em [?] o controle de droop convencional
desacoplados, independentemente do número de agentes e com não tem capacidade para atingir o compartilhamento preciso da
poucas informações sobre a topologia da rede de comunicação corrente e a regulação de tensão desejada. Então ele aborda um
entre os agentes. Portanto, espera-se que o projeto de contro- novo método de controle adaptativo para MRCC que satisfaz
ladores baseados em consenso seja escalonável e também Plug compartilhamento preciso de corrente e regulação de tensão
and Play . aceitável, dependendo da condição de carga. Esse método pode
O objetivo geral dos algoritmos baseados em Consensus ser visto na Fig. 3 e consiste em utilizar as inclinações de uma
Based Control, é permitir que um conjunto de agentes chegue curva para descrever o coeficiente droop em vez da inclinação
a um acordo sobre uma quantidade de interesse trocando de uma reta que é constante, assim, mesmo para cargas que
informações por meio de uma rede de comunicação. Isso parte exigem parâmetros menores que os nominais o controle ainda
do princı́pio básico de funcionamento de utilizar um protocolo possui precisão.
distribuı́do para alcançar um consenso, por exemplo, sobre o O coeficiente droop utilizado pode ser obtido como
valor médio das tensões mensuradas. Para o compartilhamento max
RD,i Imax,i
de corrente, o consenso é sobre a corrente média ou a α= (1)
incompatibilidade de carregamento (ou seja, incompatibilidade Vnom − Vmin
max
de compartilhamento de corrente) no sistema. No primeiro onde RD,i é um ganho droop equivalente, Imax,i é a corrente
caso, a corrente média é comparada com uma referência. máxima de saı́da da i-ésima geração, Vnom é a tensão nominal
No último, a incompatibilidade de carregamento é alimentada e Vmin a tensão mı́nima aceitável. Maiores detalhes podem ser
diretamente em um controlador PI local para gerar o termo consultados em [?].
de correção. Além disso ferramentas, como teoria de grafos, Foi utilizado um protótipo em escala reduzida de um
teoria de matrizes e teoria de controle, têm sido usadas para MRCC, Fig. 4, para verificar a metodologia. Os parâmetros
resolver algoritmos de consenso [9] do sistema são fornecidos na Fig. 5. Dois conversores buck
Fig. 5. Parâmetros do estudo de caso i [?]

Fig. 3. Método droop proposto comparado ao método existente [?] Fig. 6. Correntes obtidas nos testes. a método convencional e pequenos
ganhos. b método convencional e grandes ganhos. c método proposto em
[?].

distribuı́do por consenso só utiliza comunicação entre vizinhos


para realizar o consenso global e, assim, evitar o ponto único
de falha.
Para realizar o controle da rede é feita a média da tensão
do barramento por meio da comunicação entre vizinhos. O
SoC e sua dinâmica são calculados e usados como variável de
estado. No entanto, para diferentes condições de SoC iniciais,
a carga ou descarga entre os bancos de baterias ocorrerá e
causará correntes circulantes. As correntes circulantes entre as
baterias resultarão em menor eficiência e degradação da vida
útil devido ao ciclo desnecessário. Para evitar esse fenômeno
e manter o SoC das baterias durante a descarga, a variável
de estado para o compartilhamento de energia é definida uma
variável de estado:
Pbbi
xi = (2)
F (SoCi )
Fig. 4. Topologia da rede do estudo de caso i [?].
onde Pbbi é a potência de saı́da do i-ésimo banco de baterias
e SoCi o SoC do i-ésimo banco de baterias. Maiores detalhes
CC/CC são usados como unidades geração distribuı́da. Os podem ser consultados em [11].
conversores são controlados usando um TMS320F28335 DSP. O desvio de tensão entre a tensão média e a tensão de
Os resultados verificam que, alterando os ganhos de queda referência é regulado pelo controlador PI para fornecer a
de acordo com o tamanho da carga, tanto o compartilhamento tensão termo de correção vai para a tensão do barramento
preciso da corrente quanto a regulação de tensão desejável são CC.
alcançados isso pode ser visto nas Fig. 6. Testes foram realizados em um sistema de 400V, mostrado
na Fig. 7 a fim de verificar o desempenho da estratégia de
B. Estudo de Caso II controle proposta. Os parâmetros utilizados são apresentados
Na referência [11] foi proposto uma metodologia de cont- na Fig. 8. No experimento, utilizou-se um banco de baterias
role distribuı́do considerando o equilı́brio do SoC (do inglês, de lı́tio, quatro conversores CC/CC bidirecionais operando
State of Charge) e os limites de potência do banco de baterias como interfaces para conectar as baterias com o barramento
no algoritmo de consenso a fim de atingir um consenso sobre e eles são controlados pelo DSP TMS320F28335. Uma carga
a tensão média do barramento em uma MRCC. A variável de resistiva de 12, 5Ω foi conectada ao barramento CC como a
estado definida no protocolo de consenso permite que todas carga de armazenamento da bateria, e foi feita uma variação
as baterias sejam carregadas ou descarregadas juntas, sem da carga para alteração de potência no sistema. A topologia
a introdução de correntes circulantes entre elas. Além disso de comunicação utilizada foi a circular.
pode-se evitar a violação de potência ao incorporar limites A corrente de saı́da máxima do quarto banco de baterias é
na variável de estado correspondente as baterias. O controle definida para 1,2A e as restantes 3A.
Fig. 7. Topologia da rede do estudo de caso ii [11].

