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O T T O >1A H IA C A H T K A U X

PEQUENA
B IB L IO G R A F IA C R ÍT IC A
DA LITERATURA BRASILEIRA

■marta» rwokckSo* (Mm


Kisrtçe aa D o c v jt m jç i»
PARA
ÁLVARO U N S
A U R S U O B VAR Q U S D E H OLANDA
LO Ç IA M tO Ü E L P E R E IR A
JtA N Ü B L B A N D E IR A

A SE G U N D A E D IÇ A O E ST A D E D IC A D A A
D . S E ld O tSA R A M O S
E D S O N N E R Y D A FO N SE C A
PE D R O T . TA0L01B

A T E R C E I R A E D IC A O P E R T E N C E A O
V E R D A D E IR O D O N O D E S T E L IV R O

J 0 8 » 81M B A O L E A L
SUMÁRIO

P io « .

P R E F A C IO ........................................................................................................... .....U
P R E F A C IO D A 2» E D IÇ A O ...............................................................................15
P R E F A C IO D A 3* E D IÇ A O ........................................................................... .....1T
B IB L IO G R A F IA G E R A L ................................................................................. .....M
B IB L IO G R A F IA S ............................................................................................... .....M
B IO B IB L IO G R A F IA S ...................................................................................... .....1#
B IO G R A F IA S C O L E T IV A S ............................................................................ .....»
H IS T O R IA S D A L IT E R A T U R A B R A S IL E I R A .................................... .... 23
H IS T Ó R IA S D E O E N E R O S L IT E R Á R IO S .................................................26
E ST U D O S D I V E R 8O 8 ....................................................................................... .....*>
A N T O L O G IA S ...................................................................................................... .....»
L IT E R A T U R A D A E P O C A C O L O N IA L ......................................................... 35
BARROCO ............................................................................................................. .....37
RO C O C O * ................................................................................................................. ..... «2
CLA SS IC ISM O IL U S T R A D O ........................................................................... .....4«
CLA SS IC ISM O P R E -R O M À N T IC O ............................................................... .....52
N E O C LA SS IC ISM O ........................................................................................... .....61
PR Ê -R O M A N T IS M O E R O M A N T IS M O • 'P O P U L A R " ...................... .....72
P R Ê -R O M A N T IS M O ........................................................................................ .....W
R O M A N T IS M O " P O P U L A R " ......................................................................... .....»0
R O M A N T IS M O ..................................................................................................... .....83
R O M A N T IS M O N A C IO N A L E P O P U L A R ...................................................»1
R O M A N T IS M O IN D IV ID U A L IS T A ...................................................................106
R O M A N T IS M O L IB E R A L .....................................................................................121
M O V IM E N TO S A N TI-R O M A N T IC O S ...............................................................135

9
PXo*.

m
166
NÜDfASLUttaXO ............................... 17»
M P V tM K O N IS T A S E OUTROS Z N C 0N F 0R M A D 08 303
MVBOI.TIVO .................................................................... 21«
»■0PARNABIANI8M O ................................................... 235
F R M C O D B R N IS M O ............................................................... 247
M O X O K A L IS K O ..................................................................... 249
L IT E R A T U R A S O C IA L E U R B A N A ................................ 253
P O L ÍT IC A E SO CIO L O G IA ................................................. 265
M O D E R N IS M O E PO S -M O D E R X IS M O ............................ 26»
M O D E R N IS M O ........................................................................... 270
O O R U F O E S P IR IT U A L IS T A ............................................... 390
M O D E R N IS M O M IN E IR O ...................................................... 2»
M O V IM E N T O D O N O R D E S T E ............................................ 305
D E P O IS D O M O D E R N IS M O ................................................. 321
333

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PREFÁCIO

U M80&A o presente livro tenha sido organizado conforme


princípios bibliográficos, pretende servir de guia no terreno
d a critica literária nacional; mas nâo é um livro de crítica literária
e sim apenas u n a “ pequena bibliografia crítica da literatura
brasileira”. Parece con tradiçio; e contanto que êste prefácio
consiga explicá-la, terá cumprido o dever de todo prefácio: o de
justificar a existência do livro prefaciado.
O estrangeiro que pretende iniciar-se n a literatura brasileira
encontra m uitas d ificuldades: abundância de livros cujo valor
ignora; escassez de trabalhos de historiografia literária, em parte
já obsoletos; disp ersio dos estudos críticos que Ihe poderiam servir
de guias. Foram estas as dificuldades que encontrei quando, há
anos, dei os primeiros passo« para iniciar-me na literatura do
Brasil. Custou m uito; e entáo me ocorreu pela primeira vez a
idéia de organizar algo como o presente livro. Mas “ estrangeiro",
naquela frase, n io significa apenas a nacionalidade e sim a
cond içio de qualquer pessoa que pretende orientar-se em an un to
t io d ifícil. O próprio leitor brasileiro encontra-se, às vêzes, em
situ acio sem elhante, quando só dispõe dos ensinamentos da escola,
csloutados para a capacidade de compreensão de meninos. Xesse
caso êle também precisa de guia. Já existem, aliás, várias obras
bibliográficas de grande valor, m uito mais completas que o
presente livro que se d istingue delas justam ente pelo fato de estar
incompleto o trabalho de seleçio, dos autores bibliognafados « dos
estudos sôbre êles; quis dar ao livro o caráter de manual. Resta
justificar os critérios de seleçio.
A s referidas dificuldades de inform açio s io responsáveis pelo
relativo desconhecimento da literatura brasileira no estrangeiro e
até pelo desprezo que certas camadas do público brasileiro,
leitores exclusivos de livros estrangeiros, afetam com respeito à
literatura nacional. P ois o que é a literatura brasileira t Seja a
incompatibilidade de gênios entre o ensino da língua e o ensino
da literatura, seja o permanente estado de guerra entre “ acade-

11
ItfMMt" • “ »oderniwnoa", seja o divórcio entre a literatura da
4ifet • O fô sto do povo — era todo caso existem várias definições,
♦W trsditõriâi, da literatura brasileira. Divergências de opinião
•Òbr« o Meritor Fulano, digno, conforme alguns, de reccbcr o
ptfealo Nobel « indigno, conforme outros, dessa distinção, casos
tatJm há era tôdas as literaturas. Mas acontece que, no Brasil,
Fulano 4 para alguns um Nobel virtual enquanto outros o
OOQiideram como “ bors de la littérature’'. Como decidir-se í Pró
OU oontrat Isto significaria apenas pôr opinião contra opinião,
dogma e*tético contra outro dogma estético; e discussões dessa
natureza são, conforme tôdas as experiências, inúteis.
D aí não se procurem julgam entos literários neste livro, que
não pretende ser mais uma história da literatura brasileira e sim
apenas o registro bibliográfico dos julgam entos já pronunciados.
E m vez de declarar que Fulau o fo i gênio ou então que êle não
vale nada, preferin-sc registrar as duas opiniões, ou antes registrar
tôdas as opiniões de qualquer maneira importantes, e isto em
ordem cronológica: de modo que a bibliografia sôbre cada autor
representa a história das opiniões sôbre êle — aquilo que os
crítico» italianos chamam de "fortuna” do autor, a curva de febre
da sua glória, a história do seu esplendor e da sua miséria. O
bíbliógrafo que registrou a curva não deixa de ter sua própria
opinião, nem sempre justa decerto, confiando por isso na justiça
mais equitativa do método histórico, comparativo. O resultado
ideal seria algo como uma história literária documentada.
Exem plo dêsse gênero é o terceiro volume da “ Literary
H istory o f the United States" (M acmillan, 1948), editada por
Spiller, Thorp, Johnson e Can, volume bibliográfico que vale
como história documentada da literatura norte-americana. O
admirável trabalho de Thomas H. Johnson chegou-me às mãos
quando já estava terminando êste pequeno livro. Mas ainda
serviu para tranqüitizar-mc quanto h maneira de citar os livros e
artigos. A êsse respeito procedeu-se antigam ente, no B rasil, com
a maior displicência; e ainda existem autores nacionais que citam
da maneira seguinte — F u lano: Série de artigos no “ Jornal do
Commercio” — nem sequer indicando o ano. Mas era geral adota-se
hoje, também no B rasil, o método de citação internacionalmente
usado pelos biblioteconom istas: copia-se "diplom àticam ente” a
fôlha de rosto d o livro, chegando-se a indicar o endereço e número
de telefone do editor que talvez nem exista mais. Com o mesmo
rigor citam -se os nomes dos autores — o método acabará
transformando as fichas de bibliotecas em carteiras de identidade.
Th. II. Johnson, evitando êsses exageros, só indica autor, título,
lugar e ano dc edição; omitiu, porém, o editor e o número de

ia
páginas, indicações que me parecem indispensáveis. Mas, não
sendo êste livro bibliografia “ dos” autores e sim dos trabalhos
“ sôbre” os autores, limitei-m e a indicações mais su m irias quanto
às obras dos autores bibliografados; citei porém — sempre quando
conveniente e possível — várias edições, só para dar idéia do êxito
das obras, o que também serve para traçar a curva da “ fortuna”
do autor. O mesmo critério informou a seleção dos trabalhos sôbre
os autores bibliografados. Omiti as meras alusões, referências
ocasionais, verbetes em enciclopédias, tudo afin al que não serve
para aquêle fim . Êste livro, não sendo trabalho de bibliógrafo
profissional, 6 deliberadamente incompleto. “ Completa”, no sentido
rigoroso d a palavra, uma obra destas nunea será; e a ambição de
torná-la com pleta só favoreceria a desorientação do leitor numa
floresta de citações, quer dizer, o contrário do que pretendi realizar.
M uito incompleto, também, é êste livro quanto ao número dos
autores bibliografados. São mais ou menos 170, o que parece
m uito à primeira vista; afinal de contas, não se trata de ?m
registro indiscriminado. Mas não foi possível incluir todos os
que se queria incluir. E m certos casos não consegui reunir a
documentação indispensável, de modo que devia deixar para outra
oportunidade os nomes de A dalgisa X ery, Américo Facó, Anibal
Machado, Asccnao Ferreira, D ante Milano, Henriqueta Lisboa,
Nelson Rodrigues, O rígenes Lessa e outros. Em outros casos
(C assiano Ricardo, Cristiano Martins, Dionélio Machado, Gilberto
Amado, João Alphonsus, José Geraldo Vieira, Rodrigo M. F. dc
Andrade, etc.) a documentação reunida é muito lacunosa. Mas
ao lado dessas omissões involuntárias há outras, voluntárias, que
é preciso ju stificar.
X a seleção dos autores biblioerafados segui o meio caminho
entre José Veríssimo, que se lim itou principalm ente às “ belles-
•lettres”, e Sílvio Romero, que também incluiu cientistas de tôda
espécie. Ao lado dos poetas e ficcionistas bibliografei alguns
historiadores, sociólogos e filósofos que influíram na história das
letras nacionais. Mas os críticos literários foram apenas sum&ria-
rnente tratados porque «ste livro inteiro não é, afina), outra coisa
que a bibliografia dêles. A crítica literária é, aliás, relativamente
nova no B rasil; ainda não tem história. Sobretudo quanto ao
século X I X eu estava obrigado a citar, para traçar a curva das
“ fortunas", uns autores mui justam ente esquecidos e umas opiniões
esquisitas; ainda bom, porque assim não fax falta, neste livro
sêco, a nota do humorismo.
Dentro dos períodos d a história d a literatura brasileira adotei
a ordem cronológica, às vêzes conforme a* datas de nascimento
dos autores, às vêzes conforme o início da carreira literária. Mas

13
(Ol&tO 4 pariodliação preferi critérios estilísticos, ju stificando em
» d l 64*0 * in olu sio do autor neste ou naquele grupo. A abolição
d u fronteira» entre os chamados géneros literários, reunindo-se
a o » e sm o grupo poetas e prosadores de expressão ou ideologias
M T M tdu, deu algun s resultados bastante inesperados, digamos
“ herétloo»’'. Pode ser que a periodização adotada não seja nada
a e lh o r que & antiga, conforme “ escolas poéticas”. Mas não há
o llsd fic a ç io algum a que corresponda a tôdas as características
do autor classificado. N o fu n do todo autor constitui “ grupo” por
l i ; a está sempre injustiçado pelo trabalho que se Ihe dedica.
0 trabalho, aliás, fo i m u ito; e não teria sido possível terminá-lo
•em a ajuda que vários amigos me prestaram. Agradeço, em
prim eira linha, a Antônio Sim ões dos Reis, mestre dos bibliógrafos
brasileiros, e a E dson X ery da Fonseca, meu colaborador durante
m uito tempo, hoje diretor d a Biblioteca d a Faculdade d e Direito
d a U niversidade do R ecife. Depois, a José Simeão. Leal c Luís
Santa Cruz, que cuidaram d a edição, como verdadeiros amigos do
livro e do autor. Agradeço ao Dr. Josu é Monteio, diretor da
Biblioteca Nacional do R io de Janeiro, e a D . Zilda Galhardo de
A raújo, chefe da Secção de Jornais e Revistas, d a mesma
B iblioteca; ao Dr. O svaldo Melo Braga, diretor d a Biblioteca da
Academia Brasileira de L etras; aos Srs. A rtu r Faria e Carlos
Marques d a Silva, bibliotecários d o Real Gabinete Português de
L eitura do R io de Janeiro. Agradeço especialm ente ao meu amigo
Francisco d e A ssis Barbosa a gentileza d e te r pôsto à minha
disposição suas fich as sôbre Lima Barreto. £ agradeço informações
valiosas aos meus amigos A lcântara Silveira, Á lvaro Lins, Aurélio
Buarque de Hollanda, Carlos Ribeiro, Eduardo Frieiro, Eugênio
Gomes, M aurício Rosenblatt, Raimundo Girão e Sérgio Buarque
de H olanda. A cada um dêles devo m uitas ou várias ou alguma*
indicações que aparecem, neste livro, como secas referências, restos
de glórias murchas e ambições frustradas — relendo agora pela
ú ltim a vez eu gostaria d e murmurar assim como Machado de
A ssis, no fim do “ Velho Senado” : “ Quanta cousa obsoleta”. Mas
também m inta coisa que vive e permanecerá. D e cada uma dessas
citações fita-m e um olhar — i s vêzes d e inteligência lúcida, às
vêzes de estupidez irremediável, outra vez d e rancor e desabafo,
outra vez de entusiasmo in fantil ou sublime — afin al, a expressão
com pendiada d a terra e gente do B rasil que aprendi a conhecer e
amar através d a literatura brasileira: a ela cabe o agradecimento
maior, a gratidão d a qual êste livro é sin al modesto mas sincero.

Ot to M a r ia C abpsacx

R io de Janeiro, setembro d e 1949.


PREFÁCIO DA 2* EDIÇAO

A inesperada rapidez com que se esgotou a 1.* edição dêste livro


não deixou possibilidades para ampliar, da maneira desejada,
o número dos autores bibliografados. Preferi, ao contrário, alguns
pequenos cortes. Também cortei a relação das coleções de ensaio«,
por ser desnecessária. N o entanto, o número das referências
bibliográficas subiu de 2 748, na prim eira edição, a 3 088, nesta,
graças ao acréscimo dc livros e artigos que me tinham escapado.
Também foram retificados numerosos enganos e evidentes erros.
Atendendo a observações da crítica fiz mudar de lugar o
mestre João Ribeiro e acrescentei algum as palavras explicativas
sôbre a estranha vizinhança de Graça Aranha t Lima Barreto,
imposta pelo plano do livro. Mas para m odificar êsse plano não
encontrei m otivo que me tivesse convencido. A s incompatibilidades
entre a classificação da literatura brasileira nos manuais e os
critérios de historiografia literária, a que obedeci, desaparecerão
com o tempo.
Agradeço as valiosas críticas que dedicaram a êste livro
Afrânio Coutinho, Álvaro Lins, B rito Broca, H élcio Martins,
Sérgio M illiet e Valdemar Cavalcanti, nas quais aprendi muita
coisa que foi logo aproveitada. Devo e agradeço outras tantas
observações de valor a Am érico Jacobina Lacombe, Antônio
Sim ões dos Reis, Des. Cristino Castelo Branco, Edm undo Moniz,
Prof. E . Roquette Pinto e H erád io Sales, e m uito estím ulo para o
trabalho a Carlos Drummond dc Andrade, E duardo Frieiro,
Gastão Cru)8, José Lins do Rêgo, Ju sto Pastor Benitez, Lúcia
M iguel Pereira, L uís W ashington. Manuel Bandeira, Michel Simon,
Hoyséx V cllinho e Murilo Mendes. Agradeço, sobretudo, ao
querido amigo José Simeão Leal.
Assim como a primeira edição dêste livro não teria sido
possível sem a colaboração dc Edson K ery da Fonseca, assim a
segunda só se realizou graças & colaboração de Pedro T. Taulois
e & revisão realizada por D. H eloísa Ramos. Tinha dedicado a

15
priratir« ed lçio aos amigos que me iniciaram, principalm ente, na
literatura brasileira: Alvaro Lins, A urélio Buarque de H olland«,
Làoia MIjruel Pereira, Manuel Bandeira. A segunda edição
pittan ce, de direito, a D. H eloísa Ramos, Edson N ery da Fonseca
a Pedro T . Tauiois.

O tto M am a C abpeaux

Rio de Janeiro, Natal de 1952.

16
PREFACIO DA 3.a EDIÇÃO

1 J etois do duas edições do presente livro, publicadas pelo Serviço


Documentação (d iretor: José Simeão L eal) do M inistério
da Educação c Cultura, esta 3.* edição sai como iniciativa de ura
editor jovem ao qual estou ligado pelos laços de velha amizade ao
seu pai. Agrada-me essa aliança com a mocidade. Mas o livro,
êste quer despedir-se do seu primeiro ed ito r: de José Simeão Leal.
Todos sabem o que José Simeão Leal já realizou na chefia do
Serviço de Documentação do M inistério da Educação e Cultura.
F oi e continua sendo um editor de alta categoria» um dos mais
eficientes divulgadores da verdadeira civilização brasileira: no
país e no estrangeiro. Seu gabinete de trabalho, no 9.° andar do
Ministério, é um centro de tôdas as atividades culturais no país.
Centro, também, de irradiação de sim patia humana. José Simeão
Leal é amigo como poucos conheci n a vida. A juda muito. Mas
eu não diria que êle me ajudou a escrever e publicar êste livro.
A verdade é outra: a “ Pequena B ibliografia Crítica d a Literatura
B rasileira” é pròpriamente obra de José Simeão Leal.
Reuni o núcleo dêste livro, as prim eiras 1 000 ou 1 200 refe­
rências, para o meu uso particular, para orientar-me melhor na
litcratu ia brasileira, mas sem pensar jam ais em publicação do
trabalho. José Simeão Leal viu, certo dia, um caderno de notas
era que eu estava registrando o resultado de penosas pesquisas.
Pensou que o trabalho, quando mais completo, pudesse ser útil
aos estudiosos nacionais e estrangeiros. F oi êle que me anim ou a
continuar na tarefa aparentemente tão ingrata. H oje posso
terminar a redação da terceira edição dêste livro que é usado em
tôdas as bibliotecas brasileiras e era Universidades dos Estados
Unidos, Pôrto Rico, México, Argentina, Uruguai, Portuga),
Espanha, Itália e Alemanha. E tenho a grande satisfação de
rerifiear que nos últim os dez anos não saiu nenhum livro de
história literária brasileira sem pelo menos uraa referência a êste
meu trabalho. José Simeão Leal ajudou*mc para que eu pudesse
agradecer, pelo trabalho, o muito que devo ao Brasil.

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0 trabalho foi difícil; e as dificuldades explicam os defeitos,
erros o omissões dêste livro. Pedi ajuda aos amigos. Os prefácios
<ln l .B e da 2 a edição registram os nomes dos que me aconselharam.
Também esta vez tenho de agradecer ao professor Antenor
Nascentes, ao professor Benjamin Woodbridge (da Universidade
da. Califórnia) e a Edson Kery da Fonseca, amigo de sempre, a
Pedro T. Taulois e a Raul de Figueiredo Meireles.
A presente edição foi, na medida do possível, atualizada. O
número de referências bibliográficas, que era de 2 748 na
l . a edição e que subiu a 3 088 na 2.a edição, está agora em 3 538.
E continuaremos: meu nôvo editor e eu e o verdadeiro dono dêste
livro, que é José Simeão Leal.

O tto M a r ia C a rpea u x

Rio de Janeiro, em junho de 1963.

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BIBLIOGRAFIA GERAL

BIBLIO G R AFIAS

1) J e r e m i a h D. M. F o r d , Arthur F . Wliittem, Maxwell J .


Raphael: A Tentative Bibliography of Brazilian Belles-
-Lettres. Cambridge, Mass. Harvard University Press. 1931.
201 pp. (Tentativa meritória na época, mas cheia de erros e
omissões).
2) A n t ô n i o S i m õ e s d o s R e i s : Bibliografia das bibliografias
brasileiras. Rio de Janeiro. Instituto Nacional do Livro.
1942. 160 pp. (Fundamento dos trabalhos futuros no gênero).
3) A n tô n io S im õ e s d o s R e i s : Bibliografia da história da
literatura brasileira de Sílvio Romero. I. Rio de Janeiro.
Zélio Valverde. 1944. 305 pp. (A primeira tentativa de
fornecer a documentação para uma história da literatura
brasileira. Só abrange o vol. I da 3.a edição da obra de
Silvio Romero).
4) A n t ô n i o S i m õ e s d o s R e i s : Bibliografia brasileira. I. Poetas
do Brasil. 1.° volume. Rio de Janeiro. Organização Simões.
1949. 176 pp. (Registro quase completo, abrangendo por
enquanto os poetas cujo último sobrenome começa com A ,
até Andrade, Maria).
5) Manual bibliográfico de estudos brasileiros, editado por
R ubens B orba d e M orais e W illiam B errien . Rio de
Janeiro. Editora Souza. 1949. (W illiam Berrien: Literatura-
Introdução, pp. 639-645; Astrojildo Pereira: Pensadores,
críticos e ensaístas, pp. 646-683; Francisco de Assis Barbosa:
Romance, contos, novelas, pp. 684-705; Manoel Bandeira:
Poesia, pp. 706-726; Leo Kirschenbaum: Teatro, pp. 727-739).

BIOBIBLIO G RAFIAS

1) T n o c ê n c io F r a n c is c o - da S ilv a : Dicionário bibliográfico


português. Estudos aplicáveis a Portugal e ao Brasil.

19
22 vols. Lisboa. Imprensa Nacional. 1858-1923. ( Obra
evidentemente antiquada, mas ainda indispensável; útil,
sobretudo, para o estudo dos escritores brasileiros do século
X V I I I e da primeira metade do século X I X . Geralmente
citada como INOCÊNCIO).
2) A u g u s to V ito e in o
A lv e s S a cra m e n to B la k e : Dicionário
bibliográfico brasileiro. Rio de Janeiro. Tipografia Nacio­
nal. 1883-1902. 7 vols. (Vol. I, 1883, 440 p p .; Vol. II, 1893,
479 pp.; vol. III, 1895, 520 p p .; vol. IY , 1898, 529 pp.;
vol. V, 1899, 495 p p .; vol. V I, 1900, 405 p p .; vol. V II, 1902,
400 pp.). (Obra fundamental, mas antiquada e cheia de erros
e omissões; no entanto, indispensável. Geralmente citada
como SACRAM ENTO B L A K E ).
3) I. F. V e l h o S o b r i n h o : Dicionário biobibliográfico brasi­
leiro. V o l . I. Rio de Janeiro. P o n g e t t i . 1937. 704 p p .;
v o l. II, id. 1940. 615 pp. (Só abrange as letras A e B.
Repete o Sacramento Blake, indicações de Artur Mota e
outras fontes menos fidedignas).
4) H e n r iq u e P e r d ig ã o : Dicionário universal da literatura.
2.a ed. P ô r t o . 1940. (É preciso desaconselhar o uso dessa
obra, infelizmente muito manuseada em nossas bibliotecas).

BIOG RAFIAS COLETIVAS

O gênero é hoje obsoleto; as obras existentes são tôdas elas


antiquadas e pouco fidedignas. No entanto, de muitos escritores
brasileiros não existem outras biografias senão os verbêtes dos
“ dicionários biográficos” . Em vários casos, os esboços dos bió­
grafos profissionais, por mais inexatos que sejam, constituem os
fundamentos de todos os trabalhos posteriores. Dai a necessidade
de citá-los.

1) J o ã o M a n u e l P e r e ir a d a S ilv a : Os varões ilustres do


Brasil durante os tempos coloniais. Paris. A. Franck. 1858.
2 vols. 391, 369 pp. (Biografias prolixas, algo romanceadas).
2) A n tô n io H e n r iq u e s L e a l : Pantheon Maranhense. Lisboa.
Imprensa Nacional. 1873-1875. 4 vols. 340, 420, 580,
387 pp. (Biografias extensas, bem documentadas, mas
muito panegíricas).
3) J o a q u im M a n u e l d e M a c e d o : Ano biográfico brasileiro.
Rio de Janeiro. Tipogr. do Imperial Instituto Artístico.
1876. 3 vols. 537, 538, 622 pp. (vol. IV, Suplemento,
1880). (Biografias rápidas e pouco exatas).

Íi0
4) L eri S a n to s: Pantheon Fluminense. Rio de Janeiro.
Leuzinger. 1880. 667 pp. (Biografias ãe personalidades
nascidas no Bio de Janeiro ou na então Província, hoje
Estado do Bio de Janeiro; pouco fidedignas).
5) M a n o e l P in h e ir o C h a g a s: Brasileiros ilustres. Rio de
Janeiro. Faro & Lino. 1881. 160 pp. (Pequeninos artigos
encomiásticos).
6) F r a n c is c o o A u g u s to P e r e ir a da C o s ta : Dicionário bio­
gráfico de pernambucanos célebres. Recife. Tipografia
Universo. 1882. 804 pp.
7) G u i l h e r m e S t u d a r t , Barão de Studart: Dicionário bio-
bibliográfico cearense. Vol. I. Fortaleza. Tipo-Litografia
a Vapor. 1910. 518 pp.; Vol. II, Fortaleza. Id. 1913.
429 p p .; Vol. III. Fortaleza. Tip. Minerva. 1915. 290 pp.
( Obra séria).
8) A r m in d o G u a r a n á : Dicionário biobibliográfico sergipano.
Rio de Janeiro. Pongetti. 1925. 280 pp.

21
2
HISTÓRIAS DA LITERATURA
BRASILEIRA (*)

1) F r ie d r ic h B ou terw ek : Geschichte der portugiesischen


Poesie und Beredsamkeit. Goettingen. 1805. 412 pp. (Dessa
obra, que também trata de alguns poetas brasileiros, existe
versão inglesa: History of Spanish anã Portuguese IAte-
rature. London. Boosey & Sons. 1823. Vol. II. São
raridades bibliográficas).
2) J. C. L. S i m o n d e d e S i s m o n d i : De la Littérature du Midi
de 1’Europe. Tomo IV. 1812. (3.a edição. Paris. Treuttel
& Wuertz. 1829). ( Trata de alguns poetas brasileiros,
baseando-se principalmente em Bouterwek).
3) F e r d in a n d D e n is : Bêsumê de 1’histoire littéraire du Por­
tugal et du Brésil. Paris. Lecointe et Durey. 1826. 625 pp.
(Denis foi um dos inspiradores do incipiente romantismo
brasileiro).
4) J o a q u im C a e t a n o F e r n a n d e s P i n h e i r o : Curso elementar
de literatura nacional. Rio de Janeiro. Garnier. 1862.
568 pp. (2.a edição. Rio de Janeiro. Garnier. 1883. 600 pp.).
(Sem espírito científico; muita eloqüência; comparações
encomiásticas).
5) F e r d in a n d W olf: Le Brésil littéraire. Berlin. Ascher.
1863. 242 pp. ( Obra bem documentada,, mas visivelmente
escrita às pressas, inspirada por Gonçalves de Magalhães;
ainda não destituída de valor, mas sem espírito crítico).
6) F r a n c i s c o S o t e r o d o s R e i s : Curso de literatura portuguêsa
e brasileira. São Luís do Maranhão. Tipogr. do País.
1866-1873. (Da literatura brasileira só tratam os tomos IV
e V. Estuda apenas alguns poetas mineiros e do grupo
maranhense. Muito prolixo. Ponto de vista do rigoroso
classicismo português).
7) S ílv io R o m e r o : História da literatura brasileira. Rio de
Janeiro. Garnier. 1888. 2 vols. 682 e 804 pp. (2.a edição.
(• ) v. Maiua L eonor V o ig tla e n d e r : Bibliografia da H istória da literatura
braH llcira. ( I n : B oletim b ib lio g rá fico , São P a u lo, X I V , 1950, pp. 10 3-11 6).

22
Ilio de Janeiro. Garnier. 1902. 2 vols. 1273 pp.). (É a
obra fundamental da historiografia literária brasileira, sobre­
tudo pela aplicação do método sociológico. Em compensação,
impõe-se cautela quanto aos juízos críticos do autor, cheio
de preconceitos, exaltando poetas secundários, atacando
Castro Alves e Machado de Assis, colocando Alvares de
Azevedo acima de Baudelaire, etc. Apesar de tudo, a obra
de Sílvio Romero continua sendo básica, encerrando documen­
tação enorme que não se encontra em outra parte).
7b) S í l v i o R o m e r o : História da literatura brasileira. 3.a edição,
organizada por Nelson Romero. Rio de Janeiro. José
Olímpio. 1943. 5 vols. 337, 370, 385, 358 e 481 pp. (Reedição
revista e aumentada; acrescentaram-se trabalhos dispersos do
autor para completar a obra que, na 2.a edição, terminara
com os poetas da última geração romântica). (Neste livro
cita-se sempre a 3.a edição, por ser mais acessível; na ordem
cronológica das referências bibliográficas aparece porém,
citada, em 1888).
8) S ílv io R o m e ro : A Literatura, 1500-1900. Rio de Janeiro.
Imprensa Nacional. 1900. 125 pp.
9) C a c i l d a F r a n c i o n i d e S o u z a : Resumo da história literária.
Rio de Janeiro. Laemmert. 1902. 440 pp. (Livro didático).
10) S ílv io R o m e ro e J o ã o R ib e ir o : Compêndio de história da
literatura brasileira. 2.a edição. Rio de Janeiro. Francisco
Alves. 1909. 550 pp. ( Obra didática, mas também de valor
crítico que nem sempre foi bastante reconhecido).
11) José V e n tu r a B o s c o li: Lições de literatura brasileira.
Niterói. Jerônimo Silva. 1912. 469 pp.
12) J o s é V e r ís s im o : História da literatura brasileira. Rio de
Janeiro. Francisco Alves. 1916. 435 pp. (Obra clássica,
pela sobriedade dos julgamentos; é indispensável cotejá-la
sempre com a de Sílvio Romero).
13) P e d ro J ú lio B a rb u d a : Literatura brasileira. B a h i a . D o i s
Mundos. 1916. 548 pp.
14) C ír o d e A z e v e d o -, Conferencias sobre literatura brasilena.
Montevidéu; A . Barreiro y Ramos. 1918. 142 pp.
15) A lfr e d o G om es: História literária, (in: Dicionário his­
tórico, geográfico e etnográfico do Brasil, comemoração do
1.° Centenário da Independência. Rio de Janeiro. Imprensa
Nacional. 1922. Vol. II, P. II., pp. 1297-1526). (Ponto de
vista estritamente acadêmico; fornece, 110 entanto, muita
informação sôbre certos autores, pouco ou não estudados por
Sílvio Romero e José Veríssimo. Medeiros e Albuquerque
apontou os numerosos erros do autor).

23
1«) Isa a c G o ld b e r g : Brazilian Literature. New York. Knopf.
1922. 303 pp. (Rápido resumo da evolução histórica e
ensaios sôbre alguns escritores importantes).
17) A r tu r M ota : História da literatura brasileira. São Paulo.
Companhia Editora Nacional. 1930. 2 vols. 496 e 492 pp.
(.Notícias biobibliográfims, redigidas de maneira didática.
Abrange só os séculos X V I , X V I I e X V I I I ) .
18) J o r g e O. A b r e u : História da literatura nacional. Rio de
Janeiro. Mundo Médico. 1930. 383 pp.
.19) A f r â n i o P e i x o t o : Noções de história da literatura brasileira.
Rio de Janeiro. Francisco Alves. 1931. 352 pp. (Livro
didático, de escasso valor).
20) G eorges l e G e n til: La littérature portugaise. Paris.
Armand Colin. 1935. (Da literatura brasileira tratam,
sumàriamente, as páginas 179-196).
21) B r á u l i o S a n c h e z - S a e z : Vieja y niieva literatura dei Brasil.
Santiago do Chile. Ercilla. 1935. 242 pp.
22) R o n a ld de C a r v a lh o : Pequena história da literatura bra­
sileira. 5.a edição. (A última revista pelo autor). R i o de
Janeiro. Briguiet. 1935. 381 pp. (Já existe 7.a edição,
id. 1944. 391 pp.). (É a obra mais divulgada sôbre o
assunto. Tendo sido Ronald de Carvalho um dos chefes do
movimento modernista depois de 1922, é preciso lembrar que
a l .a edição, pouco modificada até a 5.a, é de 1919. A obra,
baseada principalmente em Sílvio Romero e José Veríssimo,
mantém o ponto de vista parnasiano, infenso às correntes
literárias que em 1919 passaram por “ modernas” ).
23) G iu s e p p e A lp i: Sommario storico delia letteratura brasi­
liana. Milano. Arcretipografia di Milano. 1937. 42 pp.
24) N e l s o n W e r n e c k S o d r é : História da literatura brasileira.
Seus fundamentos econômicos. São Paulo. Cultura brasi­
leira. 1938. (2.a edição, Rio de Janeiro. José Olímpio. 1942.
258 p p .; 3.a ed. id. 1960. 546 pp.). (Não realiza o que promete
o subtítulo).
25) B e ze rra de F r e ita s : História cia literatura brasileira.
Pôrto Alegre. Globo. 1939. 332 pp.
26) J o s é O s ó r io d e O liv e ir a : História breve da literatura
brasileira. Lisboa. Irquérito. 1939. 120 pp. (2.a edição.
São Paulo. Martins. 1956. 180 pp.).
27) L i b e r a t o B i t e n c o u r t : Nova história da literatura brasileira.
Rio de Janeiro. Ginásio 28 de Setembro. 1942/1949. 7 vols.
557, 462, 418, 259, 358, 413, 341 pp. (Esta obra, como tôdas
do mesmo autor, é exemplo de erudição involuntàriamente
humorística).

24
'.'M) N nIíK on W ern eck S od ré : Síntese do desenvolvimento lite­
rário do Brasil. São Paulo. Martins. 1943. 118 pp.
K io u n a n d o d e A z e v e d o : A Cultura brasileira. Introdução
no estudo da cultura no Brasil. Rio de Janeiro. Instituto
Itriisiloiro de Geografia e Estatística. 1943. ( A vida lite­
rária, pp. 175-206). (2.a edição. São Paulo. Companhia
Kditôra Nacional. 1946. v. p. 309-387).
:I0 ) V ir g ín ia C o r t e s d e L a c e r d a : Unidades literárias. História
<la literatura brasileira. São Paulo. Companhia Editora
Nacional. 1944. 376 pp. (Obra didática).
:i l ) ÍÓ rico V e r í s s i m o : Brazilian Literature. An Outline. To­
ronto. Macmillan. 1945. 184 pp.
.'12) M á r i o R. M a r t i n s : A evolução da literatura brasileira. Rio
de Janeiro, s. e. 1945. 2 vols. 287, 364 pp.

’!•'I) A f r â n i o P e i x o t o : Panorama da literatura brasileira. 2.a
edição. São Paulo. Companhia Editora Nacional. 1947.
565 pp. (Resumo cronológico, acompanhado de antologia.
Obra não recomendável: método errado, citações inexatas,
seleção pouco imparcial).
34) S a m u el P u tn a m : Marvelous Journey, a Survey of Four
Centuries of Brazilian Literature. New York. Knopf.
1948. 269 pp. ( Obra entusiástica, destinada aos leitores
estrangeiros).
35) M o z a r t S o r i a n o A d e r a l d o : Esbôço de história da- literatura
brasileira. Fortaleza. Clã. 1948. 33 pp.
36) E a r l W. T h om a s: Brazilian Literature, (in T . LYNN
Smith edit.: Brazil, Portrait of Half a Continent. New
York. 1951. p. 401-422).
37) A n to n io S oa res A m ora : História da literatura brasileira.
(Séculos X V I - X X ) . S ã o P a u l o . S a r a iv a . 1955. 169 p.
38) A f r â n i o C o u t i n h o (edit.): A Literatura no Brasil. Rio
de Janeiro. Editorial Sul Americana, vol. I, t. 1: Barroco.
Neoclassicismo, Arcadismo. 1956. 540 pp. vol. I, t. 2:
Romantismo. 1956. 467 pp. vol. I I : Realismo, Naturalismo,
Parnasianismo. 1955. 394 p. vol. I l l , t. 1: Simbolismo,
Impressionismo, Modernismo. 1959. 689 pp. vol. I l l , t. 2
(em preparação).
39) A n to n io C â n d id o : Formação da Literatura Brasileira.
Momentos decisivos. São Paulo. Martins. 1959. 2 vols.
792 pp. (renova totalmente os métodos e amplia os hori­
zontes: obra importantíssima).

25
HISTÓRIAS DE GÊNEROS LITERÁRIOS

I. PO ESIA

1) A d o lfoV a r n iia g e n : Ensaio histórico sôbre as letras no


Brasil. In : Florilégio da poesia brasileira. Lisboa. Laem-
mert. 1850. (2.a edição, Rio de Janeiro. Academia Brasi­
leira de Letras. 1946. Vol. I, pp. 9-48). (Trabalho de
pioneiro, ainda meritório).
2) José A n tô n io de F r e ita s : O lirismo brasileiro. Lisboa.
David Corazzi. 1877. 142 pp. (Título pretensioso, trabalho
superficial).
3) S ílv io J ú li o : Fundamentos da. poesia brasileira. Rio de
Janeiro. Coelho Branco. 1930. 252 pp. (Estudos de litc-
ratura comparada).
4) A g r ip in o G e ie c o : Evolução da poesia brasileira. Rio de
Janeiro. Ariel. 1932. (3.a edição. Rio de Janeiro. José
Olímpio. 1947. 222 pp.). (Menos uma história da poesia
brasileira do que uma coleção de “ aperçus” espirituosos
sôbre os poetas brasileiros, encerrando, aliás, muitas observa­
ções justas e seguras).
5) C e c ília M e ir e le s : Notícia da poesia brasileira. Coimbra.
Biblioteca Geral da Universidade. 1935. 54 pp.
6) E d iso n L in s : História e crítica da poesia brasileira. Rio
de Janeiro. Ariel. 1937. 399 pp. (Não é o que o título
promete).
7) Poeias do Brasil.
J a im e d e B a r r o s : Rio de Janeiro. José
Olímpio. 1944. 230 pp.
8) M a n u e l B a n d e ir a : Apresentação da poesia brasileira. Rio
de Janeiro. Casa do Estudante do Brasil. 1946. 432 pp.
(Obra excelente, pela segurança dos juízos críticos; com
antologia).
9) S é r g io M il l ie t : Panorama da, moderna poesia brasileira.
Rio de .Janeiro. Ministério da Educação. 1952, 133 pp.

26
II. TEATRO

1) Mui/) M o r a i s F i l h o : O teatro no Rio de Janeiro. Prefácio


ilii edição do Teatro de Martins Pena. Rio de Janeiro,
(lurnier. 1898, pp. Y -X L III.
2) Iíe n r i q u e M a r i n h o : O teatro brasileiro. Rio de Janeiro.
Garnier. 1904. 171 pp. (Sem valor).
:i) M ax F le iu s s : O teatro no Brasil e sua evolução. (In :
Dicionário histórico, geográfico e etnográfico do Brasil.
Comemoração do 1.° Centenário da Independência. Rio de
Janeiro. Imprensa Nacional. 1922. Yol. II, p. II, pp. 1532-
1550).
4) C a r l o s S u s s e k in d d e M e n d o n ç a : Ilistória do teatro brasi­
leiro. Vol. I. 1565-1840. Rio de Janeiro. Mendonça
Machado. 1926. 244 pp.
f>) C lá u d io d e S o u z a : O teatro no Brasil. (in: Congresso
Internacional da História da América. Rio de Janeiro.
Imprensa Nacional. 1930. Vol. IX , pp. 551-586).
(!) Múcio d a P a i x ã o : O teatro no Brasil. Rio de Janeiro.
Brasília. 1936. 606 pp.
7) L a f a y e t t e S tlv a : História do teatro brasileiro. Rio de
Janeiro. Ministério da Educação e Saúde. 1938. 489 pp.
(Sem valor científico).
8) L e o K ir s c h e n b a u m : History of the Brazilian Drama.
University of Califórnia Press. 1954. (tese).
!)) DÉcio d e A l m e i d a P r a d o : A evolução da literatura dramá­
tica. (m : A Literatura no Brasil, edit. por Afrânio Coutinho.
vol. II. Rio de Janeiro. Editorial Sul Americana. 1955.
pp. 249-283).
]()) J. G a l a n t e d e S o u s a : O teatro no Brasil. 2 vols. Rio de
Janeiro. Instituto Nacional do Livro. 1960. 1037 pp.
(trabalho bibliográfico).
11) S a b a t o M a g a l d i : Panorama do teatro brasileiro. São Paulo.
Difusão Européia do Livro. 1962. 274 pp.

III. ROMANCE E CONTO

1) B e n e d ito C osta : Le roman au Brésil. Paris. Garnier.


1918. 205 pp. (Incompleto).
2) F . M. R o d r ig u e s A lv e s F i l h o : O sociologismo e a imagi­
nação no romance brasileiro. Rio de Janeiro. José Olímpio.
1938. 78 pp.

27
8) O lIvio M ontkneobo; O romance brasileiro. Rio de Janeiro.
Jos* Olímpio. 1938. 191 pp. ( í fi o i uma história do
rom ana brasileiro, mas eoUçâo de brilhantes ensaios sôbre
alguns romancistas).
4) P m u H ourcade: Tendincias t individualidades do ro­
mance brasileiro contemporâneo. Coimbra. Publicações da
Sala do Brasil da Universidade de Coimbra. 1936. 24 pp.
6) Ltrte A n íb a l FalcXo : O conto na literatura brasileira. Rio
de Janeiro, s. e. 1941. 55 pp.
6) P r u d e n t e d e M o r a is N e t o : The Braeilian Romance. K io
de Janeiro. Imprensa Nacional. 1943. 56 pp. (Brilhante
resumo).
7) J o s é O só r io d e O l i v e i r a : Aspectos do romance brasileiro.
Conferência para um público português, Lisboa. 1943. 27 pp.
8) E doard C a v a l h e ir o : Evolução do cento brasileiro. (In :
Boletim Bibliográfico, S4o Paulo, V III, julho-setembro de
1945, pp. 101-120).
9) José L i n s d o R to o : Conferências no Praia. Rio de Janeiro.
Casa do Estudante do Brasil. 1946. 105 pp.
10) B ezerra de F r e it a s : Forma e expressão no romance
brasileiro. Rio de Janeiro. Pongetti. 1947. 364 pp.
11) M ig u e i , Au'kki >0 d ’ É i j a : La lileralura dei Brasil. I I . El
sentido de la tierra en la narrativa. Buenos Aires. Platt.
1948. 85 pp.
12) H ir m ak L im a : Variações sôbre o conto. Rio de Janeiro.
Ministério da Educação e Saúde. 1952, pp. 71-110.
18) H e r m a x L i m a : O conto, do Realismo aos nossos dias. (in :
A Literatura no Brasil, edit- por Afrânio Coutinho. vol. II.
Rio de Janeiro. Editorial Sul Americana. 1955. pp. 229-245).
14) J o sé P i n t o d o C a r m o : Novelas e novelistas brasileiros;
indicações bibliográficos. Rio de Janeiro. Organizaçio
Simões. 1957. 67 pp.

IV. PROSA EM GERAL

1) Bekjamik KraNkun Ramiz Gai.vÂO: 0 púlpito no Brasil.


(I n : Biblioteca do Instituto dos Bacharéis em Letras. Rio de
Janeiro. Tipografia do Correio Mercantil. 1867, pp. 29-248).
2) M a u r í c i o d e M e d e i r o s : Da crítica literária e seus cultores.
(I n : Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
Tomo Especial consagrado ao Primeiro Congresso de História
Nacional. Rio de Janeiro. Imprensa Nacional. 1917,
pp. 723-733).

3$
8) A o r ip in o G r i e o o : Evolução da prosa brasileira. Rio de
Janeiro. Ariel, 1933. (2.* edição, Rio dc Janeiro. José
Olímpio. 1947. 287 pj>.). {Coleção dc “ aperçus” espirituosos
sôbre os ficcionistas, críticos, historiadores, etc.).
4) X a v ie r M a s q u e s : Evolução da crítica brasileira no Brasil
« outros estudos. Rio de Janeiro. Imprensa Nacional. 1944.
159 pp.
5) W i l s o n M a r t i n s : A critica literária no Brasil. Sâo Paulo.
Departamento dc Cultura. 1952. 154 pp.
ESTUDOS DIVERSOS

I. H ISTÓRIAS LIT E R Á R IA S REGIONAIS

L e ô n i d a s P r a d o S a m p a io: A literatura sergipana. Maroim.


Imprensa Econômica. 1908. 109 pp.
A lm á q u io D in iz : A cultura literária cia Bahia contempo­
rânea. Bahia. Tipografia Bahiana. 1911. 69 pp.
A k t u r O k la n d o : Literatura pernambucana. (In : Biblio­
teca Internacional de Obras célebres. Rio de Janeiro. 1912.
Vol. X V I, pp. 7689-7704).
V ic e n te de C a r v a lh o : A literatura paulista. (In : Biblio­
teca Internacional de Obras célebres. Rio de Janeiro. 1912.
Vol. X I X , pp. 9225-9240).
A n t ô n io d o s R e is C a r v a lh o : A literatura maranhense.
(In : Biblioteca Internacional de Obras Célebres. Rio de
janeiro. 1912. Vol. X X , pp. 9737-9756).
M á r io d e L im a : Esboço de uma história literária de Minas.
Belo Horizonte. Imprensa Oficial. 1920. 66 pp.
J o ã o P in to da S ilv a : História literária do Bio Grande do
Sul. Pôrto Alegre. Globo. 1924. 270 pp. ( Obra de valor).
S ílv io J ú lio : Terra e povo do Ceará. Rio de Janeiro. R.
Carvalho. 1936. Literatura poética do Ceará, pp. 109-134.
P assos :
A le x a n d r e A literatura ' bahiana nos últimos
quarenta anos. (In : Anuário Brasileiro de Literatura.
Vol. V. Rio de Janeiro. 1941, pp. 136-139-253).
MÁuio L i n h a r e s : História literária do Ceará. Rio de
Janeiro. Tipografia Jornal do Commercio. 1948. 203 pp.
D o lo r
B a r r e ir a : História da literatura cearense. T. I.
Fortaleza. Instituto do Ceará. 1948. 332 pp. T. II. id. 1951.
474 pp. ( Obra muito documentada).
P ed ro C a lm o n : História da literatura bahiana. Rio de
Janeiro. José Olímpio. 1949. 251 pp.

ü
i:i) I ! k n m a m in M. W o o d b r id g b J u n io r : Brazilian Gancho
lAlerature. üniversity of Califórnia. 1954 (tese).
1 1) M á r io M a r t in s M e i r e l e s : Panorama da literahira mara­
nhense. São Luís. Tmprensa Oficial. 1955. 255 pp.
I.’»' P e r e g r i n o J ú n i o r , A d e r b a l J u r e m a e outros: Regionalismo
na nossa ficção. (In : A Literatura no Brasil, edit. por
Afrânio Coutinho, vol. II. Rio de Janeiro. Editorial Sul.
Americana. 1955. pp. 145-226).
1(1) (ruiL H E R M iN O C é s a r : História da Literatura do Rio Grande
do Sul (1737-1902'). Pôrto Alegre. Globo. 1956. 414 pp.
(obra seriamente científica).
17) W a lte n s ir D u tra e F a u sto C u n h a : Biografia crítica dax
letras mineiras. Rio de Janeiro. Instituto Nacional do
Livro. 1956. 134 pp.
IS ) A r n a l d o S. T iiia g o : História da literatura catarinense.
Rio de Janeiro, s. c. 1957. 547 pp.
19) M a r tin s de O liv e ir a : História da Literatura Mineira.
Belo Horizonte. Itatiaia. 1958. 246 pp.

II. ASPECTOS ESPEC IAIS

1) T r is tã o de A t a íd e : Política e letras. (In : A Margem da


história da República. Rio de Janeiro. Anuário do Brasil.
1924, pp. 237-292). (Estudo fundamental).
2) F e r n a n d o d e A z e v e d o : Ensaios. São Paulo. Melhoramentos.
1929. ( A poesia social no Brasil, pp. 90-102; A raça na
poesia brasileira, pp. 110-131).
3) A d r ie n D e lp e c h : Da influência estrangeira em nossas
letras ( I n : Congresso Internacional de História da Amé­
rica. Rio de Janeiro. Imprensa Nacional. 1930. Vol. I X ,
p. 187-292). (Pouco mais do que uma defesa da influência
francesa contra as outras).
4) S ílv io J ú li o : Reações na literatura brasileira. Rio de
Janeiro. Antunes. 1938. 258 pp. (Estudos de literatura
comparada).
5) C. T a v a r e s B a s t o s : Versões poéticas brasileiras de Vítor
Hugo. Petrópolis. s. e. 1952. 72 pp.
6) Luís d a C â m a r a C a s c u d o : Literatura, oral. (vol. V I da
História da literatura brasileira, dirigida por Álvaro Lins).
Rio de Janeiro. José Olímpio. 1952. 465 pp.
7) B r ito B r o c a : A vida literária no Brasil — 1900. Rio de
Janeiro. Ministério da Educação. 1956. 275 pp.
8) P in to F e r r e ir a : Interpretação da Literatura Brasileira.
Rio de Janeiro. José Konfino. 1957. 389 pp. (ponto de
vista marxista).
31
ANTOLOGIAS

Não foram bibliografadas as antologias organizadas princi­


palmente para fins didáticos.

1) J a n u á r i o d a C u n h a B a r b o s a : Parnaso brasileiro oti coleção


das melhores poesias dos poetas do Brasil, tanto inéditas
como já impressas. 8 cadernos, reunidos em 2 tomos. Rio
de Janeiro. Tipografia Imperial e Nacional. 1829-1832
280, 259 pp, (Só tem interesse histórico).
2) A d o lfo V arnhagen : Florilégio cia poesia brasileira. 3 vols.
Lisboa. Laemmert 1850. 359, 360, 309 pp. (2.a edição. Rio
de Janeiro. Academia Brasileira de Letras. 1946. 3 vols.
410, 389, 398 pp.) (Trabalho de grande mérito histórico;
ainda indispensável).
3) M e l o M o r a is F i l h o : Curso de literatura brasileira ou
escolha de vários trechos em prosa e verso de autores nacio­
nais antigos e modernos. Rio de Janeiro. Emile Dupont.
1876. (4.a edição. Rio de Janeiro. Garnier. 1902. 566 pp.).
(Ainda importante como rico repositório da poesia român­
tica).
4) M e l o M o r a i s F i l h o : Parnaso brasileiro, séculos X V I -X I X ,
1556-1840. 2 vols. Rio de Janeiro. Garnier. 1885. 2 vols.
507, 624 pp.
5) L a u d e lin o F r e ir e : Sonetos brasileiros. Rio de Janeiro.
Briguiet. 1904. 222 pp.
6) J o ã o R ib e ir o : Academia Brasileira. Páginas escolhidas.
Rio de Janeiro. Garnier. 1906. 2 vols. 496, 540 pp.
7) A l b e r t o d e O l i v e i r a : Páginas de ouro da poesia brasileira.
Rio de Janeiro. Garnier. 1911. 419 p.
8) O s ó r io D u q u e E s t r a d a : Tesouro poético brasileiro. Rio d e
.Janeiro. Francisco Alves. 1913. 451 pp. (Rigorosamente
acadêmico).
9) A m ik k to d e O l i v e i r a e J o r g e J o b im : Poetas brasileiros.
Rio de Janeiro. Garnier. 1921-1922. 2 vols. 396, 374 pp.


III M á r io d e L im a : Coletânea de autores mineiros. Poetas.
Vol. I : Escola Mineira — Pré-românticos. Belo Horizonte.
Imprensa Oficial. 1922. 400 pp.
11 e N e e l y R e z e n d e d e C a r v a l h o : Letras
G u ilh e r m in a K r u g
rio-grandenses. Pôrto Alegre. Globo. 1935. 333 pp.
12 D a n t e M ila n o : Antologia dos poetas modernos. Rio de
Janeiro. Ariel. 1935. 216 pp. (Primeira antologia mo­
dernista, ainda de valor).
i :í A n d ra d e M u r ic i: A nova literatura brasileira. Crítica e
antologia. Pôrto Alegre. Globo. 1936. 425 pp. (Apesar
dos critérios de seleção, ainda a melhor obra no gênero).
14 M a n u e l B a n d e ir a : Antologia dos poetas brasileiros da fase
romântica. 2.a edição. Rio de Janeiro. Ministério da
Educação e Saúde. 1940. 379 pp. (Seleção rigorosa; textos
críticos).
15 M a n u e l B a n d e i r a : Antologia dos poetas brasileiros da fase
parnasiana. 2.a edição. Rio de Janeiro. Ministério da
Educação e Saúde. 1940. 294 pp. (3.a edição. Rio de
Janeiro. Instituto Nacional do Livro. 1951. 312 pp.).
16 M a n u e l B a n d e ir a e E d g a r C a v a lh e ir o : Obras-primas da
lírica brasileira. São Paulo. Martins. 1943. 390 pp.
(Antologia muito compreensiva, daí o critério de seleção
menos rigoroso).
17 A l b e r t o d e S e r p a : á s melhores poesias brasileiras. Lisboa.
Portugália. 1943. 290 pp.
18 J o s é O s ó r io d e O liv e ir a : Pequena antologia da moderna
poesia brasileira. Lisboa. S. P. N. 1944. 107 pp.
19 F ernando M ota : Antologia de poetas pernambucanos.
Recife. Cultura Intelectual. 1945. 289 pp.
20 A l p h o n s u s G u i m a r a e n s F i l h o : Antologia da poesia mineira,
fase modernista. Belo Horizonte. Cultura Brasileira. 1946.
107 pp.
21 M a n u e l B a n d e i r a : Antologia de poetas brasileiros bissextos
contemporâneos. R i o de Janeiro. Zélio Valverde. 1946.
212 pp. (Complemento de tôdas as outras antologias).
22 A n t ô n io S o a re s A m o ra e F r e d e r ic o J o sé da S ilv a R a m os:
Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo. SEP.
1949. 1157 pp.
23 A lo ís to de C a r v a lh o F i l h o : Coletânea de poetas bahianos.
Rio de Janeiro. Minerva. 1951. 272 pp.
‘)A E néas d e M o u r a : Coletânea de poetas paulistas. Rio d e
Janeiro. Minerva. 1951. 352 pp.

33
ar») O l i v e i r a E S i l v a : Coletânea de poetas pernambucanos. R i o
de Janeiro. Minerva. 1951. 239 pp.
26) Luís P i n t o : Antologia âa Paraíba. Rio de Janeiro. Mi­
nerva. 1951. 341 pp.
27) A n t ô n io C a k lo s M a c h a d o : Coletânea de poetas sul-rio-
grandenses (1934-1951). Rio de Janeiro. Minerva. 1952.
391 pp.
28) A n d ra d e M u r ic i: Panorama do movimento simbolista bra­
sileiro. Rio de Janeiro. Instituto Nacional do Livro.
1952/1953. 3 vols. 382, 388, 396 pp. (Antologia muito
completa da poesia simbolista).
29) A u g u s to L in h a r e s : Coletânea de poetas cearenses. Rio de
Janeiro. Minerva. 1952. 298 pp.
30) S é r g io B u a r q u e d e H o la n d a : Antologia dos poetas brasi­
leiros da fase colonial. Rio de Janeiro. Instituto Nacional
do Livro. 1952. 2 vols. 337, 297 pp.
31) Á lv a r o L in s e A u r é l i o B u a r q u e d e I I o lla n d a : Roteiro
Literário do Brasil e de Portugal. Antologia da Língua
Portuguesa, vol. I I (Brasileiros). Rio de Janeiro. José
Olympio. 1956. 510 pp.
32) R omeu de A v i l a r : Coletânea de poetas alagoanos. Rio de
Janeiro. Minerva. 1959. 286 pp.
33) A n tô n io S oares A m ora : Panorama da poesia brasileira.
vol. I. Era luso-brasileira. Rio de Janeiro. Civilização
Brasileira. 1959. 234 pp.
34) P é r ic le s E u g ê n io da S ilv a R a m o s : Panorama da poesia
brasileira, vol. III. Parnasianismo. Rio de Janeiro. Civi­
lização Brasileira. 1959. 255 pp.
35) F ern an d o G oes: Panorama da poesia brasileira, vol. IV.
O Simbolismo. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira. 1959.
366 pp.
36) M á r io d a S ilv a B r i t o : Panorama da poesia brasileira.
vol. V I. O Modernismo. Rio de Janeiro. Civilização
Brasileira. 1959. 214 pp.

31
LITERATURA DA ÉPOCA COLONIAL

B IBLIO G R AFIA

1) C a p is tr a n o d e A b r e u : Ensaios e estudos. Vol. I . Rio d e


Janeiro. Sociedade Capistrano de Abreu. 1 9 3 1 . ( A lite­
ratura brasileira contemporânea, pp. 6 1 - 1 0 7 ) . ( Trabalho
escrito em 1 8 7 5 , encerrando conceitos memoráveis sôbre o
“ gongorismo” , quer dizer, o estilo barroco na literatura
colonial brasileira).
2) E d u a r d o P e r i é : A literatura brasileira tios tempos coloniais,
do século X V I ao começo do século X I X . Buenos Aires.
E . Perié. 1885. 442 p p . ( Obra prolixa e antiquada).
3) S ílv ioR om ero: História da literatura brasileira. 1888.
Í3.a edição. Rio de Janeiro. José Olímpio. 1943. Vol. II.
370 pp.). (Responsável pela distinção entre “ Escola Bahiana”
e “ Escola Mineira” ).
4) Aspectos da literatura colonial
M a n u e l d e O liv e ir a L im a :
brasileira. Leipzig. Brockhaus. 1896. 301 pp. (Até hoje
o melhor estudo sôbre o assunto).
5) J o s é V e r ís s im o : História da literatura brasileira. Rio de
Janeiro. Francisco Alves. 1916, pp. 73-166. (Argumentos
decisivos contra o conceito “ Escola Mineira” ).
6) A r tu r M ota : História ãa literatura brasileira. São Paulo.
Companhia Editora Nacional. 1930. 2 vols. 496, 492 pp.
(Abrange a época colonial; notícias, nem sempre exatas, em
estilo didático).
7) R o n a ld de C a r v a lh o : Pequena história da literatura
brasileira. 5.a edição. Rio de Janeiro. Briguiet. 1935,
pp. 88-188. (Obedece às convenções estabelecidas).
8) S é r g io T. M aced o: Literatura do Brasil colonial. Rio de
Janeiro. Brasília. 1939. 106 pp.
9) P ed ro C a lm o n : Literatura dei Brasil. Período Colonial.
(In : S a n t i a g o Historia Universal de la Li-
P r a m p o lin i:
tcratura. Versión en espanol. Buenos Aires. Uteha. 1941.
Vol. X II , pp. 321-873).
10) A fo n s o A r in o s de M e lo F ran co: Mar de sargaço. São
Paulo. Martins. 1944. (Literatura colonial brasileira,
pp. 16-50).
11) A fr â n io
C o u tin h o : Aspectos da literatura barroca. Rio
de Janeiro, s. e. 1950, pp. 131-137.
12) A frânio Coutinho : Do Barroco ao Bococó. (in : A Litera­
tura no Brasil, edit. por Afrânio Coutinho. vol. I, t. 1. Rio
de Janeiro. Editorial Sul Americana. 1956. pp. 195-259).
13) José A d e r a ld o C a s te llo : A literatura brasileira, vol. I :
Era colonial. São Paulo. Cultrix. 1962. 148 pp.

A expressão ’’Literatura colonial’’ define determinada fase


da história literária brasileira, conforme critérios da história
política do país. Politicamente, essa fase é homogênea, mantendo-
se durante o respectivo tempo o “ status coloniae” ; literariamente,
porém, não se verifica essa homogeneidade. Daí as tentativas,
sobretudo de Sílvio Romero, de distinguir a “ Escola Bahiana” , do
século X V I I , e a “ Escola Mineira’’ do século X V II I. Mas na
Bahia do século X V I I , embora havendo escritores, não houve
“ Escola” ; e o conceito “ Escola Mineira” já foi refutado por José
Veríssimo. Não convém reunir, pelo mero critério geográfico, os
poetas épicos mineiros (Santa Rita Durão, Basílio da Gama) e os
muito diferentes poetas líricos da mesma época e região; êstes
últimos não formaram uma Arcádia ( “ Árcades sem Arcádia” , no
dizer de Alberto de Faria) nem há outro motivo para reuni-los
em grupo do que o fato de terem aderido à Inconfidência Mineira
(quer dizer: mais um critério político). A distinção entre “ Escola
Bahiana” e “ Escola Mineira” deixa, outrossim, sem lugar definido
os brasileiros natos Antônio José da Silva e Caldas Barbosa; é,
então, recurso cômodo relegá-los para Portugal.
Conforme critérios estilísticos, a “ Literatura colonial” divide-
se em Barroco, Rococó e Classicismo. Ao Barroco pertencem
Gregário de Matos, Botelho de Oliveira, Nuno Marques Pereira,
Rocha Pita e Itaparica. Do Rococó são Antônio José e Caldas
Barbosa. Convêm dividir a fase classicista em Classicismo Ilus­
trado (Matias Aires, Cláudio Manoel da Costa, Basílio da Gama,
Francisco de Melo Franco) e Classicismo Pré-Romântico (Santa
Rita Durão, Alvarenga Peixoto, Gonzaga, Silva Alvarenga).
Ficam fora, dessa classificação as “ primeiras letras” , do século
X V I, que, por mais importantes que sejam historicamente, não
influíram na evolução posterior da literatura brasileira.
BARROCO

A classificação dos poetas Gregório de Matos e Botelho de


Oliveira (e, no séquito dêle, do Frei Itaparica) e do historiador
Rocha Pita como representantes do estilo Barroco não encontraria
oposição. É algo diferente o caso de Nuno Marques Pereira, em
que elogiam a pureza do estilo quinhentista; mas forma e sentido
do seu livro — a viagem alegórica, com fins morais — são típicos
de um gênero barroco do qual Baltasar Gracián deixou o maior
exemplo.

Gregório de Matos
G r e g ó r io de M a to s G u erra . Nasceu na Cidade do Salvador
(Bahia), em 7 de abril (?) de 1623. Morreu no Recife,
em 1696.

obras

1) A d o lfo V arn h agen : Florilégio da poesia brasileira.


1850. (2.a edição. Rio de Janeiro. Academia Brasileira
de Letras. 1946. Vol. I, pp. 77-153). (Primeira publi­
cação de uma parte considerável dos poemas que ficaram
inéditos em vida do poeta e depois).
2) O b ra s p o é t ic a s . Editadas por Alfredo do Vale Cabral.
Vol. I : Sátiras. Rio de Janeiro. Tipografia Nacional.
1882. (Primeira edição, incompleta, mas fundamental).
3) O bras. Editadas por Afrânio Peixoto. 6 vols. Rio de
Janeiro. Academia Brasileira de Letras. 1923-1933.
(Vol. I : Sacra. 1929; vol. I I : Líricas. 1923; vol. I I I :
Graciosa, 1930; vols. IV e V : Satírica. 1930; vol. V I :
Última. 1933). (Os princípios críticos dessa edição são
muito discutíveis).
4) O bras 2 vols.
c o m p le ta s . São Paulo. Ed. Cultura.
1943. (Baseada na edição da Academia).

As edições de Gregório de Matos revelaram sucessivamente


os vários aspectos do seu estilo barroco: poesia erótica, satírica,
religiosa. Depois da redescoberta do poeta, devida a Varnhagen,
Araripe Júnior já Ihe apontou a importância tôda, embora só
conhecesse parte da obra. O prestígio de Gregório está, porém,
desde então decaindo, porque se revelou até que ponto êle depende
de Gôngora e Quevedo, grandes poetas do Barroco. A feição
especificamente brasileira de sua obra é, no entanto, fato certo.

37
3
B ib lio g r a fia

1) A d olfo V a r n h a g e n : F lo rilé g io da p o e sia brasileira. 1850. (2®


e d içã o . R io de J a n eiro. A ca d e m ia B ra sileira dt L etra s.
1946. V o l. I, pp . 71-76).
2) J oão M a n o e l P e r eira da S i l v a : O s v a r õ e s ilu stres do Jrasil du­
r a n te o s te m p o s colon ia is. P a ris . A . F r a n ck . 185Í. V o l. I,
pp. 159-183. ( B io g ra fia b asead a , se m crítica , n as 'on tes do
s é c u lo X V I I ) .
3) A l fr e do do V a l e C a b r a l : In tro d u çã o da ed içã o cita ia so b 2.
1882. pp. V -L III. ( T rab a lh o rig o r o s a m e n te c r i t i c ò .
4) S íl v io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. 188Í (3* edi­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1943. V ol. II, ip. 39-48).
(G éleb ra o sa tír ico b ra sileiro ).
5) T r is t ã o d e A ra r ip e J ú n i o r : G reg á rio d e M a tos. R i o d t J a n e i r o .
F a u c h o n & Cia. 1894. (2» ed içã o. R io de J a n eiro. G a rn ier.
1910. 204 p p .). (F u n d a m en ta l). (R e e d iç ã o e m : Obra crítica .
R io de J a n eiro. C a sa de R u i B a rb osa . 1960. V o l. II,
pp. 383-490).
6) J o sé V e r í s s i m o : E stu d o s b ra sileiros. V o l. I I . R io d e J a n e ir o .
L a em m ert. 1894. (G re g ó rio de M atos, pp. 225-238).
7) J oão R ib e ir o : O F a b o rd ã o . R io d e J a n e ir o . G a r n ie r . 1910.
(O p a d re M a n oel B ern a rd es e o p oeta G re g ó rio ds M atos,
pp. 55-63; G re g ó rio d e M a tos e L u ís de G ón g ora , pp. 305-315).
8) J o s é V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. R io d e J a ­
n e iro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 87-102. ( N ã o id m ite o
v a lo r q u e A r a r ip e J ú n ior a trib u iu a o p o e ta ).
9) P l í n i o B a r r e t o : G reg ó r io d e M a tos. ( I n : S ocied a d e d e Cul­
tu ra A rtística , C o n fer ên cia s. 1914-1915. São P au .o. L ev i.
1916, pp. 83-140).
10) A f r â n io P e i x o t o : P o e ir a da estra d a . 1918. (3® e d iç io . R io
de J a n e iro. J a ck s o n . 1944). (A s p e cto s do “ humDur” d a
lite ra tu ra n acion a l, pp. 276-318).
11) Á l v a r o G u e r r a : G reg ó r io d e M a to s, su a v id a e suas obras.
São P a u lo . M elh ora m en tos. 1922. 56 pp.
12) E l ís io d e C a r v a l h o : L a u ré is in sig n es. R io d e J a n eiro. A n u á rio
d o B ra sil. 1924. (G re g ó rio e a s á tira sod á tica , pp . 241-269).
13) J oão R ib e ir o : C a rta s d evolv id a s. P ô r to . L ello. 192E. (G re ­
g ó r io de M atos, pp. 114-122).
14) A f r â n io P e i x o t o : É d itos e in éd ito s d e G reg ó r io d e M atos. P r e ­
f á c io d e Sacra. V o l. I, d a e d içã o d a A ca d em ia . 1929, pp. 9-21.
15) H o m e r o P i r e s : G reg ó r io d e M a to s, p o e ta relig io so . I n t r o d u ç ã o
de S acra. V o l. I, d a e d içã o d a A ca d em ia . 1929, pp. 23-38.
(E stu d o im p o r ta n te s ô b r e ês s e a s p e c to ).
16) X avier M a r q u e s : G reg ó r io d e M a tos. P r e fá c io de G raciosa.
V o l. I l l , d a e d içã o d a A ca d em ia . 1930, pp. 9-27.
17) J oão R ib e ir o : C rítica . C lássicp s e ro m â n tic o s b rasileiros. R i o
de J a n e iro. A ca d e m ia B ra s ile ira d e L etra s. 1952. (G re­
g ó r io de M atos, pp. 45-46). ( E s c r ito e m 1930).
18) S íl v io J ú l i o : F u n d a m en to s da p o e s ia b rasileira. R io d e J a ­
n eiro. C oelh o B ra n co . 1930, pp. 70-73.
19) C o n s t ã n c io A l v e s : G reg ó r io d e M a tos. P r e fá c io d e Satírica.
V ol. IV , d a e d iç ã o d a A ca d em ia . 1930, pp. 9-40 (.B rilhante
en sa io ).

38
20) A utu r M o t a : H istó ria da litera tu ra b rasileira. V ol. I. São
P a u lo. C o m p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1930, pp. 463-475.
( S êca s n o tíc ia s j b ib liog ra fia in e x a ta ).
21) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu ç ã o da p o e sia brasileira. 1932. (3* ed i­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 14-22). ( A p r e ­
cia çã o co n g en ia l do s a tír ic o ).
22) P edro C a l m o n : A v id a esp a n to sa d e G reg ó r io d e M a tos. P re­
f á c io d e V itim a. V o l. V I, d a e d içã o da A ca d em ia . 1933,
pp. 23-58.
23) H eitor M o n i z : V u lto s da litera tu ra b rasileira. R io de J a n eiro.
M a risa . 1933. (G re g ó rio de M a tos, o n osso p r im e iro p o e ta
sa tírico , pp. 13-21).
24) R o n a l d d e C a r v a l h o : P e q u e n a h istória da litera tu ra b rasileira.
5» e d içã o . R io de J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp . 101-122.
(.E logio n a cion a lista ).
25) S íl v io J ú n i o r : R e a ç õ e s n a litera tu ra brasileira. R io de J a ­
n e iro. A n tu n es. 1938. pp. 102-135. ( F o r te a ta q u e c o n tr á a
s u p o sta brasilid ad e d e G reg ó r io , q u e é d en u n cia d o c o m o
p la g iá rio d e G ón g o ra e Q u e v ed o ).
26) O t o n ie l M o t a : G reg ó rio d e M a tos. ( I n : R e v is t a d a A ca d e m ia
P a u lis ta de L etra s, I I /6 , ju n h o de 1939, pp . 109-130).
27) A f o n s o C o s t a : E m tô rn o d e G reg ó r io d e M a tos. ( I n : R e v is ta
das A ca d e m ia s de L etra s, IV /1 9 , m a r ç o de 1940, pp. 37-46).
28) R o s s i n i T a v a r e s d e L i m a : G reg ó r io d e M a tos , o b ô ca do in ­
fe r n o . S ã o P a u lo. E lo . 1942. 188 pp.
29) N e w t o n d e F r e it a s : E n s a y o s a m erica n o s. B u en os A ires. s. e.
1944. (G re g ó rio de M atos, pp. 49-61). (A c e n tu a o s m o tiv o s
s o cia is da sá tir a ).
30) S e g i s m u n d o S p i n a : G reg ó r io d e M a tos. S ã o P a u lo. E d . A ssu n ­
çã o . 1946. 158 pp. (T ra b a lh o s c ie n tífic o s ; co m a n to lo g ia ).
31) H e r n a n i C id a d e : O c o n c e ito da p o e s ia c o m o e x p ressã o da cu l­
tu r a ; su a ev o lu çã o a tr a v é s das litera tu ra s p o r tu g u ê s a e
b rasileira. São P a u lo. L iv ra ria A c a d ê m ic a S araiva. 1946.
( A p o e s ia em c o n ta c to c o m a vid a . G re g ó rio de M atos,
pp . 131-134).
32) M ar ia d e l C a r m e n B a r q u i m : G reg ó r io de M a tos. L a E p o ca .
E l H o m b re. L a O bra. M éx ico. R o b r e d o . 1946. 232 pp.
32) M a r g a r e t J. B a t e s : A B e t o f S e v e n te e n th C en tu ry , G reg ó r io
d e M a tos. ( I n : T h e A m erica s, W a s h in g to n , IV /1 , ju lh o d e
1947, pp . 83-99).
34) A f r An io C o u t i n h o : A s p e c t o s da litera tu ra b a rrôca . R io d e
J a n e iro , s. e. 1950, pp. 134-137. (D e fin e o b a rroq u ism o do
p o e ta ).
35) P a u l o R ó n a i : P r o c e s s o s d e cu ltism o na ob ra d e G reg ó r io d e
M a tos. ( I n : C orreio d a M an hã, R io de J a n eiro, 18 de
ju n h o d e 1950).
36) C ló v is M o n t e i r o : G reg ó r io d e M a tos. (I n : Studia, R io d e J a ­
n e iro 1/1, d e z em b ro d e 1950, pp. 69-80).
37) M. D ie g u e s J ú n i o r : A S ocied a d e d e G reg ó r io d e M a tos. ( I n :
D iá rio de N otícia s, R io de J a n eiro, 25 de ju n h o de 1950).
38) S e g i s m u n d o S p i n a : G reg ó r io d e M a tos. ( I n : A L ite r a tu r a n o
B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. I, t. 1. R io d e J a ­
n eiro. E d ito ria l Sul A m e rica n a . 1955. pp. 363-376).

39
39) P aulo R ó n a i : Um e n ig m a d e n ossa h istória literá ria : G regá rio
d e M a tos. ( I n : R e v is t a d o L iv ro, R io de J a n eiro, 1/3-4,
d e z e m b ro de 1956, pp . 55-66).
40) M ärio F a u s t i n o : G reg á rio d e M a tos. ( I n : J o rn a l d o B rasil,
R io de J a n eiro, 7, 14 e 21 d e s etem b ro de 1958).
41) M iécio T a t i : E stu d o s e n o ta s crítica s. R io de J a n eiro. In sti­
tu to N a cio n a l d o L iv ro . 1958, pp. 31-49.
42) E u g ê n ioG o m e s : V is õ e s e R e v is õ e s . R io de J a n eiro. In stitu to
N a cio n a l d o L iv ro . 1958. (O g ê n io c ô m ic o d e G re g ó rio de
M atos, pp. 9-17; sô b re tr ê s son etos de G re g ó rio d e M atos,
pp. 18-28).

Botelho de Oliveira
M anoel B o t e l h o de O liv e ir a . Nasceu na Cidade do Salvador
(Bahia), em 1636. Morreu na Cidade do Salvador (Bahia),
em 5 de janeiro de 1711

obras

Música do Parnaso. Lisboa. Oficina Miguel Menescal. 1705.

e d iç õ e s

1) Música ão Parnaso. A ilha de Maré. Edição por Afrânio


Peixoto. Rio de Janeiro. Academia Brasileira de Letras.
1929.
2) Música do Parnaso. Edição por Antenor Nascentes. Rio
de Janeiro. Instituto Nacional do Livro. 1953.

A importância de Botelho de Oliveira, representante do estüo


“ gongórico” (em sentido pejorativo), reside apenas no fato de êle
ter sido o primeiro poeta indubitavelmente brasileiro com poema
publicado em vida; alguns elogiam-no, porém, como poeta descri­
tivo da paisagem baiana.

B ib lio g r a fia

1) A dolfo V a r n h a g e n : M a n o el B o te lh o d e O liveira. ( I n : R e v is ta
d o In stitu to H is tó r ic o e G e o g r á fic o B ra sileiro, I X /1 , 1847,
pp. 124-126).
2) M anoel A n t ô n i o M a j o r : M a n oel B o te lh o d e O liveira. (I n :
R e v is ta M en sa l da S ocied a d e E n sa io s L iterá rios. R io de
J a n e iro . T . II, (1864), pp. 144-147, 171-177).
3) S ílvio R o m e r o : H istó ria da litera tu ra brasileira. 1888. (3* e d i­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím p io ; v ol. II, pp. 48-50).
4) J osé V e r í s s i m o : E s tu d o s d e litera tu ra brasileira. 6* série. R io
de J a n eiro. G a rn ier. 1907. (O m ais a n tig o líric o b ra si­
leiro, pp. 15-33).

40
B) M anuel P i n t o : M a n o el B o te lh o d e O liv eira , p o e ta
de S ouza
baiano. P ô r to .
T ip o g r a fia P ortu g u esa . 1926. 19pp.
<l) X avier M a r q u e s : M a n o el B o te lh o d e O liveira. I n tro d u çã o da
e d iç ã o d a A ca d em ia . 1929, pp. 11-24.
7) A rtur M o t a : H istó ria da litera tu ra brasileira. São P a u lo.
C o m p a n h ia E d ito ra N a cio n a l. 1930. V o l. I, pp. 482-487.
8) J o io R ib e ir o : C ritica. C lá ssicos e ro m â n tic o s b ra sileiros. R i o
de J a n e iro . A ca d e m ia B ra s ile ira d e L etra s. 1952, 47-48 pp.
( E s c r ito e m 1930).
0) E G o m e s : M a n o el B o te lh o d e O liveira.
u g ê n io ( I n : A L iter a ­
tu ra n o B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. I, t. 1.
R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a . 1956, pp. 379-406).

Nimo Marques Pereira


Nasceu em Caitu (Bahia), em 1652. Morreu em 1728.

OURA

Compêndio narrativo do Peregrino da América. Lisboa.


Oficina Manoel Fernandes da Costa. 1728.

k d iç ã o

Kdição da Academia Brasileira de Letras. 2 vols. Rio de


Janeiro. 1939.

A obra de Marques Pereira ê um romance alegóri-co de fundo


religioso c moral, ao gôsto do Barroco.

lllh lio g r a fia

1) A dolfo V arnhagen: O " P e r e g r i n o da A m é r ic a ” e s eu a u tor,


n a tu ra l d e Caitu. J u ízo crítico . (I n : D iá rio O ficia l d o
Im p é rio B ra sileiro. R io d e J a n eiro, 5 d e m a r ç o de 1873).
2) L a u d e l in o F r e ir e : C lá ssicos b ra sileiros. R io de J a n eiro. T i­
p o g r a fia d a R e v is ta de P e tró p o lis. 1923, pp . 79. ( E lo g ia o
e stilo p u ro q u e c o n fu n d e c/om, “ c lá s s ic o ” ).
3) H aroldo P aran h os: H istó ria d o ro m a n tis m o n o B ra sil. V o l. I.
São P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp. 72-75.

Kocha Pita
Nasceu na Cidade do Salvador (Bahia),
X k ii a s t iã o d a R o c h a P i t a .
em 3 de maio de 1660. Morreix em Paraguaçu (Bahia), em
2 de novembro de 1738.

oura

Jíistória da América Portuguesa. Lisboa. Oficina Joseph


Antônio da Sylva. 1730.

41
EDIÇÃO

2.a edição. Lisboa. F. A. da Silva. 1880.


4.a edição. Rio de Janeiro. Garnier. 1910.

Conforme consenso geral, o representante típico da prosa


“ gongórica” no Brasil.

B ib lio g r a fia
1) J o a q u im C a e t a n o F e r n a n d e s P i n h e i r o : C u rso e le m e n ta r de
litera tu ra n acion a l. R io de J a n eiro. G a rn ier. 1862. pp. 293-299.
2) J. G. G óis: P r e fá c io d a 2* ed içã o. L isb oa . 1880, pp. I -X X V I I I .
3) S íl v io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. 1888. (3* e d i­
çã o . R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1943. V o l. II, pp. 62-67).
4) R o nald de Carvalho: P e q u e n a h istó ria da litera tu ra brasi­
leira. 5" ed içã o. R io d e J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 133-137.
5) H aroldo P ar an h o s: H istória do ro m a n tism o n o B ra sil. V ol. I.
São P a u lo . C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp. 93-98.

Itaparica
F rei M a n oel de S a n ta M a r ia I ta p a r ic a . Nasceu e m Ttaparica
(Bahia), em 1704. Morreu em 1768 (?).

OBRAS

Eustáquidos: Lisboa, s. e. 1769.


Descrição da ilha de Itaparica. Edit, por Inácio Acioli de
Cerqueira e Silva. Bahia, 1841.
Itaparica é o Bocha Pita da poesia.

B ib lio g r a fia
1) A dolfo V a r n h a g e n : M a n oel d e S a n ta M a ria Ita p a rica . (I n :
R e v is ta d o In stitu to H is tó rico e G e o g rá fico , X /2 , 1848,
pp. 240-244).
2) H aroldo P aran h o s: H istó ria do ro m a n tism o n o B ra sil. V ol. I.
São P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp. 68-71.

ROCOCÓ

O estilo Bococó não chegou a constituir, na literatura brasi­


leira, um movimento; seus representantes isolados, não encon­
trando ambiente na Colônia, foram para Portugal. Negou-se-lhes,
por êste e outros motivos, o caráter brasileiro, que alguns críticos
lhes perceberam, porém, no lirismo.

42
Antonio José (O Judeu)
Nasceu no Rio de Janeiro, em 8 de maio
i An k i .1 o s é d a S i l v a .
de 1705. Morreu em Lisboa, queimado como herético
judaizante, em 18 de outubro de 1739.

HIIKAH TEATRAIS

Vida de D. Quixote de la Mancha (1733) ; Esopaiãa (1 73 5 );


Anfitrião (1 73 6 ); O Labirinto de Creta (1 73 6 ); Guerras
do Alecrim e Mangerona (1737); As variedades de Proteu
(1737) ; O Precipício de Faetonte (1738).

KDIÇÕES

1) Teatro Cômico Português. Lisboa. Francisco Luís Ameno.


1744. Yols. I-II.
2) Óperas Portuguesas. Lisboa. Inácio Rodrigues. 1746.
li) Teatro Cômico Português. Nova edição. Lisboa. Simão
Tadeo Ferreira. 1787-1792.
4) Vida de D. Quixote de la Mancha e Guerras do Alecrim
e Mangerona, edit, por Mendes dos Remédios. Coleção
Subsídios para o estudo da história da literatura portu-
guêsa. Yols. V -V l. Coimbra. França Amado. 1905.
5) Obras, editadas por João Ribeiro. 4 vols. Rio de Janeiro.
Garnier. 1910-1911. (Edição principal).
6) Anfitrião e Guerras do Alecrim e Mangerona. Rio de
Janeiro. A Noite. 1939.
7) Obras, editadas por José Pérez. 2 vols. São Paulo. Ed.
Cultura. 1945.

Os trabalhos acêrca do “ Judeu,” foram, durante muito tempo,


principalmente de natureza biográfica: impressionou os historia­
dores o triste destino do herético, queimado pela Inquisição.
Surgiram críticos, porém, que reivindicaram a feição especifica­
mente brasileira do lirismo de Antônio José. Depois, revelou-se
o caráter Rococó do seu estilo poético. A maioria dos historiadores
literários brasileiros continua a considerar Antônio José como
escritor português.

B ib lio g T a fia

1) F B o u t e r w e k : H is to r y o f Span ish an d P o r tu g u e s e L i­
r ie d r ic h
ter a tu re. L on d on . B o o s e y & Sons. 1823. (T h e P ortu gu ese
d ra m a in th e fir s t h a lf o f th e eigh teen th cen tu ry,
pp. 350-363).

43
2) A d olfo V a r n h a g e n : F lo r ilé g io da p o e sia b rasileira. 1850. (2*
e d içã o . R io de J a n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira de Letras.
1946. V o l. I, pp. 253-264).
3) J o io M a n u e l P e r e ir a da S i l v a : O s v a r õ e s ilu stres do B ra sil
d u ra n te o s te m p o s colon ia is. P a ris. A . F r a n ck . 1858. V ol. I,
pp. 259-282.
4) F e r d i n a n d W o l f : D o m A n tó n io J o s é da Silva, d ie so g en a n n ten
“ O p ern d es U n d en ” . ( I n : S itzu n g sb erich te der K a iserlich en
A k a d e m ie d er W is s e n sch a fte n , W ien , X X X N /2 , a b ril de
1860, pp . 249-278).
5) J o a q u im C a e t a n o F e r n a n d e s P i n h e i r o : A n tó n io e a In q u isiçã o.
(I n : R e v is ta do In stitu to H is tó rico e G e o g r á fic o B ra sileiro,
t. X X V , 1862, pp. 365-419).
6) F e r d i n a n d W o l f : L e B r é s il littéra ire. B e r lin . A sch er. 1863,
pp. 31-44.
7) T e ó filo B r a g a : H is tó r ia do te a tr o p o r tu g u ês. A b aixa co m éd ia
e a óp era . S é cu lo X V I I I . P ô r to . Im p re n sa P ortu gu esa .
1871. (A s ó p e r a s p ortu g u e s a s d o Judeu, pp. 144-197).
8) M a c h a d o de A s s i s : C rítica . E d iç ã o J a ck s o n , vol. X X X . 1936.
(A n tó n io José, pp. 299-320). (E stu d o e s c r ito e m 1879).
9) E r n e s t D a v id : L e s o p é ra s du J u if. A n tó n io J o sé da Silva,
1705-1739. E x tr a it d u J ou rn a l L e s A rch iv e s Isra élites. P aris.
A . W itte rsh e im . 1880. 74 pp.
10) S ílvio R o m e r o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. 1888. (3* edi­
çã o. R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1943. V o l. II, pp. 57-62).
( R eiv in d ica a b rasilid ad e do lirism o do J u d eu ).
11) M a n u e l de O liv e ir a L i m a : A s p e c to s da litera tu ra co lo n ia l bra si­
leira. L eip zig. B ro ck h a u s . 1896, pp. 109-128.
12) C a p is t r a n o de A b r e u : E n sa io s e estu d os. V o l. II. R io de J a ­
n eiro. S o cied a d e C a p istra n o d e A b reu . 1931. (A n tó n io José,
o Judeu, pp. 47-70). ( E stu d o e s c r ito e m 1905).
13) T eó filo B r a g a : O m á rtir da in q u isiçã o p o r tu g u êsa , A n tô n io
J o sé da Silva. L isb oa . 1910. 27 pp.
14) J oão R ib e ir o : P r e fá c io d a e d içã o cita d a sob 5 ) . G a rn ier. 1910.
V ol. I, pp. 9-34.
15) T e ó filo B r a g a : R eca p itu la çã o da h istória da litera tu ra p o r tu ­
g u êsa . IV . Os á rca d es. P ô r to . C h a rd ron . 1918, pp. 113-138.
16) C a r l o s S ü s s e k i n d de M e n d o n ç a : H istó ria do te a tr o brasileiro.
I. R io de J a n eiro. M e n d o n ça M a ch a d o. 1926, pp. 117-149.
17) J oão R ib e ir o : C rítica . C lássicp s e r o m â n tic o s b ra sileiros. R i o
d e J a n e iro . A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1952. (O p oeta
ju d eu , pp. 56-58). ( E s c r ito e m 1926; con sid era a s p e ç a s co m o
v a u d e v ille s ).
18) S ílv io J ú l i o : F u n d a m en to s da p o e sia brasileira. R i o d e J a ­
n eiro. C oelh o B ra n co . 1930, pp. 213-226. ( V e r ific a a s in flu ên ­
cia s q u e o J u d eu r e c e b e u d e p o e ta s esp a n h óis e ita lia n os do
R o co có ).
19) L ú cio de A z e v e d o : N o v a s ep a n á fo ra s. L isb oa . L iv ra ria Clás­
s ica . 1932. (A n tô n io J osé d a S ilva e a In q u isiçã o, pp. 137-218).
( E s c la r e c im e n to d efin itiv o da b io g ra fia e do p r o c e s s o ).
20) H aroldo P a r a n h o s : H istó ria do ro m a n tis m o n o B ra sil. V o l. I.
São P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp. 79-86.

44
2 t) A. P iccA R O L o: A n to n io J o s é da Silva. ( I n : O E s ta d o de S ã o
P a u lo, 18 de ou tu b r o de 1939).
22) C â n d id o J u c á Fi l h o : A n tô n io J o s é , o ju d eu . R io de J a n eiro.
C iviliza çã o B ra sileira . 1940. 53 pp. (D e fe n d e a b rasilid ad e
d e A n tô n io J o sé e a c e n tu a a f e iç ã o R o c o c ó do s eu te a tr o ).
23) F id e l in o de F H istó ria da litera tu ra clássica . II.
ig u e ir e d o :
E p o ca , 1580-1756. 3* ed içã o. S ã o P a u lo. A n ch ieta . 1946,
pp. 180-191.
24) C. H . F k è c h e s : I n tr o d u c tio n au th é â tr e du Jud eu. ( I n : B u l­
letin d ’H is to ire du T h é â tr e P o rtu g a is, L isb oa , 1/1, 1950,
pp. 51-52; I I / l , 1950, pp. 73-79).

Ouldas Barbosa
Nasceu no Rio de Janeiro, em 1738.
D o m in o o s C a ld a s B a r b o s a .
Morreu em Lisboa, em 9 de novembro de 1800.

oura

Viola de Lereno. Lisboa. João Nunes Estêves. 1798.


(2.a parte id. 1826).

e d iç ã o

Viola de Lereno, edit, por Francisco de Assis Barbosa. 2 vols.


Rio de Janeiro. Instituto Nacional do Livro. 1944.

Caldas Barbosa, padre mulato e autor de modinhas, é figura


típica do Brasil-Colônia. Passou, no entanto, a vida em Portugal.
.1 discussão sôbre o feitio do seu lirismo parece resolvida em favor
ila brasilidade do poeta.

B ib lio g r a fia

1) A d olfo V a r n h a g e n : F lo r ilé g io da p o e sia b rasileira. 1850. (2*


e d içã o . R io de J a n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira d e L etra s.
1946. V o l. II, pp. 85-98).
2) J o s é A n t ô n i o d e F r e it a s : O lirism o b rasileiro. L isb oa . D a v id
C orazzi. 1877, pp . 65-67.
3) S íl v io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. 1888. (3* edi­
çã o . R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1943. V o l. II, pp. 145-148).
4) J o sé V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra brasileira. R io d e J a ­
n e iro. F r a n c is c o A lv es. 1916, pp. 120-121.
5) A r t u r M o t a : H istó ria da litera tu ra brasileira. S ã o P a u lo.
C o m p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1930. V o l. II, pp. 319-327.
6) S ílv io J ú l i o : F u n d a m en to s da p o e sia brasileira. R io d e J a ­
n e iro. C oelh o B ra n co . 1930, pp. 96-100.
7) H aroldo P a r a n h o s : H is tó r ia do ro m a n tism o n o B ra sil. V o l. I.
S ã o P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp. 264-271.
8) F r a n c is c o de A s s i s B a r b o s a : P r e fá c io d a e d i ç ã o c i t a d a . 1944.
V ol. I, pp. I X - X X

45
9) L u ís da C â m a r a C a s c u d o : A p r e s e n ta ç ã o . ( I n : C a lda s Barbosa,.
P o e sia . R io de J a n eiro. A g ir , 1958, pp. 5-30).
10) A n t ô n io C â n d id o : F o r m a ç ã o da L iter a tu ra B ra sileira . São
P a u lo. M a rtin s. 1959. V o l. I, pp. 144-146.

CLASSICISMO ILUSTRADO

Na poesia brasileira da segunda metade do século X V I I I é


possível distinguir duas tendências diferentes: a chamada “ arcá-
dica” , na qual se descobrem vestígios do »entimentalismo pré-
-romântico, e outra, mais racionalista, própria do século da
Ilustração. A aliança entre o classicismo estético e o livre-
-pensamento mais ou menos radical é um dos grandes fatos literários
da época, representado por Voltaire. Quanto à área da língua
portuguêsa, pode-se falar de “ época de Pombal” . A ela pertencem
indubitàvelmente Basílio da Gama e Francisco de Melo Franco,
mas também M atias Aires e, em virtude das suas convicções esté­
ticas e ideológicas, Cláudio Manoel da Costa.

Matias Aires
M a t ia s A ir e s R am os da Nasceu em São Paulo, em
S i l v a D ’e ç a .
27 de março de 1705. Morreu em Portugal, em 1768 ( f ) .

obra

Reflexões sôbre a vaidade dos homens. Lisboa. Francisco


Luís Ameno. 1752.

EDIÇÕES

1) Edição, Rio de Janeiro. Liv. J. Leite. 1921.


2) Edição, São Paulo. Martins. 1942.
3) Edição, Rio de Janeiro. Zélio Valverde. 1948.

O moralista Matias Aires ficou completamente esquecido, até


Solidônío Leite o redescobrir em 1914.

Bibliografia
1) S o lid ô n ío L e i t e : C lá ssicos esq u ecid o s. R io d e J a n eiro. J a cin to
R ib e ir o d o s San tos. 1914. (M a tia s A ir e s R a m o s d a Silva,
pp. 159-171).
2) N e s t o r V í t o r : M a tia s A ires . ( I n : C o rre io d a M an hã. R io de
J a n e iro , 1, 6 e 21 de ja n e ir o d e 1914).
3) C l á u d io G a n n s : M a tia s A ires . ( I n : M u n d o L iterá rio. R io de
J a n e iro , IV /3 9 , 5 de ju lh o d e 1925, pp. 343-359).

46
4) A lc id e sB e z e r r a : A filo s o fia na f a s e colon ial. R io d e J a n eiro.
A rq u iv o N a cio n a l. 1935. 38 pp.
6) H aroldo P H istó ria do r o m a n tis m o n o B ra sil. V o l. I.
aran h os:
S ão P a u lo . C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp. 76-78.
6) T r istâ o de A t a í d e : P r e fá c io d a E d iç ã o M a rtin s. S ã o P a u lo.
1942, pp. 5-17.
7) E r n e s t o E n n e s : D o is p a u lista s in sig n es. J o s é R a m o s da
S ilva e M a tia s A ir e s R a m o s da Silva d’ E ça , co n trib u içã o
p a ra o estu d o cr ític o d e su a ob ra . S ã o P a u lo. C om p a n h ia
E d ito ra N a cion a l. 1944. 487 p p .
8) M ário LÔ bo L e a l : P r e fá c io da ed içã o Z élio V a lv erd e. 1948,
pp. V -X V I I I . I
9) J a c in t o do P rado C o e l h o : ã m a r g e m das r e f l e x õ e s d e M a tia s
A ires . (B ra sília , C oim b ra , V I I, 1952, pp . 35-82).

Oláudio Manoel da Costa


Nasceu em Vargem de Itacolomi (Minas Gerais), em 5 de junho
de 1729. Suicidou-se na prisão, em Ouro Prêto, em 4 de
julho de 1789.

OBRAS

Obras poéticas. Coimbra. Luís Sêco Ferreira. 1768.


Vila Bica (poema épico). Ouro Prêto. Tipogr. Universal.
1839.

EDIÇÃO

Obras poéticas, edit, por João Ribeiro, 2 vols. Rio de Janeiro.


Gamier.

Nem a feição literária nem a atitude política de Cláudio


Manoel da Costa deram oportunidade para discussões: foi sempre
considerado como Arcadiano e Inconfidente. A bibliografia ocupa-
se antes dos muitos pontos menos esclarecidos da sua biografia.
Nas histórias da literatura brasileira, o poeta foi sempre mais
dogiado que estudado.

B ib lio g r a fia
1) F r ie d r ic h B o u t e r w e k : H is to r y o f th e S pan ish an d P o r tu g u e s e
L ite r a tu r e . L on d on . B o o s e y & Son s. 1823. (Im p ro v e d
sty le in P o r t u g u e s e p o e t r y : M a n oel d a Costa, pp. 357-364.
2) S i s m o n d i : L a L itté r a tu r e du M idi d e V E urope. T o m e IV . 1812.
(3* e d içã o. P aria. T re u tte l & W u erts. 1829, pp. 545-550).
( C láudio M a n oel, r e p r e s e n ta n te d e u m estilo p o é tic o q u e
ta m b ém flo r e s c ia na E u ro p a , f o i o p r im eir o p o e ta b rasileiro
a p recia d o p e lo s e s tr a n g e ir o s ).
3) F e r d in a n d D e n i s : R é s u m é d e V h istoire littéra ire du P o r tu g a l
e t du B résil. P a ris. L e c o in te et D u rey . 1826, pp. 572-574.

47
4) A l m e id a G a r r e t : B o s q u e jo da p o e sia p o rtu g u êsa . 1 82 6 . (O bras
co m p le ta s . L isb oa . E m p rê s a de H is tó ria de P ortu g a l. 1904.
V o l. X X I , pp. 28-29). (A n te s d e a d erir ao m o v im e n to r o ­
m â n tico , G a r r e tt elo g ia o c la s s ic is ta ).
5) A d o lfo V a r n h a g e n : F lo rilé g io da p o e s ia b rasileira. 1850. (2*
e d içã o . R io de J a n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira de L etras.
1946. V o l. I, pp . 289-299).
6) J oão M a n o e l P e r e ir a d a S i l v a : O s v a r õ e s ilu stres do B ra sil du­
r a n te o s te m p o s colon ia is. P a ris. A . F r a n ck . 1858. V o l. II,
pp. 1-41. (P o n to d e p a rtid a das d iscu ssõ es b io g rá fic a s).
7) J o a q u im C a e t a n o F e r n a n d e s P i n h e i r o : Cláudio M a n o el da
C osta. ( I n : R e v is ta d o In stitu to H is tó rico e G e o g r á fic o
B ra sile iro, X X X I I /2 , 1869, pp . 113-124).
8) J osé A l e x a n d r e T e ix e ir a d e M e l o : Cláudio M a n o el da C osta.
(I n : A n a is d a B ib lio te c a N a cio n a l, I, 1876/1877, pp . 373-387;
II, 1876-1877, pp. 209-246).
9) S ílv io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra brasileira. 1 88 8 . (3 * e d i ­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím p io. 1943. V o l. II, pp. 115-122).
10) J o a q u im N orberto de S o u s a e S i l v a : N o ta s b io g rá fic a s sô b re
C láudio M a n o el da C osta. ( I n : R e v is t a do In stitu to H is tó ­
r ic o e G e o g r á fic o d o B ra sil. L I I I /1 , 1890, pp. 118-137).
11) J o sé A l e x a n d r e T e ix e ir a de M e l o : J u ízo cr ític o s ô b r e Cláudio
M a n o el da C osta . ( I n : R e v is t a d o In stitu to H is tó r ic o e
G e o g r á fic o B ra sileiro, L I I /1 , 1890, pp. 38-46).
12) B e n ja m in F r a n k l i n R a m i z G a l v ã o : C láudio M a n o el da C osta.
( I n : R e v is ta B ra sileira , I I /5 , 1896, pp. 65-73).
13) M anuel de O liv e ir a L i m a : A s p e c t o s da litera tu ra co lo n ia l bra­
sileira . L eip zig . B ro ck h a u s . 1896, pp. 249-256.
14) J oão R ib e ir o : In tro d u çã o da ed içã o citad a. G a r n ie r . 1903.
V o l. I, pp . 1-45.
15) J osé V e r í s s i m o : H ik tória da litera tu ra brasileira. R io d e J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 130-136.
16) A r t u r M o t a : V u lto s e livros. A ca d e m ia B ra s ile ira d e L etras.
São P a u lo. M o n te iro L ob a to. 1921. (C lá u d io M a n oel d a
Costa, pp. 261-272).
17) J o sé A f o n s o M e n d o n ç a d e A z e v e d o : Cláudio M a n oel da C osta.
( I n : R e v is ta d a A c a d e m ia B ra s ile ira de L etras, n 9 93, setem ­
b r o d e 1929, pp. 15-33).
18) J oão R ib e ir o : C rítica. C lá ssicos e ro m â n tic o s b ra sileiros. R i o
de J a n e iro. A c a d e m ia B ra s ile ira d e L etra s. 1952. (C lá u d io
M a n oel d a C osta, pp. 61-64). (E s c r ito e m 1929).
19) A f r â n io de M el o F r a n c o : Cláudio M a n u el da C osta. (In : R e ­
v is ta d o In stitu to H is tó rico e G e o g r á fic o B ra sileiro. C V I,
1930, pp . 292-321).
20) A r t u r M o t a : H is tó r ia da litera tu ra brasileira. São P a u lo.
C o m p a n h ia E d ito r a N a cion a l. 1930. V o l. II, pp. 275-286.
21) C aio de M elo F r a n c o : O in c o n fid e n te C láudio M a n o el da C osta.
O p a rn a so o b seq u io so e a s C a rta s ch ilen a s. R io de J a n eiro.
S ch m id t. 1931. 248 pp. ( B io g ra fia ca p ita l, m a s d iscu tid a ).
22) R o n a l d d e C a r v a l h o : P e q u e n a h istória da litera tu ra brasileira.
5* e d içã o. R io d e J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 167-170.

48
2H) H aroldo P aran h os: H istó ria do ro m a n tism o n o B rasil. V ol. I.
S ã o P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp. 166-185.
24) F rancesco P ic c o l o : C. M. da C osta. R o m a . S o cie tà A m ic i dei
B ra sile. 1939. 60 pp. ( E stu d a a s r e la ç õ e s co m a litera tu ra
ita lia n a ).
25) E . R o q u e t t e P i n t o : E n sa io s brasilianos. S ã o P a u lo. C om p a ­
n h ia E d ito r a N a cion a l. 1940, pp. 100-102. (O p o e ta seria
m e n o s im p o r ta n te q u e o g e ó g r a fo e a r tis ta ).
26) W a l t e n s i r D u t r a : Cláudio M a n oel da C osta. ( I n : A L iter a tu ra
n o B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. I, t. 1. R io de
J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a . 1956, pp. 465-470, 505).
27) A n t ô n i o S o are s A m o r a : A fra g ilid a d e d e C. M . da C osta. (I n :
O E sta d o de S. P a u lo, 7 de setem b ro de 1957).
28) M a r t in sde O l iv e ir a : H istó ria da L iter a tu ra M ineira . B elo
H o rizo n te . Ita tia ia . 1958, pp. 65-67, 76-83. ( A trib u i ao p o e ta
a s “ C a rta s C h ilen a s” ).
29) A n t ô n io C A n d id o : F o r m a ç ã o da L iter a tu ra B ra sileira . São
P a u lo . M artins. 1959. V ol. I, pp. 80-99.

RuHÍlio da Gama
.Iohíó B asílio da Gama . Nasceu em Caxeú (Minas Gerais), em
1741 (?). Morreu em Lisboa, em 31 de julho de 1795.

obra

TJraguay. Lisboa. Régia Oficina Tipográfica. 1769. (Há


reedições, 1811, 1822, 1844).

EDIÇÕES

1) Épicos brasileiros, edit, por Adolfo Varnhagen, Lisboa,


Imprensa Nacional. 1845.
2) Edição por Francisco Pacheco. Rio de Janeiro. Fran­
cisco Alves. 1895.
3) Edição por Artur Montenegro. Pelotas. Echenique
Irmãos. 1900. (9.a edição do poema).
4) Obras poéticas, edit, por José Veríssimo. Rio de Janeiro.
Garnier. 1902.
5) TJraguay, edit, por Afrânio Peixoto. Rio de Janeiro.
Academia Brasileira de Letras. 1941.

Cultivando o gênero épico, pertence Basílio da Gama ao


classicismo; sua ideologia é ilustrada, pombalina, o que constitui
um dos motivos da popularidade relativamente grande do poema
<iitre os letrados brasileiros do passado. Outro motivo é o assunto
americano, a introdução dos índios; a tendência■ de Basílio é,
porém,, antijesuítica e antes antiamericanista.

49
Bibliografia
1) F D e n i s : R é s u m é d e l’ h isto ire littéra ire du P o r tu g a l
e r d in a n d
e t du B résil. P a ris. L e c o in t et D u rey. 1826, pp. 554-566.
(J á elo g ia o “ e x o tis m o ” do p o e ta ).
2) A l m e id a G a r r e t t : B o s q u e jo da p o e sia p o rtu g u ésa . 1826. (O b ra s
C om p letas. L isb oa . E m p re s a da H is tó ria d e P o rtu g a l. 1904.
V o l. X XX , pp. 31).
3) A d o lfo V a r n h a g e n : F lo r ilé g io da p o e sia b rasileira. 1850.
(2* e d içã o. R io de J a n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira d e L etra s.
1946. V ol. I, pp. 320-325).
4) M a n o e l A n t ô n i o M a j o r : TJraguay, p o e m a é p ic o d e J o s é B asilio
da G am a. ( I n : R e v is ta M en sa l d a S o cie d a d e E n sa io s L ite­
rá rios, t. II, 1864, pp. 419-426). (O p o e m a c o m o ex p r e s s ã o
p o lític a ).
5) F r a n c is c oS otero d o s R e i s : C u rso d e litera tu ra p o r tu g u é s a e
b rasileira. V o l. IV . S ã o L u ís d o M a ra n h ã o. T ip o g r. d o
P a ís. 1873. (B a s ílio d a G am a, p oeta , su a b io g ra fia , eeu
p o e m a é p ic o U ra g u a y , pp. 201-230). ( E lo g io da fo r m a clas-
s icista ).
6) S íl v io R o m e r o : H is tó r ia da litera tu ra brasileira. 1888. (3* edi­
çã o. R io de J a n e iro . J o s é O lím p io. 1943. V o l. II, pp. 82-88).
7) F r a n c is c o P a c h e c o : In tro d u çã o d a e d iç ã o cita d a s o b 2 ). F r a n ­
c is c o A lv e s. 1895, pp. I -X X I V .
8) F é l i x F e r r e ir a : B a sílio da G am a. R io de J a n eiro. T ip . J orn a l
d o C o m é rcio . 1895. 28 pp.
9) M a n u e l de O liv e ir a L i m a : A s p e c t o s da litera tu ra colon ia l bra­
sileira . L e ip zig . B ro ck h a u s . 1896, pp. 219-221.
10) T e Of il o B r a g a : F ilin to E lisio e o s d issid en te s da A rcá d ia .
P o r to . L ello. 1901, pp. 480-505.
11) J osé V e r í s s i m o : E s tu d o s d e litera tu ra brasileira. 2* série. R io
de J a n e iro . G a rn ier. 1901. (O U ra g u a y de B a sílio d a G am a,
pp. 104-116).
12) J o sé V e r í s s i m o : B a sílio da G am a, su a v id a e su a s ob ra s. P r e ­
f á c io d a e d iç ã o cita d a sob 4 ). G a rn ier. 1902, pp. 19-75.
13) A r t u r M o t a : V u lto s e livros. A c a d e m ia B ra s ile ira de L etra s.
S ã o P a u lo . M o n te iro L o b a to . 1921. (B a s ílio d a G am a,
pp. 69-80).
14) Á l v a r o G u e r r a : B a sílio da G am a. São P a u lo. M elh ora m en tos.
1923. 54 pp.
15) M a n o e l de S o u s a P i n t o : O in d ia n ism o n a p o e sia b rasileira.
C oim b ra . C oim b ra E d itora . 1928. 24 pp.
16) P o v in a C a v a l c a n t i : T elh a d o d e vid ro. R io de J a n eiro. A P e r ­
n a m b u ca n a . 1928. (R e le n d o o “ U ra g u a y ” , pp. 115-154).
17) A r t u r M o t a : H istó ria da litera tu ra brasileira. São P a u lo.
C o m p a n h ia E d ito r a N a cion a l. 1930. V o l. II, pp. 258-272.
18) R o n a l d de C a r v a l h o : P e q u e n a h istó ria da litera tu ra brasileira.
5* e d içã o. R io de J a n eiro. 1935, pp . 153-159.
19) H ar oldo P a r a n h o s : H istó ria do ro m a n tis m o n o B ra sil. V o l. I.
São P a u lo . C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp. 135-151.
20) C a r l in d o L e l i s : B a sílio da G am a e o U ra gu a y. ( I n : R e v is ta
d a s A ca d e m ia s de L etra s, I X /2 6 , o u tu b ro de 1940, pp. 129-147).

50
21) A f r â n io P e i x o t o : N o ta p relim in a r da ed içã o cita d a so b 5 ).
A ca d e m ia B ra s ile ira d e L etra s. 1941, pp. V I I - X X X V I I .
(A c e n tu a o c a r á te r a n tia m erica n ista d o p o e m a ).
22) H e n r iq u e de C a m p o s L i m a : J o sé B a silio da G am a, a lg u n s n o v o s
su b síd io s p a ra a su a b iog ra fia . ( I n : B ra sília , vol. II, 1943,
pp. 15-32).
23) A r n a l d o N u n e s : B asilio da G am o. ( I n : R e v is ta d a A ca d e m ia
F lu m in en se de L etra s. I, ou tu b ro de 1949, pp. 203-217).
24) W a l t e n s i r D u t r a : B asilio da Gam a. ( I n : A L ite r a tu r a n o
B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. I, t. 1. R io d e J a ­
n eiro. E d ito ria l Sul A m e rica n a . 1956, pp. 494-502).
25) M a r t i n s de O l iv e ir a : H istó ria da L ite r a tu r a M in eira . B e lo
H o rizo n te . Ita tia ia . 1958, pp. 60-65.
26) E u g ê n i o G o m e s : V is õ e s e R e v is õ e s . R io de J a n eiro. In stitu to
N a cio n a l d o L iv ro 1958. ( A p oesia de B a silio d a G am a,
pp. 38-45).
27) A n t ô n i o C â n d id o : F o r m a ç ã o da litera tu ra b rasileira. São
P a u lo . M artin s. 1959. V ol. I, pp. 122-131.

Francisco de Melo Franco


N iinccu em Paracatu (Minas Gerais), em 7 de setembro de 1757.
Morreu em Ubatuba. em 22 de julho de 1823.

OBRA

O Reino da Estupidez. Paris. A. Bobée. 1818.

EDIÇÕES

5.a edição, in: Satíricos portugueses, edit. por João Ribeiro.


Rio de Janeiro. Garnier. 1910. (Existe 6.a ed., Belo
Horizonte, 1922).

O poema satírico de Francisco de Melo Franco, concebido em


<spírito pombalino, hoje apenas é curiosidade histórica.

B ib lio g r a fia
1) A d o lfo V arnhagen: F r a n c is c o d e M elo F r a n c o . ( I n : R e v is ta
d o In stitu to H is tó rico e G e o g r á fic o B ra sileiro, V , 1843,
pp. 345-349).
2) T e ó filo B F ilin to E llsio e o s d issid en tes da A rcá d ia . P ô r to .
raga:
C h ard ron . 1901. (F r a n c is c o d e M elo F r a n co , pp. 448-479).
3) H aroldo P a r a n h o s : H istó ria do ro m a n tism o n o B ra sil. V o l. I.
S ão P a u lo . C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp. 252-259.
4) A n t ô n i o C â n d id o : F o r m a ç ã o da litera tu ra b rasileira. São
P a u lo . M a rtin s. 1959. V o l. I, pp. 153-157.

51
CLASSICISMO PRÉ-ROMÂNTICO

Os poetas líricos que pertenciam ao grupo da Inconfidência


Mineira são, em parte, menos classicistas que Cláudio Manoel da
Costa. No seu “ arcadismo” — estilo que durante o século X V III
percorreu várias fases diferentes — existe um elemento de senti­
mentalismo e outro, de exotismo (correspondente a certo nativismo
ideológico) que também, se encontram no prê-romantismo europeu.
O mesmo sentimento nativista inspirou o poema épico de Santa
Rita Durão, embora êste pareça, a outro respeito, mais “ clássico"
que o próprio Basílio da Gama.

Santa Rita Durão


F rei J osé de Santa R it a D urão. Nasceu em Cata Preta (Minas
Gerais), em 1720 (?). Morreu em Lisboa, em 24 de janeiro
de 1784.

OBRA

Caramuru. Lisboa. Régia Oficina Tipográfica. 1781.

EDIÇÕES

1) Épicos brasileiros, edit. por Adolfo Varnhagen. Lisboa.


Imprensa Nacional. 1845.
2) Caramuru. Rio de Janeiro. Gamier. 1878. (5.a odiçílo
do poema).

O poema camoniano de Santa Rita Durão é, há muito, con


siderado ilegível pelos críticos; o sentimento nacional que o poeta
manifestou, assegura-lhe, porém, certa importância histórica.

B ib lio g r a fia
1) F e r d in a n d D e n is : R è s u m é d e V histoire littéra ire du P o rtu g a l
e t du B résil. P a ris. L e c o in te et D u rey . 1826, pp. R!M fttlll

52
2) A l m e id a G a k r e t t : B o s q u e jo da p o e s ia p o rtu g u êsa . 1826. (O b ra s
C om pletas. L isb oa . E m p rê s a d a H is tó ria d e P o r tu g a l. 1904.
V o l. X X I , pp. 29-30).
3) A d olfo V a r n h a g e n : O C aram u ru p e r a n te a h istória . (In : R e ­
v is ta d o In stitu to H is tó rico e G e o g r á fic o B ra sileiro, X , 1848,
pp. 129-152).
4) A d o lfo V a r n h a g e n : F lo rilé g io da p o e sia b rasileira. 1850.
(2» e d içã o. R io de J a n eiro. A ca d e m ia B ra sileira de L etra s
1946. V ol. I, pp. 389-394).
5) M a n u e l A n t ô n i o M a j o r : C a ram u ru , p o e m a é p ic o d e F r e i J osé
d e Santa R ita D u rã o. ( I n : R e v is ta M en sal d a S ocied a d e
E n sa io s L iterá rios, t. III, 1865, pp. 125-134, 212-215).
6) F r a n c is c o S o tero dos R e i s : C u rso d e litera tu ra p o r tu g u ê s a e
brasileira. V o l. IV . São L u ís d o M a ra n h ã o. T ip o g r a f. d o
P a ís, 1873. (F r e i J osé d e S a n ta R it a D u rã o, su a b io g ra fia ,
seu p o e m a é p ic o C a ra m u ru , p p 171-199).
7) L o p e s G u i m a r ã e s : F r e i J o sé D u rã o. S ã o P a u lo. T ip o g r a f. d o
T a b o r. 1883. 58 pp.
8) U r b a n o D u a r t e : F r e i J o s é d e S a n ta R ita D u rã o. ( I n : G a zeta
L ite rá ria . R io de J a n eiro. 1/8, 24 d e ja n e ir o de 1884).
9) S íl v io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. 1888. (3* e d i­
çã o. R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1943. V o l. II, pp. 88-93).
10) M a n u e l de O l ive ira L i m a : A s p e c t o s da litera tu ra co lo n ia l b ra­
sileira . L eip zig. B ro ck h a u s . 1896, pp. 221-233.
11) T e ó filo B r a g a : F ilin to E lisio e o s d issid en tes da A rcád ia .
P o r to . L ello. 1901, pp . 506-524.
12) J o sé V e r í s s i m o : E s tu d o s da litera tu ra b rasileira. 2» série. R io
de J a n e iro . G a rn ier. 1901. (O C a ra m u ru de S a n ta R ita
D u rã o , pp . 116-129).
13) C a r l o s G ó i s : E lo g io d e S a n ta R ita D u rã o. B e lo H orizon te.
Im p re n sa O ficia l. 1914. 28 pp.
14) A r t u r V ié g a s (P s e u d . d e P e . A n tu n e s V ie ir a S. J.) : O p o e ta
Sa n ta R ita D u rã o. R e v e la ç õ e s h istó rica s da su a v id a e do
s e u sécu lo . B ru xela s. G a u d io. 1914, pp. 355. ( O bra fu n ­
d a m en ta l).
15) M e n d e s d o s R e m é d i o s : A lg u m a co u sa d e n ó v o s ô b r e Santa R ita
D u rã o. ( I n : R e v is t a d a L ín g u a P ortu g u êsa , I, 1920,
pp. 69-82).
16) P o v in a C a v a l c a n t i : T elh a d o d e v id ro. R io de J a n eiro. A P e r ­
n a m b u ca n a . 1928. (R e le n d o o "C a r a m u r u ” , pp. 83-114).
17) E u g ê n io V i l h e n a de M o r a is : S egu n d o c e n ten á rio do n a scim en to
d e F r e i J o sé, d e Santa R ita D u rã o. ( I n : R e v is ta d o In sti­
tu to H is tó rico e G e o g r á fic o B ra sileiro, X C IX , 1928,
pp. 185-218).
18) A r t u r M o t a : H istó ria da litera tu ra b rasileira. São P a u lo.
C o m p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1930, vol. II, pp. 250-258.
19) R o n a l d de C a r v a l h o : P e q u e n a h istó ria da litera tu ra brasileira.
5» e d içã o. R io de J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 160-164.
20) H aroldo P a r a n h o s : H istó ria do ro m a n tism o n o B ra sil. V o l. I.
São P a u lo . C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp. 152-165.
21) H e r n a n i C id a d e : A p r e s e n ta ç ã o . ( I n : S a n ta R it a D u r ã o : C ara­
m u ru . R io de J a n eiro. A g ir. 1958, pp. 5-15).
22) A n t ô n i o C â n d id o : F o r m a ç ã o d e litera tu ra b rasileira. São
P a u lo . M a rtin s. 1959. V o l. I, pp. 175-185. ( M a is fa v o r á v e l
q u e o u tro s c r ític o s m o d e r n o s ).

53
4
Alvarenga Peixoto
I n á c io J osé d e A l v a r e n g a P e ix o t o . Nasceu no Rio de Janeiro,
em 1744 (?). Morreu, desterrado, em Ambaca (Angola),
em 1.° de janeiro de 1793.

e d iç õ e s

1) Obras poéticas, edit, por Joaquim Norberto de Sousa e


Silva. Rio de Janeiro. Garnier. 1865.
2) Obras poéticas, edit. por Domingos Carvalho da Silva.
São Paulo. Clube de Poesia. 1957.
3) Obra, editada por M. Rodrigues Lapa. Rio de Janeiro.
Instituto Nacional do Livro. 1960.

Dos poetas da Arcádia Inconfidente é Alvarenga Peixoto o


menos estudado, o que se explica, talvez, pela exiguidade de sua
obra. O estudo comparativo não justifica, porém, essa relativa
indiferença. A edição organizada por Domingos Carvalho da
Silva é o começo da reabilitação.

Bibliografia

1) A dolfo V a r n h a g e n : F lo rilé g io da p o e sia brasileira. 1850.


(2» e d içã o. R io de J a n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira de L etras.
1946. V o l. II, pp. 9-16).
2) J o a q u im N o rbe rto de S ousa e S il v a : N o tícia s ô b r e In á cio J osé
A lv a re n g a P e ix o to e su as obras. P r e fá c io da e d iç ã o cita da .
G arn ier. 1865, pp. 27-65.
3) S ílv io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. 1888. (3* edi­
çã o. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1943. V o l. II, pp. 122-127.
4) M anuel de O live ira L i m a : A s p e c t o s da litera tu ra colon ia l bra­
sileira. L eip zig . B ro ck h a u s . 1896, pp. 268-273.
5) J o sé V e r ís s im o : H istó ria da litera tu ra brasileira. R io d e J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 138-142.
6) A rtur M o t a : H istó ria da litera tu ra b rasileira. São P au lo.
C om p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1930. V ol. II, pp. 298-303.
7) R o n a l d de C a r v a l h o : P e q u e n a h istória da litera tu ra . 5» edição.
R io d e J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 174-177.
8) H aroldo P aran h os: H istó ria d o ro m a n tism o n o B ra sil. V ol. I.
São P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp. 220-235.
9) C arlos S ü s s e k in d d e M e n d o n ç a : A lv a re n g a P e ix o to . (I n : B i­
b lio te ca d a A ca d e m ia C a rio ca d e L etra s, C a d ern o n 5 9. R io
de J a n e iro. Sauer. 1943, pp. 7-66).
10) D o m in g o s da S i l v a : In tro d u çã o d a e d içã o cita d a .
C arvalh o São
P a u lo. Clube de P oesia , 1957, pp. 7-16.
11) A n t ô n io C â n d id o : F o r m a ç ã o da L ite r a tu r a B ra sileira . São
P a u lo. M artins. 1959, pp. 104-107.

54
12) M . R o d r ig u e s L a p a : P r e fá c io da V id a e ob ra d e A lv a re n g a
P e ix o to . R io de J a n eiro. In stitu to N a cio n a l do L iv ro . 1960.
pp. I X -L I X ( estu d o d e fin itiv o ).

Oonzaga
T o m Xb A n t ô n i o G o n z a g a . Nasceu no Pôrto (Portugal), em 11 de
agôsto de 1744. Morreu, desterrado, em Moçambique, em
1809 ou, conforme outros, em 9 de abril de 1812.

OBRAS

Marília de Dirceu. (Parte I ). Lisboa. Tipografia Nunesiana.


1792.
Marília de Dirceu. (Partes I e II). Lisboa. Oficina de
Bulhões, s. d.
Cartas chilenas. l .a edição, incompleta, por Santiago Nunes
Ribeiro (Minerva Brasiliense, n.° 8, 1845).
Cartas chilenas. Edição completa, por Luís Francisco da
Veiga. Eio de Janeiro. Laemmert. 1863.

EDIÇÕES

O grande número das edições de “ Marília de Dirceu” e a


pouca exatidão das indicações bibliográficas dificultam muito a
pesquisa. A relação seguinte, sendo incompleta, pretende apenas
demonstrar o grande êxito da obra. Sôbre pormenores bibliográ­
ficos, veja-se:

O sw aldo M elo B raga: A s edições de Marília de Dirceu. Eio


de Janeiro. Benedicto de Sousa. 1930. 58 p.
1) Marília de Dirceu. 3.a edição. Lisboa. Ofic. Nunesiana.
1799.
2) Marília de Dirceu. 6.a ed. Lisboa. Ofic. Nunesiana.
1802.
3) Marília de Dirceu. 7.a ed. Rio de Janeiro. Imprensa
Régia. 1810.
4) Marília de Dirceu. l l . a ed. Bahia. Serra. 1813.
5) Marília- de Dirceu. 14.a ed. Lisboa. Tip. Lucerdiana.
1819.
6) Marília de Dirceu. 19.a ed. Lisboa. Tip. Nunesiana.
1825.
7) Marília de Dirceu. 2 2 a ed. Bahia. Tipogr. do Diário.
1827.

55
8) Marília de Dirceu. 29.a ed., por João Manoel Pereira
da Silva. Rio de Janeiro. Laemmert. 1845.
9) Marília de Dirceu. 32.a ed., por Joaquim Norberto de
Sousa e Silva. Rio de Janeiro. Garnier. 1862.
10) Marília de Dirceu. 33.a ed. Lisboa. David Corazzi.
1885.
11) Marília de Dirceu. 34.a ed., por José Veríssimo. Rio
de Janeiro. Garnier. 1908.
12) Marília de Dirceu. 35.a ed., Alberto Faria. Rio de
Janeiro. Anuário do Brasil. 1922.
13) Obras completas, edit. por M. Rodrigues Lapa. Lisboa.
Sá Costa. 1937.
14) Cartas chilenas, edit. por Afonso Arinos de Melo Franco.
Rio de Janeiro. Ministério da Educação e Saúde. 1940.
15) Obras completas, edit. por M. Rodrigues Lapa. São
Paulo. Companhia Editora Nacional. 1942.

O grande número de edições permite afirmar que Gonzaga


é, depois de Camões, o poeta lírico mais lido da língua portuguesa.
Nota-se, porém, que a freqüência das edições vai diminuindo a
partir de 1860. O público brasileiro encontrou, desde então, nos
poetas românticos maior intensidade daquele sentimento que apre­
ciava no pré-romântico Gonzaga. Êste continua, porém, ocupando
a crítica e sobretudo a pesquisa biográfica quanto ao noivado com
Marília e à participação do poeta na Inconfidência Mineira. —
Parte considerável da bibliografia gonzaguiana refere-se à autoria
do anônimo poema satírico “ Cartas chilenas” , atribuído, sucessi­
vamente, a todos os poetas da Inconfidência; os críticos mais
autorizados admitem hoje a autoria de Gonzaga. — Também a
“ brasilidade” do poeta, nascido e formado em Portugal, foi
antigamente muito discutida.

B ib lio g r a fia
1) F e r d in a n d D R é s u m é d e V histoire littéra ire du P o r tu g a l
e n is :
e t du B résil. P a ris. L e co in te & D u rey . 1826, pp. 568-572.
2) A l m e id a G a r r e t t : B o s q u e jo da p o e sia p o rtu g u êsa . 1826. (O b ra s
co m p letas. L isb oa . E m p re s a d a H is tó ria de P o r tu g a l. 1904.
V ol. X X I , pp. 30-31).
3) A n t ô n i o F r a n c is c o D u t r a e M e l o : A lg u m a s r e f l e x õ e s a p r o p ó ­
sito da n o v a ed içã o d e M arília d e D irceu . ( I n : M in erv a
Brasiliens©, R io de J a n eiro, 1 de d ezem b ro d e 1845, ca d e rn o
1, p. 7 ).
4) A dolfo V a r n h a g e n : F lo rilé g io da p o e sia brasileira. 1850.
(2* e d içã o. R io de J a n eiro. A ca d e m ia B ra sileira de L etra s.
1946. V o l. II, pp. 53-72.

nr,
5) JoXo M a n u e l P er eira da S il v a : O s v a r õ e s ilu stres do B ra sil
d u ra n te o s te m p o s colon ia is. P a ris. A . F r a n ck . 1858. V ol. II,
pp. 43-79.
6) J o a q u im N o rbe rto d e S o u s a e S i l v a : N o tíc ia sô b r e T om á s A n ­
tô n io G on za ga e su a obra. In tro d u çã o d a 32» e d içã o de M a-
rília de D irce u . R io d e J a n eiro. G a rn ier. 1862, pp. 41-113.
7) C a m il o C a s t e l o B r a n c o : C u rso d e litera tu ra p ortu g u esa , il.
L isb o a . M a tos M oreira . 1876, pp . 249-250.
8) J o s é A n t ô n i o de F r e i t a s : O lirism o b rasileiro. L isb oa . D a v id
C o r a z z i. 1 877, p p . 6 7 -8 3 .
9) S íl v io R omero: H istó ria da litera tu ra b rasileira. 1888. (3* ed i­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1943. V ol. II, pp . 12Í-136).
10) T r is t Ao d e A r a r ip e J ú n i o r : D irceu . R io d e J a n eiro. L a em m ert.
1890. 32 pp. (O p r im eir o e a té h o je o m e lh o r estu d o m o n o ­
g r á fic o ). (R e e d iç ã o e m : O b ra crítica . R io de J a n eiro.
C a sa de R u i B a rb o s a . 1960. V o l. II, pp . 265-282).
11) M a n u e l de O l ive ira L i m a : A s p e c t o s da litera tu ra co lo n ia l bra­
sileira . L eip zig . B ro ck h a u s . 1896, pp. 257-268.
12) T eö filo B r a g a : Jf'ilinto E A sio e Os u issid en tes da A rcád ia .
P ô r to . L e llo. 1901, pp . 525 628.
13) J o sé V E s tu d o s a e litera tu ra brasileira. 2* série. R io
e r ís s im o :
de J a n e iro . G a rn ier. 1901. (G on za g a , pp . 211-223).
14) J o s é V e r í s s i m o : G on za g a e a M arília d e D irceu . P r e fá c io da
34* e d içã o . R io d e J a n eiro. G arnier. la08, pp. 15—ba.
15) JoSo R ib e ir o : O F a b o rd ã o . R io d e J a n eiro. G arnier. j.910-
(G o n za g a e A n a cre o n te , pp. 315-324).
16) J oão R ib e ir o : C rítica . C lá ssicos e ro m â n tic o s b ra sileiros. R i o
de J a n e iro . A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1952. (A p r o ­
p ó s ito de G on za ga , pp. 75-78). (E s c r ito e m 1912).
17) J o sé V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. R io de J a ­
n e iro . F r a n c is c o A lves. 1916, pp . 136-138, 157-166. ( D is c u te
c o m a c ê r to o p r o b lem a das C a rta s ch ilen a s).
18) T eópilo B r a g a : R eca p itu la çã o da h istó ria da litera tu ra p o r tu -
g u êsa . IV . Os Á rca d es. P ô r to . C h ard ron . 1918. (T o m á s
A n tô n io G on z a g a e a M 'arilia de D irce u , pp. 397-428).
19) A lb e r t o F a r ia : A é r ia e s . R io de J a n eiro. J a cin to R ib e ir o dos
S an tos. 1918. (A n a cre o n te s d o g ru p o m in eiro, pp. 213-219;
A m ô re s d e G on za ga , pp . 249-255).
20) A l b e r t o F a r ia : A cen d a lh a s. R io de J a n eiro. L eite R ib e ir o
& M a u ríllo. 1920. (C rip tôn y m os d a s C a rtas ch ilenas, pp. 5-41;
T o p o lo g ia das C artas ch ilen a s, pp. 157-178).
21) Á l v a r o G u e r r a : T om á s G on za ga. São P a u lo. M elh ora m en tos.
1923. 56 pp.
22) A r t u r M o t a : H istó ria da litera tu ra b rasileira. São P a u lo. C om ­
p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1930. V o l. II, pp. 286-298.
23) T omás B r a n d ã o : M arília d e D irceu . B e lo H o r iz o n te . T ip .
G u im a rã es, Sim ões, d ’A lm e id a e F ilh o . 1932. 477 pp. (D e ­
f e s a d e M arília c o n tr a c e r ta s cen su r a s) .
24) R o n a l d de C a r v a l h o : P e q u e n a h istória da litera tu ra brasileira.
5» e d içã o . R io d e J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 171-174.
25) H aroldo P a r a n h o s : H istó ria do ro m a n tism o n o B ra sil. V o l. I.
São P a u lo . C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp. 186-219.

57
26) M. R o d r ig u e s L apa: P r e fá c io da ed içã o das Obras. L isboa.
Sá d a C osta. 1937, pp. V I I - X X X V I .
27) M anuel B a n d e i r a : A a u to ria das C a rta s ch ilen as. (In : R e ­
vista do B ra sil, 3* fa se, 111/22, a b ril de 1940, pp. 1-25).
28) M ário C a s a s a n t a : N o ta s a c ê r c a d e G on za ga e M arília. (In :
C a d ern os d a H o ra P resen te, n 9 9, ju lh o e a g ô s to de 1940,
pp. 16-24).
29) A f o n s o A r in o s de M elo F r a n c o : O p r o b lem a da a u toria das
C a rta s ch ilen a s. (I n : R e v is ta do B ra sil, 3» fa s e , 111/28, ou tu ­
b ro de 1940, pp. 7-17).
30) A fo n so P ena J ú n i o r : E stu d o s ô b re a a u toria das C a rta s ch i­
lenas. (In : R e v is ta do B ra sil, 3» fa se, ju n h o de 1941,
pp. 78-91).
31) M. R o d r i g u e s L a p a : P r e fá c io da ed içã o das O bras. São P a u lo.
C o m p a n h ia E d ito r a N a cion a l. 1942, pp. I X -X L I I I . ( C on si­
d e r a ç õ e s im p o r ta n te s s ô b r e a id eo lo g ia d e G o n z a g a ).
32) João d e C a s t r o O s ó r i o : O “ C riticó n ” d e G raciá n e a s “ C artas
ch ilen a s” d e G on za ga. ( I n : A tlâ n tico, L isb oa , n9 1, 1942,
pp. 32-43).
33) A n t ô n io C r u z : T h om á s A n tô n io G on za ga , a lgu m a s n o ta s bio­
g r á fic a s e o u tra s pá gina s. P ô r to . F e r n a n d o M a ch a do.
1944. 71 pp.
34) F id e l in o de F ig u e ir e d o : H istó ria da litera tu ra clássica . III
ü p o c a , 1756-1825. 3* ed içã o. São P a u lo. A n ch ieta . 1946,
pp. 227-233.
35) L y d ia B esouchet y N ew ton de F r e it a s : L iter a tu ra d ei B rasil.
B u en os A ires. E d it. S u d a m erica n a . 1946. (T o m a z A n tôn io
G on zaga, pp. 31-48).
36) M ’a n u e l B A p r e s e n ta ç ã o da p o esia b rasileira. R io de
a n d e ir a :
Ja n eiro. C a sa do E stu d a n te d o B ra sil. 1946, pp. 31-37.
37) F T o r r i n h a : T om á s A n tô n io G on za ga, c o n sid era çõ es
r a n c is c o
sô b r e su a v id a e obra. ( I n : B ra sília , C oim b ra , IV , 1949,
pp. 3-16).
38) E d u ar do F r ie ir o : C om o e r a G o n z a g a ? B e lo H orizon te. P u b li­
ca çõ e s d a S e cre ta ria de M in as G erais. 1950. 73 pp. (R e­
co n stitu içã o h istó rica ).
39) J o io d e C a s t r o O só r io : G on za g a e a J u stiça . C o n fro n ta çã o de
B a lta sa r G ra ciá n e T o m á s A n tô n io G onza ga. L isb oa . Á lv a ro
P in to. 1950. 80 pp.
40) W a l t e n s i r D u t r a : T om á s A n tô n io G onza ga. ( I n : A L ite r a ­
tu ra n o B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. I, t. 1. R io
de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a . 1956, pp. 470-480,
506-518).
41) M. R o d r i g u e s L a p a : A s “ C a rta s C h ilen a s” . U m p r o b lem a h is­
tó rico e filo ló g ic o . R io de J a n eiro. In stitu to N a cio n a l do
L iv ro . 1958. 382 pp. ( E stu d o ex a u stiv o , p r ó -a u to ria de
G on za g a ).
42) E u g ê n ioG o m e s : V isões e R e v is õ e s . R io de J a n eiro. In stitu to
N a cio n a l d o L iv ro. 1958. (T o m á s A n tô n io G on z a g a e o
tem p o, pp. 46-53).

58
43) A n t ô n io C â n d id o : F o r m a ç ã o da L iter a tu ra B ra sileira . São
P a u lo . M a rtin s. 1959. V o l. I, pp. 108-121. (C a rta s C hilenas,
vol. I, pp. 158-165).

■Uva Alvarenga
M a n o e l I n á c io d a S il v a A l v a r e n g a . Nasceu em Ouro Prêto, em
1749. Morreu no Rio de Janeiro, em 1.° de novembro de
1814.

OBRA

Glaura. Lisboa. Nunesiana. 1801.

e d iç õ e s

1) Obras poéticas, edit, por Joaquim Norberto de Sousa e


Silva. 2 vols. Rio de Janeiro. Garnier. 1864.
2) Glaura, edit, por Afonso Arinos de Melo Franco. Rio
de Janeiro. Instituto Nacional do Livro. 1944.

Silva Alvarenga é o mais arcadiano dos poetas mineiros da


época. Não parece ter sido fácil descobrir, atrás dos convenciona­
lismos do seu estilo, o sentimento pessoal. Nos últimos tempos
Alvarenga começa porém a competir com Gonzaga no interesse
da crítica.

B ib lio g r a fia
1) A dolfo V a r n h a g e n : F lo rilé g io da p o e sia brasileira. 1850. (2* ed i­
çã o . R io de J a n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira de L etras. 1946.
V o l. I, pp . 345-347).
2) M oreira d e A z e v e d o : H o m e n s do pa ssad o. R io d e J a n eiro.
G a rn ier. 1875. (D r. M a n oel In á c io d a S ilva A lv a ren g a ,
p p . 5 -1 1 4 ).
3) S ílv io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. 1888. (3* ed i­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím p io. 1943. V o l. II, pp. 136-145).
4) M a n o e l de O liv e ir a L i m a : A s p e c t o s da litera tu ra colon ial b ra ­
sileira . L eip zig . B o rck h a u s . 1896, pp. 273-292.
5) José V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra brasileira. R io de J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lv es. 1916, pp. 142-147.
6) A lb e r t o F A érid es. R io de J a n eiro. J a cin to R ib e ir o dos
a r ia :
San tos. 1918. (A rca d es s em A rca d ia , pp. 89-99).
7) A b íl io B a r r e t o : E lo g io d e S ilva A lv a ren g a . (I n : R e v is t a d a
A ca d e m ia M in eira de L etra s, IV , 1926, pp. 181-213).
8) A r t u r M o t a : H istó ria da litera tu ra b rasileira. São P a u lo.
C o m p a n h ia E d ito r a N a cion a l. 1930. V o l. II, pp. 303-313.
9) S íl v io J ú l i o : F u n d a m en to s da p o e s ia b rasileira. R io d e J a ­
n eiro. C oelh o B ra n co . 1930. (A é p o c a e a o b ra de M a n oel
da S ilv a A lv a ren g a , pp. 50-64).

59
10) R o nald de C a r v a l h o : P e q u e n a h istó ria da litera tu ra brasileira.
5» e d içã o. R io de J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 177-181.
11) H a r o ld o P ar an h o s: H istó ria do ro m a n tis m o n o B ra sil. V o l . I.
S ã o P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp. 236-251.
12) A f o n s o A r i n o s de M elo F r a n c o : Id éia e te m p o . S ã o P au lo.
C u ltu ra B ra sileira . 1939. (S ilv a A lv a ren g a , pp. 111-117).
13) A f o n s o A r i n o s de M 'elo F r a n c o : P o rtu la n o . S ã o P a u lo. M ar­
tins. 1945. (N o tíc ia s ô b re A lva ren g a , pp . 7-17).
14) A lo ísio A l e x a n d r e S c a r e s : P á g in a s literá ria s. B elém . L iv ra ­
r ia A m a z ôn ia . 1948. (S ilv a A lva ren ga , pp . 1-17).
15) W a l t e n s i r D u t r a : S ilva A lv a re n g a . ( I n : A L ite r a tu r a no
B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. I, t. 1. R io de Ja­
n e iro . E d ito ria l Sul A m e rica n a . 1956, pp. 480-484).
16) A n t ô n i o H o u a i s s : A p rese n ta çã o . ( I n : S ilva A lv a re n g a . P oesia .
R io de J a n eiro. A g ir . 1958, pp. 5-11).
17) A n t ô n i o C â n d id o : F o r m a ç ã o da L iter a tu ra B ra sileira . São
P a u lo . M a rtin s. 1959. V o l. I, pp. 132-144.
18) A n t ô n i o H o u a i s s : S eis p o e ta s e u m p ro b lem a . R io de J a n eiro.
M in istério d a E d u ca çã o . 1960. (S ôb re S ilv a A lva ren ga ,
pp. 9-17).

60
NEOCLASSICISMO

Conforme o critério político que se adotou para criar o têrmo


" Literatura- Colonial” também devia existir uma “ Literatura da
Independência” , correspondente à época em que se fundou e
firmou a independência política da nação. Mas os historiadores da
literatura brasileira não usam o têrmo. Alguns falam em “ poetas
pós-mineiros” . Outros misturam com os primeiros românticos um
Natividade Saldanha ou Elói Ottoni, cujo estilo é classicista.
Infelizmente, os têrmos “ clássico” e “ classicista” também se
prestam para equívocos, significando uma vez modelos de estilo,
outra vez imitadores da Antiguidade, mais outra vez cultores da
linguagem quinhentista, etc. Por volta de 1810, porém, “ classicista”
(ou melhor, “ neoclassicista” , para distinguir bem do classicismo
ilustrado do século X V I I I ) tem sentido exato: significa o movi­
mento literário de que Alfieri, Chénier e Goethe são os maiores
representantes. Quintana, na Espanha, e seus discípulos ameri­
canos, Andrés Bello e Olmedo, definem-se pela combinação de
estilo antiquado e patriotismo liberal. No Brasil, José Bonifácio
e Natividade Saldanha representam essas tendências. Quando se
trata, dentro do mesmo estüo, de poetas religiosos, sua religiosi­
dade ainda é “ esclarecida” (Sousa Caldas, Elói Ottoni) ou pelo
menos sêca, arromântica (Frei de São Carlos). O liberalismo
político (e filosófico) também caracteriza o orador sacro de gôsto
clássico (Monte Alverne) ; e, naquele tempo, um chefe dos conser­
vadores como o Visconde de Cairu é pelo menos liberal quanto aos
problemas econômicos. “ N eoclassicistas” , nesse mesmo sentido, são
enfim vários escritores que, já fora dos limites cronológicos, per­
tencem ao chamado grupo maranhense ( Odorico Mendes, Sotero
dos Beis, João Francisco Lisboa), contemporâneos de Gonçalves
Dias, que no entanto não acompanharam (ou entenderam de
maneira diferente) o romantismo do poeta. Mas não convém incluir
na lista dos neoclassicistas o Visconde de Pôrto Seguro, de gôsto
tão “ clássico” a muitos respeitos; seu historicismo, nutrido em
W alter Scott, já o caracteriza como romântico conservador.

61
Visconde de Cairu
Nasceu na Cidade do
J o s é d a S i l v a L is b o a , V is c o n d e d e C a ir u .
Salvador (Bahia), em 16 de julho de 1756. Morreu no Rio
de Janeiro, em 20 de agosto de 1835.

OBRAS PRINCIPAIS

Princípios de direito mercantil (1798-1803); Constituição


moral e deveres do cidadão (1824-1825); História dos
principais sucessos políticos do Império do Brasil (1829).

O Visconde de Cairu é o primeiro grande doutrinador do


conservantismo político no Brasil; mas também introduziu no
Brasil o liberalismo econômico. Estudo mais exato da sua ideo­
logia ainda está para ser feito.

Bibliografia
1) A lexan dre J o sé de M elo M o r a i s : A p o n ta m e n to s b io g r á fic o s de
Cairu. R io d e J a n eiro. T ip o g r a fia b ra sileira . 1863. 108 pp.
2) A lfredo do V ale C a b r a l : V id a e e s c r ito s d e J o s é da Silva L is­
boa., V isco n d e d e Cairu. R io de J a n eiro. T ip o g r a fia N a c io ­
nal. 1881. 78 pp.
3) SfLvio R o m e r o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. 1888. (3* ed i­
çã o. R io d e J a n eiro. J o s é O lím p io. 1943. V ol. II, pp. 320-327).
4) Josê V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra brasileira. R io d e J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp . 182-184.
5) R o n a l d de C a r v a l h o : P e q u en a h istória da litera tu ra brasileira.
5" e d içã o. R io de J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 197-198.
6) T r istã o de A t a í d e : Cairu. ( I n : A O rdem . R io de J a n eiro,
S e te m b ro-O u tu b ro d e 1936, pp. 217-243).
7) H aroldo P a r a n h o s : H istó ria do ro m a n tis m o n o B ra sil. V o l. I.
São P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp. 368-373.
8) J osé S o are s D u t r a : Cairu, p r e c u r s o r da eco n o m ia m od ern a.
R io de J a n eiro. V e cch i. 1943. 165 pp.
9) M o se s B e n s a b a t A m z a l a k : J o s é da Silva L isb oa , V isco n d e d e
Cairu. ( I n : B ra s ília C oim b ra , II, 1943, pp. 281-325).

Sonsa Caldas
A n tô n io P e r e ir a d e S o u s a C a ld a s . Nasceu no Rio de Janeiro,
em 24 de novembro de 1762. Morreu no Rio de Janeiro,
em 12 de março de 1814.

obras

Obras poéticas, editadas por Antônio de Sousa Dias. 2 vols.


Paris. P. N. Rougeron. 1820-1821 (2.a edição, incom­
pleta. Coimbra. Trovão & Cia. 1836).

62
() padre Sousa Caldas, tipo de religiosidade esclarecida e estilo
poftico antiquado, foi considerado pelos críticos de gôsto classicista
tumo o maior poeta religioso de língua portuguesa Já não é,
pnrêm, lido.
Bibliografia
1) J o a q u im C a e t a n o F ernandes P in h e ir o :C u rso e le m e n ta r d e lite­
ra tu ra n aciona l. R io de J a n eiro. G a rn ier. 1862, pp . 321-329.
2) F r a n c is c o S o tero d o s R e i s : C u rso d e litera tu ra p o r tu g u ê s a e
b rasileira. V o l. IV . São L u is do M ara n h ã o. T ip o g r. do
P a ís. 1873. (O p a d re A n tô n io P e r e ira de S ou sa Caldas,
poeta , su a b io g ra fia , su a tr a d u çã o p a ra frá stica , d os S alm os
de D a vid , su a s p oesia s líric a s sa cra s, suas p oesia s líric a s
p ro fa n a s , pp. 231-286).
3) C a m il o C a s t e l o B r a n c o : C u rso d e litera tu ra p ortu g u êsa . II.
L isb oa . M a tos M oreira . 1876, pp. 253-254). ( A in d a elo -
g io s ís s im o ).
4) G u il h e r m e B ellegarde: S u bsídios literá rios. R io de J a n eiro.
F a r o & L in o. 1883, pp. 143-153.
5) S íl v io R o m e r o : H is tó r ia da litera tu ra brasileira. 1888. (31* e d i­
çã o . R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1943. V o l. II, pp. 156-158).
(J á n ã o g o s ta ).
6) J o sé V e r ís s im o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. R io de J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 171-173.
7) A lfredo G o m e s : H istó ria literária. ( I n : D icion á rio h istó rico ,
G e o g r á fic o e e tn o g r á fic o do B ra sil, c o m em o ra çã o do 1r C en ­
ten á rio da In d ep en d ên cia . R io de J a n e iro. Im p re n sa N a ­
cio n a l. 1922. V ol. II, pp. 1351-1357.
8) H a roldo P ar an h o s: H istó ria do ro m a n tism o n o B ra sil. V o l. I.
S ã o P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp. 276-282.
9) A n t ô n io C â n d id o : F o r m a ç ã o da litera tu ra brasileira. São
P a u lo. M artins. 1959. V ol. I, pp. 219-222, 243-245.

Elói Ottoni
J osé E l ó i O t t o n i . Nasceu em Sêrro (Minas Gerais), e m i . ° de
dezembro de 1764. Morreu no Rio de Janeiro, em 3 de
outubro de 1851.

OBRAS

Provérbios de Salomão (1815); O Livro de Job (1852; nova


edição. Rio de Janeiro. Leite Ribeiro. 1923).
Outro poeta religioso em estilo neoclassicista.

Bibliografia
1) T h e ó f il o B e n e d it o O t t o n i : N o tíc ia h istó rica sô b r e a v id a e a s
p o e sia s d e J o s é E ló i O tton i. R io de J a n eiro. J. V illen eu v e.
1851. 24 pp.

63
2) S íl v io Ro m e r o : H istó ria da litera tu ra brasileira. 1888. (3* edi­
ç ã o . R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1943. V o l. II, pp. 191-195).
3) H ar old o P a r a n h o s : H istó ria do ro m a n tism o n o B ra sil. V ol. I.
S ã o P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp . 289-298.

José Bonifácio
José B o n ifá c io de A n drada e S ilv a . Nasceu em Santos ( S ã o
Paulo), em 13 de junho de 1765. Morreu em Niterói, em
6 de abril de 1838.

obras p o é t ic a s

Poesias avulsas de Américo Elísio. Bordeaux. 1825.

EDIÇÕES

1) Poesias, edit. por Joaquim Norberto de Sousa e Silva.


Rio de Janeiro. Laemmert. 1861.
2) Poesias, edit. por Afrânio Peixoto. Rio de Janeiro.
Academia Brasileira de Letras, 1942.
3) Poesias. Vol. I das Obras completas. Edit. por Sérgio
Buarque de Holanda. Rio de Janeiro. Instituto Nacional
do Livro. 1946.

José Bonifácio, o fundador da independência do Brasil e


talvez, conforme a opinião de muitos, o maior homem público que
esta terra já produziu, é como poeta um neoclassicista, comparável
aos seus contemporâneos hispano-americanos Andres Bello e
Olmedo. Opinião contrária descobre-lhe romantismo íntimo. Da
extensa bibliografia sôbre José Bonifácio registrou-se aqui apenas
uma pequena seleção, dando-se preferência aos estudos que tratam
da poesia e da atitude ideológica do Andrada.

Bibliografia
V . R e m ij i o de B e l l id o : B ib lio g ra fia A n d rad in a, São P a u lo. s.e.
1940. 87 pp.
1) E m íl io J o a q u im da S il v a M a i a : E lo g io h istó rico d e J o sé B on i­
fá c i o d e A n d rad a. ( I n : R e v is ta d o In stitu to H is tó rico o
G e o g r á fic o B ra sileiro, V III, 1846, pp. 116-140).
2) F e r d in a n d W olf: L e B rés il L itté r a ir e . B erlin . A sch er. 1863,
p p . 97-105.
3) L a t in o C o e l h o : E lo g io h is tó r ic o d e J o s é B o n ifá cio . L isboa.
T ip o g r . d a A ca d e m ia . 1877. 102 pp. (N o v a edição, por
A fr â n io P e ix o to . R io de J a n eiro. L iv ro s d e P o rtu g a l, 1942.
254 p p .). (F a m o sa p e ç a d e p r o sa p o r tu g u ê s a ).
4) G u il h e r m e B ellegarde: S u bsídios literá rios. R io de Janeiro.
F a r o & L in o. 1883, pp . 125-133.

64
5) S ílvio R o m e r o : H istó ria da litera tu ra brasileira. 1888. (3* ed i­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím p io. 1943. V o l. II, pp. 211-223).
6) J o sé V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra brasileira. R io d e J a ­
n e iro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 175-178.
7) I n á c io A ze v e do do A m a r a l : J o sé B o n ifá cio . R io d e J a n eiro.
G rê m io E u clid e s d a C unha. 1917. 55 pp.
8) D a l t r o S a n t o s : J o sé B o n ifá cio . ( I n : R e v is ta d a L ín g u a P o r ­
tu gu esa . R io de J a n eiro. 1/12, N o v e m b ro de 1919, pp. 75-110).
9) A l b e r t o d e S o u s a : Os A nd rad as. S ã o P a u lo . T ip o g r a fia P ir a -
tin in ga . 1922. 3 vols. 560, 867, 538 pp .
10) C â n d id o M o ta F i l h o : In tro d u çã o ao estu d o do p en sa m en to
n acion a l. O R o m a n tism o . R io de J a n eiro. H élios. 1926,
pp. 113-119.
11) A f r â n io P e i x o t o : R a m o d e lou ro. 1928. (2» e d iç ã o . S ã o P a u lo.
C o m p a n h ia E d ito ra N a cion a l. 1942. A O de a o s B a ia n os, de
J o sé B o n ifá c io , pp. 141-160).
12) R o n a l d de C a r v a l h o : P e q u e n a h istória da litera tu ra b rasileira.
5* e d içã o . R io de J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 193-197.
13) H a r old o P a r a n h o s : H istó ria do ro m a n tism o n o B ra sil. V o l. I.
São P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp. 299-329).
14) W i l s o n A . L o u s a d a : J o s é B o n ifá c io p o e ta . ( I n : D o m C a sm u rro,
26 de a g ô s to de 1937).
15) V e n â n c i o de F ig u eir ed o N e iv a : R e s u m o b io g r á fic o d e J o s é B o ­
n ifá c io d e A n d ra d a , O P a tria rca da In d ep en d ên c ia . R io de
J a n e iro . P o n g e tti. 1938. 316 pp.
16) N u t o S a n t ’ a n a : J o s é B o n ifá cio . ( I n : R e v is t a d o A rq u iv o M u ­
n icipa l, S ã o P a u lo, vol. 46, 1938, pp. 5-30).
17) B a r b o sa L i m a S o b r i n h o : J o sé B o n ifá c io . ( I n : R e v is t a d o In sti­
tu to H is tó rico e G e o g r á fic o B ra sileiro, C L X X I I I , 1938,
pp. 662-681).
18) A f r â n io P e i x o t o : P r e fá c io da ed içã o das P o e sia s. R io de J a ­
n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira do L etra s. 1942, pp . V -X V I I .
(.D efen d e a te s e do su p o sto ro m a n tis m o d e J o sé B o n ifá c io ).
19) O táv io T a r q u ín io de S o u s a : J o sé B o n ifá cio . R io de J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1945. 320 pp. (B io g r a fia fu n d a m en ta l).
20) S érgio B u a r q u e de H o l a n d a : P r e fá c io da ed içã o das P o esia s.
R io d e J a n eiro. In stitu to N a cio n a l do L iv ro . 1946,
pp. v n - x r v .
21) José A d e r a l d o C a s t e l o : Os p ró d ro m o s do R o m a n tism o . (In :
A L iter a tu ra n o B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. I,
t. 2. R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m e rica n a . 1956,
pp. 632-635. (D e fe n d e a te s e do ro m a n tism o d e J o sé B o n i­
fá c io ).

Prei de São Carlos


F rei F r a n c i s c o d e São C a r l o s . Nasceu no Rio de Janeiro, em
13 de agôsto de 1768. Morreu no Rio de Janeiro, em 6 de
maio de 1829.
OBRA

A Assunção da Santíssima Virgem. Rio de Janeiro. Tipo­


grafia Régia. 1819. (Nova edição. Rio de Janeiro.
Garnier. 1862).
65
Poeta sacro, neoclassicista, apesar âe ter recebido influências
pré-românticas; antigamente elogiaram-llie as descrições da natu­
reza brasileira.

Bibliografia
1) J o a q u imC a e t a n o F e r n a n d e s P i n h e i r o : C u rso elem e n ta r de
litera tu ra n a cion a l. R io d e J a n eiro. G a rn ier. 1862, pp . 507-514.
2) J o sé T ito N a b u c o d e A r a ú j o : B io g r a fia d e F r e i F r a n c is c o de
São C arlos. ( I n : R e v is ta d o In stitu to H is tó r ic o e G eog rá ­
f i c o B ra sileiro, X X X V I /2 , 1873, pp. 517-542).
3) S íl v io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra brasileira. 1888. (3* edi­
ç ã o ). R io de J a n eiro. J osé O lím p io. 1943. V ol. II,
pp. 158-161).
4) H a r oldo P a r a n h o s : H istó ria do ro m a n tism o n o B ra sil. V ol. I.
S ã o P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp. 283-288.

Monte Alverne
F r a n c is c o José de na religião F r e i F r a n c i s c o d e
C a r v a lh o ,
M o n te A lv e r n e . Nasceu no Rio de Janeiro, em 9 de agosto
de 1784. Morreu em Niterói, em 2 de dezembro de 1859.

obra

Obras oratórias (4 vols.; Rio de Janeiro. Laemmert. 1854)


Compêndio de Filosofia (1859).

EDIÇÃO

Obras oratórias. 2 vols. Porto. P. Podesta. 1867.

Monte Alverne, como sermonista, foi o representante elogia-


dissimo do estilo “ clássico” , quer dizer, neoclassicista, na prosa.
Como filósofo, foi eclético, em bases cartesianas. O feito de
sua personalidade e a influência que exerceu no ambiente dos
românticos não bastam para que também seja considerado como
romântico.

B ib lio g r a fia
1) D o m in g o s G o n ç a l v e s de M a g a l h ã e s : B io g r a fia do p a d re -m estr«
F r e i F r a n c is c o d e M o n te A lv ern e. ( I n : R e v is ta d o In stitu to
H is tó r ic o e G e o g r á fic o B ra sileiro, X L V I /2 , 1882, pp. 391-404).
(.E scrita e m 1859).
2) A n t ô n i o F e l ic ia n o d e C a s t i l h o : F r e i F r a n c is c o d e M o n te A lv e r ­
n e. ( I n : R e v is t a C o n te m p o râ n e a d e P o r tu g a l e Braall,
to m o II, 1860, pp. 391-398, 471-479, 528-534; t. III, 1801,
p p . 28-53). (P a n e g ír ic o ).
3) J o a q u im C a e t a n o F e r n a n d e s P i n h e i r o : C u rso e le m e n ta r d e Htn-
r a tu ra n a cion a l. R io de J a n eiro. G a rn ier. 1862, pp. 489-IiOl.
(P a n eg írico ).

66
4) B e n j a m in F r a n k l in R a m i z G a l v ã o : O p ú lp ito n o B ra sil. R io
d e J a n e iro . T ip o g r. d o C o rre io M erca n til. 1867, pp . 178-233.
6) F r a n c i s c o S o t e r o d o s R e i s : C u rso d e litera tu ra p o r tu g u ê s a e
brasileira. V o l. V . S ã o L u ís do M a ra n h ã o. T ip o g r. d o P aís.
1873. (F r e i F r a n c is c o de M on te A lv ern e, su a b io g ra fia , seu
se rm o n á rio, pp. 85-113).
6) G u i l h e r m e B e l l e g a r d e : S u bsíd ios literá rios. R io d e J a n eiro.
F a r o & L in o. 1883, pp . 257-286.
7) S I lvio R o m e r o : H istó ria da litera tu ra brasileira. 188 8 . (3 * e d i ­
çã o . R io de J a n eiro J osé O lím p io. 1943. V ol. II, pp. 179-191).
( P e lo m e n o s o e sp a ço d ed icad o a M o n te A lv e r n e ain da é
g ra n d e, em b o r a o a p rêço já ten h a d im in u íd o).
8) J o s é C a r l o s de C a r v a l h o : F r e i F r a n c is c o d e M o n te A lv ern e.
(I n : J o rn a l do C om ércio. R io de J a n eiro, 25 de D e z e m b ro
de 1907).
9) J o s é V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. R io de J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 401-403. (.A cen tu a a in ­
flu ê n c ia e x e r c id a p e lo p a d re s ô b r e o s r o m â n tic o s ).
10) H aroldo P a r a n h o s : H istó ria do ro m a n tism o n o B ra sil. V o l. II.
S ã o P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1938, pp. 281-289.
11) Y o l a n d a M e n d o n ç a : F r e i F r a n c is c o d e M o n te A lv e r n e , e s te ta
da pa la vra. R io de J a n eiro. A n tu n es. 1942. 85 pp. (.Vitimo
p a n e g ír ic o ).
12) P e . H e n r iq u e M a g a l h ã e s : M o n te A lv e r n e . ( I n : A n a is d o 29
C on gresso de H is tó ria N a cion a l. V o l. I II. R io de J a n eiro.
Im p re n sa N a cio n a l. 1942, pp. 363-383).
13) P e . L e o n e l F r a n c a : N o ç õ e s d e h istória da filo s o fia (95 ed içã o.
S ã o P a u lo . C om p a n h ia E d ito ra N a cion a l. 1943, pp. 235-238).
(D e s tr ó i e m g ra n d e p a r te a fa m a d e M o n te A lv e r n e ).
14) F r e i R o b e r t o B . L o f e s : M o n te A lv e r n e , P r e g a d o r im peria l.
P e tró p o lis. E d ito r a V ozes. 1958. 230 pp. (P r im e ir a bio­
g r a fia ).
15) A n t ô n i o C â n d id o : F o r m a ç ã o da litera tu ra b ra sileira . S ã o P a u lo.
M a rtin s. 1959. V o l. I, pp. 291-299.

Natividade Saldanha
José da N a tiv id a d e
S a ld a n h a . Nasceu em Santo Amaro de
Jaboatão (Pernambuco), em 8 de setembro de 1795. Morreu
em Bogotá, em 30 de março de 1830.

OBRA

Poesias oferecidas aos amantes do Brasil. Coimbra. Imprensa


da Universidade. 1822.

EDIÇÃO

Poesias, edit. por José Augusto Ferreira da Costa. Lisboa.


Tipografia Universal. 1875.

Poeta patriótico-revolucionário, em estilo neoclassicista.

67
Bibliografia
1) J o sé A uqusto F er reir a da C o s t a : E stu d o h istó rico -b io g rá fico de
J o s é da N a tiv id a d e Saldanha. P r e fá c io d a E d iç ã o cita da .
1875, pp. X I X -C I I .
2) S íl v io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra brasileira. 1 88 8 . (3 * e d i ­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím p io. 1943. V o l. II, pp . 167-171).
3) A n t ô n io J o a q u im de M e l o : B io g r a fia d e J o s é da N ativid a d e
Saldanha. R e c ife . M . F ig u e ira F a ria . 1895. 254 pp.
4) A rtur M u n i z : O p o e ta da C o n fed era çã o ., ( I n : R e v is ta do In sti­
tu to A rq u e o ló g ic o d e P e r n a m b u co , X I I I /7 3 , 1908, pp. 384-426).
5) A rgeu G u im a r ã e s : V id a e m o r te de N a tiv id a d e Saldanha.
L isb o a . L u z-B ra z. 1932. 217 pp.
6) H ab oldo P aran h os: H istó ria do ro m a n tis m o n o B ra sil. V o l. I.
São P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp . 341-348.
7) A n t ô n io C â n d i d o : F o r m a ç ã o da litera tu ra b rasileira. São P a u lo.
M artin s. 1959. V o l. I, pp. 272-274.

Odorico Mendes
M anuel O d o r ic o M e n d e s . Nasceu em São Luís do Maranhão, em
24 de janeiro de 1799. Morreu em Londres, em 17 de
agosto de 1864.

OBRAS PRINCIPAIS

Eneida brasileira (Paris. Regnaux. 1854); Virgílio brasileiro.


(Paris. Renquet. & Cie. 1858) ; Ilíada de Homero (Rio
de Janeiro. Tipogr. Guttemberg. 1874). Odisséia de
Homero (Rio de Janeiro. Freitas Bastos. 1928).

Odorico Mendes^ é o mais velho dos poetas e escritores do


grupo maranhense; as obras que escolheu para traduzi-las definem-
lhe a atitude literária, neoclassicista.

B ib lio g r a fia
1) A n t ô n io H e n r iq u e L e a l : P a n th e o n M a ra n h en se. V o l. I. L isboa.
Im p re n sa N a cio n a l, 1873, pp. 3-99. ( P a n e g ír ic o ).
2) F S o tero dos R e i s : C u rso d e litera tu ra p o r tu g u esa e
r a n c is c o
b rasileira. V o l. IV . São L u ís d o M a ra n h ã o. T ip o g r. d o P a ís.
1873. (O d o r ic o M en des, p oeta , su a b io g r a fia , su a tr a d u ç ã o d a
E n e id a de V e rg ílio , pp. 289-307).
3) J o io F r a n c is c o L is b o a : B io g r a fia d e O d orico M en d es. (I n :
R e v is ta d o In stitu to H is tó r ic o e G e o g r á fic o B ra sileiro,
X X X V I I I /2 , 1875, pp. 303-337).
4) F re de rico J o sé C o r r ê a : U m liv ro d e crítica . São L u ís d o M a ­
ra n h ã o. T ip . d o F ria s. 1878, pp . 49-68. ( C on tra o en d eu sa -
m e n to do p o e ta p o r A n tô n io H e n r iq u e s L e a l).

68
5) S íl v io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. 1888. (3» ed i­
çã o . R io d e J a n eiro. J o s é O lím p io. 1943. V o l. III, pp. 30-38).
6) J o s é R ibeiro do A m a r a l : O d orico M en d es. (I n : A G lo rifica çã o
d e O d o rico M en d es. S ã o L u ís d o M a ra n h ã o. Im p re n s a O fi­
cia l. 1913, pp. 3-57).
7) JoXo R ib e ir o : C rítica . C lá ssicos e r o m â n tic o s b ra sileiros. R io
de J a n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1952. (O d o r ic o
M en d es — A O disséia, pp. 122-125). (.E scrito e m 1928).
8) H ar oldo P aran h o s: H istó ria do ro m a n tism o n o B ra sil. V o l. I.
S ã o P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp. 438-449.
9) A lfr e d o de A s s is C a s t r o : O d orico M en d es. ( I n : R e v is t a das
A ca d e m ia s de L etra s, I I /4 , m a rç o de 1938, pp. 73-79).

Botero dos Reis


F r a n c is c o
S o t e r o d o s R e is . Nasceu em São Luís do Maranhão,
em 22 de abril de 1800. Morreu em São Luís do Maranhão,
em 16 de janeiro de 1871.

obra

Curso de literatura portuguesa e brasileira. 5 vols. São Luís


do Maranhão. Tipogr. do País. 1866-1873.

O crítico e historiador literário do grupo maranhense carac-


teriza-se como neoclassicista, pela seleção dos autores brasileiros
que estudou (dos românticos, apenas aãmiiiu o conterrâneo
Gonçalves Dias) e pelos princípios que Ihe informam a crítica.

B ib lio g r a fia
1) A n t ô n io H e n r iq u e s L e a l : P a n th e o n M a ra n h en se. V o l . I. L isb oa .
Im p re n sa N a cio n a l. 1873, pp. 119-183.
2) J o sé V e r ís s im o : H istó ria da litera tu ra brasileira. R io d e J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 259-260, 409-410.
3) H aroldo P aran h os: H istó ria do ro m a n tis m o n o B ra sil. V ol. II.
São P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1938, pp. 223-229.
4) A n t ô n io C â n d id o : F o r m a ç ã o da litera tu ra b ra sileira . São
P a u lo. M a rtin s. 1959. V o l. II, pp . 353-355.

João Francisco Lisboa


Nasceu em Pirapema (Maranhão), em 22 de março de 1812.
Morreu em Lisboa, em 26 de abril de 1863.

OBRAS

Jornal de Timon (public, em fascículos, 1852-1854); Vida do


Pe. Antônio Vieira (publicação póstuma).

69
c
EDIÇÕES

1) Obras completas, edit. por Antônio Henriques Leal.


4 vols. São Luís do Maranhão. B. de Mattos. 1864-1865.
2) Obras completas. 2.a edição, por Teófilo Braga. 2 vols.
Lisboa. Matos Moreira & Pinheiro. 1901.
3) Obras escolhidas, edit. por Otávio Tarquínio de Sousa.
2 vols. Rio de Janeiro. Améric-Edit. 1946.

João Francisco Lisboa é contemporâneo dos primeiros român­


ticos, dos de índole religiosa e sentimental. Separam-no dêles suas
convicções liberais e seu gôsto humanístico, enquanto nada o prende
aos românticos posteriores. Daí a conveniência de enquadrá-lo,
junto com Odorico Mendes e Sotero dos Beis, no grupo dos neo-
classicistas, ao qual não pertence, porém, de todo. Classificação
diferente seria possível, mas igualmente sujeita a dúvidas.

Bibliografia
1) F S o te ro d os H e i s : C u rso d e litera tu ra p o r tu g u êsa e
r a n c is c o
brasileira. V o l. V . S ã o L u ís d o M a ra n h ã o. T ip o g r. d o P aís.
1873. (J o ã o F r a n c is c o L isb oa , su a b io g ra fia , seu J o rn a l de
T im o n , em tr ê s v olu m es, a p re c ia d o s ca d a u m de p e r si, su a
o b r a sô b re a v id a d o P a d r e A n tô n io V ieira , pp. 129-210).
2) A n t ô n io H e n r iq u e s L e a l : P a n th e o n M a ra n h en se. V o l. IV .
L isb oa . Im p re n sa N a cio n a l. 1875. (B io g r a fia de J o ã o F r a n ­
c is c o L isb oa , pp. 1-211).
3) F rederico J o s é C o r r ê a : U m liv ro d e crítica . São L u ís d o M a ­
ra n h ã o. T ip o g r. d o F ria s. 1878, pp. 177-203. ( C on trá o p a n e­
g ír ic o d e A n tô n io H en riq u e s L e a l).
4) J osé V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra brasileira. 2’ série. R io
d e J a n eiro. G arn ier. 1901. (J o ã o F r a n c is c o L isb oa , m ora ­
lista e p o lítico , pp. 183-210). ( A p recia ç ã o c o n g en ia l do g ra n d e
p u b licista ).
5) P edro L e s s a : J oã o F r a n c is c o L isb oa . ( I n : R e v is ta d o In stitu to
H is tó rico e G e o g r á fic o B ra sileiro, L X X V I /1 , 1915, pp . 65-97).
6) J osé V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra brasileira. R io de J a ­
n e iro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 206-266.
7) M a n u e l d e O l ive ira L i m a : J o ã o F r a n c is c o L isb oa . (I n : O E s ­
ta d o de São P a u lo, 2 de m a r ç o d e 1918).
8) C l a r in d o S a n t i a g o : J o ã o F r a n c is c o L isb oa . São L u ís d o M a­
ra n h ã o. T eix eira . 1928. 66 pp.
9) R e n a t o A l m e i d a : R e v is ã o d e v a lores. J oã o F r a n c is c o L isb oa .
( I n : M o v im e n to B ra sileiro, 1/6, ju n h o d e 1929). ( L isb oa
r e s is te a o te m p o ).
10) A r t u r M o t a : J oã o F r a n c is c o L isb oa . ( I n : R e v is t a d a A c a ­
d e m ia B ra s ile ira de L etra s, n 9 96, d ez em b ro de 1929,
p p . 434-449). ( C om b ib lio g ra fia p o u c o e x a ta ).
11) H a r oldo P a r a n h o s : H istó ria do ro m a n tis m o n o B ra sil. V ol. II.
S ã o P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1938, pp. 211-222.

70
12) J o ío d a R o c h a M a t o s : J o ã o F r a n c is c o L isb oa . ( I n : D o m C as­
m u rro , 3 de ju n h o de 1939).
13) O t á v io T a r q u ín io de S o u s a : P r e fá c io da ed içã o das O b ras e s ­
colh id a s. R io de J a n eiro. A m é ric-E d it. 1946. V o l. I, pp. 7-15.
14) P e r e g r in oJ ú n i o r : S ig n ifica çã o e im p o r tâ n cia da o b r a d e J oão
F r a n c is c o L isb oa . P r e fá c io de e d iç ã o d a V id a d o P e . A n tô ­
n io V ieira . R io d e J a n eiro. J a ck so n , s. d. pp . V - X X I I I .

71
PRÉ-ROMANTISMO B ROMANTISMO
“POPULAR”
Bibliografia
1) J osé A d e r a l d o C a s t e l o : Os p r ó d r o m o s d o rom a n tism o. (I n :
A L ite r a tu r a n o B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. I,
t. 2. R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a . 1956,
pp. 615-655).

Na evolução do Romantismo distinguem-se três fases: o pré-


-romantismo do século X V I I I (Thomson e Young, Rousseau, o
“ Sturrn und Drang” alemão); o romantismo conservador e
religioso (Wordsworth e Scott, primeira fase de Lamartine e
Hugo, os medievalistas alemães); enfim, o romantismo liberal e
revolucionário (Shelley, Hugo, Heine). No Brasil do século X V II I,
colônia sujeita às tradições classicistas da metrópole, não chegou
a vencer o movimento prê-romântico; houve apenas pálidos re­
flexos do sentimentalismo e exotismo pré-românticos, nos poetas
mineiros da Inconfidência. Em compensação surgiu no Brasil,
antes da vitória definitiva do romantismo, um prê-romantismo em
sentido diferente: poetas e escritores que, depois de terem lançado
os fundamentos do romantismo, se arrependeram, voltando aos
modelos clássicos. Estão nesse caso Gonçalves de Magalhães e
Araújo Pôrto Alegre; antes dêles, Domingos Borges de Barros,
classicista com tímidas veleidades românticas; depois dêles, Dutra
e Melo, que morreu cedo demais para poder entrar no próprio
movimento romântico.
O motivo do arrependimento dêsses iniciadores não foi apenas
de natureza estética; como conservadores políticos e religiosos,
não quiseram acompanhar a evolução ideológica do romamtismo.
Por isso está perto dêsses iniciadores um autêntico romântico
conservador (no sentido de Scott e dos medievalistas alemães):
Varnhagen.
Quando na Europa o romantismo conservador começava a
declinar, bifurcou-se o movimento: o “ alto” romantismo transfor­
mou-se em literatura oposicionista, até revolucionária; ao seu lado

72
florescia uma espécie de romantismo “ popular” , decaído, usando
os recursos, apetrechos e frases feitas da literatura romântica para
agradar ao gôsto do público (Sue, Scribe, Feuillet e escritores
lemelhantes em tôdas as literaturas).
No Brasil surgiram, paralelamente, os diletantes do roman­
tismo, poetas de ocasião, como Maciel Monteiro e Francisco
Otavip.no; os fundadores do romance sentimental, Teixeira e Sousa
0 Joaquim Manuel de Macedo; enfim, um comediógrafo que,
embora não sendo romântico, se aproveitou do declínio do teatro
clássico para povoar o palco de personagens populares: Martins
Pena.
Os historiadores da literatura brasileira não fizeram as dis­
tinções aqui sugeridas. Apenas distinguiram “ primeira geração
romântica” e “ segunda geração romântica” . Nos seus livros
estudam-se indistintamente o “ prê-romantismo” , o “ romantismo
popular” e o próprio romantismo. Por êsse motivo, a bibliografia
geral sôbre o romantismo brasileiro será dada no início do capítulo
“ Romantismo” .

73
PRÉ-ROMANTISMO

Borges de Barros (Pedra Branca)


D B o r g e s d e B a r r o s , Visconde da Pedra Branca. Nasceu
o m in g o s

em Santo Amaro de Purificação (Bahia), em 10 de de­


zembro de 1779. Morreu no Rio de Janeiro, em 21 de
março de 1855.

OBRAS

Poesias oferecidas às senhoras brasileiras (Paris. Farcy.


1825); Os Túmulos (Bahia. 1850).

EDIÇÃO

Os Túmulos, edit, por Afrânio Peixoto. Rio de Janeiro.


Academia Brasileira de Letras. 1945.

Pedra Branca foi poeta classicista com algumas veleidades


pré-românticas; o poema filosófico “ Os Túmulos” é o último eco
da poesia noturna, pré-romântica, dos Young e imitadores.

Bibliografia
1) o m e r o : H istória da litera tu ra b ra sileira . 1888. (3* e d i ç ã o .
S íl v io R
R io d e J a n eiro. J osé O lim p io. 1943. V o l. II, pp. 365-370).
2) H a r old o P aran h os: H istó ria do ro m a n tis m o n o B ra sil. V o l. I.
São P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1937, p p . 358-365.
3) A f r â n io P e ix o t o : P r e fá c io da ed içã o citad a. R io de Janeiro.
1945, pp . 5-44.
4) A n t ô n io C â n d id o : F o r m a ç ã o da litera tu ra brasileira. São
P a u lo. M artins. 1959. V ol. I, pp. 284-291.

Gonçalves de Magalhães
D José G o n ç a l v e s d e M a g a l h ã e s , Visconde de Araguaia.
o m in g o s
Nasceu no Rio de Janeiro, em 13 de agôsto de 1811. Morreu
em Roma, em 10 de julho de 1882.

74
OBBAS LITERÁRIAS

Poesias (Rio de Janeiro. R. Ogier. 1832); Suspiros poéticos


e saudades (Paris. Mausot. 1836. 2.a ed., Paris. Moré.
1859); A Confederação dos Tamoyos (Rio de Janeiro.
Tipogr. Paula Brito. 1 8 5 6 ); Antônio José (tragédia,
incluída no vol. II das Obras Completas).

EDIÇÕES

1) Obras completas. Rio de Janeiro. Garnier. 1854-1865.


8 vols.
2) Suspiros poéticos e saudades. (Vol. II de projetada
reedição das obras). Edit. por Sousa da Silveira. Rio
de Janeiro. Ministério da Educação e Saúde. 1939.

Com o poema épico “ A Confederação dos Tamoyos” e a


fragédia “ Antônio José” voltou Gonçalves de Magalhães ao clas-
ificismo intransigente, depois de ter iniciado o movimento romântico
brasileiro com o volume “ Suspiros poéticos e saudades”. Há quem
ffuisesse negar êsse último fato, atribuindo a José Bonifácio o
papel do grande pré-romântico brasileiro. A importância histórica
de Gonçalves de Magalhães parece fato certo, assim como o pouco
palor literário do seu romantismo lamartiniano, vagamente espi­
ritualista.

Bibliografia
1) F d e S a l e s T O r r e s H o m e m : S u sp iros p o é tic o s.
r a n c is c o (In :
R e v is ta B ra silien se. 1836; tr a n s crito c o m o p r e fá c io d a e d içã o
d e 1865 d o s Su spiros, pp. 4-5). (A r tig o e n co m iá stico , im p or­
ta n te c o m o M a n ifes to do ro m a n tis m o n o B ra sil).
2) J osé d b A l e n c a r : C a rta s s ô b re A C o n fed era çã o d os T a m oyos.
R io de J a n eiro. T ip o g r. d o D iá r io d o R io de J a n eiro. 1856.
112 pp. ( V e e m e n te a ta q u e d o ro m a n cista ro m â n tic o c o n tr a
o p o e m a cla ssicista do e x -r o m â n tic o ).
3) J o sé S o a r e s d ’A z e v e d o : A C o n fed era çã o d os T a m oyos. ( I n :
R e v is ta B ra sileira , I, 1857, pp. 59-113). ( E lo q ü en te d e fe s a ).
4) F e r d in a n dW o l f : XJe.ber D o m in g o s J o s é d e M a ga lh ã es. E in
B e itr a g z u r G e s c h ic h te d er b ra silia n isch en lA tera tu r. W ien .
L u d w ig M a yer. 1861. 40 pp.
5) F W o l f : L e B r é s il littéra ire. B e r l i n . A s ch e r. 1863,
e r d in a n d
pp. 141-168. ( E stu d o m u ito la u d a tó rio ; M a g a lh ã es tin h a
in sp ira d o a o b ra d e W o l f ) .
6) I n o c ê n c io F r a n c is c o d a S i l v a : D o m in g o s J o sé G o n ç a lv es d e
M a g a lh ã es, e s b ô ç o b io g rá fic o . ( I n : R e v is ta C on te m p o râ n e a
d e P o r tu g a l e B ra sil, V /6 , 1864, pp. 285-301). ( O u tro p a n e­
g ír ic o ).