Fig. 8. Parâmetros do estudo de caso ii [11].

Inicialmente, a corrente de saı́da do banco de baterias de


Fig. 9. Resposta do estudo de caso ii [11].
acordo com diferentes nı́veis de SoC, são de 0,81, 0,68, 0,57
e 0,64 para os banco de 1 a 4 respectivamente. A corrente é
diretamente proporcional como pode ser visto na Fig.9 (a). A
III. C ONCLUS ÃO
tensão média do barramento foi mantida no valor nominal de
400V. Aos 4s, foi adicionada outra carga de 12, 5Ω em paralelo Por ser uma área de interesse no crescimento econômico di-
à existente. Os bancos de bateria aumentaram a corrente de versas pesquisas foram publicados nos últimos anos nas difer-
saı́da para compensar a deficiência de energia. Os bancos de entes camadas do primário ao terciário. O controle primário,
1 a 3 ainda podem assumir o compartilhamento de energia que é uma metodologia de base compreende os circuitos de
de acordo com o nı́vel de SoC, e para o quarto banco de controle, visa a regulação adequada de tensão, corrente e
baterias ele tem sua corrente limitada a 1.2A. Com o limite potência e define o desempenho dinâmico dos componentes
do quarto banco de baterias o controle mudou para o modo locais de um MRCC. O controle secundário e terciário fornece
de limite de corrente e sua corrente de saı́da ficou abaixo funcionalidades avançadas, como manutenção da qualidade da
de 1.2A na Fig. 9 (a), de modo a evitar que o quarto banco tensão, melhoria do compartilhamento de corrente e operação
de baterias violasse a alimentação como esperado. Devido ao otimizada.
aumento da carga, a tensão do barramento variou conforme
Por se tratar de casos práticos do gerenciamento de redes,
mostrado na Fig. 9 (b), mas a tensão ainda pode ser regulada.
as teorias desenvolvidas são prontamente aplicáveis como foi
Aos 7,4s, a carga de 12, 5Ω foi cortada do sistema e o sistema
visto nos estudos de caso. Os resultados obtidos por eles
pode ser restaurado ao status anterior a 4. Por causa da grande
apresentam evoluções, mas também lacunas, como o melhor
capacidade da bateria adotada no experimento, o nı́vel de SoC
desenvolvimento da capacidade de plug-and-play, e operação
para todas os bancos permanece quase inalterado, conforme
remota de CLPs a serem preenchidas nessa área que possui
mostrado na Fig. 9 (c).
futuro promissor.
De forma geral verificou-se o compartilhamento de energia
e o controle de tensão do barramento CC médio durante
R EFERENCES
a operação normal. Além disso, no caso de flutuação de
potência, o esquema de limites de potência também pode ser [1] Empresa de Pesquisa Energética, Plano decenal de expansão da energia
confirmado. 2030, tech. rep., Ministério de Minas e Energia, Brası́lia, Brasil, 2020.
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rente contı́nua [manuscrito]: estudo, desenvolvimento e implementação
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