75
7) M achado de A s s i s : C rítica tea tra l. E d iç ã o JacK son. 1936.
V o l. X X X . (O te a tro d e G on ça lv es M aga lh ã es, pp. 219-228).
( E s c r ito e m 1866).
8) B r a n d ã o P i n h e i r o : E stu d o s literá rio s e b io g rá fic o s. R io de
J a n e iro . Im p re n sa In d u stria l. 1882. (V is o o n d e de A ra gu a ia ,
pp . 49-58).
9) S í l v i o R o m e r o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. 1 88 8 . (3'*
e d içã o . R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1943. V ol. III,
p p . 105-129). ( A d m itin d o v a lo res p o é tic o s em M a ga lh ã es,
co n d en a -lh e c o m d esp rêz o a filo s o fia esp iritu a lis ta ).
10) J o s é V e r í s s i m o : H is tó r ia da litera tu ra b rasileira. R io de J a ­
n e iro . F r a n c is c o A lv es. 1916, pp . 197-214, 377. <A c h a a
im p o r tâ n cia h is tó r ic a m u ito gra n d e, in d ep en d en te do v a lor
p o é t ic o ).
11) C â n d id o M o t a F i l h o : In tro d u çã o ao estu d o do p en sa m en to
n a cio n a l (O R o m a n tism o . R io de J a n eiro. H élios. 1926,
p p . 122-131).
12) C a r l o s S ü s s e k i n d d e M e n d o n ç a : H istó ria do te a tr o b rasileiro.
V o l. I. R io d e J a n eiro. M e n d o n ça M a ch a d o. 1926, pp . 153-172.
13) A r t u r M o t a : G o n ç a lv es d e M a ga lh ã es. ( I n : R e v is t a d a A ca ­
d e m ia B ra s ile ira d e L etra s, n 9 77, m a io de 1928, pp. 57-70).
( C o m b ib lio g ra fia ).
14) A . P o m p e u : C o n fer ên cia s. S ã o P a u lo. R e v is ta d o s T rib u n a is.
1933, pp . 83-97.
15) J o s é de A l c â n t a r a M a c h a d o : G o n ç a lv es d e M a galh ã es. (I n :
R e v is t a d a A c a d e m ia B ra s ile ira d e L etra s, n 9 137, m a io d e
1933, pp . 28i-45; n 9 142, o u tu b ro d e 1933, pp. 131-150; n 9 147,
m a r ç o de 1934, pp. 259-282). (B o m estu d o b io g r á fic o ).
16) R o n a l d d e C a r v a l h o : P e q u e n a h istó ria da litera tu ra brasi­
leira , 5» e d içã o. R io de J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 213-219.
17) H a r o ld o P a r a n h o s : H istó ria do ro m a n tism o n o B ra sil. V o l. I I .
S ã o P a u lo . C u ltu ra B ra sileira . 1938, pp. 39-59.
18) S érgio B u a r q u e de H o l a n d a : In tr o d u ç ã o da re e d iç ã o d e Sus­
p ir o s p o é tic o s e sa ud ades. R io d e J a n eiro. M in istério d a
E d u c a ç ã o e Saúde. 1939, pp . I X - X X X I . (P a n o ra m a d os
in ício s do m o v im en to ro m â n tic o n o B ra sil).
19) I v a n U n s : V isco n d e d e A ra gu a ia . ( I n : B ib lio te c a d a A ca ­
d e m ia C a rio ca de L etra s, C a d ern o 4. R io de J a n eiro. Sauer.
1943, pp . 13-70).
20) J o s é A d era ldo C a s t e l o : G o n ç a lv es d e M a ga lh ã es. S ã o P a u lo.
A s s u n çã o . 1946. 146 pp . ( T ra b a lh o c ie n tífic o ; c o m a n to ­
lo g ia ).
21) J o s é A d era ldo C a s t e l o : A p o lê m ic a s ô b r e A C o n fed era çã o d os
T a m o y o s. S ã o P a u lo. F a cu ld a d e d e F ilo s o fia . 1953. 139 pp.
22) A n t ô n i o C â n d id o : F o r m a ç ã o da litera tu ra b rasileira. São
P a u lo . M a rtin s. 1959. V o l. II, pp . 55-67.

Araújo Pôrto Alegre


A l e g r e , Barão de Santo Ângelo.
M a n o e l J o sé d e A r a ú jo P ô r t o
Nasceu em Rio Pardo (Rio Grande do Sul), em 19 de
novembro de 1806. Morreu em Lisboa, em 29 de dezembro
de 1879.

76
OBBAS POÉTICAS

Brasiliana (In : Minerva Brasiliense, 1 8 4 3 ); 0 caçador (In :


Minerva Brasiliense, 1 8 4 3 ); Brasiliana (I n : Minerva
Brasiliense, 184 4); O voador (In : Minerva Brasiliense,
18 4 4 ); A Destruição das florestas, Brasiliana em três
cantos (Eio de Janeiro. Tipogr. Ostensor Brasileiro.
1845) ; O Corcovado (Rio de Janeiro. Tipogr. Ostensor
Brasileiro. 1 8 4 7 ); Brasilianas (coleção dos poemas pre­
cedentes; Wien. Kaiserliehe Staatsdruckerei. 1 8 6 3 );
Colombo (Rio de Janeiro, Garnier. 1866; 2.a ed. Rio de
Janeiro. Companhia Tip. do Brasil. 1892).

Só por equívoco, pela escolha de assuntos poéticos nacionais,


que a teoria neoclassicista não admitiria, entrou Araújo Pôrto
Alegre em relações com o movimento romântico. O poema épico
“ Colombo” é a última obra classieista que se escreveu. Já não
encontrando mais leitores; a crítica moderna voltou, porém, a
apreciar as qualidades artísticas da obra. E m geral é Araújo
Pôrto Alegre hoje apreciado mais como importante arquiteto e
pintor que como poeta.

Bibliografia
1) F e h d in a n d W olf: L e B r é s i l l it té r a i r e . Berlin. Ascher. 1863,
pp. 169-175.
2) M ach ado de A s s is : C r ític a lite r á r ia . Edição Jackson. 1936.
Vol. XXIX. (Colombo, pp. 108-111). (E scrito e m 1866).
3) F r a n c is c o de P aula do A m aral Sarm ento M en a: M a n oel ãe
A r a ú jo P ô r to (In: Pantheon Literário,
A leg re. Pôrto
Alegre, 2» série, III/4, abril de 1874, pp. 693-699).
4) C arlos F e r r e ir a F r a n ç a : T e s e p a r a o c o n c u r s o d e p r o f e s s o r
s u b s t i t u t o d e r e t ó r i c a , p o é t i c a e l it e r a t u r a n a c i o n a l. Rio de
Janeiro. Leuzinger. 1879. (Colombo, pp. 1-13).
5) A rtur d e O l iv e ir a : T e s e p a r a o c o n c u r s o d e p r o f e s s o r s u b s ti­

t u t o d e r e t ó r i c a , p o é t i c a e l i t e r a t u r a n a c i o n a l. Rio de Ja­
neiro. Tipogr. Gazeta de Notícias. 1879. (Colombo, pp. 9-14).
(A e s c o lh a d o a s su n to d e m o n s tr a q u e P ô r to A le g r e fo i c o n ­
s i d e r a d o c o m o u m d o s f u n d a d o r e s d a l it e r a t u r a n a c i o n a l ) .
6) o m e r o : H i s t ó r i a d a l it e r a t u r a b r a s ile ir a . 1888. (3* edição.
S íl v i o R
Rio de Janeiro. José Olímpio. 1943. Vol. III, pp. 129-145).
( E n c o n t r a q u a li d a d e s p o é t i c a s ) .
7) A lc id e s P e l o f u t u r o . Pôrto Alegre. Franco & Irmão.
M aya:
1897.(Araújo Pôrto Alegre, pp. 51-64).
8) J osé V e r í s s im o : H i s t ó r i a d a l i t e r a t u r a b r a s il e i r a . Rio de Ja­
neiro. Francisco Alves. 1916, pp. 215-219. ( A c h a m a is ta r
len to q u e in s p ir a ç ã o ).
9) B a s ílio d e M a g a lh ã e s : M a n oel de A r a ú jo P ô r to A le g r e . Rio
de Janeiro. Imprensa Nacional. 1917. 50 pp.

77
10) H a r old o P ar an h o s:H istó ria do ro m a n tism o n o B ra sil. V o l. II.
S ã o P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1938, pp. 60-73.
11) H é l io LÔ b o : M a n oel d e A r a ú jo P ô r to A le g r e . E n s a io b io b i-
b lio g r á fic o . R io de J a n eiro. E d it. A . B . C. 1938. 180 pp.
12) D n P a r a n h o s A n t u n e s : O p in to r do ro m a n tism o . V id a e o b ra
d e M a n oel de A r a ú jo P ô r to A leg re. R io d e J a n eiro. Z élio
V a lv e rd e . 1945. 238 pp.
13) M a n u e l B a n d e i r a : A p r e s e n ta ç ã o da p o e sia b rasileira. R io d e
J a n e iro . C a sa d o E stu d a n te d o B ra sil. 1946, pp . 52-57. (O
p o e ta m o d ern o a d m ite q u a lid ad es a r tís tic a s n o v e r s o d e
P ô r to A le g r e ).
14) O l I n t o S a n m a r t i n : M en sa g em . P ô r to A leg re. E d . A N a çã o.
1947. (A r a ú jo P ô r to A leg re, pp . 15-24).
15) G u i l h e r m i n o C é s a r : H istó ria da L ite r a tu r a d o R io G ra n d e do
Sul. P ô r t o A leg re. 1956, pp . 105-116, 261-262.
16) A n t On io C â n d i d o : F o r m a ç ã o da litera tu ra brasileira. São
P a u lo . M a rtin s. 1959. V o l. II, pp . 68-74.

Varnhagen
A d o l f o d e V a r n h a g e n , Visconde de Pôrto Seguro.
F b a n c is c o
Nasceu em São João de Ipanema (São Paulo), em 17 de
novembro de 1816. Morreu em Viena (Áustria), em 29 de
junho de 1878.

o b r a p r in c ip a l

História geral do Brasil. Rio de Janeiro. Laemmert.


1854-1875. (2.a edição. 1877).

EDIÇÃO

História geral do Brasil. 3.a edição, por Rodolfo Garcia. São


Paulo. Melhoramentos, s. d.

Varnhagen, o mais completo entre os historiadores brasileiros,


já foi muito censurado, pelo estilo aoadêmico, pela lusofilia, enfim,
pélas qualidades que o aproximam dos neoclassicistas. Tampouco
é romântico, nêle, o espírito de pesquisa exata dos documentos,
revelado nas suas numerosas pequenas monografias de historio­
grafia política e literária. Mas a inspiração histórica veio-lhe de
Walter Scott, o que o aproxima dos Thierry, Barante e Froude,
que foram, assim como êle, românticos conservadores. Ainda não
existe monografia satisfatória sôbre Varnhagen.

Bibliografia
1) C a p is t r a n od e A b r e u : E n sa io s e estu d os. V o l. I. R io d e J a ­
n e iro. S o cie d a d e C a p istra n o d e A b re u . 1931. (N e c r o ló g io
d e F r a n c is c o A d o lfo de V a rn h a g en , V is co n d e d e P ô r to Se­
gu ro, pp. 125-141; S ôb re o V is c o n d e de P ô r t o S egu ro,

78
pp. 193-217). ( 0 p r im eir o d ê s s e s estu d o s é d e 1878, e o s e ­
gu n d o d e 1882; elo g io im p a rcia l, d e p a r te d e u m h istoria d or
d ife r e n te e su p e r io r ).
2) M a n u e l d e O liv e ir a L i m a : E lo g io d e V a rn h a g en . ( I n : D is ­
cu rso s A ca d ê m ico s . V o l. I. R io d e J a n eiro. C iv iliza çã o
B ra sile ira . 1934, pp . 99-135). (E s c r ito e m 1903).
3) J o s é V e r I s s i m o : H is tó ria da litera tu ra b ra sileira . R io d e J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 228-233, 406-407.
4) R e m í j i o d e B e l l id o : V a rn h a g en e a su a ob ra . C o m em o ra çã o
do C en ten á rio. S ã o P a u lo. R o th s ch ild . 1916. 41 pp.
5) A r m a n d o P r a d o : F r a n c is c o A d o lfo V a rn h a g en . ( I n : R e v is ta
d o B ra sil, 1* fa s e , I. J a n e iro -A b ril de 1916, pp . 137-159).
6) P edro L e s s a : C o n fe r ê n c ia s ô b r e V a rn h a g en . ( I n : R e v is t a d o
In stitu to H is tó r ic o e G e o g r á fic o B ra sile iro . L X X X /2 , 1916,
pp. 614-666).
7) C e l s o V ie ir a : V a rn h a g en , o h o m em e a ob ra . R i o d e J a n eiro.
A n u á rio d o B ra sil. 1923. 94 pp.
8) B a s íl io de M a o a l h Se s : V a rn h a g en . ( I n : R e v is t a d o In stitu to
H is tó rico e G e o g r á fic o B ra sileiro, C IV , 1929, pp . 893-975).
9) M a x F l e i u s s : P á g in a s d e h istória . R io de J a n e iro . Im p re n sa
N a cio n a l. 1930. (V a rn h a g e n , pp. 407-423; B ib lio g r a fia de
V a rn h a g e n , pp . 423-436).
10) H ar oldo P a r a n h o s : H istó ria do ro m a n tis m o n o B ra sil. V o l. II.
S ã o P a u lo . C u ltu ra B ra sileira . 1938, pp . 131-146.
11) C la d o R ibeiro d e L e s s a : A fo r m a ç ã o d e V a rn h a g en . ( I n : R e ­
v is ta d o In stitu to H is tó r ic o e G e o g r á fic o B ra sileiro,
C L X X X V T , 1945, pp. 55-88).
12) E u g ê n i o E g a s : V isco n d e d e P ô r to S egu ro. ( I n : R e v is t a d a
A ca d e m ia P a u lista d e Letraa, X I I /4 8 , d e z e m b ro d e 1949,
pp . 59-90).

Dutra e Melo
A n tô n io F r a n c is c o D u t r a e M e lo . Nasceu no Rio de Janeiro,
em 8 de agôsto de 1823. Morreu no Rio de Janeiro, em
22 de fevereiro de 1846.

OBRA

Uma manhã na ilha dos Ferreiros. (In : Minerva Brasiliense,


1.° de junho de 1844) ; Ramalhete de flôres (Rio de Ja­
neiro. Tipogr. Americana. 1844); A Noite (In : Minerva
Brasiliense, 1.° de agôsto de 1845).

Romântico lama/rtiniano, cuja morte antes da eclosão do ro­


mantismo o coloca entre os “ pré-românticos” (no sentido brasileiro
do têrmo).

Bibliografia
1) J o sé T it o N a b u c o de A r a ú j o : B io g r a fia d e A n tô n io F r a n c is c o
D u tra e M elo. ( I n : R e v is ta do In stitu to H is tó r ic o e Geo­
g r á fic o B ra sileiro, X X X V I /2 , 1873, pp. 185-200).

79
2) L u la F r a n c is c o da V e ig a : A n tô n io F r a n c is c o D u tr a e M elo,
( I n : R e v is t a d o In stitu to H is tó r ic o e G e o g r á fic o B ra sileiro,
X L I /2 , 1876, pp. 143-218). (F o n te d e to d o s o s e stu d o s sô b r e
o p o e ta ).
3) S ílv io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. 1 8 8 8 . (3 * e d i ç ã o .
R io d e J a n eiro. J osé O lím p io. 1943. V ol. III, pp. 173-190).
4) H ar oldo P aran h o s: H istó ria do ro m a n tism o n o B ra sil. V o l. IL
S ã o P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1938, pp. 113-121.
5) L u ís F e l ip e V ieir a S o u t o : E s tu d o s ô b r e D u tra e M elo. ( I n :
A M an hã, S u p lem en to A u to re s e L iv ro s , 8 de a g ô s to d e 1943).
6) A n t ô n io C A n d id o : F o r m a ç ã o d a litera tu ra brasileira. São
P a u lo . M a rtin s. 1959. V o l. II, pp. 76-77.

ROMANTISMO “ POPULAR”

Maciel Monteiro
A n tô n io P e r e g r in o M a c i e l M o n t e i r o , Barão de Itamaracá.
Nasceu no Recife, em 30 de abril de 1804. Morreu em
Lisboa, em 5 de junho de 1868.

EDIÇÕES

1) Poesias, edit, por João Batista Regueira da Costa e


Alfredo de Carvalho. Recife. Imprensa Industrial. 1905.
2) Poesias. Ed. do Conselho Estadual de Cultura. São
Paulo. 1962.

Maciel Monteiro é um dos muitos poetas-diletantes d o r o m a n ­


tismo de salão, tornando-se famoso por alguns versos mais o u m e n o s
improvisados.

Bibliografia
1) F A u g u s t o P e r eira da C o s t a : D icio n á rio b io g rá fic o d e
r a n c is c o
p e rn a m b u c a n o s céle b r e s . R e c ife . T ip o g r. U n iverso. 1 88 2 ,
pp . 1 5 6 -1 6 6 .
2) S íl v io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra brasileira. 1 88 8 . (3 * ed i­
çã o . R io d e J a n eiro. J osé O lím p io. 1 94 3 . V o l. I l l , pp. 1 3 -2 7 ).
3) JoSo B a t is t a R e g u e ir a d a C o s t a : A lírica d e M a ciel M o n teiro .
P r e fá c io d a e d iç ã o cita d a . R e c ife . Im p re n sa In d u stria l.
1905, pp. I-L IV .
4) A l f r e d o de C a r v a l h o : N o ta s d a e d iç ã o cita d a . 1 90 5 , pp. 1 6 1 -1 9 2.
5) A r t u r M u n i z : M a ciel M o n teiro . P r e fá c io d a e d iç ã o citada.
1905, pp. I-L IV .
6) P h a b l a n t e d a C â m a r a : M a ciel M o n teiro . R e c ife . C u ltu ra Aca­
dê m ica . 1 9 0 5 . 6 7 pp.
7) A l m à q u io D i n i z : Z oilos e e s te ta s . P ô r to . C h a rd ron . 1908.
(M a cie l M on teiro, pp . 1 0 3 -1 0 9 ).

80
8) D antas B a r r e t o : M a ciel M o n teiro . ( I n : Revista da A c a d e m ia
B ra s ile ira de L etra s, n ç 16, d ezem b ro d e 1920, pp . 206-228).
9) H ar oldo P a r a n h o s : H istó ria do ro m a n tis m o n o B ra sil. V o l. I-
S ã o P a u lo . C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp. 450-458.
10) J o sé A deraldo C a s t e l o : In tro d u çã o da E d içã o 8, cita d a . São
P a u lo . 1962, pp . 7-35.

Martins Pena
Luís C a r l o s M a r t i n s P e n a . Nasceu no Rio de Janeiro, em 5 de
novembro de 1815. Morreu em Lisboa, em 7 de dezembro
de 1848.

COMÉDIAS PR IN CIPAIS

O Juiz de Paz na roça (1838); O Judas em sábado de aleluia


(1 84 4 ); O Irmão das almas (1 84 4 ); Os dois ou o inglês
maquinista (1 8 4 5 ); O Noviço (1 84 5 ); Quem casa quer
casa (1 84 5 ); Os três médicos (1845), Os namorados
(1 84 5 ); A barriga de meu tio (1846), etc.

EDIÇÕES

1) Teatro, edit. por Melo Morais Filho e Sílvio Romero.


Rio de Janeiro, Garnier, 1898.
2) Teatro cômico. São Paulo. Edit. Cultura. 1943.
3) O Juiz de Paz na roça e O Judas em sábado de aleluia,
edit. por Amélia Costa. Rio de Janeiro. Organização-
Simões. 1951.
4) Teatro, edit. por Darcy Damasceno. 2 vols. Rio de
Janeiro. Instituto Nacional do Livro. 1957.

Nas farsas do fundador do teatro cômico brasileiro não se


descobre nada de romântico. Mas sua apresentação realística de
tipos populares mal teria sido possível sob o domínio incontestado
da poética neoclassicista. Na personalidade do comediógrafo talvez
houvesse, aliás, traços românticos que não chegaram a manifestar-
se na sua obra. Os críticos sempre Ihe apontaram o realismo.

B ib lio g r a fia
1) L u ls F r a n c is c o da V e ig a : C a rlos M a rtin s P e n a , o cria d o r da
co m éd ia n a cion a l. (I n : R e v is t a d o In stitu to H is tó rico e
G e o g r á fic o B ra s ile iro , X L /2 , 1877, pp. 375-407). (.F on te doa
estu d o s p o s te r io r e s ).
2) S íl v io R o m e r o : M a rtin s P en a . In tro d u çã o d a e d iç ã o cita d a .
R io d e J a n eiro. G a rn ier. 1898, pp. X L V -L X I .
3) S íl v io R o m e r o : V id a e ob ra d e M a rtin s P en a . P ô r to . L ello.
1901. 195 pp.

81
4) J o s í V brIssim o: E s tu d o s d e litera tu ra b rasileira. 1* série. R io
d e J a n e iro . G a rn ier. 1901. (M a rtin s P e n a e o te a tro b ra si­
leiro, pp . 167-190).
8) L u is G a s t Ao d ’ E s c r a g n o l l e D ó r ia : O te a tr o na E x p o s içã o . ( I n :
R e v is t a d o In stitu to H is tó r ic o e G e o g r á fic o B ra sileiro,
L X X I /2 , 1908, pp. 291-294, 304-310).
8) M ário de V asconcelos: E n sa io s s ô b r e o te a tr o n o B r a s il: M o­
liè r e e M a rtin s P e n a . ( I n : R e v is t a A m e rica n a , H /3 , m a rç o
de 1910, pp. 432-455).
7) C arlos S ü s s e k in d de M e n d o n ç a : H istó ria d o te a tr o b rasileiro.

I. R i o de J a n e iro . M e n d o n ça M a ch a d o. 1926, p p . 227-244.


8) L afayette S il v a : M a rtin s P e n a . ( I n : R e v is t a d a A ca d e m ia
B ra s ile ira d e L etra s, n9 121, ja n e ir o de 1932, pp. 49-55).
9) H e ito rM o n i z : V u lto s da litera tu ra brasileira. R io d e J a n eiro.
M a risa . 1933. (M a rtin s P e n a e o te a tro b ra sileiro, pp. 41-61).
10) H aholdo P aran h o s: H istó ria do ro m a n tis m o n o B ra sil. V o l. II.
S ã o P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1938, pp. 245-254.
11) L afayette S i l v a : M a rtin s P e n a o c o m e d ió g r a fo d o s n o sso s
co stu m es. ( I n : A n a is d o 3s C on g resso d e H is tó ria N a cio n a l.
V o l. V II. R io d e J a n eiro. Im p re n sa N a cio n a l. 1942,
pp. 255-269).
12) W alter S p a l d i n g : T ea tr ó lo g o s d el p e rio d o ro m â n tic o brasi-
lefio. ( I n : B o le tín d e estú d ios de tea tro, B u e n o s A ires,
V /1 6 , m a rç o d e 1947, pp. 34-39).
13) E rnani F o r n a r i: M a rtin s P e n a , s e u te m p o e s e u te a tr o . ( I n :
P r o v ín c ia d e S ã o P ed ro, n’ 11, m a r ç o -ju n h o d e 1948,
pp. 74-81).
14) G u il h e r m e de F ig u e ir e d o : In tro d u çã o a M a rtin s P e n a . (In :
D io n ísio s, R io d e J a n eiro, 1/1, O u tu b ro de 1949, pp. 73-86).
15) E rnani F o r n a r i : O n a m ôro e o c a sa m en to a tr a v é s da o b r a d e
M a rtin s P e n a . ( I n : D ion ísios, R io d e J a n eiro, 1/1, O u tu b ro
de 1949, pp. 89-101).
16) A m á l ia C o s t a : N o ta s biob ib liog r á fic a s d a e d iç ã o 3, 1951,
pp . 9-17.
17) DÉcto de A l m e id a P r a d o : A ev o lu çã o da litera tu ra d ram ática.
(I n : A L ite r a tu r a n o B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o.
V ol. II. R io d e J a n eiro. E d ito ria l Sul A m e rica n a . 1955.
pp. 252-255).
18) H e r m e s L í m a : Id éia s e F ig u ra s. R io d e J a n eiro. M in istério
d a E d u c a ç ã o . 1958. (O co n te ú d o s o c ia l d o te a t r o d e M a rtin s
P en a , pp. 121-132).
19) S a b a to M a g a l d i : P a n o ra m a do te a tr o brasileiro. S ã o P a u lo.
D ifu s ã o E u r o p é ia d o L iv ro. 1962, pp. 40-58.

Teixeira e Sousa
A n t ô n ioG o n ç a l v e s T e d c e iiía e S o u s a . Nasceu em Cabo Frio (na
então Província do Rio de Janeiro), em 28 de março de
1812. Morreu no Rio de Janeiro, em 1.° de dezembro de
1881.

82
ROMANCES PRINCIPAIS

O filho do pescador (Rio de Janeiro. Paula Brito. 1843);


A Providência (Rio de Janeiro. M. Barreto. 1854); As
fatalidades de dois jovens (Rio de Janeiro. Paula Brito.
1856; 2.a ed., 1874).

Teixeira e Sousa é, quase simultaneamente com Macedo, o


fundador do romance brasileiro: romances romântico-sentimentais,
ao gôsto popular da época.

Bibliografia
1) J o a q u im N o r b e r to d e S o u s a e S i l v a : N o tíc ia s s ô b r e A n tô n io
G o n ç a lv es T e ix e ir a e Sousa. ( I n : R e v is t a d o In s titu to H is ­
t ó r ic o e G e o g r á fic o B ra sileiro, X X X I X /1 , 1876, pp . 197-216).
2) S íl v io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra b ra sileira . 1888. (3*
e d içã o . R io d e J a n eiro. J osé O lím p io. 1943. V o l. III,
pp . 145-154). ( C rítica d esd en h o s a ).
3) H a r old o P a r a n h o s : H istó ria do ro m a n tis m o n o B ra sil. V o l. II.
S ã o P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1938, pp. 255-262.
4) A u r é l io B u a r q u b de H o l a n d a : T e ix e ir a e Sousa. ( I n : R e v is t a
d o B ra sil, 3* fa se, IV /3 5 , m a io de 1941, pp . 12-25). (T ra n s ­
c r it o in : O R o m a n c e B ra sileiro. R io de J a n eiro. O C ru­
zeiro. 1952, pp . 21-36).
5) J osé A d e r a ld o C a s t e lo : Os iniciadores do romance brasileiro.
( I n : O J orn a l, R io d e J a n eiro, 10 d e ju lh o d e 1949). (C o ­
loca , c o n tr a a s " f a b le s c o n v e n u e s ” , T e ix e ir a e S ou sa a cim a
d e M a c e d o ).
6) A n t ô n i o C â n d id o : F o r m a ç ã o da litera tu ra b rasileira. São
P a u lo . M artina. 1959. V o l. II, pp. 126-135.

Macedo
Joaquim M an u el de Macedo. Nasceu em Itaboraí (na então
Província do Rio de Janeiro), em 24 de junho de 1820.
Morreu no Rio de Janeiro, em 11 de abril de 1882.

rom ances

A Moreninha (Rio de Janeiro. Tipogr. Francesa. 1845;


2.a ed., 1845; 3.a ed., 1849; 4.a ed., Pôrto. Biblioteca das
Damas, 1854; 5.a ed., I860; 9.a ed., Rio de Janeiro.
Garnier. 1895, etc., etc.); O môço louro (1845; 2.a ed.,
Rio de Janeiro. Tipogr. Brasiliense. 1854; 5.a ed., Rio
de Janeiro. Garnier. 1876); Os dois amores (1 84 8 );
Rosa (Rio de Janeiro. Tipogr. do Arquivo Médico Bra­
sileiro. 1849; 4.a ed., Rio de Janeiro. Garnier. 1895);
Vicentina (Rio de Janeiro. Paula Brito. 1853; 4.a ed.,
Rio de Janeiro. Garnier. 1896); O Forasteiro (Rio de

83
Janeiro. Paula Brito. 1855); A carteira de meu tio (Rio
de Janeiro. Paula Brito. 1855; 4.a ed., Rio de Janeiro.
Garnier. 188 0); Romances da semana (Rio de Janeiro.
J. M. Nunes Gareia. 1861; 3.a ed., Rio de Janeiro.
Garnier. 1873); O culto do dever (Rio de Janeiro.
Tipogr. C. A . de Mello. 1865); Memórias de um sobrinho
de meu tio (Rio de Janeiro. Laemmert. 1867-1868); A
luneta mágica (Rio de Janeiro. Garnier. 1869); As
vítimas algozes (vol. I, Rio de Janeiro. Tipogr. Ameri­
cana. 1869, e vol. II, Rio de Janeiro. Tipogr. Perseve­
rança. 1869; 2.a ed., Rio de Janeiro. Garnier. 1896);
O Rio do Quarto (1869); A s mulheres de mantilha (Rio
de Janeiro. Garnier. 1870-1871); A namoradeira (Rio
de Janeiro. Garnier. 1870); TJm noivo e duas noivas
(Rio de Janeiro. Garnier. 1871); Os quatro pontos
cardiais e a Misteriosa (Rio de Janeiro. Garnier. 1872);
A baronesa do amor (Rio de Janeiro. Tipogr. Nacional.
1879; 2.a ed., Rio de Janeiro. Garnier. 1896).

EDIÇÕES MODERNAS

1) A Moreninha. Rio de Janeiro. Zélio Valverde. 1945.


2) Quatro romances. (Rosa, O Rio do Quarto, Uma paixão
romântica, O veneno das flôres). São Paulo. Martins.
1945.

OBRAS TEATRAIS

O Cego (Niterói. Lopes & Cia. 1849); Luxo e vaidade (Rio


de Janeiro. Paula Brito. 1860); A Tôrre em concurso
(1863); Lusbela (1 86 3 ); Teatro de Macedo. 3 vols.
Rio de Janeiro. Garnier. 1863. (2.a ed., 1895).

OUTRAS OBRAS

A Nebulosa (poema). Rio de Janeiro. J. Villeneuve & Cia.


1857; TJm passeio pela cidade do Rio de Janeiro (vol. I.
Tipogr. J. M. Nunes Garcia. 1862; vol. II, Tip. C. A.
de Mello. 1863; Memórias da rua do Ouvidor (Rio de
Janeiro. Tip. Perseverança. 1878).

O estilo literário de Macedo, nos romances, é o do romantismo


sentimental ao gôsto popular, confirmado pelo grande sucesso das
obras. A s peças teatrais são “ tragédias” melodramáticas no mesmo
estilo ou então farsas à maneira de Martins Pena. O poema “ A
Nebulosa” foi muito apreciado pelos românticos da ala conserva­
dora. Mais tarde, a crítica reagiu contra Macedo em proporção

84
inversa do êxito de suas obras: com desprêzo. Recentemente Ihe
fizeram jus, consider-ando-o como expressão autêntica do gôsto do
povo.

Bibliografia
1) A n t ô n io D u t r a e M e l o : A M oren in h a . ( I n : M in erv a B ra s l-
liense, 11/24, 15 d e o u tu b ro de 1844, pp. 746-751; tr a n s crito
c o m o p r e fá c io d a 9’ e d içã o d’A M oren in h a . R io d e J a n eiro.
G a rn ier. 1895, pp. V - X I X ) . ( C rítica ra zo á v e l, p e lo jo v e m
p o e ta r o m â n tic o ).
2) F e r d in a n d W o l f : L e B rés il littéra ire. B erlin . A sch er. 1863,
pp. 180-195, 227-228, 235-237. ( M u ito e lo g io s o ).
3) M a c h a d o de A s s i s : C rítica tea tra l. E d iç ã o J a ck s o n . 1936.
V o l. X X X . (O te a tro de J. M . d e M a ced o, pp. 255-285).
( E s c r ito e m 1866).
4) L e r í S a n t o s : P a n th e o n F lu m in en se. R io d e J a n eiro. L eu -
zin ger. 1880, pp . 497-508.
5) S íl v io R o m e r o e J oão R ib e ir o : C om p ên d io d e h istó ria da lite­
r a tu ra b rasileira. 2* ed içã o. R io d e J a n eiro. F r a n c is c o
A lve s. 1909, pp . 260-271.
6) S íl v io R o m e r o : H is tó r ia da litera tu ra brasileira. 3* e d i ç ã o .
R io de J a n eiro. J o s é O lím p io. 1943. V o l. V , pp. 11-73.
( S ô b re o tea tr o d e M a c e d o ). ( P u b lica d o p r im eir o iri: R e ­
v is ta A m e rica n a , R io d e J a n eiro, III/1 -2 , J u lh o -A g ô s to de
1913, pp. 42-130).
7) J o s é V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra brasileira. R io d e J a ­
n e iro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 237-241, 285-286, 381-382.
( C rítica s e v e r a ).
8) B e n e d it o C o s t a : L e ro m a n a u B résil. P a ris. G a rn ier. 1918.
(M a ce d o e J o s é de A le n c a r : L e G u a ra n y et L a M oren in h a ,
pp. 53-82).
9) C o n s t â n c i o A l v e s : A p o s içã o d e M a ced o n a litera tu ra b rasi­
leira. ( I n : J o rn a l d o C om ércio, R i o d e J a n eiro, 24 de
ju n h o d e 1920).
10) H u m b e r t o d e C a m p o s : A s m od a s e o s m o d o s n o ro m a n c e d e
M a ced o . ( I n : R e v is t a d a A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s,
n ’ 15, ou tu b ro de 1920, pp . 5-45).
11) A lfr e do G o m e s : H is tó r ia literária. ( I n : D icio n á rio h istó rico
g e o g r á fic o e e tn o g r á fic o do B ra sil, c o m em o ra çã o do 19 C en ­
ten á rio da In d ep en d ên c ia . V o l. II, p. II. R io de J a n eiro.
I m p re n sa N a cio n a l. 1922, pp. 1380-1387). (.Trata M a ced o
c o m r e s p e ito a c a d ê m ico ).
12) J a c k s o n d e F ig u e ir e d o : P r e fá c io da ed içã o d’A M oren in h a .
R io de J a n eiro. A n u á rio do B ra sil. 1922. (E lo g ia o g ô sto
a u tê n tic a m e n te p o p u la r d e M a ced o ).
13) V eiga M i r a n d a : Os fa isca d o res. S ã o P a u lo. M on teiro L ob a to.
1925. ( A P e d r a d a M oren in h a , pp . 55-59).
14) A r t u r M o t a : M a ced o. I n ; R e v is t a d a A ca d e m ia B ra sileira de
L etra s, n9 113, m a io de 1931, pp. 80-99). (B o a b ib lio g ra fia ).
15) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu ç ã o da p r o sa b ra sileira . 1933. 2* ed içã o.
R io d e J a n eiro. J o s é O lím pio. 1947, pp. 32-34. (A c e n tu a o
fe it io b u r g u ês do ro m a n tism o d e M a ced o ).

85
6
16) A st r o j il d oP e r e ir a : A s m e m ó ria s d e u m so b rin h o ã e m e u tio.
( I n : R e v is ta A ca d ê m ica , n» 46, se te m b ro de 1939). (D e s c o ­
b r e a s v e le id a d es o p o s icio n ista s e m M a ced o ).
17) A s t r o jil d oP e r e i r a : In te r p r e ta ç õ e s . R io de J a n eiro. C asa d o
E s tu d a n te do B ra sil. 1944. (R o m a n c is ta s d e cid a d e,
p p . 49-113). ( C om p a ra çã o c o m M a n u el A n tô n io e IA m a B a r­
r e t o ).
18) R achel de Q u e i r o z : P r e fá c io da ed içã o d’A M oren in h a . R io
de J a n e iro. Z é lio V a lv e rd e . 1945, pp. 10-17. ( M a ced o co m o
e s c r ito r a u tê n tic a m e n te p o p u la r).
19) J a m il A l m a n s u r H a d d a d : P r e fá c io d a n o v a e d iç ã o d a s M em ó ­
ria s da B u a do O uvidor. S ã o P a u lo. C om p a n h ia E d ito ra
N a cio n a l. 1952, pp. 5-16.
20) H eron de A l e n c a r : J o sé ã e A le n c a r e a fic ç ã o rom â n tica .
( I n : A L iter a tu ra n o B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin h o.
V o l. I, t. 2. R io d e J a n eiro. E d ito ria l Sul A m e rica n a . 1956,
pp . 856-862).
21) T e m ís t o c l e sL i n h a r e s : M a ced o e o ro m a n ce b rasileiro. ( I n :
R e v is t a d o L iv ro, R io de J a n eiro, 10 d e ju n h o de 1958,
pp . 111-117; id., 14, ju n h o de 1959, pp. 97-105).
22) A n t ô n ioC â n d id o : F o r m a ç ã o da litera tu ra b ra sileira . São
P a u lo .
M artin s. 1959. V o l. II, pp. 97-101, 136-145.
23) S a b a t o M a g a l d i : P a n ora m a do te a tr o b ra sileiro. S ã o P a u lo.
D ifu s ã o E u ro p é ia d o L iv ro. 1962, pp. 75-89.

Francisco Otaviano
F r a n c is c o O t a v ia n o de A l m e id a R o s a . Nasceu no Rio de Janeiro,
em 26 de julho de 1825. Morreu no Rio de Janeiro, em 28
de maio de 1889.

OBRAS

Traduções e poesias, edit. por Amorim Carvalho. Rio de


Janeiro. Maximino. 1881.

EDIÇÃO

Coletânea, edit. por Xavier Pinheiro. Rio de Janeiro. Revista


da Língua Portuguesa. 1925.

Francisco Otaviano tornou-se famoso por uma ou duas poesias


ao gôsto do romantismo de salão. Foi, talvez, o último dos célebres
diletantes da poesia romântica, antes do Parnasianismo criar nova
espécie ãe celebridades, as ãe um soneto só.
Bibliografia
1) R e in a l d oC a r l o s M o n t o r o : F r a n c is c o O ta vian o d e A lm eid a
R o sa . ( I n : R e v is ta C on tem p orâ n ea de P o r tu g a l e B rasil,
t. I l l , 1861, pp . 495-505).

86
2) S íl v io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra brasileira. 1888. (8* « d i­
çã o . R io d e J a n eiro. J o s é O lím p io. 1943. V o l. I l l , p p . 190-201).
3) X av ie r P i n h e i r o : E s c ô r ç o b io b ib lio g rá fico d e F r a n c is c o O to-
via n o . P r e fá c io d a e d iç ã o cita d a . 1925, pp. 17-74.
4) J oão R ib e ir o : C rítica. C lá ssicos e ro m â n tic o s b ra sileiro». R io
d e J a n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1952. (F r a n ­
c is c o O ta vian o, pp. 187-189). (E s c r ito e m 19Z6).
5) A r t u r M o t a : F r a n c is c o O ta via n o d e A lm eid a R o sa . ( I n : R e ­
v is ta d a A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s, nç 84, d e z e m b ro de
1928, pp. 498-506).
6) P h o c io n S e r p a : F r a n c is c o O ta via n o, E n sa io b io g rá fic o . R io de
J a n e iro . A ca d e m ia C a rio ca d e L etra s. 1952. 222 pp.
7) A n t On io C â n d id o : F o r m a ç ã o da litera tu ra brasileira. São
' P a u lo . M artin s. 1959. V o l. II, pp. 101-104.

87
ROMANTISMO

B ib lio g r a fia g e ra l
1) C a p is t r a n o de A b r e u : E n sa io s e estu d o s. 1. R io d e J a n eiro.
S o cie d a d e C a p istra n o de A b reu . 1931. ( A lite ra tu ra brasi­
le ira co n tem p orâ n ea , pp. 61-107. (Ê sse estu d o , e s c r ito em
1875, ainda é o m e lh o r tra b a lh o s ô b r e o in d ia n ism o rom â n ­
t i c o .).
2) S íl v io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. 1 8 8 8 . (3 *
e d içã o . R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1943. V ol. III,
pp . 93-385, v ol. IV , pp. 11-307). (Æ o m a is r ic o r e p o sitó rio
d e e stu d o s s ô b r e o s p o e ta s r o m â n tic o s, ta n to da p rim eira
c o m o da seg u n d a c a teg o ria , a p esa r da ten d ê n cia a n ti-
-ro m â n tíca do a u to r ; p r e fe r ê n c ia p e lo s ro m â n tic o s p r o v in ­
cia n o s).
3) C l ó v is B e v il a q u a : E p o c a s e ind ividu alid ad es. R e c ife . Q uintas.
1889. (E s b ô ç o s in tético d o m o v im e n to r o m â n tico b ra sileiro,
pp . 1-87).
4) P ir e s de A l m e i d a : A e s c o la b yron ia n a n o B ra sil. ( I n : J orn al
d o C o m é rcio . R io de J a n eiro, 2 de ju lh o, 22 de setem b ro,
20 d e d ezem b ro, 1903; 10 e 17 de ja n eiro, 1 de fe v e re iro ,
17 de ju lh o , 26 de a g ôsto, 1904; 5 e 26 de fe v e re iro , 22 de
m a rç o , 8 de ju n h o, 13 d e ju lh o e 20 de n o v e m b ro , 1905).
(P r e c io s a s r e c o r d a ç õ e s da b oêm ia ro m â n tic a n a F a cu ld a d e
d e D ir e ito d e São P a u lo ). (R e e d iç ã o p elo C on selh o E s ta ­
d u a l de C u ltu ra. São P a u lo. 1962. 224 p p ).
5) A n t ô n i o P ic c a r o l o : O ro m a n tism o n o B ra sil. ( I n : S ocied ad e
C u ltu ra A r tís tic a , C o n fer ên cia s. 1914-1915. S ã o P a u lo . L eví.
1916, pp. 3-82.
6) J o s é V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. R io de J a ­
n e iro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 189-340. (E stu d a os p o eta s
r o m â n tic o s c o m m u ita sim p a tia ).
7) C â n d id o M o t a F i l h o : In tro d u çã o a o estu d o d o p e n sa m en to
n acion a l. O R o m a n tism o . R io de J a n eiro. H élios. 1926.
310 pp. (P r im e ir a te n ta tiv a d e estu d o id e o ló g ic o ).
8) A . C . C h ic h o r r o da G a m a : R o m â n tic o s b ra sileiros. A p o n ta ­
m e n to s sô b re algu ns. R io d e J a n eiro. B rig u iet. 1927. ( P e ­
q u en in a s b io g r a fia s ; co m a n to lo g ia ).
9) P a u l H a z a r d : D e l’a n cien a u n o u v ea u m on d e. L e s o rig in es du
r o m a n tis m e au B résil. ( I n : R e v u e de L ittéra tu re C om ­
p a rée, V II-1 , J a n v ier-M a rs 1927; tra d u z id o in R e v is ta da
A ca d e m ia B ra s ile ira d e L etra s, n 9 69, se te m b ro d e 1927,

88
pp. 24-25). (E stu d a os in ícios, é p o c a d e G o n ç a lv es d e M a­
g a lh ã e s ).
10) M anoel S o u sa P i n t o : O in d la n ism o n a p o e s ia b rasileira.
C oim b ra . E d it. C oim b ra . 1928, 24 pp.
11) P a u l o P r a d o : R e tr a to d o B ra sil. S ã o P a u lo. D u p ra t-M a y en ça .
1928. (4* ed içã o. R io de J a n eiro. B rig u iet. 1931. 221 pp.
(M a rca d a h ostilid a d e c o n tr a o ro m a n tis m o , co n sid era d o
c o m o v íc io n a c io n a l).
12) R o n a l d de C a r v a l h o : P e q u en a h istória da litera tu ra brasi­
leira. 5* e d içã o. R io de J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 207-275.
(D o p o n to d e v is ta c o n v en cio n a l, m a s co m fin a sen sib ili­
d ade) .
13) H ar old o P a r a n h o s : H istória do ro m a n tism o n o B ra sil. São
P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1937-1938. V o l. I, 1500-1830. 503 p p .;
v o l. II, 1830-1850. 493 pp . (U sa n d o c r ité r io s erra d o s, in clu i
tu d o no ro m a n tis m o , m e sm o a litera tu ra colon ia l. C om o
n ão sa iu o te r c e ir o v o lu m e da ob ra , s ó c h e g a a t é o fim
d a q u ela é p o c a q u e a p a r e c e n e s te liv ro c o m o P r é -R o m a n -
tism o. JB u m a c o le ç ã o d e b io g ra fia s, b em d o cu m en ta d a s,
m a s s e m n o v a s c o n trib u içõ es, e m estilo a c a d ê m ic o ).
14) M a n u e l B a n d e ir a : A n to lo g ia d os p o e ta s b ra sileiro s da fa s e
ro m â n tica . 2* ed içã o. R io de J a n eiro. M in istério d e E d u ­
c a ç ã o e S aú de. 1940, pp . 7-19. (A m e lh o r in tr o d u çã o á
p o e sia ro m â n tic a b ra sileira ).
15) D . D r iv e r : T h e In d ia n in B ra zilia n L ite r a tu r e . N ew Y ork .
In stitu to de las E sp a n a s. 1942. 190 pp.
16) Á l v a r o L in s : N o ta s s ô b r e o ro m a n tism o b ra sileiro. ( I n : A tlâ n ­
tico , L isb oa , nç 1. 1942, pp. 50-53).
17) J a m i l A l m a n s u r H a d d a d : O ro m a n tis m o b ra sileiro e a s s o c ie ­
d a d es s e c r e ta s d o tem p o . S ã o P a u lo. In d ú stria G r á fic a Si­
q ueira. 1945. 116 pp.
18) J a m i l A l m a n s u r H a d d a d : R o m a n tism o e s o cied a d e pa tria rca l.
( I n : R e v is ta d o A rq u iv o M u n icip a l, São P a u lo, vol. 119,
ju lh o -s e te m b ro de 1948, pp . 51-65).
19) M ário C a m a r i n h a da S i l v a : S ôb re a p o e sia r o m â n tic a n o B ra sil.
( I n : R e v is t a Ib e ro a m e rica n a , X I V , 1948, pp. 117-124).
20) J a m il A l m a n s u r H a d d a d : In tro d u çã o ao ro m a n tis m o b rasileiro.
( I n : R e v is ta d o A rq u iv o M u n icip a l, S ã o P a u lo, v ol. 125,
1949, pp. 15-22).
21) G e o r g e s R a e d e r s : L e s o rig in es du ro m a n tis m e b résilien . (N a -
tiv ism e e t in d ia n ism e ; in flu e n c e s fr a n ç a is e s ). P a ris . F a cu lté
des L ettres. 654 pp. (D a tilo g ra fa d a s). (T ese).
22) A f r â n io C o u t i n h o : C ro n o lo g ia e c a r a c te r e s do rom a n tism o
b rasileiro. ( I n : A L ite r a tu r a n o B ra sil, edit. p o r A fr â n io
C ou tin h o. V ol. I, t. 2. R io de J a n eiro. E d ito r ia l Sul A m e­
rica n a . 1956, pp. 575-602).

O estudo do Romantismo, movimento literário dos mais


complexos, encontra em tôdas as literaturas grandes dificuldades.
No caso do Brasil, a dificuldade especial reside na preferência do
gôsto nacional por êsse estilo, produzindo verdadeiro exército de
poetas românticos durante período relativamente curto, de modo

89
que é quase impossível distinguir com nitidez as diferentes fases
da evolução do romantismo brasileiro; e essa dificuldade ainda se
toma maior quando se propõe, como acontece neste livro, incluir
no movimento geral os prosadores.
Manuel Bandeira, na introdução citada à sua antologia dos
poetas românticos, relacionando o número enorme dêles que Sílvio
Romero estudou, ironiza finamente as tentativas desesperadas do
grande historiador da literatura de agrupá-los de qualquer ma­
neira, distinguindo “ escolas” , “ grupos” , “ momentos” e “ fases” em
número cada vez maior e de maneiras às vêzes contraditórias. José
Veríssimo e Bonald de Carvalho fizeram bem, simplificando os
esquemas. Hoje, distinguem-se, em geral, apenas díias gerações
românticas. À primeira geração pertenceriam Gonçalves de Ma­
galhães, Araújo Pôrto Alegre e Gonçalves Dias e, entre os prosa­
dores, José de Alencar. A segunda geração romântica compreende
Álvares de Azevedo, Junqueira Freire, Casimiro de Abreu, Fa­
gundes Varela e, embora visivelmente diferentes, os “ condoreiros”
Pedro Luís e Castro A lves; não é preciso incluir o “ condor” Tobias
Barreto, cuja poesia é historicamente menos importante que sua
prosa, em virtude da qual êle pertence a outro movimento literário.
Conforme os critérios adotados neste livro, Gonçalves de
Magalhães e Araújo Pôrto Alegre foram estudados como “ pré-
-românticos”, de modo que só ficam, como românticos da primeira
geração, Gonçalves Dias e José de Alencar. Como romancista
pertence ao mesmo grupo Bernardo Guimarães que, como poeta
lírico, é da geração dos Álvares de Azevedo e Junqueira Freire;
mas* Bernardo é mais velho que Alencar. “ Alencarista” também
é Apolinário Pôrto Alegre que é, por sua vez, mais nôvo que os
poetas da segunda geração romântica. A í os conceitos “ geração”
e “ estilo” já entram em choque com a cronologia. Há mais outras
dificuldades da mesma espécie: Fagundes Varela, nascido no
intervalo entre o grupo Álvares de Azevedo-Junqueira Freire-
-Casimiro e o grupo Pedro Luís-Castro Alves, está na verdade
isolado, como que formando grupo consigo mesmo; e Luís Delfino,
que não é o mais nôvo d,os românticos, tem de ser colocado no fim
porque êle, sobrevivendo w todos os outros, já constitui o elo entre
os românticos e os parnasianos (assim como Luís Guimarães Júnior
que é, no entanto, mais velho que Castro Alves). Na verdade, a
morte prematura de todos os importantes poetas românticos é fato
capaz de destruir qualquer esquema cronológico. Propõe-se, por
isso, em vez da divisão em duas gerações, a distinção de três grupos
estilística e ideologicamente diferentes: romantismo nacional e
popular; romantismo individualista; e romcmtismo liberal. Ficam
fora dessa classificação Tobias Barreto e Machado de Assis, cuja

90
importância está em outra parte que nas suas poesias românticas,
t Luís Guimarães Júnior, que será estudado como precursor do
parnasianismo.

ROMANTISMO NACIONAL E POPULAR

Pertencem a êsse grupo, sem, dúvida, Gonçalves Dias e José


de Alencar; também, Bernardo Guimarães, que é, històricamente,
mais importante como romancista alencariano do que como poeta,
t o “ Alencar do Sul” , Apolinário Pôrto Alegre. Nesse mesmo
grupo também cabem os numerosos poetas provincianos, “ sertane-
jistas” conforme Sílvio Romero, que substituíram o indianismo
pelo regionalismo e o nacionalismo pelo popularismo. Já não se
atribui a êsses poetas a mesma importância que Sílvio Romero lhes
concedeu. Aqui se faz referência, apenas, ao mais conhecido
representante do tipo: Juvenal Galeno.

Gonçalves Dias
Nasceu em Boa Vista, perto de Caxias
A n t ô n i o G o n ç a l v e s D ia s .
(Maranhão), em 10 de agosto de 1823. Morreu, em nau
frágio, perto de Guimarães (Maranhão), em 3 de novembro
de 1864.

OBRAS

Primeiros cantos (Rio de Janeiro. Laemmert. 184 6); Se­


gundos cantos e Sextilhas de frei Antão (Rio de Janeiro.
Ferreira Monteiro. 1848); Últimos cantos (Rio de Ja­
neiro. Paula Brito. 1 85 1); Os Timbiras (Leipzig
Brockhaus. 1857); Cantos ( 2 a edição. Leipzig. Brock-
haus. 1857; 3.a ed., 1860; 4.a ed., 1865; 5.a ed., 1877);
Obras póstumas, editadas por Antônio Henriques Leal
6 vols. São Luís do Maranhão, B. de Matos, 1868-1869).
Sôbre a bibliografia das edições, veja-se: M. N o g u e i r a d a
S i l v a : Bibliografia de Gonçalves Dias. Rio de Janeiro.
Ministério da Educação e Saúde. 1942. 203 pp.

EDIÇÕES

1) Poesias, edit. por Jaci Monteiro. 5.a edição. Rio de


Janeiro. Garnier, s. d.
2) Poesias, edit. por Joaquim Norberto de Sousa e Silva.
6.a edição. Rio de Janeiro. Garnier. 1870.
3) Poesias. Rio de Janeiro. Laemmert. 1896.

91
4) Poesias póstumas. Rio de Janeiro. Garnier. 1909.
5) Poesias. 7.a edição. Rio de Janeiro. Garnier. 1910
(Reedit. em 1919 e 1928).
6) Teatro. Rio de Janeiro. Garnier. 1910.
7) O Brasil e a Oceania. Rio de Janeiro. Garnier. 1910.
8) Poesias. Rio de Janeiro. Anuário do Brasil. 1928.
9) Poesias completas, edit. por Josué Monteio. 2 vols. Rio
de Janeiro. Zélio Valverde. 1944.
10) Obras poéticas, edição crítica, por Manuel Bandeira.
2 vols. São Paulo. Companhia Editora Nacional. 1944.
(Edição definitiva).
11) Poesias completas. São Paulo. Saraiva. 1950.
12) Poesia completa e prosa escolhida. Rio de Janeiro. José
Aguilar. 1959.

Pelo temperamento viril e pela cultura humanística, é Gon­


çalves Dias superior aos outros poetas românticos. Muitos o
consideram como o maior poeta do romantismo brasileiro, senão
como o maior poeta do Brasil. Outros preferem Castro Alves, e
a discussão estéril dessas preferências enche grande parte da
bibliografia gonçalviana. Algumas poesias de Gonçalves Dias,
incluídas em tôdas as antologias, são as mais populares que há no
Brasil; mas o resto da sua obra é muito menos lido que a poesia
de Castro Alves, como se revela pelo número sensivelmente menor
de edições. Em compensação, é Gonçalves Dias o “ poeta dos
poetas” . Sua obra foi, em todos os aspectos, minuciosamente
estudada; grande parte dos estudos refere-se, porém, à biografia
do poeta, que apresenta muitos problemas. Verifica-se, em geral,
um declínio de sua fama durante o segundo período romântico e
o parnasianismo; depois, nova ascensão, preferindo-se, porém,
agora ao indianismo sua poesia pessoal.

Bibliografia
1) A lexandre H e r c u l a n o : O fu tu r o literá rio d e P o r tu g a l e d o
B ra sil. ( I n : R e v is t a U n iversa l L isb on en se, t. V I I, 1846,
p . 5 ). ( F a m o sa p r o fe c ia do g ra n d e fu tu r o do p o e ta , ad v i-
n had o p e lo m a io r d os r o m â n tic o s p o r tu g u ê s e s ).
2) A u g u s t o F rederico C o l i n : S eg u n d os ca n to s e S extilh a s d e f r e i
A n tã o . (I n : R e v is ta U n iversa l M a ra n h en se, 1/4, 1 d e a g ô s to
de 1849, e 1/7, 1 de n o v e m b ro de 1849). (P rim eira c r ític a
e x te n s a e r a z o á v e l).
3) Q u i n t i n o B o c a y u v a : E s tu d o s c r ític o s e literá rios. R io de J a ­
n eiro. T ip o g r a fia N a cio n a l. 1858, pp. 81-87. (D e fe s a , e m
d e trim en to d e G o n ç a lv es d e M a g a lh ã es).
4) B e r n a r d o G u im a r ã e s : Os T im biras. ( I n : A tu a lid ad e. R i o de
J a n eiro. 8, 15, 26 e 31 d e ou tu b ro d e 1859).

93
5) A n t ô n io J o a q u im de M acedo S oares: T rês litera to s c o n te m ­
p o r â n e o s. ( I n : C o rre io M erca n til. R io de J a n eiro, 5, 7 e 8
d e ja n e ir o de 1862).
6) F e r d in a n d W olf: L e B rés il littéra ire. B erlin . A sch er. 1883,
pp . 175-180. (I n s u fic ie n te ).
7) M anuel P in h e ir o C h a g a s : E n sa io s cr ític o s . P ô r to . V iú v a
M o ré . 1866. (G o n ça lv e s D ias, pp. 161-180).
8) A L u í s de B o n s u c e s s o : Q u a tro v u ltos. E n sa io d e b io­
n a s t á c io
g r a fia e crítica . ( I n : B ib lio teca do In s titu to d os B a c h a réis
e L e tra s. R io de J a n eiro. T ip o g r. d o C o rre io M erca n til.
1867, p. 287). ( G o n ç a lv es D ia s seria u m d o s q u a tro v u lto s
estu d a d o s, m a s o a u to r n ão a c h a p r e c is o fa la r a r e s p e ito
d êle, “ p o r q u e tod o o m u n d o o c o n h e c e " ).
9) L u c ia n oC o rd e ir o : L iv r o d e crítica . P ô r to . T ip o g r . L u sita n a .
1869, pp . 278. (O c r ític o p o r tu g u ê s é c o n tr a a “ m a n ia " d os
b ra sileiro s q u e a c red ita m p ossu ir u m a lite r a tu r a ; n em g o s ta
d e G on ça lo [s ic ] D ia s).
10) J o a q u im C a e t a n o Fe r n a n d e s P i n h e i r o : N o tic ia s ô b r e a v id a e
o b ra s d e A n tô n io G o n ç a lv es D ias. In tro d u çã o d a 6* e d iç ã o
da s P o e sia s. R io de J a n eiro. G a rn ier. 1870. V ol. I, pp. 21-37.
11) A n t ô n io X avier R o d r ig u e s C o r d e ir o : A n tô n io G o n ç a lv es D ias.
( I n : N ô v o A lm a n a q u e d e L e m b ra n ça s L u so -B ra sileiro pa ra
o an o d e 1873. L isb oa . L a llem a n t F rè re s. 1872, pp. 5-15).
(E s b ô ç o r a z o á v e l).
12) F r a n c is c o S o te r o d o s R e i s : C u rso d e litera tu ra p o r tu g u ê s a e
brasileira. São L u ís d o M a ra n h ã o. T ip o g r. do P a ís. 1873.
(A n tô n io G on ça lv es D ia s, su a b io g ra fia , seus P rim e iro s
ca n to s, seu s S egu n d os ca n tos, seus Ú ltim os ca n tos. Seu
p o e m a ép ico . O s T im b ira s, vol. IV , pp. 309-387; A n tôn io
G o n ça lv e s D ias, seu d ra m a B oa b d il, su a o b r a o B ra sil e a
O ceâ n ia, v o l. V , pp. 1-56). ( C on sa g ra çã o do ro m â n tic o mor-
ra n h en se p e lo h u m a n ista m a ra n h e n se).
13) A n t ô n i o H e n r iq u e s L e a l : P a n th e o n M a ra n h en se. V ol. III.
V id a de G o n ça lv e s D ia s. L isb oa . Im p ren sa N a cion a l. 1874.
580 pp. (B io g r a fia fu n d a m en ta l).
14) A n t ô n i o H e n r iq u e s L e a l : L o c u b r a ç õ e s . S ã o L u í s do M a ra ­
n hão. M a ga lh ã es & Cia. 1874, pp. 205-212. ( D e fe s a c o n tra
L u cia n o C o rd eiro ).
15) R icardo Leão S a b i n o : G o n ç a lv es D ias. ( I n : T r ib u n a L ib era l,
S ão P a u lo , 31 d e ja n e ir o de 1874). (A r tig o b io g r á fic o ).
16) C a p is t r a n o d e A b r e u : E n sa io s e estu d os. I. R io d e J a n eiro.
S o cie d a d e C a p istra n o de A b reu . 1931. ( A litera tu ra b ra s i­
le ira co n te m p orâ n ea , pp. 61-107). (Im p o r ta n te estu d o, de
1875, s ô b r e o in d ia n ism o).
17) A r t u r d e O l i v e i r a : T e s e d e co n c u r s o p a ra p r o fe s s o r su b sti­
tu to d e r e tó r ic a , p o é tic a e litera tu ra n aciona l. R io d c J a ­
n eiro. T ip o g r a fia G a zeta de N otícia s. 1879. Os T im b ira s,
pp. 15-19. (E stu d o q u e fic o u , s e m ra zã o, fa m o s o ).
18) C a r l o s F erreira F r a n ç a : T e s e ã e co n cu rs o p a ra p r o fe s s o r
s u b stitu to d e r e tó r ic a , p o é tic a , e litera tu ra n aciona l. R io
de J a n e iro . L eu zin g er. 1879. (O s T im b ira s, pp. 14-22). ( E s ­
tu d o m a is sério q u e o p r e c e d e n te ).

93
19) T b ô filo D ia s: A n tô n io G o n ç a lv es D ias. ( I n : A S em ana. 1/38,
19 de se te m b ro de 1885).
20) F r a n k l i n T â v o r a : G o n ç a lv es D ias. ( A S em ana, IV /1 6 0 , 11 de
fe v e r e ir o de 1888, IV /1 6 1 , 19 de fe v e r e ir o de 1888; IV /162,
25 d e fe v e r e ir o de 1888).
21) S íl v io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. 1888. (3* edi­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím p io. 1943. V o l. III,
p p . 231-263). (A p a rtir d essa data, os estu d o s to rn a m -s e
m a is r a r o s ).
22) M . S aid A l í : N o tíc ia s ô b r e a v id a d o a u tor. P r e fá c io d a e d iç ã o
d a s P o esia s. R io de J a n eiro. L a em m ert. 1896. V o l. I, pp. 5-9.
23) J osé V e r I s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra brasileira. 2" série. R io
de J a n e iro. G arnier. 1901. (G o n ça lv e s D ia s, pp. 22-35). (O
p rim eiro estu d o co m p r e e n s iv o d ep o is d e lon g a p a u sa ).
24) O l a v o B ila c : C o n fe r ê n c ia s literá ria s. R io d e J a n eiro. F r a n ­
c is c o A lv es. 1912. (G o n ça lv e s D ia s, pp. 5-28). (.Bilac co lo ca
G o n ç a lv es D ia s a cim a d e C a stro A lv e s ).
25) J o sé V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra brasileira. R io d e J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 243-254.
26) ã l v a r o G u e r r a : G o n ç a lv es D ias. S ã o P a u lo. M elh ora m en tos.
1923. 56 pp.
27) J o io R ib e ir o : G o n ç a lv es D ias. ( I n : R e v is t a N a cio n a l, São
P a u lo, I I /8 , A g ô s to de 1923, pp. 479-484).
28) M ário B a r r e t o : G o n ç a lv es D ias. ( I n : R e v is ta do In stitu to
H is tó r ic o e G e o g r á fic o B ra sileiro, C X V III. 1923, pp. 642-661).
(A b ib lio g ra fia do p rim eiro ce n te n á r io ain da ê m u ito e s ­
c a s s a ).
29) A m a d e u A m a r a l : E lo g io da m ed iocrid a d e. S ã o P a u lo . N o v a
E ra . 1924. (G o n ça lv e s D ia s, pp. 169-177).
30) C â n d id o M ota F i l h o : In tro d u çã o ao estu d o do p e n sa m en to
naciona l. O R o m a n tism o . R io de J a n eiro. H élios. 1926,
pp. 138-152.
31) A lfr e do de A s s i s C a s t r o : G o n ç a lv es D ias. São L u ís d o M a ­
ra n h ã o. R a m o s d ’A lm eid a . 1926. 46 pp.
32) J o io R ib e ir o : C rítica . C lá ssicos e ro m â n tic o s b ra sileiros. R i o
de J a n eiro. A ca d e m ia B ra sileira d e L etra s. 1952. (G o n ça l­
v es D ias, o p o e ta n acion a l, pp. 131-132). (E s c r ito e m 19S7).
33) C lo d o m i r C a r d o s o : Os a m ô res d e G o n ç a lv es D ias. ( I n : C or­
re io d a M anhã. R io d e J a n eiro, 27 d e m a io d e 1927).
34) A r t u r M o t a : G o n ç a lv es D ias. ( I n : R e v is t a d a A ca d e m ia B r a ­
s ile ira de L etra s, n* 88, a b ril de 1929, pp. 413-430). (C o m
b ib lio g ra fia in s u fic ie n te ).
35) M. N o g u e ir a da S i l v a : G o n ç a lv es D ia s p a triota . ( I n : C orreio
d a M anhã, R io de J a n eiro, 22 de se te m b ro d e 1929).
36) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu ç ã o da p o e sia b rasileira. 1932. (3* edi­
çã o. R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 23-24).
(A p e s a r d e tô d a a ad m ira çã o o c r ític o p r e fe r e C a stro
A lv e s ).
37) M. N og u e ir a da S i l v a : G o n ç a lv es D ia s e C am ilo C a stelo
B ra n co . ( I n : J o rn a l d o C om ércio, R i o de J a n eiro, 12 d e
n o v e m b ro de 1933).
88) R o n a l d d e C a r v a l h o : P e q u e n a h istó ria da litera tu ra b ra si­
leira. 5" ed içã o. R io de J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 221-225.

94
39) G. R a e d e r s : Um g ra n d e p o e ta ro m â n tic o e m C o im b r a ; G on ­
ça lv e s D ias. ( I n : J o rn a l d o C om ércio, R io d e J a n eiro, 8 d e
se te m b ro de 1935).
40) M . N o g u e ir a d a S i l v a : E stu d o s g o n ça lv in o s. ( I n : J o rn a l d o
C o m é rcio , R io de J a n eiro, 17 d e n o v e m b ro de 1935 e 10 d e
fe v e r e ir o d e 1936).
41) M . N o o u e ir a da S i l v a : O m a ior p o eta . R io de J a n eiro. A
N oite. 1937. 74 pp. (N o g u eira da S ilva f o i o a d m ira d or
m a is a p a ix o n a d o d o p o e ta ).
42) F r it z A c k e r m a n n : D ie V ersd ich tu n g d es B ra siliers A n tô n io
G o n ç a lv es D ias. H a m b u rg . P a u l E v e rt. 1938. 117 pp.
(T ra d u zid o p a r a o p ortu g u ês p o r E g o n S ch a d e n : A ob ra
p o é tic a d e G o n ç a lv es D ias. São P a u lo . D e p a rta m e n to de
C u ltu ra. 1940. 246 p p .). ( E stu d o m in u cio so , m e ritó rio , m a s
i n c o m p le to ).
43) H a r oldo P a r a n h o s : H istó ria do ro m a n tism o n o B ra sil. V o l. II.
S ã o P a u lo . C u ltu ra B ra sileira . 1938, pp. 74-105.
44) A n t ô n i o P ic c a r o l o : G o n ç a lv es D ia s e t le P o r tu g a l. S ep a ra ta
d o B u lle tin des E tu d es P ortu g a ises, 1938/1. L isb oa . In stitu t
F r a n ç a is au P o r tu g a l. 1938. 9 pp.
45) M . N o g u e ir a d a S i l v a : O p r e s s e n tim e n to da m o r te em G on ça l­
v e s D ias. ( I n : J o rn a l d a M an hã, São P a u lo, 12 de m a rç o
d e 1938).
46) C A n d id o J u c á F i l h o : A lin g u a g em d as S ex tilh a s d e F r e i A n tã o.
(I n : A n a is d o 2* C o n g resso d a s A ca d e m ia s de L etra s. R io
d e J a n e iro . 1939, pp . 137-145). ( A ta q u e d e filó lo g o ).
47) A lfr e d o de A s s is C a s t r o : a lin g u a g em das S ex tilh a s d e F r e i
A n tã o . R io d e J a n eiro. A m o rim . 1939. 239 pp. ( D e fe s a
c o n tr á J u cá F ilh o ).
48) E r n e s t o F e d e r : G o n ç a lv es D ia s e a p o e s ia alem ã. (In : A
M an hã, S u p lem en to A u to re s e L iv ro s , 9 de n o v e m b ro
de 1941).
49) J o su é M o n t e l l o : G o n ç a lv es D ia s. E n sa io b iob ib liog rá fico.
R io d e J a n e iro. A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1942. 176 pp.
50) D . D r iv e r : T h e In d ia n in B ra zilia n L iter a tu re. N e w Y o r k .
In stitu to de las E sp a n a s. 1942. 190 pp.
51) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : A v id a d e G o n ç a lv es D ias. R io d e J a ­
n eiro. J o sé O lím pio. 1943. 424 pp. (B io g r a fia d efin itiv a ).
52) R oger B a s t id e : P o e s ia a fro-b ra sileira . S ã o P a u lo. M 'artins.
1943, pp. 60-68.
53) M . N o g u e ir a da S i l v a : G o n ç a lv es D ia s e C a stro A lv es. R io de
Ja n e iro . A N oite. 1943. 164 pp. (P a la v ra fin a l da d iscu ssã o,
e m fa v o r d e G o n ç a lv es D ia s ).
54) H e n r iq u e de C a m p o s F er reir a L i m a : G o n ç a lv es D ia s e m P o r ­
tu gal. ( I n : B ra sília , C oim b ra , vol. II, 1943, pp. 33-80).
55) M a n u e l B a n d e i r a : In tro d u çã o da ed içã o das O b ras P o é tic a s.
São P a u lo. C om p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1944. V o l. I,
pp. vii-xxrv.
56) M anuel B A p r e s e n ta ç ã o da p o e sia b rasileira. R io de
a n d e ir a :
J a n e iro . C asa d o E stu d a n te d o B ra sil. 1946, pp. 57-70.
57) L y d ia B e s o u c h e t y N e w t o n de F r e i t a s : L ite r a tu r a d el B ra sil.
B u e n o s A ires. E d it. S u d a m erica n a . 1946. (G o n ça lv e s D ias,
pp. 49-66).

95
58) P l ín io A ir o s a : G o n ç a lv es D ia s e o ind ia nism o. ( I n : R e v is ta
d a A ca d e m ia P a u lista d e L etra s. I X /3 4 , ju n h o d e 1946,
pp. 36-48).
59) A c a d e m ia B r a sil e ir a de L e t r a s : G o n ç a lv es D ias. C o n fer ên cia s.
R io de J a n eiro. 1948.
59«) V iriato C o r r e ia : A v id a a m o ro sa d e G o n ç a lv es D ias,
pp . 7-51.
59b ) P e d r o C a l m o n : O sím b olo in d ia n ista d e G o n ç a lv es D ias,
pp. 53-61.
59c) G u s t a v o B a r r o s o : A m o r te d e G o n ça lv es D ia s, pp. 63-81.
59<i) E . R o q u e t t e P i n t o : G o n ç a lv es D ia s e os índ ios, pp. 83-93.
5 9 e) G u i l h e r m e d e A l m e i d a : G o n ç a lv es D ia s e o ro m a n tism o ,
pp. 95-110.
59í) M a n u e l B a n d e ir a : A p o é tic a de G o n ç a lv es D ias,
pp. 111-137. (E stu d o im p o r ta n te da m é tr ic a e estilís­
tic a ).
60) E u g ê n io G o m e s : E sp elh o c o n tr a esp elh o. São P a u lo . Ipê.
1949. (O s d ra m a s de S h elley e G on ça lv es D ia s sôb re B ea -
tr ic e C en ci, pp. 131-148).
61) M ár io d a S il v a B r i t o : I n fo r m e s ô b r e o h o m em e o p o e ta G on ­
ça lv es D ias. P r e fá c io d a E d iç ã o S a ra iv a das P oesia s. 1950,
p p . 7-52.
62) M a n u e l B a n d e i r a : G o n ça lv es D ias. E s b ô ç o b io g rá fic o . R io
de J a n e iro . P o n g e tti. 1952. 238 pp.
63) M ig u e l do R io B r a n c o : E ta p a s d e p o e s ia brasileira. L isb oa .
L iv ro s d o B ra sil. 1955, pp. 45-54.
64) A ir e s da M a t a M a c h a d o F i l h o : C rítica d e estilos. R io de Ja­
n e iro. A g ir . 1956. ( A “ C a n çã o d o E x ílio ” , m o d ê lo d e sim ­
p licid a d e , pp. 9-14; A n o ta çõ e s estilística s à “ C a n çã o do
E x ílio ” pp. 23-30).
65) C a s s ia n o R ic a r d o : G o n ç a lv es D ia s e o ind ia nism o. (In : A
L iter a tu ra n o B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin h o. V ol. I,
t. 2. R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m e rica n a . 1956,
pp . 659-742).
66) O t h o n M o a c y r G a r c ia : L u z e f o g o n o lirism o d e G o n ç a lv es
D ias. R io de J a n eiro. L iv ra ria S ã o J osé. 1957. 99 pp.
67) A u r é l io B u a r q u e de H o l a n d a : T e r ritó rio lírico. R io d e J a ­
n eiro. O C ru zeiro. 1958. (À m a rg e m d a “ C a n çã o d o E x ílio ” ,
pp. 23-32). ( B rilh a n te a n á lise estilís tic a ).
68) E u g ê n i o G o m e s : V is õ e s e R e v is õ e s . R io d e J a n eiro. In stitu to
N a cio n a l d o L iv ro . 1958. (O s e n tim e n to de p ied a d e em
G o n ça lv e s D ia s, pp. 54-61).
69) R ug g e r o J a c o b b i : G o e th e , S ch iller, G o n ç a lv es D ia s. P ô r to
A le g re . F a cu ld a d e de F ilo s o fia d o R io G ra n d e d o Sul. 1958.
(O te a tro de G on ça lv es D ia s, pp. 46-84).
70) A n t ô n i o C â n d id o : F o r m a ç ã o da litera tu ra brasileira. São
P a u lo. M a rtin s. 1959. V ol. II, pp. 81-96.
71) A n t ô n i o H o u a i s s : S eis p o e ta s e u m p rob lem a . R io d e Ja ­
n eiro. M in istério d a E d u ca çã o . 1960. (G o n ça lv e s D ia s e o
te x to dos seus p oem a s, pp. 18-38).
72) S a b a t o M a g a l d i : P a n o ra m a do te a tr o b rasileiro. S ã o P a u lo.
D ifu s ã o E u ro p é ia d o L iv ro . 1962, pp . 67-74.

96
Alencar
J osé M a r t in ia n o de A lencar.Nasceu em Meeejana (Ceará), em
1.° de maio de 1829. Morreu no Rio de Janeiro, em 12 de
dezembro de 1877.

ROMANCES

O Guarani (Tipografia do Diário do Rio de Janeiro. 1857;


5.a edição, Rio de Janeiro. Garnier. 1887; 7.a edição,
Garnier. 1893-1894; 9.a edição, Garnier. 1923); Cinco
minutos. Viuvinha. (Tipografia do Diário do Rio de
Janeiro. 1860; 7.a edição. Rio de Janeiro. Garnier.
1924); Lucíola (1862; 7.a edição, Rio de Janeiro. Garnier.
1899); Diva (1864; 7.a edição, Rio de Janeiro. Garnier.
1921); Iracema (Rio de Janeiro. Tipografia Viana.
1865; 8 a edição, Rio de Janeiro. Garnier. 1925); .ás
Minas de Prata (1 86 5 ); novas edições, 1877, 1896 etc.;
Garnier. 1926); O Gaúcho (Rio de Janeiro. Garnier.
1870; 3.a edição, Garnier. 1903); A pata ãa gazela (Rio
de Janeiro. Garnier. 1870). O tronco ão ipê (1871);
Sonhos de ouro (1872; 3.a edição, Rio de Janeiro. Garnier.
1920); Alfarrábios (1873); A guerra dos mascates
(1873; 2.a edição, Garnier. 1896); Vbirajara (1874;
4.a edição, Rio de Janeiro. Garnier. 1926). Senhora
(1875; 4.a edição, Rio de Janeiro. Garnier. 1926); O
Sertanejo (1876; 3.a edição, Rio de Janeiro. Garnier.
1895); Encarnação (1877; 2.a edição, Rio de Janeiro.
1908).

OUTRAS OBRAS

O demônio familiar (drama) (1858; 3.a edição, 1903); Mãe


(drama) (1859; 4.a edição, 1897); O jesuíta (drama)
(1875; 3.a edição, 1907); Os filhos de Tupã (poema)
(public, in: Revista da Academia Brasileira de Letras,
n.° 2, outubro de 1910).

EDIÇÕES

1) Edições da Cia. Melhoramentos (São Paulo): O Guarani


(1 94 0 ); Viuvinha (1 94 0 ); Senhora (1940); O Gaúcho
(1 94 0 ); O tronco ão ipê (1 94 0 ); O Sertanejo (1940);
Iracema (1 94 0 ); Vbirajara (1 94 0 ); A s Minas de Prata
(1 94 1 ); Sonhos de ouro (1941); Encarnação (1941), etc.
2) Obras de ficção. Rio de Janeiro. José Olímpio. 1951.
16 vols. (vols. I - I I : O Guarani; vol. I I I : Cinco minutos,

97
Viuvinha, A pata da gazela, Encarnação; vol. I V :
Lucíola, Diva; vols. V -V I I : As Minas de Prata; vol. V I I I :
Iracema, Ubirajara; vol. I X : O Gaúcho; vol. X : O tronco
do ipê; vol. X I : Sonhos d'ouro; vol. X I I : Til; vol. X I I I :
Alfarrábios; vol. X I V : A guerra dos mascates; vol. X V :
Senhora; vol. X V I : O sertanejo).
3) Iracema, editada por Glaãstone Chaves de Melo. Rio de
Janeiro. Imprensa Nacional. 3948.
4) Obra completa. 4 vols. Rio de Janeiro. José Aguilar.
1958/1960.

Entre os romances de José de Alencar tiveram sucesso maior


e mais duradouro: “ O Guarani” , “ Iracema” e “ A s Minas de
Prata” . Com êles criou o romance histórico nacional, que Ihe
assegura na evolução da prosa brasileira situação semelhante à
que ocupa Gonçalves Dias na evolução da poesia. A popularidade
permanente dessas obras não é menor que a das poesias de Castro
Alves. À discussão “ Gonçalves Dias versus Castro Alves” cor­
responde discussão semelhante: “ José de Alencar versus Machado
de Assis.” No resto, a bibliografia alencariana ê principalmente
de natureza biográfica, referindo-se, em grande parte, ao nacio­
nalismo literário de Alencar. O êxito menor dos romances histó­
ricos posteriores aos mencionados serve para. delimitar a esfera de
influência de. Alencar. Seus romances de costumes, embora muito
românticos, já lembram a transição para a época de Machado de
Assis. Mas Alencar ficou sempre prosador lírico, idealista.

B ib lio g r a fia
1) M achado de A s s is : C rítica tea tra l. E d iç ã o J a ck s o n . 1936.
V o l. X X X . ( A m ãe, de J osé d e A len ca r, pp . 158-168; O
te a tro d e J osé de A len ca r, pp. 238-255). (O p r im eir o d ês s e s
estu d o s é d e 1860; o o u tro , d e 1866).
2) M a c h a d o de A s s i s : C rítica literária. E d iç ã o J a ck s o n . 1936.
V ol. X X I X . (Ira ce m a , pp. 74-88). ( E s c r ito e m 1866; M a­
ch a d o d e A ssis f o i d os m a io res a d m ira d ores d e A le n c a r ).
3) M anoel P in h e ir o C h ag as: N o v o s en sa io s c rítico s. P ô r to .
V iú v a M oré. 1867. (J osé d ’A len ca r, pp. 212-224).
4) J o sé I n á c io G o m e s F erreira de M e n e z e s : J o sé d e A le n c a r —
Ira cem a . ( I n : A rq u iv o L iterá rio, S ã o P a u lo, 111/16, setem ­
b ro de 1867, pp. 227-233).
5) F r a n k l i n T á v o r a : L ite r a tu r a brasileira. C a rta s a C in cin a to,
estu d o s c r ític o s d e S em p rôn io s ô b r e o G aú ch o e Ira cem a .
R e c ife . J. W . de M ed eiros. 1872. 330 pp. (.A taque r a n co ­
r o s o c o n tra A le n c a r ).
6) I r ie m a ( P s e u d ô n i m o de A p o l in â r io P ôrto A l e g r e ) : J o sé d e
A len ca r. ( I n : P a rth e n o n L ite rá rio P ô r to A leg re. 2» série.
I I /9 , s e te m b ro de 1873, pp. 371-377; 11/10, ou tu b r o d e 1873,

98
pp. 422-426; 11/11, n o v e m b ro de 1873, pp. 480-484; 11/12, d e ­
z e m b ro d e 1873, pp. 520-524; I I I /2 , fe v e r e ir o de 1874,
pp. 629-636). ( D e u m d iscíp u lo d e A le n c a r ; o es tu d o n ã o
p a r e c e ter m in a d o ).
7) A n t ô n i o H e n r iq u e s L e a l : L o c u b r a ç õ e s . São L u ís d o M a ra ­
n h ã o. M a ga lh ã es & Cia. 1874. (Q u estã o f ilo ló g ic a a p r o ­
p ó s ito d a 2» e d içã o de Ira cem a , pp. 235-246).
8) R am alho O r t ig ã o : F a rp a s, II I . 1877. (O b ra s co m p le ta s :
F a rp a s, vol. I I I . L isb oa . L iv ra ria C lá ssica . 1943, pp . 198-199).
9) R a i m u n d o A n t ô n i o d a R o c h a L i m a : C rítica e litera tu ra . S ã o
L u ís d o M a ra n h ã o. C ristin o C am p os. 1878. (S en h ora ,
pp. 79-97). (E stu d o fe s te ja d o c o m o p r im eir o ex e m p lo d e
crítica c ie n tífic a n o B ra sil; o v a lo r do tra b a lh o n ã o c o r r e s ­
p o n d e a essa fa m a ).
10) C . J . ( J o a q u im de P a u l a S o u s a ) : M anual de litera tu ra ou e s ­
tu d o s s ô b r e a litera tu ra . San tos. D iá r io d e S an tos. 1878.
(A le n ca r, pp. 48-138). (A ta c a o v erb a lism o d e A le n c a r ).
11) B r a n d í o P i n h e i r o : E stu d o s literá rio s e b io g rá fic o s. R io d e
Ja n e iro . Im p re n sa In d u stria l. 1882. (A le n ca r, pp. 63-72).
12) T r is t ã o de A raripe J ú n i o r : J o sé d e A len ca r . 1882. (2* ed içã o.
R io de J a n eiro. F a u c h o n & Cia. 1894. 204 p p .). (T a lv e z
o m e lh o r estu d o q u e a té h o je s e e s c r e v e u s ô b r e A le n c a r ).
13) C a p is t r a n o de A b r e u : J o sé d e A len ca r . ( I n : R e v is ta d o I n sti­
tu to d o C eará, X X V I I I , 1914, pp. 312-313). (E s c r ito e m 1883;
va le co m o elo g io da p a r te d e u m tem p e r a m e n to d ife r e n te ).
14) I s a b e l B u r t o n : P r e fá c io da tra d u çã o in g lêsa d e Ira cem a .
L o n d o n . B ick e rle & Son. 1886, pp. III-IV .
15) J o sé V e r í s s i m o : E s tu d o s b rasileiros. V o l. II. R io de J a n eiro.
L a e m m e rt. 1894. (A le n ca r, pp. 153-164).
16) A d olfo C a m i n h a : C a rta s literá ria s. R io de J a n eiro. A ld in a .
1895. (O in d ia n ism o, pp . 177-184).
17) L o p e s TsovXo: J o sé d e A len ca r , o ro m a n cista . R io d e J a n eiro.
Q uaresm a. 1897. 28 pp.
18) J o sé V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra b rasileira. 3* série. R io
de J a n e iro . G a rn ier. 1903. (J o s é de A le n ca r « o Jesuíta,
pp. 135-162).
19) S ílvio R o m e r o e J oão R ib e ir o : C om p ên d io d e h istó ria da lite­
ra tu ra brasileira. 2* ed içã o. R io d e J a n eiro. F r a n c is c o
A lve s. 1909, pp. 271-287.
20) J o sé V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. R io de Ja­
n eiro. F r a n c is c o A lv es. 1916, pp. 270-283, 382-383.
21) B e n e d it o C o s t a : L e ro m a n au B rêsil. P a ris. G a rn ier. 1918.
(M a ce d o et J osé de A le n c a r : L e G u a ra n y et L a M oren in h a ,
p p . 53-82).
22) A r t u r M o t a : J o sé d e A len ca r. R io de J a n eiro. B rig u iet.
1921. 307 pp. (B o a b io g r a fia ; in s u fic ie n te co m o c r ític a ).
23) M ário de A l e n c a r : J o s é d e A len ca r. S ã o P a u lo. M o n te iro L o ­
b a to. 1922. 318 pp. (C o m boa b ib lio g ra fia ).
24) A lfre do G o m e s : H istó ria literária. (I n : D icio n á rio h istó rico ,
g e o g r á fic o e e tn o g r á fic o d o B ra sil, co m e m o r a ç ã o d o 1* C en ­
ten á rio d e In d ep en d ên cia . V o l. II, t. II. R io de J a n eiro.
Im p re n sa N a cion a l. 1922, pp . 1401-1420). (E stu d o d eta lh a d o ;
c o lo c a A le n c a r e v id e n te m e n te m u ito a c im a d e M a ch a d o d e
A s s is ).

99
25) R o nald de C a r v a l h o : E sp elh o d e A riel. R io d e J a n eiro.
A n u á rio d o B ra sil. 1922. (J o s é de A le n ca r, pp. 251-256).
(.Estudo m u ito e lo q u e n te ).
26) Á l v a r o G u e r r a : J o sé d e A len ca r . S ã o P a u lo. M elh ora m en tos.
1923. 56 pp.
27) M'ücio L e ã o : E n sa io s c o n tem p o râ n eo s. R io de J a n eiro. C oelh o
B ra n co . 1925. (O id ea lism o n o ro m a n ce , pp. 67-78).
28) O s w a l d o O r ic o : A v id a d e J o s é d e A len ca r . São P a u lo. C om ­
p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1929. 215 pp.
29) F e r n a n d o O s ó r io : A le n c a r e o g ên io da ra ça . P elota s, s. e.
1929. 27 pp.
30) R e n a t o A l m e i d a : R e v is ã o d e v a lo res. J o sé d e A len ca r . ( I n :
M o v im e n to B ra sileiro, 1/3, m a r ç o de 1929).
31) A f r â n io P e i x o t o : A len ca r . ( I n : R e v is t a d a A ca d e m ia B ra s i­
le ira d e L etra s, n* 89, m a io de 1929, pp . 5-24).
32) G u s t a v o B a r r o s o : J o s é d e A len ca r . ( I n : R e v is ta d a A ca d e ­
m ia B ra s ile ira de L etras, n 9 89, m a io de 1929, pp. 86-107).
33) J o ã o R i b e i r o : C ritica ■ C lá ssicos e ro m â n tic o s b ra sileiros. R i o
de J a n e iro . A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1952. (J o s é de
A le n ca r e a lin g u a g e m d ife re n cia l d o B ra sil, pp. 144-150).
(E s c r ito e m 1929),
34) T r is t ã o d e A t a í d e : E stu d o s. 4* série. R io de J a n eiro. C en tro
D . V ita l. 1930. (A le n c a r crítico , pp. 153-164).
35) A u g u s t o d e L i m a : J o sé d e A len ca r . ( I n : R e v is t a d o In stitu to
H is tó r ic o e G e o g r á fic o B ra sileiro, C V I, 1930, pp. 250-264).
36) A m é r ic o V a l é r io : J o s é d e A len ca r . R io d e J a n eiro. A u rora .
1 93 1 . 307 p p .
37) A g r ip in o G r ie c o : V iv o s e m o r to s. 1931. (2* ed içã o. R io de
J a n eiro. J osé O lím pio, 1947, A len ca r, pp. 117-122). (A le n c a r
é u m a das g r a n d e s a d m ira çõ es do a n tim a ch a d ia n o A g rip in o
G r ie c o ).
38) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu ç ã o da p r o sa b rasileira. 1933. (2* ed i­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 38-49).
39) J o ã o R i b e i r o : A s M ina s d e P ra ta . ( I n : R e v is ta S ou sa Cruz,
X V I I I , 193, ja n e ir o d e 1933). (T r a n s c r ito I n : C rítica . Clás­
s ic o s e r o m â n tic o s b ra sileiros. R io d e J a n eiro. A ca d e m ia
B ra s ile ira de L etra s. 1952, pp. 140-144).
40) A rtur M o t a : J o s é d e A len ca r. ( I n : R e v is ta d a A ca d e m ia
B ra s ile ira de L etra s, n* 146, fe v e r e ir o d e 1934, pp. 131-182).
(E stu d o b io b íb lio g rá fico , d e fic ie n t e ).
41) R o n a l d de C a r v a l h o : P e q u e n a h istória da litera tu ra brasi­
leira. 5» e d içã o. R i o de J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 252-257.
42) O l ív io M o n t e n e g r o : O ro m a n c e b rasileiro. R i o de J a n e i r o .
J o sé O lím p io. 1938, pp. 36-47). (P e n e tr a n te e stu d o p s ico ­
ló g ic o ).
43) F il g u e ir a s L i m a : A litera tu ra c e a r e n s e na fo r m a ç ã o d o sen ti­
m e n to n aciona l. ( I n : C a dern os d a H o r a P resen te, n 9 9,
ju lh o -a g ô s to d e 1940, pp. 36-52).
44) D . D r iv e r : T h e In d ian in B ra zilia n L iter a tu re. N e w Y o rk .
In stitu to de E sp a n a s. 1942. 190 pp.
45) O. C a r n e ir o G if f o n i : E s té tic a e cu ltu ra . São P a u lo . C on ti­
n ental. 1944, pp. 31-36.

100
46) B e z e r r a d e F r e i t a s : F o r m a e e x p r e s s ã o n o r o m a n c e b ra sileiro .
R io de J a n eiro. P o n g e tti. 1947, pp. 112-117.
47) M a r Ia L u ís a d e la C a s a : L a so m b r a d e C o o p e r s o b r e el a m erir
ca n ism o d e A len ca r. N e w Y o rk . H is p a n ic In stitu te. 15 pp.
48) C â n d id o J u c ã F i l h o : U m a ob ra clá ssica b rasileira , " I r a c e m a ”
d e J o s é d e A len ca r, V o c a b u lá n o , m o r fo lo g ia , s in ta x e e f r a ­
seo lo g ia . R io de J a n eiro, s. e. 1940. 100 pp.
49) J o sé O it ic ic a : J o sé d e A le n c a r e o r o m a n c e h istó rico . (I n :
Studia. R io de J a n eiro. 1/1, d e z e m b ro de 1950, pp. 39-66).
50) B rito B r o c a : In tro d u çã o b iog rá fica . (I n : E d iç ã o J o s é O lím p io.
1951. V ol. I, pp. 19-39).
51) J o sé L i n s d o R ê g o : J o sé d e A le n c a r e a lín gu a p ortu g u êsa .
( I n : E d iç ã o J o s é O lím pio. 1951. V o l. I I I , pp . 11-14).
52) L u f z da C â m a r a C a s c u d o : O fo lc l o r e n a ob ra d e J o s é d e A le n ­
car. ( I n : E d içã o J osé O lim pio. 1951. V o l. IV , pp . 11-18).
53) W il s o n L o d z a d a : A le n c a r e a s M in a s d e P ra ta . ( I n : E d iç ã o
J o sé O lím pio. 1951. V o l. V , pp. 11-18).
54) P edro C a l m o n : A v erd a d e das M ina s d e P r a ta . ( I n : E d iç ã o
J o s é O lím pio. 1951. V o l. V , pp . 19-25).
55) G i l b e r t o F r e y r e : J o s é d e A le n c a r , r e n o v a d o r das letra s e c r í­
tic o socia l. ( I n : E d iç ã o J osé O lím p io. 1951. V o l. X , pp. 11-32).
56) N é l s o n W e r n e c k S o d r é : P o s iç ã o d e J o s é d e A len ca r . (In :
E d iç ã o J osé O lím pio. 1951. V o l. X I , pp. 11-25).
57) O s m a r P i m e n t e l : U m in v e n to r d e m u n d o n ô v o . ( I n : E d iç ã o
J o s é O lím pio. 1951. V o l. X I I , pp. 11-14).
58) M a r io C a s a s a n t a : A le n c a r , u m fo r m a d o r d e b ra sileiros. (I n :
E d iç ã o J osé O lím p io. 1951. V o l. X I I I , pp . 11-22).
59) G l a d s t o n e C h a v e s de M e l o : A le n c a r e a lín gu a b rasileira.
(I n : E d iç ã o J osé O lím p io. 1951. V o l. X , pp . 11-88). (.Im­
p o r ta n te estu d o d e c ritica filo ló g ic a ).
60) R e n a t o de M e n d o n ç a : O ra m o d e oliv eira . P ô r to . L ello. 1951.
(R e g io n a lis m o e u n iv ersa lism o n a lite ra tu ra b ra sileira ,
pp . 99-130).
61) P ed ro D a n t a s (p seu d o d e P r u d e n t e de M o r a is N et o ) : O b ser­
v a ç õ e s sô b r e J o s é d e A len ca r . (I n : O r o m a n c e brasileiro.
C o o rd e n a çã o d e A u ré lio B u a rq u e d a H ola n d a . R io d e J a ­
n e iro. O C ru zeiro. 1952, pp. 75-84).
62) A u g u s t o M e y e r : D e u m le ito r d e ro m a n ces. A len ca r. (In :
O ro m a n ce b ra sileiro. C o o rd e n a çã o d e A u ré lio B u a rq u e d e
H o la n d a . R io de J a n eiro. O C ru zeiro. 1952, pp. 85-90).
63) J o s é A d era ldo C a s t e l o : A P o lêm ica . S ôb re a “ C o n fe d e ra çã o
d o s T a m o io s ” . S. P a u lo . F a cu ld a d e d e F ilo s o fia . 1953. 159 pp.
64) M a r ía L u í s a de l a C a s a : A p p ra isa l o f A len ca r . ( I n : R e v is ta
Ib é rica , U n iv e rs ity o f U tah, I, 1953, pp. 7-12).
65) A be l a r d o F . M o n t e n e g r o : O ro m a n c e c e a r e n s e . F orta leza .
T ip . R o y a l. 1953. (J o s é de A le n ca r, pp . 51-59).
66) G il b e r t o F r e y r e : B e in te r p r e ta ç ã o d e J o s é d e A len ca r. R io
de J a n e iro. M in istério d a E d u ca çã o . 1955. 39 pp.
67) M ú cio L e ã o : J o s é d e A len ca r. E n sa io b io b ib lio g r á fic o . R io
d e J a n eiro. A c a d e m ia B ra s ile ira d e L etra s. 1955.
68) H e r o n de A l e n c a r : J o sé d e A le n c a r e a f ic ç ã o rom â n tica .
( I n : A L ite r a tu r a n o B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin h o.
V o l. I, t. 2. R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a . 1956,

101
7
pp. 837-948). (S ô b r e A le n c a r : pp . 862-887, tra b a lh o a lg o
a p o lo g é tic o , m a s d e g ra n d e m é r ito ).
69) J o s u é M o n t e m ,o : E sta m p a s literá ria s. R io d e J a n eiro. O rga ­
n iza çõ e s S im ões. 1956. (Ü m a in flu ê n cia d e B a lz a c : J osé
de A le n ca r, pp. 135-153).
70) B r ito B r o c a : M a ch a d o d e à ssis a P o lítica e o u tr o s estu d os.
R io d e J a n eiro. O rg a n iza çõ e s Sim ões. 1957. (Im a g in a çã o
e R e a lid a d e, pp. 163-167).
71) E u g ê n io G o m e s: A s p e c t o s do r o m a n c e b ra sileiro. B a h ia.
P ro g re s so . 1958. (A le n ca r, pp. 9-51).
72) A n t ô n i o C â n d id o : F o r m a ç ã o da litera tu ra b rasileira. São
P a u lo . M a rtin s. 1959. V o l. II, pp . 220-233.

Bernardo Guimarães
B ernardo J o a q u i m d a S i l v a G u i m a r ã e s . Nasceu em Ouro Prêto
(Minas Gerais), em 15 de agosto de 1825. Morreu em
Ouro Prêto, em 10 de março de 1884.

OBRAS POÉTICAS

Cantos da solidão (São Paulo. Tipogr. Liberal. 1852; 2.a


edição. Eio de Janeiro. Garnier. 1858); Poesias (Rio
de Janeiro. Garnier. 1865); Novas poesias (1876);
Folhas de outono (1883).

ROMANCES E CONTOS

O ermitão de Muquém (Rio de Janeiro. Garnier. 1865);


Lendas e romances (Rio de Janeiro. Garnier. 1871); O
garimpeiro (Rio de Janeiro. Garnier. 1872); Histórias
e tradições (Rio de Janeiro. Garnier. 1872); O semina­
rista (Rio de Janeiro. Garnier. 1872); O índio Afonso
(Rio de Janeiro. Garnier. 1873); A escrava Isaura (Rio
de Janeiro. Garnier. 1875); Maurício ou Os Paulistas
em São João d’E l Rey (Rio de Janeiro. Garnier. 1877);
A ilha maldita (1 87 9 ); Rosaura, a enjeitada (Rio de
Janeiro. Garnier. 1883); O bandido do Rio das Mortes
(Belo Horizonte. Imprensa Oficial. 1904).

EDIÇÕES

1) Obras, edit. por M. Nogueira da Silva. Rio de Janeiro.


Briguiet- 1941. 13 volumes (Vol. I : Poesias; vol. I I :
O ermitão de Mtiquém; vol. I I I : Lendas e romances;
vol. I V : O garimpeiro; vol. V : O seminarista, 10.a edição;
vol. V I : O índio Afonso; vol. V I I : A escrava Isaura,
11.a edição; vol. V I I I : Histórias e tradições; vol. I X :
Maurício ou Os Paulistas em São João d ’el R e y ; vol. X :

102
A ilha maldita; vol. X I : Bosaura, a enjeitada, vol. X I I :
O bandido do rio das mortes; vol. X I I I . A voz do Pagé).
2) Quatro romances (O ermitão de Muquém, O seminarista,
O garimpeiro, O índio Afonso). (São Paulo. Martins.
1 9 4 4 ).

Como romancista, Bernardo Guimarães estreitou o naciona­


lismo de Alencar, tornando-se regionalista. Êsse regionalismo é
hoje o valor que a crítica ainda Ihe atribui, enquanto suas obras
de fic.ção, cada vez mais divulgadas, caíram no domínio do gôsto
popular. TJm conhecedor como Manuel Bandeira considera como
superior aos romances de Bernardo Guimarães a sua poesia, que
se situa, porém, mais perto dos românticos individualistas, seus
amigos de mocidade: Aureliano Lessa e Álvares de Azevedo.

B ib lio g r a fia
1) A rtur de O l iv e ir a : T e s e d e co n cu rs o p a ra p r o fe s s o r su b stitu to
d e r e tó r ic a , p o é tic a e litera tu ra n acion a l. R io de J a n eiro.
T ip o g r. G a zeta de N otícia s. 1879. (P o e s ia s lírica s, B e rn a rd o
G uim arães, pp. 21-23).
2) C a r l o s F erreir a F r a n ç a : T e s e d e co n c u r s o p a ra p r o fe s s o r
su b stitu to d e r e tó r ic a , p o é tic a e litera tu ra n acion a l. R io
de J a n e iro. L eu zin g er. 1879. (O lirism o de B e rn a rd o G ui­
m arães, pp. 34-42).
3) J o sé A l e x a n d r e T e ix e ir a d e M e l o : B ern a rd o G u im arães. ( I n :
G a zeta L iterá ria . R i o d e J a n eiro. 1/11, 20 de m a r ç o d e 1884).
4) J o sé M ar ia V a z P i n t o C o e l h o : P o e s ia s e r o m a n c e s do dr. B e r ­
n ard o G u im arães. R io d e J a n eiro. L a em m ert. 1885. 225 pp.
5) S ílvio R o m e r o : E stu d o s d e litera tu ra co n tem p o râ n ea . R io d e
J a n e iro . L a em m ert. 1885. (D o is poeta s, pp. 71-79).
6) S íl v io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. 1888. (3*
e d iç ã o . R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1943. V o l. ITT,
pp. 297-313). (E lo g ia o rea lism o e m B e r n a r d o ).
7) J o sé V e r í s s i m o : E stu d o s de litera tu ra brasileira. 2® série. R io
d e J a n e iro. G a rn ier. 1901. (B e rn a rd o G u im a rã es, pp. 253-264).
8) D il e r m a n d o C r u z : B ern a rd o G u im arães. J u iz de F o r a . C osta
& Cia. 1911. 198 pp.
9) J osé V e r í s s i m o : H is tó r ia da litera tu ra brasileira. R io d e Ja­
n eiro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 286-291. (.R egion alism o
s e m v a lo r literá rio ).
10) E v a r isto d e M o r a is : A escra v id ã o n a s b ela s-a rtes. I. (I n : R e ­
v is ta A m e rica n a , V / l , 1917, pp. 47-64).
11) A r t u r M o t a : V u lto s e livros. São P a u lo . M o n te iro L o b a to .
1 921. (B e rn a rd o G u i m a r ã e s , p p . 1 0 7 -1 1 8 ).
12) A ugusto de L im a: B ern a rd o Q u im a rã es. ( I n : R e v is ta d a A c a ­
d e m ia B ra s ile ira de L etra s, n 9 47, n o v e m b ro de 1925,
pp. 229-239).
13) B a s íl io d e M a g a l h ã e s : B ern a rd o G uim arães. R io d e J a n eiro.
A n u á rio do. B ra sil. 1926. 338 pp.

103
14) J o ã o R ib e ir o : C ritica . C lá ssicos e ro m â n tic o s b ra sileiros. R io
de J a n e iro. A ca d e m ia B ra sileira de L etra s. 1952. (B e r ­
n a rd o G u im a rã es, pp. 153-157). (E s c r ito em 1926; s ô b re o
liv ro d e B a silio d e M a g a lh ã es).
15) A g r i p i n o G r i e c o : E v o lu çã o da p o e sia brasileira. 1932. (3® ed i­
çã o. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 32-33).
16) A g r i p i n o G r i e c o : E v o lu ç ã o da p rosa brasileira. 1933. (2» ed i­
çã o. R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 35-36). (E lo g ia
m u ito o s r o m a n c e s ).
17) R o n a l d d e C a r v a l h o : P e q u e n a h istó ria da litera tu ra brasi­
leira. 5» ed içã o. R io de J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 258-259).
(E lo g ia só a s d e s c r iç õ e s da n a tu rez a ) .
18) M á r i o C a s a s a n t a : A E s c r a v a Isa u ra , u m p a n fle to p o lítico .
(I n : M e n sa g em , n 5 5, de 15 de se te m b ro de 1939).
19) A l c â n t a r a M a c h a d o : C a va qu in h o e s a x o fo n e . R io de J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1940. (O fa b u lo s o B e rn a rd o G uim arães,
pp. 215-224). (G o s ta do “ ru d e” reg io n a lista ).
20) J o ã o A l p h o n s u s : A p o s içã o m o d ern a d e B ern a rd o G uim arães.
( I n : A M an hã. S u plem en to A u to re s e L iv ros, 14 d e m a rç o
d e 1943).
21) M a n u e l B a n d e i r a : A p r e s e n ta ç ã o da p o e sia brasileira. R io de
Ja n eiro. C asa d o E s tu d a n te d o B ra sil. 1946, pp. 74-75. (E e -
valorina a p o e sia d e B ern a rd o G u im a rã e s).
22) J o ã o A l p h o n s u s : B ern a rd o G u im a rã es, ro m a n cista re g io n a ­
lista. ( I n : O r o m a n c e b ra sileiro, d e 1752 a 1930. C oord e­
n a çã o de A u ré lio B u a rq u e de H ola n d a . R io de J a n eiro. O
C ru zeiro. 1952, pp . 91-102).
23) H e r o n d e A l e n c a r : J o sé d e A le n c a r e a fic ç ã o rom â n tica .
( I n : A L ite r a tu r a n o B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin h o.
V o l. I, t. 2. R io d e J a n eiro. E d ito r ia l Sul A m erica n a . 1956.
pp. 888-895).
24) W a lte n s ir D u tr a e F a u s to C u n h a : B io g r a fia c rítica das
letra s m in eira s. R io de J a n eiro. In stitu to N a cio n a l d o L iv ro .
1956, pp. 47-58.
25) A n t O n i o C â n d id o : F o r m a ç ã o da litera tu ra brasileira. São
P a u lo . M a rtin s. 1959. V ol. II, pp. 169-177, 234-241.

Apolinário Pôrto Alegre


( u s o u vários pseudônimos,
A p o lin á k io J o s é G om es P ô r t o A le g r e
sobretudo Iriema). Nasceu em Rio Grande (Rio Grande
do Sul), em 20 de agôsto de 1844. Morreu em Pôrto Alegre,
cm 23 de março de 1904.

OBRAS DE FICÇÃO

O Vaqueano (romance, 1872); Paisagens (contos, 1874).

Discípulo ãe José ãe Alencar, criou Apolinário Pôrto Alegre


o regionalismo sul-rio-grandense. Não se tornou bastante conhecido
fora de sua terra.

104
Bibliografia
1) A l c id e s a y a : P e lo fu tu ro .
M P ô r to A leg re. F r a n c o & Irm ã o.
1897. (A p o lin á rio P ô r to A leg re, pp. 65-78).
2) J oão P in t o da S il v a : H istó ria literá ria do R io G ran d e d o Sul.
P ô r to A le g re. G lob o. 1924, pp. 146-154.
3) S o u s a D oca : O reg ion a lism o su l-rio-g ra n d en se na literatu ra .
( I n : R e v is ta das A ca d e m ia s de L etra s, 1/1, d ez em b ro de
1937, pp. 5-18).
4) W a l d e m a r de V a s c o n c e l o s : H o m e n s e N a ç õ es. R io de J a n eiro.
C o o p e r a tiv a B ra sileira . 1945. (A p o lin á rio P ô r to A leg re,
pp. 65-122).
5) A n t ô n i o C a r l o s M a c h a d o : O solitá rio d e C asa B ra n ca . R io de
Ja n e iro . P o n g e tti. 1945. 116 pp.
6) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : P r o s a d e fic ç ã o , de 1870 a 1920. (H is ­
tó r ia d a litera tu ra b ra sileira . V o l. X I I ) . R io d e J a n eiro.
J o s é O lím pio. 1950, pp . 29-32.
7) G u i l h e r m i n o C é s a r : H istória da litera tu ra do R io G ra n d e do
Sul. P ô r to A leg re. G lob o. 1956, pp. 201-210.

Juvenal Galeno
J u v e n a l G a le n o d a C o s ta e S ilv a . Nasceu em Fortaleza (Ceará),
em 27 de setembro de 1836. Morreu em Fortaleza, em 7
de abril de 1931.

OBRAS

Lendas e canções populares (Tip. João Evangelista, 1865;


2.a edição, Fortaleza, Gualter E. Silva. 1892). Lira
cearense (Fortaleza, Tipogr. do Comércio, 1872), etc., etc.

Juvenal Galeno representa, entre os poetas regionalistas, o


tipo da poesia popular, já quase-literária.

B ib lio g r a fia
1) A r a r ip e J ú n io r : O bra critica , edit, p o r A frâ n io C ou tin h o.
V o l. I. 1868-1887. R io de J a n eiro. C a sa de R u i B a rb osa .
1959. (J u v en a l G a len o, pp . 43-56). (A r t ig o s •publicados
em 1872).
2) S I lvio R o m e r o : H istó ria da litera tu ra brasileira. 1888. (3* edi­
çã o. R i o de J a n eiro. J osé O lím pio. 1942. V o l. IV , pp. 82-86).
3) J o a q u im A l v e s : A p o e sia d e J u v en a l G alen o. ( I n : J o rn a l do
C om é rcio , R io de J a n eiro, 20 de d ez em b ro de 1936).
4) O n o f r e M u n i z G o m e s d e L i m a : A p o e sia h u m a n a e p op u la r ã e
J u v en a l G alen o. F o r ta le za . 1946.
5) F r a n c is c o A l v e s d e A n d r a d e : O p io n eiro d e f o lc lo r e n o n o r­
d e s te d o B ra sil. ( I n : R e v is t a d o In stitu to d o C eará. 1948,
pp. 243-265. (C o m b ib lio g ra fia ).
6) F lo r iv a l S e r a i n e : A tr a v é s da litera tu ra c e a ren s e. F o rta le za .
1948. (E m tô r n o d a o b r a de J u v en a l G aleno, pp. 75-81).

105
7) F r e ita s N ob re: J u v en a l G alen o. S ã o P a u lo. M elh ora m en tos.
1957. 64 pp.
8) J o io C l I m a c o B e z e r r a : A p r e s e n ta ç ã o . ( I n : J u v en a l G a le n o :
P o e sia . R io d e J a n eiro. A g ir . 1959, pp. 5-16).

ROMANTISMO IN D IV ID U A L IST A

Quanto a Álvares ãe Azevedo, Junqueira Freire, Aureliano


Lessa e Casimiro de Abreu não há discussão: são poetas individua­
listas, mais à maneira de Byron e Musset do que de Lamartine e
ãos românticos alemães que tinham influído nos poetas brasileiros
precedentes. Aos nomes citados também está ligado, pela crono­
logia, pela mentalidade e pelo hábito dos historiadores literários,
o de Laurindo Rabelo, de modo que o feitio particular da sua *
poesia — mais popular que literário — não justificaria a tentativa
de separá-lo dos outros. Fica o caso de Fagundes Varela: seus
fracos ensaios de poesia patriótica são inspirados por nacionalismo
já muito diferente do de Alencar, ao passo que ainda não o filiam
à poesia condoreira. Fagundes Varela foi poeta religioso, mas
tudo leva a crer que sua religiosidade também foi preocupação
“ egotista” — da salvação de sua alma de boêmio perdido — quer
dizer, poesia individualista.

Laurindo Rabelo
L a u r in d o J osé da S il v a R abelo. Nasceu no Rio de Janeiro, em
3 de julho de 1826. Morreu no Rio de Janeiro, em 28 de
setembro de 1864.

OBRAS

Trovas (Bahia. 1853; 2.a edição. Rio de Janeiro. Lôbo Viana.


1855); Poesias, edit. por Sá Pereira de Castro (Rio de
Janeiro. Tipografia Pinheiro & Cia. 1867).

e d iç õ e s

1) Obras poéticas, edit. por Joaquim Norberto de Sousa e


Silva. Rio de Janeiro. Garnier. 1876 (nova edição, 1900).
2) Obras, edit. por Osvaldo Mello Braga, São Paulo. Com­
panhia Editora Nacional. 1946 (edição crítica). -

O êxito popular ãos versos ãe Laurinão Rabelo está fora ãe


dúvida; os literatos contemporâneos seus também o consideravam

m
como poeta digno da mais séria atenção. A popularidade ficou,
embora diluindo-se com o tempo; e o interesse da critica literária
diminuiu ao ponto de não existir estudo completo sôbre Laurindo
Rabelo.

Bibliografia
1) A ugusto E m íl io Z a l u a e : T ro v a s d o dr. L a u rin d o J o s é da Silva
R a b elo . ( I n : D iá r io d o R io de J a n eiro, 15 de a b ril de 1856).
2) Á lva res da S i l v a : L a u rin d o J. da Silva R a b elo . ( I n : A n a is
d a B ib lio te ca N a cio n a l, III, 1877/1878, pp. 355-383). ( E s ­
c r ito e m 1864).
3) E duardo de Sá P e r eira de C astro: In tro d u çã o da ed içã o â a s
P o e sia s. R io de J a n eiro. T ip o g r. P in h e iro & C ia. 1867,
pp . I I I -X X V I I .
4) A n a s t á c io L u í s d e B o n s u c e s s o : Q u a tro v u lto s. E n sa io s d e
b io g ra fia e crítica . ( I n : B ib lio te c a do In s titu to d os B a ­
ch a réis e m L etra s. R io de J a n eiro. T ip o g r. d o C o rre io
M erca n til. 1867, pp . 281-287, 290-294). (T ip o d e d iscu rso
e lo q ü e n te ).
5) M anuel F r a n c is c o D ia s d a S i l v a : P e r fi l b io g rá fic o do dr. L a u ­
rin d o. In tro d u çã o d a e d iç ã o d a s O b ra s P o é tica s . R io do
J a n e iro . G a rn ier. 1876, pp. 3-17.
6) J o a q u im N o rbe rto de S ou sa e S il v a : L a u rin d o R a b elo . ( I n :
R e v is t a d o In stitu to H is tó r ic o e G e o g r á fic o B ra sileiro,
X L I I /2 , 1879, pp. 75-102).
7) S íl v io R om ero: H istó ria da litera tu ra brasileira. 1888. (3*
ed içã o . R io de J a n eiro. J osé O lím p io. 1947. V o l. III,
pp. 331-347).
8) J o sé V e r ís s im o : E stu d o s d e litera tu ra b rasileira. 2* série. R io
de J a n e iro. G a rn ier. 1901. (L a u r in d o R a b e lo , pp. 76-88).
9) S íl v io R om ero: O u tros estu d o s da litera tu ra co n tem p o râ n ea .
L isb o a . A E d itora . 1905. (L a u rin d o R a b e lo , pp. 33-34).
10) X av ie rP i n h e i r o : C en ten á rio ' do n a scim en to d e L a u rin d o R a ­
b elo ( I n : J o rn a l d o C om ércio, R io de J a n eiro, 8 d e ju lh o
de 1926).
11) C o n s t â n c io A lves: L a u rin d o R a b elo . ( I n : R e v is ta d a A c a d e ­
m ia B ra s ile ira de L etra s, W> 60, d ez em b ro d e 1926,
pp. 251-275).
12) Eu g ê n i o G o m e s : A p r o p ó s ito d e L a u rin d o R a b elo . ( I n : B o­
le tim d o A riel, 1/12, se te m b ro d e 1932, p. 23).
13) H e ito r M o n iz : V u lto s da litera tu ra brasileira. R io de J a n eiro.
M a risa . 1933. (L a u r in d o R a b e lo , pp. 173-185).
14) R onald de C arvalh o : P e q u e n a h istória da litera tu ra b rasi­
leira. 5* e d içã o. R io de J a n eiro. B rig u ie t. 1935, pp . 231-232.
15) O sw ald o M el o B r a g a : In tro d u çã o da ed içã o das O bras. S ã o
P a u lo . C o m p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1946, pp . 7-13. (C o m
b oa b ib lio g ra fia ).
16) A n t ô n io C â n d id o : F o r m a ç ã o da litera tu ra b rasileira. São
P a u lo . M a rtin s. 1959. V o l. II, pp . 162-168.

107
Aureliano Lessa
A u r e lia n o J osé L e s s a . Nasceu em Diamantina (Minas Gerais),
em 1828. Morreu em Sêrro (Minas Gerais), em 21 de fe­
vereiro de 1861.

OBRA

Poesias póstumas, edit. por seu irmão Francisco José Pedro


Lessa (Rio de Janeiro. Tip. A Luz, 1873; 2.a edição, Belo
Horizonte. Beltrão & Cia. 1909).

A poesia de Aureliano Lessa colocado ao lado dos seus amigos


Álvares de Azevedo e Bernardo Guimarães; representa os estu­
dantes mineiros entre os românticos individualistas. Nunca
chamou muito a atenção dos críticos.

Bibliografia
1) J osé M a r ia V az P in to C o e lh o : A u relia n o J o sé L essa . (I n :
C o rre io M erca n til, R io de J a n eiro, 25 de m a r ç o de 1861).
2) T A . P e r e ir a : B io g r a fia á e A u relia n o
eo d o m ir o L essa . (I n :
D iá rio O ficia l, 8 de fe v e r e ir o de 1867).
3) B ernardo G A u relia n o L e ssa . P r e fá c io d a s P o e s ia s
u im a r ã e s :

p ó stu m a s. R io d e J a n eiro. T ip . A . L u z. 1873, pp . I I I -X I I .


4) S fL v io Ro m e r o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. 1 8 8 8 (3® e d içã o .

R io d e J a n eiro. J o s é O lím p io. 1943. V o l. III, pp . 285-297).


5) M a r t in s de O l iv e ir a : H istó ria da L iter a tu ra m in eira . B e lo
H o rizo n te . Ita tia ia . 1958, pp . 102-105.

Álvares de Azevedo
M anuel A n t ô n io Á lvares de A zevedo. Nasceu em São Paulo,
em 12 de setembro de 1831. Morreu no Rio de Janeiro, em
25 de abril de 1852.

OBRAS

Poesias (Lira dos Vinte Anos) (Rio de Janeiro. Tipogr.


Americana. 1853); Obras. Vol. II contém: Pedro Ivo,
Macário, A noite na taverna, etc. (Rio de Janeiro. Laem-
mert. 1855); Conde Lopo (Rio de Janeiro. Leuzinger.
1886).

EDIÇÕES

1) Obras, edit. por Jaci Monteiro, 2.a edição. 3 vols. Rio


de Janeiro. Gamier. 1862. (3.a edição, id., 1862).

108
2) Obras, edit. por Joaquim Norberto de Sousa e Silva.
4.a edição, 3 vols. Rio de Janeiro. Garnier. 1873; 5.a
edição, id. 1884; 6.a edição, id. 1897; 7.a edição, id., 1900.
3) A noite na taverna e Macário. Edit. por Egard Cava­
lheiro. São Paulo. Martins. 1941.
4) Obras completas, edit. por Homero Pires. 2 vols. São
Paulo. Companhia Editora Nacional. 1942. {Edição
crítica).
5) Poesias completas, edit. por Péricles Eugênio da Silva
Ramos. São Paulo. Saraiva. 1957.

Ä intensidade do seu lirismo romântico, à evidência de cultura


livresca nos seus versos, à mentalidade de adolescente desesperado
e à morte prematura deve Álvares de Azevedo sua popularidade
muito grande no público de estudantes, meio-cultos e sentimentais.
Mas a crítica literária também o considerou sempre como gênio, às
vêzes exagerando-lhe o valor, às vêzes compreendendo-lhe bem a
importância histórica, como modelo do lirismo estudantil que é
um aspecto permanente da literatura brasileira.
B ib lio g r a fia
1) D u arte P a r a n h o s S c h u t e l : A n á lise das ob ra s d e M a n u el A n ­
tô n io Á lv a r e s d e A z e v e d o . ( I n : A n a is d a A ca d e m ia F ilo s ó ­
fica , R io d e J a n eiro, série 1, 1858, pp. 9-11, 53-58, 93-96,
129-136). ( T rab a lh o p r e te n s io s o e p r o lix o , q u e f ic o u in c o m ­
p le to ).
2) D o m i n g o s J a c i M o n t e ir o : D iscu rs o b io g rá fic o d e M a n u el A n ­
tô n io A lv e s d e A z e v e d o . P r e fá c io d a e d içã o das O bras,
29 e d içã o . R io d e J a n eiro. G a rn ier. 1862. V o l. I, pp. 5-34.
3) F e r d in a n d W o l f : L e B rés il littéra íre. B erlin . A s ch e r. 1863,
p p . 211-216.
4) M a c h a d o d e A s s i s : C ritica literária. E d iç ã o J a ck s o n . 1936.
V o l. X X X . (A L ir a dos V in te A n os, pp. 112-117). ( E s c r ito
em 1866).
5) A n a s t á c io L u í s do B o n s u c e s s o : Q u a tro v u ltos. E n sa io s de
b io g ra fia e crítica . (I n : B ib lio te c a do In s titu to d os B a ­
ch a réis e m L e tra s. R io d e J a n eiro. T ip o g r. d o C orreio
M erca n til. 1867, pp. 267-272, 294-295). (C o m é ç o do en d eu sa -
m e n to ).
6) J o a q u im N orbe rto de S o u s a e S i l v a : N o tíc ia s ô b r e o a u to r e
su a s obras. P r e fá c io d a 4» ed içã o das ob ra s. R io de J a ­
n e iro. G a rn ier. 1873. V o l. I, pp . 29-72.
7) A n t ô n i o X avier R o d r ig u e s C o rd e ir o : M a n u el A n tô n io A lv a re s
d’A z e v e d o . ( I n : N ô v o A lm a n a q u e d e L e m b ra n ça s L u so-
-B ra sileiro p a ra o an o d e 1878. L isb oa . L a llem a n t F rères.
1877, pp. 3-18). (B o m e s b ô ç o ).
8) S o a r e s R o m e u J ú n i o r : R e c o r d a ç õ e s literá ria s. P ô r to . C h ar-
d ron . 1877, pp. 279-284.
9) C a m il o C a s t e l o B r a n c o : C a n cio n eiro a le g r e d os p o e ta s p o r tu -
gu êses e b ra sileiros. V o l. I. P ô r to . C h a rd ron . 1887,
pp. 111-115. (.H ostil).
109
10) S íl v io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra brasileira. 1888. (3* edi­
ç ã o . R io d e J a n eiro. J osé O lim p io. 1943. V o l. I l l , pp. 266-285).
(.Acha A lv a re s d e A z e v e d o su p e r io r a B a u d ela ire!)
11) C a r l o s M a g a l h ã e s d e A z e r e d o : C o n fe r ê n c ia rea ílza d a na A c a ­
d em ia d e São P a u lo em h on ra da A lv a re s d e A z e v e d o ,
C a stro A lv e s e F a g u n d es V a rela . ( I n : O E s ta d o d e S ã o
P a u lo , 23, 24 e 25 de n o v e m b ro d e 1892).
12) J o s é V e r í s s i m o : E s tu d o s d e litera tu ra brasileira. 2* s é r i e .
R io de J a n eiro. G a rn ier. 1901. (A lv a res de A zev ed o,
p p . 35-47). (A p r e c ia ç ã o elo g io sa e ju s ta ).
13) P ir e s d e A l m e i d a : A e s c o la b yron ia n a n o B ra sil. ( I n : J orn a l
d o C o m é rcio, R io d e J a n eiro, 2 de ju lh o, 22 de s etem b ro e
20 de d e z em b ro de 1903; 10 e 17 de ja n e iro , 1 d e fe v e re iro ,
17 d e ju lh o e 26 de a g ô s to de 1904; 5 de fe v e re iro , 26 d e
fe v e r e ir o , 22 d e m a rç o , 8 d e ju n h o , 13 d e ju lh o, 20 de n o­
v e m b r o d e 1905). (R e c o r d a o a m b ien te d os p o e ta s b o êm io s
e m São P a u lo ).
14) A l f r e d o P u j o l : M o cid a d e e p o esia . C o n fer ên cia . ( I n : O E s ­
ta d o de São P a u lo, 13 d e ou tu b r o de 1906).
15) A r m a n d o P r a d o : A lv a re s d e A z e v e d o . ( I n : S ocied a d e d e C ul­
tu ra A rtística . C o n fe r ê n c ia s , 1912-1913. S ã o P a u lo. C a r­
d o s o P ilh o . 1914, pp. 43-95).
16) J o s é V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra brasileira. R io d e J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lv es. 1916, pp. 299-303.
17) S p e n c e r V a m p r é : Á lv a r e s d e A s e v e d o . ( I n : A G azeta, São
P a u lo , 11 e 12 d e m a io de 1917).
18) A r t u r M o t a : V u lto s e liv ros. A ca d em ia B ra sileira d e L e tra s.
São P a u lo. M o n te iro L o b a to . 1921. (Á lv a res de A zev ed o,
p p . 23-32).
19) Á l v a r o G u e r r a : A lv a re s d e A z e v e d o . S ã o P a u lo. M elh ora ­
m e n tos. 1923. 58 pp.
20) C â n d id o M o t a F i l h o : In tro d u çã o a o estu d o do p en sa m en to
n acion a l. O R o m a n tism o . R io d e J a n eiro. H élios. 1926,
pp. 160-168).
21) V i c e n t e d e P a u l o V i c e n t e d e A z e v e d o : A n tô n io A lv a re s d e
A z e v e d o . S ã o P a u lo. R e v is ta dos T rib u n a is. 1931. 215 pp.
(P rim eira b iog ra fia , escr ita , aliás, n o esp írito do p o e ta ).
2 2) V e ig a M i r a n d a : A lv a re s d e A z e v e d o . S ã o P a u lo . R e v is t a doa
T rib u n a is. 1931. 299 pp. (B io g r a fia p o u c o c o m p r e e n s iv a ).
23) H o m e r o P i r e s : A lv a re s d e A z e v e d o . R io de J a n eiro. A c a d e ­
m ia B ra sileira de L etra s. 1931. 96 pp. (B o m e stu d o b io-
b ib lio g r á fic o ).
24) L u ís F e l ip e V ie i r a S o u t o : D o is ro m â n tic o s b ra sileiros. R io
de J a n e iro. Im p re n sa N a cio n a l. 1931, pp. 7-32.
25) J o ã o R i b e i r o : C rítica . C lá ssicos e ro m â n tic o s b ra sileiros. R i o
de J a n e iro . A c a d e m ia B ra sileira d e L etra s. 1952. (Á lv a res
d e A ze v e d o, pp . 133-137). (T r ê s a r tig o s e s c r ito s e m 1931,
s ô b r e o s liv ros d e V e ig a M iran da, V ic e n te d e A z e v e d o e
H o m e r o P i r e s ).
26) E s c r a g n o l l e D õ r ia : V id a e m o r te d e A lv a re s d e A z e v e d o . ( I n :
R e v is ta d a Sem ana, 25 de a b ril d e 1931).
27) A f r à n io F b i x o t o : A origin a lid a d e d e A lv a re s d e A z e v e d o . ( I n :
R e v is ta N ova , 1/3, s e te m b ro de 1931, pp . 338-345).

110
28) A ze v e d o A m a r a l : A lv a re s d e A z e v e d o o ú n ico ro m â n tic o bra­
sileiro . ( I n : R e v is ta N ov a , 1/3, s etem b ro de 1931, pp. 346-354).
29) H o m e r o P i r e s : A in flu ên cia d e A lv a re s d e A z e v e d o . ( I n : R e ­
v is ta N o v a , 1/3, s etem b ro d e 1931, pp. 355-374).
30) A r t u r M o t a : A lv a re s d e A z e v e d o . ( I n : R e v is t a N o v a , 1/3,
s e te m b ro d e 1931, pp . 397-415). ( E stu d o b ib lio g r á fic o ).
31) A u r é l io G o m e s d e O l iv e ir a : A lv a re s d e A z e v e d o , p o e ta . (In :
R e v is ta N ova , 1/3, s etem b ro de 1931, pp . 430-436).
32) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p o e s ia brasileira. 1932. (3* ed i­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím p io. 1947, pp. 27-31).
( O b serv a çõ e s p s ico ló g ica s sô b r e o c a r á te r im a g in á rio da
b o êm ia b ra sileira ).
33) R o n a l d de C a r v a l h o : P e q u e n a h istória da litera tu ra b rasi­
leira. 5’ e d içã o. R io d e J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp . 225-231.
( R e p e t e a co m p a r a çã o c o m B a u d ela ire ; e n c o n tr a e m A lv a ­
r e s d e A z e v e d o o sim b olism o tod o, a o qual p r e fe r e a p o esia
d o ro m â n tic o ).
34) M 'ärio de A n d r a d e : O A leija d in h o e A lv a re s d e A z e v e d o . R io
d e J a n eiro. R e v is t a A c a d ê m ic a E d itora . 1935. (A m o r e
M êd o, pp. 67-134). (.P en etra n te a n á lise p s ico ló g ica d o e r o ­
tism o r o m â n tic o ).
35) E dgard C a v a l h e ir o : In tro d u çã o da ed içã o das N o v ela s. São
P a u lo. M a rtin s. 1941, pp. 5-19.
36) R u b e n s do A m a r a l : A lv a re s d e A z e v e d o . ( I n : R e v is ta d a
A ca d e m ia P a u lis ta d e L etra s, IV /1 4 , ju n h o de 1941,
pp. 47-53).
37) H o m e r o P i r e s : In tro d u çã o da ed içã o das O b ras co m p leta s.
São P a u lo . C om p a n h ia E d ito ra N a cion a l. 1942. V o l. I,
pp. X I - X X I X .
38) J oão A l p h o n s u s : O e p ic u r e s c o A lv a re s d e A z e v ed o . (In : A
M anhã, S u p lem en to A u to re s e L iv ros, 20 de setem b ro
de 1942).
39) C â n d id o M ota F i l h o : O ca m in h o d e tr ê s a gon ias. R io d e J a ­
n e iro. J o sé O lím pio. 1945, pp. 37-63.
40) O rvâcio S a n t a m a r i n a : A lv a re s d e A z e v e d o , o g ra n d e rom â n ­
tico . ( I n : C u ltu ra P o lítica , V /4 8 , ja n e iro d e 1945, pp. 158-167).
41) C a r l o s D a n t e de M o r a is : A lv a re s d e A z e v e d o e o rom a n tism o.
( I n : P r o v ín c ia d e São P e d ro , n 9 1, ju n h o de 1945, pp. 23-48).
42) M a n u e l B a n d e i r a : A p r e s e n ta ç ã o da p o e sia brasileira. R io de
J a n e iro . C a sa d o E s tu d a n te d o B ra sil. 1946, pp. 70-74.
43) T u l o H o s t I lio M o n t e n e g r o : T u b er cu lo se e litera tu ra . R io de
J a n e iro , s. e. 1949, pp. 57-61.
44) L u iz F e l ip e V ieira S o u t o : R e f le x o s dum a "p á lid a s o m b r a " n o
ro m a n tism o b rasileiro. R io de J a n eiro. B orsoi. 1950. 268 pp.
45) V er a P a c h e c o J o r d ã o : M a n eco , o B y ro n ia n o . R io d e J a n eiro.
M in isté rio d a E d u ca çã o . 1955, pp. 3-21.
46) E . C a r r e r a G u e r r a : C o m p reen sã o d e Á lv a re s d e A z e v ed o .
(I n : R e v is ta B ra silien se, São P a u lo, 2, n ov em b ro-d ez em -
b r o de 1955, pp. 12-28).
47) E u g ê n i o G o m e s : A lv a re s d e A z e v e d o . ( I n : A L iter a tu ra n o
B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. I, t. 2. R io de J a ­
n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a . 1956, pp. 745-760).

111
48) H ild o n R och a: O p o e ta e a s p o tê n c ia s ab stra ta s. ( Á lv a res
d e A z e v e d o ). R io de J a n eiro. M in istério da E d u ca çã o .
1957. 67 pp.
49) M aria J o sé de T k in d a d e N e g r ã o : A p r e s e n ta ç ã o . ( I n : Ã lvarea
de A z e v e d o : P o e sia . R io de J a n eiro. A g ir . 1958, pp. 5-15).
50) E u g ê n ioG o m e s : V isões e R e v is õ e s . R io de J a n eiro. In stitu to
N a cio n a l d o L iv ro . 1958. (Ã lv a res de A ze v e d o e o ó p io d a
leitu ra , pp. 62-68).
51) A n t ô n io C â n d id o : F o r m a ç ã o da litera tu ra brasileira. São
P a u lo . M a rtin s. 1959. V o l. II, pp . 178-193.
52) R a im u n d o M agalhães J ú n io r : V id a e p o e sia d e Á lv a re s d e
A zeved o. S ã o P a u lo. E d ito r a das A m érica s. 1962. 214 pp.

Junqueira Freire
Luís José J u n q u e i r a F r e i r e . Nasceu na Cidade do Salvador
(Bahia), em 31 de dezembro de 1832. Morreu na Cidade
do Salvador (Bahia), em 24 de junho de 1855.

OBRAS

Inspirações do claustro (Bahia. Camillo Lellis Masson. 1855);


Obras poéticas (Inspirações do claustro e Contradições
poéticas, 2 vols. (Rio de Janeiro. Garnier, s. d.).

EDIÇÕES

1) Inspirações do claustro. 2.a edição. Coimbra. Imprensa


da Universidade. 1867.
2) Obras poéticas. 2.a edição. Garnier, s. d. (3.a ed. Garnier,
s. d .; 4.a ed. Garnier s. d.).
3) Obras, edição crítica por Roberto Alvim Correia. 3 vols.
Rio de Janeiro, Zélio Valverde. 1944.

Junqueira Freire, monge “ défroqué” e poeta da dúvida re­


ligiosa. não alcançou a popularidade de Álvares de Azevedo. A
crítica observou, porém, mais de uma vez, que as “ dores român­
ticas” de Junqueira Freire são mais “ experimentadas” e menos
livrescas que as de Álvares de Azevedo e, talvez, de todos os outros
românticos brasileiros (com exceção de Gonçalves Dias, evidente­
mente). O interesse por Junqueira Freire, muito vivo no início e
ràpidamente declinando depois, cresce nos últimos tempos.

Bibliografia
1) M anuel A n t ô n i o de A l m e i d a : J u n q u eira F r e ir e , In sp ira çõ es
do cla u stro. ( I n : C o rre io M erca n til. R io de J a n eiro, 18
de ju n h o de 1855). ( C rítica, ra r a m e n te citad a, do g ra n d e
r o m a n cista ).

112
2) J oão M andel P e r eira da S i l v a : J u n qu eira F r e ir e .(I n : R e v i s t a
d o In stitu to H is tó rico e G e o g r á fic o B ra sileiro, X I X , 1856,
pp. 425-433).
3) C in c in a t o P i n t o da S i l v a : V id a d o p o e ta baiano L u ís Jun ­
q u eira F r e ir e . ( I n : A n a is d a A ca d e m ia F ilo s ó fic a , R io de
J a n eiro, 1/1, 1858, pp. 87-92, 137-142, 175-184).
4) F r a n k l in D ô r ia : L u í s J u n qu eira F r e ir e . ( I n : A ren a , R e c ife ,
n 9 5 /6 , 3 de ju lh o d e 1858, pp. 33-35 e n* 7, de 10 d e ju lh o
de 1858, pp. 49-51).
5) A n t ô n i o J o a q u im de M acedo S o a r e s : E n sa io c r ític o s ô b re L u ís
J u n q u eira F r eire . ( I n : C orreio M erca n til, R io d e J a n eiro,
19 e 20 de a g ô s to de 1859). ( B o m e s tu d o ).
6) B e r n a r d o G u im a r ã e s : A s In sp ira çõ es do cla u stro , ju ízo crítico
s ô b r e o liv ro co m ê s te títu lo , de L u ís J o sé J u n q u eira F r e ir e .
( I n : A tu a lid ad e, R io de J a n eiro, 17 e 21 de d ezem b ro
de 1859).
7) F e l ic ia n o T e ix e ir a L e it ã o : L u ís J o s é J u n q u eira F r e ir e . (In :
R e v is t a M ensal, d a S ocied a d e E n sa ios L iterá rios, t. I, 1863,
pp. 449-457.
8) M a c h a d o de A s s i s : C rítica literá ria . E d iç ã o J a ck so n . 1936.
V o l. X X I X . In sp ira çõ e s d o C lau stro, pp. 87-97). (E s c r ito
e m 1866).
9) A n a s t á c io L u í s do B o n s u c e s s o : Q u a tro v u ltos. E n sa io s de
b io g ra fia e crítica . ( I n : B ib lio te c a do In s titu to d os B a c h a ­
r é is e m L etra s. R io de J a n eiro. T ip o g r. do C orreio M er­
ca n til. 1867, pp. 272-281, 295-296). (M era r e tó r ic a ).
10) F r a n k l i n D ó r ia : E stu d o sô b r e L u ís J u n qu eira F r e ir e . R io
de J a n eiro. G a rn ier. 1868. 61 pp. ( P r im eir a m o n o g ra fia ).
11) C a p is t r a n o de A b r e u : E n sa io s e estu d os. I. R io de J a n eiro.
S o cie d a d e C a p istra n o de A b reu . 1931. (J u n q u eira F reire,
pp. 43-58). ( E s c r ito e m 1874).
12) S o a r e s R o m e u J ú n i o r : R e c o r d a ç õ e s literá ria s. P ô r to . C h ar-
dron . 1877, pp. 290-294.
13) A n t e r o de Q u e n t a l : C a rta a J oa q u im d e A ra ú jo , d e 8 de
n o v e m b r o d e 1880. ( I n : C a rta s d e A n te r o d e Q uental.
C oim b ra . Im p re n sa d a U n iversid a d e. 1921, pp. 208). ( In ­
te r e s s a n te tes tem u n h o d e a d m ira çã o ; daí em d ia n te, o in te ­
r e s s e p o r J u n qu eira F r e ir e d im in u i).
14) S ílvio R o m e r o : H istó ria da litera tu ra b ra sileira . 1888. (3* ed i­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím p io. 1943. V o l. n i , pp. 347-355).
( C rítica s e m sim p a tia n em a d m ira çã o).
15) J o sé L u í s A l v e s : Os cla u stro s e o cle r o n o B ra sil. ( I n : R e ­
v is ta do In stitu to H is tó r ic o e G e o g r á fic o B ra sileiro, L V II /2 ,
1894, pp. 1-257). (D e s c r e v e o a m b ien te m o n á s tic o d o p o e ta ,
ao qual s e r e f e r e n a p á gin a 15).
16) J osê V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra brasileira. 2* série. R io
d e J a n e iro . G a rn ier. 1901. (J u n q u e ira F re ire , pp. 59-76).
( A ch a -o in fe r io r a o s o u tr o s ro m â n tic o s, m a s a d m ite-lh e a
o rig in a lid a d e).
17) A r t u r O r l a n d o : D iscu rs o d e p o s s e n a A ca d em ia . (In : R e ­
vista d a A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s, n 9 7, ja n e iro de
1912, pp. 131-136).

113
18) O dorico O táv io O d i l o n : R e c o r d a ç õ e s , 31 d e d eze m b ro d e 1832,
S i d e ju n h o d e 1855. (In : J o rn a l de N o tícia s . B a h ia, 25
d e ju n h o de 1912).
19) J osé V e r ís s im o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. R io de J a ­
n e iro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 305-307.
20) H om ero P i r e s : D is c u r s o d e p o s s e n a A ca d em ia B a ia n a de
L e tra s. ( I n : C o rre io d a M an hã, R io de J a n eiro, 28 de
n o v e m b ro e 5 d e d ez em b ro d e 1926).
21) D u rval de M o r a is : E n tr e a f é e a dúvida. J u n q u eira F r eire .
( I n : R e v is ta d o B ra sil, 24 fa se, 1/7, 15 de d ezem b ro d e 1926,
pp. 26-31). (P o n to d e v is ta c a tó lic o ).
22) A f r â n io P e ix o t o : R a m o d e lou ro. São P a u lo. M o n te iro L o ­
b a to. 1928. (V o c a ç ã o e m a rtírio d e J u n q u e ira F reire,
pp. 47-84).
23) H omero P ir e s : J u n q u eira F r e ir e . R io de J a n eiro. A O rdem .
1929. 343 pp. ( B io g r a fia d e fin itiv a ; boa b ib liog ra fia ).
24) A lcântara M a c h a d o : C a va qu in h o e sa x o fo n e . R io de J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1940. (J u n q u eira F re ire , pp. 209-214). (E s ­
cr ito e m 1930; s ô b r e o liv ro d e H o m e r o P i r e s ).
25) H om ero P i r e s : J u n q u eira F r e ir e . R io d e J a n eiro. A ca d e m ia
B ra sile ira de L etra s. 1931. 91 pp.
26) J oáo R ib e ir o : C rítica. C lá ssicos e r o m â n tic o s b ra sileiros. R io
de J a n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1952. (J u n ­
q u eira F re ire, pp. 182-184). ( E s c r ito e m 1931; s ô b r e o livro
d e H o m e r o P ir e s ).
27) A g r ip in oG r ie c o : E v o lu ç ã o da p o e sia brasileira. 1932. (3» ed i­
çã o . R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 34-35). (.A cen ­
tu a a sin cerid a d e do p o e ta , ra ra e n tr e o s r o m â n tic o s ).
28) H eitor M o n i z : V u lto s da litera tu ra brasileira. R io d e J a ­
n eiro. M arisa. 1933. (J u n q u eira F reire, pp. 73-80).
29) A r t u r M o t a : J u n q u eira F r e ir e . ( I n : R e v is ta d a A ca d e m ia
B ra sile ira de L etra s, nv 168, d ez em b ro d e 1935, pp. 458-470).
(B ib lio g ra fia d e fic ie n te ).
30) H u m b e r t o de C a m p o s : C rítica , vol. II. 2* ed içã o. R io d e Ja ­
neiro. J o sé O lím p io. 1935. (J u n q u e ira F re ire, p o r H o m e ro
P ires, pp. 131-157).
31) R o n a l d de C a r v a l h o : P e q u e n a h istó ria da litera tu ra brasi­
leira. 5» e d içã o. R io d e J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp . 232-234.
(Crítica, a d v ersa ).
32) W i l s o n M a r t i n s : J u n q u eira F r e ir e , o p r im eir o sa ta n ista . ( I n :
C orre io d a M anhã, R io de J a n eiro, 17 de ju n h o de 1945).
33) M a n u e l B a n d e i r a : A p r e s e n ta ç ã o da p o e sia brasileira. R io de
J a n e iro . C a sa d o E stu d a n te d o B ra sil. 1946, pp . 77-79.
(E lo g io ju s to , se m e x a g ê r o ).
34) R oberto A l v i m C o r r e ia : O M ito d e P r o m e te u . R i o de J a n e i r o .
A g ir. 1951. (J u n q u eira F reire, pp. 53-94).
35) E u g ê n io G o m e s : J u n q u eira F r e ir e . ( I n : A L ite r a tu r a n o
B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. I, t. 2. R io de
Ja n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a . 1956, pp. 760-773).
36) A n t ô n i o C â n d id o : F o r m a ç ã o d e litera tu ra b rasileira. São
P a u lo. M a rtin s. 1959. V ol. II, pp. 155-161.

U4
Casimiro de Âbreu
Casimibo José Marques d e A b r e u . Nasceu em Barra de São João
(conforme Nilo Bruzzi, em Vila de Capivari, na então Pro­
víncia do Rio de Janeiro) em 4 de janeiro de 1839. Morreu
em Nova Friburgo, em 18 de outubro de 1860.

OBRAS

Primaveras (Rio de Janeiro. Tip. Paula Brito. 1859; 2.a


edição, Lisboa. Panorama. 1864; 2.a edição, Pôrto. Tip.
Jornal do Pôrto. 1866; 2.a edição. Lisboa. Panorama.
1867; 5.a edição, Pôrto. Chardron. 1925; 6.a edição,
Pôrto. Chardron. 1945; e várias outras).

e d iç õ e s

1) Obras completas, edit. por Joaquim Norberto de Sousa e


Silva, Rio de Janeiro, Garnier, 1877. (Reedições em 1883,
1892, 1909, 1920).
2) Obras completas, edit. por M. Said Ali. Rio de Janeiro.
Laemmert. 1902.
3) Obras completas, edit. por Sousa da Silveira. São Paulo.
Companhia Editora Nacional. 1940 (Edição crítica).
4) Obras completas, Rio de Janeiro. Zélio Valverde. 1943.
5) A s primaveras. Rio de Janeiro. Ministério da Educação
e Saúde. 1945.
6) Poesias completas. Rio de Janeiro. Zélio Valverde. 1947.
7) Poesias completas. São Paulo. Saraiva. 1949.

O número das edições dá testemunho da grande e invariável


popularidade do poeta. A crítica tem, em geral, acompanhado êsse
sentimento popular, mas fazendo distinções; às vêzes, acentua a
simplicidade infantil dos versos, outra vez, descobre atrás dessa
superfície uma arte poética diferente, capaz de interessar leitores
que exigem da poesia um pouco mais que emoções elementares.

B ib lio g r a fia
1) Z . A . P a m p l o n a : C asim iro d e A b r e u — A s P rim a v era s. (I n :
F o r u m L iterá rio. São P a u lo, 1/1, 20 de ju lh o de 1861, pp . 1-4,
e 1/2, 27 de ju lh o de 1861, pp. 9-10).
2) R a m a lh o O rtig S o : P r e fá c io da 2* ed içã o p o r tu g u ê s a d’ A s
P rim a v era s. P ô r to . 1866. (T ra n s cr ito c o m o p r e fá c io d a
6» e d içã o . P ô r to . C h ard ron . 1945, pp . I - X I I ) .
3) R e in a l d o C a r l o s M o n t o r o : C asim iro d e A b r eu , p e r fil b iog rá -
fic o -c r ític o . ( I n : R e v is ta P op u la r, R i o de J a n eiro, X V I ,
1862, pp. 351-356). (A s p rim eira s o p in iõ es d e a lg u m in te -

115
r ê s s e , s ô b r e C a sim iro de A b r eu , sã o d e p o r tu g u ê s e s , o q u e
r e v e la su as a fin id a d es co m o lirism o p o r tu g u ê s ).
4) J o a q u im N o r b e r t o d e S o u s a e S i l v a : C a sim iro d e A b r eu . ( I n :
R e v is t a d o In stitu to H is tó r ic o e G e o g r á fic o B ra sileiro,
X X X I Í I /1 , 1870, pp . 295-320).
5) C a p is t r a n o de A b r e u : E n sa io s e estu d os. I. R io de J a n eiro.
S o cie d a d e C a p istra n o d e A b reu . 1931. (C a sim iro d e A b reu ,
pp. 17-25). (E s c r ito em ISTli).
6) S o a r e s R o m e u J ú n i o r : R e c o r d a ç õ e s literá ria s. P ô r to . C h ar-
d ro n . 1877, pp . 284-290.
7) S íl v io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra brasileira. 1888. (3*
ed içã o. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1943. V o l. III,
pp. 373-385). ( B e n e v o le n te ).
8) J o s é V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra brasileira. 2* série. R io
d e J a n eiro. G a rn ier. 1901. (C a sim iro de A b reu , pp. 47-59).
( G ra n d es elo g io s, da p a r te do c r ític o e x ig e n te ).
9) J o s é A l e x a n d r e T e ix e ir a de M e l o : C asim iro d e A b r eu . (I n :
R e n a s ce n ça , R io de J a n eiro, 11/13, m a rç o de 1905, pp. 98-101).
( T estem u n h o d e u m s o b r e v iv e n te da é p o c a r o m â n tic a ).
10) E s c r a o n o l l e D õ r ia : C asim iro d e A b reu . ( I n : J o rn a l d o C o­
m é rcio , R io de J a n eiro, 4 de ja n e ir o de 1914).
11) J o sé V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. R io d e J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 307-312.
12) J o sé M aria G o u l a r t d e A n d r a d e : C a sim iro d e A b reu . ( I n : R e ­
v is ta d a A c a d e m ia B ra sileira de L etra s, n'1 14, d e ju lh o
de 1920, pp. 7-49).
13) A r t u r M o t a : V u lto s e livros. A ca d em ia B ra sileira d e L etra s.
São P a u lo. M o n te iro L ob a to. 1921. (C a sim iro de A b reu ,
pp. 156-164). ( C om b ib liogra fia d e fic ie n t e ).
14) Á l v a r o G u e r r a : C a sim iro de A b reu . São P a u lo. M elh ora ­
m en tos. 1923. 56 pp.
15) A d e l m a r T a v a r e s : D iscu rs o d e p osse. ( I n : R e v is ta d a A c a ­
d e m ia B ra s ile ira de L etra s, n 5 58, ou tu b ro de 1926,
pp. 83-112). (U m C asim iro c e le s tia l).
16) R e n a t o A l m e i d a : R ev isã o d e v a lôres. C asim iro d e A b reu . ( I n :
M o v im e n to B ra sileiro, 1/5, m a io d e 1929).
17) A o r ip in o G r ie c o : E v o lu ç ã o da p o e sia brasileira. 1932. (3» ed i­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 35-36). (E lo g io
ch eio d e n u a n ça s).
18) H eitor M o n i z : V u lto s da litera tu ra brasileira. R io d e J a n eiro.
M arisa. 1933. (C a sim iro de A b reu , pp. 81-89).
19) R o n a l d de C a r v a l h o : P e q u en a h istória da litera tu ra b rasi­
leira. 5* e d içã o. R io d e Ja n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 234-238.
(E lo g io q u a se a b so lu to ).
20) M ário de A n d r a d e : O A leija d in h o e A lv a res d e A z e v ed o , R io
de J a n eiro. R e v is ta A ca d ê m ica E d ito ra . 1935, pp. 72-74,
90-92, 96-98. (P e n e tr a n te a n álise do ero tis m o d e C a sim iro).
21) M ú cio L e Xo : C a sim iro d e A b reu . ( I n : R e v is ta d a A ca d e m ia
B ra s ile ira de L etra s, vol. L1II, 1937, pp. 4-29).
22) C a r l o s M a u l : C asim iro d e A b r eu , p o e ta do am or. R io de Ja ­
n eiro. C oelh o B ra n co . 1939. 142 pp.
23) A . F ig u e ir a de A l m e i d a : P o e ta s flu m in e n ses. ( I n : F e d era çã o
das A ca d em ia s d e L e tr a s do B rasil. C o n fer ên cia s. R io de
Ja n e iro . B rig u iet. 1939, pp. 192-204).

116
24) S o u sa da S il v e ir a : In tro d u çã o da ed içã o c ritica das O bras. S ã o
P a u lo . C o m p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1939, pp. X III-X X V X .
25) R enato A l m e id a : C asim iro d e A b r eu . ( I n : B o le tim d o A rlel,
V I I I /5 , fe v e r e ir o de 1939, pp . 5-6. ( C on tra o cu lto d ed ica d o
a C a sim iro ).
26) H e n r iq u e F er r e ir a L i m a : C a sim iro d e A b r e u e m P o rtu g a l. ( I n :
R e v is t a d o A rq u iv o M u n icip a l, São P a u lo, v o l. 58, ju n h o de
1939, pp. 5-40).
27) O liv e ir a R ibeiro N e t o : A sin cerid a d e d e C asim iro d e A b reu .
(I n : R e v is ta d a A ca d e m ia P a u lis ta de L etra s, I I /7 , s etem ­
b r o de 1939, pp . 115-144).
28) H élio V i a n a : D e s c o b e r ta ã e C a sim iro d e A b r eu . ( I n : R e v is t a
d o B ra sil, 3» fa s e , IV /3 4 , a b ril de 1941, pp . 32-39).
29) JoSo A l p h o n s u s : O m e ig o C asim iro. ( I n : A M anhã, Su ple­
m e n to A u to re s e L iv ros, 12 de o u tu b ro de 1941).
30) C a r l o s D r u m m o n d de A n d r a d e : C o n fissõ es d e M inas. R io de
Ja n e iro . A m e ric-E d it. 1945. (N o ja rd im p ú b lico de C asi­
m iro , pp. 27-35).
31) A f r â n i o P e i x o t o : C asim iro d e A b r eu . ( I n : R e v is ta d a A c a ­
d e m ia B ra s ile ira d e L etra s, vol. X X , 1945, pp. 3-11).
32) M a n u e l B a n d e i r a : A p r e s e n ta ç ã o da p o e sia brasileira. R io d e
Ja n e iro . C a sa d o E stu d a n te d o B ra sil. 1946, pp. 75-77.
33) A n í b a l M e n d e s : C asim iro d e A b r eu , o p o e ta do a m o r e da
saudade. B ra g a . L iv ra ria E d ito ra . 1947. 51 pp.
34) M u r il o A r a ú j o : C asim iro, a p o e sia e a in fâ n cia . P r e fá c io d a
e d içã o das P oesia s. R io de J a n eiro. Z é lio V a lverd e. 1947,
pp . I-V III.
35) S ilv e ir a B u e n o : C a sim iro d e A b r eu . P r e fá c io d a E d iç ã o Sa­
ra iva . 1948, pp . 7-22.
36) N il o B r u z z i : C a sim iro d e A b r eu . R io d e J a n eiro. A u rora .
1949. 208 pp . (R e v is ã o ra d ica l da b io g r a fia ; liv ro d iscu ti-
d issim o ).
37) T u l o H o s t íl io M o n t e n e g r o : T u b er cu lo se e litera tu ra . R io d e
J a n eiro, s. e. 1949, pp. 52-55).
38) A r n a l d o N u n e s : A p o é tic a d e C asim iro d e A b reu . M étrica ,
co lo rid o , so n o rid a d e, em o çã o . ( I n : R e v is ta d a A ca d e m ia
F lu m in e n se de L etra s, III, ou tu b ro de 1950, pp. 173-180).
39) M ig u e l do R io B r a n c o : E ta p a s da p o e sia b rasileira. L isb oa .
L iv r o s do B ra sil. 1955, pp . 123-135.
40) W a l t e n s i r D u t r a : C a sim iro d e A b r eu . ( I n : A L iter a tu ra n o
B ra sil, edit. p o r A frâ n io C ou tin h o. V o l. I, t. 2. R io de Ja­
n eiro. E d ito ria l Sul A m e rica n a . 1956, pp . 773-781).
41) A n t ô n i o C â n d id o : F o r m a ç ã o da litera tu ra brasileira. São
P a u lo. M artins. 1959. V ol. II, pp. 194-200.

Fagundes Varela
Luís N i c o l a u F a g u n d e s V a r e l a . Naseeu em Santa Rita de Rio
Claro (na então Província do Rio de Janeiro), em 17 de
agôsto de 1841. Morreu em Niterói, em 18 de fevereiro
de 1875.

117

8
OBRAS

Noturnas (São Paulo. Azevedo Marques. 1861) ; O Estan­


darte auriverde (São Paulo. Azevedo Marques. 1863);
Vozes da América (São Paulo. Azevedo Marques. 1864);
Cantos e fantasias (São Paulo. Garraux. 1865); Cantos
meridionais (Rio de Janeiro, Laemmert. 1869) ; Cantos
do ermo e da cidade (Rio de Janeiro. Garnier. 1869) ;
Anchieta ou O evangelho nas selvas (Rio de Janeiro.
Possolo. 1875); Cantos religiosos (Rio de Janeiro. Laem-
mert. 1878); O diário de Lázaro (Rio de Janeiro. Ed.
da Revista Brasileira. 1880).

EDIÇÕES

1) Obras completas, edit. por Visconti Coaraci. 3 vols. Rio


de Janeiro. Garnier. 1886-1892; (2.a edição, Garnier.
1896; 3.a edição, Garnier. 1919-1920).
2) Obras completas, edit. por Atílio Milano. 3 vols. Rio de
Janeiro. Zélio Valverde. 1943.
3) Obras completas. São Paulo. Ed. Cultura. 1943.
4) Poesias completas, edit. por Edgard Cavalheiro. São
Paulo. Saraiva. 1956.
5) Poesias completas, edit. por Miécio Tati e E. Carrera
Guerra. 2 vols. São Paulo. Companhia Editora Nacional.
1957.

A evolução poética de Fagundes Varela percorreu várias


fases: depois de tentativas de poesia patriótica, sem grande im­
portância, entrou na fase boêmia, à maneira dos outros românticos
estudantis da Faculdade de São Paulo; depois, a fase de lirismo
da natureza; enfim, a fase religiosa. As opiniões críticas sôbre
Fagundes Varela modificaram-se conforme a importância atribuída
a essa ou àquela fase, respectivamente. No início, comentava-se
com grande interêsse a vida aventurosa do poeta boêmio. José
Veríssimo, pouco favorável a êsse aspecto do romantismo, chegou a
condenar também o lirismo pessoal de Varela, achando-o pouco
original, o que causou longo eclipse da fama do poeta. Renasceu
êle pela atenção prestada à sua poesia religiosa; descobriu-se,
enfim, a qualidade elegíaca dos versos de Varela, na qu>al reside
parte da sua importância para a história da poesia brasileira.

Bibliografia
1) M a c h a d o de A s s is : C rítica literá ria . E d iç ã o J a ck s o n . 1 93 6 .
V o l. X X I X . (C a n tos e F a n ta sia s, pp . 9 8 -1 0 7 ). ( E s c r ito
em 1866).
2) A rtu rde O l iv e ir a : T e s e de c o n c u r s o p a ra p r o fe s s o r su b stitu to
d e retó rica , p o é tic a e litera tu ra n acion a l. R io de J a n eiro.

118
T ip o g r. d a G a zeta d e N o tícia s . 1879. (L u ís N ico la u F a ­
gu n d e s V a re la , pp . 24-26). (E s tu d o m a is elo g ia d o q u e c o ­
n h ecid o ) .
3) C a r l o s F ehreira F r a n ç a : T e s e d e c o n c u r s o p a ra p r o fe s s o r
s u b stitu to d e r e tó r ic a , p o é tic a e litera tu ra n a cion a l. R io de
J a n e iro . L eu zin g er. 1879. (O lirism o de F a g u n d e s V a rela ,
pp. 23-33).
4) L b r i S a n t o s : P a n th e o n F lu m in en se. R io d e J a n eiro. L eu ­
zin ger. 1880, pp. 567-574. (F o n te , m u ito in ex a ta , d os estu d o s
b io g r á fic o s s e g u in te s ).
5) F r a n k l i n T A v o r a : O D iá rio d e L á za ro. ( I n : R e v is t a B ra si­
leira, V , 1880, pp. 357-390). (A n á lise m in u cio sa ).
6) L ú cio d e M e n d o n ç a : F a g u n d es V a rela . ( I n : G azetin h a , 18
d e m a r ç o de 1882).
7) F r a n k l i n T A v o r a : E stu d o c r ític o . P r e fá c io d a 1’ e d iç ã o das
O b ra s C om p letas. R io d e J a n eiro. G a rn ier. 1886. V o l. I,
pp. 5-43.
8) V i s c o n t i C o a r a c i : N o tíc ia b iog rá fica . P r e fá c io d a 1’ ed içã o
das O b ra s C om pletas. R io de J a n eiro. G a rn ier. 1886. V ol. I,
pp. 47-51. (B a sea d a e m L e r i S a n to s).
9) C a m i l o C a s t e l o B r a n c o : C a n cion eiro a le g r e d os p o e ta s p or-
tu g u ê s e s e b ra sileiros. V o l. II. P ô r to . C h ard ron . 1888,
pp. 211-214. (H o s til).
10) S í l v i o R o m e r o : H isto ria da litera tu ra b rasileira. 1888. (3* edi­
çã o. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1943. V o l. IV , pp. 108-117).
(E lo g ia a s q u a lid ad es p o é tic a s d e V a rela , a ch a n d o, p o r ém ,
su a s d e s c r iç õ e s m a is fa n ta s io s a s q u e r e a lis ta s ).
11) C a r l o s M a g a l h ã e s d e A z e r e d o : C o n fe r ê n c ia rea liza d a n a A c a ­
d em ia d e São P a u lo e m h on ra d e A lv a r e s d e A z e v e d o ,
C a stro A lv e s e F a g u n d es V a rela . ( I n : O E s ta d o de S ã o
P a u lo, 23, 24 e 25 de n o v e m b ro d e 1892).
12) J o s é V e r í s s i m o : E s tu d o s d e litera tu ra b ra sileira . 2* série. R io
de J a n e iro . G a rn ier. 1901. (F a g u n d e s V a re la , pp . 131-146).
(A c h a o p o e ta p o u c o o r ig in a l; com p a r a çã o d e s fa v o r á v e l c o m
C a stro A lv e s ).
13) M a r t i n s J ú n i o r : P a le s tr a s ô b r e F a g u n d e s V a rela . ( I n : C or­
r e io d a M a n h ã , R io de J a n eiro, 14 d e a g ô s to d e 1901).
14) P ir e s d e A l m e i d a : A e s c o la b y ro n ia n a n o B ra sil. ( I n : J o rn a l
d o C o m é rcio . R io d e J a n eiro, 2 d e ju lh o , 22 d e se te m b ro e
20 d e d e z e m b ro d e 1903; 10 e 17 de ja n e iro , 1 de fe v e re iro ,
17 d e ju lh o e 26 de a g ô s to de 1904; 5 d e fe v e re iro , 26 de
fe v e re iro , 22 de m a rço , 8 d e ju n h o , 13 d e ju lh o e 20 de
n o v e m b ro d e 1905). (O a m b ien te da F a cu ld a d e d e São
P a u lo n o te m p o d o s b o êm io s r o m â n tic o s ).
15) J o s é V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra b ra sileira . R io de J a ­
n e iro. F r a n c is c o A lv es. 1916, pp . 338-339.
16) A l b e r t o d e O l i v e i r a : F a g u n d e s V a rela . C o n fer ên cia . ( I n : O
E s ta d o d e S ã o P a u lo , 7 d e fe v e r e ir o de 1917). (F a v o r á v e l
a V a r e la ).
17) B e n j a m i n F r a n k l i n R a m i z G a l v ã o : O p o e ta F a g u n d es V a­
rela , su a v id a e su a ob ra . R io d e J a n eiro. R o h e . 1920. 28 pp.
18) A f o n s o de F r e it a s J ú n i o r : F a g u n d es V a rela . ( I n : R e v is t a d o
B ra sil, 1» fa s e , n ç 77, m a io d e 1922, pp . 54-64).

119
19) Á l v a r o G u e r r a : F a g u n d es V a rela . São P a u lo. M elh ora m en ­
t o s . 1 92 3 . 5 6 p p .
20) O t o n ie l M ota: F a g u n d es V arela. ( I n : R e v is ta d a L ín g u a
P o rtu g u ê sa , n'í 25, s e te m b ro d e 1923, pp. 91-109). (B o m
e s tu d o ).
21) M a r t im F r a n c i s c o : V a rela e C a stro A lv e s . ( I n : R e v is t a do
B ra sil, l 5 fa se, n9 101, m a io d e 1924, pp. 64-66).
22) A lb e r t o F a r ia : F a g u n d es V a rela . ( I n : R e v is ta d a A ca d e m ia
B ra s ile ira de L etra s, n 9 41, m a rç o de 1925, pp. 349-394).
23) C â n d id o M o t a F i l h o : In tro d u çã o a o estu d o do p e n s a m e n to na­
cion a l. O R o m a n tism o . R io de J a n eiro. H élios. 1926,
pp. 177-182.
24) F ábio L u z : E s tu d o s d e litera tu ra . R io d e J a n eiro. G in ásio
28 de S etem b ro. 1927. (E s b ô ç o de u m estu do, pp. 138-142).
25) A r t u r M o t a : F a g u n d es V a rela . ( I n : R e v is ta d a A ca d e m ia
B ra s ile ira de L etra s, n 9 81, s etem b ro de 1928, pp. 49-58).
( C om b ib liog ra fia d e fi c i e n t e ) .
26) M ário V il a l v a : F a g u n d e s V a rela , su a vid a, su a glória. R io
d e J a n e iro . P o n g e tti. 1931. 149 pp. ( P r im eir a ten ta tiv a d e
b io g ra fia ).
27) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p o e s ia brasileira. 1932. (3» e d i ­
çã o . R i o d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 36-37). ( Quali­
d ade p o é tic a s o b retu d o da v id a d e V a rela ).
28) H eitor M o n i z : V u lto s da litera tu ra brasileira. R io de J a n eiro.
M a risa . 1933. (F a g u n d e s V a rela , pp. 91-100).
29) R o n a l d de C a r v a l h o : P e q u e n a h istó ria da litera tu ra b rasi­
leira. 5» e d iç ã o . R io d e J a n eiro. B rig u ie t. 1935, pp. 238-241.
( E lo g ia a p en a s a p o e sia d escritiv a d e V a rela ).
30) J orge de L i m a : F a g u n d es V a rela . ( I n : R e v is ta d o B ra sil, 3»
fa se, 1/4, ou tu b ro d e 1938, pp. 358-373). ( R e ã e s c o b e r ta do
p o e ta r e lig io s o ).
31) A . F ig u e ir a de A l m e i d a : P o e ta s flu m in e n ses. ( I n : F e d e r a ç ã o
das A ca d em ia s d e L e tr a s do B ra sil. C o n fer ên cia s. R io de
J a n eiro. B rig u iet. 1939, pp. 204-216).
32) M u r il o A r a ú j o : O E v a n g e lh o n as selv a s. ( I n : B o le tim d o A r i e l ,
V m / 5 , fe v e r e ir o d e 1939). (O p o e m a r e lig io s o ).
33) E dgard C a v a l h e ir o : F a g u n d es V a rela . São P a u lo. M artins.
1940. 351 pp. (3* ed içã o. São P a u lo. M a rtin s. 1958. 327 n o .).
(P r im eir a b io g ra fia c ritica e co m p leta , co m b ib liog ra fia ) .
34) T r i s t ã o d e A t a I d e : P o e s ia b rasileira con tem p o râ n ea . B e lo H o ­
rizon te. P a u lo B lu h m . 1941. (V a rela , pp. 35-48). ( S ô b re o
p o e ta r e lig io s o ).
35) E d it h M e n d e s d a G a m a e A b r e u : F a g u n d es V a rela . ( I n : R e ­
v is ta d a s A ca d e m ia s d e L etra s, n 9 36, a g ô s to d e 1941,
pp. 231-240).
36) E dgard C a v a l h e ir o : N o ta s s ô b r e F a g u n d e s V a rela . ( I n : A tlâ n ­
tico , L isb oa , n 9 3, 1943, pp. 27-32).
37) J a m i l A l m a n s u r H a d d a d : R e tô r n o d e F a g u n d es V a rela . (I n :
L eitu ra, n9 7, ju n h o de 1943).
38) S érgio B u a r q u e d e H o l a n d a : C ob ra d e vid ro. São P a u lo.
M artin s. 1944. (R o m a n tis m o , pp. 13-21).
39) C a r l o s D r u m m o n d d e A n d r a d e : C o n fis s õ e s d e M inas. R i o d e
J a n e iro . A m e ric-E d it. 1945. (F a g u n d e s V a rela , s o litá rio
im p e rfe ito , pp. 13-26).

120
40) M anuel B a n d e i r a : A p r e s e n ta ç ã o da p o e s ia brasileira. R io de
J a n e iro . C a sa d o E stu d a n te d o B ra s il. 1946, pp. 81-87.
(J u sto elo g io , com, ju s ta s r e s t r iç õ e s ).
41) P a u l i n o N e t o : F a g u n d es V a rela . ( I n : R e v is t a d a A ca d e m ia
F lu m in e n se d e L etra s, I, ou tu b ro d e 1945, pp. 189-201).
42) C a r l o s P e n t e a d o de R e z e n d e : In te r p r e ta ç ã o b io g rá fic a d e F a ­
g u n d es V a rela . ( I n : In v e s tig a çõ e s , S ã o P a u lo, 11/16, a b ril
de 1950, pp. 27-43).
43) W a l t e n s i r D u t r a : F a g u n d es V a rela . ( I n : A L ite r a tu r a n o
B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. I, t. 2. R io d e Ja­
n e iro . (E d ito ria l Sul A m erica n a . 1956, pp . 781-792).
44) E . C ar r e r a G u e r r a : E stu d o critico . P r e fá c io d a e d iç ã o d a s
P o e s ia s C om p leta s. S ã o P a u lo. C o m p a n h ia E d itô r a N a c io ­
nal. 1957. V ol. I, pp. 15-109.
45) A n t ô n io C â n d id o : F o r m a ç ã o da litera tu ra b rasileira. São
P a u lo. M a rtin s. 1959. V ol. II, pp. 256-266.

ROMANTISMO LIBER AL

Pode-se preferir a expressão “ romantismo revolucionário” ,


assim como se fala de “ revolução industrial” : movimentos que
produzem efeitos revolucionários (ou cooperam nêles, no caso:
Abolição e República) sem haver revolução propriamente dita. O
têrmo “ romantismo liberal” antes alude à classe que liderou o
movimento, e aos princípios que pregou. Como quer que seja, a
distinção é nítida: Álvares de Azevedo, Junqueira Freire e Fa­
gundes Varela estavam preocupados consigo mesmos; Pedro Luís
e Castro Alves são poetas públicos. Os Byron e Musset ainda
continuam a inspirar atitudes, mas o estilo já é o de Vítor Hugo,
modelo da poesia “ condor eira” . Precursor dos “ condores” , com
respeito ao abolicionismo, é Luís Gama. Convém conceder um
lugar ao lado dos “ condores” à poesia romântica e social e às
atitudes anticonvencionais de Narcisa Amâlia. No fim do grupo
aparece Luís Delfino, “ condor” também, mas que, sobrevivendo a
todos os outros poetas românticos, passou depois por fases parna­
siana e simbolista; no entanto, seu sonho de escrever uma Epopéia
das Américas define-lhe bem a posição.
Deixou-se de lado a poesia condor eira de Tobias Barreto: sua
verdadeira importância é a de prosador, e como prosador já per­
tence a outra época.
Mas o romantismo não teria tido prosadores dignos de figu­
rarem ao lado dos poetas f O romantismo conservador tinha
Varnhagen. O romantismo individualista, de feição intensamente
lírica, talvez não pudesse exprimir-se através da prosa, discursiva.
Mas o romantismo liberal tinha seus oradores e publicistas ( Castro
Alves é mesmo o maior dêles). Grande parte dêles não tem títulos

121
para entrar m história da literatura, menos um: Joaquim Nabuco,
o representante mais nobre do romantismo político no Brasil. É
êle cujo nome remata o presente capítulo.

Luís Gama
Luís G o n z a g a P i n t o d a G a m a . Nasceu na cidade do Salvador
(Bahia), em 21 de junho de 1830. Morreu em São Paulo,
em 23 de agosto de 1882.

obras

Primeiras trovas burlescas (Rio de Janeiro. Pinheiro & Cia.


1861; 3.a edicão. São Paulo. Rosa & Santos Oliveira.
1904).

EDIÇÃO

Poesias satíricas, edit. por J. Romão da Silva. Rio de Janeiro.


Casa do Estudante do Brasil. 1954.

Luís Gama, escravo foragido, c o primeiro representante, de


alguma importância, da poesia a serviço do abolicionismo. Origens
sociais e estilo separam-no da poesia social dos poetas hugonianos,
filhos da burguesia. Manuel Bandeira, o grande conhecedor, o
define bem como poeta satírico.

Bibliografia
1) S ílvio R o m e r o : H istó ria da litera tu ra brasileira. 1888. (3* e d i­
çã o. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1943. V o l. IV , pp. 117-124).
2) A l b e r t o F a r i a : L u ís G am a. ( I n : R e v is t a d a A ca d e m ia B ra s i­
le ira de L etra s, n ç 67, ju lh o de 1927, pp . 337-355).
3) S u d M e n u c c i : O p r e c u r s o r do a b olicion ism o n o B ra sil. L u ís
G am a. São P a u lo. C om p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1938. 249 pp.
4) M a n u e l B a n d e i r a : A n to lo g ia d os p o e ta s b ra sileiros da fa s e
ro m â n tica . 2* ed içã o. R io de J a n eiro. M in istério d a E d u ­
c a ç ã o e Saúde. 1940, p. 16.
5) A r l in d o V eiga d o s S a n t o s : A L írica de L u ís Gam a. São P a u lo.
A tlâ n tico. 1944. 64 pp.
6) J . R o m ã o da S i l v a : L u ís G am a e su as p o esia s sa tírica s. R io
de J a n e iro. C a sa do E stu d a n te d o B ra sil. 1954. 221 pp.
(E d iç ã o c ita d a ).

Pedro Luís
P edro Luís P e r e i r a d e S o u s a . Nasceu em Caju (na então Pro­
víncia do Rio de Janeiro), em 13 de dezembro de 1839.
Morreu em Bananal (na então Província de São Paulo),
em 16 de julho de 1884.

1 00
J /V lV
EDIÇÃO

Dispersos. Editados por Afrânio Peixoto. Rio de Janeiro.


Academia Brasileira de Letras. 1934.

As poesias esparsas que Pedro Luís publicou em vida, impe­


tuosas diatribes, discursos políticos metrificados, já não inspiram
hoje entusiasmo. Manuel Bandeira, na sua antologia, não lhes quis
conceder espaço. Mas Cassiano Bicarão situa o poeta, historica­
mente, com acerto: como precursor imediato de Castro Alves.

B ib lio g r a fia

1) J o sé A lexandre T e ix e ir a d e M e l o : P e d r o L u ís. (I n : G a zeta


L iterá ria . R io de J a n eiro, 1/17, 22 de a g ô s to d e 1884).
2) S íl v io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. 1888. (3* e d i­
çã o. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1943. V o l. IV , pp. 100-108).
3) J o sé V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. R io de J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lv es. 1916, p. 314.
4) J oão R ib e ir o : C rítica. C lá ssicos e r o m â n tic o s b ra sileiros. R io
de J a n e iro A c a d e m ia B ra s ile ira d e L etra s. 1952. (P e d r o
L u ís, pp . 164-167). (.E scrito e m 1931).
5) A f r â n io P P r e fá c io da ed içã o d e D isp erso s . R io de
e ix o t o :
Ja n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1934, pp. 5-26.
6) C a s s i a n o R i c a r d o : P e d r o L u ís P e r e ir a d e Sousa, p r e c u r s o r d e
C a stro A lv es. ( I n : A M anhã, S u p lem en to A u to re s e L iv ros,
5 de s e te m b ro de 1943).

Castro Alves
A n t ô n iode C astro A l v e s. Nasceu em Muritiba (Bahia), em 14
de março de 1847. Morreu na Cidade do Salvador (Bahia),
em 6 de julho de 1871.

OBRAS

Espumas flutuantes (Bahia. Camilo Lellis Masson. 1870;


2.a edição, Bahia. Francisco Olivieri. 1875 ; 3.a edição,
id. 1878; 4.a edição, id. 1889; 5.a edição, Rio de Janeiro.
Cruz Coutinho. 1881 ; 7 a edição, Rio de Janeiro. Garnier.
1883 ; 12.a ed.. id. 1897 ; 13.a ed., Rio de Janeiro. Laem-
mert. 1898; 19.a ed., Rio de Janeiro. Garnier. 1917 etc.).
Gonzaga (Rio de Janeiro. Cruz Coutinho 1875) ; A
cachoeira de Paulo Afonso (Bahia. Imprensa Econômica.
1876; 4.a edição, Rio de Janeiro. Antunes. 1928); Vozes
d ’Africa (Rio de Janeiro. S. I. Alves. 1880, 3.a ed., Rio
de Janeiro. Laemmert. 1905) ; Os Escravos (Rio de Ja­
neiro. S. I. Alves. 1883; 3.a ed., Rio de Janeiro. Antunes.
1920).

123
EDIÇÕES

1) Obras. 2 vols. Rio de Janeiro. Laemmert. 1898.


2) Obras completas. 4 vols. Rio de Janeiro. Antunes. 1920.
3) Obras completas, edit. por Afrânio Peixoto. 2 vols. Rio
de Janeiro. Francisco Alves. 1921.
4) Espumas flutuamtes. 29.a edição. Rio de Janeiro. An-
tunes. 1943.
5) Obras complétas, edit. por Afrânio Peixoto. 3.a edição.
2 vols. São Paulo. Companhia Editora Nacional. 1944.
(Essa edição ê dada como “ critica” , qualidade que já Ihe
foi discutida).
6) Espumas flutuantes. 30.a edição. Rio de Janeiro. Insti­
tuto Nacional do Livro. 1947.
7) Poesias escolhidas, edit. por Homero Pires. Rio de Ja­
neiro. Imprensa Nacional. 1947.
8) Poesias completas, edit. por Jamil Almansur Haddad.
São Paulo. Companhia Editora Nacional. 1952.
9) Obra completa. Rio de Janeiro. José Aguilar. 1960.

O número e -a divulgação das edições já basta para demonstrar


que Castro Alves ê o poeta mais lido e mais admirado do Brasil,
superando a êsse respeito o próprio Conçoives Dias; a discussão
comparativa (“ quem é maior?” ) já terminou, ao que parece.
Correspondendo admiràvelmente ao gôsto poético da nação, Castro
Alves encontra-se no pedestal de “ Poeta da Baça” . Houve alguma
resistência, no início. Desde então, se levantaram vozes isoladas
contra o feitio declamatório de sua poesia. A critica é, em geral,
de natureza laudatória, além de muitos e, às vêzes, muito minuciosos
estudos biográficos. Trabalhos de interpretação há poucos, e êstes
se referem mais à ideologia do poeta que à sua poética. No resto,
a bibliografia, da qual aparece aqui só parte selecionada, é muito
grande: mais uma prova da imensa popularidade de Castro Alves.
Em muitos casos, sobretudo quanto às publicações do centenário
de 1947, os títulos dos estudos indicam-lhes a natureza e o valor

Bibliografia
1) P edro E u n ã p i o da S il v a D e ir ó : N o tíc ia s ô b r e a s p o e sia s d o dr.
C a stro A lv es. ( I n : D iá rio da B a h ia 1867). (C o n h e ç o essa
crítica , já m u ito elogiad a , a p en a s a tr a v é s da cita ç ã o e m
S a c r a m e n t o B l a k e , vol. V II, pp . 34).
2) J o sé de A l e n c a r : U m p o eta . ( I n : S em a n á rio M a ra n h en se,
São L u ís, rt/3 0 , 22 de m a rç o d e 1868, pp . 6-7).
8) P edro E u n á p i o da S il v a D e ir ó : G on za g a ou A r e v o lu ç ã o â e
M in a s ■— d ram a e m q u a tro a to s p e lo sr. A n tô n io C astro.

124
A lv es. ( I n : A rq u iv o J u r íd ico e L ite rá rio , São P a u lo, 2» série,
2 /3 , m a io -ju n h o de 1868, pp . 122-129).
4) S íl v io R o m e r o : A p o e s ia d as E sp u m a s flu tu a n tes. (In : O
A m e rica n o , R e c ife , 27 de n o v e m b ro d e 1870).
5) S íl v io R o m e r o : A in d a a p o e sia d as E sp u m a s flu tu a n tes. (In :
O A m e rica n o , R e c ife , 11 d e d e z e m b ro d e 1870). ( P r im e ir o s
a ta q u es do a m ig o d e T ob ia s B a r r e to c o n tr a o ro m a n tism o
d e C a stro A l v e s ; d ecla ra -o m e r o im ita d o r d e V íto r H u g o ).
6) J o a q u im N abuco: C a stro A lv e s . R io d e J a n eiro. T ip o g r. A
R e fo r m a . 1873. 30 pp.
7) C ar los F F e itu r a s e f e iç õ e s . C a m p in a s. T ip . L iv r o
e r r e ir a :
A zu l. 1905. C a stro A lves, pp. 218-223. (E s c r ito e m 1876).
8) A n t ô n i o X a v ie r R o d r ig u e s C o r d e ir o : E s b ô ç o b io g rá fic o literár
r io d e C a stro A lv es. ( I n : N ô v o A lm a n a q u e d e L e m b r a n ç a s
L u so -B ra sileir o p a ra o a n o d e 1882. L isb oa . L a lle m a n t
F r è re s. 1881, pp. V I I - X X I I ) .
9) G u i l h e r m e B e l l e g a r d e : S u bsíd ios literá rios. R io de J a n eiro.
F a r o & L in o. 1883, pp. '334-350.
10) F r a n k l i n T á v o r a : P r e fá c io da 7Ç ed içã o d e E sp u m a s flu tu a n ­
tes. R io de J a n eiro. G a rn ier. 1883, pp . I-X I .
11) M ú cio T e i x e i r a : P r e fá c io da ed içã o d e Os E s c r a v o s . R io d e
J a n e iro . S. I. A lves. 1883, pp . V -X L I.
12) A u g u s t o A l v a r e s G u i m a r ã e s : B io g r a fia d e C a stro A lv es. ( I n :
G a zeta L ite rá ria . R io de J a n eiro, 15 de ou tu b ro e 1 de
d e ze m b ro de 1883).
13) V a l e n t i m M a g a l h ã e s : O C a n to r d os escr a v o s. (G a z eta L ite­
rá ria . R io d e J a n eiro, 1/12, 31 d e m a rç o de 1884).
14) T i t o Llvio d e C a s t r o : Q u e stõ es e p rob lem a s. P u b lic a ç ã o p ó s ­
tu m a p r e fa c ia d a p o r S ílv io R o m e r o . S ã o P a u lo . E m p re s a
d e p r o p a g a n d a lite rá ria lu so-b ra sileira . 1913. (C a stro A lves,
pp. 137-156). (E s c r ito em 1884; ju lg a m en to in te lig e n te e
c h e io d e n u a n ça s).
15) L ú cio de M e n d o n ç a : C a stro A lv e s e G o n ça lv es D ias. ( I n : A
S em ana, III/1 2 5 , 21 de m a io de 1887, e III/1 2 7 , 4 d e ju n h o
d e 1887). (In ício da d iscu ssã o : q u em é o m a io r ? A p r e fe ­
r ê n c ia dada a C a stro A lv e s , p o e ta da A b o liçã o , e s tá e m
rela çã o co m a s luta s a b o licio n ista s d a q u eles a n o s ).
16) S íl v io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra brasileira. 1888. (3* edi­
çã o . R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1943. V o l. IV , pp. 243-255).
(E stu d o p o lê m ic o e in ju s to ; C a stro A lv e s seria in fe r io r a
T o b ia s B a r r e to ).
17) J o sé V e r í s s i m o : E stu d o s b ra sileiros. V o l. I. B elém . T a v a re s
C a rdoso. 1889. (C a stro A lv es e o p o e m a d o s e s cra v o s ,
pp. 183-190).
18) C a r l o s M a g a l h ã e s d e A z e r e d o : C o n fe r ê n c ia rea liza d a n a A ca ­
d em ia d e S ão P a u lo e m h o n ra d e A lv a r e s d e A z e v e d o ,
C a stro A lv e s e F a g u n d es V a rela . ( I n : O E sta d o d e São
P a u lo , 23, 24 e 25 d e n o v e m b ro de 1892). (A p a rtir d essa
data, o n ú m ero d os estu d o s s ô b r e C a stro A lv e s e s tá d im i­
n u in d o ; se u s id ea is, A b o liçã o e R ep ú b lica , estã o rea liz a d o s).
19) M ú cio T e i x e i r a : V id a e ob ra d e C a stro A lv es. B a h ia . D iá r ia
d a B a h ia. 1896. 338 pp.

125
20) J osé V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra b rasileira. 2* série. R io
de J a n e iro . G a rn ier. 1901. (C a stro A lves, pp. 147-163).
(J u sta a d m ira çã o, s e m a s u su a is e x p lo s õ e s d e ê n fa s e ).
21) A lfr e do de C a r v a l h o : E stu d o s p ern a m b u ca n o s. R e c ife . C ul­
tu ra A ca d ê m ica . 1907. (C a stro A lv es em P e rn a m b u co ,
pp. 209-242).
22) E u c l id e s da C u n h a : C a stro A lv e s e s e u tem p o . 1907. (2» ed i­
çã o . R io de J a n eiro. G rê m io E u clid e s d a Cunha. 1919. 36 p p .).
23) J osé O i t ic ic a : U m p o e ta da litera tu ra brasileira. ( I n : J o rn a l
d o C o m é rcio , R io d e J a n eiro, 25 de d ezem b ro de 1913).
(U m d os m a is p e n e tr a n te s a r tig o s s ô b r e C a stro A lv e s ).
24) A f r â n io P e i x o t o : P o e ir a da estrad a. 1918. (E d iç ã o J a ck s o n .
1944. P a ix ã o e g ló r ia de C a stro A lves, pp. 197-255). (T ip o
d e elo g io a c a d ê m ic o ).
25) A r t u r M o t a : V u lto s e liv ros. A ca d em ia B ra sileira d e L e tra s.
São P a u lo . M o n te iro L ob a to. 1921. (C a stro A lv es pp . 195-207).
(C o m b ib lio g ra fia m u ito in s u fic ie n te ).
26) J oão R ib e ir o : N o ta s d e u m estu d a n te. São P a u lo. M o n te iro
L o b a to . 1921. (C a stro A lves, pp. 72-79).
27) C o n s t â n c io A lve s: F ig u ra s. R io de J a n eiro. A n u á rio do
B ra sil. 1921. (C a stro A lves, pp. 76-85).
28) A f r â n io P e i x o t o : In tro d u çã o de A n to lo g ia B ra sileira . C a stro
A lv e s . 2* e d iç ã o . P a ris. A illa u d et B ertra n d . 1921,
pp. V I I -X X V .
29) T r istã o de A t a í d e : C a stro A lv es. ( I n : O Jorn al, R io d e J a ­
n eiro, 6 de ju lh o d e 1921).
30) JoÃo R ib eiro: C a stro A lv es. (I n : O Im p a rcia l, 11 de ju lh o de
1921). (S ô b re a ed içã o orga n iza d a p o r A frâ n io P e ix o to ) .
(T r a n s c r ito e m : C rítica . C lá ssicos e r o m â n tic o s b ra sileiros.
R io d e J a n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1952,
pp. 170-175).
31) I saac G oldberg: B ra zilia n L ite r a tu r e . N e w Y o r k . K n o p f.
1922. (C a stro A lves, pp. 129-151).
32) A n d r a d e M u r ic i : O su a v e co n v ív io . R io de J a n eiro. A n u á rio
d o B ra sil. 1922. (C a stro A lves, pp. 298-332).
33) H u m b e r t o C a r n e i r o : A im a g e m , a p a isa g em e o estilo de
C a stro A lv es. (I n : R e v is ta do In stitu to de C iên cia s e L etra s
de P e rn a m b u co, R e c ife , I / l , ja n e iro -m a rço de 1922, pp. 78-85).
34) G e o r g e s l e G e n t i l : C a stro A lv e s e a litera tu ra u n iversa l.
(T r a d u ç ã o de estu do, p u b lica d o n a R e v u e d e l’A m ériq u e
L a tin e, n" 3, m a r ç o de 1922, in : R e v is ta da A ca d e m ia B r a ­
sile ira de L etra s, n” 22, ju n h o d e 1922, pp. 252-263).
35) Á l va ro G u e r r a : C a stro A lv es. São P a u lo. M elh ora m en tos.
1923. 58 pp.
36) X avier M a r q u e s : V id a de C a stro A lv es. 2» ed içã o. R io de
J a n e iro . A n u á rio d o B ra sil. 1924. 264 pp. (B io g r a fia fu n ­
d a m en ta l) .
37) C ân d id o M o ta F i l h o : In tro d u çã o a o estu d o do p e n sa m en to
n acion a l. O R o m a n tism o . R io de J a n eiro. H élios. 1926,
pp. 184-193).
38) P a u l o S il v e ir a : A sa s e patas. R io d e J a n eiro. C osta lla t &
M icco lis. 1926. (O g ê n io d a m in h a terra, pp. 64-73).
39) R e n a t o A l m e i d a : R e v is ã o d e v a lôres. C a stro A lv es. ( I n : M o ­
v im e n to B ra sileiro, 1/4, a b ril d e 1929).

m
40) A f r ã n io P e i x o t o : C a stro A lv e s . E n sa io b ib lio g rá fico . R io d e
J a n e iro . O fic in a In d u stria l. 1931. I l l pp. ( B a s e d o s tr a ­
b a lh o s p o s te r io r e s d o a u to r ).
41) A g b ip in o G rieco : V iv o s e m o r to s. 1931. (2» ed içã o. R io de J a ­
n eiro. J o sé O lím p io. 1947. C a stro A lves, pp . 7-14). (.Im ensa
a d m ira çã o ).
42) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu ç ã o da p o e s ia brasileira. 1932. (3 a ed i­
çã o . R io d e J a n eiro. J osé O lím p io. 1947, pp . 47-54).
43) H e ito r M o n i z : V u lto s da litera tu ra b rasileira. R io d e J a n eiro.
M a risa . 1933. (C a stro A lves, pp . 153-160).
44) D . M a r t i n s de O l iv e ir a : A a çã o so cia l e esp iritu a l d e C a stro
A lv es. ( I n : R e v is ta d a A c a d e m ia M a tog rossen se d e L etra s,
ja n e iro -d e z e m b ro d e 1934, pp . 135-148).
45) R o n a l d de C a r v a l h o : P e q u e n a h istó ria da litera tu ra b rasi­
leira. 5S e d iç ã o . R io d e J a n eiro. B rig u iet. 1935, p p . 241-247).
(G ra n d íssim o elo g io , c o m a lg u m a s a lu sões a “ d ecla m a tó rio ”
e " g ô s t o d o p o v o ” ).
46) P edro C a l m o n : V id a e a m ô r e s d e C a stro A lv es. R i o de J a ­
n e iro . A N o ite . 1935. 258 pp.
47) J a im e d e B a r r o s : E s p e lh o d os liv ros. R io de J a n e iro . J osé
O lím p io. 1936. (O p o e ta d os escra v os, pp . 337-342).
48) J o s é M a r ia B e l o : Im a g e n s d e o n te m e d e h o je . R i o de J a ­
n e iro . A rie l. 1936. (C a stro A lv es, pp. 9-14).
49) E d is o n C a r n e i r o : C a stro A lv es. E n sa io d e c o m p reen sã o . R io
d e J a n e iro . J o s é O lím p io. 1937. 138 pp.
50) R e n a t o A l m e i d a : C a stro A lv es. ( I n : B o le tim d o A rie l, V I I /7 ,
a b ril de 1938, pp. 185-186).
51) E dgard C a v a l h e ir o : C a stro A lv es, o m a ior p o e ta d o B ra sil.
( I n : B o le tim d o A riel, v n i /3 , d ez em b ro de 1938, pp . 68-70).
52) A l m i r de A n d r a d e : A s p e c t o s d a cu ltu ra brasileira. R io de
J a n e iro . S ch m id t. 1939. (C a stro A lves, sen tid o a tu a l d a
su a poesia, pp. 136-140).
53) C a r l o s C h i a c c h i o : C a stro A lv e s a o a m eríca n ism o. (In : R e ­
v is ta das A ca d e m ia s de L etra s, V III/2 2 , ju n h o de 1940,
pp. 3-6).
54) M e r c e d e s D a n t a s : O n a cion a lism o de C a stro A lv es. R i o de
J a n e iro . A N oite. 1941. 153 pp.
55) E u n i c e J o in e r G a t e s : T h e F o r e m o s t P o e t o f B ra zil. (I n :
B o o k s A b ro a d , N orm a n , X V /1 , W in te r 1941, pp. 131-132).
56) A m é r i c o P a l h a : C a stro A lv es. R io de J a n eiro. In stitu to B r a ­
s ileiro de C ultura. 1942. 83 pp.
57) A f r â n i o P e i x o t o : C a stro A lv e s , o p o e ta e o p oem a . 2* edição.
S ã o P a u lo . C om p a n h ia E d ito r a N a cion a l. 1942. 334 pp.
(D e s d o b r a m e n to da o b ra citad a co m o ite m lfi; b io g ra fia e
c rítica basead a s, a p esa r d e m u ita elo q ü ên cia , e m d o cu m en ­
ta ç ã o n o v a ).
58) H e ito r F e r r b ir a L i m a : C a stro A lv e s e su a ép o ca . S ã o P a u lo.
A n ch ie ta . 1942. 207 pp . (Im p o r ta n te tra b a lh o, d o p o n to
d e v is ta m a r x is ta ; C a stro A lv e s co m o p o e ta da r ev o lu çã o
b u r g u e s a ).
59) D a n t e M i l a n o : C a stro A lv es. ( I n : A M an hã, S u p lem en to
A u to re s e L iv ros, 13 d e s etem b ro de 1942).

127
60) M ärio d e A n d r a d e : A s p e c t o s d a litera tu ra brasileira. R io d e
J a n e iro . A m e ric-E d it. 1943. (C a stro A lves, pp . 145-164).
( I m p o r ta n te d ep o im en to d o m o d ern is ta s ô b r e o v a lo r rela ­
tiv o d a p o e s ia r e t ó r ic a ).
61) M . N o g u e ir a d a S i l v a : G o n ç a lv es D ia s e G astro A lv es. R i o de
J a n e iro . A N o ite . 1943. 164 pp . ( P r ó su p eriorid a d e d e G o n ­
ç a lv e s D ia s ).
82) F r a n c is c o M alta C a r do so: C a stro A lv es. São P a u lo . R e v is t a
d o s T rib u n a is. 1945. 79 pp.
63) M anuel B a n d e i r a : A p r e s e n ta ç ã o da p o e s ia b rasileira. R io de
J a n e iro . C a sa d o E stu d a n te d o B ra sil. 1946, pp . 88-92.
(D is tin g u e a p o e s ia e r ó tic a , d e v a lo r in d u b itá v el, d e C a stro
A lv e s e a e lo q ü ê n c ia da su a p o e s ia so cia l).
64) A G r ie c o : P r e fá c io da 3 0 " ed içã o d e E sp u m a s flu tu a n ­
g r ip in o
te s . R io d e J a n e iro . In stitu to N a cio n a l do L iv ro . 1947,
pp . I X -X X I .
65) H omero P i r e s : I m a g e m d e C a stro A lv e s . P r e fá c io d a e d içã o
d e P o e s ia s escolh id a s. R io de J a n eiro. Im p re n sa N a cio n a l.
1947, p p . r x - x x v .
66) H. F e r r e ir a L o p e s R o d r ig u e s : C a stro A lv e s . R io d e J a n eiro.
P o n g e tti. 1947. 3 v o ls . 1311 pp . (A m a is m in u cio sa b iog ra ­
f ia q u e j á s e d ed ico u a u m e s c r ito r b ra s ileiro ).
67) P e d ro C a l m o n : H istó ria d e C a stro A lv e s . R io de J a n eiro.
J o s é O lím p io. 1947. 295 pp. (2» e d iç ã o . R i o d e J a n eiro.
J o s é O lím p io. 1956. 352 p p .). ( R em o d ela çã o e r e d o cu m en -
ta çã o d e tra b a lh o s a n te r io r e s ).
68) F ernando S e g i s m u n d o : C a stro A lv e s ex p lica d o a o p o v o . R io
de J a n e iro . L etícia . 1947. 60 pp. (P o n to d e v is ta so cia lista ).
69) E d is o n C a r n e i r o : T ra je tó r ia d e C a stro A lv es. R io d e J a n eiro.
V itó ria . 1947. 158 pp. ( R e in te r p r e ta ç ã o m o d ern a da p o e sia
e a n álise m a rx ista da p o s içã o h istó rica d o p o e ta ). ( V e ja 92 ).
70) R oger B a s t id e : P o e ta s do B ra sil. C u ritib a . G u a íra. 1947,
pp. 7-38.
71) A r q u im im o O r n e l a s : V id a sen tim en ta l d e C a stro A lv e s . B a h ia.
P ro g re s so . 1947. 102 pp. (C apa co lo rid a ).
72) A l e x a n d r e P a s s o s : C a stro A lv e s , a ra u to da d e m o cra cia e da
rep ú b lica . R io de J a n eiro. P o n g e tti. 1947. 35 pp.
73) A l o ís io A l e x a n d r e : O p a tro n o da ca d eira n ” 7 da A ca d em ia
B ra sileira d e L etra s. B elém . s. e. 1947. 189 pp.
74) H ig in o C o st a B r it o : C a stro A lv es, p o e ta h u m an o e atual. ( I n :
R e v is ta d a A ca d e m ia P a ra ib a n a de L etra s, 1/2, 1947,
pp. 169-179).
75) C l e m e n t i n o F r a g a : V o c a ç ã o lib era l d e C a stro A lv es. ( I n : R e ­
v is ta d a A ca d e m ia B ra sileira d e L etra s, X X I I I , ja n e iro -
-ju lh o de 1947, pp. 78-89).
76) R oger B a s t id e : C a stro A lv e s e o ro m a n tis m o socia l. ( I n : A
M anhã, R io de J a n eiro, 9 de m a rç o d e 1947).
77) O t t o M a r ia C a r p e a u x : A p ro x im a n d o -se d e C a stro A lv es. (I n :
O J orn al, R io d e J a n eiro, 9 de m a r ç o d e 1947).
78) D e l m ir o G o n ç a l v e s : O tea tr o d e C a stro A lv es. (In : P ara­
lelos, São P a u lo, n 9 11, ju n h o de 1947, pp. 55-58).

128
79) Sam uel P u t n a m : M a rv elo u s J o u rn ey , a S u rv ey o f F o u r C en ­
tu r ie s o f B ra zilia n L iter a tu re. N e w Y o r k . K n o p f. 1948,
pp . 123-135.
80) J o e l P o n t e s : C a stro A lv es. V a ria çõ es e m t ô m o da p o e sia
so cia l d’ O s E s c r a v o s . R e c ife . D ir e to r ia d e D o cu m e n ta çã o
e C u ltu ra d a P r e fe itu r a M u n icip a l. 1948. 20 pp.
81) A l t a m i r a n o N u n e s P e r e ir a : V o z e s d’ A fr ic a , d e A n tô n io d e
C a stro A lv e s , em a p recia çã o critic,a- R io de J a n eiro. Im ­
p re n s a N a cio n a l. 1949. 159 pp.
82) W a l d e m a r M a t o s : A B a h ia d e C a stro A lv es. S ã o P a u lo. Ipê.
1949. 174 pp.
83) T u l o H o st íl io M o n t e n e g r o : T u b er cu lo se e litera tu ra . R io d e
J a n e iro , s. e. 1949, pp. 46-52.
84) L ou r iv a l R ibeiro d a S i l v a : A d o en ça d e C a stro A lv es. R io d e
J a n e iro . S u la m érica . 1949. 132 pp.
85) V ít o r B u e s c u : A n a lo g ia s te m á tic a s n o s ro m â n tic o s b ra sileiros
e ro m en o s. ( I n : B ra sília , C oim b ra , IV , 1949, pp. 85-118).
86) C a r l o s P e n t e a d o de R e z e n d e : C a stro A lv es. (I n : In v e s tig a ­
ções, São P a u lo, III/1 3 5 , n o v e m b ro de 1951, pp. 35-61).
87) P rado R ib e ir o : T ríp tico d e C a stro A lv e s . A m o r , L irism o , L i­
b erd ad e. R io de J a n eiro. J o rn a l do C om ércio. 1952. 123 pp.
88) M a n u e l B a n d e i r a : D e p o e ta s e d e p o esia . R io d e J a n eiro.
M in isté rio d a E d u c a ç ã o . 1954. (U m p o e m a de C a stro A lves,
pp. 77-85).
89) H a n s-J uergen H orch: D e r b ra silia n isch e D ic h te r C a stro
A lv e s . H a m b u rg . U n iversita et. 1954. (T e s e ).
90) F a u s t o C u n h a : C a stro A lv es. ( I n : A L ite r a tu r a n o B ra sil,
edit, p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. I, t. 2. R io de J a n eiro.
E d ito ria l Sul A m e rica n a . 1956, pp. 795-826).
91) J o su é M o n t e l l o : E s ta m p a s literá ria s. R io de J a n eiro. O rg a ­
n iza çã o S im ões. 1956. (U m a fo n te de C a stro A lv es, pp. 62-67).
92) E d is o n C a r n e i r o : C a stro A lv es. U m a in te r p r e ta ç ã o p olítica .
S ã o P a u lo . A n d es. 1958. 200 pp. (N o v a v e rs ã o do item 69).
93) G o n d i n d a F o n s e c a : S en h o r D e u s d os D esg r a ça d o s. 2» ed içã o.
São P a u lo . F u lg o r. 1958. (C a stro A lves, p o e ta d o p ov o,
in te rp re ta çã o d ia lética , pp. 233-252).
94) H a n s -J uergen H orch: C a stro A lv e s , S k lo v en d ich tu n g und
A b o litio n . H a m b u rg . R o m a n is tis ch e Studien. V o l. 26. 1958.
384 pp.
95) M . C a v a l c a n t i P r o e n ç a : A u g u sto d os A n jo s e o u tro s en saios.
Rio de Janeiro. José Olímpio. 1S59. (O cantador Castro
Alves, pp. 3-36).
96) A n t ô n i o C â n d id o : F o r m a ç ã o da litera tu ra b rasileira. São
P a u lo . M artins. 1959. V ol. II, pp. 267-283.
97) F re de rico P e s s o a de B a p . r o s : P o e s ia e v id a d e C a stro A lv es.
S ão P a u lo . E d ito ra das A m érica s. 1962. 320 pp.

Narcisa Amália
N a r c is a A
m á l i a d e O l iv e ir a C a m p o s . Nasceu em São João da
Barra (na então Província do Bio de Janeiro), em 3 de
abril de 1852. Morreu no Rio de Janeiro, em 24 de junho
de 1924.

129
OBRA

Nebulosas (Rio de Janeiro. Garnier. 1872).

Como mulher que se emancipou, Narcisa Amália devia falar


no estilo do romantismo individualista; mas é inconfundível a
inspiração social de sua poesia. Narcisa Amália, esquecida, foi
redescoberla por Antônio Simões dos Reis.

Bibliografia
1) L u c ia n o C o r d e ir o : E s tr o s e p a lcos. L isb oa . T ip . U n iversal.
1874. (U m a p o etisa b ra sileira , N a rcis a A m á lia , pp. 53-71).
2) S íl v io R o m e r o : E stu d o s d e litera tu ra con tem p o râ n ea . R i o d e
J a n e iro . L a em m ert. 1885. ( A a le g ria e a tristeza n a lite>-
ra tu ra , pp . 121-128).
3) F r a n c is c o P r is c o : N a r cis a A m ália. (I n : M u n d o L iterá rio, R io
de J a n eiro, I I /9 , 5 de ja n e iro de 1923, pp. 332-338).
4) A n t ô n io S i m õ e s d o s R e i s : N a r cis a A m ália. R io de J a n eiro.
O rg a n iza çã o S im ões. 1949. 192 pp. (M o n o g ra fia co m p leta ,
c o m b ib lio g ra fia e a n to lo g ia ).

Luís Delfino
Luís D e l f i n o d o s S a n t o s . Nasceu em Desterro (hoje Florianó­
polis, Santa Catarina), em 25 de setembro de 1834. Morreu
no Rio de Janeiro, em 31 de janeiro de 1910.

e d iç õ e s

Algas e musgos (Rio de Janeiro. Pimenta de Melo. 1927) ;


Poesias líricas (São Paulo. Companhia Editora Nacional.
1934); Intimas e Aspásias (Rio de Janeiro. Pongetti.
1935); Angústia do infinito (Rio de Janeiro. Pongetti.
1936); Atlante esmagado (Rio de Janeiro. Pongetti.
1936); Rosas negras (Rio de Janeiro. Pongetti. 1938);
Arcos de Triunfo (Rio de Janeiro. Pongetti. 1939);
Esbôço da epopéia americana (Rio de Janeiro. Pongetti.
1940); Imortalidades (Rio de Janeiro. Pongetti. 1941);
Posse absoluta (Rio de Janeiro. Guarani. 1941).

Luís Delfino ê, a muitos respeitos, um poeta singular. Sobre­


vivendo a todos os românticos de sua geração, percorreu depois do
romantismo as fases parnasiana e simbolista, nunca renegando,
porém, a exuberância condoreira de sua inspiração. As dificuldades
<iue êsse feitio do poeta criou aos críticos aumentaram pelo fato
dc que publicou cm vida, só poesias dispersas; todos os seus volumes
de versos são de edição póstuma. Daí se explicam as grandes

130
diferenças entre os juízos sôbre o poeta: verdadeiro endeusamento,
ao lado de graves restrições e até menosprezo.

Bibliografia
1) S ílvio R o m e r o : E stu d o s d e litera tu ra co n tem p o râ n ea . R io d e
J a n e iro . L a em m ert. 1885. (S ô b re M a ch a d o d e A s s is e L u ís
D elfinO ; pp. 221-242).
2) L u ís M u r a t : L uís D e lfin o e a p o e sia n acion a l. (I n : A Se­
m an a, 1/9, 9 de m a io d e 1885; 1/20, 16 d e m a io de 1885;
1/22, 30 de m a io d e 1885; 1/24, 13 d e ju n h o de 1885; 1/25,
20 de ju n h o de 1885). ( C o m ê ç o da g ra n d e g ló ria ).
3) S íl v io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra brasileira. 1 888. ( 3 a e d i ­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1943. V o l. IV , pp. 2 9 6 -3 0 7 ).
( A d m itin d o qua lid ades, n eg a a L u ís D e lfin o o títu lo de
g ra n d e p o e t a ; su a fa s e p a rn a sia n a s e r ia m e lh o r q u e a
ro m â n tica . M a is ta rd e, o ju lg a m en to d e Sílvio R o m e r o
to rn o u -se fa v o r á v e l).
4) G il b e r t o A A ch a v e d e Salom ão. 1914. (2® ed içã o. R io
m ado:
de J a n e iro . J osé O lím pio. 1947. L u ís D e lfin o , pp. 49-58).
5) O s ó r i o D u q u e E s t r a d a : L uís D elfin o . C o n fer ên cia . R io d e
J a n e iro . T ip o g r. d o J o rn a l do C o m é rcio . 1915. 27 pp.
6) J o sé V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra brasileira. R io d e J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lv es. 1916, pp. 364-366. ( D elfin o só teria
sid o a r tis ta do v e r s o ).
7) N e s t o r V í t o r : A c r itic a d e on tem . R io de J a n eiro. L eite
R ib e ir o & M a u rílio. 1919. (L u ís D e lfin o , pp. 63-65).
8) João R i b e i r o : L uís D elfin o . ( I n : J o rn a l d o B rasil, 19 de
m a r ç o de 1928). (T r a n s c r ito in : C rítica. C lá ssicos e rom â n ­
tic o s b ra sileiros. R io de J a n eiro. A ca d e m ia B ra sileira de
L e tra s. 1952, pp. 199-201).
9) A G r ie c o : E v o lu ç ã o da p o e s ia brasileira. 1932. (3® e d i­
g r ip in o
çã o . R io de J a n eiro. J o s é O lím pio. 1947, pp. 37-43). ( G ran de
a rtista , s e m p ro fu n d id a d e).
10) H e ito r M o n iz : V u lto s da litera tu ra b rasileira. R io de Ja­
n eiro. M arisa. 1933. (L u ís D e lfin o , pp . 161-171).
11) R onald de C a r v a l h o : P e q u e n a h istória da litera tu ra brasi­
leira. 5® edição. R i o de J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 309-310.
( G ran d e e lo g io ).
12) T r is t ã o de A t a í d e : P o e s ia b rasileira con tem p o râ n ea . B e lo
H o rizo n te . P a u lo B lu h m . 1941, pp. 77, 79-80). (F o k g r a v e s
r e s t r iç õ e s ) .
13) M anuel B a n d e i r a : A p r e s e n ta ç ã o da p o e sia b rasileira. R io de
J a n e iro . C a sa d o E stu d a n te d o B ra sil. 1946, pp. 95-96).
(E lo g ia o ro m a n tism o sin gu la r do p o e ta ).
14) E u g ê n io Go m es: P r a ta d e Casa. R io de J a n eiro. A N oite.
1952, pp. 55-59.
15) N ereu C o r r e ia : T em a s d e n osso tem p o . R io de J a n eiro. A
N o ite . 1953. (A fis io n o m ia lite rá ria d e L u ís D e lfin o ,
pp. 25-56).

131
Nabuco
J o a q u im A u r é l io B arreto N abuco de A r a ú jo . Nasceu no Recife,
em 19 de agosto de 1849. Morreu em Washington, em 17
de janeiro de 1910.

obras p r in c ip a is (* )

Um Estadista do Império (Rio de Janeiro. Garnier. 1899);


Minha formação (Rio de Janeiro. Garnier. 1900; Nova
edição, São Paulo. Companhia Editora Nacional. 1934) ;
Escritos e discursos literários (Rio de Janeiro. Garnier.
1901), Pensées détachées et souvenirs (Paris. Hachette.
1906).

EDIÇÃO

Obras completas, edit. por Celso Cunha. São Paulo. Ipê.


1947-1949. 14 vols. (vol. I : Minha formação; vol. I I :
Bálmaceda e A intervenção estrangeira; vols. I I I -V I :
Um Estadista do Império; vol. Y I I : O Abolicionismo;
vol. V I I I : O Direito do Brasil; vol. I X : Escritos lite­
rários; vol. X : Pensamentos soltos, etc. vol. X I : Discursos
políticos; vol. X I I : Campanhas de Imprensa; vols. X II I-
X I V : Cartas a amigos).

Aristocrata e campeão de uma política generosamente liberal,


altamente culto e cristão tolerante, escritor dotado de tôdas as
qualidades humanas e literárias, Nabuco sempre foi e continua um
ídolo do Brasil. Só pouquíssimos fizeram uma ou outra restrição
ao seu europeísm.o-estetismo-dandismo.

B ib lio g r a fia

1) S il v io R o m e r o : E n sa io s d e c r ític a p a rla m en ta r. R i o de Ja ­
n e iro. M oreira , M a x im in o & Cia. 1883. (J oa q u im N a b u co,
p p . 31-42; J o a q u im N a b u co e a em a n cip a çã o d os escra vos,
pp . 157-173).
2) M a r t ín G a r c ía M erou: E l B ra sil in te lectu a l. B u en os A ires.
F e lix L a jo u a n e . 1900, pp. 259-324.
3) J o sé V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra b rasileira. 1* série.
R io de J a n eiro. G a rn ier. 1901. ( A re v o lu ç ã o ch ilen a,
pp. 1-26; U m h isto ria d o r p o lítico , pp. 133-166).
4) J o sé V e r í s s i m o : E s tu d o s d e litera tu ra brasileira. 3® série. R io
d e J a n e iro. G a rn ier. 1903. (J o a q u im N a b u co, M in h a f o r ­
m a çã o , pp . 162-182).

(• ) V . O s w a l d o M e l o B r a g a : B i b lio g r a fia d e J o a q u im N a b u c o . R io de
Janeiro. In stitu to N a cio n a l do L ivro. 1952, 260 pp.

132
5) J o sé V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra b rasileira. 4* série.
2» e d içã o. R io d e J a n eiro. G a rn ier. 1910. (P á g in a s sôltas,
de J o a q u im N a b u co , pp. 201-213).
6) D o m íc io da G a m a : J oa q u im N a b u co . ( I n : R e v is t a A m erica n a ,
I I /3 , m a r ç o de 1910, pp . 321-332).
7) J u a n B a u t is t a de L a v a l l e : J oa q u im N a b u co , o r a d o r y p u b li­
cista . (In : R e v is ta A m e r ic a n a I I /3 , m a r ç o d e 1910,
pp . 460-466).
8) J o sé V e r í s s i m o : A o b ra literá ria d e J oa q u im N a b u co . (In :
J o rn a l d o C om ércio, R io d e J a n eiro, 7 d e a b ril de 1910).
9) D a n t a s B a r r e t o : E lo g io d e J oa q u im N a b u co. ( I n : D is c u r s o s
A c a d ê m ic o s , vol. II. R io d e J a n eiro. C iv iliza çã o B ra sileira .
1935, pp. 197-208). ( E s c r ito e m 1911).
10) S e b a s t iã o de V a s c o n c e l o s G a l v ã o : E s b ô ç o b io g rá fic o do E m ­
b a ix a d o r J oa q u im N a b u co d e A ra ú jo . ( I n : R e v is t a d o In s ­
titu to H is tó r ic o e G e o g r á fic o B ra sileiro, L X X T V /2 , 1911,
pp. 9-177).
11) J o s é V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. R io d e Ja­
n eiro. F r a n c is c o A lv es. 1916, pp. 395-398.
12) J o s é da G ra ç a A r a n h a : A m ocid a d e h e r ó ic a d e J oa q u im Wa-
bu co. ( I n : S ocied a d e d e C u ltu ra A rtística , C o n fer ên cia s
1914-1915. São P a u lo. L ev i. 1916, pp . 201-232).
13) J o s é M ar ia B e l o : In te lig ê n c ia do B ra sil. 2» ed içã o. S ã o P a u lo.
C o m p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1935. (N a b u co, pp. 65-142).
( E s c r ito e m 1917, tip o d e “ a p p ro a ch ’> e s t é t i c o ).
14) C o n s t â n c io A lves: F ig u ra s. R io d e J a n eiro. A n u á rio do
B ra sil. 1921. (J o a q u im N a b u co , pp. 104-110).
15) H e n r i q u e C o e l h o : J oa q u im N a b u co. E s b ô ç o b io g rá fic o . São
P a u lo . M o n te iro L o b a to . 1922. 214 pp.
16) T r is t ã o da Cu nh a: C ou sa s do tem p o . R io d e J a n eiro. A n u á rio.
d o B ra sil. 1922. (N a b u co, pp. 65-76).
17) G ra ç a A r a n h a : M a ch a d o d e A s s is e J oa q u im N a b u co. Co­
m e n tá rio s e n o ta s â c o r r e s p o n d ê n c ia e n tr e ê s t e s d ois e s ­
c r ito r e s . São P a u lo. M o n te iro L o b a to . 1923. (2» ed içã o.
R io d e J a n eiro. B rig u iet. 1942. 269 p p .). (.Fina an álise
p s ic o ló g ic a do a r isto cra ta ro m â n tic a m e n te d e m o c r a ta ).
18) C a r o l in a N a b u c o : A v id a d e J oa q u im N a b u co. S ã o P a u lo.
C o m p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1928. (3* ed içã o. R io d e J a ­
n eiro. A m e ric-E d it. 1943. 2 v o ls . 305, 267 p p .). (4* ed içã o.
R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1958. 478 p p .). (B io g r a fia
fu n d a m e n ta l).
19) M e d e ir os e A l b u q u e r q u e : A v id a d e J oa q u im N a b u co . (In :
J o rn a l d o C om ércio, R io de J a n eiro, 14 d e a b ril de 1929).
20) A . P o m p e u : R u i e N a b u co . São P a u l o . R e v is t a d os T rib u n a is.
1930. 154 pp.
21) T r is t ã o d e A t a í d e : E stu d os. 4» série. R io de J a n e iro . C en tro
D . V ita l. 1930, pp. 141-152.
22) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu ç ã o da p r o sa brasileira. 1933. (2* e d i­
çã o. R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 209-216.
23) H u m b e r t o de C a m p o s : C rítica. V o l. I, 3* ed içã o. R io d e J a ­
n e iro. J o sé O lím pio. 1935. ( A v id a de J o a q u im N a b u co,
de C a ro lin a N a b u co , pp. 81-97).

133
9
24) R onald de C a r v a l h o : P e q u e n a h istó ria da litera tu ra brasi­
leira. 5* edigã o. R io d e J a n eiro. B rig u ie t. 1935, pp . 330-332).
25) A f o n s o B a n d e ir a d e M e l o : Joaquim , N a b u co. (I n : M e n s á r io
d o J o rn a l d o C o m é rcio . R io d e J a n eiro, t. V , v o l. 2, 1939,
pp. 357-366).
26) A l o í SIO A l e x a n d r e S o a r e s : P á g in a s literá ria s. B elém . L iv r.
A m a z ô n ia . 1948. (J o a q u im N a b u co , pp. 19-68).
27) G il b e r t o F r e y r e : J oa q u im N a b u co . R io d e J a n eiro. J osé
O lím pio. 1948. 47 pp.
28) C e l s o V ie i r a : J oa q u im N a b u c o , lib erta d o s da r a ç a n eg ra . São
P a u lo . Ip ê . 1949. 309 pp.
29) U b a l d o S o a r e s e d i t . : O s lo u r o s d o B ra sil a J oa q u im N a b u co.
C o le tâ n e a o rg a n iz a d a p o r U b a ld o S oa res. R io d e J a n eiro.
P o n g e tti. 1949. 238 pp.
30) J o s é M a r ia B e l o : J o a q u im N a b u co . R u i B a rb osa . D u a s c o n ­
f e r ê n c ia s . R io d e J a n eiro. M in is té rio d a s R e la ç õ e s E x te ­
riores. 1949. 42 pp .
31) L u iz V i a n a F i l h o : R u i & N a b u c o . R io de J a n eiro. J osé
O lím p io. 1949. (R u i & N a b u co , pp . 17-102).
32) A n í b a l F e r n a n d e s : O p e rn a m b u c a n o J oa q u im N a b u co . ( I n :
R e v is t a d a A c a d e m ia P a r a ib a n a d e L etra s. I I I /5 , 1949,
pp. 121-150).
33) N e w t o n d e F r e it a s : J oa q u im N a b u c o , h o m e m d o litoral. ( I n :
C ultura. R io de J a n eiro, 1/3, m a io -a g ô s to de 1949,
pp. 127-140).
34) F r a n c is c o I g l e s ia s : J oa q u im N a b u co . ( I n : K rite rio n , B elo
H o rizo n te , II/9 -1 0 , ju lh o -d e z e m b ro d e 1949, pp. 427-445).
35) M ú cio L e ío : J oa q u im N a b u co . R io d e J a n eiro. A g ir. 1950. 89 pp.
36) O l ím p io de S o u s a A n d r a d e : N a b u c o e o p a n -a m erica n ism o. S ã o
P a u lo . C o m p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1950. 157 pp.
37) M a u r íc io d b M e d e ir o s : J oa q u im N a b u co. E stu d o p s ico b io g rá -
fic o . ( I n : R e v is ta d a A c a d e m ia F lu m in e n se d e L etra s, II,
m a io d e 1950, pp. 173-184).
38) A l c e u M a r i n h o R ê g o : N a b u co. R io de J a n eiro. J o s é O lím pio.
1951. 144 pp.
39) L u i z V i a n a F i l h o : A v id a d e Joaquim , N a b u co. S ã o P a u lo.
C o m p a n h ia E d ito r a N a cion a l. 1952. 356 pp.
40) O sc a r M e n d e s : N a b u co , M a u ria c e B a u d ela ire. R i o d e J a ­
n eiro. M in istério d a E d u ca çã o . 1955. (N a b u co, pp. 3-43).
41) H e r m e s L i m a : Id éia s e F ig u ra s. R io de J a n eiro. M in istério
d a E d u ca çã o . 1958. (J o a q u im N a b u co, esteta e a ristocra ta ,
p p . 115-120).
42) L u i z V ia n a F i l h o : J oa q u im N a b u co. ( I n : A L ite r a tu r a n o
B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. I l l , t. 1. R io de
Ja n eiro. E d ito ria l Sul A m e rica n a . 1959, pp. 264-275).

134
MOVIMENTOS ANTI-ROMÂNTICOS

1 — REALISMO

Sílvio Romero, nas suas várias tentativas de organizar em


grupos os fenômenos literários no Brasil da segunda metade do
século X I X , usava os termos “ reação” ou “ reação anti-romântica” ,
termos bem convenientes na época, quando se desenrolava contra o
romantismo a luta de que o próprio Sílvio Romero era um dos
protagonistas (José Veríssimo, aliás, falava em “ modernismo” ,
expressão que tem hoje, para nós, outra significação). Passada a
luta, verificando-se que o romantismo não morreu apesar de tudo
— porque constitui um cios fatores constantes da mentalidade
brasileira — , aquelas muitas “ reações” nos dão a impressão de
outras tantas tentativas frustradas. Talvez o têrmo “ movimentos”
designe melhor o fato de tendências literárias que, começando
com ataques contra o romantismo, se tornaram independentes da
existência do inimigo. Mas não importam as palavras. Os fatos
estão aí: são o naturalismo e o parnasianismo.
A. essa altura surge o mais grave problema que tem de en­
frentar quem se ocupa com o passado literário do Brasil: um
escritor contemporâneo do naturalismo e do parnasianismo, que
não pertence a êste nem àquele grupo, é justamente a maior figura
da literatura brasileira: Machado de Assis. Seria preciso admitir
a existência de um “ grupo” de que êle é o único membro. José
Veríssimo fêz mais ou menos isso (enquanto para o antimacha-
diano Sílvio Romero o problema não existia). Mas não é tanto
assim. Machado foi, na mocidade e na primeira fase de sua
carreira literária, romântico, superando depois essa tendência. É
o “ anti-romântico” mais decidido da literatura brasileira. É
realista: embora não no sentido que muitas vêzes se dá ao realismo
litèrário do século X I X , como precursor do naturalismo, mas antes
no sentido em, que DostoievsJci falou de “ realismo psicológico” .
Realistas há, porém, mais outros, embora muito diferentes
Realista é Manuel Antônio de Almeida, estranha figura de pre­

135
cursor em pleno romantismo, relacionado aliás com os inícios da
carreira literária de Machado de Assis. Realista, mas antes naquele
sentido usual, é o Visconde de Taunay, romancista idealista que
nas suas descrições da natureza já não é, porém, romântico; depois,
Franklin Távora, embora sem capacidade suficiente para realizar
suas idéias de um regionalismo integral, já é o precursor do natu­
ralismo dos nortistas. Nem o estilo de Taunay nem o de Távora
têm os menores pontos de contato com a arte de Machado de Assis.
Mas “ realistas” , num sentido artificialmente lato da palavra, são
todos êles.
Realistas também são Tavares Bastos, que descobriu atrás das
ficções jurídicas a realidade política do Brasil, e Capistrano de
Abreu, o maior realista da historiografia brasileira. Enfim, José
Veríssimo é o crítico literário da época. Eis algo como um “ grupo” .
A ordem em que seus componentes aparecem neste capítulo ê a
dos inícios da carreira literária (no caso de Machado de Assis:
conforme o comêço de sua segunda fase, não-romântioa): não difere
muito, aliás, da ordem cronológica dos nascimentos.

Manuel Antônio de Almeida


Nasceu no Rio de Janeiro, em 17 de novembro de 1831. Morreu,
em naufrágio, no canal perto de Macaé, em 28 de novembro
de 1861.

OBEA

Memórias de um sargento de milícias (Rio de Janeiro. Tipogr.


Brasiliense. 1854-1855; 2.a edição, Pelotas. Joaquim F.
Nunes. 1862; 3.a ed., edit. por Quintino Bocayuva. Rio
de Janeiro. Tipogr. do Diário do Rio de Janeiro. 1863;
4.a ed., que se diz 2.a, Rio de Janeiro. Dias da Silva
Júnior. 1876).

EDIÇÕES

1) 6.a edição. Rio de Janeiro. Garnier. 1900.


2) 7.a edição. São Paulo. Monteiro Lobato. 1925.
3) 9.a edição. São Paulo. Cultura Brasileira. 1937.
4) 10.a edição. São Paulo. Martins 1941. ( l l . a ed., id. 1943).
5) 12.a edição. Lisboa. Ultramar. 1944.

O número relativamente grande de edições contemporâneas


do romance de Manuel Antônio de Almeida diz do seu sucesso.
Mas foi sucesso entre os leitores e não entre os literatos. O
precursor, que Manuel Antônio é por excelência, não cabia nos

136
" grupos” , “ escolas” e “ reações” . Depois, o gôsto âo público
mudou: e Manuel Antônio foi quase esquecido, senão menospre­
zado. Bedescobriram-no os modernistas. Desde então sua fama
(e já se pode dizer: glória) de precursor do romance urbano no
Brasil não cessou de crescer. Também se nota seu aspecto de
escritor especificamente carioca.

B ib lio g T a fia
1) A ugusto E m íl io Z a l u a r : M a n u el A n tô n io d e A lm eid a . (In :
D iá r io d o R io d e J a n eiro, 5 e 7 de fe v e r e ir o de 1862). (O s
p r im e ir o s e s c r ito s s ô b r e M a n u el A n tô n io s ã o d e p o im en to s
d e a m ig o s, s e u s c o m p a n h e iro s d e tra b a lh o n a im p r en sa do
M io d e J a n e iro ).
2 ) A u g u s t o E m í l i o Z a l u a r : M a n u el A n tô n io d e A lm eid a , a p o n ta ­
m e n to s b io g r á fic o s e crítico s. ( I n : O G u a ra n y. R io de J a ­
n eiro, 14, 21 e 28 d e m a io de 1871).
3) M a n o e l A n t ô n i o M a j o r : M a n u el A n tô n io d e A lm eid a . (In :
R e v is ta M en sa l d a S ocied a d e E n sa io s L iterá rios, t. IV , 1872,
pp. 683-688).
4) F r a n c i s c o J o a q u im B e t e n c o u r t da S il v a : In tro d u çã o literária.
M a n u el A n tô n io d’ A lm eid a. P r e fá c io da 4* ed içã o, q u e se
diz 2», d a s M em ó ria s d e u m sa r g e n to d e m ilícias. R io de
Ja n eiro. D ia s d a S ilva J ú n ior. 1876, pp. I -X L V I I I . (R e p r o ­
d u zid o in : D isp ersa s e b o sq u e jo s a r tís tic o s , edit. p o r M ü cio
T e ix e ira . R io de J a n eiro. P a p e la ria R ib e ir o . 1901,
pp . 231-285). ( U m ro m â n tic o dá s eu d ep o im en to s ô b r e o
c o n te m p o r â n e o ).
5) J o sé V e r í s s i m o : E s tu d o s b ra sileiros. V o l. II . R io d e J a n eiro.
L a e m m e rt. 1894. (U m v e lh o r o m a n c e b ra sile iro , pp. 107-124.)
( A p r im eir a o p in iã o ju s ta d ep o is d e lo n g o e s q u e c im e n to ;
o p õ e o rea lism o d e M a n u el A n tô n io à f ic ç ã o r o m â n tic a d e
A le n c a r ).
6) S íl v io R o m e r o e JoXo R ib e ir o : C om p ên d io d e h istória da lite ­
ra tu ra b ra sileira . 2* ed içã o. R io de J a n eiro. F r a n c is c o
A lve s. 1909, pp . 294-299.
7 ) J o sé V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra b ra sileira . R io de Ja ­
n eiro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp . 288-285.
8) J o sé V ie i r a : M a n u el A n tô n io d e A lm eid a . ( I n : O M u n d o L i­
te rá rio . R io d e J a n eiro, IV /3 4 , 5 d e fe v e r e ir o de 1925,
pp . 26-34).
9) L u ís F e l ip e V ie ir a S o u t o : D o is ro m â n tic o s b ra sileiros. R io d e
J a n e iro . Im p re n sa N a cio n a l. 1931, pp. 95-1181.
10) J o s é V ie i r a : A s M em ó ria s d e u m s a r g e n to d e m ilícias. ( I n :
J o rn a l do C o m é rcio . R io d e J a n eiro, 17 d e n o v e m b ro
de 1931).
11) JoXo R ib e ir o : C rítica . C lá ssicos e ro m â n tic o s b ra sileiros. R io
d e J a n e iro. A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1952. (U m
r o m a n cis ta esq u ecid o, pp. 185-186). (E s c r ito e m 1931).
12) X av ie r M a r q u e s : L e tr a s a ca d êm ica s. R io d e J a n e iro . R e n a s ­
ce n ça . 1933. (O tra d icio n a lis m o d e M a n u el A n tô n io d e A l­
m eida , pp. 7-23).

137
13) H e ito r M o n i z : V u lto s da litera tu ra b rasileira. R io de J a ­
n e iro . M a risa . 1933. (M a n u el A n tô n io de A lm eid a , pp. 63-71).
14) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p r o sa brasileira. 1933. (2* edição.
R i o de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 36-38). ( E lo g io do
r o m a n c e a u tê n tic a m e n te p o p u la r).
15) L u ls F e l ip e V ie ir a S o u t o : M a n u el A n tô n io d e A lm eid a. ( I n :
R e v is t a d o In stitu to H is tó rico e G e o g r á fic o B ra sileiro,
C L X IV , 1933, pp. 556-570).
16) R C a r v a l h o : P e q u e n a h istória da litera tu ra brasileira.
o n a l d de
5* e d içã o . R io de J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 257-258.
( E lo g io do balzaquian o a lg o im p e r fe ito ).
17) H ar old o P a r a n h o s : A seg u n d a g e r a ç ã o r o m â n tic a e a s M e­
m ó ria s d e u m sa rg en to d e m ilicias. P r e fá c io d a 9* ed içã o
(q u e se d iz 7’ ). São P a u lo. C u ltu ra B ra sileira . 1937, pp. I-X I I .
18) O l íy io M ontenegro: O ro m a n c e b rasileiro. R io de J a n eiro.
J osé O lím p io. 1938, pp. 48-53.
19) M ärio de A n d r a d e : M em ó ria s d e u m s a r g e n to d e m ilicias.
P r e fá c io d a 10!> ed içã o. 1941. (T r a n s c r ito in : A s p e cto s d a
L ite ra tu ra B ra sileira . R io de J a n eiro. A m e ric-E d it. 1943,
pp. 165-184). (P e n e tr a n te e s tu d o ; con sa g r a çã o d efin itiv a do
p r e c u r s o r p e lo c h e fe d o m o v im en to m o d ern is ta ).
20) M arqu es R e b e l o : V id a e o b ra d e M a n u el A n tô n io d e A lm eid a.
R io de J a n eiro. In stitu to N a cio n a l d o L iv ro . 1943. 132 pp.
(M o n o g ra fia , e s c r ita p o r esp irito c o n g e n ia l; corn b ib lio­
g ra fia ) .
21) A st r o jil d o P e r e ir a : In te r p r e ta ç õ e s . R io d e J a n eiro. C a sa d o
E stu d a n te do B ra sil. 1944. (R o m a n c is ta s da cid ad e,
pp. 49-113).
22) J o s é O sório de O l iv e ir a : O a u to r d ê s te livro. P r e fá c io d a 12»
e d iç ã o das M em ória s. L isb oa . U ltra m a r. 1944, pp. V -X I.
23) P aulo R ó n a i : P r e fá c io d a tr a d u ç ã o fr a n c e s a das M em ória s.
R io d e J a n eiro. A tlâ n tica . 1944, pp. 5-12.
24) P h o c io n S e r p a : M a n u el A n tô n io d e A lm eid a . ( I n : R e v is ta
Ib e ro a m e rica n a , I X , 18, m a y o de 1945, pp. 325-356).
25) F A y a l a : Un clá ssico d e la litera tu ra brasilen a .
r a n c is c o (In :
L a N a ció n , B u en os A ires, 14 de ju lio de 1946),
26) E d u a rd o F r i e r o : D o L a za rilh o de T o rm es a o filh o do L e o ­
n ard o P a ta ca . (I n : K rite rio n , B elo H orizon te, 27/28, ja -
n e iro -ju n h o de 1954, pp. 65-82).
27) E u g ê n io G o m e s : M a n u el A n tô n io d e A lm eid a e o rom a n tism o.
( I n : C o rre io d a M an hã, R io de J a n eiro, 13 de fe v e re iro
d e 1954).
28) J osu é M o n t e l l o : Um p r e c u r s o r : M a n u el A n tô n io d e A lm eid a.
(I n : A L ite r a tu r a n o B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o.
V ol. II. R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a . 1955,
pp. 37-45).
29) E u g ê n io G o m es: A s p e c to s do ro m a n c e b rasileiro. B a h ia., P r o ­
gresso. 1958. (M a n u el A n tô n io de A lm eida , pp. 53-76).
30) A n t ô n io C â n d id o : F o r m a ç ã o da litera tu ra b rasileira. São
P a u lo. M artins. 1959. V o l. II, pp. 215-219.

138
Tavares Bastos
A ukeltano Cândido T avares B astos. Nasceu na Cidade de
Alagoas, em 20 de abril de 1839. Morreu em Nice, em 3 de
dezembro de 1875.

OBRAS

Cartas do solitário (Rio de Janeiro. Tipogr. do Correio Mer­


cantil. 1862); O vale do Amazonas (Rio de Janeiro.
Garnier. 1866); A Província (Rio de Janeiro. Garnier.
1870).

EDIÇÕES

1) O vale do Amazonas. São Paulo. Companhia Editora


Nacional. 1937.
2) A Província. São Paulo. Companhia Editora Nacional.
1937.
3) Cartas do solitário. São Paulo. Companhia Editora Na­
cional. 1938.

Atrás das ficções jurídico-constitucionais do regime imperial


descobriu Tavares Bastos as realidades da política brasileira.
Tido, por isso, apenas como oposicionista liberal, foi meio esquecido
quando a República tinha realizado suas idéias federalistas. Só
muito mais tarde, quando o regime republicano também se revelou
como constituído à base de ficções, redescobriram a lição realista
de Tavares Bastos.

B ib lio g r a fia
1) C a s s ia n o T a v a r e s B a s t o s : T a v a res B a s to s, o S olitário. (I n :
J o rn a l do C om ércio, R io de J a n eiro, 3 de d ezem b ro, de 1925).
2) C a r lo s d a V e ig a L im a : C u ltu ra p o lítica n a o b ra d e T a v a res
B a sto s. (I n : J o rn a l d o C om ércio, R io d e J a n eiro, 24 de
ju n h o de 1934).
3) V ic e n t e L ic í n io C a r d o s o : P e n s a m e n to s a m erica n o s. R io de
J a n e iro . E s ta b e le cim e n to G rá fico . 1937. (T a v a re s B a stos
e A lb e rto T orres, pp. 215-222).
4) C arlos P on tes: T a v a res B a sto s. S ã o P a u lo. C om p a n h ia E d i­
to r a N a cio n a l. 1939. 360 pp. (M o n o g r a fia d e fin itiv a ; co m
b ib lio g r a fia ).
5) P o v in aC a v a l c a n t e : T a v a res B a s to s. ( I n : R e v is t a d a s A c a ­
d em ia s d e L etra s, IV /1 2 , ju lh o d e 1939, pp. 322-335).
6) W anderley de P in h o : T a v a res B a s to s. ( I n : R e v is t a d o In sti­
tu to H is tó rico e G e o g r á fic o B ra sileiro, C L X X I V , 1939,
pp. 717-741).

139
7) P eado R ib e ir o : T a v a res B a s to s. ( I n : R e v is ta das A ca d e m ia s
d e L etra s, X /6 1 , 1946, pp. 65-71).
8) O c tá vio B r a n d So : O s in te lectu a is p ro g ressista s. R io de Ja­
n e iro. O rg a n iza çã o Sim ões. 1956. (T a v a re s B aatos, pp. 7-12).

Capistrano de Abreu
d e A b e e u . Nasceu em Maranguape (Ceará), em
J oão C a p is t r a n o
23 de outubro de 1853. Morreu no Rio de Janeiro, em 13
de agosto de 1927.

OBRAS p r in c ip a is

O descobrimento do Brasil e seu desenvolvimento no século


X V I (Rio de Janeiro. Leuzinger. 1 8 8 3 ); Frei Vicente
do Salvador (1 88 7 ); Capítulos da história colonial (Rio
de Janeiro, Orosco & Cia. 1907; 3.a edição, Rio de Janeiro.
Sociedade Capistrano de Abreu. 1934); Ensaios e estudos
(4 vols. Rio de Janeiro. Sociedade Capistrano de Abreu.
1931-1933).
Sôbre os numerosos outros trabalhos, veja-se: J. A . P i n t o d o
C a r m o : Bibliografia de Capistrano de Abreu. Rio de
Janeiro. Instituto Nacional do Livro. 1942. 133 pp.

O que foi Tavares Bastos para o pensamento político brasi­


leiro foi para a historiografia nacional o homem que pretendeu
escrever a história do Brasil sem aludir a Tiradentes: um grande
realista, pesquisador exato de documentos para desvendar através
dêles a realidade histórica, os fatôres reads da evolução. Desiludido
e pessimista, não conquistou seus contemporâneos, mas se mantém
cada vez mais firme na admiração da posteridade.

Bibliografia
1) M ário deA l e n c a r : A lg u n s esc r ito s . R io de J a n eiro. G a rn ier.
1910. (C a p istra n o d e A b reu , pp. 80-91).
2) J o sé V e r í s s i m o : C ap istran o ã e A b r eu . ( I n : R e v is ta d a A c a ­
de m ia C earen se, X V , 1910, pp. 202-211).
3) A q u il e O r ib e : C a p istra n o ã e A b r eu . P e r fil d e su p erson a lid a d .
M on te v id é o. E l S iglo Ilu stra d o. 1927. 36 pp.
4) B a r ão de S t u d a r t : C a p istra n o d e A b r eu . (I n : R e v is ta d o
In stitu to d o C eará, X L I, 1927, pp. 243-252).
5) J o io R ib e ir o : R e tr a to ã e C ap istran o. (I n : J o rn a l d o B ra sil,
26 de a g ô s to de 1927).
6) T r is t So d e A t a í d e : E stu d o s. 3* série, vol. 1. R io d e J a n eiro.
A O rdem . 1930. (C a p istra n o, pp. 297-312).
7) A l b a C a S iz a r e s N a s c i m e n t o : C ap istran o d e A b r eu . O h o m e m
e a obra. R io de J a n eiro. B rig u iet. 1931. 62 pp.
8) A f r An io P e i x o t o : C ap istran o d e A b r e u , h u m orista . (In : R e ­
v is ta d e F ilo s o fia e H istória , I I / l , 1931, pp. 313-420):

140
9) A B e z e r r a : C a p istra n o d e A b r eu , en sa ísta e crítico . ( I n :
l c id e s
B o le tim d o A riel, I I /4 , ja n e ir o d e 1933, p p . 84-85).
10) P a u l o P r a d o : P a u lística . 2* ed içã o. R io de J a n eiro. A rie l.
1934. (C a p istra n o, pp. 231-235). ( R e tr a to co n g e n ia l).
11) P a u l o J o sé B r a n d S o : V u lto s do m e u ca m in h o. S ã o P a u lo.
In stitu to D . A n a R o s a . 1935. (C a p istra n o d e A b reu ,
pp. 189-201).
12) P a n d iã C a l ó g e r a s : E s tu d o s h istó rico s e p o lítico s. S ã o P a u lo .
C o m p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1936. (C a p istra n o d e A b reu ,
pp. 13-27).
13) V i c e n t e L ic í n io C a r d o s o : P e n s a m e n to s a m erica n o s. R io d e
J a n e iro . E sta b e le cim e n to s G rá fico s . 1937. (C a p istra n o de
A b reu , o h om em livre, pp. 237-243).
14) J osé H o n õ r io R o d r ig u e s : C a p istra n o d e A b r eu . ( I n : R e v is ta
d o B ra sil, 3* fa se, I I /9 , m a rç o de 1939, pp . 56-63).
15) P in t o do C a r m o : C a p istra n o d e A b r e u , en sa io b iob ib liog r á fic o .
( I n : E u clid es, R io de J a n eiro, II/5 , 1 d e m a rç o d e 1941,
pp. 71-75).
16) P ed ro G o m e s de M a t o s : C a p istra n o de A b r eu . V id a e o b ra d o
g ra n d e h istoria d or. F o rta le za . A . B a tista F o n te n e le . 1953.
410 pp.
17) H élio V i a n a : C a p istra n o d e A b r eu . E n sa io b iob ib lio g r á fic o .
R io de J a n eiro. M in istério d a E d u ca çã o . 1955. 126 pp.
(E n sa io c o m p le to ).

Visconde de Taunay
A lfredo d ’E scragn olle Taunay, V isc o n d e de T aunay. Nasceu
no Rio de Janeiro, em 22 de fevereiro de 1843. Morreu no
Rio de Janeiro, em 25 de janeiro de 1899.

OBRAS PR IN CIPAIS

La Retraite de La Laguna (1871). Inocência, (Rio de Janeiro.


Tipogr. Nacional. 1872; 2.a edição, Rio de Janeiro.
Leuzinger. 1881; 3.a edição, Rio de Janeiro. Laemmert.
1896; 9.a edição, Rio de Janeiro. Francisco Alves. 1912;
11.a edição, Rio de Janeiro. Francisco Alves. 1920) ; O
encilhamento (Rio de Janeiro. Domingos de Magalhães
& Cia., 1894; nova edição, São Paulo. Melhoramentos.
1925).

EDIÇÕES

1) Inocência. 15.a edição, por Afonso de Taunay. São Paulo.


Melhoramentos. 1924.
2) Inocência. 16.a edição. Rio de Janeiro. Francisco Alves.
1924.
3) Inocência. 1 7 a edição. São Paulo. Melhoramentos. 1927
(e sucessivas reedições).

141
A bibliografia das edições de “ Inocência” é o registro do
sucesso extraordinário ão romance, talvez o único livro brasileiro
traduzido para tôdas as línguas. Deve-se êsse êxito provàvelmente
ao idealismo sentimental, isto é, aos elementos românticos da obra.
Mas o assunto e o ambiente escolhido já não são os fantásticos de
Alencar; e os descrições da natureza são de um realismo que
embora pareça insuficiente aos modernos situa o autor fora do
romantismo.
Bibliografia
1) C a p is t k a n o de A b r e u : T au nay. ( I n : G a zeta d e N o tícia s , R io
d e J a n eiro, 30 d e a g ô s to d e 1879).
2) C a r l o s v o n K o s e r i t z : A lfr e d o d’E s c r a g n o lle T au n a y. E s b ô g o
ca r a cte rís tico . T ra d u z id o d o a lem ã o p o r R . P . B . 2* edição.
R io de J a n eiro. L eu zin g er. 1886. 38 pp.
3) O l iv e ir a d e C h a s t e l : P r e fá c io da tra d u çã o fr a n c e s a d e In o ­
cên cia . P a ris. L é o n C hailly. 1896, pp. V -X .
4) A r n o P h i l i p p : P r e fá c io da tra d u çã o a lem ã d e In o cên cia .
P ô r t o A le g r e . C esa r R e in n h a rd t. 1899, pp . V -X II.
5) A r t u r M o n t e n e g r o : V isco n d e d e T au n a y. ( I n : R e v is t a d a
A c a d e m ia C earen se, IV , 1899, pp. 123-135).
6) F r a n c i s c o d e C a s t r o : E lo g io do V isco n d e d e T au na y. (In :
D is c u r s o s A ca d ém ico s. V o l. I. R io de J a n eiro. C iviliza çã o
B ra sile ira . 1934, pp. 67-86). ( E s c r ito e m 1900).
7) M a r t í n G a r c Ia M e r o u : E l B ra sil in te lectu a l. B u e n o s A ires.
F e lix L a jo u a n e . 1900, pp. 141-184.
8) A f o n s o A r i n o s : N o ta s do dia. São P a u lo. A n d ra d e. 1900.
(V is co n d e de T a u n a y, pp. 279-286).
9) J o sé V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra brasileira. 2» série. R io
d e J a n eiro. G a rn ier. 1901. (T a u n a y e a In o cê n cia , pp. 264-277).
(O p r im eir o ro m a n c e rea lista da litera tu ra b ra sileira ).
10) A n t ô n i o da C u n h a B a r b o s a : V isco n d e d e T au n a y. (In : R e ­
v is ta d a A ca d e m ia C earen se, V I, 1901, pp. 11-31).
11) A n t ô n i o G o m e z R e s t r e p o : P r e fá c io da tra d u çã o ca stelh a n a
d e I n o c ê n c ia , p o r J o sé V ic e n te C on ch a . B o g o tá . L ib reria
A m e rica n a . 1905.
12) S íl v io R o m e r o : O u tros estu d o s d e litera tu ra co n tem p o râ n ea .
L isb oa . A E d itora . 1905. (V is co n d e de T a u n a y, o h om em
d e letras, pp. 187-206). (F a z g ra n d es r e s tr iç õ e s â im a g in a ­
ç ã o e ao e s tilo ).
13) J o sé V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra brasileira. R io d e J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp . 320-324.
14) T r i s t S o d e A ta íd e: P r im e ir o s estu d os. R io de J a n eiro. A gir.
1948. (E u clid e s e T a u n a y, pp. 287-292). (E s c r ito e m 1920;
d u a s f a s e s da d escriçã o e in te r p r e ta ç ã o d o s e r tã o brasi­
leir o ) .
15) JoXo R i b e i r o : C ritica. C lá ssicos e ro m â n tic o s b ra sileiros. R io
d e J a n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira d e L etra s. 1952. (V is ­
co n d e de T a u n a y, pp. 202-205). (E s c r ito em 1920).
16) M ar o B . J o n e s : P r e fá c io da tra d u çã o, p a ra o in g lês, d e I n o ­
cên cia . B oston . H eath . 1923, pp. X I -X X I I I .
17) M ú cio L eão: E n sa io s c o n tem p o râ n eo s. R io de J a n eiro. C oelh o
B ra n co . 1925. (O id ea lism o n o rom a n ce, pp. 67-78). (A le n ­
c a r e T a u n a y ).
142
18) A rtu r M o t a : T au n a y. ( I n : R e v is ta d a A c a d e m ia B ra s ile ira
de L e tra s, tí> 85, ja n e ir o d e 1929, pp . 42-61). ( E stu d o b io-
biblio g r á fic o ).
19) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu ç ã o da p r o sa b ra sileira . 1933. (2* ed içã o.
R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp . 50-51). ( “ I n o c ê n ­
cia ” , u m a b ela é g lo g a , m a is p o é tic a q u e r e a l).
20) B r a u l io S a n c h e z -S aez : V ie ja y n u ev a litera tu ra d ei B ra sil.
S a n tia g o d e Chile. E rcilia . 1935, pp. 177-188.
21) R onald de C a r v a l h o : P e q u e n a h istó ria da litera tu ra brasi­
leira. 5* e d içã o. R io d e J a n eiro. B rig u ie t. 1935, pp . 251-264.
( C o n sid era T a u n a y c o m o r ea lista q u e v e n c e u o ro m a n tis m o
n o r o m a n c e b ra s ileiro ).
22) A l c id e s B O V isco n d e d e T au n a y. V id a e obra. R io
ezerra:
de J a n e iro . A rq u iv o N a cion a l. 1937. 29 pp.
23) O lívio M o n t e n e g r o : O ro m a n c e b rasileiro. R io d e J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1938, pp. 5 4 -6 0 . (O rea lism o d e T a u n a y e sta ­
ria s ó n o a s su n to ; a ob ra é id ea lista , lírica e s e n tim e n ta l).
24) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : T rês ro m a n cista s reg io n a lista s. (In :
R e v is ta d o B ra sil, 3» fa s e , IV /3 5 , m a io de 1941, pp. 90-93).
(A s d e s c r iç õ e s sã o a ca d êm ica s, m a s a lin g u a g em do d iá logo
é n a tu r a l; n ão ê u m a g ra n d e ob ra , m a s u m a u tê n tic o r o ­
m a n c e ).
25) W a n d e r l e y P i n h o : O V isco n d e d e T au na y. (I n : R e v is t a do
In stitu to H is tó r ic o e G e o g r á fic o B ra s ile iro , C L X X X I , 1943,
pp. 5-43).
26) P h o c io n S e r p a : Im p r e s s õ e s d e In o c ê n c ia . ( I n : B ib lio te c a d a
A c a d e m ia C a rio ca d e L etra s, C a d ern o 11. R io de J a n eiro.
Sauer. 1944, pp . 37-67).
27) H e n r iq u e t a C h a m b e r l a in : P r e fá c io da tra d u çã o in g lêsa de
I n o c ê n c ia . N ew Y ork . M a cm ilia n . 1946, pp . I-X .
28) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : P r o s a d e fic ç ã o , d e 1870 a 1920. (H is­
tó ria da L ite r a tu r a B ra sileira . V o l. X I I ) . R io de J a n eiro.
J o s é O lím p io. 1950, pp. 34-39.
29) L u ís F T r ig u e ir o s : U m e s c r ito r d e o n te m n o m u n d o d e
o rja z
h o je. ( I n : A tlâ n tico . L isb oa , 3« série, n« 3, 1950, pp . 15-22).
30) R o b e r t o A lvim C o r r e ia : O M ito d e P r o m e te u . R io d e J a n eiro.
A g ir . 1951. (O V is co n d e de T a u n a y, pp . 140-148).
31) P h o c io n S e r p a : V is c o n d e d e T au n a y. E n sa io b io b ib lio g rá fico .
R io d e J a n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1952. 136 pp.
32) H e r o n d e A l e n c a r : J o s é d e A le n c a r e a f ic ç ã o rom â n tica .
( I n : A L ite r a tu r a n o B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin h o.
V o l. I, t. 2. R io d e J a n eiro. E d ito ria l S u l A m e rica n a . 1956.
pp. 903-907).
33) B rit o B r o c a : H o r a s d e leitu ra . R io de J a n e iro . In stitu to N a ­
cio n a l do L iv ro . 1957. (A s o rig e n s d e u m ro m a n ce ,
pp . 143-148).
34) B rito B r o c a : M a ch a d o d e A ssis e a P o lític a e o u tr o s estu d o s.
R io d e J a n eiro. O rg a n iza çã o Sim ões. 1957. (O in d ia n ism o
de T a u n a y, pp . 180-186).
35) A n t ô n i o C â n d id o : F o r m a ç ã o da litera tu ra brasileira. São
P a u lo . M a rtin s. 1959. V o l. II, p p . 307-315.

143
Franklin Távora
João F ra n k lin da Silveira Távora. Nasceu em Baturité (Ceará),
em 1 3 de janeiro de 1 8 4 2 . Morreu no Rio de Janeiro, em
1 8 de agosto de 1 8 8 8 .

ROM AN CES P R IN C IPA IS

Os índios de Jaguaribe ( 1 8 6 2 ) ; A casa de palha (Rio de Ja­


neiro. Tipografia Nacional. 1 8 6 6 ) ; üm casamento no
arrabalde (Rio de Janeiro. Tipografia Nacional. 1 8 6 9 ) ;
O cabeleira (Rio de Janeiro. Tipografia Nacional. 1 8 7 6 ;
nova edição, Rio de Janeiro, Jornal do Brasil. 1 9 2 8 ) ; O
matuto (Rio de Janeiro. Tip. Perseverança. 1878) ;
Lourenço (Rio de Janeiro. Tipografia Nacional. 1 8 8 1 ) .

Franklin Távora ê realista. O representante combativo da


“ Literatura ão Norte” e desbravador literário do sertão até deve
ser considerado como precursor do naturalismo, mas Franklin
Távora também ê sucessor de Alencar, que tinha atacado, e contem­
porâneo da primeira fase, romântica, de Machado de Assis; em
comparação com êste — se fôsse possível compará-los — aparece
Távora como rude nortista. Mas o seu realismo só constitui fase
de transição.

Bibliografia
1) C l ó v is B e v il á q u a : F r a n k lin T á v ora . ( I n : R e v is t a d a A ca d e ­
m ia C earen se, IX , 1904, pp. 16-27).
2) C l ó v is B e v il á q u a : F r a n k lin T á v ora , p s ico lo g ia do e scr ito r .
( I n : R e v is ta d a A ca d e m ia C earen se, X , 1905, pp. 31-40).
3) S íl v io R o m e r o e J oão R ib e ir o : C om p ên d io d e h istó ria da lite ­
ra tu ra b rasileira. 2’ ed içã o. R io d e J a n eiro. F r a n c is c o
A lves. 1909, pp. 305-316. ( Sílvio R o m e r o co n sid era T á v o ra
c o m o g ra n d e ro m a n cista do p o v o do N o r t e ).
4) G u il h e r m e S tudaet. B arão de S t u d a r t : D icio n á rio b iob ib lio-
g r á fic o c e a r e n s e , vol. I. F o rta le za . T ip o -L ito g r a fia a V a p o r.
1910, pp. 482-484.
5) J osé V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra brasileira. 5 S s é r ie .
2» e d iç ã o . R io de J a n eiro. G a rn ier. 1910. (F r a n k lin T á ­
v o r a e a L ite ra tu ra d o N orte, pp. 129-146). (J o s é V erís sim o
c o n sid era T á v o ra c o m o b om ro m a n cista a n ti-ro m â n tico ,
p r é -n a tu r a lis ta ).
6) B e v il á q u a : F r a n k lin T á v ora .
C l ó v is ( I n : R e v is t a d a A ca d e ­
m ia B ra s ile ira de L etra s, n 5 9, ju lh o de 1912, pp. 12-52).
7) J o sé V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra brasileira. R io de Ja­
n eiro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 324-328. ( C on sid era n d o
T á v o ra c o m o a n ti-r o m â n tico , estu d a -o n o e n ta n to n o ca p í­
tu lo d ed ica d o a o s ú ltim os r o m â n tic o s ).

144
8) A rtur M o t a : F r a n k lin T á v ora . ( I n : R e v is t a d a A ca d e m ia
B ra s ile ira d e L etra s, nç 87, m a rç o d e 1929, pp. 279-287).
( E stu d o b iob ib lio g r á fic o ).
9) R o n a l d deC a r v a l h o : P e q u e n a h istória da litera tu ra b rasileira.
5* e d iç ã o . R io d e J a n eiro. B rig u ie t. 1935, pp . 259-261.
( E lo g ia o estilo do ro m a n cista do p o v o d o N o r t e ).
10) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : P r o s a d e f ic ç ã o , d e 1870 a 1920. ( H is­
tó ria da litera tu ra b rasileira. V o l. X I I ) . R io d e J a n eiro.
J osé O lím pio. 1950, pp. 39-46). (.D em on stra n d o a in ca p a ci­
d ade e s tilís tic a d e T á v o ra e a fa lsid a d e do s eu re a lis m o ).
11) A belardo F . M o n t e n e g r o : O r o m a n c e c ea ren s e. F orta leza .
T ip . R o y a l. 1953. (F ra n k lin T á v ora , pp . 59-62).
12) H e r o n d b A l e n c a r : J o sé d e A len cfir e a fic ç ã o rom â n tica .
( I n : A L ite r a tu r a n o B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin h o.
V o l. I, t. 2. R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m e rica n a . 1956.
pp. 896-903).
13) A n t ô n i o C â n d id o : F o r m a ç ã o da litera tu ra b rasileira. São
P a u lo . M a rtin s. 1959. V o l. II, pp. 298-306.

Machado de Assis

J oaquim M aria Machado d e A ssis. Nasceu no Rio de Janeiro, em


21 de junho de 1839. Morreu no Rio de Janeiro, em 29 de
setembro de 1908.

BIBLIOGRAFIA DAS OBRAS

J. G a l a n t e de S ousa : Bibliografia de Machado de Assis. Rio


de Janeiro. Instituto Nacional do Livro. 1955. 772 pp.
(Trabalho admirável, completo).

obras

Queda que as mulheres têm para os tolos (Rio de Janeiro.


Paula Brito. 1861); Desencantos (Rio de Janeiro. Paula
Brito. 1861); Teatro (Rio de Janeiro. Tipogr. do Diário
do Rio de Janeiro. 1863); Crisálidas (Rio de Janeiro.
Garnier. 1864); Os deuses de casaoa (Rio de Janeiro,
Instituto Artístico. 1866); Falenas (Rio de Janeiro.
Garnier. 1870); Contos fluminenses (Rio de Janeiro.
Garnier. 1870; 2.a edição, id. 1900); Ressurreição (Rio
de Janeiro. Garnier. 1872); Histórias da meia-noite (Rio
de Janeiro. Garnier. 1873); A mão e a luva (Rio de
Janeiro. Gomes de Oliveira. 1874; 2.a edição, Rio de Ja­
neiro. Garnier. 1907); Americanas (Rio de Janeiro.
Garnier. 1875); Helena (Rio de Janeiro. Garnier. 1876);
Yaiá Garcia (Rio de Janeiro. G. Viana & Cia. 1878;
2.a edição, Rio de Janeiro. Garnier. 1899); Memórias
póstumas de Braz Cubas (Rio de Janeiro. Tipogr. Na-

145
cional. 1881; 3.a edição, Rio de Janeiro. Garnier. 1896);
Tu, só tu, puro amor (Rio de Janeiro. Garnier. 1881);
Papéis avulsos (Rio de Janeiro. Lombaerts. 1882) ; His­
tórias sem data (Rio de Janeiro. Garnier. 1884); Quincas
Borba (Rio de Janeiro. Garnier. 1891; 2.a edição, id.
1896. 3.a edição, id. 1899) ; Várias histórias (Rio de Ja­
neiro. Laemmert. 1896); Páginas recolhidas (Rio de
Janeiro. Garnier. 1899); Dom Casmurro (Rio de Janeiro.
Garnier. 1900); Poesias completas (Rio de Janeiro.
Garnier. 1901) ; Esaú e Jacó (Rio de Janeiro. Garnier.
1904); Relíquias de casa velha (Rio de Janeiro. Garnier.
1906); Memorial de Aires (Rio de Janeiro. Garnier.
1908); Outras relíquias, edit. por Mário de Alencar (Rio
de Janeiro. Garnier. 191Ó); Crítica, edit. por Mário de
Alencar (Rio de Janeiro. Garnier. 1910); Teatro, edit.
por Mário de Alencar (Rio de Janeiro. Garnier. 1910);
A Semana, edit. por Mário de Alencar (Rio de Janeiro.
Garnier. 1914); Novas relíquias, edit. por Fernando Néri
(Rio de Janeiro. Guanabara. 1922); Correspondência,
edit. por Fernando Néri (Rio de Janeiro. Bedeschi. 1932) ;
Casa velha, edit. por Lúcia Miguel Pereira (São Paulo.
Martins. 1944); -— Coleções de contos, não reunidos em
volume pelo autor, editados por R. Magalhães Jr. (Rio
de Janeiro. Civilização Brasileira. 1956/1958) : Contos
recolhidos; Contos esparsos; Contos sem data; Contos
avulsos; Contos esquecidos; Contos e Crônicas, etc.
edições
1) Obras completas. Rio de Janeiro. W . M. Jackson. 1936.
(3.8 edição, 1938; 5.a edição, 1944). 31 vols. (vol. I :
Ressurreição; vol. I I : A mão e a luva; vol. I I I : Helena;
vol. I Y : Yaiá Garcia; vol. V ; Memórias póstumas de
Braz Cubas; vol. V I : Quincas Borba; vol. V I I : Dom,
Casmurro; vol. V I I I : Esaú e Jacó; vol. I X : Memorial de
Aires; vol. X e X I : Contos fluminenses; vol. X I I : His­
tórias da meia-noite; vol. X I I I : Histórias românticas;
vol. X I V : Papéis avulsos; vol. X V : Histórias sem data;
vol. X V I : Várias histórias; vol. X V I I : Páginas recolhidas;
vols. X V I I I - X I X : Relíquias de casa velha; vols. X X -
- X X I I I ; Crônicas; vols. X X I V - X X V I : A Semaiia; vol.
X X V I I : Poesias; vol. X X V I I I : Teatro; vol. X X I X :
Crítica literária; vol. X X X : Crítica teatral; vol. X X X I :
Correspondência. (O valor crítico dos textos dessa edição
foi muito discutido; nova edição, 1950 e segs., por Ary de

146
Mesquita, Henrique de Campos e Aurélio Buarque de
Holanda.
2) Obras Completas. 3 vols. Rio de Janeiro. José Aguilar.
1959.
3) Obras Completas, edição crítica do Instituto Nacional do
Livro, em preparação.

A evolução literária de Machado de Assis percorreu duas fases:


a primeira, de poesias românticas e indianistas e de ficção român­
tica à maneira dos romances de sociedade de José de Alencar; a
segunda, de poesias parnasianas e daquelas obras ãe ficção, ro­
mances e contos, pelas quais Machado de Assis se tornou a maior
figura, da literatura brasileira, fenômeno singular, fora e acima
de todos os “ grupos” da classificação histórica. Durante a pri­
meira fase de Machado mal existia crítica literária no país; apenas
insignificantes artigos de jornal, as mais das vêzes elogios ãe mão
amiga, acompanharam o sucesso consiãerável das obras românticas
junto ao público; e a bibliografia machaãiana é tão grande que
não convém sobrecarregar a lista ainda mais com o registro daqueles
encómios incompreensivos. A segunda fase de Machado de Assis
produziu no primeiro momento grande surpresa, da qual a crítica
só aos poucos se refez. Foi então que José Veríssimo se tornou o
intérprete autorizado do mestre. Quem estava fora do círculo das
rodas literárias da capital devia receber a impressão ãe ouvir côro
unânime e talvez exagerado de elogios. Estava fora -assim Sílvio
Romero, representando, no Rio de Janeiro, os conceitos literários
muito diferentes ãa “ Escola ão Recife” . Assim se explica o
veemente ataque, em 1897, ãe Sílvio Romero contra Machado ãe
Assis. Foi o mestre defenãido, de maneira eficiente, por Labieno
(Lafayette Rodrigues Pereira) e outros. Daí em diante a crítica
machadiana continuou senão principalmente representada por José
Veríssimo, cujo labor ãe intérprete fiel cidminou no último capítulo
de sua “ História ãa literatura brasileira” . Durante êsse tempo,
só poucos (Peãro ão Couto, etc.) discordavam. O presidente per­
pétuo da Academia Brasileira de Letras estava quase unânimemente
consagrado como glória nacional. O endeusamento já começara
em vida.
Logo ãepois ãa morte ãe Machaão ãe Assis quebrou Hemetério
ãos Santos a unanimiãaãe ãos elogios, atacando grosseiramente a
personalidade humana do defunto autor; suas restrições foram,
depois, repetidas até hoje pelos “ outsiders” . Mas a opinião lite­
rária oficial manifestou-se através do livro de Alcides Maya sôbre
o humor de Machaão ãe Assis e ãas conferências biográficas e
críticas ãe Alfreão Pujol. Machado entrou na consciência da

147
nação como acadêmico perfeito, como escritor de correção clássica
e espírito ático. Em 1923 publicou Graça Aranha o estudo que
delineia a evolução íntima de Machado de Assis, de plebeu pobre
e trabalhador humilde das letras a figura aristocrática e escritor
olímpico.
A fase moderna da crítica machadiana começou com o brilhante
ensaio de Augusto Meyer, de 1935, apresentando um Machado
diferente, de ocultas dimensões espirituais, personagem demoníaca,
desvendando segredos da alma humana e infra-humana. Seguiu
logo depois a biografia escrita por Lúcia Miguel Pereira em que
se sintetizaram os conceitos contraditórios: as origens plebéias do
escritor explicam-lhe o aristocratismo da velhice; o acadêmico é a
máscara, porventura indispensável, do gênio subversivo. As
comemorações do centenário, em 1939, produziram bibliografia
imensa, muita coisa inútil, mas também certo número de trabalhos
em que se interpretam minuciosamente os múltiplos aspectos da
obra machadiana (destacando-se a interpretação sociológica de
Astrojildo Pereira). Em virtude da intensidade das comemora­
ções, tornou-se popularíssimo o nome de Machado de Assis, unani­
memente elogiado, apesar da feição pouco popular do seu espírito
e da sua obra. Também depois do centenário apareceram várias
interpretações de importância, como a de Barreto Filho. As co­
memorações do cinquentenário da morte, em 1958, produziram
nova safra, embora menor, de livros e artigos.

Bibliografia (1)
1) C aetano F il g u e ir a s : P r e fá c io d e Crisálidas. R io d e J a n eiro.
G axnier. 1864, pp. 7-20. ( A p r e s e n ta ç ã o elo g io sa d o jo v e m
e s c r ito r a o p ú b lico, p o r co n h ecid o jo rn a lis ta da é p o c a ; a
c r ític a d o s a n o s s e g u in te s n ã o sa irá , e m g era l, d êsses
m o ld e s ).
2) S í l v i o R o m e r o : A p o e sia das F a len a s. (I n : C ren ça . R e c ife ,
30 de m a io de 1870). ( P e la p rim eira v e z o a d v ersá rio dis­
co r d a d os e lo g io s g e r a is ).
3) C a p is t r a n o d e A b r e u : A s M em ó ria s p ó stu m a s d e B ra z C u ba s
serã o u m r o m a n c e f ( I n : G a zeta de N o ticia s . R io d e J a ­
n eiro, 30 d e ja n e iro e 1 de fe v e r e ir o d e 1881). (O p o n to d e
in te r r o g a ç ã o r e f l e t e o esp a n to d ia n te da n o v a fa s e d e M a­
ch a d o ).
4) A r t u r B a r r e ir o s : B io g r a fia d e M a ch a d o d e A ssis. ( I n : G a­
leria C o n tem p o râ n ea do B ra sil, literá ria , a r tística , c ie n tí­
fic a , p o lítica , a g ríco la , in d u stria l e co m ercia l. 1* série. R io
de J a n e iro. L om b a erts & C ia .). (A r tu r B a r r e ir o s p a r e c e
t e r sid o d o s p r im e ir o s q u e c o m p reen d e ra m a sig n ifica çã o
da f a s e in icia d a c o m “ B r a z C u b a s").

(1 ) B ib lio g r a fia com p leta de tu d o o que atê 1957 se p u blicou sôbre


M ach ad o A ssis, i n : J. G a l a n t e d b S o u s a : Fontes para o estudo de Machado
de
de Assis. R io de Janeiro. Instituto N a cio n a l do L iv ro . 1958. 310 pp.

148
5) V a l e n t imM a c a l h ã e s : H istó ria s sem data. (I n : G a zeta d e N o ­
tícia s, R io de J a n eiro, 2 de s etem b ro de 1884). ( M a ch a d o
•parece, n a q u ele te m p o , líd er d e u m m o v im e n to d e r e n o v a ­
çã o literá ria , não s e m e n c o n tr a r o p o s iç ã o ).
6) S íl v io R o m e r o : E s tu d o s d e litera tu ra c o n tem p o râ n ea . R io d e
J a n e iro . L a em m ert. 1885. (M a ch a d o d e A ssis e L u ís D el-
fin o , pp. 231-242).
7) T r is t ã o de A r a ripe J ú n i o r : Q u in cas B orb a . ( I n : G a zeta de
N o tícia s , 12 e 16 d e ja n e ir o d e 1892).
8) C a r l o s M a g a l h ã e s d e A z e r e d o : Q uin cas B orb a . (I n : O E s­
ta d o de S ã o P a u lo, 19, 20, 21, 24, 26 e 27 de a b ril de 1892).
9) José V e r í s s i m o : E stu d o s b ra sileiros. V o l. II. R io de J a n eiro.
L a e m m e rt. 1894. (O Sr. M a ch a d o de A ssis, pp. 195-207).
(S ô b re Q u in ca s B o r b a ; in ício da c rítica v erissim ia n a sô b r e
M a c h a d o ).
10) T r is t ã o de A r a r ipe J ú n i o r : M a ch a d o d e A ssis. ( I n : R e v is ta
B ra sileira , 1/1, 1 de ja n e ir o de 1895, pp. 22-28).
11) S íl v io R o m e r o : M a ch a d o d e A ssis. E stu d o co m p a r a tiv o d e
litera tu ra b rasileira. R io de J a n eiro. L a em m ert. 1897.
352 pp. (2* e d içã o, c o m p r e fá c io d e N é ls o n R o m e r o , pp . 4-12.
R io de J a n eiro. J osé O lím p io 1936. 156 p p .). (F a m o so
a ta q u e c o n tra o c e tic is m o , fa ls o h u m orism o, a n g licism o e
in ca p a cid a d e d e co m p o s iç ã o d e M a ch a d o, e m q u e Sílvio R o ­
m e r o elo g ia , aliás, o u tra s q u a lid a d es; m a s, seg u n d o o c r í ­
tic o , a lid era n ça da litera tu ra n a cion a l n ã o ca b e ria a M a­
ch a d o e sim a T ob ia s B a r r e to ).
12) L a b ie n o (pseu d . de L a f a y e t t e R o d r ig u e s P er e ir a ) : V in diciae.
O Sr. Sílvio R o m e r o , cr ític o e filó s o fo . R io de J a n eiro.
C ruz C ou tin h o. 1898. 54 pp . (3» ed içã o, edit. p o r M á rio
M a tos. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1940. 174 p p .). (D e ­
f e s a c o n v in c e n te d e g ra n d e a d v o g a d o ).
13) J o sé V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra brasileira. 1» série. R io
de J a n eiro. G a rn ier. 1901, pp. 252-261. (S ô b re “ V á ria s h is­
tó ria s” ).
14) C a r l o s M a g a l h ã e s de A z e r e d o : H o m en s e livros. R i o de J a ­
n e iro. G a rn ier. 1902. (M a ch a d o de A ssis, pp. 177-188; M a ­
ch a d o de A ssis e S ílv io R o m e ro , pp. 189-223).
15) F rota P e s s o a : C rítica e p olêm ica . R io de J a n eiro. A rtu r
G u rgu lin o. 1902, pp . 66-67.
16) J osé V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra brasileira. 3» série. R io
de J a n e iro . G a rn ier. 1903. (O D o m C a sm u rro d o Sr. M a ­
ch a d o de A ssis, pp. 33-45).
17) A l c id e s M a y a : M a ch a d o d e A ssis. ( I n : O P aís, R io de J a n eiro,
8 d e o u tu b r o de 1904).
18) S ílvio R o m e r o : O u tros estu d o s d e litera tu ra co n tem p o râ n ea .
L isb oa . A E d itora . 1905. (P o e s ia s com p leta s, p o r M a ch a d o
d e A ssis, pp . 7-12).
19) P edro do C o u t o : P á g in a s de crítica . L isb oa . L iv ra ria C l á s ­
s ica A . M . T eix eira . 1906, p. 99. (N ã o e n c o n tr a nada de
g ra n d e e m M a ch a d o ; ê s te e s c r e v e b em a lín gua, m a s o u tro s
a té (s ic !) a en sin a m ).
20) J osé V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra brasileira. 6* s é r i e . R i o
de J a n e iro . G a rn ier. 1.907. (M a ch a d o de A ssis, pp. 187-197;

149
10
pp. 215-222, sô b re E s a ú e J a c ó ). (O p rim eiro d ê s s e s e stu d o s
é resu m o , d estin a d o p a ra le ito r e s e s tr a n g e ir o s ).
21) T r i s t S o d e A r a r i p e J ú n i o r : M a ch a d o d e A ssis. ( I n : J o rn a l
d o C o m é rcio, R io de J a n eiro, 4 de ou tu b r o de 1908).
22) C o n s t â n c i o A l v e s : F ig u ra s. R io de J a n eiro. A n u á rio do
B ra sil. 1922.- (M a ch a d o de A ssis, pp. 38-46). ( E s c r ito
em 1908).
23) M a ch a d o d e A ssis e t s o n o e u v r e littéra ire. P r é fa c e d ’A n a to le
F r a n c e . P a ris. L o u is M ich a u d . 1909.
23a) M a n u e l de O l i v e i r a L i m a : M a ch a d o d e A ssis e t s o n
o e u v r e littéra ire, pp. 19-85. (E s tu d o só lid o ).
23b ) V ic to r O r b a n : M a ch a d o d e A ssis , ro m a n c ie r , c o n te u r e t
p o e te , pp. 91-157. ( O rb on , e s c r ito r b elg a , m e r e c e u bem,
da litera tu ra brasileira, d iv u lga n d o-lh e os v a lo res no
e s tr a n g e ir o ).
24) S íl v io R o m e r o e J oão R ib e ir o : C om p ên d io d e h istória da lite­
r a tu ra brasileira. 2‘‘ ed içã o. R io de J a n eiro. F r a n c is c o
A lv e s. 1909, pp . 329-364.
25) José V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra b rasileira. 4» série.
2» e d iç ã o . R io d e J a n eiro. G arnier. 1910. (M a ch a d o de
A ssis, p oeta , pp. 85-103).
26) H e m e t é r io d os S a n t o s : M a ch a d o d e A ssis. ( I n : A lm a n a q u e b ra ­
sileiro G arn ier. R io de J a n eiro. G a rn ier. 1910, pp. 369-378).
V e ja -s e ta m b é m o a rtig o in : G a zeta d e N o tícia s , R io d e
J a n eiro, 29 d e n o v e m b ro de 1908). (V io le n to a ta q u e co n tra
M a ch a d o , q u e ter ia re n e g a d o su a s h u m ild es o r ig e n s d e f a ­
m ília d e p r o le tá r io s d e c ô r , d esin tere ssa n d o -se da A b o liç ã o ).
27) A d r ie n D e l p e c h : P r e fá c io da tra d u çã o : Q u elq u es c o n te s d e
M a ch a d o d e A ssis. P a ris. G a rn ier. 1910, pp . V - X X I X .
28) M ário d e A l e n c a r : A lg u n s esc r ito s . R io d e J a n e iro . G a rn ier.
1910. (M a ch a d o de A ssis, p á g in a s d e sa u d ad e, pp . 28-53;
E sa ú e J a có , pp. 54-65; M e m o ria l d e A ires, pp . 66-79). (O
p r im eir o d ê s s e s e stu d o s é c o m o v e n te d ep o im en to s ô b r e a
v e lh ic e d e M a ch a d o d e A s s is , esb o ça n d o a o m e sm o tem p o
o r e tr a to d e M a ch a d o c o m o a c a d ê m ico o lím p ic o ).
29) A l c id e s M a y a : M a ch a d o d e A ssis. A lg u m a s n o ta s s ô b r e o
h u m or. R io de J a n eiro. J a cin to Silva. 1912. 162 pp.
(2* e d içã o. R io de J a n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira d e L etra s.
1942. 161 p p .). ( O p r im eir o liv ro d e im p o r tâ n cia s ô b r e M ar­
ch a d o d e A s s is ; fin a s a n á lises, em to m a p o lo g é tic o ).
30) J o s é V e r í s s i m o : L e tr a s e litera tos. R io de J a n eiro. J osé
O lím p io . 1936. (M a ch a d o de A ssis, pp. 32-38). (E s c r ito
e m 1918).
31) J osé V e r í s s i m o : L e tr a s e litera to s. R io d e J a n eiro. J osé
O lím p io. 1936. (M a ch a d o de A ssis, crítico , pp. 77-84). (E s ­
c r ito e m 1914).
32) A f o n s o d e C a r v a l h o : M a ch a d o d e A ssis. C o n fer ên cia . (In :
R e v is t a d a A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s, n Q 88, a b ril de
1929, p p . 371-393). (E s c r ito e m 1915).
33) J o s é V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra brasileira. R io d e J a ­
n e iro. F r a n c is c o A lv es. 1916. (M a ch a d o d e A ssis, pp . 415-435).
( O ltim o ca p ítu lo da o b ra , co lo ca n d o M a ch a d o d e A ssis n o
c u m e da litera tu ra b ra sileira : e m c e r t o sen tid o , tra b a lh o
q u e v a le a t é h o je c o m o d e fin itiv o ).

150
34) A lfr e do F u j o l : M a ch a d o d e A ssis. S ã o P a u lo. T ip o g r . B ra sil.
1917. 352 pp . (2® ed içã o. R io de J a n eiro. J osé O lím pio.
1934. 366 p p .). (B io g r a fia fu n d a m en ta l, e m b o r a p a n e g ír ic a ;
r e tr a to d e M a ch a d o a c a d ê m ic o ).
35) J oão R ib e ir o : C rítica . C lá ssicos e ro m â n tic o s b ra sileiros. R i o
de J a n e iro . A c a d e m ia B ra s ile ira d e L etra s. 1952. (M a ­
ch a d o de A ssis e A lfr e d o P u jo l, pp. 225-231). ( E s c r ito
e m 1917).
36) L u í s R ibeiro do V a l e : A p s ico lo g ia m órb id a n a o b ra d e M a­
ch a d o d e A ssis. R io de J a n eiro. T ip o g r. J o r n a l d o C om ér­
cio . 1917. 184 p p . (2* ed içã o. R io d e J a n e iro . P im e n ta
de M elo. 1918).
37) JoSo R ib e ir o : C rítica . C lá ssicos e ro m â n tic o s b ra sileiros. R io
de J a n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira d e L etra s. 1952. ( A p s ic o ­
lo g ia m ó r b id a n os ro m a n ce s de M a ch a d o d e A ssis,
pp. 233-234). (E s c r ito e m 1918).
38) JoSo C a r n e ir o d e S o u s a B a n d e i r a : P á g in a s literá ria s. R io de
J a n e iro . F r a n c is c o A lves. 1917. (M a ch a d o d e A ssis, pp. 82-88).
39) J o s é M a r ia B e l o : In te lig ê n c ia do B ra sil. 2* e d içã o . S ã o P a u lo.
C o m p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1935. (M a ch a d o d e A ssis,
pp . 15-63). (E s c r ito e m 1917; M a ch a d o a p a r e c e c o m o esp í­
r ito á tico , m u la to g r e g o ).
40) B e n e d it o C o s t a : L e ro m a n au B résíl. P a ris. G a rn ier. 1918,
pp. 83-121.
41) A f r An i o P e i x o t o : P o e ir a da estra d a . 1918. (3* ed içã o. R io de
J a n e iro . J a ck s o n . 1944. A s p e cto s d o h u m o r n a litera tu ra
n a cio n a l, pp. 276-318).
42) R e n a t o A l m e i d a : M a ch a d o d e A ssis. ( I n : R e v is t a A m e ri­
can a, V I /6 , 1918, pp . 73-89).
43) P edro L e s s a : D iscu rs o , sau d an d o A lfr e d o P u jo l n a A ca d em ia
B ra sileira d e L e tr a s . S ã o P a u lo . O L iv ro . 1919. 84 pp.
44) R o n a l d de C a r v a l h o : P e q u e n a h istória da litera tu ra brasi­
leira. 1» e d içã o. 1919. (5* e d iç ã o . R io de J a n e iro . B rig u ie t.
1935, pp. 289-291, 312-317). (E lo g ia so b r e tu d o a fin u ra e s t i­
lística e p s ic o ló g ic a ; m a s estu d a M a ch a d o n o ca p ítu lo d ed i­
ca d o a o s n a tu ra lista s).
45) N e s t o r V í t o r : A c r itic a d e o n tem . R io de J a n e iro . L e ite R i­
b e iro & M a u rílio. 1919. (R e líq u ia s d e ca s a v elh a , p o r M a­
ch a d o de A ssis, pp . 205-210).
46) M e d eir os e A l b u q u e r q u e : P á g in a s d e c rítica . R i o d e J a n eiro.
L e ite R ib e ir o . 1920. (A lfr e d o P u jo l: M a ch a d o d e A ssis,
pp . 331-347).
47) J oroe J o b i m : M a ch a d o d e A ssis. ( I n : A l b e r t o d e O l iv e ir a e
J orge J o b i m : M a ch a d o d e A ssis. R io d e J a n e iro . G a rn ier.
1921, pp. 1-19).
48) Isaac G o l d b e r g : B ra zilia n L ite r a tu r e . N e w Y o r k . K n o p f. 1922.
(M a ch a d o d e A ssis, pp. 142-164).
49) T r i s t X o d a C u n h a : C ou sa s d o tem p o . R io d e J a n eiro. A n u á rio
d o B ra sil. 1922. (M a ch a d o d e A ssis, pp. 171-174).
BO) A lfr e d o G o m e s : H istó ria literá ria . ( I n : D icio n á rio h istó rico ,
g e o g r á fic o e e tn o g r á fic o d o B ra sil, c o m e m o r a ç ã o do 1° C e n ­
ten á rio da In d ep en d ên cia . R io de J a n eiro. Im p re n sa N a ­
cio n a l. 1922. V o l. II, p. II, pp. 1442-1445. (.E studa M a ch a d o

151
rà p id a m en te, p r e fe r in d o -lh e J osé d e A le n c a r e os n a tu ra ­
lista s>.
51) J o s é d a G r a ç a A r a n h a : M a ch a d o d e A ssis e J oa q u im N a b u co.
C o m en tá rio s e n ota s à co r r e s p o n d ê n c ia e n tr e ê s t e s dois
e s c r ito r e s . São P a u lo . M o n te iro L o b a to . 1923. 268 p p .
(2* e d iç ã o . R io de J a n eiro. B rig u iet. 1942. 269 p p .). ( B ri­
lh a n te a n á lise p s ico ló g ica do p leb eu M a ch a d o q u e s e a r isto ­
c r a tiz a ; in icio da m o d ern a in te r p r e ta ç ã o m a ch a d ia n a ).
52) Á l v a r o G u e r r a : M a ch a d o de A ssis. Sua vida e su as obras.
São P a u lo. M elh ora m en tos. 1923. 56 pp.
53) A m a d e u A m a r a l : O elo g io da m ed iocrid a d e. S ã o P au lo. N ov a
E ra . 1924. (M a ch a d o d e A ssis, pp. 113-132; M a ch a d o de
A ssis e J oa q u im N a b u co, pp. 133-147).
54) W il l i b a l d S c h o e n f e l d e r : B io g ra p h isch e E in leitu n g . ( I n : M a ­
ch a d o de A s s is : G es c h ic h te n a n s R io d e J a n eiro. H eidel-
ber. J u liu s G ross. 1924, pp. V I I I - X I ) .
55) M'tfcio L e ã o : E n sa io s c o n tem p o râ n eo s. R io d e J a n eiro. C oelh o
B ra n co . 1925. (N o ta s sôb re M a ch a d o d e A ssis, pp. 125-136).
56) J oão R ib e ir o : C ritica. C lá ssicos e ro m â n tic o s b rasileiros. R i o
de J a n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1952. ( A p a is a ­
gem , pp. 236-238). (E s c r ito e m 1925; s ô b r e a in sen sib ilid ad e
d e M a ch a d o â p a is a g em ).
57) L u ís M u p a t : M a ch a d o d e A ssis e J oa q u im N a b u co. ( I n : R e ­
v is ta d a A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s, n5 54, ju n h o de
1926, pp. 143-148; n9 55, ju lh o de 1926, pp. 231-236; n” 56,
a g o s to d e 1926, pp. 318-324; n ' 57, s etem b ro d e 1926, pp. 74-80;
n° 58, ou tu b ro de 1926, pp. 152-158). ( C o n tra a in te r p r e ta ç ã o
p s ico ló g ica , rea lizad a p o r G ra ça A ra n h a ).
58) J oão R ib e ir o : C rítica. C lá ssicos e ro m â n tic o s b ra sileiros. R i o
de J a n e iro. A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1952. (O C on ­
selh e iro M a ch a d o de A ssis, pp. 242-248). (E s c r ito e m 1926).
59) E m íl io M o u r a : M a ch a d o d e A ssis. ( I n : R e v is ta do B rasil,
2* fa se, 1/3, 15 de o u tu b ro de 1926, pp. 46-47).
60) A . P o M P fio : Id éia s, h o m en s e livros. S ã o P a u lo. E d . O E s ­
ta d o de S ã o P a u lo. 1927. (Y a iá G a rcia , pp. 191-199).
61) W i l h e m G i e s e : W e b e r d ie P e r s o e n lic h k e it M a ch a d o s d e A ssis.
( I n : Ib é rica , H a m b u rg , n9 4, M ärz, 1927; tr a d u ç ã o p ortu -
g u ê s a p o r J o ã o R ib e ir o ). ( I n : R e v is ta da A ca d e m ia B ra s i­
le ira de L etra s, n ’ 69, s etem b ro de 1927, pp. 46-56).
62) G i u s e p p e A l p i : P r e fá c io da tra d u çã o ita lia n a d e M em ória s
p ó s tu m a s d e B ra z Cubas. L a n cia n o. R . C arabba. 1929.
(P r o filo b io g r á fic o , pp. 5-30).
63) A n t ô n io S a l e s : J o sé d e A le n c a r e M a ch a d o d e A ssis. ( I n :
O J orn al, R io de J a n eiro, 1 de m a io d e 1929). (A le n c a r
m a is lido p elo p o v o q u e M a ch a d o ).
64) B a r b o sa L i m a S o b r i n h o : A tim id ez d e M a ch a d o d e A ssis. ( I n :
J o rn a l d o B ra sil, R io de J a n eiro, 3 de n o v e m b ro d e 1929).
(B o m estu d o p s ic o ló g ic o ).
65) J o à o R ib e ir o : C rítica . C lá ssicos e r o m â n tic o s b ra sileiros. R i o
de J a n e iro. A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1952. ( A tim i­
d e z d e M a ch a d o de A ssis, pp. 258-260). (E s c r ito e m 1929).
66) A m é r ic o V a l é r io : M a ch a d o d e A ssis e a p sica n á lise. R i o de
J a n eiro. T ip o g r. A u rora . H . S a n tia go. 1930. 232 pp.

152
67) P S eiîpa :
h o c io n V a ria çõ es literárias. R io de J a n eiro. T ip.
São B en e d ito. 1931. (M a ch a d o de A ssis, pp. 79-87).
68) L a f a y e t t e S i l v a : O te a tr o d e M a ch a d o d e A ssis. ( I n : R e v is ta
d a A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s, n9 120, d e z e m b ro de 1931,
pp. 467-471).
69) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu ç ã o da p o esia brasileira. 1932. (3* e d i­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp . 46-47).
70) P h o c io n S e r p a : M a ch a d o d e A ssis. ( I n : C o rre io d a M a n h ã ,
R io de J a n eiro, 20 de ju n h o de 1932).
71) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p r o sa brasileira. 1933. (2" ed içã o.
R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 51-58). ( T ra ta
M a ch a d o c o m a n tip a tia ; a ch a -o f r io e m ío p e ).
72) O s c a r M e n d e s : M a ch a d o d e A ssis e o s m in eiros. (I n : B o le ­
tim do A riel, I I /4 , ja n e ir o de 1933, pp. 86-87).
73) H é lio V i a n a : M a ch oA o d e A ssis. U m a r ev isã o c ritica q u e s e
im p õ e. ( I n : L itera tu ra , R io de J a n eiro, 5 de a g ô s to de 1933).
74) H u m b e r t o de C a m p o s : O m en in o do m o rro . ( I n : C o rre io da
M an hã, R io de J a n eiro, 29 d e se te m b ro de 1933).
75) M á r i o C a s a s a n t a : M a ch a d o d e A s s i s e o téd io d co n tro v érsia .
B e lo H o rizo n te. O s A m ig o s d o liv ro. 1934. 72 pp . ( Im p o r ­
ta n te co n trib u içã o p s ic o ló g ic a ).
76) V i a n a M o o g : H e r ó is da d eca d ên cia . R io de J a n eiro. G u a n a ­
b a ra . 1934. (.D eca d ên cia do m u n d o m o d e r n o : M a ch a d o de
A ssis, pp. 167-229). (2* ed içã o. P ô r to A le g r e . G lob o. 1939).
77) A r t u r M o t a : M a ch a d o d e A ssis. ( I n : R e v is t a d a A ca d e m ia
B ra s ile ira de L etra s, n’ 147, m a rç o d e 1934, pp. 320-352).
( B ib lio g ra fia m u ito in s u fic ie n te ).
78) M o de sto de A b r e u : O te a tr o d e M a ch a d o d e A ssis. ( I n : J o r­
n al d o C o m ércio, R io de J a n eiro, 5 de a g ô s to d e 1934).
79) C a r l o s d \ V eiga L i m a : M a ch a d o de A ssis ou o fim do e te rn o .
( I n : A N a çã o, R io d e J a n eiro, 14 de o u tu b ro de 1934).
80) A u g u s t o M e y e r : M a ch a d o d e A ssis. P ô r to A leg re. G lob o.
1935. 116 p p .; 2* ed içã o. R io d e J a n eiro. O rg a n iza çã o Si­
m ões. 1956. 146 pp. ( E n sa io fu n d a m en ta l c o m q u e c o m e ç a
n o v a é p o c a da c r ític a m a ch a d ia n a : M a ch a d o c o m o esp írito
d em o n ía co , r e c a lc a d o ).
81) T e ix e ir a S o a r e s : M a ch a d o d e A ssis. E n sa io d e in terp reta çã o.
R io de J a n eiro. G u id o & Cia. 1936. 98 pp. ( T em o m érito
d e ch a m a r e s p e c ia lm e n te a a ten çã o p a ra os c o n to s d e M a­
c h a d o ).
82) L ú c i a M i g u e l P e r e i r a : M a ch a d o d e A s s i s . E stu d o c r ític o e
b io g rá fic o . São P a u lo. C om p a n h ia E d ito ra N a cio n a l. 1936.
342 p p .; 3’ e d iç ã o a u m en ta da . S ã o P a u lo. C o m p a n h ia E d i­
to r a N a cio n a l. 1946. 357 pp. (B io g r a fia d e fin itiv a ; in te r ­
p r eta çã o p s ico ló g ica c o m p le ta ).
83) A f r A n i o P e i x o t o : P r e fá c io da tra d u çã o fr a n c e s a , p o r F r a n c is
d e M io m a n d re, d e D o m C asm u rro. P a ris. In stitu to In ter­
n ation a ! de C oop era tion In tellectu elle. 1936, pp. 8-12.
DO CAnr.ns D a n t e de M o r a is : T ristã o d e A ta ld e e o u tro s estu d os.
P ô r to A le g re. G lob o. 1937. (B ra z Cubas, o d efu n to au tor,
pp. 109-117).
Hfl) E d u a r d o F r ie ir o : L e tr a s m in eira s. B e lo H orizon te. O s A m ig o s
(lo L iv ro . 1937. (M a ch a d o de A ssis e o téd io à c o n tr o -
vfirïia, pp. 138-145). ( S ô b re o liv ro d e M á rio C a sa sa n ta ).

153
86) M a u r ic e M u r e t : U n ro m a n b résilien , D o m C a sm u rro. (In :
J o u rn a l des D éb a ts, P a ris , 13 ja n v ier, 1937).
87) L íd ia de A l e n c a s t r o G r a ç a : M a ch a d o d e A ssis . ( I n : B o le tim
d o A r i e l , V I /6 , m a r ç o d e 1937, pp. 180-181). ( S ô b re o livro
d e L ú c ia M ig u el P e r e ir a ).
88) P e r e g r in o J ú n i o r : D o e n ç a e co n stitu içã o d e M a ch a d o d e A s s i s .
R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1938. 166 pp. (Im p o r ta n te
co n trib u içã o p s ic o fis io ló g ic a ).
89) M o d e sto d e A b r e u : M a ch a d o d e A ssis. R io de J a n eiro. E d .
N o rte . 1938. 86 pp.
90) M ário C a s a s a n t a : M in a s e o s m in eir o s na ob ra d e M a ch a d o
d e A ssis. B e lo H orizon te. O s A m ig o s d o L iv ro . 1938. 108 pp.
91) O l ív io M o n t e n e g r o : O r o m a n c e b rasileiro. R io d e J a n eiro.
J o sé O lím p io. 1938. (M a ch a d o d e A ssis, pp . 105-121). ( B ri­
lh a n te en sa io p s ic o ló g ic o s ô b r e a s duas a lm a s e m M a ch a d o ).
92) R odrigo O t á v io F i l h o : V elh o s a m ig os. R io d e J a n eiro. J osé
O lím pio. 1938. (O p u d o r de M a ch a d o d e A ssis, pp . 117-131).
93) M o de sto d e A b r e u : O R io d e J a n eiro n a o b ra d e M a ch a d o d e
A ssis. ( I n : J o rn a l d o B ra sil, 23 de ja n e ir o d e 1938).
94) L in d o l f o G o m e s : N ó tu la s s ô b r e M a ch a d o d e A ssis. ( I n : D iá ­
r io M e rca n til, J u iz de F o r a , 16 e 18 de fe v e r e ir o de 1938).
95) H e r c u l a n o B op.g e s da F o n s e c a : A p o e s ia d e M a ch a d o d e A s s i s .
( I n : C o rre io d a M anhã, R io de J a n eiro, 20 d e n o v e m b ro
d e 1938).
96) C iro V ieiea d a C u n h a : D a d o en ça e co n stitu içã o d e M a ch a d o
d e A ssis, liv ro d e P e r e g r in o J ú n ior. ( I n : A s p e cto s . R io
de J a n e iro , 11/16, d e z e m b ro d e 1938 — ja n e ir o d e 1939,
pp. 89-99).
97) E x p o s iç ã o M a c h a d o de A s s i s : In tro d u çã o d e A u g u sto M ey er .
R io d e J a n eiro. M in istério d a E d u c a ç ã o e Saúde. 1939.
238 pp. (P u b lica çã o p rin cip a l do C e n te n á r io ; c o m b oa
b ib lio g ra fia d os liv ro s e a r tig o s s ô b re M a ch a d o p u b lica d os
e m 1939).
98) C â n d id o J u c á F i l h o : O p e n s a m e n to e a e x p r e s s ã o e m Mar­
ch ad o d e A ssis. R i o d e J a n e i r o . L. F e r n a n d e s . 1939. 160 pp.
(T ra b a lh o filo ló g ic o ).
99) E l ó i P o n t e s : A v id a co n tra d itó ria d e M a ch a d o d e A s s i s . R io
d e J a n e iro . J osé O lím pio. 1939. 330 pp . (S ô b re o a m b ien te
literá rio do R io ã e J a n eiro , so b retu d o d u ra n te a p rim eira
f a s e d e M a ch a d o).
100) E u g ê n i o G o m e s : In flu ên cia s in g lêsa s e m M a ch a d o d e A ssis.
B a h ia. T ip . R e g in a . 1939. 63 pp. (P r im e ir o estu d o sé r io
d e litera tu ra com p a ra d a ap lica d a a M a ch a d o ; v e ja a s e ­
gu n d a v e r s ã o d ê s s e s tra b a lh os, ite m 197).
101) H e l o ís a L e n t z de A l m e i d a : A v id a a m o ro sa d e M a ch a d o ã e
A ssis. R i o de J a n eiro, s. e. 1939. 96 pp.
102) H u g o B r e s s a n e de A r a ú j o : O a s p e c to r e lig io so da ob ra d e
M a ch a d o d e A ssis. R io d e J a n eiro. C ru za d a d a B o a Im ­
p ren sa . 1939. 64 pp. ( P o n to d e v ista c a tó lic o ).
103) L ib e r a t o B i t t e n c o u r t : M a ch a d o d e A ssis o u D e s r e s p e ito ao
íd olo a ca d êm ico. R io de J a n eiro. O fic. G in ásio 28 d e Se­
te m b ro . 1939. 182 pp . (D o ú ltim o d os a d m ira d ores fa n á ­
tic o s d e T ob ia s B a r r e t o ; cu rio s id a d e).

154
104) L u ís P a u l a F r e i t a s : P e r fil d e M a ch a d o d e A ssis. R io d e J a ­
n e iro. O G lob o. 1939. 46 pp. (3* edigã o. R io d e J a n eiro.
 n co ra . 1947. 92 p p .).
105) M ário M a t o s : M a ch a d o d e A s s i s . O h o m e m e a obra. S ã o
P a u lo . C o m p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1939. 454 pp. (B io ­
g r a fia e x te n s a ).
106) M o d e st o d e A b r e u : B ió g r a fo s e c r itic o s d e M a ch a d o d e A ssis.
R io de J a n eiro. A ca d e m ia C a rio ca d e L etra s. 1939. 391 pp.
( E x p o s iç ã o p o u c o s is te m á tic a ; ex a lta A lc id e s M a y a e A l­
fr e d o P u jo l e m d etrim en to d o s c o m e n ta d o r e s m o d ern o s
A u g u s to M e y e r e L ú cia M ig u e l P e r e ir a ).
107) R a i m u n d o d e M o r a is : M a ch a d o d e A ssis. B e lé m . In stitu to
L a u r o S od ré. 1939. 215 pp.
108) F ed er aç S o d a s A c a d e m ia s d e L e t r a s : M a ch a d o d e A s s i s . C o n ­
fe r ê n c ia s . R io d e J a n eiro. B rig u ie t. 1939. 224 pp.
108a) M o d e st o de A b r e u : In fâ n c ia e a d o le s c ê n c ia d e M a­
ch a d o d e A ssis , pp. 9-33.
108b) C â n d id o M o t a F i l h o : M a ch a d o d e A s s is e o en ig m a da,
vid a, p p . 5 3 -8 4 .
1 0 8 °) B e n j a m i n L i m a : O H e r o ís m o da iro n ia e m M a ch a d o
d e A s s i s , p p . 8 5 -1 1 4 .
108^) M ário C a s a s a n t a : M a ch a d o d e A ssis , e s c r ito r n a cion a l,
pp. 115-203.
108e ) M a r t im G o m e s : A o b ra d e M a ch a d o d e A ssis e se u s
e f e i t o s n a ed u ca çã o m o ra l e cív ica , pp . 205-221.
109) O t o n C o s t a : C o n c e ito s e a firm a çõ es. R io de J a n eiro. P o n -
getti. 1939. (M a ch a d o d e A ssis, pp. 65-72; M a ch a d o d e
A ssis, ep ilé tico, pp. 73-86; A in d iv id u a lid a d e m ó r b id a de
M a ch a d o d e A ssis, pp. 87-94).
110) A n t ô n i o J o a q u im da S i l v a : A p o e sia d e M a ch a d o d e A s s i s .
(I n : R e v is t a d a A c a d e m ia B ra s ile ira de L etra s, v ol. L V l l l ,
1939, pp . 71-86).
111) C o e l h o d e S o u z a : F a s c in a n te in o cu la d o r d e v e n e n o s su tis.
(I n : O J orn a l, R io d e J a n eiro, 12 d e ja n e ir o d e 1939).
(E n tr e v is ta d o e n tã o S e cretá rio d e E d u ca çã o do R io G ran d e
do Sul, d en u n cia n d o a m en ta lid a d e a n tin a cio n a l d e M a ­
ch a d o ).
112) M a r t im G o m e s : M a ch a d o d e A ssis , e stu d o s d e ca ra cte ro lo g ia .
( I n : C o rre io do P o v o , P ô r t o A leg re, 12, 15 e 19 d e fe v e r e ir o
e 5 de m a r ç o d e 1939).
113) D a n t e C o s t a : M a ch a d o d e A s s i s e o co n to . ( I n : D o m C as­
m u rro, 20 de m a io de 1939, pp. 22).
114) R e v is t a do B r a s i l : N ú m ero e sp ecia l d ed ica d o a M a ch a d o d e
A ssis , 11/12, (3* fa s e ), ju n h o d e 1939.
114a) T r i s t ã o d a C u n h a : C o n to s d e M a ch a d o d e A s s i s ,
pp . 23-27.
114b) M a n u e l B a n d e i r a : M a ch a d o d e A ssis , p o e ta , p p . 28-33.
114°) A l m i r d e A n d r a d e : M a ch a d o d e A s s is , o ro m a n cista ,
pp. 34-41.
114d ) B ar reto L e it e F i l h o : O jo rn a lis ta q u e h o u v e e m M a ­
ch a d o d e A ssis , p p . 4 8 -5 4 .
114«) O r r is S o a r e s : O te a tr o d e M a ch a d o d e A ssis, pp . 55-62.
114f ) A u g u s t o M e y e r : O s g a lo s v ã o ca n ta r, pp. 69-73.

155
114b) L ia C orreia D utra: A lg u m a s m u lh ere s d e M a ch a d o de
A ssis , pp. 74-85.
114h ) G r a c il ia n o R am os: O s a m ig o s d e M a ch a d o d e A ssis,
p p . 8 6 -8 8 .
1 1 4 ') J o sé V ie ir a : M a ch a d o de A s s is , fu n cio n á rio p ú b lico,
p p . 8 9 -9 4 .
1141) A n t ô n io N o r o n h a S a n t o s : O R io d e J a n e iro e m 1862
e a s p rim eira s p r o d u ç õ e s d e M a ch a d o d e A ssis,
pp. 95-102.
114k) C iro T . de P á d u a : M a ch a d o d e A ssis, c r ític o , p p . 136-141.
115) A s t r o jil d o P e r e ir a : I n te r p r e ta ç õ e s . R io de J a n eiro. C asa d o
E stu d a n te d o B ra sil. 1944. (M a ch a d o de A ssis, ro m a n cis ta
d o S egu n d o R e in a d o , pp. 13-48). (F o i p r im eir o p u b lica d o
e m 1939, na R e v is ta do B ra sil, ite m 114; im p o r ta n te in te r ­
p r e ta ç ã o s o c io ló g ic a ). (T ra n s cr ito em item 245).
115a) A s t r o jil d o P e r e ir a : M a ch a d o d e A ssis, n o v elista dei
seg u n d o rein a d o. B u en os A ires. C olec. P r o b le m a s
A m e rica n o s . 1942. 61 pp. (E d içã o , e m ca stelh a n o,
do estu d o p r e c e d e n te ).
116) M o d e sto de A b r e u : T r ê s p e r s p e c tiv a s s ô b r e M a ch a d o d e A s s i s .
( I n : R e v is t a d a s A ca d e m ia s de L etra s, IV /1 1 , ju n h o d e
1939, pp. 151-158).
117) M ário C a s a s a n t a : O s e s c r a v o s na o b ra d e M a ch a d o d e A s s i s .
( I n : O E s ta d o de M in as, B e lo H orizon te, 15 de ju n h o
de 1939).
118) E dgard C a v a l h e ir o : M a ch a d o de A ssis e o tea tro . (I n : F ô lh a
d a M anhã, São P a u lo, 18 d e ju n h o de 1939).
119) M ár io V il a l v a : M a ch a d o d e A ssis. ( I n : J o rn a l do C om ércio,
R io de J a n eiro, 18 de ju n h o de 1939).
120) M ário C a s a s a n t a : A fo r m a ç ã o d e M a ch a d o d e A ssis. ( I n : O
E sta d o de M in as, B elo H orizon te, 20 de ju n h o de 1939).
121) F e r n a n d o M e n d e s de A l m e i d a : O te a tr o e a p o e sia d e M a­
ch a d o d e A ssis. ( I n : R o t e ir o , S ã o P a u lo, 21 d e ju n h o
de 1939).
122) E dgard C a v a l h e ir o : A crítica na o b ra d e M a ch a d o d e A ssis.
( I n : R o te ir o , S ã o P a u lo, 21 de ju n h o de 1939).
123) S íl v io R a b e l o : A vid a e a o b ra de M a ch a d o d e A ssis. (In :
D iá rio de P e r n a m b u co , 22 de ju n h o de 1939).
124) C o s t a R ê g o : Os p o lítico s d e M a ch a d o d e A ssis. ( I n : C orreio
d a M anhã, R io de J a n eiro, 22 d e ju n h o de 1939).
125) M ário C a s a s a n t a : O s estr a n g e ir o s na ob ra d e M a ch a d o d e
A ssis. ( I n : O J orn al, R io de J a n eiro, 25 de ju n h o de 1939).
126) A l o ís io C a r v a l h o F i l h o : O cr im e e o s crim in o so s n a o b ra de
M a ch a d o d e A ssis. ( I n : J o rn a l d o C om ércio, R io d e J a n eiro,
25 de ju n h o d e 1939).
127) C a r l o s B u r l a m a q u i K o p k e : Q u in ca s B o rb a ou o p o e m a da
fid elid a d e. ( I n : J orn a l d a M an hã, S ã o P a u lo, 25 d e ju n h o
de 1939).
128) M e l q u ía d e s P i c a n ç o : M a ch a d o d e A ssis , as fa s e s d e su a e v o ­
lu çã o literária. ( I n : J o rn a l do C om ércio, R io de J a n eiro,
25 de ju n h o de 1939).
129) A u r é l io B u a r q u e de H o l a n d a : L in g u a g em e estilo d e M a ch a d o
d e A ssis. (I n : R e v is ta d o B ra sil, 3* fa se, 11/13, ju lh o de

156
1939, pp. 54-70; 11/14, a g ô s to d e 1939, pp. 17-34). (A n á lise s
estilís tic a s, im p o r ta n te s ) .
130) M o d e s t o d e A b r e u : A ob ra -p rim a do h u m orism o m a ch a d ia n o:
M em ó ria s p ó stu m a s d e B ra z Cubas. (I n : A s p e cto s , ns. 21-23,
ju n h o -o u tu b ro de 1939, pp. 11-15).
131) C a r l o s C h i a c c h i o : M a ch a d o de A ssis, g ên io da m in úcia. ( I n :
A T a rd e, B a h ia, 11 d e ju lh o e 28 de a g ô s to de 1939).
132) L a u r o E s c o r e l : S ôb re M a ch a d o d e A ssis. ( I n : O J orn a l, R io
de J a n e iro , 30 d e ju lh o de 1939).
133) A l m e id a M a g a l h ã e s : O p en sa m en to p o lítico d e M a ch a d o d e
A ssis. ( I n : O E s ta d o de São P a u lo, 2 e 16 de a g ô s to de 1939).
134) S u d M e n n u c c i : O h u m orism o d e M a ch a d o d e A ssis. ( I n : R e ­
v is ta d a A ca d e m ia P a u lista de L etra s, I I /7 , setem b ro de
1939, pp . 84-113).
135) C ân d id o M ota F i l h o : O estilo d e M a ch a d o d e A ssis. (I n :
F ô lh a d a M anhã, São P a u lo, 1 de se te m b ro d e 1939).
136) O sório B o r b a : A s v iú va s d e M a ch a d o d e A ssis. ( I n : D iá rio
d a M anhã, R e c ife , 24 de s etem b ro de 1939).
137) J o s é A u g u s t o d e L im a : E lo g io d e M a ch a d o d e A ssis. ( I n : Ca­
d e rn o s d a H o ra P resen te, n'-' 5, ou tu b ro de 1939, pp. 64-98).
138) J o sé O it ic ic a : M a ch a d o d e A ssis. ( I n : E u clid es, R io de J a ­
neiro, 1/4, 15 de ou tu b ro de 1939, pp. 49-50, 64).
139) F id e l in o de F ig u e ir e d o : A tu a lid a d e d e M a ch a d o de A ssis. (I n :
O J orn al, R io de J a n eiro, 23 de ou tu b ro d e 1939).
140) A . B . B u e n o do P r a d o : M a ch a d o d e A ssis na litera tu ra uni­
versal. (I n : B o le tim d a U n iã o P a n a m e rica n a , W a sh in g ton ,
d e z e m b ro de 1939, pp. 601-603).
141) A f r â n io C o u t i n h o : A filo s o fia d e M a ch a d o d e A ssis. R io d e
Ja n eiro. V e cch i. 1940. 196 pp. (I n te r p r e ta ç ã o p a sca lia n a ).
142) A f r â n io C o u t i n h o : M a ch a d o d e A ssis e o p r o b lem a do m e s ­
tiço . ( I n : R e v is ta d o B ra sil, 3* fa se, 111/20, fe v e re iro de
1940, pp. 22-29).
143) L in d o l f o X a v ie r : M a ch a d o d e A ssis n o te m p o e n o esp a ço.
R io de J a n eiro. C o e d ito ra B ra sílica . 1940. I l l pp.
144) F ed eração d a s A c a d e m ia s de L e t r a s : M a ch a d o d e A ssis. E s tu ­
dos e en saios. R io de J a n eiro. B rig u iet. 1940. 237 pp.
144a) J osé de M e s q u i t a : D e L ív ia a D o n a C a rm o, a s m u lh ere s
na o b ra d e M a ch a d o d e A ssis, pp. 7-30.
144b) O . M a r t i n s G o m e s : M a ch a d o d e A ssis, a p recia çã o resu ­
m ida d e sita vid a e d e su a ob ra , pp. 31-75.
144c) P h o c io n S e r p a : M a ch a d o d e A ssis , o cro n is ta da S e­
m ana, pp . 77-117.
144a) L in d o l f o G o m e s : V oca b u lá rio de M a ch a d o d e A s s i s ,
pp. 119-165.
144e) C iro V ieira d a C u n h a : A co r r e s p o n d ê n c ia d e M a ch a d o
d e A ssis , pp . 167-209.
144f ) A ri M a r t i n s : M a ch a d o d e A ssis, te a tr ó lo g o , pp. 211-218.
1448) C aio T á c it o : O riso e o p r o p ó s ito d e M a ch a d o d e A ssis,
pp. 219-236.
145) J ú l io D a n t a s : M a ch a d o d e A ssis. S ep a ra ta d a s M em ória s da
A ca d e m ia das C iên cia s de L isb oa . 1940.
146) R oger B a s t id e : M a ch a d o d e A ssis, pa isa gista . ( I n : R e v is ta d o
B ra sil, 3’ fase, 111/29, n o v e m b ro de 1940, pp . 1-14).

157
147) U lis s e s P a r a n h o s : O s d eseq u ilib ra d os na o b ra d e M a ch a d o
d e A ssis. ( I n : R e v is t a d a A ca d e m ia P a u lis ta de L etras,
I I I / l l , s e te m b ro d e 1940, pp . 103-138).
148) G ar c ia D o m i n g u e s : A co n c e p ç ã o h ered itá ria n o D o m C as­
m u rro . R io de J a n eiro. A lb a . 1941. 56 pp.
149) C l á u d io d e S o u s a : O h u m orism o d e M a ch a d o d e A ssis. R io
d e J a n e iro . C iv iliza çã o B ra sileira . 1941. 36 pp.
150) T r is t ã o d p A t a í d e : T r ê s en sa io s s ô b r e M a ch a d o d e A ssis. B elo
H o riz o n te . P a u lo B lu h m . 1941. 94 pp.
151) Á l v a r o L i n s : J orn a l d e crítica . 1* série. R io d e J a n eiro. J osé
O lím p io. 1941. (M a ch a d o de A ssis, e x e r c íc io literá rio,
pp . 171-179).
152) B a r r e t o F i l h o : M a ch a d o d e A ssis. ( I n : R e v is ta d o B ra sil,
3® fa se , IV /3 5 , m a io de 1941, pp. 97-130). (T ra n s cr ito e m :
O ro m a n c e b ra sileiro. C o o rd e n a çã o d e A u ré lio B u a rq u e d e
H o la n d a . R io d e J a n eiro. O C ru zeiro. 1952, pp. 115-150).
153) J. M a to so C â m a r a J ú n i o r : “ C ã o” e “ c a c h o r r o ” n o “ Q uincas
B o r b a ” d e M a ch a d o d e A ssis. ( I n : R e v is ta d e C ultura,
R io de J a n eiro, X X X , 1941, pp . 56-58, 72-76).
154) R a i m u n d o M a g a l h ã e s J ú n i o r : M a ch a d o d e A ssis e su a p r e te n ­
did a in d ife r e n ç a p olítica . ( I n : P la n a lto, São P a u lo, 1/10, 1
de ou tu b ro de 1941, pp. 1-6). (D e fe n d e M a ch a d o c o n tr a essa
a c u sa çã o ).
155) H e r m í n i o d e B rito C o n d e : A tra g éd ia o cu la r d e M a ch a d o d e
A ssis . R io d e J a n eiro. A N oite. 1942. 120 pp.
156) H élio V ia n a : O p e n sa m en to v iv o d e M a ch a d o d e A ssis. R io
de J a n eiro. C u riosid a d e. 1942. (P r e fá c io , pp . V I I -X I V ).
157) J oão G a s p a r S i m õ e s : C a d ern o d e u m ro m a n cista . L isb oa .
F r a n c is c o F r a n c o . 1942. (M a ch a d o de A ssis e Sterne,
pp . 109-114; M a ch a d o d e A ssis e E ç a de Q ueiroz, pp . 115-119;
M a ch a d o d e A ssis e o p r o b le m a d o r o m a n ce b ra sileiro,
pp. 236-271). ( E stu d a a fa lh a , n a n o v elística , do s u b jeti-
v is m o ).
158) J o s é O sório de O l iv e ir a : E n q u a n to é p ossív el. L is b o a . U n i­
ve rs o . 1942. (B ra s ile iris m o de M a ch a d o de A ssis, pp. 151-162).
159) J o sé P er eira T a v a r e s : A lg u n s a s p e c to s da lin g u a g em d e M a ­
ch a d o d e A ssis. ( I n : B ra sília , C oim b ra , I, 1942, pp. 39-55).
160) L e v in d o L a m b e r t : A in fâ n cia e a e s c o la n a o b r a d e M a ch a d o
d e A ssis. ( I n : R e v is ta do B ra sil, 3» fase, V /5 1 , setem b ro
d e 1942, pp. 49-58).
161) P r u d e n t e d e M o rais N e t o : T h e B ra zilia n R o m a n ce. R io d e
J a n e iro . Im p re n sa N a cio n a l. 1943, pp. 24-28.
162) M á r io de A n d r a d e : A s p e c to s da litera tu ra b rasileira. R io d e
J a n e iro . A m e ric-E d it. 1943. (M a ch a d o de A ssis, pp . 119-143).
( I m p o r ta n te c o m o d ep o im en to d o m o d ern ista s ô b r e a u to r
tã o d ife r e n te d os id ea is m o d ern is ta s).
163) A f r â n io P e i x o t o : O A lie n is ta d e M a ch a d o d e A ssis. ( I n : R e ­
v is ta d a A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s, v o l. L X V T, 1943,
pp . 118-120).
164) B rito B r o c a : A litera tu ra d e g u e r r a n o B ra sil. ( I n : C u ltu ra
P o lítica , III/3 1 , a g ô s to de 1943, pp. 310-317). ( M a ch a d o sô b r e
a g u e r r a do P a ra g u a i).
165) M o r s é s V e l l i n h o : L e tr a s da P r o v ín cia . P ô r to A leg re. G lob o.
1944. (M a ch a d o de A ssis, a s p e cto s de su a v id a e d e su a
ob ra , pp. 175-197).
158
166) S érgio B u a r q u e d e H o l a n d a : C ob ra d e v id ro. São P a u lo.
M a rtin s. 1944. ( A filo s o fia de M a ch a d o d e A ssis, pp. 44-51).
( S ô b re o liv ro d e A frâ n io C o u tín h o ).
187) J o s u é M o n t e l l o : H istó ria s da v id a literá ria . R io de J a n eiro.
N o s s o L iv ro . 1944. (A fr a s e de M a c h a d o d e Assis,
pp. 143-157).
168) X avier M a r q u e s : E n sa ios. R io de J a n eiro. A c a d e m ia B ra si­
le ira de L etra s. 1944. (N o ta s sôb re M a ch a d o de A ssis,
v o l. I, pp. 95-98).
169) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : P r e fá c io da ed içã o d e C asa velh a . São
P a u lo . M artins. 1944, pp. 5-22.
170) O. C a r n e ir o G i f f o n i : E stética , e cu ltu ra . São P a u lo. C on ti­
n ental. 1944, pp . 75-99.
171) C â n d id o M o t a P il h o : O C am inh o d e tr ê s ag on ia s. R io de
Ja n eiro. J osé O lím pio. 1945. (M e d ita çõ e s sô b re M a ch a d o
de A ssis, pp . 64-207).
172) D u a r t e de M on ta le c -r e : E n sa io s ô b r e o p a rn a sia n ism o brasi­
leiro. C oim b ra . C o im b ra E d ito ra . 1945, pp. 68-69.
173) L e v in d o L a m b e r t : M a ch a d o d e A ssis e a M ú sica. ( I n : J o rn a l
do C o m é rcio , R io de J a n eiro, 11 d e fe v e r e ir o d e 1945).
174) L ídia B e s o u c h e t y N e w t o n de F r e i t a s : L ite r a tu r a d ei B rasil.
B u e n o s A ires. E d it. S u d a m erica n a . 1946. (M a ch a d o de
A ssis, pp . 74-88).
175) M a n u e l . B a n d e ir a : A p r e s e n ta ç ã o da p o e sia brasileira. R io
d e J a n e iro . C a sa d o E stu d a n te d o B ra sil. 1946, pp. 92-95.
176) J o sé L i n s do R ê g o : C o n fe r ê n c ia s n o P ra ta . R i o de J a n e i r o .
C a sa d o E stu d a n te d o B ra sil. 1946. (M a ch a d o de A ssis,
pp. 81-105).
177) S e b a st iã o F e r n a n d e s : F ig u ra s e leg en d a s. R io d e J a n eiro.
P o n g e tti. 1946. (M a ch a d o d e A ssis, pp. 69-88).
178) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : P r e fá c io d a tr a d u ç ã o ca ste lh a n a de
D o m C asm u rro. B u en os A ires. J a ck s o n . 1946. (P r ó lo g o ,
pp. V I I - X X X I I I ) .
179) C r u z M 'a l p i q u e : P a ra u m p o s sív el p e rfil d e M a ch a d o d e A ssis.
(I n : B ra sília , C oim b ra , III, 1946, pp. 83-107).
180) A u g u s t o M e y e r : A so m b r a da esta n te. R io d e J a n eiro. J osé
O lím p io. 1947. ( D a sen su a lid a d e n a o b r a d e M a ch a d o d e
A ssis, pp. 35-48: C apitu, pp. 49-61; S u gestões de u m texto,
pp. 63-102). ( B rilh a n tes estu d o s, co m p leta n d o o en saio
a n te r io r do a u to r ).
181) B ar reto F i l h o : In tro d u çã o a M a ch a d o de A ssis. R io d e J a ­
n eiro. A g ir. 1947. 270 pp. (N o v a in te r p r e ta ç ã o , do p o n to
d e v ista do h u m an ism o a ristã o).
182) B e z e r r a de F r e it a s : F o r m a e e x p r e s s ã o n o r o m a n c e b rasileiro.
R io d e J a n e iro. P o n g e tti. 1947. (E n tre o ro m a n tism o e
re a lis m o ; M a ch a d o d e A ssis, pp. 129-237).
183) A n t ô n i o N o r o n h a S a n t o s : Q u in cas B o rb a , o p e rso n a g em . (I n :
C o rre io d a M an hã. R io de J a n eiro, 26 de ja n e ir o de 1947).
184) W il t o n C a r d o s o : O s olh os d e C apitu, en sa io d e in te r p r e ta ç ã o
estilística . ( I n : K rite rio n , B e lo H orizon te, n ’ 2, ou tu b r o -
d e z e m b ro d e 1947, pp. 186-209).
185) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : O b ra sileiro M a ch a d o d e A ssis. (In :
C o rre io d a M anhã, R io de J a n eiro, 2 de n o v e m b ro d e 1947).

159
186) João G a s f a r S i m õ e s : L ib erd a d e do esp írito. P ô rto . L iv ra ria
P o r t u g á lij 1948. (O C aso de M a ch a d o de A ssis, pp. 337 348).
187) S a m u e l P u t n a m : M a rv elo u s J o u rn ey , a S u rv ey o f F o u r C en ­
tu r ie s o f B ra silia n L iter a tu re. N ew Y o r k . K n o p f. 1948,
p p . 178-187. ( C om p a ra çã o c o m H e n r y J a m e s).
188) W o l f g a n g K a y s e r : F u n d a m en to s da in te r p r e ta ç ã o e da A n á ­
lise L iterá ria . V ol. I. C oim b ra . A rm é n io A m a d o. 1948,
pp . 301-307. ( S ôb re “ B ra z C u ba s” ).
189) A n d r é M a u r o i s : P r e fá c io d a tr a d u çã o fra n ce s a d e B ra z C u bas
p o r R . C h a d eb ec de L ev a la d e. P a ris. E m ile-B u l. 1948.
pp . 7-13.
190) A n d r é M a u r o i s : D e s tin s ex em p la ires. M a ch a d o d e A ssis.
( I n : N ou v elles L ittéraires, P a ris, 22 ju ille t 1948).
191) O t t o M ar ia C a r p e a u x : U m a f o n t e filo s ó fic a d e M a ch a d o d e
A ssis. ( I n : A M anhã, R io d e J a n eiro, 4 de a b ril de 1948).
(.P ossível in flu ên cia de L e o p a rd i).
192) E l m a n o C a r d i m : N a m in h a sea ra . R io de J a n eiro. T ip og r.
J o rn a l do C om ércio. 1949. (M a ch a d o de A ssis, jorn a lista ,
pp. 201-214).
193) A r m a n d o C o rreia P a c h e c o : M a ch a d o d e A ssis rom a n cista .
W a sh in g to n . U n iã o P a n -A m erica n a . 1949. (P r e fá c io pp. 9-17).
194) R e n é L a l o u : M é m o ir e s d’ o u tr e -to m b e de B ra z C ubas, par
M a ch a d o d e A ssis. ( I n : N ou v elles L ittéraires, P a ris, 24
fé v r ie r 1949).
195) P e r e ir a da S il v a , H : A m eg a lom a n ia literá ria d e M a ch a d o de
A ssis. R io de J a n eiro. A u rora . 1949. 127 pp.
196) B r it o B p. o c a : A p olítica na ob ra d e M a ch a d o d e A ssis. (I n :
A M anhã, R io de J a n eiro, 18 d e setem b ro, 2 e 16 de ou tu b ro
de 1949). (M a ch a d o c o m o sa tír ico da p o lítica b ra sileira ).
197) E u g ê n io G o m e s : E sp elh o c o n tra esp elh o . S ã o P a u lo. Ipê.
1949. (M a ch a d o de A ssis, in flu ê n cia s inglesas, pp. 11-77;
U m a fo n te fra n cesa , V ic t o r H u g o, pp. 78-98; Q u in ca s B orb a ,
pp. 99-102; A s c o r r e ç õ e s de M a ch a d o de A ssis, pp . 103-117).
(E d içã o m u ito am pliada d o ite m 100).
198) C lo t il d e W i l s o n : M a ch a d o d e A ssis, en co m ia st o f lun acy.
( I n : H ispan ia, W a sh in g to n , X X X I I , 1949, pp. 198-201).
199) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : P r o s a d e fic ç ã o , d e 1870 a 19Z0. (H is­
tó ria da litera tu ra b rasileira, vol. X I I ) . R io de J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1950, pp. 55-103. (C o m p lem en to da b io g ra fia ).
200) C o n s t a n t i n o P a l e ó l o g o : M a ch a d o, P o e e D o s to ie w s k i. R io
d e J a n e iro . R e v is ta B ra n ca . 1950. (A in sa tis fa çã o de M a­
ch a d o de A ssis, pp. 99-151). (In te r p r e ta ç ã o p s ic a n a lu ic a ).
201) W o l f g a n g K a y s e r : N a c h w o r t d a tr a d u ç ã o a le m ã das M em ó­
r ia s p óstu m a s de B rá s C ubas. Z u rich . M an esse. 1950,
pp. 419-445.
202) P a u l i n o N e t o : M a ch a d o d e A ssis. A lg u n s d os se u s a sp ecto s.
( I n : R e v is ta d a A ca d e m ia F lu m in en se de L etra s, II, m a io
de 1950, pp. 93-104).
203) J o sé O só rio de O l iv e ir a : E x p lica çã o d e M a ch a d o d e A ssis e
do “ D o m C a s m u r r o ". L isb oa , s. e. 1950. 21 pp.
204) N élida N . I m p é r a t r ic e : E l cu rso d e u n a v id a h u m an a com o
p r o b lem a p s ic o ló g ic o : M a ch a d o de A ssis. R o s a r io . 1950. 13 pp.

160
205) W a l d k m a 1! B e r a r d in e l l i : M ed icin a e M éd icos. R io de J a n eiro.
J osé O lím pio. 1951. (M e d icin a e M e d ico s em M a ch a d o de
A ssis, pp. 9-51).
206) R e n a to de M e n d o n ça : O ramo de Oliveira. P ô r to . L ello. 1951.
(R e g io n a lis m o e u n iversa lism o na litera tu ra bra sileira ,
pp. 99-130).
207) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : P r e fá c io d a tr a d u ç ã o ca s te lh a n a de
B ra s Cubas. M éx ico. F o n d o de C u ltu ra E co n ó m ic a . 1951.
(In tr o d u c c ió n , pp. 7-21).
208) J . M a to so C â m a r a J ú n i o r : O estilo in d ireto liv re e m M a ch a d o
d e A ssis. ( I n : C o rre io d a M anhã, R io de J a n eiro, 27 de
m a io e 5 de a g ô s to d e 1951).
209) E duard K o r r o d i: D o m C asm u rro. ( I n : Z u e r c h e r Z eitu n g,
Z u rich , 14 d e n o v e m b ro d e 1951).
210) W il l ia m L . G r o s s m a n : In tro d u çã o d a tra d u çã o, p a r a o inglês,
d e B ra z Cubas. ( E p ita p h o f a Sm all W in n e r ). N e w Y o rk .
N o o n d a y P ress. 1951, pp. 11-14.
211) J o s é M aria B e l o : R e tr a to d e M a ch a d o d e A ssis. R io d e J a ­
n eiro. A N oite. 1952. 313 pp.
212) E u g ê n io G o m e s : P r a ta d e Casa. R io de J a n eiro. A N oite.
1953. (B ra z C u bas à ro d a d a vid a , pp. 77-84; M a ch a d o de
A ssis em F rib u rg o , pp. 85-88; O s s ilê n cio s de B ra z Cubas.
pp. 89-92; V o lta ire e M a ch a d o de A ssis, pp . 93-96; A m etá ­
fo r a em M a ch a d o de A ssis, pp. 97-102; O id e a lism o a rtístico
de M a ch a d o de A ssis, pp. 103-108).
213) J o sé B e t e n c o u r t M a c h a d o : M a ch a d o o f B ra sil. T h e L i f e an d
T im es o f M a ch a d o de A ssis. N e w Y o r k . B ra m érica .
1953. 228 pp.
214) W ald o F r a n k : In tro d u çã o d a tra d u çã o, p a r a o in glês, de
D o m C asm u rro. N e w Y o r k . N o o n d a y P re ss . 1953, pp. 5-13.
215) L a u r a M a r c h io r i : In tro d u çã o d a tr a d u ç ã o ita lia n a de B ra z
C u bas (M e m o r ie dalV aldilà). M ilan o. R iz zo li. 1953, pp. 5-10.
216) B e n j a m i n M . W oodbridge J r .: M a ch a d o de A ssis — o e n c o n tr o
do a r tis ta c o m o h om em . ( I n : P r o v ín c ia d e São P ed ro,
P ô r to A le g re, 18, 1953, pp. 18-25).
217) J . M a t o s o C â m a r a J ú n i o r : Q u in cas B o rb a e o h u m a n itism o.
( I n : D iá rio d e N o tícia s , R io d e J a n eiro, 15 de m a rço
de 1953).
218) O ctávio M a n g a b e ir a : M a ch a d o d e A ssis. S eu s c o n to s e r o ­
m a n c es e m p o n to p eq u en o . R io de J a n eiro. C iviliza çã o
B ra sileira . 1954. (In tro d u çã o , pp . 17-64).
219) C l o t il d e W il s o n : In tro d u çã o d a tra d u çã o, p a ra o in glês, de
Q u in cas B o rb a . L on d on . 1954, pp . 5-7.
220) W il l ia m L. G r o s s m a n : T h e I r o n y o f M a ch a d o d e A ssis . (I n :
C om m on w ea l, N e w Y o r k , 26 de fe v e r e ir o de 1954).
221) V iv ia n M e r c ie r : W it t y G loom . ( I n : C om m on w ea l, N e w Y o rk ,
16 d e ju lh o d e 1954).
222) F e l i x E t c h e g o y e n : E l h u m orism o b ra silefio — M a ch a d o de
A ssis. ( I n : C u a d ern os b ra silen os, B u e n o s A ires, 1 de s etem ­
b r o d e 1954, pp. 16-26).
223) B a r r e to F i l h o : M a ch a d o d e A ssis. ( I n : A L iter a tu ra no
B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. II. R io de J a n eiro.
E d ito ria l Sul A m e rica n a . 1955, pp. 77-106).

161
224) R . M a g a l h ã e s J ú n i o r : M a ch a d o d e A ssis , d esco n h ecid o . R io
de J a n e iro . C iv iliza çã o B ra sileira . 1955. (M a ch a d o de
A s s is e a q u estã o C h ristie, pp. 27-34; M a ch a d o de A s s is e
a g u e r r a d o P a ra g u a i, pp. 42-55; A “ E s tr ê la ” d o A lca za r,
pp. 56-71; M a ch a d o d e A ssis e a p o lítica , pp. 72-94; O b ilin -
g ü is m o d e M a ch a d o d e A ssis, pp . 109-124; M a ch a d o d e A ssis
e a A b o liçã o , pp. 125-154; O b u r o c r a ta M a ch a d o d e Assis,
p p . 155-183; A s re p e tiçõ e s d e M a ch a d o de A ssis, pp . 196-224;
O n a tiv ism o d e M a ch a d o de A ssis, pp. 236-249; A in flu ê n cia
de C arolin a, pp. 262-279; M a ch a d o de A ssis e os te s ta ­
m e n tos, pp. 314-332; M a ch a d o d e A ssis e a R e lig iã o ,
pp . 333-355; e o u tro s e s tu d o s ).
225) R . M a g a l h ã e s J ú n i o r : P r e fá c io de C o n to s esq u ecid o s. R io d e
J a n e iro . C iv iliza çã o B ra sileira . 1956, pp. 1-12.
226) J o s u é M o n t e l l o : E s ta m p a s literárias. R io de J a n eiro. O rg a ­
n iz a çã o S im ões. 1956. (C a m ilo e M a ch a d o d e A ssis,
pp. 74-79; L eitu ra s d e M a ch a d o d e A ssis, pp. 120-127).
227) M ú cio L e ã o : O c o n to d e M a ch a d o á e A ssis. ( I n : J o rn a l do
C o m é rc;o , R io de J a n eiro, 26 de a g ô s to d e 1956).
228) B rito B r o c a : M a ch a d o d e A s s is e a P o lític a e o u tro s estu d os.
R io de J a n eiro. O rg a n iza çã o S im ões. 1957. (A s p e c to s p o lí­
t ic o s e s o cia is d a o b ra de M a ch a d o de A ssis, pp . 7-111).
229) A u g u s t o M e y e r : M a ch a d o d e A ssis , 1935-1958. R io d e J a n eiro.
L iv ra ria S ã o J osé. 1958. (In clu i os iten s 80 e 180 e m a is
os segu in tes e s tu d o s : M a ch a d o de A ssis, pp. 95-124; O
e n tê rro de M 'achado de A ssis, pp. 159-170; O d elírio de
B r a z C ubas, pp. 207-215; T r e ch o s de u m p o s fá cio , pp. 216-225;
O a u to r e o h om em , pp. 225-231).
230) E u g ê n i o G o m e s : A s p e c t o s do ro m a n c e b rasileiro. B a h ia.
P r o g re s s o . 1958. (M a ch a d o de A ssis, pp. 77-110).
231) O c tá vio B r a n d ã o : O niilista M a ch a d o d e A ssis. R io de Ja­
n e iro . O rg a n iza çã o S im ões. 1958. 206 pp. (In te r p r e ta ç ã o
es tr ita m e n te m a rx ista , in c o m p r e e n s iv a ).
232) C o r r ê a P i n t o : M a ch a d o d e A ssis. R io d e J a n eiro. F o n g e tti.
1958. 28 pp.
233) F r a n c is c o P a t i : D icio n á rio d e M a ch a d o d e A ssis. H istó ria e
B io g r a fia das p erso n a g en s. São P a u lo. R ê d e L a tin a .
1958. 418 pp.
234) W il t o n C a r d o s o : T em p o e m e m ó ria e m M a ch a d o d e A ssis.
B e lo H o rizo n te . E s ta b e le cim e n to G r á fic o S a n ta M aria.
1958. 295 pp.
235) R a i m u n d o M a g a l h ã e s J ú n i o r : M a ch a d o d e A ssis, fu n cio n á rio
p ú b lico . (N o Im p ério e na R e p ú b lic a ). R io d e J a n eiro.
M in isté rio d a V ia ç ã o e O bras P ú b lica s. 1958. 130 pp.
236) R a i m u n d o M a g a l h ã e s J ú n i o r : A o r e d o r d e M a ch a d o d e A ssis.
R io de J a n eiro. C iv iliza çã o B ra sileira . 1958. (U m en tu sia s­
m o lite rá rio de M a ch a d o de A ssis, pp. 1-8; C a sim iro de
A b re u e M a ch a d o d e A ssis, pp. 21-30; M a ch a d o d e A ssis e
o s clá s s ico s p ortu gu êses, pp. 113-124; O q u e lia m o s p e r so ­
n a g e n s de M a ch a d o d e A ssis, pp. 143-152; M a ch a d o d e A ssis,
B a lza c e o ca p ítu lo dos ch a péu s, pp. 163-170; U m tem a
co m u m n a o b r a de E ç a e de M a ch a d o, pp. 171-178; M a ­
ch a d o de A s s is e o m ar, pp. 191-199; e o u tro s estu d o s ).

162
237) E u g ê n io G o m e s : M a ch a d o d e A ssis. R i o d e J a n eiro. L iv ra ria
S ã o José. 1958. (M a ch a d o de A sais e a n atu reza , pp. 29-39;
O re a lism o g r á fic o de M a ch a d o de A ssis, pp . 40-45; O m icro r-
re a lis m o de M a ch a d o de A ssis, pp. 52-62; O a rtista e a
socie d a d e , pp . 63-83; M a ch a d o de A ssis e o n atu ralism o,
pp. 84-90; S ch op en h a u er e M a ch a d o d e A ssis, pp. 91-98;
L a m b e M a ch a d o d e A ssis, pp. 99-104; M a ch a d o de A ssis
e Á lv a re s de A z e v e d o , pp. 1 0 5 -1 1 0 ; O estilo i n d i r e t o livre,
pp. 111-115; M a ch a d o de A ssis e G ogol, pp . 116-121; A in ­
v e n çã o de B ra z Cubas, pp. 122-130; M a ch a d o d e A ssis
h ip e rb ó lico , pp. 130-135; O m u n d o de R u b iã o , pp. 142-147;
A s du a s fo r m a s d e M a ch a d o de A ssis, pp. 148-154; À m a r­
g e m d a “ E s a ú e J a c ó ” , pp. 155-169; A ire s e o a m or,
pp. 170-174; O testa m en to estético d e M a ch a d o d e Assis,
pp. 175-215).
238) G u i l h e r m i n o C é s a r : G e n te do R io G ran d e n a o b ra d e M a­
ch a d o d e A ssis. ( I n : D iá r io de São P a u lo, 15 de ju n h o
de 1958).
239) G u s t a v o C o r ç â o : O d uplo M a ch a d o ; A in d a a d u plicid ad e d e
M a ch a d o d e A s s is ; D e la id G a rcia a B ra z C ubas. (In :
D iá rio de N otícia s, R io de J a n eiro, 15 e 29 de ju n h o e 6
d e ju lh o d e 1958).
240) J orge M a j a : H o ffm a n n e M a ch a d o d e A ssis. ( I n : C orreio d a
M anhã, R io de J a n eiro, 29 de a g ô s to de 1958).
241) R a i m u n d o M a g a l h ã e s J ú n i o r : M a ch a d o d e A s s is e L a F o n ­
tain e. ( I n : C o rre io d a M anhã, R io de J a n eiro, 7 de setem ­
b ro de 1958).
242) R e v is t a d o L iv ro, R io de J a n eiro, 11 d e s e te m b ro de 1958:
242a) A u g u s t o M e y e r : D e M a ch a d in h o a B ra z C u ba s, p p . 9 -1 8 .
242b) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : R e la ç õ e s d e fa m ília na o b ra d e
M a ch a d o d e A ssis , pp. 19-30.
2 42c) B r ito B r o c a : N a d éca d a m o d e r n is ta : M a ch a d o d e A s s i s
“ au d essu s d e la m ê lé e , p p . 3 7 -4 4 .
242<i) P e r e g r in o J ú n i o r : B io g r a fia d e u m liv ro s ô b r e M a­
ch a d o d e A ssis , pp. 45-59.
242®) F r a n k l i n de O l iv e ir a : O a r tis ta e m su a n a rra çã o. A
fo r tu n a c r ític a d e M a ch a d o d e A ssis , 1912-1958,
pp. 61-69.
2420 N e l s o n W e r n e c k S o d r é : P o s iç ã o d e M a ch a d o de A ssis,
pp . 95-99.
242b) J. M a t t o s o CA m a r a J r .: M a ch a d o d e A ssis e “ O C o r v o ”
d e E d g a r P o e , pp . 101-109.
242b) M. C avalcanti P roença: D u e lo s y Q u eb ra n tos,
pp. 111-114.
2421) R . M a g a l h ã e s J ú n i o r : M a ch a d o d e A ssis e C h a rles
L a m b , pp. 121-129.
242i) L edo I v o : O M a r e o P irila m p o, p p . 131-136.
242k) J. G a l a n t e de S o u s a : C ron o lo g ia d e M a ch a d o d e A ssis,
pp. 141-181.
243) D irc e C o r t e s R ie d e l : O te m p o n o r o m a n c e m a ch a d ia n o. R io
de J a n e iro . L iv r a r ia S ã o J osé. 1959. 223 pp.
244) A g r ip in o G r ie c o : M a ch a d o d e A ssis. R io de J a n eiro. J osé
O lím pio. 1959. 317 pp . ( T en ta tiv a d e red u z ir os e lo g io s ).
245) A st r o jil d o P e r e ir a : M a ch a d o d e A ssis. R io d e J a n eiro. L i­
v r a r ia S ã o J osé. 1959. (R o m a n c is ta d o S eg u n d o R e in a d o ,

163
pp. 13-42; in stin to e c o n s c iê n c ia de n a cion a lid a d e, pp. 45-85;
C rítica p o lítica e socia l, pp. 89-112; “ O A lm a d a ” e a h istória
d e cid ad e, pp . 115-145; P e n s a m e n to d ia lé tico e m aterialista,
pp. 149-180; A n tes e d e p o is d o “ B ra z C u b a s” , pp. 183-189.
O “ m a u ” e o “ b o m ” M a ch a d o, pp. 193-204; e ou tros estu d o s ).
246) M ibcio T a t i : O m u n d o d e M a ch a d o d e A s s i s . O R io d e J a ­
n eiro n a ob ra d e M a ch a d o d e A ssis. R io de J a n eiro. Se­
cre ta ria d a E d u c a ç ã o e C ultura. 1961. 243 pp. ( C om p le­
m e n to in d isp en sá v el d e tôd a s a s in te r p r e ta ç õ e s literá ria s).
247) J o s u é M o n t e l l o : O p r e s id e n te M a ch a d o de A ssis. S ã o P a u lo.
M a rtin s. 1961. 333 pp. ( S ôb re a ro d a a c a d ê m ica e os a m ig os
d e M a ch a d o ).
248) S a b a to M a g a l d i : P a n o ra m a do te a tr o b rasileiro. São P a u lo.
D ifu s ã o E u ro p é ia d o L iv ro . 1962, pp. 116-129.

José Veríssimo
José V e r í s s i m o D i a s d e M a t o s . Nasceu em Óbidos (Pará), em
8 de abril de 1857. Morreu no Rio de Janeiro, em 2 de
fevereiro de 1916.

OBRAS P R IN C IPA IS DE CRÍTICA LITERÁRIA

Estudos brasileiros (vol. I. Belém. Tavares Cardoso. 1889;


vol. II. Rio de Janeiro. Laemmert. 1894); Estudos de
literatura brasileira (6.a série. Rio de Janeiro. Garnier.
1901-1907) ; História da literatura brasileira. (Rio de
Janeiro. Francisco Alves. 1916; 3.a edição. Livraria
José Olímpio Editora, Rio de Janeiro, 1954).

Conforme depoimento de Manuel Bandeira, gostava José


Veríssimo mais dos poetas românticos que dos parnasianos, seus
contemporâneos; mas não era romântico e sim o crítico de Machado
de Assis. Bastam essas datas (e as incisivas observações de crítica
ao caráter da literatura nacional que ocorrem na sua< “ História
da Literatura Brasileira” ) para defini-lo como realista. Mas só a
posteridade teve bastante isenção de espírito para apreciar-lhe bem
a probidade.

B ib lio g r a fia

1) M a r t ín G a r c ía M e r c u : E l B ra sil in te lectu a l. B u e n o s A ires.


L a jo u a n e . 1900, pp. 97-140.
2) C a r l o s M a g a l h ã e s de A z e r e d o : H o m e n s e livros. R io de J a ­
n eiro. 1902. (U m c r ít ic o n a cion a l, pp. 259-285).
3) O live ira L i m a : J o s é V eríssim o . ( I n : Os A n ais, R io de J a ­
n eiro, III/9 5 , 23 de a g ô s to de 1906, pp. 181-184).
4) A u g u s t o M e ir a : J o s é V eríssim o. ( I n : C iên cia s e L etra s, R io
d e J a n e iro, V /6 , a g ô s to d e 1916, pp. 100-105, e V /7 , s etem b ro
d e 1916, pp. 181-184).

164
5) J o sé M ar ia B e l o : E stu d o s crítico s. R io de J a n eiro. J a cin to
R ib e ir o d os San tos. 1917. (J o s é V eríssim o, pp . 5-13).
6) A l c id e s M a y a : C rôn ica s e en sa ios P o r t o A l e g r e . G l o b o . 1918.
(J o s é V e ríssim o, pp. 160-167).
7) A l b e r t o F a h ia : D iscu rs o d e p o s s e na A ca d em ia B ra sileira d e
L e tra s. São P a u lo. T ip . d o E s ta d o d e São P a u lo. 1919. 87 pp.
8) I s a a c G o l d b e r g : B ra zilia n L iter a tu re. N e w Y o r k . K n o p f. 1922.
(J o s é V e ríssim o, pp. 165-187).
9) S il v a R a m o s : P e la v id a fo ra . R io de J a n eiro. R e v is ta d a
L ín g u a P o rtu g u êsa . 1922. (J o s é V eríssim o, pp. 59-68).
10) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da P rosa brasileira. 1933. (2* edi­
çã o . R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp . 165-166).
11) R o n a l d dk C a r v a l h o : P e q u e n a h istória da litera tu ra b rasileira.
5* e d içã o . R io de J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp . 327-329.
12) F r a n c is c o P r is c o : J o s é V eríssim o. Sua v id a e su a ob ra . R io
d e J a n eiro. B ed esch i. 1936. 192 pp.
13) Á l v a r o L i n s : J orn a l d e critica . 3* série. R io de J a n eiro. J osé
O lím pio. 1944. (P a le s tra sôb re J osé V eríssim o, pp. 25-44).
14) M a n u e l B a n d e i r a : J o s é V eríssim o . ( I n : A M a n h ã , Su plem en to
L e tra s e A rtes, 12 de ju n h o de 1949).
15) _O t t o M aria C a r p e a u x : J o s é V erís sim o , c r ític o da n a cion a li­
dade. ( I n : A M anhã, S u plem en to L e tra s e A rtes, R io de
Ja n eiro, 4 de d ezem b ro de 1949).
16) ã l v a r o L i n s : O p r im eir o cr ític o do C o rre io da M anhã. (In :
C o rre io d a M an hã. R io de Ja n eiro, 30 d e ju n h o de 1951).
17) O l ív io M o n t e n e g r o : A p r e s e n ta ç ã o ( I n : J o s é V e r í s s i m o : Crí­
tica. R io de J a n eiro. A g ir. 1958, pp. 5-14).

165
11
NATURALISMO

Bibliografia
1) Trro L f v i o d e C a s t r o : Q u e stõ es e p rob lem a s. P u b lic a ç ã o p ó s ­
tu m a p r e fa c ia d a p o r S ilv io R o m e ro . São P a u lo. E m p resa
d e p r o p a g a n d a literá ria lu so-b ra sileira . 1913. (O n atu ra ­
lism o n o B ra sil, pp. 111-129). (E s c r ito em 1888).
2) J osé V e r í s s i m o : E stu d o s b ra sileiros. V o l. II. R io de J a n eiro.
L a e m m e rt. 1894. (O r o m a n c e n a tu ra lista n o B ra sil, pp. 2-41).
3) A derbal de C arvalho: O n a tu ra lism o n o B ra sil. São L u ís d o
M a ra n h ã o . J ú lio R a m o s . 1894. 209 pp.
4) V M a g a l h ã e s : A litera tu ra b rasileira, 1870-1895. L isb oa .
a l b n t im
A n tô n io M a ria P e re ira . 1896. 300 pp.
5) J osé V e r ís s im o : H istó ria da litera tu ra brasileira. R io d e J a ­
n e iro. F r a n c is c o A lv es. 1916, pp . 353-359.
6) R onald de Carvalho: P e q u e n a h istó ria da litera tu ra brasi­
leira. 5» ed içã o. R io de J a n eiro. B rig u iet, 1935, pp . 312-335.
7) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : P r o s a d e f ic ç ã o , d e 1870 a 19Z0. (V ol.
X I I d a H is tó r ia d a litera tu ra b ra sileira , d ir ig id a p o r Á lv a ro
L in s ). R io d e J a n eiro. J osé O lím p io. 1950. 338 pp . (E ssa
o b ra , q u e é a d efin itiv a s ô b r e o a ssu n to, ta m b ém in clu i
es tu d o s s ô b r e o s rea lista s e o s fic c io n is ta s d a é p o c a pa rn a­
sia n a ).
8) J o su é M o n t e l l o : A fic ç ã o n a tu ra lista . ( I n : A L ite r a tu r a n o
B ra sil, e d it. p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. II. R io de J a n eiro.
E d ito r ia l Sul A m erica n a . 1955, pp . 49-74).

A té a publicação da obra de Lúcia Miguel Pereira sôbre o


romance brasileiro, 1870-1920, os estudos sôbre o naturalismo no
Brasil são quase todos da própria época, antes trabalhos de crítica
contemporânea que de historiografia literária; em parte, são
manifestos-panfletos de partido.
Não há discussão quanto aos escritores que integram o grupo:
são, conforme os anos de nascimento, Júlio Bibeiro, Domingos
Olímpio, Inglês de Sousa, Aluísio Azevedo e Adolfo Caminha. Mas
se quiséssemos estudá-los nessa ordem, falsificar-se-ia o panorama
da evolução literária, porque o naturalismo de Inglês de Sousa é
um fenômeno precursor, quase de antecipação, enquanto Domingos

166
Olímpio apareceu atrasado. Preferiu-se, por isso, a ordem das
datas de publicação dos livros decisivos dos autores.
Não aparece aqui, nesse grupo, o nome de Raul Pompéia. A
classificação do “ Ateneu” como romance naturalista foi equívoco
dos contemporâneos, repetido depois como “ fablc convenue” da
historiografia literária.
0 naturalismo brasileiro não é apenas um estilo; também é
uma mentalidade, dir-se-ia um conjunto de convicções literárias,
científicas, sociais e políticas. 0 centro de irradiação dessas con­
vicções é a chamada “ Escola áo Recife” (Tobias Barreto, Sílvio
Romero) que, embora sem relações diretas com o movimento na­
turalista, aparece^ por aquêle motivo iniciando êste capítulo.

Tobias Barreto
T o b ia s B arreto de M e n ezes. Nasceu em Campos (Sergipe), em
7 de junho de 1839. Morreu no Recife, em 26 de junho
de 1889.

OBRAS PRIN CIPAIS

Estudos alemães (Escada. Tipogr. Comercial. 1880-1881;


reedit. por Sílvio Romero, 1892); Questões vigentes
(1 8 8 8 ); Dias e noites (poemas, edit. por Sílvio Romero.
Rio de Janeiro. Imprensa Industrial. 1893).

EDIÇÕES

1) Obras completas, edit. por Manuel dos Passos Oliveira


Teles. Rio de Janeiro. Pongetti. 1926. 5 vols. (vol. I :
Estudos alemães; vol. I I : Filosofia e crítica; vol. I I I :
Questões vigentes; vol. I V : Discursos; vol. V : Vários
escritos).
2) Dias e noites. Rio de Janeiro. Organização Simões. 1951.

A vida tôda de Tobias Barreto, renovador da vida intelectual


brasileira pela introdução de pensamentos estrangeiros até então
desconhecidos, foi discussão, combate, polémica. Daí divergem
muito as opiniões sôbre êle, entre os pólos opostos da idolatria e
do desprêzo. Até hoje, sendo geralmente reconhecida sua impor­
tância histórica e tendo suas polêmicas perdido a atualidade,
existem “ tobiasianos” , lutando contra inimigos imaginários; tam­
bém Ihe defendem a poesia, romântico-conãoreira, mais correspon­
dente ao seu temperamento que à.s suas convicções científicas.
Tobias Barreto foi sobretudo um grande discutidor de idéias.

167
B ib lio g r a fia
1) S ílv io R o m e r o : H istó ria da litera tu ra brasileira. 1888. (3* edi­
çã o. R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1943. V o l. IV , pp. 144-242).
( E lo q u e n te e a p a ixon a d a d efes a , da p a r te d o m a is f ie l d os
d iscípu los, sa lp ica d a c o m a ta q u es c o n tra o riva l C astro
A lv e s ).
2) V a l e n t i m M a o a l h Xb s : E s c r ito r e s e escr ito s . 2* ed içã o. R io
d e J a n e iro . D o m in g o s d e M a ga lh ã es. 1894. (D ia s e N oites,
pp. 10-42).
3) M a r t í n G a r c ía M e r o u : E l B ra sil in telectu a l. B u en os A ires.
F e lix L a jo u a n e. 1900, pp. 65-96.
4) A r t u r O r l a n d o : E n sa io s d e crítica . R e c ife . T ip o g r. D iá rio
de P e r n a m b u co . 1904. (T o b ia s B a rreto, pp. 195-235).
( A r tu r O rlan do ta m b ém é d iscíp u lo ).
5) S íl v io R o m e r o : O u tros e stu d o s d e litera tu ra co n tem p o râ n ea .
L isb oa . A E d ito ra . 1905. (T ob ia s, pp. 35-42).
6) F a e l a n t e da C â m a r a : T ob ia s B a r r e to , o c r ític o , o jorn a lista ,
o ora d or. ( I n : R e v is ta A c a d ê m ic a d a F a cu ld a d e de D ire ito
d o R e c ife , X I V , 1906, pp. 113-187; X V , 1907, pp. 73-110;
X V I , 1908, pp. 65-106).
7) J o sé V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra brasileira. R i o de J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 332-334, 349-351. (.N ega a
in flu ên cia d ecis iv a d e T ob ia s n a ev o lu çã o do p en sa m en to
b r a s ile ir o ).
8) A l b e r t o S e a b r a : T ob ia s B a r r e to . ( I n : S ocied a d e d e C ultura
A r tís tic a , C o n fer ên cia s, 1914-1915. S ã o P a u lo . L ev i. 1916,
pp . 167-199).
9) V i r g í l i o d e Sã P e r e i r a : T ob ia s B a r r e to . R io d e J a n eiro. R e­
v is ta d o s T rib u n a is. 1917. 109 pp.
10) A f o n s o D ioríísio G a m a : T ob ia s B a r reto . São P a u lo. M on teiro
L o b a to . 1925. 127 pp.
11) J oão R ib e ir o : C rítica. C lá ssicos e ro m â n tic o s b ra sileiros. R io
de J a n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1952. (A s
O b ra s co m p le ta s de T o b ia s B a rreto, pp. 195-198). (E s c r ito
em 1926; ad m ira m u ito T ob ia s, m e n o s a p o e s ia d ecla m a ­
tó ria ).
12) T r is t ã o de A t a í d e : E stu d os. 1* série. R io d e J a n eiro. T e r ra
d e Sol. 1927. (T o b ia s B a rreto, pp. 375-393. (P o n to s d e v ista
c o n tr á r io s ).
13) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p r o sa brasileira. 1933. (2" edição.
R io d e J a n eiro. J o s é O lím p io. 1947, pp. 70-73).
14) G ilb e r t o A m a d o : T ob ia s B a r reto . R io de J a n eiro. A riel.
1934. 52 pp.
15) E x u p é r io M o n t e i r o : T ob ia s B a r r e to , o p o e ta . A ra ca ju . Im ­
p re n sa O ficia l. 1939. 33 pp.
16) H e r m e s L i m a : T ob ia s B a r reto . A é p o ca e o h om em . São
P a u lo . C o m p a n h ia E d ito ra N a cio n a l. 1939. 350 pp . (B io ­
g ra fia e s c r ita p o r u m a d m ira d or, m a s co m g ra n d e im p a r­
cia lid ad e) .
17) C e l s o V i e i r a : T ob ia s B a r reto , 1839-1939. R io de J a n eiro. B e-
d esch i. 1939. 84 pp.
18) O m e r M o n t ’ a l e g r e : T ob ia s B a r reto . R io d e J a n eiro. V e cch i.
1939. 326 pp.

168
19) D ario de B i t t e n c o u r t : T ob ia s B a r r e to , p o e ta . (I n : R e v is ta
d a s A ca d e m ia s de L etras, V /IS , a g ô s to d e 1939, pp. 45-55).
20) S eb r Xo S o b r in h o :T ob ia s B a r r e to , o D e s c o n h e c id o : g ên io o
d esg ra ça . V o l. I, A ra ca ju . Im p ren sa O ficia l, 1941, 334 pp.
21) N élson R om ero: T ob ia s B a r reto . R i o de J a n e i r o . O G lo b o .
1943. 29 pp. (P o n to d e v is ta ca tólico').
22) M ário C a b r a l : T ob ia s B a r r e to , o p o e ta . ( I n : R e v is ta de A r a ­
ca ju , II /2 , 1944, pp. 185-208).
23) C r is t in o C a s t e l o B ranco: H o m en s q u e ilu m in a m . R io de J a ­
n eiro. A u ro ra . 1946. (T o b ia s B a rreto, pp. 121-147).
24) O ctávio B r a n d Xo : O s in te lectu a is p r o g ressista s. R io de J a ­
n eiro. O rg a n iza çã o Sim ões. 1956. (T o b ia s B a rreto, pp . 13-56).
25) L u fs P i n t o F erreira : T ob ia s B a r r e to e a n o v a E s c o la do R e ­
cife . R io de J a n eiro. J osé K o n fin o . 1958. 177 pp.

Sílvio Romero
S íl v io V ascon celos da S il v e ir a R am os R om ero. N asceu em
L a g a rto ( S e r g i p e ) , em 21 d e a b r il d e 1851. M o r r e u n o R io
d e J a n e ir o , em 17 d e j u l h o de 1914.

obras p r in c ip a is

Contos populares do Brasil (1 88 3 ); 3.a edição (Rio de Janeiro.


Livraria José Olímpio. 1 95 4); Estudos de literatura
contemporânea (Rio de Janeiro. Laemmert. 1885); His­
tória da literatura brasileira (Rio de Janeiro. Garnier.
1888; 2.a edição, id. 1902; 3.a edição. Rio de Janeiro.
José Olympio. 1943); 5.a edição. Livraria José Olympio.
(Rio de Janeiro. 1954); Ensaios de sociologia e literatura
(1 90 1 ); Outros estudos de literatura contemporânea
(Lisboa. A Editora. 1905), etc., etc.

O grande propagandista dos princípios da “ Escola do Recife”


foi tão combatido como seu mestre Tobias Barreto e muito menos
endeusado. Em compensação, a posteridade firmou-lhe com maior
boa-vontade a fama de pesquisador, sociólogo e historiador literário.

B ib lio g r a fia
1) T r is t Xode A r a r ipe J ú n i o r : Sílvio R o m e r o , p o lem tsta . ( I n :
R e v is ta B ra sileira , X V , 1898, pp. 185-203, 371-379; X V I , 1898,
pp. 112-121, 188-204; X V I I , 1899, pp. 43-70; Os A n a is, R io de
J a n e iro , 11/15, 19 de ja n e ir o de 1905, pp. 34-37).
2) M a r t I n G a r c Ia M e r o u : E l B ra sil in telectu a l. B u en os A ires.
F e lix L a jou a n e. 1900, pp. 65-96.
3) A r t u r O r l a n d o : E n sa io s de crítica . R e c ife . T ip o g r. D iá rio
d e P e rn a m b u co . 1904. (S ílv io R o m e r o , pp. 145-193). ( P a n e­
g ír ic o ).

169
4) C ló v is B e v il á q u a : Sílvio R o m e r o . L isb oa . A E d itora . 1905. 42 pp.
5) A u gusto F ranco: E stu d o s e e scr ito s . B e lo H orizon te. Im p ren sa
O ficia l. 1906. (SíJvio R o m e ro , pp. 109-153).
6) J o s é V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra brasileira. 6’ série. R io
de J a n eiro. G a rn ier. 1907. ( A H is tó ria d a litera tu ra b ra si­
leira, pp . 1-14).
7) A r t u r G u i m a r ã e s : S ílvio R o m e r o de p erfil. P ô r to . A rtu r
J o sé d e Sou sa. 1915. 151 pp.
8) R o n a l d d e C a r v a l h o : P e q u e n a h istória da litera tu ra brasileira.
5® e d içã o . R io de J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 324-325.
9) C l ó v is B e v il á q u a : Sílvio R o m e r o . ( I n : R e v is ta d a A ca d e m ia
B ra s ile ira de L etra s, X I X /7 3 , ja n e ir o de 1928, pp . 744-754).
10) A r t u r M o t a : Sílvio R o m e r o . (I n : R e v is ta d a A ca d e m ia B ra ­
sile ira d e L etra s, X X /9 4 , ou tu b ro de 1929, pp. 166-192).
11) A l c id e s B e z e r r a : Sílvio R o m e r o , o p en sa d o r e o so ció lo g o .
(I n : P u b lica çõ e s d o A rq u iv o N a cion a l, X X X I I I , 1936,
pp. 19-42).
12) C a r l o s S ü s s e k i n d d e M e n d o n ç a : Silvio R o m e r o , su a fo rm a çã o
in te lectu a l. São P a u lo. C om p a n h ia E d ito r a N a cion a l.
1938. 342 pp.
13) S ílvio R a b e l o : Itin e r á r io d e Sílvio R o m e r o . R i o d e J a n e i r o .
J osé O lím pio. 1944. 260 pp. (B io g r a fia in te lectu a l, c o m ­
p l e ta ; co m b ib lio g ra fia ).
14) A n t ô n i o C â n d id o de S o u s a e M e l o : In tro d u çã o a o m é to d o cr i­
tic o d e Sílvio R o m e r o . São P a u lo. R e v is ta dos T rib u n a is.
1945. 223 pp. (T e s e u n iv er sitá ria ).
15) C r is t in o C a s t e l o B r a n c o : H o m en s q u e ilu m inam . R io d e J a ­
n eiro. A u rora . 1946. (S ílv io R o m e ro , pp. 151-175).
16) W í l s o n M a r t i n s : In te r p r e ta ç õ e s . R io d e J a n eiro. J osé O lím ­
pio. 1946. (S ílv io R o m e r o e s u a H is tó ria da litera tu ra
b ra sileira , pp. 255-297).
17) R o ber to A l v im C o r r e ia : A n te u e a crítica . R io d e J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1948. (S ílv io R o m e ro , pp. 248-260).
18) A ri M a c h a d o G u i m a r ã e s : Sílvio R o m e r o . R io de J a n eiro.
J o rn a l do C om ércio. 1951. 124 pp.
19) A r c e u G u i m a r ã e s : P r e s e n ç a d e Sílvio R o m e r o . R io de J a n eiro.
O rg a n iza çã o Sim ões. 1955. 240 pp.
20) O c t á v i o B r a n d ã o : Os in te le c tu a is p ro g ressista s. R io d e J a ­
n eiro. O rg a n iza çã o S im ões. 1956. (S ílv io R o m e ro , pp. 57-80).

Inglês de Sousa
H erculano M arcos I nglíss de S ousa (usou, no início, o pseudô­
nim o: Luís Dolzani). Nasceu em Óbidos (P ará), em 28 de
dezembro de 1853. Morreu no Rio de Janeiro, em 6 de
setembro de 1918.

obras

O Cacaulista (por Luís Dolzani) (Santos. Tipogr. Diário de


Santos. 1 8 7 6 ); O coronel Sangrado (por Luís Dolzani)
(Santos. Tipogr. Diário de Santos, 1 8 7 7 ); O Missionário

170
(Santos. Tipogr. Diário de Santos. 1 8 8 8 ; 2 .a edição. Rio
de Janeiro. Laemmert. 1 8 9 9 ) ; Contos amazônicos (Rio
de Janeiro. Laemmert. 1 8 9 2 ) .

EDIÇÃO

O Missionário. 3.a edição. Rio de Janeiro. José Olímpio.


1946.

A fama ãe Inglês de Sousa como representante do naturalismo


no Brasil baseia-se no romance “ O Missionário” ; pela data de
publicação dessa obra, êle seria “ discípulo” de Aluízio Azevedo.
Acontece porém que Inglês de Sousa já era naturalista nos
romances que publicou mais de um decênio antes sob o pseudônimo
“ Luís Dolzani”, numa época em que o naturalismo estava desco­
nhecido no Brasil, mais ou menos no tempo de Franklin Távora.
É, portanto, preciso considerav Inglês de Sousa como o primeiro
naturalista brasileiro.

Bibliografia
1) T r istã o de A k a r ipe J ú n io r : L ite r a tu r a b ra sileira , m o v im en to
d e 1893. R io de J a n eiro. D e m o c r á tic a E d ito ra . 1896,
pp. 125-130.
2) T r istã ode A r a r ip e J ú n i o r : P r ó lo g o da 2 " ed içã o d’ 0 M issio­
n ário. R io de J a n eiro. L a em m ert. 1899, pp . 7-40. ( E stu d o
d o p o n to d e v ista d o n a tu ra lism o da é p o c a ). (T ra n s cr ito
e m : A ra rip e J ú n ior. O b ra critica . V o l. II. R io de J a n eiro.
C a sa de R u i B a rb o s a . 1960, pp. 365-382).
3) J o sé V e r I s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra b rasileira. 3* série. R io
d e J a n eiro. G a rn ier. 1903. (U m ro m a n ce d a v id a a m a z ô­
n ica , pp. 21-32).
4) X avier M a r q u e s : E lo g io d e In g lê s d e Sousa. ( I n : D is c u r s o s
A ca d êm ico s. V o l. V . R io d e J a n eiro. C iv iliza çã o B ra s i­
leira. 3936, pp. 89-113). ( E s c r ito e m 1920).
5) H um berto de C a m p o s : C a rva lh os e roseira s. 4» ed içã o. R io de
J a n e iro . J osé O lím pio. 1935. (In g lê s de Sousa, pp . 130-135).
6) O l ívio M o n t e n e g r o : O ro m a n ce b rasileiro. R io de J a n eiro.
J o s é O lím pio. 1938. (In g lê s d e Sousa, pp. 71-82). ( E stu d o
m u ito e lo g io s o ).
7) P a u lo I n g l ê s d e S o u s a : A v id a d e In g lê s d e Sousa. (In : A
M an hã, S u p lem en to A u to re s e livros, 7 de s etem b ro d e 1941).
8) L ú c ia M i g u e l P e r e i r a : In g lê s d e Sousa versu s L u ís D olza ni.
( I n : C o rre io d a M anhã, R io de J a n eiro, 17 de ju n h o de
1945). (.R en ovan d o os estu d o s s ô b r e o r o m a n c is ta ; p r e fe r e o
“ M issio n á rio“ à s p r im eir a s o b r a s ).
9) A u r é l ioB u a r q u e de H o l a n d a : P r e fá c io da 3* ed içã o d’ O M is­
sion á rio. R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1946, pp. I-X V T .
(C o n s c ie n c io s o estu d o estilís tic o ).

Í71
10) L ú c iaM ig u e l P ereira : P r o s a d e fic ç ã o , de 1870 a 1920. (H is­
tó ria da litera tu ra b ra sileira , v ol. X I I ) . R io de J aneiro.
J o sé O lím pio. 1950, pp. 155-164.
11) S érgio B u a r q u e de H o l a n d a : In g lê s d e Sousa — “ O M ission á­
r io ” . ( I n : O ro m a n c e b rasileiro. C o o rd e n a çã o d e A u rélio
B u a rq u e de H ola n d a . R io de J a n eiro. O C ru zeiro. 1952,
pp. 167-174).
12) R odrigo O ctávio F i l h o : In g lê s d e Sousa. R io de J a n eiro. A ca­
de m ia B ra s ile ira de L etra s. 1955. 43 pp.

Aluízio Azevedo
A lu íz io T a n c r e d o B e lo G o n ç a lv e s de A zev ed o. Nasceu em São
Luís do Maranhão, em 14 de abril de 1857. Morreu em
Buenos Aires, em 21 de janeiro de 1913.

obras

TJma lágrima de mulher (Rio de Janeiro. Garnier. 1880);


O Mulato (São Luís do Maranhão. Tipogr. do País. 1881;
4.a edição. Rio de Janeiro. Garnier. 1909; 5.a edição,
id. 1927); O mistério da Tijuca ou Oirândola de amôres
(Rio de Janeiro. Garnier. 1882) ; Memórias de um con­
denado (1882; 3.a edição, sob o título: A Condessa
Vésper. 1902); Casa de pensão (Rio de Janeiro, Tip.
Santos. 1884; 7.a edição, Rio de Janeiro, Garnier. 1909;
8.a edição, id. 1925); Filomena Borges (Rio de Janeiro.
Tipogr. Gazeta de Notícias. 1884); O Homem (Rio de
Janeiro. Castro Silva. 1887; 3.a edição. Rio de Janeiro,
Garnier. 1923) ; O Coruja. (Rio de Janeiro, Garnier,
1890); O Esqueleto (1 89 0 ); O Cortiço (Rio de Janeiro,
Garnier, 1890; 7.a edição id. 1925); Demônios (1893);
A mortalha de Alzira (Rio de Janeiro, Fauchon. 1894) ;
Livro de uma sogra. (Rio de Janeiro. Domingos Ma­
galhães. 1895).

e d iç õ e s

1) Obras completas, edit. por M. Nogueira da Silva. Rio de


Janeiro. Briguiet. 3939-1941. 14 vols. (vol. I : TJma lá­
grima de mulher; vol. I I : O Mulato, 11.a edição; vol. I I I :
A Condessa Vésper; vol. I V : Girândola de amôres; vol. V :
Casa de pensão, 9.a edição; vol. V I : Filomena Borges;
vol. V I I : O Homem; vol. V I I I : O Coruja; vol. I X : O
Cortiço, 8.a edição; vol. X : O Esqueleto; vol. X I : A
mortalha de Alzira; vol. X I I : Livro de uma sogra;
vol. X I I I : Demônios; vol. X I V : O touro negro).

172
2) Obras completas. Introduções de Lúcia Miguel Pereira,
Fernando Góes, Luiz Santa Cruz, Eugênio Gomes, Antô­
nio Cândido, José Geraldo Vieira, Raimundo de Menezes,
Brito Broca, Jamil Almansur Haddad, Homero Silveira,
Herman Lima, Adonias Filho. 12 vols. São Paula
Martins. 1959/1961.
A Aluízio Azevedo ninguém negou jamais o título de repre­
sentante principal do naturalismo no Brasil. As restrições,
enquanto não se referem ao próprio gênero e estilo, só dizem
respeito a particularidades de importância menor: falta de cultura
do escritor, rápido esgotamento das suas possibilidades, imitação
de Zola. Mas êle continua um dos romancistas mais lidos do
Brasil, rivalizando a êsse respeito com Alencar e superando (fora
da opinião das elites literárias) o próprio Machado de Assis.
Bibliografia'
1) T r istã o de A r a ripe J ú n i o r : O bra crítica , edit, p o r A fr â n io
C ou tin h o. V o l. I. R io de J a n eiro. C a sa de R u i B a rb osa .
1959. (O M ulato, pp. 117-122). ( E s c r ito e m 1881).
2) U r b a n o D u a r t e : C asa de p en sã o. (I n : G a zeta literá ria , R io
de J a n eiro, I, 16, 10 de a g ô s to de 1884).
3) T i t o Livro d e C a s t r o : Q u e stõ es e p rob lem a s. P u b lic a ç ã o p ó s ­
tu m a p r e fa cia d a p o r S ílv io R o m e r o . São P a u lo. E m p resa
de p ro p a g a n d a literá ria lu so-b ra sileira . 1913. (O H om em ,
p o r A lu ízio de A zev ed o, pp. 53-62). (E x c e l e n t e a r tig o , p u b li­
ca d o p r im eir o e m A S em an a, 26 de n o v e m b r o d e 1887).
4) T r istã o de A r a ripe J ú n i o r : A T erra d e Z ola, e O H o m e m d e
A lu ízio A z e v ed o . (I n : N ovid a d es. R io de J a n eiro, 21, 22,
23, 24, 27 e 28 de fe v e re iro d e 1888; 1, 2, 5, 6, 7, 8, 10, 13,
15, 16, 19, 20, 22, 23 e 28 d e m a rç o de 1888; e 2 e 11 d e
a b ril d e 1888. (E s s a s é r ie d e BS a r tig o s é do m e lh o r q u e
a t é h o je s e d isse s ô b r e A lu íz io ). (R e e d iç ã o e m : O bra c r í­
tica. R io de J a n eiro. C asa d e R u i B a rb osa . 1960. V o l. II,
pp. 25-80).
5) V a l e n t i m M a g a l h ã e s : E s c r ito r e s e esc r ito s . R io de J a n eiro.
C a rlos G a spa r d a Silva. 1889. (2» ed içã o. R io d e J a n eiro.
D o m in g o s de M a ga lh ã es. 1894. O M u lato, pp. 75-83; C asa
d e pen são, pp. 85-112; O H om em , pp. 113-117).
6) C l ó v is B e v il á q u a : É p oca e ind ividu alid ad es. E s tu d o s literá rios.
R e c ife . Q uintas. 1889. (A lu íz io A ze v e d o e a d issolu çã o
ro m â n tica , pp. 147-170). (D o p o n to d e v is ta da “ E s c o la do
R e c i f e ’1).
7) A d e r b a l de C a r v a l h o : O n a tu ra lism o no B ra sil. São L u iz d o
M a ra n h ã o. J ú lio R a m o s . 1894, pp. 149-185.
8) J o sé V ep.I s s i m o : E stu d o s b rasileiros. V o l . II. R io de J a n eiro.
L a em m ert. 1894. (O ro m a n ce n atu ralista n o B ra sil, pp. 2-41).
(A lu ízio, o ú n ico a u tên tico v a lo r do n a tu ra lism o b rasileiro,
a p esa r da v u lga rid a d e p róp ria do g ê n e r o ).
9) T r istã o de A r a ripe J ú n i o r : L iter a tu ra b rasileira, m o v im en to
d e 1893. R io d e J a n eiro. D e m o c r á tic a E d ito ra . 1896.
pp. 147-148.

173
10) J o sé V e i í í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra brasileira. 1* série. R io
de J a n e iro . G a rn ier. 1901. ( A q u estã o do ca sa m en to,
pp. 27-50). ( S ô b re o " L iv r o d e u m a so g r a ” ; d e s fa v o r á v e l).
11) J o sé V e r í s s i m o : L e tr a s e litera tos. R io d e J a n eiro. J osé O lím ­
pio. 1936. (A lu íz io A zev ed o, pp. 59-64). (.E scrito e m 191S).
12) A l c id e s M a y a : D iscu rs o d e p o s se. ( I n : D is c u r s o s A ca d êm ico s.
V ol. III. R io d e J a n eiro. C iv iliza çã o B ra sileira . 1935,
pp. 9-35). (E s c r ito e m 191k).
13) José V e i í í s s i m o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. R io de J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 354-357.
14) B C o s t a : L e rom a n a u B résil. P a ris. G a rn ier.
e n e d it o 1918.
(L e n a lu ra lis m e : A lu ízio A zev ed o, pp. 122-160).
15) D o m in g o s B a r b o s a : A lu ízio A z e v e d o . ( I n : R e v is t a d a A c a ­
d e m ia M a ra n h en se de L etra s, II, 1919, pp. 80-90). (E s b ô ç o
d e b io g ra fia ).
16) E s c r a g n o l l e D ó r ia : A lu ízio A z e v ed o . ( I n : J o rn a l d o C om ér­
cio, R io de J a n eiro, 17 de ou tu b r o de 1919).
17) A F l Av io : V ela tu ra s. R io de J a n eiro.
l c id e s C a stilh o. 1920.
(A lu íz io A zev ed o, pp. 11-19).
18) A r t u r M o t a : V u lto s e livros. A ca d em ia B ra sileira d e L etra s.
S ã o P a u lo. M o n te iro L o b a to . 1921. (A lu íz io A zev edo,
pp. 81-95). (C o m algu m a s in d ica çõ es b ib lio g rá fica s).
19) A l c id e sM a y a : R o m a n tism o e naturalism o a tr a v é s da ob ra d e
A lu ízio A z e v e d o . P ô r to A leg re. G lob o. 1926. 52 pp. (E s ­
tu d o m o n o g r á fic o s ô b r e A lu íz io ; o resu lta d o da a n álise é
in d ica d o p e lo títu lo d o e s tu d o ).
20) A G r ie c o : E v o lu çã o da p r o sa b rasileira. 1933. (2» ed içã o.
g r ip in o
R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 77-79). (A lu ízio,
ta len to e s p o n tâ n e o , esg o ta d o p ela d ou trin a q u e seg u iu e
p ela fa lta d e cu ltu ra ).
21) R onald de C arvalho: P e q u e n a h istória da litera tu ra brasi­
leira. 5* e d içã o. R io de J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 318-319.
(G ra n d e, em b o r a v u lg a r o b serv a d o r d e tip o s n a cio n a is).
22) D o m in g o sB a r b o s a : A vid a d e A lu ízio A z e v ed o . ( I n : J orn a l
d o C om é rcio, R io de J a n eiro, 11 de a b ril d e 1937).
23) O l ív io M o n t e n e g r o : O ro m a n ce b rasileiro. R io d e J a n e ir o .
J osé O lím pio. 1938. (A lu íz io A zev ed o, pp. 61-70). (A c e n tu a
o ro m a n tism o d os c o m e ç o s e a in flu ên cia d e E ç a d e
Q u eiro z).
24) D o m i n g o s B a r b o s a : O s irm ã os A z e v e d o . ( I n : F e d e r a ç ã o das
A ca d em ia s d e L e tra s. C o n fer ên cia s. R io de J a n eiro. B ri­
g u iet. 1939, pp. 9-49).
25) M . N o g u e ir a da S i l v a : P r e fá c io da 9f ed içã o d e C asa d e p en sã o.
(O b r a s co m p leta s, v ol. V ) . R io d e J a n eiro. B rig u iet. 1940,
pp. 5-7. (A lu ízio, o m a ior ro m a n cista do B ra sil).
26) M. N o gu eira da S i i .v a : P r e fá c io d e U m a lá grim a d e m u lh er.
(O b r a s com p leta s, v ol. I ) . R io d e J a n eiro. B rig u iet, 1941,
pp. V I I -X I .
27) Á lvaro L i n s : J orn a l d e crítica . 2* série. R io d e J a n eiro. J osé
O lím pio. 1943. (D o is n aturalistas, pp. 138-152). (A lu ízio,
o ro m a n cista r e p r e s e n ta tiv o do S egu n d o R ein a d o ).

174
28) J osué M o n t e l l o : H istó ria da v id a literária. R io d e J a n eiro.
N o s s o L iv ro. 1944. (C o m o A lu ízio A ze v e d o se fê z ro m a n ­
cista, pp. 14-70).
29) L I dia B e s o u c h e t y N e w t o n d e F r e it a s : L ite r a tu r a d ei B rasil.
B u e n o s A ires. E d it. S u d a m erica n a . 1946. (A lu íz io A zev ed o,
pp. 89-95).
30) B e z e r r a de F r e it a s : F o r m a e e x p r e s s ã o n o r o m a n c e b rasileiro.
R io de J a n eiro. P o n g e tti. 1947, pp. 246-254.
31) R aul de A z e v e d o : T erra s e h om en s. R io de J a n eiro. P o n ­
getti. 1948. (A lu íz io A zev ed o, r o m a n cis ta d o B ra sil, pp. 51-84).
32) L ú c iaM ig u e l P e r e ir a : P r o s a d e fic ç ã o , d e 1870 a 1920. (H is­
tó ria da litera tu ra brasileira, v ol. X I I ) . R io de J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1950, pp. 138-155.
33) P aulo D a n t a s : A lu ízio A z e v e d o . S ã o P a u lo. M elh ora m en tos.
1954. 50 pp.
34) Josufi M o n t e l l o : A lu ízio A z e v e d o . ( I n : A L ite r a tu r a n o
B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. II. R io de J a n eiro.
E d ito ria l Sul A m e rica n a . 1955, pp. 57-62).
35) B rito B r o c a : O a p a rec im en to d e “ O C o r tiç o ” . ( I n : R e v is ta
d o L iv ro , R io de J a n eiro, 6, 1957, pp. 93-99).
36) R a i m u n d o d e M e n e z e s : A lu ízio A z e v e d o . U m a rod a d e r o ­
m a n ce. São P a u lo. M artin s. 1958. 343 pp. (A p rim eira
b io g ra fia do ro m a n cista ).
37) E u g ê n io G o m es: A s p e c t o s d o ro m a n c e b ra sileiro. B a h ia.
P r o g re s so . 1958. (A lu íz io A zev ed o, pp. 111-130).
38) M assaud M oisés: A lg u n s a s p e c to s d a O b ra d e A lu ízio A z e ­
v ed o . ( I n : R e v is ta d o L iv ro , 16, d ezem b ro de 1959,
pp. 109-137).
39) H e r m a n L i m a : A s p e c t o s d e A lu ízio A z e v e d o . ( I n : J o rn a l d o
C o m é rcio , 13, 20 e 27 de m a rç o e 3 de a b ril d e 1960).

Júlio Ribeiro
Nasceu em Sabará (Minas Gerais),
J ú lio C é s a r R ib e ir o V a u g h a n .
em 10 de abril de 1845. Morreu em Santos (São Paulo),
cm 1 de novembro de 1890.

OBRAS de f ic ç ã o

O Padre Belchior de Pontes (Campinas. 1876-1877; 2.a edição,


Lisboa. A. M. Teixeira. 1904); A Carne (São Paulo.
Teixeira & Cia. 1888; 6.a edição. Rio de Janeiro. Fran­
cisco Alves. 1921; 20.a edição, id. 1946).

A partir da hora da publicação, “ A Carne” foi chamada livro


escandaloso, pornográfico, sem valor literário; por outro lado, é
incontestável o grande sucesso popular do romance, porventura
causado por aquêles defeitos. Insistem porém os defensores de
Júlio Ribeiro em afirmar-lhe as qualidades de filólogo científico
e livre-pensador destemido.

175
Bibliografia;
1) T r is t ío de A r a r ip e J ú n i o r : A C a rn e, p o r Júlio R ib eiro . (In :
T re ze de M aio, R io de J a n eiro, 1/1, n o v e m b ro d e 1888, a b ril
de 1889, pp. 28-33, 107-116).
2) José V e r í s s i m o : E stu d o s b rasileiros. V o l. II. R io de J a n eiro.
L a em m ert. 1894. (O r o m a n ce n a tu ra lista n o B ra sil, pp. 2-41).
( “ A C a rn e” , u m a m o n str u o sid a d e).
3) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p r o sa b rasileira. 1933. (2’ edi­
çã o. R io d e J a n eiro. J osé O lím p io. 1947, pp . 76-77. ( P o r ­
n o g r a fia p a ra co leg ia is, irrita n d o os p r o v in cia n o s h ip ó crita s).
4) A r t u r M o t a : J úlio R ib eiro . ( I n : R e v i s t a d a A c a d e m i a B r a s i ­
le ira de L etra s, n ç 166, ou tu b ro d e 1935, pp. 165-173).
5) C l ã u d io de S o u s a : A C a rn e, d e Júlio R ib eiro . ( I n : R e v is ta d a
A ca d e m ia P a u lista de L etra s, I I /7 , s etem b ro d e 1939,
pp. 19-30).
6) L u ís M a r t i n s : J ú lio R ib eiro . ( I n : O E s ta d o d e S ã o P a u lo,
2 d e n o v e m b ro d e 1940).
7) O r Ig e n e s L e s s a : Júlio R ib eiro . C a pítu lo d e u m liv r o em p re­
p a ro . ( I n : P la n a lto. São P a u lo, 1 de fe v e r e ir o de 1941).
(O rIg en es L e s s a é o d e fe n s o r p e r m a n e n te do liv re-p en sa d o r
Júlio R ib e ir o ).
8) ã l v a r o L i n s : J orn a l d e crítica . 2® série. R io d e J a n eiro. J osé
O lím pio. 1943. (D o is n aturalistas, pp. 138-152). (J ú lio R i­
b eiro e s tá f o r a da litera tu ra s é r ia ).
9) J o io D o r n a s F i l h o : Júlio R ib eiro . B e lo H orizon te. C u ltu ra
b ra sileira . 1945. 101 pp.
10) M anuel B a n d e i r a : C en ten á rio d e J úlio R ib eiro . ( I n : R e v is ta
d a A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s, vol. L X I X , 1945, pp . 8-25).
11) E d u a r d o F r ie ir o : O ro m a n cista Júlio R ib eiro . ( I n : F ô lh a de
M inas, B e lo H orizon te, 15 de m a r ç o de 1945).
12) O t o n i e l ‘M otm J ú lio R ib eiro . (I n : R e v is ta d a A ca d e m ia P a u ­
lista de L etra s, V III/3 0 , ju n h o d e 1945, pp. 35-39).
13) G odofredo R a n g e l : Júlio R ib eiro . ( I n : P r o v ín c ia de São
P e d ro , n ç 5, ju n h o de 1946, pp . 113-117).
14) O. C a r n e ir o G i f f o n i : Júlio R ib eiro . S ã o P a u lo. S ocied a d e
A m ig o s d o s L e itores d o In te rio r. 1946. 26 pp.

Âdolfo Caminha
A d o lfo F e r r e ir a C a m in h a . Nasceu em Aracati (Ceará), em 2 9
de maio de 1 8 6 7 . Morreu no Rio de Janeiro, em 1 de janeiro
de 1 8 9 7 .

OBRAS

A Normalista (Rio de Janeiro. Magalhães & Cia. 1 8 9 2 ;


2 .a edição. São Paulo. I. Fagundes. 1 9 3 6 ) ; Bom-crioulo.
(Rio de Janeiro. Domingos de Magalhães. 1 8 9 5 ; 2 .a
edição, São Paulo. I. Fagundes. 1 9 4 0 ) ; A Tentação
(Rio de Janeiro. Laemmert. 1 8 9 6 ) .

176
Depois da sensação algo escandalosa que os romances de
Adolfo Caminha tinham provocado, o romancista foi quase esque­
cido. Poucos críticos têm-no estudado, e poucos fizeram jus ao seu
talento rude, mas superior.
Bibliografia
1) T r istã o de A r a ripe J ú n i o r : A N orm a lista , p o r A d o lfo C am i­
nha. ( I n : A S em ana, V /2 3 , 6 de ja n e ir o de 1894, pp. 178-179,
e V /2 4 , 13 de ja n e ir o de 1894, pp. 186) . (.E x celen te e s tu d o ).
(R e e d iç ã o e m : O bra crítica . R io de J a n eiro. C asa de R u i
B a rb osa . 1960. V ol. II, pp. 319-328).
2) A n t ô n i o P a pi J ú n i o r : A d o lfo C am inh a e a su a o b ra literá ria
1897. (C o n fo r m e S tud art [ v e ja -s e k\ u m fo lh e to pu blicado
e m F o r ta le z a , m a s do qual não e x is te m e x e m p la r e s nas
b ib lio teca s do R io d e J a n eiro n em n a s d e F o r ta le z a , c o n ­
f o r m e in fo rm a çã o do Sr. R aim u n d o G irã o).
3) F rota P e s s o a : - C rítica e p olêm ica . R io de J a n eiro. A r tu r G ur-
g u lin o. 1902. (A d o lfo C am inh a, pp. 215-233). ( D e fe s a do
ro m a n cista , en tã o m u ito a ta ca d o ).
4) G u i l h e r m e S t u d a r t , B a rão de S t u d a r t : D icio n á rio b iob ib lio-
g r á fic o c e a ren s e. V o l. I. F orta leza . T ip o -L ito g r a fia a V a p or,
1910, pp. 8-9.
5) A lfr e d o G o m e s : H istória literária. ( I n : D icio n á rio h istó rico ,
g e o g r á fic o e e tn o g r á fic o do B ra sil, co m e m o r a ç ã o do 1" C e n ­
ten á rio da In d ep en d ên cia . V o l. II, pp. II: R io d e J a n eiro.
Im p re n sa N a cion a l. 1922, pp. 1508-1509). (V m d os p o u c o s
q u e tra ta m A d o lfo C am inh a co m sim p a tia ).
6) B r e n o A r r u d a : C a m in h os p erd id os. R io d e J a n eiro. L u x.
1924. (A d o lfo C am inh a, pp . 99-120).
7) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p r o sa brasileira. 1933. (2 ’ ed içã o.
R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 99).
8) D écio P a c h e c o S il v e ir a : A p r e s e n ta ç ã o da £ ’ ed içã o d e A N o r­
m alista. S ã o P a u lo. I. F a gu n d es, 1936, pp. I-V .
9) L eonardo M ota: A padaria esp iritu al. F orta leza . E d ésio,
(1939), pp. 132-138.
10) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : P r o s a d e fic ç ã o , d e 1780 a 1920. (H is­
tó ria d.a litera tu ra b rasileira, vol. X I I ) . R io de J a n eiro.
J osé O lím pio. 1950, pp. 164-172.
11) V a l d e m a r C a v a l c a n t i : O en jeita d o A d o lfo Cam inha. (In : O
ro m a n c e b ra sileiro, d e 1752 a 1930. C o o rd e n a çã o de A u rélio
B u a rq u e de H ola n d a . R io de J a n eiro. O C ru zeiro. 1952,
pp. 179-190). (O m e lh o r e o m ais ju s to estu d o s ô b r e A d o lfo
C a m in h a ).
12) A be la r d o F. M o n t e n e g r o : O ro m a n c e c e a ren s e. F orta leza . Tip.
R o y a l. 1953. (A d o lfo C am inh a, pp. 70-76).
13) J o sué M o n t e l l o : A d o lfo C am inh a. ( I n : A L iter a tu ra no
B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. II. R io de J a n eiro.
E d ito ria l Sul A m e rica n a . 1955, pp. 70-73).
14) B rito B r o c a : H o ra s d e leitura . R io de J a n eiro. In stitu to N a ­
cio n a l d o L iv ro. 1957. (B o m -crio u lo , pp. 231-236).
15) S abóia R ib e ir o : R o te ir o d e A d o lfo Cam inha. R io de J a n eiro.
L iv ra ria S ã o J osé. 1957. 88 pp.

177
Domingos Olímpio
Nasceu em Sobral (Ceará),
D o m in g o s O lím p io B r a g a C a v a l c a n t i .
em 18 de setembro de 1850. Morreu no Rio de Janeiro, em
6 de outubro de 1906.

obras

Luzia-Homem (Rio de Janeiro. Comp. Lito-Tip. 1903;


2.a edição. Rio de Janeiro. Castilho. 1929; 3.a edição.
São Paulo. Livro do Mês. 1949).

Domingos Olímpio foi um ãos últimos naturalistas da litera­


tura brasileira. Usando êsse estilo para os fins do regionalismo
literário, tornou-se precursor do moderno romance nordestino.

Bibliografia
1) W a l f r id o R ib e ir o : D o m in g o s O lím pio e o “ L u z ia -H o m e m ” .
(I n : A ten eid a, R io de J a n eiro, 1/8-10, ju lh o -s e te m b ro d e
1903, pp. 187-191).
2) J o s é V e r í s s i m o : E s tu d o s d e litera tu ra b rasileira. 6® série. R io
de J a n eiro. G a rn ier. 1907, pp. 206-207.
3) G u i l h e r m e S t u d a r t , B ar ã o de S t u d a b t : D icio n á rio b iob ib lio-
g r á fic o ce a r e n s e . V o l. I. F o r ta le za . T ip o -L ito g r a fia a
V a p o r. 1910, pp. 226-227.
4) G u s t a v o B a r r o s o : D o m in g o s O lím pio. P r e fá c io d a 2* e d içã o de
L u zia -H o m em . R io d e J a n e iro . C a stilh o. 1929, pp. 7-16.
5) A n t ô n i o S a l e s : D o m in g o s O lím pio. ( I n : B o le tim d o A riel,
I I I /5 , fe v e r e ir o d e 1934, pp. 115).
6) O liv e ir a e F r a n k l i n : A s d u a s p a is a g en s in te lectu a is do N o rte.
( I n : D o m C a sm u rro, 6 de a g ô s to d e 1938).
7) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : T r ê s r o m a n cista s reg ion a lista s. (In :
R e v is ta d o B ra sil, 3* fa s e , IV /3 5 , m a io de 1941, pp . 86-96).
8) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : P r o s a d e fic ç ã o , d e 1870 a 1920. ( H is­
tó ria da litera tu ra b ra sileira , v o l. X I I ) . R io de J a n eiro.
J o sé O lím p io. 1950, pp. 199-204.
9) S ér gio M i l l i e t : D iá rio crítico . V o l. V I . São P a u lo. D e p a rta ­
m e n to d e C u ltu ra 1950, pp. 279-281.
10) D olor B a r r e ir a : H istó ria da litera tu ra c ea ren s e. T . II, P . I.
F o rta le za . In stitu to d o C eará, 1951, pp. 132-141.
11) A b e la r d o F . M o n t e n e g r o : O r o m a n c e ce a r e n s e . F orta leza .
T ip . R o y a l. 1953. (D o m in g o s O lím pio, pp. 79-84).
12) MiÉcio T a t i : E s tu d o s e n o ta s crítica s. R io de J a n eiro. In sti­
tu to N a c io n a l do L iv ro. 1958. ( A p ro p ó s ito de L u zia -
-H o m e m , pp. 81-101).
13) W i l s o n M a r t i n s : U m ro m a n c e a m b íg u o. ( I n : E sta d o de São
P a u lo. 5 d e s etem b ro d e 1959).

178
PARNASIANISMO

B ib lio g r a fia
1) V a l e n t imM a g a l h S e s : A litera tu ra b rasileira. 1870-1895. L i s b o a .
A n tô n io M a ria P ereira . 1896. 300 pp.
2) J o s é V e s I s s i m o : H istó ria da litera tu ra brasileira. R i o d e J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 359-372.
3) G eo r g e s L e G e n t i l : L ’ in flu e n c e p a rn a ssien n e a u B résil. ( I n :
R e v u e de L ittéra tu re C om p a rée, X I /1 , J a n v ier-M a rs 1931,
pp. 23-43).
4) R o n a l d de C a r v a l h o : P e q u e n a h istória da litera tu ra brasileira.
5* e d içã o . R io de J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp . 276-312.
5) M a n u e l B a n d e i r a : P r e fá c io da A n to lo g ia d o s p o e ta s b rasi­
leir o s da fa s e parna siana . 2* ed içã o. R io d e J a n eiro. M i­
n isté rio d a E d u c a ç ã o e Saúde. 1940, pp. 7-22. (O m e lh o r
resu m o da h istória do p a rn a sia n ism o b ra s ileiro ).
6) D u a r t e d e M o n t a l e g r e : E n sa io sô b r e o p a rn a sia n ism o brasi­
leiro. C oim b ra . C oim b ra E d itora . 1945. 104 pp.
7) P é r ic l e s E u g ê n io da S ilva R a m o s : A r e n o v a ç ã o p a rn a sia n a na
p o esia . ( I n : A lA te ra tu ra n o B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou -
tin h o . V o l. II. R io de J a n eiro. E d ito r ia l S u l A m erica n a .
1955, pp. 287-353).

O parnasianismo, o m,ovimento poético de maior repercussão


no Brasil do último têrço do século X I X e dos começos do século
X X . está principalmente representado pelos quatro grandes poetas
Alberto de Oliveira, Raimundo Correia, Olavo Bilac e Vicente de
Carvalho, precedidos pelos precursores Luís Guimarães Júnior e
Teófilo Dias. Entre os poetas contemporâneos daqueles quatro
parnasianos principais destacam-se os nomes de Augusto de Lima,
Emílio de Menezes e Francisca Júlia da Silva.
Parnasianos também há nos gêneros da prosa: são os roman­
cistas regionalistas da época, que diferem dos regionalistas natu­
ralistas, seus contemporâneos, e dos regionalistas neonaturalistas,
modernos, pelo intuito de estilizarão, pela preocupação tipicamente
parnasiana do estilo: Coelho Neto e Xavier Marques. Mas há mais
um prosador dessa época, dominado por preocupações estilísticas:
Rui Barbosa. Quem quisesse enquadrá-lo na evolução da literatura
brasileira, mal poderia fazê-lo senão definindo-o como parnasiano

179
em prosa. Por motivos de cronologia caber-lhe-ia, então, o lugar
entre os precursores e os poetas parnasianos propriamente ditos.

Luís Guimarães Júnior


Luís C a e t a n o P e r e i r a G u i m a r ã e s J ú n i o r . Nasceu no Rio de
Janeiro, em 17 de fevereiro de 1845. Morreu em Lisboa,
em 20 de maio de 1898.

OBRAS PRIN CIPAIS

Corimbos (Recife. Tipogr. Correio Pernambucano. 1869);


Sonetos e rimas (Roma. Tipogr. Elzeviriana. 1880;
2.a edição. Lisboa. Tavares Cardoso. 1886); etc.

Guimarães Júnior figura nas duas antologias organizadas por


Manuel Bandeira: entre os românticos e entre os parnasianos. A
figuras de transição não está muito garantida a sobrevivência;
mas Luís Guimarães Júnior sobrevive, não pela sua situação nestas
duas escolas, mas por dois ou três sonetos, caros a todos pela
emoção romântica e gravando-se na memória pela forma parna­
siana. Perante a crítica literária teve um sucesso de estima sem
entusiasmo; nunca foi muito estudado.

Bibliografia
1) F ia l h o d ’A l m e i d a : P r e fá c io da Z* ed içã o d e S o n eto s e rim as.
L isb oa . T a v a re s C a rd oso. 1886, pp. V I I - X X V . (O p a rn a sia ­
n ism o c o m o e x p ressã o en tã o m o d ern a ).
2) S ílv io R o m e r o : H istória da litera tu ra b rasileira. 1888. (3* ed i­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1943. V o l. IV , pp. 284-296.
( A ch a -o fin o e s te ta se m em o ç ã o p r o fu n d a ).
3) A n tô n io S a le s : L uís G u im arães. ( I n : R e v is t a B ra sileira ,
11/16, 1898, pp. 50-66).
4) J oâo R ib e ir o : E lo g io d e L u ís G u im arães. ( I n : D is c u r s o s A c a ­
d êm icos. V o l. I. R io de J a n eiro. C iv iliza çã o B ra sileira .
1934, pp. 31-38). (E s c r ito e m 1898).
5) J o sé V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra b rasileira. 1* série. R io
de J a n e iro. G arnier. 1901, pp. 191-206. (L u ís G u im a rã es ê
fr a c o c o m o ro m â n tic o e n o tá v el c o m o u m d os p r im eir o s
p a rn a sia n o s ).
6) A u g u s t o F r a n c o : F r a g m e n to s literá rios. B e lo H orizon te. B e l­
trão. 1904. (L u ís G u im a rã es, pp. 43-54).
7) H e n r iq u e d a s N e v e s : In dividu alidades. L isb oa . A n tô n io M a ria
P ereira . 1910. (L u ís de G u im a rã e s : u m son êto, pp. 202-203).
8) J o sé V e r í s s i m o : H istória da litera tu ra b rasileira. R io de J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 340, 363-364.
9) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p o e sia brasileira. 1932. (3*
edição. R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, p. 55). (P o e ta
fin o , p o u c o o rig in a l).

180
10) I racem a G u i m a r ã e s V i l e l a : L u ís G u im a rã es J ú n ior. R io d e
J a n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1934. 119 pp.
( B io g ra fia c o m p le ta ; c o m b ib lio g ra fia ).
11) R o n a ld de C a r v a l h o : P e q u e n a h istória da litera tu ra brasi­
leira. 5* e d iç ã o . R io de J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 286-288.
(E s ta b e le c e d e fin itiv a m e n te : e m o ç ã o ro m â n tic a plu s fo rm a
p a rn a sia n a ).
12) C a s s ia n oR ic a r d o : P o r q u e L u ís G u im a rã es fic o u . ( I n : A
M an hã, S u plem en to L etra s e A rtes, 2 d e n o v e m b ro de 1947).
13) C a s s ia n o R i c a r d o : A p r e s e n ç a d e L u ís G u im arães. (I n : R e ­
v is ta d a A ca d e m ia P a u lista de L etra s, X I/4 3 , s etem b ro de
1948, pp. 101-135).

Teófilo Dias
T e ó fiix )O d o r tc o D ia s d e M e s q u ita . Nasceu em Caxias (Mara­
nhão), em 28 de fevereiro de 1857. Morreu em São Paulo,
em 29 de março de 1889.

OBRAS

Lira dos verdes anos (Rio de Janeiro. Tip. Central. 1876);


Canlos tropicais (Rio de Janeiro. Gonçalves Guimarães,
1878); Fanfarras (São Paulo. Dolivais Nunes, 1882).

Em Teófilo Dias repete-se o fenômeno que caracteriza Luís


Guimarães Júnior — emoção romântica. plus forma parnasiana —
mas com maior intensidade: emoção violenta> forma precisa. A
crítica deixou de estudar êsse caso de imitação equívoca (muito
freqüente na época) de modelo Baudelaire porque o êxito de
Teófilo Dias foi apenas contemporâneo; mas a tradição literária
Ihe guarda tenazmente o nome.

Bibliografia
1) U rbano D u a r t e : A s F a n fa rra s. (In : G azetinh a, R io de Ja­
n eiro, 24 e 25 de a b ril de 1882).
2) V M a g a l h ã e s : T e ó filo D ias.
a l e n t im (In : T r ib u n a L ib era l,
São P a u lo, 21 e 25 d e a b ril de 1889).
3) F r a n c is c o J o sé T e ix e ir a B a s t o s : P o e ta s b ra sileiros. P ôrto.
L ello. 1895. (T e ó filo D ias, pp. 69-77).
4) A fo n so C e l s o : T eó filo D ias. ( I n : R e v is ta d a A ca d e m ia B ra ­
s ile ira de L etra s, n ' 5, ju lh o de 1911, pp. 75-85; n ? 10, ou tu ­
b ro d e 1912, pp. 197-203). (O ú n ico tra b a lh o d e a lg u m a
e x te n s ã o s ô b r e o p o e ta , e s c r ito p o r u m c o n te m p o r â n e o s e u ).
5) J o sé V e r ís s im o : H istó ria da litera tu ra b rasileira. R io de J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 366-367.
6) R onald de C a r v a l h o : P e q u e n a h istória da litera tu ra brasileira.
5’ e d içã o. R io de J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 291-294.

181
12
7) Á lvaro S alg ad o : V id a e p o e sia d e T eó filo D ias. (I n : C u ltu ra
P o lítica , 111/27, m a io de 1943, pp. 138-144).
8) D u a r t e d e M o n t a l e g r e : E n sa io s ô b r e o pa rn a sia n ism o brasi­
leiro. C oim b ra . C oim b ra E d itora . 1945, pp. 42-43, 69-70.

Rui Barbosa
A n tô n io R u i B arbosa de O liv e ir a . Nasceu na Cidade do
Salvador (Bahia), em 5 de novembro de 1849. Morreu em
Petrópolis, em 1 de março de 3923.

obras p r in c ip a is

O Papa e o concílio (Rio de Janeiro. Brown & Evaristo.


1877); Finanças e política da República (Rio de Janeiro.
Cia. Impressora. 1892); Cartas de Inglaterra (Rio de
Janeiro. Leuzinger. 1896) ; Réplica às defesas da redação
do projeto do Código Civil (Rio de Janeiro. Imprensa
Nacional. 1904); Eleição presidencial (Rio de Janeiro.
Imprensa Nacional. 1910-1912). Páginas literárias (Bahia.
Livr. Catilina. 1918); Cartas políticas e literárias (Bahia.
Livr. Catilina. 1919); Oração aos moços (São Paulo. O
Livro. 1920); A Queda do Império (Rio de Janeiro.
Castilho, 1921), etc. etc.
Sôbre a bibliografia imensa de Rui veja F e r n a n d o Néri: Rui
Barbosa. Ensaio biobibliográfico. Rio de Janeiro. Ed.
Guanabara. 1932; A n t ô n i o B a t i s t a P e r e i r a : Rui Bar­
bosa. Catálogo das obras. Rio de Janeiro, s. e. 1929.
226 pp.

e d iç ã o

1) Obras completas, edit. pela Casa de Rui Barbosa, sob a


orientação de Américo Jacobina Lacombe. 67 tomos, já
publicados até 1958.
2) Escritos e discursos seletos. Rio de Janeiro. José Aguilar.
1960.

Como homem de Estado e como jurista enche Rui Barbosa


meio século da história brasileira. Mas essas suas atividades não
entram no plano dêste livro, nem sequer sua atuação não menos
intensa de jornalista e gramático. Rui Barbosa, orador por exce­
lência, influenciou a literatura brasileira, menos pelas suas obras
do que pelo exemplo de cultor da língua e da palavra, o que
justifica a tentativa de incluí-lo entre os parnasianos, de cuja
pretendida impassibilidade sua vida de homem de ação é o
desmentido; mas não tem de ocupar-se com sua vida pública a

182
historiografia literária. Selecionando-se a bibliografia sôbre Rui,
deu-se a preferência aos estudos que dizem respeito ao aspecto
literário da obraj citaram-se outros estudos só enquanto fornecem
os indispensáveis elementos biográficos ou filológicos.

Bibliografia
1) M a r t ín G a r c ía M e r o u : E l B ra sil in te lectu a l. B u en os A ires.
F e lix L a jo u a n e. 1900, pp. 325-384.
2) J o sé V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra brasileira. 6 ’ s é r i e . R i o
de J a n eiro. G a rn ier. 1907. (B r ig a de g ra m á tico s , pp. 99-133).
( S ô b re a “ R é p lic a ” ).
3) N a z a r e t h M e n e z e s : R u i B a r b o s a , su a v id a e su a obra. R io
d e J a n e iro. C a sa D a v id . 1915. 357 pp.
4) M á r io d e L im a B a r b o s a : R u i B a r b o s a n a p o lítica e n a litera ­
tu ra, 1849-1914. R io de J a n eiro. B rig u iet. 1916. 420 pp.
(.A p o teo se em v id a ).
5) M a t e u s d e A l b u q u e r q u e : A s b elas a titu d es. R io de J a n eiro.
A riel. s. a. (R u i B a rb osa , pp. 165-188). (E s c r ito e m 1918).
6) A l c id e s M a y a : C rôn ica s e en saios. P ô r to A leg re. G lob o. 1918.
( R u i B a rb osa , pp. 168-173).
7) C o n s t â n c i o A l v e s : R u i B a rb osa . ( I n : R e v is ta do C en tro d e
C iên cia s, L etra s e A rte s d e C am p inas, X IX /4 6 -4 7 , ou tu b ro-
d e z e m b ro de 1920, pp. 11-20).
8) H o m e r o P i r e s : R u i B a r b o s a , e s c r ito r e ora d or. B a h ia. Im ­
p re n sa O ficia l. 1922. 43 pp.
9) J o io R ib e ir o : R u i B a rb osa . (I n : R e v is ta d a A ca d e m ia B ra si­
le ira de L etra s, ns. 25-26, ja n eiro, ju n h o de 1923, pp. 69-74.
10) L a u d e l in o F r e ir e : E lo g io d e R u i B a rb o sa . ( I n : D iscu rs o s
A ca d êm ico s. V o l. V I. R io d e J a n eiro. A . B. C. 1936,
pp. 33-65). (E s c r ito em 192b; R u i B a r b o s a , o m a ior e s c r ito r
do B ra sil).
11) JoAo L e d a : O v o ca b u lá rio d e R u i B a rb osa . São P a u lo. M on ­
te iro L o b a to . 1924. 154 pp. (R u i, tã o a p a ixon a d o p elos
estu d o s g ra m a tica is, to rn o u -se lo g o o b je to d e estu d o s d essa
n a tu rez a ).
12) O sório D u q u e E s t r a d a : C rítica e p olêm ica . R io de J a n eiro.
P a p e la ria V ên u s. 1924. ( A O ra çã o a os M oços, pp. 32-34).
13) C lo d o m ir C a r d o s o : R u i B a rb osa , a su a in te g rid a d e m ora l e
a u n id a d e da su a obra. R io d e J a n eiro. R e v is t a d a L ín g u a
P o rtu g u e sa . 1926. 345 pp.
14) C o l e m a r N a t a l e S i l v a : R u i B a r b o s a em sen te m p o e e m seu
m eio . R io de J a n eiro. T ip o g r. P a tro n a to . 1928. 169 pp.
15) A r t u r M o t a : R u i B a rb osa . ( I n : R e v is ta d a A ca d e m ia B ra si­
le ira de L etra s, n" 80, a g ô s to de 1928, pp. 408-433). (E stu d o
b io b ib lio g rá fico , m u ito in c o m p le to ).
16) R e n a t o A l m e i d a : R e v is ã o d e V a lôres. R u i B a rb osa . (I n :
M o v im e n to B ra sileiro, 1/2, fe v e r e ir o de 1929). (O m o d ern is­
m o b ra sileiro r e a g iu ju s ta m e n te c o n tr a e ssa s q u a lid ad es d e
R u i, q u e s e n o s a fig u ra m c o m o típ ica s do P a rn a sia n ism o:
cu lto da fo r m a , e tc . M a s não h o u v e m u ito s a ta q u e s, p orq u e
s e sim p a tiza v a com as a titu d es p o lítica s d e R u i).
17) F e r n a n d o N é r i : R u i B a rb osa . R io d e J a n eiro. G u a n a b ara.
1932. 282 pp. (C rôn ica da vid a e b ib liogra fia das o b ra s ).

183
18) A. P o m p ê o : R u i e N a b u co. S ã o P a u lo . R e v is t a d o s T rib u n a is.
1930. 154 pp.
19) A g r ip in o G rieco : E v o lu ç ã o d a p r o sa b rasileira. 1 9 3 3 . (2 * e d i ­
çã o . R io d e J a n eiro. J osé O lím p io. 1947, pp . 196-202).
( A d m ira çã o, c o m a lg u m a s iro n ia s).
20) J o s é M a r i a B e l o : In te lig ê n c ia d o B ra sil. 2 ' e d iç ã o . S ã o P a u lo.
C o m p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1935. (R u i B a rb osa ,
pp . 173-211).
21) H u m b e r t o d e C a m p o s : C rítica . V o l. I, 3* e d içã o . R io d e J a ­
n e iro. J o sé O lím p io. 1935. (R u i B a rb osa . C o le tâ n e a lite­
rá ria , pp . 26-35).
22) R e b e l o G o n ç a l v e s : F ilo lo g ia e litera tu ra . S ã o P a u lo . C o m ­
p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1937. (O h u m a n ism o d e R u i B a r ­
bosa , pp . 293-310).
23) T e n ó r i o d ’ A l b u r q u e r q u e : A lin g u a g em d e R u i B a rb osa . R io
de J a n e iro . S ch m id t. 1939. 212 pp.
24) J o ã o D o r n a s F i l h o : A lg u m a s n o ta s s ô b r e o e s c r ito r R u i B a r­
bosa. ( I n : D o m C a sm u rro, 14 de ja n e ir o d e 1939).
25) L u ís V i a n a F i l h o : A v id a d e R u i B a rb osa . S ã o P a u lo. C om ­
p a n h ia E d itô r a N a cio n a l. 1941. 301 pp. (2* ed içã o, id. 1949,
438 p p .). (B io g ra fia , a ta ca d a c o m o sen d o a lg o ro m a n cea d a ).
26) F i d e l i n o d e F i g u e i r e d o : A p erson a lid a d e literá ria d e R u i B a r­
bosa. ( I n : B ra sília , C oim b ra , I, 1942, pp . 133-135).
27) R e b e l o G o n ç a l v e s : A elo q ü ên cia d e R u i B a rb osa . (In : B ra­
sília, C oim b ra , I, 1942, pp . 509-518).
28) J oão M a n g a b e ir a : R u i, E sta d ista da R ep ú b lica . R io d e J a ­
n eiro. J o sé O lím pio. 1943. 432 p p . ( R u i c o m o m o d élo d e
esta d ista p r o g r e s s is ta ).
29) A st r o jil d o P e r e ir a : In te r p r e ta ç õ e s . R io de J a n eiro. C asa d o
E s tu d a n te d o B ra sil. 1944. (R u i B a rb o s a e a E s cra v id ã o ,
pp. 179-221).
30) O. C arn eiro G iffo n i: E s té tic a e cu ltu ra . São P a u lo. C on ti­
n ental. 1944, pp. 64-74.
31) L u l s D elga d o: R u i B a rb osa , te n ta tiv a d e co m p r e e n s ã o e de
sín tese. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1945. 26 pp. (D e ­
fe s a d e R u i c o n tr a a s cen su r a s d e in co m p ree n sã o d os p r o ­
b lem a s so cia is, m e ra r e tó r ic a , e tc .).
32) C h a r le s W illia m T u r n e r : R u i B a rb osa , B ra zilia n C ru sa d er
f o r th e E sse n tia l F r e e d o m s . N e w Y o r k . A b in g d on -C ok es-
b u ry P ress. 1945. 208 pp.
33) A m é r ic o da C o s t a R a m a l h o : A cu ltu ra clá ssica d e R u i B a r­
bosa. ( I n : B ra sília , C oim b ra . III. 1946, pp . 528-532).
34) C r is t in o C a s t e l o B r a n c o : H o m en s q u e ilu m inam . R io d e J a ­
neiro. A u rora . 1946. R u i B a rb osa , pp. 5-29).
35) A m é r ic o P a l h a : H istó ria ãa vid a de R u i B a rb osa . R i o de J a ­
neiro. M in erva . 1948. 84 pp.
36) M ário de L i m a B a r b o s a : R u i B a rb osa . S. P a u lo. Ipé. 1949. 274 pp.
37) A m é r ic o M o u r a : R u i e a rép lica . R io de J a n eiro. C a sa de
R u i B a rb o sa . 1949. 60 pp.
38) M ic h e l S i m o n : R ui. R io de J a n eiro. C asa de R u i B a rb osa .
1949. 248 pp.
39) J osé M aria B e l o : J oa q u im N a b u c o , R u i B a rb osa . D u n s c o n ­
fe r ê n c ia s . R io de J a n eiro. M in istério das R e la ç õ e s E x te ­
riores. 1949. 42 pp.

181
40) L u ís V i a n a F i l h o : R u i <& N a b u co. R io de J a n eiro. J osé
O lím pio. 1949. 230 pp.
41) G ladston e C h aves de M elo : A língua e o estilo d e R u i B a r­
bosa. R io de J a n eiro. O rg a n iza çã o Sim ões. 1950. 52 pp.
42) W alter F o n t e n e le R ib e ir o : R u i e o v ern á cu lo . S ã o P a u lo.
J o rn a l d os L iv ros. 1950. 111 pp.
43) R enato de M endonça: O ra m o d e oliv eira . P ô r to . L ello.
1951. (A v id a h e ró ica de R u i B a rb osa , pp. 66-98).
44) S i l o G o n ç a l v e s : A Á g u ia d e H aia. B io g r a fia d e R u i B a rb osa .
2* edição. R io de J a n eiro. P o n g e tti. 1952. 265 pp.
45) R . d e M o n t e A r r a e s : C idadão d e d ois m u n dos. R u i B a rb o sa ,
n u m a s ín te s e in te rp reta tiv a . R io de J a n eiro. T ip o g r a fia
do P a tro n a to. 1952. 284 pp.
46) A m é r i c o J a c o b i n a L a c o m b e : F o r m a ç ã o literá ria d e R u i B a r­
bosa. C oim b ra . U n iversid a d e. 1954. 45 pp.
47) H e r m e s L i m a : Id éia s e F ig u ra s. R io d e J a n eiro. M in istério
d a E d u ca çã o . 1958. (R u i B a rb o s a c o m o jorn a lista , pp. 85-94).
48) L u ís D e l g a d o : R u i B a rb osa . ( I n : A L iter a tu ra n o B ra sil,
edit. p o r A fr â n io C ou tin h o. R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul
A m e rica n a . 1959, pp. 275-287).

Alberto de Oliveira
Nasceu em Palmital d e
A n t ô n io M a r ia n o A l b e r t o d e O liv e ir a .
Saquarema (na então província do Rio de Janeiro), em 28
de abril de 1859. Morreu em Niterói, em 19 de janeiro de
1937.

OBRAS

Canções românticas (Rio de Janeiro. Tipogr. Gazeta de


Notícias. 1878); Meridionais (Rio de Janeiro. Tipogr.
Gazeta de Notícias. 1884); Sonetos e poemas (Rio de
Janeiro. Moreira Maximino. 1885); Versos e rimas (Rio
de Janeiro. Tip. Étoile du Sud. 1895); Poesias completas
(Rio de Janeiro. Garnier. 1900); Poesias, 2.a série. (Rio
de Janeiro. Garnier. 1912); Poesias, 3.a série (Rio de
Janeiro. Francisco Alves. 1913); Bamo de árvore (Rio
de Janeiro, Anuário do Brasil. 1922) ; Poesias, 4.a série
(Rio de Janeiro. Francisco Alves. 1927).

e d iç ã o

Poesias escolhidas, edit. por Jorge Jobim. Rio de Janeiro.


Civilização Brasileira. 1933.

Dos quatro poetas principais do parnasianismo brasileiro é


Alberto de Oliveira o mais velho. Mas sobreviveu aos outros,
realizando vida poética de coerência admirável. Foi o represen­
tante máximo das virtudes — e dos defeitos — do estilo parnasiano.

185
Sem ser verdadeiramente “ impassível”, como a doutrina da escola
o exigiu, deu mais que qualquer outro a impressão de impassibi­
lidade, pela perfeição da forma e também por certa impermeabili­
dade do espírito. Por isso, Alberto de Oliveira foi, em seu tempo,
muito admirado, mas sem os exageros de entusiasmo. Por outro
lado, prolongando-se-lhe a vida em época do pleno modernismo, o
velho poeta foi menos atacado do que se poderia pensar. Sobre­
tudo a ala do modernismo, que veio do simbolismo, guardou-lhe
spmpre respeito, atitude que foi mantida pelos chamados “ pós-
-modernistas” .

Bibliografia
1) L u ís H u k a t : O s n o s s o s p o e t a s . A l b e r t o d e O l i v e i r a . ( I n : A
V id ã M od ern a , n w 3, 24 de ju lh o de 1886 e n 9 4, 31 de ju lh o
de 1886).
2) F r a n c is c o J osé T e ix e ir a B astos: P o e t a s b r a s ile ir o s . P ô rto .
L ello. 1895. (A lb e rto de O liveira, pp. 29-39).
3) T r is t ã o d e A r a r ip e J ú n i o r : E n t u s i a s m o e te rn u r a . P r e fá c io
d a e d iç ã o das P oesia s com p leta s. R io de J a n eiro. G arnier.
1900, pp. 191-196.
4) J o s é V e r í s s i m o : E s t u d o s d e ■l i t e r a t u r a b r a s i l e i r a . 2» série. R io
de J a n e iro. G arnier. 1901. (O p a rn a sia n ism o n o B rasil,
pp. 279-296). ( A t i t u d e t í p i c a : a d m i r a ç ã o s e m e n t u s i a s m o ) .
5) C a r l o s M a g a l h ã e s d i: A z e r e d o : H o m e n s e l i v r o s . R io de J a ­
n eiro. G a rn ier. 1902. (A s p oesia s de A lb e rto de O liveira,
pp. 241-258).
6) F rota P essoa: C r ític a e p o lê m ic a . R io de J a n eiro. A rtu r
G u rgu lin o. 1902, pp. 165-171.
7) J o s é V e r ís s im o : E s tu d o s d e lite r a tu r a b ra sileir a . 6* série. R io
de J a n eiro. G arnier. 1907. (A lb e rto de O liveira, pp. 135-147).
8) M ã r io d e A l e n c a r : A l g u n s e s c r i t o s . R io de J a n eiro. G arnier.
1910. (A s p oesia s de A lb e rto de O liveira, pp. 92-101). (A ssi-
n a la o a r tific ia lis m o do p o eta ).
9) J osé V e r í s s i m o : L e t r a s e l i t e r a t o s . R io d e J a n eiro. J osé
O lím pio. 1936. (A s p oesia s de A lb e rto de O liveira, pp. 65-71).
(E s c r ito em 1 9 1 3 ).
10) S a m p a io F r e ir e : E n s a io s c r ític o s . R a u l P o m p é ia e A lb er to de
O liv e ir a . C am p inas.
T ip o g r. C asa G enou d. 1915, pp. 44-73.
11) J orge J o b im : A lb e r to d e O liv e ir a . (I n : R e v is ta A m erica n a ,
V II, 1, ou tu b ro de 1917, pp. 86-91). (O p a r n a s i a n i s m o o r t o ­
d o x o ).
12) N estor V ít o r : A c r ític a de o n tem . R io de J a n eiro. L eite
R ib e ir o & M au rílio, 1919. (A lb e rto de O liveira, pp. 173-197).
(A titu d e típ ic a da c r ític a s im b o lis ta ).
13) A rtur M o t a : V u lto s e liv r o s . A c a d e m ia B ra s ile ir a de L etra s.
São P a u lo. M on teiro L ob a to. 1921. (A lb e rto de O liveira,
pp. 273-282). ( E s t u d o b i o b i b l i o g r á f i c o ) .
14) M á r io d e A n d r a d e : A l b e r t o d e O liv eira . (I n : J o rn a l d o C o­
m é rcio , São P a u lo, 16 de a g ô s to de 1921).
15) T r i s t ã o d a C u n h a : C o u s a s d o t e m p o . R io de J a n eiro. A n u á rio
do B ra sil. 1922. (A lb e rto de O liveira, pp. 225-230).

186
16) Í^ r e n o A rruda : R a m o d e flo r , en sa io s ô b r e a p o e s ia d e A lb e r to
fie O liv eira . R io de J a n eiro. T ip . J o rn a l do C o m é rcio
1,928. 78 pp.
17) A r+ u r M o t a : A l b e r t o d e O l i v e i r a . (I n : R e v is ta d a A ca d e m ia
B ra sile ira de L etra s, n'' 78, ju n h o de 1928, pp. 178-197 e
n° 79, ju lh o d e 1928, pp. 313-345). ( Urn d o s e s t u d o s m a i s
ex ten so s sôb re o p o e ta ).
18) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o d a p o esia b ra sileir a .1932. (3® ed i­
çã o. R io de J a n eiro. J o s é O lím pio. 1947, pp. 81-83. (F r ie z a
b u rg u esa , m a s a r te h o n e s ta ).
19) M e d e ir o s e A lbu q u erq u e : H o m e n s e c ,o u s a s d a A c a d e m i a . R io
de J a n eiro. R e n a s ce n ça . 1934. (A lb e rto de O liveira,
pp. 263-270).
20) R onald de C arvalh o : P equ en a h is tó r ia da lite r a tu r a b r a s i­
le ir a . 5* e d içã o. R io de J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 298-305).
(D e fen d e o “ gran d e p o eta d e s c r i t i v o ’’ " c o n t r a a fa m a de
fr ia im p a s s ib ilid a d e ).
21) J ú l io B randão: A l b e r t o d e O liv e ir a . (In : P r im e iro de Ja­
n eiro, L isb oa , 24 de fe v e r e ir o d e 1937.
22) J a im e A dour da C âm a r a : A lb e r to de O liv e ir a . ( I n : D o m C as­
m u rro, 2 de setem b ro de 1937).
23) A n t ô n io S a le s : A lb e r to de O liv eira . (I n : A sp ectos, 1/5, ja ­
n e iro de 1938, pp. 11-17).
24) A u gu sto F r e d e r ic o S c h m id t : A lb e r t o d e O liv e ir a . (In : R e ­
v is ta d o B ra sil. 3» fase, 1/6, d ezem b ro de 1938, pp. 559-565).
( D e p o im e n to de r e s p e ito e a d m ira çã o , da p a rte do p o eta
p ó s —m o d e r n i s t a ) .
25) A . F ig u e ir a de A l m e id a : P o eta s flu m in e n s e s . (In : F e d e r a ç ã o
das A c a d em ia s de L etra s. C o n ferê n cia s. R io d e J a n eiro.
B rig u iet. 1939, pp. 216-233).
26) João L u s o : O r a ç õ e s e p a l e s t r a s . R io de J a n eiro. J osé O lím pio.
1941. (A lb e rto de O liveira, pp. 160-170).
27) F r a n c is c o J osé O l iv e ir a V ia n a : P equ en os es tu d o s de p s {c o ­
lo g ia s o c ia l.São P a u lo. C om p a n h ia E d ito ra N a cion a l.
1942. (A lb e rto de O liveira, pp. 234-294). ( T a l v e z o m e l h o r
es tu d o sôb re o p o eta ).
28) J ú l io D a n t a s : A m u lh e r n a o b r a d e A lb e r t o d e O liv e ir a . (I n :
A tlâ n tico , L isb oa , n'' 2, 1942, pp. 185-190).
29) D an te M il a n o : O g r a n d e c a n to r d a n a tu rez a . ( I n : A M anhã,
S u plem en to A u tores e L iv ros, 8 de m a rç o de 1942).
30) D uarte de M ontalegre : E n s a io sôb re o p a r n a s ia n is m o b ra si­
le ir o . C oim b ra . C oim b ra E d itora . 1945, pp. 43-44, 71-72.
31) M a n u el B a n d e ir a : A p r esen ta çã o d a p o esia R io d e
b r a s ile ir a .
J a n eiro. C asa do E stu d a n te d o B ra sil. 1946, pp. 101-104.
( G ran d e a r tis ta a r tific ia l; a d m ir á v e l p o eta d e s c r itiv o ).
32) T om é G u im a r ã e s : ( I n : R e v is ta d a A c a ­
A lb e r to de O liv e ir a .
d e m ia F lu m in en se de L etra s, I, ou tu b ro de 1949, pp. 155-163).
33) P é r ic l e s E u g ê n io da S il v a R a m o s (I n :
: A lb e r to de O liv e ir a .
A L i t e r a t u r a n o B r a s i l , edit, p o r A fr â n io C ou tin h o. V ol. II.
R io de J a n e iro. E d ito ria l Sul A m erica n a . 1955, pp. 311-317).

187
34) P h o c io n S e r p a : A lb e r to d e O liveira , 1857-1957. R i o d e J a n eiro.
L iv ra ria São J osé. 1958. 196 pp.
35) E u g ê n i o G o m e s : V is õ e s e R e v is õ e s . R io d e J a n eiro. In stitu to
N a cio n a l d o L iv ro . 1958. (A lb e rto de O liveira, pp. 87-94;
A lb e rto d e O liv e ira e o sim b olism o, pp. 95-1Í0).
36) G eir C a m p o s : A p r e s e n ta ç ã o . (I n : A lb e rto de O liveira. P oesia .
R io de J a n eiro. A g ir. 1959, pp. 5-15).

Augusto de Lima
Nasceu em Vila Nova de Lima (Minas
A n t ô n i o A u g u s t o d e L im a .
Gerais), em 5 de abril de 1860. Morreu no Rio de Janeiro,
em 22 de abril de 1934.

OBRAS

Contemporâneas (Rio de Janeiro. Leuzinger. 1887); Símbolos


(Rio de Janeiro. Leuzinger. 1892); Poesias (Rio de
Janeiro. Garnier. 1909); São Francisco de Assis (Belo
Horizonte. Imprensa Oficial. 1930).

Depois de uma ou várias fases de parnasianismo “ ortodoxo”


e poesia científica, o poeta mineiro chegou a representar uma
variante raríssima entre as expressões do grupo: a religiosa■.

Bibliografia
1) T ito L ívio de C a s t r o : C on tem p orâ n ea s. ( I n : A S em ana, 31 d e
d e ze m b ro d e 1887).
2) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p o e s ia brasileira. R io de J a ­
n eiro. A riel. 1932, pp. 98-99.
3) A n í b a l M a t o s : M e s tr e A u g u sto d e L im a. B e lo H orizon te.
A p o io . 1934. 49 pp .
4) V í t o r V i a n a : D is c u r s o d e p o sse. ( I n : R e v is ta d a A ca d e m ia
B ra sile ira d e Letraa, n* 165, se te m b ro de 1935, pp. 5-28).
5) E d u a r d o F r ie ir o : L e tr a s m in eiras. B e lo H orizon te. Os A m ig o s
do L iv ro . 1937. (A u g u s to de L im a , p o e ta fra n cis ca n o ,
pp. 28-35).
6) W a l t e n s i r D u t r a e F a u s t o C u n h a : B io g ra fia c r ític a das letra s
m in eira s. R io de J a n eiro. In stitu to N a cio n a l d o L iv ro.
1956, pp. 65-66.
7) M a r t i n s d e O l iv e ir a : H istó ria da L iter a tu ra M in eira . B e lo
H o rizo n te . Ita tia ia . 1958, pp. 123-127.
8) M ar ia M e r c ê M oreira L o p e s : A u g u s to d e L im a. B e lo H o r i­
zon te. S e cre ta ria d a E d u ca çã o . 1959. 100 pp.

Raimundo Correia
R a im u n d o d a M o t a A z e v e d o
C o r r e ia . Nasceu em navio na baía
de Mogúncia (Maranhão), em 13 de maio de 1860. Morreu
em Paris, em 13 de setembro de 1911).

188
OBRAS

Primeiros sonhos (São Paulo. Tip. Tribuna Liberal. 1879);


Sinfonias (Rio de Janeiro. Faro & Lino. 1883); Versos
e versões (Rio de Janeiro. Moreira Maximino. 1887) ;
Aleluias (Rio de Janeiro. Ed. Fluminense. 1891); Poesias
(Lisboa. Antônio Maria Pereira. 1898; 2.a edição, id.
1906; 3.a edição, id. 1910).

EDIÇÕES

1) Poesias. 4.a edição, por Mário de Alencar. Rio de Ja­


neiro. Anuário do Brasil. 1922.
2) Obras completas, edit, por Múcio Leão. 2 vols. São Paulo.
Companhia Editora Nacional. 1948.
3) Poesias, 6.a edição, por Waldir Ribeiro do Val. Rio de
Janeiro. Livraria São José. 1958.
4) Poesia completa e Prosa. Rio de Janeiro. José Aguilar.
1961.

Quanto à consumada arte do verso e à profundidade da


emoção de Raimundo Correia, não há discussão; surgiram dúvidas,
porém,, quanto à originalidade da sua inspiração.

Bibliografia
1) A l u íz io A zevedo: A p r o p ó sito de R a im u n d o C o rreia , a u to r das
S in fon ia s. ( I n : A F ô lh a N ov a , 24 d e fe v e re iro de 1883).
2) A rtu r A zevedo: V ersos e versóes. ( I n : N ovid a d es, 30 de
ju n h o de 1887).
3) A lfr e do P u j o l : C arta a V a len tim M a ga lh ã es s ô b r e R a im u n d o
C orreia . ( I n : A S em ana, 9 de ju lh o de 1887).
4) L ú cio de M e n d o n ç a : V e r s o s e v ersõ es. (I n : A Sem ana, 16 de
ju lh o de 1887).
5) E z b q u ie l F r e ir e : V e r s o s e v e r s õ e s , de R a im u n d o C orreia . (I n :
A S em ana, 6 de a g ô s to de 1887). (T ra n s cr ito e m : L iv ro
p ó stu m o . S ã o P a u lo. W e is s flo g . 1910, pp. 133-139).
6) V a l e n t i m M a g a l h ã e s : E s c r ito r e s e escr ito s . R io d e J a n eiro.
C a rlos G a sp a r d a S ilva. 1889. (A s S in fo n ia s de R a im u n d o
C orreia , pp. 43-74). (.Acaba aí o c iclo das crítica s p elo s
a m ig o s d e m ocid a d e, fa s e da p rop a g a n d a m ilita n te do
p a rn a sia n ism o).
7) J o sé V E s tu d o s b ra sileiros. V o l . II. R i o d e J a n e i r o .
e r ís s im o :
L a e m m e rt. 1894. (A lelu ia s, pp. 174-176).
8) F r a n c is c o J osé T e ix e ir a B a s t o s : P o e ta s brasileiros. P ôrto.
L ello. 1895. (R a im u n d o C orreia , pp. 17-27).
9) J oão da CA m a r a : P r ó lo g o da ed içã o d e P o e sia s. L i s b o a . A n ­
tó n io M a ria P ereira . 1898, pp. 5-11. (P e ç a d e c o n sa g r a çã o ,
p e lo fa m o s o e s c r ito r p o r tu g u ê s ).

189
10) M ateus de A l b u q u e r q u e : C rôn ica s co n tem p o râ n ea s. R io d e
J a n e iro . L eu zin ger, 1913. (R a im u n d o C orreia , pp. 115-125).
11) O sw a l d o C r u z : E lo g io d e R a im u n d o C orreia . ( I n : D iscu rs o s
A c a d ê m ic o s , v ol. II. R io de J a n eiro. C iviliza çã o B ra sileira .
1935, pp. 271-290). (.E scrito em 19IS).
12) A m a d e u A m a r a l : R a im u n d o C orreia . (I n : S ocied a d e d e Cul­
tu ra A rtística . C o n fer ên cia s, 1912-1913. São P a u lo. C a r­
d o s o F ilh o . 1914, pp. 3-41).
13) J o sé V e r I s s i m o : H istória da litera tu ra b rasileira. R io de J a ­
n e iro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 367-369. (M u ita ad m i­
r a ç ã o ; m a s assin ala a fa lta d e orig in a lid a d e).
14) S a u l M a i a : A filo s o fia d e u m p o e ta . (I n : O E s ta d o de S ã o
P a u lo, 16 de setem b ro de 1916).
15) A lb e r to F a r i a : Um so n ê to d e R a im u n d o C orreia . (I n : R e ­
v is ta A m e rica n a , V I I /1 , ou tu b ro de 1917, pp. 18-24).
16) J oroe J o b i m : T rês p o eta s. ( I n : R e v is ta A m erica n a , V I /4 , ja ­
n e iro de 1917, pp. 89-93).
17) M ed eir os e A l b u q u e r q u e : C rôn ica s co n tem p o râ n ea s. R io de
J a n e iro . L eu zin ger. 1918. (R a im u n d o C orreia , pp. 115-125).
(A ca b a aí o ciclo das c r ítica s co n tem p o râ n ea s, n em s em p re
e lo g io s a s ).
18) A f r An io P e i x o t o : P o e ir a da estrad a. 1918. (3* ed içã o. R io de
J a n e iro . J a ck s o n . 1944. (U m sá b io e u m poeta , pp. 104-134).
19) C o n s t â n c io A l v e s : F ig u ra s. R io de J a n eiro. A n u á rio do
B ra sil. 1921. (R a im u n d o C orreia , pp. 50-59).
20) A r t u r M o t a : V u lto s e livros. A ca d em ia B ra sileira d e L etra s.
São P a u lo . M on teiro L ob a to. 1921. (R a im u n d o C orreia,
pp. 119-132).
21) J oão R ib e ir o : N o ta s d e u m estu d a n te. São P a u lo. M on teiro
L o b a to . 1921. (A arte de em en d a r em R a im u n d o C orreia,
pp. 43-50). (F in íssim o estu d o ).
22) M ário de A n d r a d e : R a im u n d o C orreia . (I n : J o rn a l do C o­
m é rcio , São P a u lo, 15 d e a g ô s to de 1921).
23) T r is t ã o d a C u n h a : C ou sa s do tem p o . R io de J a n eiro. A n u á ­
rio d o B ra sil. 1922. (R a im u n d o C orreia , pp. 189-192).
24) M ú c io L e ã o : E n sa io s c o n tem p o râ n eo s. R io de J a n eiro. C oelh o
B ra n co . 1925. (R a im u n d o C orreia, pp. 139-156).
25) X avier P i n h e i r o : R a im u n d o C orreia . ( I n : J o rn a l do C om ér­
cio, R io de J a n eiro, 16, 19, 22 e 23 de m a io de 1926).
26) João R ib e ir o : R a im u n d o C orreia . ( I n : J orn a l do B ra sil, 15 de
d e z e m b ro de 1929).
27) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p o e sia brasileira. 1932. (3* edi­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 55-57). (C on ­
sid era R a im u n d o c o m o o m a ior dos p o e ta s pa rn a sia n os,
d efen d e n d o -o c o n tra as a c u sa çõ es d e p lá g io ).
28) H eitor M o n i z : V u lto s da litera tu ra brasileira. R io de J a n eiro.
M arisa. 1933. (R a im u n d o C orreia, pp. 111-119).
29) A l b in o E s t e v e s : E s té tic a d os son s, cô r e s , r itm o s e im a g en s.
R io de J a n eiro. R e n a to A m e rica n o . 1933, pp. 63-69, 136-138,
179. (A n á lise s e stilís tic a s).
30) R o n a l d de C a r v a l h o : P e q u e n a h istória da litera tu ra brasi­
leira. 5* e d içã o. R io d e J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 294-298.
(O g ra n d e p o e ta do p e ssim ism o ).

190
31) A n tó n io C o n s t a n t i n o : R a im u n d o C orreia , n ota s d e b iog ra fia
e estu d o . ( I n : D o m C a sm u rro, 24 de fe v e re iro , 2, 9, 16, 23
e 30 d e m a rço, 6, 13, 20 e 27 de a b ril d e 1940). ( T raba lh o
e x te n s o e m e r itó r io ).
32) O n e s t a l d o de P e n a f o r t : A ta u to lo g ia na p o e s ia d e R aim u n d o
C orreia . ( I n : A M anhã, S u p lem en to A u to re s e L iv ros, 14
de s e te m b ro de 1941).
33) F . M . B u e n o de S e q u e ir a : R a im u n d o C orreia . R io de J a n eiro.
A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1942. 224 pp. ( B io g ra fia d e
v a lo r d iscu tid o e p o u ca c o m p reen sã o c r itic a ).'
34) A g r ip in o G r ie c o : A p r o p ó sito d e R a im u n d o C orreia . ( I n : O
Jorn al, R io d e J a n eiro, 15 de fe v e re iro , 1 e 15 de m a rç o
de 1945). ( V e r ific a e d iscu te a s f o n te s d e in sp ira çã o do
p o e ta ).
35) M a n u e l B a n d e i r a : A p r e s e n ta ç ã o da p o e sia brasileira. R io de
J a n eiro. C asa d o E stu d a n te d o B ra sil. 1946, pp. 104-108.
36) M ú c i o L e ã o : P r e fá c io das O bras co m p leta s. São P a u l o . C om ­
p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1948. V o l. I, pp. 5-33. (.Com boa
b ib lio g ra fia ).
37) A u g u s t o L i n h a r e s : R a im u n d o C orreia . C a rta d e g u ia de
letra d o s in d isp en sá v el à leitu ra e m e lh o r co m p r e e n s ã o da
n o v íssim a E d içã o V irg u lin a das P o e sia s co m p leta s. R io de
J a n e iro . T ip. J o rn a l do C om ércio. 1949. 33 pp. ( V e e m e n te
a ta q u e c o n tra a ed içã o orga n iza d a p o r M ú cio L e ã o ).
38) M ig u e l do R io B r a n c o : E ta p a s da p o e sia brasileira. L isb oa .
L iv ro s d o B ra sil. 1955, pp . 135-145.
39) P k r ic l e s E u g ê n io da S il v a R a m o s : R a im u n d o C orreia . (In :
A L iter a tu ra n o B ra silt edit. p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. II.
R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m e rica n a . 1955, pp. 317-323).
40) W aldir R ibeiro do V a l : R a im u n d o C o rreia estu d a n te. R io d e
J a n e iro . M in istério d a E d u ca çã o . 1955. 114 pp.
41) J a c q u e s R a i m u n d o : R a im u n d o C orreia . ( I n : R e v is ta das
A ca d e m ia s de L etras, R io de Ja n eiro, 71, 1957, pp. 126-150).
42) L edo Iv o : A p rese n ta çã o . (I n : R a im u n d o C o rre ia : P o e sia . R io
de J a n eiro. A g ir. 1958, pp. 5-14).
43) E u g ê n io G o m e s : V isõ es e R e v is õ e s . R io de J a n eiro. In stitu to
N a cio n a l do L iv ro . 1958. (R a im u n d o C o rreia e o id ea lism o
h o ra cia n o , pp. 111-118).
44) W aldir R ibeiro do V a l : V id a e o b ra d e R aim u n d o C orreia .
R io de J a n eiro. In stitu to N a cio n a l do L iv ro. 1960. 326 pp.
(M o n o g r a fia d efin itiv a ).

Bilac
O la v o B r a z M a r tin s dos G u im a rã e s B ila c . Nasceu no Rio de
Janeiro, em 16 de dezembro de 1865. Morreu no Rio do
Janeiro, em 28 de dezembro de 1918.

OBRAS

Poesias (São Paulo. Teixeira & Irmão. 1888); Sagres (Rio


de Janeiro. Tip. Jornal do Comércio. 1898); Poesias,
2.a edição, aumentada (Rio de Janeiro. Garnier. 1902;

191
nova edição, id. 1904); Poesias, 5 a edição (Rio de Ja­
neiro. Francisco Alves. 1913); Tarde (Rio de Janeiro.
Francisco Alves. 1919); Poesias, 8.a edição (reunindo as
anteriores e Tarde. Rio de Janeiro. Francisco Alves.
1921).

EDIÇÕES

Poesias. 13.a edição. Rio de Janeiro. Francisco Alves. 1928


(22.a edicão. id. 1946; 23.a edicão, id. 1949; 27.a edição,
id. 1961)'

Enquanto a crítica considera Raimundo Correia como o maior


dos parnasianos brasileiros, pronunciou-se a “ vox populi” em favor
de Bilac. Logo depois das lutas de início, Bilac começou a ser
idolatrado, endeusado. No fim da vida juntou-se aos motivos
literários dessa admiração um motivo político: o nacionalismo de
que o poeta se fizera propagandista. Durante o decênio seguinte,
Bilac ficou o poeta mais lido e sobretudo mais imitado do Brasil,
responsável pelo predomínio do sonêto parnasiano com chave de
ouro. Só o modernismo, a partir de 1922, conseguiu modificar essa
situação. Mas, embora Bilac fôsse a encarnação dos princípios que
o modernismo combateu, foram raras as críticas desfavoráveis nas
quais não se assinalassem qualidades ao lado dos defeitos. Por
outro lado, o ritmo das reedições demonstra que o público per­
maneceu fiel ao poeta.

Bibliografia
1) A dolfo Cam i n h a : C artas literá ria s. R io de J a n eiro. A ld ina.
1895. (P o e ta e cron ista , pp. 185-192).
2) J o sé V br I s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra b rasileira. 5» s é r ie .
2» e d içã o . R io de J a n eiro. G a rn ier. 1910. (O la v o B ila c,
pp. 1-14). ( A d m ira çã o, com. r e s tr iç õ e s q u a n to d brilh an te
elo q ü ên cia do p o e ta ). ( E s c r ito e m 1902).
3) M a r ia A m á l i a V a z d e C a r v a l h o : N o m eu ca n tin h o. L is b o a .
A n tô n io M a ria P ereira . 1909, pp. 222-225. (B ila c é o pri­
m e iro p o e ta b ra sileiro, ta lv e z c o m e x c e ç ã o d e C a sim iro, q u e
f o i g e r a lm e n te r e c o n h e c id o e m P o r tu g a l).
4) H e n r iq u eL o p e s de M e n d o n ç a : P a r e c e r a c ê r c a da ca n d id atu ra
do Sr. O lavo B ila c a s ó c io co r r e s p o n d e n te . ( I n : B oletim
da 2* C lasse d a A ca d e m ia das C iên cia s d e L isb oa , IX ,
1914-1915, pp. 303-307).
5) J orge J o b i m : O lavo B ila c. ( I n : R e v is ta A m erica n a , V I I/1 ,
ou tu b ro de 1917, pp. 84-86). ( V e r ific a o êx ito g era l d o p o e ta ,
e n tr e litera to s e le ito r e s ).
6) F e r n a n d e s C o s t a : E lo g io a c a d ê m ico de O lavo B ila c. L i s b o a .
A illa u d e B ertra n d . 1919. 48 pp.

192
7) N estor V I t o r : A crítica d e on tem . R io de J a n eiro. L eite R i ­
b e iro e M a u rilio. 1919. (O la v o B ila c, pp. 81-88). (.A in flu ên ­
cia d e B ila c f o i u m d os g ra n d es o b stá cu lo s q u e o sim b olis­
m o e n c o n tr o u n o B ra sil).
8) A d r i e n D e l p e c h : O lavo B ila c , so n n a tiv ism e e t so n c o s m o ­
p o litism e littéra ire. ( I n : A n u á rio do C olég io D . P e d r o II,
v o l. IV . 1919, pp . 105-142). ( F o c a liz a b em d ois a s p e c to s
fu n d a m en ta is e c o n tra d itó rio s da ob ra , s e m a p ro fu n d a r a
a n á lis e ).
9) T r ist So de A t a í d e : P r im e ir o s estu d os. R i o d e J a n e i r o . A g i r .
1948. (O la v o B ila c, pp. 81-92). (.E scrito e m 1919; p rim eira
ten ta tiv a d e tra ça r o itin erá rio do p o e ta ).
10) A m a d e u A m a r a l : E lo g io d e O lavo B ila c. ( I n : D iscu rs o s A c a ­
d êm ico s. V ol. IV . R io d e J a n eiro. C iv iliza çã o B ra sileira .
1936, pp. 201-233). (E s c r ito em 1S19).
11) G o m e s L e i t e : O lavo B ila c. R io de J a n eiro. B ra s il E d itô ra .
1919. 31 pp.
12) M a t e u s d e A l b u q u e r q u e : A s b elas a titu d es. R io de J a n eiro.
A riel, s. d. (O la v o B ila c, pp. 33-63). (E s c r ito em 1919).
13) H eitor L i m a : T ard e. Ú ltim as p o e sia s d e O lavo B ila c. ( I n :
R e v is ta A m erica n a , V I I I /7 , a b ril de 1919, pp. 139-150; V I I I /9 ,
ju n h o d e 1919, pp. 81-97).
14) T elm o M anacorda: O lavo B ilac. (I n : R e v is ta A m erica n a ,
X /5 -6 , 1919, pp. 142-150).
15) A m adeu A m aral: Um s o n e to d e B ila c. São P a u lo. Jaú
Club. 1920.
16) A l b e r t o d ’ O liveiua : N a o u tra ban da d e P o rtu g a l. L isb oa .
P o r tu g a l-B r a s il L td a . 1920. (O la v o B ila c, pp. 115-129). (O
a u to r, p o e ta p o r tu g u ê s , a p a r e c e e m v á ria s b ib lio g ra fia s co n ­
fu n d id o c o m o p o e ta b ra sileiro A lb e r to d e O liv eira ).
17) M ário de A n d r a d e : O lavo B ila c. ( I n : J o rn a l d o C om ércio,
S ão P a u lo, 20 de a g ô s to de 1920).
18) I saac G oldberg: B ra zilia n L ite r a tu r e . N e w Y o r k . K n o p f.
1922. (O la v o B ila c, pp. 188-209).
19) A lva ro G u e r r a : O lavo B ila c. São P a u lo. M elh ora m en tos.
1923. 58 pp.
20) A m a d e u A m a r a l : E lo g io da m ed iocrid a d e. São P a u lo. N o v a
E ra . 1924. (O la v o B ila c, pp. 79-112). (E s c r ito e m 1919).
21) J a c k s o n de F ig u e r e d o : A fir m a ç õ e s . R io de J a n eiro. C en tro
D . V ita l. 1924. (T r a ç o s p a ra u m a a p o lo g ia de O la v o B ila c,
pp. 45-68). (In te ressa n tíssim a op in iã o, do lado c a tó lic o ).
22) O sc a r de H o l a n d a C a v a l c a n t i : O a r tis ta da fo r m a e da b e le z a ;
estu d o s s ô b r e a v id a e a o b ra d e O lavo B ila c. P ô r to A legre.
T ip o g r. E s c o la de E n g en h a ria . 1925. 112 pp.
23) J oão R ib e ir o : O lavo B ila c. ( I n : J o r n a l d o B r a s i l , 31 d e d e z e m ­
b r o de 1925).
24) JoSo P i n t o da S ilva : V u lto s do m eu ca m in h o. 2* série. P ô r to
A legre. G lobo. 1926. (O la v o B ila c. pp. 144-154).
25) B e n j a m i m de A r a ú j o L i m a : F r a g m e n to s d e u m en saio. (In :
O P a ís, R io d e J a n eiro, 22 de a g ô s to d e 1927).
26) M a n o e l d e S o u s a P i n t o : O te s ta m e n to p o é tic o d e B ila c. ( I n :
B ib los, C oim bra, IV /9-10, 1928, pp. 6-24). (A n á lise d e
“ T a rd e” ).

193
27) C r is t in o C a s t e l o B r a n c o : B ilao. ( I n : R e v is ta d a A ca d e m ia
P ia u ie n s e de L etra s, X I /1 3 , n o v e m b ro de 1928, pp. 3-15).
(.D ep oim en to da fid elid a d e q u e a p r o v ín c ia d ed ica a o p o e ta ).
28) J o io R ib e ir o : O lavo B ila c. (I n : J o rn a l do B ra sil, 28 de
d e z e m b ro de 1928).
29) A r t u r M o t a : O lavo B ila c. (I n : R e v i s t a d a A ca d e m ia B ra si­
le ir a d e L e tra s, n ç 90, ju n h o de 1929, pp. 198-214). (E stu d o
b io b ib lio g rá fico , m u ito in e x a to ).
30) R e n a t o A l m e i d a : R e v is ã o d e v a lo res. O lavo B ila c. ( I n : M o ­
v im e n to B ra s ile iro , 1/8, a g ô s to d e 1929). (U m a v o z do m o ­
d ern ism o ).
31) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu ç ã o d a p o e s ia b rasileira. 1932. (3* edi­
ç ã o . R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 58-60). (P o e ta
a r tificia l e ta lv e z in s in c e r o , m a s cria d or d e b elez a s).
32) A l b i n o E s t e v e s : E s té tic a d os son s, c ô res , ritm o s e ir-iigeu s.
R i o de J a n eiro. R e n a to A m e rica n o . 1933, pp. 175-178, 199-226.
(I n te r e s s a n te s an á lises estilís tic a s).
33) A f o n s o d e C a r v a l h o : P o é tic a d e O lavo B ila c. R io de Ja n eiro.
C iv iliza çã o B ra sileira . 1934. 204 pp.
34) H u m b e r t o d e C a m p o s : C a rva lh os e roseira s. 4» ed içã o. R io
d e J a n eiro. J o s é O lím pio. 1935. (O la v o B ila c, pp. 9-18).
35) R o n a l d d e C a r v a l h o : P e q u e n a h istória da litera tu ra brasi­
leira. 5® e d içã o. R io de J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp. 305-309.
(E x p lic a o ê x ito n a cion a l d e B ila c p elo p a n sex u a lism o do
p o e ta ).
36) M ár io M o n t e i r o : B ila c e P o r tu g a l. L isb oa . A g ê n c ia E d ito ria l
B ra sile ira . 1936. 256 pp.
37) E x u p é r i o M o n t e i r o : T rio. A ra ca ju . Im p ren sa O ficia l. 1937,
p p . 51-67.
38) L ib e r a t o B it t e n c o u r t : O lavo B ila c, ou sin g u la r te o r e m a d e
p s ic o lo g ia literá ria . R io de J a n eiro. O fic in a G in á sio 26 de
S e te m b ro . 1937. 151 pp. (E sq u isito , c o m o to d o s os liv ro s
d ê s s e a u to r ).
39) E x u p é r i o M o n t e i r o : O lavo B ila c. ( I n : D o m C a sm u rro, 30 de
s e te m b ro d e 1947).
40) A f o n s o A r i n o s d e M e l o F r a n c o : Id éia e tem p o . S ã o P a u lo.
C u ltu ra M od ern a . 1939. (O la v o B ila c, pp. 5-17). (Im p o r­
ta n te e s tu d o ; g r a v e s r e s tr iç õ e s , d o p o n to d e v is ta m o d er­
n is ta ).
41) M elo N óbreoa: O lavo B ila c. R io de J a n eiro. C oed itora .
1939. 350 pp.
42) C o u t o de M a g a l h ã e s N e t o : B ila c, p o e ta u n iversa l. ( I n : D om
C a sm u rro, 7 e 14 de ja n e ir o d e 1939). (U m a v o s do en tu sia s­
m o n a cio n a l).
43) H e n r iq u h O r c iu o l i : B ila c, v id a e ob ra . C u ritib a . G uaíra.
1941. 185 pp .
44) A n t ô n i o C o n s t a n t i n o : S u b jetiv ism o d e a r te e m O lavo B ilac.
( I n : G a zeta M agazin e, S ã o P a u lo , 27 de a b ril d e 1941).
45) A f o n s o d e C a r v a l h o : Bilao. 2» ed içã o. R io d e J a n eiro. J osé
O lím p io. 1945. 334 pp. (D e sd o b ra m en to da ob ra , citada
o o m o ite m 3 8 ; b io g ra fia e c ritica , co m b ib lio g ra fia ; a c e i­
ta ç ã o en tu s iá stica do p o e ta ).

194
46) E u g ê n io G om es: D o is p o e m a s d e O la v o B ila c . (In : A M anhã
S u plem en to A u to re s e L iv ros, 8 de m a rç o d e 1942).
47) J o s é P e r e ir a R o d r ig u e z : L a p o e s ia d e O la v o B ila c . M on te-
v id éo. P u b lica cio n e s dei In stitu to de C u ltu ra U ru g u a y o-
-B ra silen o, n'1 2, 1943. 18 pp.
48) E l ó i P o n t e s : A v i d a e x u b e r a n t e d e O l a v o B i l a c . R io de J a ­
n eiro. J osé O lím pio. 1944. 2 vols. 685 pp. ( B i o g r a f i a p r o ­
lix a , s e m c r ític a ; v a sto p a n o ra m a da é p o c a ; p o n to d e v is ta
p a r n a s ia n o ; in fo r m a ç ã o r iq u ís s im a , s e m in d ic a ç ã o s u fi­
c i e n t e d a d o c u m e n ta ç ã o u tiliz a d a ).
49) O. C a r n e i r o G i f f o n i : E s t é t i c a e c u l t u r a . S ã o P a u l o . C o n t i ­
n ental. 1944, pp. 126-153.
50) S é r g io M illie t : D iá rio c r ític o . II. São P a u lo . B ra silien se.
1945, pp. 139-145.
51) D u a rte de M o n ta le g r e : E n s a io sôb re o p a r n a s ia n ism o b r a s i­
le ir o . C oim b ra . C oim b ra E d itora . 1945, pp. 75-104.
52) J o ã o d e B a r r o s : P r e s e n ç a d o B r a s i l . L i s b o a . E d . D ois M u n ­
dos. 1946. (E u clid e s d a C unha e O la v o B ila c, pp. 151-176).
53) M a n u e l B a n d e i r a : A p r e s e n t a ç ã o d a p o e s i a b r a s i l e i r a . R i o de
J a n eiro. C asa d o E stu d a n te do B ra sil. 1946, pp. 108-113.
(J u lg a m e n to se v e r o } da p a rte do m a io r p o eta m od ern o do
B r a s il).
54) L u ís D e l g a d o : E voca çã o de B ila c . (In : N ord este, R e c ife ,
I I /7 , ju n h o d e 1947). (D e fesa ).
55) P a u lo M endes C am pos: O la v o B ila c . (I n : O J o rn a l, R io de
J a n eiro, 6 de ju n h o de 1948). (A v o z da n o v íssim a g e ra çã o ,
já n ã o m o d e r n is ta ).
56) C e ls o V ie ir a : O G ê n io e a g r a ç a . P ô r to . L ello. 1951. (O la v o
B ila c, pp. 215-295).
57) E u g ê n io G om es: P r a ta d e ca sa . R io de J a n eiro. A N oite.
1952. (A p r o p ó s i t o d e u m s o n ê t o d e B i l a c , p p . 61-64).
58) P é r i c l e s E u g ê n i o da S il v a R a m o s : O l a v o B i l a c . (In : A L i t e ­
r a t u r a n o B r a s i l , edit, p o r A frâ n io C ou tin h o. V o l. II. R io
d e J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a . 1955, pp . 323-329).
59) A l c e u A m o r o s o L im a : A p r e s e n t a ç ã o . ( I n : O l a v o B i l a c : P o e s i a .
R io de J a n eiro. A g ir. 1957, pp. 5-13).
60) E u g ê n i o G o m e s : V isões e R e v i s õ e s . R io de J a n eiro. In sti­
tu to N a cio n a l do L iv ro . 1958. (U m a fo n t e de B ila c.
pp. 126-133; O u v ir estréias, pp. 134-141; O u tra s fo n te s de
B ila c, pp. 215-295).
61) F e r n a n d o J o r g e : V i d a e p o e s i a d e O l a v o B i l a c . São P a u lo.
E x p o s içã o do L iv ro. 1963. 387 pp.

Vicente de Carvalho
V ic e n t e A u g u s to d e C a r v a lh o . Neseeu em Santos (São Paulo),
em 5 de abril de 1866. Morreu em São Paulo, em 22 de
abril de 1924.

OBEAS

Relicário (Santos. Tip. O Diário. 1888) ; Rosa, rosa de amor


(Rio de Janeiro. Laemmert. 1902) ; Poemas e canções
(São Paulo. Cardoso Pilho, 1908; 2.a edição. Pôrto.

195
Chardron, 1909; 3.a edição. São Paulo. O Pensamento.
1917).
Poemas e canções. 8 a edição. São Paulo. Companhia Edi­
tora Nacional. 1928 (15.a edição, id. 1946).

Apesar do grande êxito inicial dos “ Poemas e canções” não


foi Vicente de Carvalho incluído, pela opinião, no grupo dos
“ maiores parnasianos” , constituído apenas pela tríade “ Raimundo
Correia-Bilac-Alberto de Oliveira” . Vicente de Carvalho ficou
à parte, como “ parnasiano de São Paulo” ou “ poeta do mar” ,
algo como um “ especialista” . Entretanto, o número das edições
demonstra o crescente êxito póstumo do poeta, hoje também re­
conhecido pela crítica como um dos maiores parnasianos, nada
inferior àqueles três outros.

B ib lio g r a fia
1) E u c l id e sda C u n h a : P r e fá c io ãa l ” ed içã o d e P o e m a s e ca n ­
çõ es. 1908. (T ra n s cr ito em tôd a s a s ed ições p o s te rio re s ;
in : 13* ed içã o. São P a u lo. C om p a n h ia E d ito r a N a cion a l.
1946, pp. X I -X X V I I I . ( E u cjid es f o i o p r im eir o a r e c o n h e c e r
o g ê n io d o p o e ta ).
2) T ristã o de A r a r ip e J ú n i o r : A ca d em ia B ra sileira . V ic e n te d e
C arvalh o. P o s fá c io d a 2* e d içã o de P o e m a s e ca n çõ es.
P ô rto . C h ard ron . 1909, pp. 201-211.
3) A i -fredo de C a r v a l h o : P o e m a s e c a n ç õ e s d o Sr. V ic e n te de
C arvalh o. P o s fá c io d a 2* e d içã o de P o e m a s e ca n çõ es.
P ô r to . C h ard ron . 1909, pp. 213-219.
4) J o io P i n t o da S il v a : B ern a rd im R ib e ir o e V ic e n te d e C arvalh o.
A p ê n d ice d a 3* e d içã o de P o e m a s e ca n çõ es. São P a u lo.
O P en sa m en to. 1917, pp. III-VT.
5) M a n o e l C a r l o s : H istó ria d e u m p o em a . A p ê n d ice d a 3* e d içã o
de P o e m a s e ca n çõ es. São P a u lo. O P en sa m en to. 1917,
pp. V I I - X X X I . ( E ssa s c in c o p rim eira s o p in iõ es d em o n stra m
o ê x ito in icia l do v o lu m e ; fa la v a -se e m " o m a ior p o e ta da
lín gu a d ep ois d e C a m õ es” ).
6) J o io P in t o da S i l v a : V u lto s do m eu ca m in h o. P ô r t o A leg re.
G lob o. 1918. (V ice n te de C a rva lh o, pp. 42-60).
7) M ed eir os e A l b u q u e r q u e : P á g in a s d e crítica . R io de J a n eiro.
L eite R ib e ir o & M a u rílio. 1920. (V ice n te de C a rva lh o,
P o e m a s e C a n ções, pp. 449-461).
8) M ário de A n d r a d e : V ic e n te d e C arvalh o. ( I n : J o rn a l d o C o­
m ércio, São P a u lo, 23 de a g ô s to de 1921).
9) S a m p a io F r e ir e : A p o e sia d e V ic e n te d e C arvalh o. ( I n : R e ­
v is ta d o B ra sil, 1* fase, n° 71, n o v e m b ro de 1921, pp. 195-207).
10) O sório D u q u e E s t r a d a : C rítica e p o lêm ica . R io d e J a n eiro.
P a p e la ria V ên u s. 1924. (P o e m a s e ca n ções, pp. 5-9).
11) A n t ô n io P ic c a r o l o : V ic e n te d e C arvalh o. ( I n : O E s ta d o de
S ã o P au lo, 12 de m a io de 1924).
12) G a l e Xo C o u t i n h o : O p o e ta e o m ar. ( I n : R e v is ta d o B ra sil,
1* fase, n" 110, fe v e r e ir o de 1925, pp. 167-169).

196
13) M b n o t t i d bl P i c c h i a : V ic e n te de C arvalh o. ( I n : R e v is ta do
B ra sil, 1* fase, n« 112, a b ril d e 1925, pp. 275-376). (F a s e
pa u lista da g ló ria do p o e ta ).
14) C l á u d io d e S o u s a : E lo g io d e V ic e n te d e C arvalh o. ( I n : D is­
cu rso s A ca d ém ico s. V o l. V I. R io de J a n eiro. C iviliza çã o
B ra sileira , 1936, pp. 83-113). (E s c r ito em 19S5).
15) JoSo P in to da S il v a : V u lto s do m eu ca m in h o. 2* série. P ô r to
A le g re . G lob o. 1926. (V ice n te de C arvalh o, pp. 117-143).
(C f. 6 ).
16) E . R o q u e t e P i n t o : S eix o s rolad os. R i o d e J a n e i r o . M e n ­
d o n ç a M a ch a d o & Cia. 1927. (V ic e n te de C a rva lh o, o m eu
p oeta , pp. 303-328).
17) A g r ip in oG r ie c o : E v o lu çã o da p o e sia b rasileira. 1932. 3* ed i­
çã o . R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 69-71). (C on ­
sid era -o gra n d e p o e ta rea lista ).
18) A g e n o r P. de M a c e d o : A c ô r em V ic e n te de C arvalh o. (I n :
R e v is ta d a L ín g u a P ortu g u êsa , 2* série, n ' 4, m a r ç o de
1932, pp. 63-77). (A n á lise e s tilís tic a ).
19) A u g u sto A m ado: V ic e n te d e C a r v a l h o . ( I n : C orreio d a
M anhã, R io de J a n eiro, 14 de a g ô s to d e 1932).
20) R odrigo O táv io F i l h o : V elh o s a m ig os. R io de J a n eiro. J osé
O lím pio. 1938. (V ice n te de C a rva lh o, p o e ta e p esca d or,
pp. 133-181).
21) José L in s do R ê g o : G ord os e m a gros. R io de J a n eiro. C asa
d o E stu d a n te do B ra sil. 1942. (O p o e ta d o m ar, pp. 145-148).
22) M ar ia da C on ceição V ic e n t e de C a r v a l h o e A r n a l d o V i c e n t e de
C a r v a l h o : V ic e n te d e C arva lh o. R io d e J a n eiro. A ca d e m ia
B ra s ile ira d e L etra s. 1943. 149 pp. (B io g r a fia ; co m boa
b ib lio g ra fia ).
23) H e r m e s V i e i r a : V ic e n te d e C arva lh o, o sa biá da ilha ã o s o l;
b io crítica . 2! ed içã o. São P a u lo. R e v is ta dos T rib u n a is.
1943. 297 pp.
24) M a n u e l B a n d e i r a : A p r e s e n ta ç ã o da p o esia b rasileira. R io d e
J a n e iro . C asa d o E stu d a n te d o B ra sil, 1946, pp. 113-115.
(O gra n d e p o e ta do m a r n ã o é p r ò p ria m en te pa rn a sian o,
p o r q u e in flu en cia d o pelo sim b o lism o ).
25) P E u g ê n io da S il v a R a m o s : V ic e n te d e C arva lh o. ( I n :
é r ic l e s
A L iter a tu ra n o B ra sil, edit, p o r A frâ n io C ou tin h o. V o l. II.
R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a . 1955, pp. 329-333).

Emílio de Menezes
Emjijo d e M e n e z e s . Nasceu em Curitiba, em 4 de julho de 1 8 6 7 .
Morreu no Rio de Janeiro, em 6 de junho de 1 9 1 8 .

OBRAS
Marcha fúnebre (1892); Poemas da morte (Rio de Janeiro.
Laemmert. 1901) ; Poesias (Rio de Janeiro. Francisco
Alves. 1909) ; Mortalha, edit, por Mendes Fradique (Rio
de Janeiro. Livraria Editora. 1924).

197
13
Emílio de Menezes, poeta parnasiano de segunda categoria,
está hoje geralmente condenado pela crítica como versejador
artificial sem emoção autêntica. Sobrevive como epigramatista
mordaz e como figura•da boêmia do seu tempo.

B ib lio g r a fia

1) A s m o d ern a s c o r r e n te s e s té tic a s na lite­


E lís io de C a r v a lh o :
ra tu ra b rasileira. R io de J a n eiro. G arn ier. 1907. E m ílio
d e M en ezes, pp. 62-74).
2) H C a m p o s : E lo g io d e E m ílio cie M en ez es. ( I n : D is­
u m b e r t o de
cu rso s A ca d êm ico s. V ol. V . R io de J a n eiro. C iviliza çã o
B ra sileira . 1936, pp. 9-30). (.E scrito e m 1920).
3) A rtur M o t a : E m ílio d e M en ez es. ( I n : R e v is ta d a A ca d e m ia
B ra s ile ira de L etra s, n v 117, se te m b ro de 1931, pp . 26-36).
4) A g r ip in o G s i e c o : E v o lu çã o da p o e s ia brasileira. 1932. (3* edi­
çã o. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 73-80). (C on ­
d en a E m ílio d e M e n e z e s c o m o p o e ta sério , m a s g o sta do
e p ig r a m a tis ta ).
5) P au lo J o sé B r a n d ã o : V u lto s do m eu ca m in h o. S ã o P au lo.
In stitu to D . A n a R o s a . 1935. (E m ílio de M enezes, pp. 87-99).
6) S e b a st iã o F e r n a n d e s : O G alarim . E n sa ios. R io d e J a n eiro.
P o n g e tti. 1935. (E m ílio d e M en ezes, pp. 51-67). (D e s c o b r e
a “ tra g éd ia in tim a " do p o e ta a b u rg u esa d o ).
7) D e S á B a r r e t o : E m ílio d e M e n e z e s , fig u r a v ia r c a n te do p a r­
n a sia n ism o b ra sileiro. ( I n : A n a is d o 2 ' C on g resso das A ca ­
d em ia s de L etra s. R io d e J a n eiro. 1939, pp. 405-415). (U m a
s o b r e v iv ê n c ia ).
8) João L u s o : O ra çõ es e p a lestra s. R io de J a n eiro. J osé O lím pio.
1941. (A a le g ria e a d o r d e E m ílio de M enezes, pp . 46-81).
9) R a im u n d o de M e n e z e s : E m ílio d e M en ez es, o ú ltim o b oêm io.
São P a u lo . M artins. 1946. 386 pp . (B io g ra fia a n e d ó tic a ;
p a n o ra m a da b oêm ia da é p o c a ).

Francisca Júlia da Silva

F r a n c is c a
J ú lia da S ilv a M u n s te r . Nasceu em Xiririca (São
Paulo), em 31 de agôsto de 1874. Morreu em São Paulo,
em 1 de novembro de 1920.

OBRAS

Mármores (São Paulo. Belfort Sabino. 1895); Esfinges


(1903; não existe exemplar dêsse livro na Biblioteca
Nacional do Rio de Janeiro nem na Biblioteca Pública
Municipal de São Paido) ; Esfinges (2.a edição. São
Paulo. Monteiro Lobato. 1921. ( Também já obra rara).

198
EDIÇÃO

Poesias. Conselho Estadual de Cultura. São Paulo. 1961.

Francisca Júlia é, assim como Emílio de Menezes, exemplo


da efemeridale das glórias que o parnasianismo criou: famosíssima
na época, por ter plenamente realizado o ideal da “ impassibili­
dade” , está hoje tão esquecida que é difícü encontrar-lhe as
edições originais das obras. Mas não merece o esquecimento
completo.
Bibliografia
1) JoXo R ib e ir o : P r e fá c io d e M á rm o res. 1895. A p a re c e c o m o p ri­
m e iro p o s fá c io n a e d iç ã o de 1921 de E s fin g e s : A p r o p ó s ito
d e F r a n c is c a Jú lia e de su a obra, pp. I I I -L V I I ). (P r e fá c io
e lo g io s ís s im o ).
2) M ário de A n d r a d e : F r a n c is c a Júlia. (I n : J orn a l do C om ércio,
S ã o P a u lo , 12 de a g ô s to d e 1921).
3) A n d r a d e M u r i c i : O su a v e co n v ív io . R io de J a n eiro. A n u á rio
d o B ra sil. 1922. (F r a n c is c a Júlia, pp. 246-253).
4) O s ó r i o D u q u e E s t r a d a : C rítica e p o lêm ica . R io de J a n eiro.
P a p e la ria V ên u s. 1924. (E s fin g e s , pp . 38-40).
5) J a m i l A l m a n s u r H a d d a d : M á rm o res e e s fin g e s d e F r a n c isca
Júlia. (I n : B o le tim B ib lio g r á fic o , São P a u lo, I X , 1945,
pp. 13-18).
6) C h i q u i n h a N e v e s L o b o : P o e ta s d e m in h a ter ra . S ã o P a u l o .
B r u s c o & Cia. 1947. (F r a n c is c a J ú lia d a Silva, pp . 259-270).
7) PÊRicLBS E u g ê n io da S il v a R a m o s : In tro d u çã o d a E d i ç ã o d o
C on se lh o E sta d u a l d e C u ltu ra. São P a u lo. 1961, pp. 5-41).

Ooelho Neto
H e n r iq u eM a x im ia n o C o e l h o N e t o . Nasceu em Caxias (Mara­
nhão), em 21 de fevereiro de 1864. Morreu no Rio de
Janeiro, em 28 de novembro de 1934.

OBRAS PRIN CIPAIS

A Capital Federal (Rio de Janeiro. Tip. O País. 1893);


Miragem (Rio de Janeiro. Domingos de Magalhães.
1895); Sertão (Rio de Janeiro. Leuzinger. 1896) ;
Inverno em flor (Rio de Janeiro. Laemmert. 1897) ; O
Morto (Rio de Janeiro. Laemmert. 1898); Seara de
Rute (Rio de Janeiro. Domingos Magalhães. 1898) ; A
Conquista (Rio de Janeiro. Laemmert. 1899); A Tor­
menta (Rio de Janeiro. Laemmert. 1901); O Turbilhão
(Rio de Janeiro. Laemmert. 1906); A Esfinge (Pôrto.
Lello. 1908); O Jardim das Oliveiras (Pôrto. Lello.
1908); Banzo (Pôrto. Lello. 1913); Rei Negro (Pôrto.
Lello. 1914); Fogo-fátuo (Pôrto. Lello, 1928), etc. (A
bibliografia de Coelho Neto ê muito grande; lista com-

199
pleta em : P a u l o C o e l h o N e t o : Bibliografia de Coelho
Neto. Rio de Janeiro. Borsoc. 1956. 35 pp. Obra seleta
(3 vols. Rio de Janeiro. José Aguilar. 1958).
A fama e a influência de Coelho Neto eram tão grandes que a
Academia Brasileira de Letras chegou a indicá-lo para o Prêmio
Nobel. O modernismo, cujo adversário principal Coelho Neto
fóra, quebrou essa influência, ao ponto de excluí-lo de antologias
e coleções semelhantes. Mas Coelho Neto continuava apreciado
em círculos acadêmicos e provincianos. A história de sua fama,
assim como sua preocupação estilística — apesar do “ sertanismo
romanesco” (Brito Broca) dos assuntos — caracterizam-no como
parnasiano em prosa. Nos últimos tempos surgiram, porém, vozes
diferentes, de gerações novas, exigindo a reabilitação de Coelho
Neto, chegando a considerá-lo como “ o maior romancista brasileiro”
(Otávio de Faria).
Bibliografia
1) A dolfo Cam i n h a : C a rta s literárias. R io de J a n eiro. A ld ina.
1895. (C oelh o N eto, pp. 57-67; P ra g a , pp. 97-104).
2) T r is t ã o de A r a ripe J ú n i o r : L iter a tu ra brasileira, m o v im en to
d e 1898. R io de J a n eiro. D e m o c rá tica E d itora . 1896,
pp. 137-144. (N o in ício, C oelh o N e to p a r e c e a os crítico s
n a tu r a lis ta ).
3) J o s é V e r í s s i m o : E stu d o s de litera tu ra brasileira. 1* s é r i e . R io
d e J a n eiro. G a rn ier. 1901, pp. 242-250).
4) J o s é V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra brasileira. 6* série. R io
de J a n eiro. G arnier. 1907, pp. 250-254.
5) M aria A m á l ia V a z de C a r v a l h o : N o m eu ca n tin h o. L isb oa .
A n tô n io M a ria P ereira . 1909, pp. 219-222. (S u cesso d e
C o elh o N e t o e m P o r tu g a l).
6) J o sé V e r í s s i m o :. E stu d o s d e litera tu ra brasileira. 4* série.
2* e d iç ã o . R io de J a n eiro. G a rn ier. 1910. (C oelh o N eto,
pp. 1-24).
7) M a t e u s de A l b u q u e r q u e : A s b elas a titu d es. R io de J a n eiro.
A riel. s. d. (C oelh o N eto, pp. 139-146). (E s c r ito e m 1913).
8) Josê V e r í s s i m o : L e tr a s e litera tos. R io de J a n eiro. J osé
O lím p io. 1936. (C oelh o N eto, pp . 15-163). (E s c r ito e m 1911,).
9) B e n e d ic t o C o s t a : L e rom a n au B rêsil. P a ris. G arnier. 1919.
(C o e lh o N eto, pp. 161-175).
10) L im a B a r r e t o : H istriã o ou L ite r a to f (I n : R e v is ta C on tem ­
p orân ea , R io d e J a n eiro, 11/13, 15 de fe v e r e ir o de 1919).
(C h a m a C oelh o N e to d e " o su je ito m ais n e fa s to q u e tem
a p a recid o em n osso m eio in te le c tu a l” ).
11) T r istã o de A t a í d e : P r im eir o s estu d os. R io de J a n eiro. A gir.
1948. (C oelh o N eto, pp. 47-49). (E s c r ito e m 1919).
12) A r t u r M o t a : V u lto s e livros. A ca d em ia B ra sileira d e L etra s.
S ã o P a u lo. M on teiro L ob a to. 1921. (C oelh o N eto, pp. 33-48).
13) I sa a c G oldberg: B ra zilia n L iter a tu re. N e w Y o r k . K n o p f.
1922. (C oelh o N eto, pp. 248-260).
14) A l m ã q u io D i n i z : A rela tiv id a d e da crítica . R io de J aneiro-
P a p e la ria V ên us. 1923. (C oelh o N eto, pp. 87-94).

200
15) P de M o r a is : C oelh o N e to
é r ic l e s e su a ob ra . P ô r t o . L e l l o .
1926. 272 pp. <£ o liv ro m a is c a r a c te r ís tic o da glória , em
vida, d e C oelh o N e t o ).
16) F ernando d e A z e v e d o : E n sa ios. São P a u lo. M elh ora m en tos.
1929. (C o elh o N eto, pp. 175-192).
17) A G r ie c o : E v o lu çã o da p r o sa brasileira. 1933. (2* ed i­
g r ip in o
çã o. R io de Ja n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 81-85). (J á
co n sid era C oelh o N e to c o m o v erb a lis ta e cria d or d e m e ro s
m e lo d r a m a s ).
18) H u m b e r t o de C a m p o s : C ritica. V ol. I. 3" ed içã o. R io de J a ­
n eiro. J o s é O lím pio. 1935. (C oelh o N eto, pp. 61-69; C oelh o
N e to e seu estilo, pp. 225-237).
19) H u m b e r t o de C a m p o s : C rítica. V o l. II. 2» e d iç ã o . R io d e J a ­
n eiro. J osé O lím pio. 1935. (F o g o -fá tu o , d e C oelh o N eto,
pp. 171-207).
20) J o sé M aria B Im a g en s d e o n te m e d e h o je. R io d e J a ­
elo:
neiro. A riel.
1936. (C oelh o N eto, pp. 71-74).
21) J oão N e v e s da F o n t o u r a : E lo g io d e C oelh o N e to . C o m u m a
a n to lo g ia de seus con tos. L isb oa . U ltra m a r. 1944, p. 236.
(O e lo g io f o i e s c r ito em 1937).
22) M an oel M o r e ir a : C oelh o N eto . A s p e c to s de su a vida e sua
obra. São P a u lo. E lv in o P o c a i. 1940. 97 pp.
23) J oão L u s o : O ra ç õ es e p a lestra s. R io de J a n eiro. J osé O lím pio.
1941. (C o elh o N e to em três es b o ço s ín tim os, pp. 82-105).
24) P a u l o C o e l h o N e t o : C o elh o N eto . R io d e J a n eiro. Z élio
V a lv e rd e . 1942. 399 pp. (T r a ç o s b io g r á fic o s e d o cu m en ta ­
çã o , em d e fe s a c o n tra o ju lg a m en to da p o s terid a d e m o d er­
n a ; co m b ib liog ra fia das ob ra s d e C oelh o N e t o ).
25) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : P r o sa d e fic ç ã o , d e 1870 a 19t0. (H is­
tó ria da litera tu ra brasileira. V o l. X I I ) . R io de J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1950, pp. 256-265. (J u lg a m en to s e v e r o ).
26) B rito B r o c a : C oelh o N e to , rom a n cista . ( I n : O r o m a n c e brasi­
leiro. C o o rd e n a çã o de A u ré lio B u arqu e d e H ola n d a . R io de
J a n eiro. O C ru zeiro. 1952, pp. 223-244).
27) O t á v io d e F a r i a : C oelh o N eto . ( I n : A L ite r a tu r a n o B rasil,
edit. p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. II. R io de J a n eiro. E d i­
to ria l Sul A m erica n a . 1955, pp. 132-142). (O tá v io d e F a ria
é o r e p r e s e n ta n te p rin cip a l do m o v im en to q u e p r e te n d e
rev a lo riz a r C oelh o N e t o ).
28) O t á v io d e F a r ia : C oelh o N eto . ( I n : R e v is ta d o L iv ro. R io d e
Ja n eiro, 1/3-4, d ezem b ro de 1956, pp. 75-82).
29) O t á v io d e F a r i a : A p rese n ta çã o . (I n : C oelh o N e t o : R o m a n ce.
R io d e J a n eiro. A g ir. 1958, pp. 5-14).
30) H e r m a n L i m a : C oelh o N eto . A s duas fa c e s do E sp elh o . ( I n ­
tr o d u çã o g e ra l d a e d içã o J osé A g u ila r. 1958. V ol. I,
pp. X I - L X X X I I ) .

Xavier Marques
F r a n c is c o
X a v ie r F e r r e ir a M arqu es. Nasceu em Itaparica
(Bahia), em 3 de dezembro de 1861. Morreu na Cidade
do Salvador (Bahia), em 30 de outubro de 1942.

2 01
Assim como Coelho Neto cultivou o regionalismo do Norte,
assim Xavier Marques o da Bahia, com as mesmas •preocupações
estilísticas, parnasianas. No seu caso foi menor o êxito, talvez
porque o romancista baiano fôsse menos verbálista. Também foi
diferente a reação; Xavier Marques foi menos combatido, mas
esquecido.
OBRAS PRIN CIPAIS

Jana e Joel (1 89 9 ); Pindorama (1900); Holocausto (Rio de


Janeiro. Garnier. 1900); Praieiros (1902; 3.a edição.
Bahia. Livraria Catilina. s. d .; nova edição, Pôrto Alegre.
Globo. 1936); O sargento Pedro (1 91 0 ); O feiticeiro
(1922), ete.
EDIÇÃO

Jana e Joel. Bahia. Progresso. 1951.


Bibliografia
1) J o sé V e r ís s im o :E stu d o s d e litera tu ra brasileira. 3* série. R io
de J a n e iro. G a rn ier. 1903, pp. 306-309.
2) J ackson de F io u e r e d o : X a v ie r M a rq u es. B a h ia . T ip o g r.
B a h ia n a . 1913. 113 pp. (2* ed içã o. R io de J a n eiro. R e ­
v is ta d o s T rib u n a is. 1916. 113 pp.
3) N e s t o r V í t o r : T rês ro m a n cista s d o N o r te . R io de J a n eiro.
J o rn a l d o C om ércio. 1915, pp. 16-24.
4) G o u l a r t de A n d r a d e : C ad eira n" 1 da A ca d em ia B ra sileira d e
L etra s. R io de J a n eiro. P o n g e tti. 1931, pp. 101-118. ( E s ­
c r ito em 1920).
5) V eiga M i r a n d a : Os fa isca d o res. São P a u lo. M o n te iro L ob a to.
1925. (X a v ie r M arqu es, pp. 50-54).
6) P er ilo G o m e s : E n sa io s d e c r ític a d ou trin ária. R io d e J a ­
n eiro. C en tro D . V ita l. 1933. (X a v ie r M a rq u es, pp. 27-82).
7) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p r o sa b rasileira. 1933. (2- edi­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 89-91).
(J u lga-o ileg ív el, m e n o s o idílio " J an a e J o el” ).
8) H u m b e r t o de C a m p o s : C a rva lh os e roseira s. 4" e d iç ã o . R io de
J a n e iro . J osé O lím p io. 1935. (X a v ie r M a rq u es, pp. 183-188).
9) C a m il V a n H u l s e : X a v ie r M a rq u es. ( I n : B o o k s A b roa d ,
N o rm a n O kla, X I /2 , Sp rin g. 1937, pp. 251-252).
10) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : P r o s a d e fic ç ã o , d e 1807 a 1920. (H is ­
tó ria da L iter a tu ra B ra sileira . V o l. X IX ). R io d e J a n eiro.
J osé O lím p io. 1950, pp. 273-274.
11) E u g ê n io G o m e s : O cin q ü en ten á rio d e J an a e J oel. P r e fá c io
d a re e d içã o . B a h ia. 1951, pp. 7-12.
12) E u g ê n io G o m e s : X a v ie r M a rq u es. (I n : O r o m a n c e b rasileiro.
C o o rd e n a çã o d e A u ré lio B u a rq u e de H ola n d a . R io d e Ja ­
n eiro. O C ru zeiro. 1952, pp. 245-258). (T e n ta tiv a d e r e v a lo ­
riz a çã o ).
13) A d o n ia s F i l h o : O reg io n a lism o na p r o sa d e fic ç ã o . G ru p o
B a ia n o. ( I n : A L iter a tu ra n o B ra sil, edit. p o r A fr â n io
C ou tin h o. V o l. II. R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m e r i­
ca n a. 1955, pp. 180-181).

202
IMPRESSIONISTAS E OUTROS
INCONFORMADOS

A lg uns contemporâneos do naturalismo e do parnasianismo


resistem a qualquer tentativa de classificação. Na época, o
“ Ateneu” foi considerado romance naturalista; e muitos repetem,
até hoje. êsse lugar-comum. Mas o “ Ateneu” ê romance ãe inter­
pretação psicológica, sem revelar, no entanto, semelhança alguma
com os romances psicológicos de Machado ãe Assis. Na verdade,
Raul Pompéia é figura isolaãa. “ Inclassificável” também é
Araripe Júnior, embora tão ligado aos movimentos naturalista e
parnasiano da. época. E o mais singular ãe todos é Eucliães ãa
Cunha. A qualidade comum ãos três é o forte temperamento
pessoal. Se quiséssemos traãuzir a expressão “ temperamento
pessoal” para a linguagem ãa estilística, resultaria “ impressio­
nismo” . O “ Ateneu” é romance impressionista; a crítica ãe
Araripe é impressionista; quanto a Euclides, a tese não ê tão
evidente assim, mas pode ser ãefendiãa A tese ãe uma fase
impressionista na história da literatura brasileira foi, depois da
3.a edição dêste livro, adotada por Afrânio Coutinho (in: A
Literatura no Brasil, vol. III, t. 2, 1959, pp. 32-40) e por Xavier
Placer (id., pp. 229-260).
Impressionista também foi outro contemporâneo, de tempera­
mento e isolamento semelhantes: Luís Murat, romântico no meio
dos parnjasianos. Mas românticos eram, no fundo, todos êles,
formando “ grupo” ãe transição para os neo-romantismos ãa
mesma época e ãa seguinte. “ Românticos”, em outro sentião,
também são mais ãois contemporâneos: Eãuardo Praão, esteta,
“ neocatólico” e saudosista ãa monarquia, e Oliveira Lima, tão
bem caracterizado por Gilberto Freyre como “ Dom Quixote gordo” .
Todos esses “ impressionistas” também são inconformados e, por
isso mesmo, “ inclassificáveis” . Mas o mais “ inclassificável” ãe
toãos é o mestre João Ribeiro, que pertence a tôãas as gerações
ãe sua época.

203
Êsses sete nomes não formam, absolutamente, um “ grupo” e
muito menos uma, “ escola” : são “ outsiders” , impondo uma solução
precária do problema de sua posição histórica.. A ordem em que
os nomes aparecem é, num caso dêsses, indiferente; será mais ou
menos a cronológica, considerando-se o tempo em que irradiou,
principalmente, a influência. Por êsse motivo aparece só no fim
do capitulo João Ribeiro, que chegou a ser crítico dos primeiros
modernistas.

Raul Pompéia
R a u l d ’Á v i l aP o m p é ia . Nasceu em Jacuecanga (na então Pro­
víncia do Rio de Janeiro), em 12 de abril de 1863. Suicidou-
-se, 110 Rio de Janeiro, em 25 de dezembro de 1895.

OBRAS

Uma tragédia no Amazonas (1 88 0 ); Canções sem metro


(1881; 2.a edição. Rio de Janeiro. Aldina. 1900); O
Ateneu (Rio de Janeiro. Tip. Gazeta de Notícias. 1888;
2.a edição. Rio de Janeiro. Francisco Alves. 1905;
6.a edição. Rio de Janeiro. Francisco Alves. 1942).

Sôbre o valor e a importância de “ 0 Ateneu,” nunca houve


dúvidas, a partir da primeira publicação nas colunas da “ Gazeta
de Notícias” . As possíveis divergências de interpretação não
parecem ter muito inspirado os críticos: a bibliografia sôbre Raul
Pompéia, é estranhamente escassa.

Bibliografia
1) T r is tã o d e A r a r i p e J ú n i o r : R a u l P o m p é ia , o A te n e u e o ro­
m a n c e p s ico ló g ico . (I n : N ovid a d es, R io de Ja n eiro, 6, 11,
12, 13, 15, 17, 18, 20, 21, 24, 26 de d ezem b ro de 1888, 9, 11,
14, 17, 19, 22, 31 de ja n e iro de 1889, 6, 7, 8 de fe v e re iro de
1889). ( E ssa s é r ie de 21 a r tig o s co n stitu i o m e lh o r estu d o
s ô b r e o “ A te n e u ” , c o m e x c e ç ã o d o tra b a lh o d e M á rio de
A n d ra d e). (R e e d iç ã o e m : O bra critica . R io de J a n eiro.
C asa de R u i B a rb osa . 1960. V o l. II, pp. 125-178).
2) R odrigoO t Av i o : R a u l P o m p éia . ( I n : R e v is t a B ra sileira , II/5 ,
1896, pp. 103-112). ( E le m e n to s b io g r á fic o s ).
3) T r istâ o de A r a r ip e J ú n io r : R a u l P o m p éia c o m o este ta . ( I n :
U n iã o A ca d ê m ica , R io de J a n eiro, 1/2, s etem b ro d e 1897,
pp. 110-117).
4) F ernando F ig u e ir a : D ig r e s s õ e s . R io de J a n eiro. A n u á rio d o
B ra sil. 1923. (R a u l P om p éia , pp. 207-218). ( E s c r ito e m 1898).
5) D o m íc io da G a m a : E lo g io d e R a u l P o m p éia . ( I n : D iscu rs o s
A ca d êm ico s. V o l. I. R io d e J a n eiro. C iv iliza çã o B ra sileira .
1934, pp . 51-60). ( E s c r ito e m 1900).

204
6) T r is t ío de A r a r ip e J ú n i o r : R a u l P o m p éia . ( I n : A lm a n a q u e
B ra sileiro G a rn ier. R io de J a n eiro. G a rn ier. 1906,
pp. 251-255). ( R e c o r d a ç õ e s ).
7) S a m p a io F r e i r e : E n sa io s crítico s. R a u l P o m p é ia e A lb e r to d e
O liveira. C am p inas. C a sa G en ou d. 1915. (R a u l P om p éia ,
pp. 1-43).
8) J osé V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra brasileira. R i o d e J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 358-359. ( C on sid era o
“ A te n e u ” c o m o o m e lh o r ro m a n ce n a tu ra lista b ra sileiro).
9) J o sé M ar ia B e l o : E stu d o s crítico s. R i o d e J a n e i r o . J a c i n t o
R ib e ir o dos Santos. 1917. (O A teneu , pp. 151-170).
10) N e s t o r V I t o r : A crítica d e on tem . R io de J a n eiro. L eite R i­
b e iro & M 'aurilio. 1919. (R a u l P om p éia , pp. 35-46; O A teneu ,
de R a u l P o m p éia , pp. 235-239).
11) T r is t ã o de A t a í d e : P o lític a e letra s. ( I n : A m a rg em da h is­
tó ria da R ep ú b lica . R io de J a n eiro. A n u á rio d o B rasil.
1924, pp. 281-286). ( B rilh a n te an álise da situ a çã o h istó rica
d e R a u l P o m p é ia ).
12) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p rosa b rasileira. 1933. t2* edi­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 79-81).
13) H eitor M o n i z : V u lto s da litera tu ra b rasileira. R io d e Ja­
n eiro. M arisa. 1933. (R a u l P om p éia , pp. 121-131).
14) R o n a l d de C a r v a l h o : P e q u e n a h istó ria d a litera tu ra brasi­
leira. 5® ed ição. R io de J a n eiro. B rig u ie t. 1935, pp. 320.
(P á g in a in fe liz : R a u l P o m p éia ter ia sid o n a tu ra lista co m
qualid ades d e p o e ta a c a d ê m ico ).
15) E ló i P o n t e s : A v id a in q u ieta d e R a u l P o m p éia . R io d e J a ­
n eiro. J o sé O lím pio. 1935. 337 pp . (B io g r a fia fu n d a ­
m e n ta l; a r ic a d ocu m en ta çã o u tiliza d a n ão fo i, p o r ém ,
e x a ta m e n te in d ica d a ; a s a n á lises p s ic o ló g ic a s sã o im p r es­
tá v e is ) .
16) J a im e de B a r r o s : E sp elh o d os livros. R io de J a n eiro. J osé
O lím p io 1936. (O ro m a n cis ta d o A ten eu , pp. 247-254).
17) O l ív io M o n t e n e g r o : O ro m a n c e b ra sileiro. R io d e J a n eiro.
J osé O lím pio. 1938, pp. 88-104. (B o a a n á lise do ro m a n ce
co n sid era d o c o m o p s ic o ló g ic o ).
18) M ário de A n d r a d e : A s p e c t o s da litera tu ra brasileira. R i o d e
Ja n eiro. A m e ric-E d it. 1943. (O A ten eu , pp. 221-236).
(.Ensaio n o tá v el, o m e lh o r d ep ois do estu d o d e A ra rip e
J ú n io r).
19) P r u d e n t e de M o r a is N e t o : T h e B ra zilia n R o m a n ce. R i o d e
J a n e iro . Im p ren sa N a cion a l. 1943, pp. 23-24). (A ex p e r iê n ­
cia estu d a d a em “ O A te n e u ” c o m o e x p e r iê n c ia n a cio n a l).
20) L ídia B e s o u c h e t y N e w t o n de F r e i t a s : L iter a tu ra dei B rasil.
B u e n o s A ires. E d. S u d a m erica n a . 1946. (R a u l P om p éia ,
pp. 67-73).
21) J o s é L i n s do R ê g o : C o n fer ên cia s no P ra ta . R i o d e J a n e i r o .
C a sa d o E s tu d a n te do B ra sil. 1946. (R a u l P om p éia ,
pp. 47-80).
22) C a r l o s D a n t e de M o r a i s : R a u l P o m p éia e o a m or-p róp rio.
(I n : P r o v ín c ia de São P ed ro, n* 12, setem b ro-d ezem b ro de
1948, pp. 7-14).

205
23) H e n r iq u e C a s t r io t o : R a u l P o m p éia , p r e d e c e s s o r d e F reu d .
( I n : R e v is ta de A ca d e m ia F lu m in en se d e L etra s, I, ou tu bro
d e 1949, pp . 139-143).
24) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : P r o s a d e fic ç ã o , d e 1870 a 1920. (.His­
tó ria da litera tu ra brasileira. V o l. X I I ) . R io d e J a n eiro.
J o s é O lím p io. 1950, pp. 103-114.
25) A d e l in o M a o a l h Xe s : E lo g io d e R a u l P o m p éia . ( I n : R e v is ta
d a A ca d e m ia F lu m in en se de L etra s, III, ou tu b ro de 1950,
pp. 25-29).
26) J o sé A d era ldo C a s t e l o : R au l P o m p éia . O A te n e u e o r o ­
m a n c e m od ern ista . ( I n : A n h em b i, S ã o P a u lo, IV /4 5 , a g ô s to
d e 1954).
27) E u g ê n io G o m e s : R a u l P o m p éia . ( I n : A L ite r a tu r a n o B ra sil,
edit, p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. II. R io de J a n eiro. E d i­
to r ia l Sul A m erica n a . 1955, pp. 109-120).
28) T e m ís t o c l e s L i n h a r e s : A p r e s e n ta ç ã o . ( I n : R a u l P o m p é ia :
T r e c h o s escolh id os. R io de J a n eiro. A g ir . 1958, pp. 5-18).
29) E u g ê n io G o m e s : A s p e c to s do ro m a n c e b rasileiro. B ahia.
P ro g re s so . 1958, pp . 131-154.
30) M ar ia L u í z a R a m o s : P s ico lo g ia e E s té tic a d e R a u l P om p éia .
B e lo H o rizon te. 1958. 179 pp. (P rim eira te s e u n iv ersitá ria
s ô b r e o a s su n to ).
31) E u g ê n i o G o m e s : V isõ es e R e v is õ e s . R io d e J a n eiro. In sti­
tu to N a c io n a l d o L iv ro . 1958, pp. 224-271.
32) X avier P l a c e r : O im p ressio n ism o na fic ç ã o . (I n : A L iter a ­
tu ra n o B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. I l l , t. 1.
R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m e rica n a . 1959, pp. 233-236).
33) L edo I v o : O u n iv er so p o é tic o d e R a u l P o m p éia . R io d e J a ­
n eiro. L iv r a r ia São José. 1963, pp. 1-91. (O ro m a n ce co m o
p o e m a ).

Araripe Júnior
T r is tã o d e A le n c a r A r a r ip e J ú n io r . Nasceu em Fortaleza, em
27 de junho de 1848. Morreu no Rio de Janeiro, em 29
de outubro de 1911.

OBRAS PRINCIPAIS

José de Alencar (Rio de Janeiro. Fauclion. 1882); A Terra,


de Zola, e o Homem, ãe Aluizio de Azevedo (série de 23
artigos em Novidades, fevereiro, março e abril de 1888) ;
Raul Pompéia, o Ateneu e o romance psicológico (série
de 21 artigos em Novidades, dezembro de 1888, janeiro
e fevereiro de 1889); Gregário de Maios (Rio de Janeiro.
Fauchon. 1894) ; Literatura brasileira, movimento de
1893 (Rio de Janeiro. Democrática Editora. 189fi).
EDIÇÃO

Obra crítica, edit, por Afrânio Coutinho (vol. I, 1868-1887;


Rio de Janeiro. Casa de Rui Barbosa. 1959; vol. II,
1888-1894. id. 1960).

206
Araripe Júnior não se tornou tão famoso como Sílvio Romero
e José Veríssimo; não era, como êles, historiador da literatura,
mas superior como crítico; como impressionista, não se filiou a
êsse ou àquele grupo; e a melhor parte de sua obra ficou dispersa
nos jornais da época.

Bibliografia
1) T eodoro M a g a l h ã e s : A ra rip e J ú n ior. ( I n : R e v is ta B ra sileira ,
11/18, 1899, pp. 358-369).
2) M a r t í n G a r c ía M e r o u : E l B ra sil in te lectu a l. B u e n o s A ires.
F e lix L a jou a n e. 1900, pp. 207-258.
3) J o sé V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra b rasileira. 1* série. R io
d e J a n e iro. G a rn ier. 1901, pp. 216-226.
4) E sc r a g n o l l e D ó r ia : A ra rip e J ú n ior. ( I n : R e v is t a d a A ca d e ­
m ia C earense, X V I I I , 1913, pp . 100-107).
5) F é l i x P a c h e c o : D iscu rs o d e p o s s e na A ca d em ia . ( I n : J o rn a l
d o C o m é rcio, R io de Ja n eiro, 15 de a g ô s to d e 1913).
6) G ü i l h e r m e S t u d a r t , B arão d e S t u d a r t : D icio n á rio b iob ib lio-
g r á fic o c e a ren s e. V o l. U I. F o rta le za . T lp . M in erva . 1915,
pp . 166-171.
7) A r t u r M o t a : A ra rip e J ú n ior. ( I n : R e v is ta d a A ca d e m ia B r a ­
s ile ira de L etra s, n" 92, a g ô s to de 1929, pp . 473-490).
8) B raga M o n t e n e g r o : A ra rip e J ún ior. ( I n : Clã, F o rta le za , n 5 3,
ju n h o de 1948, pp. 11-42).
9) M ú cio L e ã o : A c rítica d e A ra rip e J ún ior. ( I n : J o rn a l d o C o­
m é rcio , R io d e J a n eiro, 28 d e a g ô s to de 1955).
10) A f r â n io C o u t i n h o : A n a cion a liza çã o da litera tu ra b rasileira
n o p e n sa m en to d e A ra rip e J ú n ior. ( I n : R e v is ta B ra sileira ,
IX /21-22, ja n e iro -ju n h o de 1958, pp. 68-87).

Luís Murat
Luís N o r t o n B a r r e t o M u r a t . Nasceu em Itaguaí (na então
Província do Rio de Janeiro) em 4 de maio de 1861. Morreu
no Rio de Janeiro, em 3 de julho de 1929.

obras p r in c ip a is

Ondas (Rio de Janeiro. Jerônimo Silva. 1 89 0); Ondas, II


(Rio de Janeiro. Leuzinger. 1895); Ondas (Pôrto.
Lello. 1910).

Enquanto Luís Mural passava por parnasiano, foi superesti­


mado; quando descobriram que fôra o último sobrevivente do
romantismo, foi esquecido.

B ib lio g r a fia
1) E F r e ir e : L iv ro p ó s tu m o . São P a u lo. W e isz llo g .
z e q u ie l 1910.
(L u ís M u rat, pp. 89-101). (E s c r ito em 1887).

207
2) S ílv io R om ero: L uís Murat. R io de J a n eiro. L eu zin ger.
1891. 57 pp.
3) M e d eir os e A lbuquerque: P á g in a s d e crítica . L eite R ib e iro
& M a u rílio. 1920. L u ís M u rat, pp. 13-44).
4) A r t u r M o t a : V u lto s e livros. A ca d em ia B ra sileira . São P au lo.
M o n te iro L ob a to. 1921. (L u ís M urat, pp. 15-22).
5) V e ig a M i r a n d a : Os fa isca d o res. São P a u lo. M on teiro L ob a to.
1925. (L u ís M u rat, pp. 237-248).
6) A f o n s o d e T a u n a y : D iscu rs o d e p o sse. ( I n : R e v is t a d a A c a ­
d e m ia B ra s ile ira de L etras, n« 103, ju lh o de 1930, pp. 248-272).
7) H u m b e r t o de C a m p o s : C rítica. V ol. I . R io de J a n eiro. M arisa.
1933. (L u ís M u rat, pp. 217-329).
8) T o m a s M u r a t : O sen tid o das m á sca ra s. R io de J a n eiro.
P o n g e tti. 1939. (L u ís M u rat, pp. 157-161).

Eduardo Prado
E d u a rd o P a u lo da S ilv a P ra d o . Nasceu em S ã o Paulo, em 27 de
fevereiro de 1860. Morreu em S ã o Paulo, em 30 de agosto
de 1901.

OBRAtí

Fastos da ditadura militar no Brasil ( l .a edição, s. e. 1890;


apreendida pelo govêrno brasileiro; 2.a edição, São Paulo,
Tip. Salesiana. 1902; nova edição, Rio de Janeiro. Civi­
lização Brasileira. 1933); A ilusão americana ( l .a edição,
apreendida pelo govêrno brasileiro; 2.a edição. Paris.
Armand Colin. 1895) ; Coletânea (4 vols. São Paulo.
Tip. Salesiana. 1904-1906).

Eduardo Prado era famoso como publicista, político, adver­


sário da República e do federalismo. Stia importância na. história
da literatura brasileira é, porém, outra: o amigo de Afonso Arinos
é precursor do “ renouveau catholique” no Brasil.

B ib lio g r a fia
1) E ça de Q u e ir o z : N o ta s co n tem p o râ n ea s. P ô rto . L ello. 1909.
(E d u a r d o P r a d o , pp. 511-536). ( E s c r ito em 1898). ( I n : R e ­
v is ta M od ern a , P a ris, I I /2 , ju n h o de 1898, pp. 693-699).
2) A f o n s o A r i n o s : E lo g io d e E d u a rd o P ra d o. ( I n : D iscu rs o s
A ca d êm ico s. V ol. I. R io de J a n eiro. C iviliza çã o B ra sileira .
1934, pp. 147-169). ( E s c r ito e m 1902).
3) B a t is t a P e r e ir a : E d u a rd o P ra d o. O e s c r ito r , o h o m em . São
P a u lo . T ip . Salesiana. 1902. 18 pp.
4) M a r ia A m á l ia V a z de C a r v a l h o : F ig u ra s d e h o je e d e on tem .
L isb o a . A n tô n io M a ria P ereira . 1902. (E d u a r d o P ra d o,
pp. 83-101).
5) J o s é V e r í s s i m o : H istó ria da litera tu ra brasileira. R io de J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lves. 1916, pp. 398-400.

208
6) P lI n io B a r r e t o : E d u a rd o P ra d o e seu s a m ig os. ( I n : R e v i s t a
d o B rasil, 1* fase, I, ja n e iro -a b r il de 1916, pp. 173-197).
7) P a u l o J o sé B r a n d Xo : V u lto s d o m eu ca m in h o. São P a u lo.
In stitu to D . A n a R o s a . 1935. (E d u a r d o P ra d o , pp. 81-85).

Oliveira Lima
Nasceu lio Recife, em 24 de dezembro
M a n u e l d e O l i v e i r a L im a .
de 1867. Morreu em Washington, em 31 de maio de 1928.

obras p r in c ip a is

Aspectos da literatura colonial brasileira (Leipzig. Broekhaus.


1896) ; D. João V I no Brasil (Rio de Janeiro. Tip. Jornal
do Comércio. 1908; 3.a edição. Rio de Janeiro. José
Olímpio. 1945) ; Memórias (Rio de Janeiro. José Olímpio.
1937).

Justamente pela excelência de sua obra de historiador está


Oliveira Lima fora dos movimentos literários da época; m,as não
tão isolado como um Capistrano de Abreu, pois suas inclinações
políticas e religiosas permitem colocá-lo ao lado de Eduardo Prado.

B ib lio g r a fia
1) I saac G oldberg: B ra silia n L iter a tu re. N e w Y o r k . K n o p f.
1922. (O liv e ira L im a , pp. 222-233).
2) M a x F l e i u s s : O liveira L im a. ( I n : R e v is ta d o In stitu to H is ­
t ó r ic o e G e o g r á fic o B ra sileiro, CIV , 1929, pp. 822-840).
3) A l b e r t o F a r ia : E lo g io d e O liveira U m a . ( I n : D is c u r s o s A c a ­
d êm ico s. V o l. V II. R io de J a n eiro. A B C . 1937, pp. 141-171).
(E s c r ito em 1929).
4) G ilb e r to F r e y r e : P e r fil d e E u clid es e ou tros. R io de J a n eiro.
J osé O lim pio. 1944. (O liv e ira L im a , D o m Q u ixote g o rd o ,
pp. 67-87).
5) O t á v io T a r q u I n i o d e S o u s a : P r e fá c io da S" ed içã o d e D.
J oão V I n o B rasil. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1945.
V o l. I, pp. 5-14.

Euclides da Cunha
E u c lid e s R o d r ig u e s P im e n t a
da C u n h a . Nasceu em Santa Rita
do Rio Negro (na então Província do Rio de Janeiro), em
20 de janeiro de 1866. Morreu, assassinado, no Rio de
Janeiro, em 15 de agôsto de 1909.

OBRAS

Os Sertões (Rio de Janeiro. Laemmert. 1902 ; 2.a edição, id.


1903; 3.a edição, id. 1905: 4.a edição. Rio de Janeiro.
Francisco Alves. 1911 ; 5.a edição, edit, por Afrânio

209
Peixoto, id. 1914; l l . a edição, id. 1929; 12.a edição,
edit. por Fernando Néri, id. 1933; 19.a edição, id. 1946;
25.a edição, id. 1957) ; Contrastes e confrontos (Pôrto.
Empresa Lit. Tipogr. 1907; 3.a edição, id. 1913; 6.a
edição, Pôrto. Lello. 1923); Á ' margem da história
(Pôrto. Lello. 1909; 4.a edição, Pôrto. Lello. 1926).

Além da grande importância literária de sua obra contri­


buíram vários outros fatôres — o sentido nacional e nacionalista
dessa obra, a magnificência do estilo, os episódios dramáticos e o
desfecho trágico da vida do autor — para elevar Euclides da
Cunra a uma das figuras mais apaixonadamente admiradas da
literatura brasileira; sua glória só é comparável, entre os contem­
porâneos, à de Bilac, mas é mais duradoura. Dá testemunho disso
— além das numerosas edições — a imensa bibliografia sôbre
Euclides. É, quase sem exceção, elogiosa; restrições só apareceram
ocasionalmente em parênteses. Tampouco se verificam intervalos
ou eclipses. Todos os aspectos da personalidade e obra de Euclides
da Cunha foram estudados, comparando-se a bibliografia eucli­
diana, a êsse respeito, só à machadiana.

Bibliografia
1) J o sé V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra brasileira. 5* s é r i e .
2» e d içã o. R io de J a n eiro. G a rn ier. 1910. (C a m p a n h a de
C anu dos, pp. 73-91). (.E scrito e m 1908).
2) M edeir os e A l b u q u e r q u e : C rôn ica literária. (I n : A N otícia ,
R io d e J a n eiro, 12 de d ez em b ro de 1902). ( S ôb re “ Os
S e r tõ e s ” ).
3) T r i s t X o d e A r a r i p e J ú n i o r : Os S ertõ es. ( I n : J o rn a l d o C o ­
m é rcio , R io d e J a n eiro, 27 de fe v e r e ir o d e 1903).
4) B r u n o ( p s e u d . d e J o sé P e r eira S a m p a io ) : P r e fá c io da 2’ ed içã o
d e C o n tra s tes e c o n fr o n to s . P ô r to . L ello. 1907, pp . V I-X I.
5) T r is t Xo de A r a r ip e J ú n i o r : D o is g ra n d es estilos. P r e fá c io da
2* e d iç ã o de C o n tra s tes e c o n fr o n to s . P ô r to . L ello. 1907,
pp. X III-X X X V II. (C é le b r e e n s a io ).
6) M a n u e l d e O l ive ira L i m a : E u clid es da Cunha. ( I n : O E s ta d o
d e São P a u lo, 4 de fe v e r e ir o d e 1907).
7) S íl v io R o m e r o : D iscu rs o d e r e c e p ç ã o na A ca d em ia . ( I n : R e ­
v is ta d a A ca d e m ia B ra s ile ira d e le tra s, ns. 9-10, 1909: tra n s­
c r it o in : H istó ria da litera tu ra brasileira. 3* ed içã o. R io
de J a n e iro . J osé O lím pio. 1943. V o l. V , pp. 402-422).
8) M oreira G u i m a r Xe s : E stu d o s e r e fle x õ e s . R io de J a n eiro. P a ­
p e la ria B ra sil. 1910. (O liv r o de E u clid e s d a Cunha,
pp. 39-58).
9) E s c r a g n o l l e D ó r ia : E u clid es da Cunha. (I n : J o rn a l do C o­
m é rcio , R io de J a n eiro, 14 de a g ô s to de 1913).
10) E r n e s t o S e n a : E u clid es da Cunha. ( I n : J o rn a l d o C om ércio,
R io de J a n eiro, 25 de d ez em b ro de 1913).

210
11) A . G . d e A r a ú j o J o r g e : E n sa io s d e h istó ria e crítica . R io de
J a n e iro . Im p re n sa N a cio n a l. 1916. (E u clid e s d a C u n h a :
se u ú ltim o liv r o “ À m a rg e m d a h istó ria ” , p p . 51-88).
12) S o u s a B a n d e i r a : P á g in a s literá ria s. R io de J a n eiro. F r a n ­
c is c o A lve s. 1917. (U m s o c ió lo g o , pp . 22-29).
13) J o io P i n t o da S i l v a : V u lto s do m eu ca m in h o. P ô r to A leg re.
G lob o. (E u clid e s d a Cunha, pp. 78-93).
14) A f r â n io P e i x o t o : P o e ir a da estrad a. 1918. (3» ed içã o. R io
de J a n eiro, J a ck son . 1944. E u clid e s d a C unha, o h om em
e a ob ra , pp. 9-44; E u clid e s da Cunha, d o m e a a rte d o
estilo, pp. 45-75; O o u tro E u clid es, pp. 76-103). ( A frâ n io
P e ix o to f o i o p o n tífic e do cu lto d ed icad o a E u c lid e s ).
15) JoÃo R ib e ir o : E u clid es da Cunha. ( I n : O Im p a rcia l, R io de
J a n e iro , 4 de m a rç o de 1918). (A fir m a -s e q u e J oã o R ib eiro
f ê z r e s tr iç õ e s a E u clid es, ch am an d o os “ S e r tõ e s ” d e o b ra
d e fic ç ã o ).
16) T r is t ã o de A t a í d e : P r im e ir o s estu d os. R io d e J a n eiro. A gir.
1948. (E u clid e s e T a u n a y, pp. 287-292). (E s c r ito e m 1920).
17) A r t u r M o t a : V u lto s e liv ros. A ca d em ia B ra sileira d e L etra s.
S ã o P a u lo . M o n te iro L ob a to. 1921. (E u clid e s d a Cunha,
pp. 225-241).
18) I sa a c G o ldberg: B ra zilia n L ite r a tu r e . N e w Y o r k . K n o p f.
1922. ^E uclides d a Cunha, pp. 210-221).
19) V i c e n t e L i c í n i o C a r d o s o : F ig u ra s e co n c e ito s . R io de J a n eiro.
A n u á rio d o B ra sil. 1923. (E u clid e s d a C unha, pp. 105-156).
( A c e n tu a s o b retu d o a im p o r tâ n cia n a cion a l da o b ra ).
20) M á r i o F . O b e r l ä n d e r : E u clid es da C u n h a ; a p ostila s p a ra u m
en sa io crítico . R io d e J a n eiro. E d iç ã o Ilu stra d a . 1925. 93 pp.
20a) A l m á q u io D i n i z : E u clid es da C u nh a, rea liz a çõ es filo s ó ­
fic a s d e su a obra. P r e fá c io d o liv r o cita d o , pp. 17-42.
(D ig r e s s õ e s g ra n d ilo q ü e n tes e p s e u d o c ie n tífic a s , tip o
d e q u e h á v á rio s e x e m p lo s na b ib lio g ra fia eu clid ia n a ).
21) JoXo P in t o da S i l v a : V u lto s do m e u ca m in h o. 2* série. P ô r to
A le g re . G lo b o . 1926. (E u clid e s d a Cunha, pp. 7-51). (C f. 13).
22) P a u l o T e r ê n c i o : E stu d o s eu clid ia n os, n o ta s p a ra o v o ca b u lá ­
rio d e O s S ertõ es. R io de J a n eiro. B. d e Sou sa. 1929. 163 pp.
23) P e d r o A . P i n t o : Os S ertõ es. V oca b u lá rio e n o ta s lex ic o ló -
gíca s. R io de J a n eiro. F r a n c is c o A lves. 1930. 315 pp.
24) P o v in a C a v a lc a n ti: E x cer to äe um livro in éd ito. ( I n : O
G lo b o , R io de J a n eiro, 15 d e a g ô s to de 1930).
26) F r a n c i s c o V e n â n c i o F i l h o : E u clid es da Cunha. R io d e J a ­
n eiro. A c a d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1931. 165 pp. (E s ­
tu d o b io b íb lio g rá fico , b a se d e to d o s o s p o s te r io r e s ).
26) P e d r o A . P i n t o : B ra sileirism o s e s u p o sto s b ra sileirism os d e
O s S e r tõ e s d e E u clid es da Cunha. R io de J a n eiro. T ip . S.
B e n e d ito . 1931. 139 pp. (L in g u a g e m e e s tilo d e E u clid es
fo r a m estu d a d os c o m o só o s d e M a ch a d o d e A ssis e R u i).
27) A o r i p i n o G r i e c o : E v o lu çã o da p r o sa brasileira. 1933. (2» ed i­
ção. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 216-220). ( R e ­
f le t e a opin iã o g e r a l: “ Os S e r tõ e s " , o m ais b ra sileiro dos
liv ros, e s c r ito e m estilo p e rso n a líssim o ).
28) V e io a M i r a n d a : E u clid es da C u nh a a n tes d os S ertõ es. (I n :
R e v is ta d a A ca d e m ia B ra s ile ira de L etras, n ? 142, ou tu b ro
de 1933, pp. 200-227).

2 1 1
29) A m é r ic o V E u clid es da Cunha. R io de J a n eiro. Tip.
a l é r io :
A u ro ra . 1934. 226 pp.
30) A l b e r t o R a n g e l : R u m o s e p e rsp ectiv a s . 2’ ed içã o. S ã o P a u lo.
C o m p a n h ia E d ito r a N a cion a l. 1934. (E u clid e s d a Cunha,
pp. 73-110). (D e p o im e n to do a m ig o ).
31) J osé M ar ia B e l o : In te lig ê n c ia do B rasil. 2* e d iç ã o . S ã o P a u lo.
C o m p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1935. (E u clid e s d a Cunha,
pp. 143-172).
32) L ac erd a F i l h o : E u clid es da C unha, su a v id a e su a obra. J o ã o
P e ssoa . A U n ião. 1936. 163 pp.
33) C a r l o s A . de M e n d o n ç a : E u clid es da C unha e a ex p ressã o
m á x im a do a s p e c to literá rio d e su a ob ra . ( I n : C orreio d a
M anhã, R io de J a n eiro, 6 de setem b ro de 1936).
34) V ic e n t e L ic í n io C a r d o s o : ã m a rg em da h istória d o B rasil.
2* edição. São P a u lo. C om p a n h ia E d ito ra N a cion a l. 1938.
(E u clid e s d a Cunha, pp. 231-258).
35) F r a n c is c o V e n á n c i o F i l h o : E u clid es e se u s a m igos. São
P a u lo. C o m p a n h ia E d itô ra N a cion a l. 1938. 246 pp . (C o r­
resp o n d ên c ia e o u tro s d o c u m e n t o s ).
36) E lõ i P o n t e s : A v id a d ra m á tica d e E u clid es da Cunha. R io
de J a n e iro . J osé O lím pio. 1938. 243 pp. (B io g r a fia ro m a n ­
cea d a , se m e s p e c ific a ç ã o da rica d ocu m en ta çã o u tiU zada).
37) F ir m o D u t r a : E u clid es da Cunha, g e ó g r a fo e exp lora d or. ( I n :
E stu d o s b ra sileiros, R io de J a n eiro, 1/2, 1938, pp. 30-52).
38) W a l t e r S p a l d i n g : E u clid es da C u nh a, p o eta . ( I n : A n a is d o
2Ç C o n g re sso d a s A ca d e m ia s de L etra s. R io de J a n eiro.
1939, pp. 417-440). (M a is u m a s p e c to secu n d á rio q u e n ão
fo i es q u e c id o ).
39) R a u l N a v a r r o : E u c ly d e s da C u nh a y el n a tivism o brasileno.
(I n : L a N a ció n , B u e n o s A ires, 2 de a b ril de 1939).
40) B rá u l io S a n c h e z - S a e z : E u c ly d e s da Cunha, co n s tr u to r d e
nacionalidad. (I n : A g on ia , B u en os A ires, n ç 4, oct. dec.
1939, pp. 50-56).
41) E . R o q u e t t e P i n t o : E n sa io s brasilianos. São P a u lo. C om ­
p a n h ia E d itô r a N a cion a l. 1940. (E u clid e s da Cunha,
pp. 129-138).
42) F r a n c is c o V e n ã n c i o F i l h o : A glória d e E u clid es da Cunha.
São P a u lo. C om p a n h ia E d itô ra N a cio n a l. 1940. 323 pp.
( C om boa b ib liog ra fia ).
43) C a r l o s C h i a c c h i o : E u clid es da Cunha. A s p e c t o s sin gu lares.
( I n : J o rn a l de A la, B a h ia, 11 de ja n e iro de 1940).
44) A n t ô n i o O s m a r G o m e s : O baian ism o d e E u clid es da Cunha.
( I n : J o rn a l de A la, B a h ia, I I I /3 , m a rç o de 1940, pp. 23-24).
45) O l I m p io t e S o u s a A n d r a d e : Os S e r tõ e s n u m a fr a s e d e N a b u co.
( I n : P la n a lto, São P au lo, 1/14, 1" de d e zem b ro de 1941).
(S ô b re o estilo d e E u c lid e s ).
46) A . de A m o r im G ir ã o : C o n c e ito a n tr o p o g e o g r á fic o de E u clid es
da Cunha. ( I n : B ra sília , C oim b ra , I, 1942, pp. 283-286).
47) U l is s e s P a r a n h o s : E u clid es da C u nh a, o m e s tr e do n a cion a ­
lism o b rasileiro. ( I n : R e v is ta d a A ca d e m ia P a u lista de
L etra s, V /1 7 , m a r ç o de 1942, pp. 88-113).
48) C â n d id o M o t a F i l h o : A f ô r ç a telú rica d e E u clid es da Cunha.
(I n : R e v is ta d a A ca d e m ia P a u lista de L etra s, V I/2 1 , m a rço
de 1943, pp. 17-38).

2 1 2
49) G ilb e r to F r e y r e : P e r fil de E u cttd es e o u tro s p e r fis . R io d e
J a n e iro . J o s é O lím pio. 1944. (E u clid e s d a C u nh a, pp. 21-63).
( Im p o r ta n te estu d o s ô b r e a s f o n te s e a fo r m a ç ã o c ie n tífic a
d e E u c lid e s ).
50) A f o n s o A r in o s de M elo F r a n c o : H o m e n s e tem a s do B rasil.
R io de J a n eiro. Z é lio V a lverd e. 1944. (R e fle x õ e s sôb re
E u clid e s d a C unha, pp. 101-118).
51) S a m u e l P u t N a m : B ra zil’ s G r e a te s t B o o k . In tr o d u ç ã o d a tra ­
d u çã o a m e rica n a de O s S e rtõ e s : R e v o lu tio n in th e B a c k ­
lands. C h ica go. U n iv ersity of C h ica g o P ress. 1945,
pp. I I I -X V I I I .
52) J oão de B a r r o s : P r e s e n ç a do B ra sil. L isb oa . E d . D o is M u n d os.
1946. (E u clid e s d a C unha e O lavo B ila c, pp . 151-176). (O
c o n fr o n to c a ra cte riz a u m a a titu d e).
53) G eo B. D a v id : N o v a s lu zes s ô b r e E u clid es da C u nh a. R io de
J a n e iro . G ua ra n i. 1946. 149 pp.
54) S eb a st iã o F e r n a n d e s : F ig u r a s e leg en d a s. R io de J a n eiro.
P o n g e tti. 1946. (E u clid e s d a Cunha, pp. 29-35).
55) S ílvio R a b e l o : E u clid es da Cunha- R io de J a n eiro. C a sa do
E stu d a n te d o B ra sil. 1947. 463 pp. ( M o n o g ra fia c o m p le ta ).
56) C a s s i a n o R i c a r d o : O b a n d eira n te E u clid es da Cunha. ( I n :
R e v is ta d a A ca d e m ia P a u lista de L etra s, X X X I X /3 9 , se­
te m b ro de 1947, pp. 98-120).
57) F r a n c is c o de B a r r o s : A lg u n s a s p e c to s da lin g u a g em d e E u cli­
d es da C unha. ( I n : B ra sília , C oim b ra , V , 1950, pp . 29-50).
58) F e r n a n d o de A z e v e d o : O h o m em E u cild es da Cunha. (In :
R e v is t a de H istória s, São P a u lo, I I I /9 , ja n e ir o -m a r ç o de
1952, pp. 3-30).
59) R e n a t o de M e n d o n ç a : O ra m o d e oliv eira . P ô r to . L ello. 1951.
(R e g io n a lis m o e u n iv ersa lism o na lite ra tu ra bra sileira ,
pp. 99-130).
60) W i l s o n M a r tin s : O estilo d e E u clid es da Cunha. ( I n :
A n h em bi, São P a u lo, 11/24, n o v e m b ro de 1952, pp. 459-476).
61) U m b e r t o P e r e g r in o : V o ca çã o d e E u clid es da Cunha. R io de
J a n eiro. M in istério d a E d u ca çã o . 1955. 42 pp.
62) A u g u s t o M e t e r : P r ê to & B ra n co . R io d e J a n eiro. In stitu to
N a cio n a l d o L iv ro . 1956. (N o ta s ô b re E u clid e s d a C unha,
pp. 183-191).
53) C â n d id o M ota F i l h o : E u clid es da C unha e a co n d içã o e s p e c í­
fic a da fo r m a ç ã o brasileira. ( I n : S o ciolog ia e H istória .
São P a u lo . In stitu to de S o cio lo g ia e P o lit'c a . 1956,
pp. 11-28).
64) O t á v i o B r a n d ã o : O s in te le c tu a is p ro g ressista s. R io de J a n eiro.
O rg a n iza çã o S im ões. 1956. (E u clid e s d a C unha, pp. 81-126).
( I n te r p r e ta ç ã o m a rxista ).
65) U m b e r t o P e r e g r i n o : O s " S e r tõ e s ” co m o h istória m ilitar. R io
de J a n eiro. B ib lio te ca do E x é rc ito . 1956. 75 pp.
66) H e r b e r t P a r e n t e s F o r t e s : E u clid es, o estiliz a d o r da n ossa
h istória . R i o de J a n eiro. G R D . 1958. 148 pp.
67) C a r l o s D a n t e de M o r a is : E u clid es da C u nh a, h o m e m trá g ico.
(I n : R e v is t a B ra sileira , IX /2 1 -2 2 , ja n e ir o -ju n h o d e 1958,
pp. 149-182).
68) E u g ê n i o G o m e s : V is õ e s e R e v is õ e s . R io de J a n eiro. In stitu to
N a cio n a l d o L iv ro. 1958, pp . 277-303.

213
14
69) D an te de M e l l o : A v erd a d e s ô b r e O s S e rtõ es. R io d e J a ­
n e iro. B ib lio te c a d o E x é rc ito . 1958. 257 pp.
70) F r a n k l i n d e O l iv e ir a : E u cU ä es da Cunha. ( I n : A L iter a tu ra
n o B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. III, t. 1. R io
de J a n e iro. E d ito ria l S u l A m e rica n a . 1959, pp . 291-307).
( A n á lise e s tilís tic a ).
71) O l í m p i o de S o u s a A n d r a d e : H istó ria e in te r p r e ta ç ã o d e Os
S e rtõ es. S ã o P a u lo. E d a rt. 1960. 329 pp. ( M o n o g ra fia
im p o r ta n te ).

João Ribeiro
Joio B a t i s t a R i b e i r o d e A n d r a d e F e r n a n d e s . Nasceu em Laran­
jeiras (Sergipe), em 24 de junho de 1860. Morreu no Rio
de Janeiro, em 13 de abril de 1934.

OBRAS DE CRÍTICA LITERÁRIA

O Fabordão (Rio de Janeiro. Garnier. 1910) ; Cartas devol­


vidas. (Pôrto. Lello. 1925) ; Crítica. Os Modernos, (edit.
por Múcio Leão. Rio de Janeiro. Academia Brasileira
de Letras. 1952) ; Crítica. Clássicos e românticos bra­
sileiros (edit. por Múcio Leão. Rio de Janeiro. Academia
Brasileira de Letras. 1952).

Edição das Obras completas em preparação.

João Ribeiro é grande como filólogo, como historiador, como


homem de cultura independente. Neste livro entra principalmente
sua atividade de crítico literário.

Bibliografia
1) P edro do C outo: P á g in a s d e crítica . L isb oa . A n tô n io M a ria
T e ix e ira . 1906. (J o ã o R ib e iro , pp. 149-170).
2) E l í s i o d e C a r v a l h o : A s m od ern a s c o r r e n te s e s té tic a s na litera ­
tu ra b rasileira. R io de J a n eiro. G a rn ier. 1907. (J o ã o R i­
b e iro , pp . 43-61).
3) T r i s t í o d e A t a í d e : P r im e ir o s estu d os. R io de J a n eiro. A gir.
1948. (J o ã o R ib e ir o , pp. 75-80). ( E s c r ito e m 1919).
4) P a u l o S e t ú b a l : E lo g io d e J oã o R ib eiro . ( I n : D is c u r s o s A c a ­
d êm ico s. V o l. I X . R io d e J a n eiro. A B C . 1937, pp. 9-29).
(E s c r ito e m 19S4).
5) M ú cio L e ã o : J oã o R ib eiro . R io d e J a n eiro. A lb a . 1934. 322 pp .
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O lím pio. 1936. ( A f ilo s o fia de J o ã o R ib e ir o , pp . 175-185).
7) J o sé M a r ia B e l o : Im a g en s d e o n te m e d e h o je . R i o d e J a ­
n eiro. A riel. 1936. (J o ã o R ib e iro , pp . 61-66).
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O lím pio. 1944. (C lá ssico e M od ern o, pp. 126-138). ( J oão
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9) Á l v a r o S a l g a d o : V id a e p o e s ia d e J oã o R ib eiro . ( I n : C u ltu ra
P o lítica , I X /4 0 , m a io d e 1944, pp . 201-206).
10) C a r l o s D e v i n e l u : D ir e tr iz e s d e J oã o R ib eiro . R i o de J a n eiro.
Z é lio V a lv e rd e. 1945. 122 pp.
11) S eb a st iã o F e r n a n d e s : F ig u ra s e leg en d a s. R io d e J a n eiro.
P o n g e tti. 1946. (J o ã o R ib e ir o , pp. 49-55).
12) M ú cio L e ã o : J oã o R ib eiro . E n sa io b io b ib lio g rá fico . R io d e
J a n e iro . A c a d e m ia B ra s ile ira d e L etra s. 1954. 89 pp.
13) M ú cio L eâ o: O p e n sa m en to d e J oã o R ib eiro . ( I n : R e v is ta
d o In stitu to H is tó r ic o e G e o g r á fic o B ra s ile iro , C C L V III,
ju lh o -s e te m b ro d e 1960, pp. 114-175).
14) E d u a r d o F r ie ir o : N o ta s s ô b r e J oã o R ib e ir o . ( I n : K rite rio n ,
X H I/5 3 -5 4 , ju lh o -d e ze m b ro d e 1960, p p . 443-448).
15) M ú cio L e ã o : J oã o R ib eiro . R io d e J a n eiro. L iv r a r ia S ã o J osé.
1962. 291 pp.

215
SIMBOLISMO

Bibliografia
1) J osé A df.raldo C a s t e l o : A p o n ta m e n to s pa ra a H istó ria do
S im b olism o n o B rasil. ( I n : R e v is ta da U n iversid a d e de
S ã o P a u lo, 1, 1950, pp. 111-121).
2) A n d r a d e M u r i c i : In tro d u çã o do P a n o ra m a do M o v im en to Sim -
b o lista B ra sileiro. R io de J a n eiro. In stitu to N a cio n a l do
L iv ro . 1952, vol. I, pp. 9-73. ( T raba lh o co m p r e e n s iv o e
co m p leto ).
3) W i l s o n M a r t i n s : In tro d u çã o ao estu d o do S im b olism o no
B ra sil. S ep arata de L etra s, C u ritiba, n 15 1, 1953.
4) A n d r a d e M u r i c i : P r e s e n ç a do S im b olism o. ( I n : A L itera tu ra
n o B ra sil, edit. p or A fr â n io C ou tin h o. V o l. III, t. 1. R io de
J a n e iro . E d ito ria l Sul A m e rica n a . 1959, pp . 125-226).

Sôbre o simbolismo brasileiro não existia, durante muito


tempo, monografia; só o grande trabalho de Andrade Murici veio
encher a lacuna. Hsse fato é sintoma, entre outros, da derrota
que sofreu no Brasil o movimento simbolista, que foi de tanta
importância em outra parte. B. Lopes, figura transicional entre
o parnasianismo e o simbolismo, já foi um vencido. Depois, os
dois grandes poetas do simbolismo brasileiro, Cruz e Sousa e
Alphonsus, não conseguiram impor-se, sucumbindo a ambientes
hostis. O parnasianismo, sobrevivendo-se a si mesmo, continuou,
e quando foi, por sua vez derrotado, coube a vitória, ao modernismo,
que, com exceção de certo grupo, não tinha nada nem quis ter
nada com o simbolismo. A questão não é, porém, só cias contin­
gências históricas, e sim, também, dos valôres. Ao lado daqueles
dois grandes poetas, B. Lopes já ê figura muito menor, e, quanto
aos outros, só critérios bastante largos permitem lembrar Emiliano
Perneta, Mário Pederneiras, Pereira da Silva, Eduardo Guimaraens
e Alceu Wamosy, e, mais, Auta de Sousa, cujo espiritualismo
poético a aproxima dos simbolistas. O filósofo dêsse movimento,
que não foi somente poético, ê Farias Brito; seu crítico, Nestor
Vítor. Mas, antes dêles e logo depois dos poetas, ainda convém
citar um dos poucos prosadores de algum valor que o simbolismo
produziu: Gonzaga Duque.

216
Todos os nomes citados passam, geralmente, por simbolistas.
No fim do capítulo aparece, porém, o nome de mais um grande
poeta que não costuma ser citado entre êles: Augusto dos Anjos.
Dizer que é figura “ inclassificável” , resistindo a qualquer tenta­
tiva de classif icação, é dizer a verdade. Também teria sido possível
colocá-lo entre os neoparnasianos, considerando-se apenas sua
forma e suas pretensões de poesia científica. Mas o fundo é
diferente. Se existe, fora do Brasil, caso semelhante, é o de
Baudelaire (sem querer comparar as dimensões). Assim, como
livro ou capítulo sôbre o simbolismo francês tem de começar com
o nome de Baudelaire, assim êste_ capítulo sôbre o simbolismo
brasileiro pode terminar com o nome de Augusto dos Anjos.

B. Lopes
B e r n a r d in o d a Nasceu em Boa Esperança (na então
C osta L opes.

Província do Rio de Janeiro), em 19 de janeiro de 1859.


Morreu no Rio de Janeiro, em 18 de setembro de 1916.

obras

Cromos (Rio de Janeiro. Tip. Cruzeiro. 1881; 2.a edição,


Rio de Janeiro. Fauchon. 1896) ; Pizzicatos (1886) ;
Brasões (Rio de Janeiro. Fauchon. 1895); Sinhá-Flor
pela época dos Crisântemos (Rio de Janeiro. Luís Ma-
lafaia Júnior. 1899); Vai de lírios (Rio de Janeiro.
Laemmert. 1900); Helenos (Rio de Janeiro. Aldina.
1901); Plumário (Rio de Janeiro. Leuzinger. 1905).

e d iç ã o

Obras, edit. por Andrade Murici. i vols. Rio de Janeiro.


Zélio Valverde. I94h.

B. Lopes não foi, no fundo, simbolista, mas sim parnasiano de


múltiplos recursos poéticos, usando também os do simbolismo, ou
antes: daquilo que se afigurava simbolismo aos seus contempo­
râneos. Mas os parnasianos, depois de terem saído da fase boêmia
de sua mocidade, não toleraram a boêmia permanente nem velei­
dades “ heréticas” . Dêste modo, B. Lopes foi vencido, apesar de
defendido por João Ribeiro. ■— A ala do modernismo, que se
inspira direta ou indiretamente no simbolismo, tem realizado
esforços meritórios para reabilitar B. Lopes; veja-se a. edição das
obras, organizada por Andrade Murici.

217
Bibliografia
1) T r is t ã o de A k a r ipe J ú n i o r : L iter a tu ra b ra sileira , m o v im en to
d e 189S. R i o d e J a n eiro. D e m o c r á tic a E d itô ra . 1896, p. 89.
2) J o ão R ib e ir o : S in h á -flor, p o r B. L op es. (I n : R e v is t a B ra si­
leira , V , 1899, pp . 122-124).
3) J o s é V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra brasileira. 1* série. R io
d e J a n e iro. G a rn ier, 1901, pp. 282-290. (.D esfa v o rá v el).
4) J o s é V e r í s s i m o : E s tu d o s d e litera tu ra brasileira. 3* série. R io
d e J a n e iro. G a rn ier. 1903, pp . 248-252.
5) A l íp io M a c h a d o : O tr is te f im d e u m p o e ta d e ra ça . ( I n : R e ­
v is ta A m e rica n a , V I /6 , m a rç o d e 1917, pp. 87-105).
6) J oão R ib e ir o : P o e ta esq u ecid o . ( I n : J o rn a l d o B ra sil, 17, 20
e 22 de ju lh o de 1927). (B . L o p e s , u m d os m e lh o r e s p o e ta s
d o B ra sil).
7) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p o e s ia brasileira. 1932. (3 ’ e d i ­
çã o . R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 75-76).
( E lo g io s o ).
8) R o n a l d d e C a r v a l h o : P e q u e n a h istó ria da litera tu ra brasileira.
5* e d içã o . R io d e J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp . 353-356).
(C o n fo r m e o p o n to d e v is ta a c a d ê m ico q u e o a u to r, n e s s e
liv ro , a d o tou , elo g ia o r o m a n tis m o in a to e m B . L o p e s , c o n ­
d en a n d o -lh e os a r tifíc io s s im b o lis ta s ).
9) C a r l o s C h i a c c h i o : B io critica . B a h ia. A la . 1941. (B . L op es,
pp. 53-71).
10) R ocer B a s t id e : P o e s ia a fro-b ra sileira . S ã o P a u lo. M artin s.
1943, pp. 132-135. (O sim b o lism o d e B . L o p e s e m rela çã o
c o m a su a co n d içã o d e m e s tiç o ).
11) E ló i P o n t e s : A v id a e x u b e r a n te d e O lavo B ila c. R i o d e J a ­
n e iro. J osé O lím p io. 1944. V o l. II, pp. 511-515.
12) A n d r a d e M u r i c i : In tro d u çã o da ed içã o das O bras. R i o d e J a ­
n eiro. Z é lio V a lv erd e. 1945. V o l. I, pp. 7-28.
13) D u a r t e M o n t a l e q r e : E n sa io s ô b r e o pa rn a sia n ism o brasileiro.
C oim b ra . C o im b ra E d itôra . 1945, pp. 44-47, 71.
14) L a c e r d a N o g u e ir a : O m a is orig in a l d os p o e ta s flu m in en ses.
( I n : R e v is ta d a s A ca d e m ia s de L etra s, n® 59, setem b ro-
-o u tu b ro , d e 1945, pp . 56-62).
15) R e n a t o d e L a c e r d a : U m p o e ta sin g u la r, B . L o p es. R i o d e J a ­
n eiro. s. e. 1949. 159 pp. (B io g r a fia d " m a n e ir a a n tig a ").
16) R a i m u n d o d e M e n e z e s : E s c r ito r e s n a in tim id ad e. São P a u lo.
M a rtin s. 1949. (B . L op es, pp. 131-135).
17) M e llo N ó b r e g a : E v o c a ç ã o d e B . L o p es. R io de J a n eiro. L i­
v r a r ia S ã o J osé. 1959. 99 pp.

Cruz e Sousa
J oão d a C r u z e S o u s a . Nasceu em Desterro (hoje Florianópolis),
em 24 de novembro de 1861. Morreu em Estação de Sitio
(Minas Gerais), em 19 de março de 1898.

OBRAS

Missal (Rio de Janeiro. Magalhães & Cia. 1893) ; Broquéis


(Rio de Janeiro. Magalhães & Cia. 1893) ; Evocações

218
(Rio de Janeiro. Aldina. 1898); Faróis (Rio de Ja­
neiro. Tip. Instituto Profissional. 1900); Últimos sonetos
(Paris. Aillaud. 1905).

EDIÇÕES

1) Obras completas, edit. por Nestor Vítor. 2 vols. Rio de


Janeiro. Anuário do Brasil, 1923-1924.
2) Obras. 2 vols. São Paulo. Ed. Cultura. 1943.
3) Obras poéticas, edit. por Andrade Murici. 2 vols. Rio
de Janeiro. Instituto Nacional do Livro. 1945. (Edição
enfim completa).
4) Obra completa, ed. Andrade Murici. Rio de Janeiro.
José Aguilar. 1961.

O simbolismo de Cruz e Sousa. foi energicamente rejeitado


pelo parnasianismo dominante; só poucos alegaram circunstâncias
atenuantes, de ordem sentimental, em favor do pobre negro,
humilhado e tuberculoso. Cruz e Sousa ficou propriedade de uma
seita de admiradores, que fêz, em vão, esforços meritórios para
reabilitar a memória do poeta. A partir de 1920, mais ou menos,
Cruz e Sousa começou a ser reconhecido. Mas êsse movimento
ascensional foi interrompido pelo modernismo cujos representantes
estenderam ao “ caso Cruz e Sousa” seus preconceitos anti-
-simbolistas. No entanto, a poesia de Cruz e Sousa venceu, enfim;
é hoje das mais admiradas e mais estudadas, embora o interesse
ainda* se limite, às vêzes, ao caso, raro no Brasil, de “ poeta negro” .

Bibliografia
1) T r is tS o de A r a r ip e J ú n i o r : L ite r a tu r a b ra sileira , m o v im en to
ã e 1S9S. R io d e J a n eiro. D e m o c r á tic a E d ito ra . 1896,
pp. 90-100.
2) C ar d o s D . F e r n a n d e s : C ru z e Sousa. ( I n : C id ad e d o R io , 20
de a b ril d e 1898).
3) N e s t o r V ít o r : C ru z e Sousa. R io d e J a n eiro, s. e. 1899.
56 pp. ( N e s to r V íto r f o i, d u ra n te to d o s os a n o s ã e d esp rêz o ,
o d e fe n s o r in ca n sá v e l da p o e sia d e C ru z e S ou sa ).
4) R icardo J a im e F r e y r e : C ru z e Sousa. C o n fe rê n cia le id a en el
A te n e o de B u en os A ires, el 28 d e a g ô s to d e 1899. ( I n : E l
M e rcú rio d e A m erica , B u en os A ires, t. IV , Set-O ut. 1899).
( C itad o c o n fo r m e in d ica çã o d e A n d ra d e M u r ic i; in te r e s ­
s a n te c o m o sinal das a fin id a d es e n tr e o sim b olism o b rasi­
leiro e o “ m o d ern ism o ” h isp a n o -a m erica n o ).
5) S íl v io R o m e r o : A L iter a tu ra , 1500-1900. R io d e J a n eiro. Im ­
p re n s a O ficia l. 1900, pp. 110-113.
6) F r o ta P e s s o a : C rítica e p olêm ica . R io de J a n eiro. A rtu r
G u rgu lin o. 1902. (C ru z e Sousa, pp . 235-243).

219
7) P e d r o d o C o u t o : P á g in a s d e crítica . L isb oa . L iv ra ria C lássica.
1906, pp. 53-59.
8) J o sé V e r I hBim o : E stu d o s d e litera tu ra brasileira. 6* série. R io
de J a n e iro . G a rn ier. 1907, pp. 176-185. ( A lg u m elo g io , sem
c o m p r e e n s ã o ). (E s c r ito e m 1906).
9) H e m e t é r io d o s S a n t o s : C ru z e Sousa, le v e s r e to q u e s à c r ític a
do Sr. J o s é V eríssim o. ( I n : R e n a s ce n ça , R io de J a n eiro,
111/26, a b ril d e 1906, pp . 169-172).
10) J oão P i n t o da S il v a : V u lto s do m eu ca m in h o. P ô r to A leg re.
G lob o. 1918. (C ru z e Sousa, pp. 61-77).
11) N e s t o r V I t o r : A c rítica d e o n tem . R io de J a n eiro. L eite R i­
b e iro & M a u rílio. 1919. (O p o e ta n eg ro, pp. 349-356).
12) A lfr e d o G o m e s : H istó ria literá ria . ( I n : D icio n á rio h istó rico
g e o g r á fic o e e tn o g r á fic o do B ra sil. C o m em o ra çã o do 1“
C en ten á rio da In d ep en d ên cia . V ol. II. P . II. R io de J a ­
n eiro. Im p re n sa N a cion a l. 1922, pp. 1526). (O crítico n a tu ­
ra list a-pa rn a sian o c o n fe s s a n ã o en te n d e r , e m C ru z e S ou sa,
p a la vra a lg u m a ).
13) J a c k s o n d e F ig u e r e d o : P a sca l e a in q u ieta çã o m od ern a . R io
de J a n e iro . C en tro D . V ita l. 1922, pp. 19-25.
14) T a s s o da S il v e ir a : A I g r e ja silen ciosa . R io de J a n eiro. A n u á ­
rio do B ra sil. 1922. (C ru z e Sousa, pp. 89-107).
15) N e s t o r V I t o r : In tro d u çã o das O bras c o m p leta s . V o l . I. R i o
d e J a n e iro . A n u á rio do B ra sil. 1923, ppT 7-63. (A p rim eira
b io g ra fia do p o e ta ).
16) J o sé O it ic ic a : O p o e ta n eg ro . ( I n : C orreio d a M anhã, R io de
Ja n eiro, 17 d e m a rç o de 1923). (A r tig o fa m o s o , d e e x e g e s e ) .
17) S ilve ira N e t o : C ru z e Sousa. R io d e J a n eiro. A n u á rio d o
B ra sil. 1924. 43 pp.
18) A g r ip in o G r ie c o : O Sol d os m o r to s. ( I n : O J orn a l, R io de
J a n e iro , 4 de d e z e m b ro d e 1924).
19) M ú cio L e ã o : O “ c a s o ” C ru z e Sousa. (I n : R e v is ta do B ra sil,
1» fa se , n*' 98, fe v e r e ir o de 1924, pp. 173-175).
20) J ackson de F ig u e r e d o : C olun a d e fo g o . R io de J a n eiro.
C en tro D . V ita l. 1925, pp . 157-160.
21) J oão P in t o da S i l v a : V u lto s do m eu ca m in h o. 2» série. P ô r t o
A le g re . G lob o. 1926. (C ru z e Sousa, pp . 52-72). ( c f. 10).
22) J osé M ar ia G o u l a r t de A n d r a d e : A p o e sia d e C ru z e Sousa.
(I n : R e v is ta d a A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s, n ’ 51,
m a r ç o d e 1926, pp. 207-211). (U m dos ú ltim os p a rn a sia n os,
c o n v e r tid o e m a d m ira d or do p o e ta sim b o lista ).
23) J o io R ib e ir o : C rôn ica literária. (I n : J o rn a l d o B rasil, 9 de
n o v e m b ro d e 1927). (Ir r e c o n c iliá v e l, c o n tr á o sim b o lism o ).
24) C a r l o s D a n t e de M o r a is : V ia g en s in te rio re s. R io de J a n eiro.
S ch m id t. 1931. (O cisn e p rêto, pp. 5-34).
25) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p o e sia brasileira. 1932. (3* ed i­
çã o. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 95-98).
(G ra n d e a d m ira çã o ).
26) A l b in o E s t e v e s : E s té tic a d os son s, c ô r e s , ritm o s, im a g en s.
(R io d e J a n eiro. R e n a to A m e rica n o . 1933, pp . 80-90, 168-169).
(A n á lise s estilís tic a s).
27) V ít o r V i a n a : C ru z e S ou sa e a su a in flu ên cia . ( I n : J orn a l
do C o m é rcio, R io de J a n eiro, 20 de m a r ç o d e 1933).

2 2 0
28) B r á u i .to V ie ja y n u ev a litera tu ra d el B rasil.
S a n c h b z-S a e z :
S a n tia go de Chile. E reilla. 1935, pp. 162-172.
29) R o n a l d de C a r v a l h o : P e q u e n a h istória da litera tu ra brasileira.
5* e d içã o. R io de J a n eiro. B rig u ie t. 1935, pp. 347-352.
(F a z r e s tr iç õ e s a o sim b o lism o e d e fe n d e o p o e ta co m a rg u ­
m e n to s d e p a rn a sia n o ).
30) R u b e n s L is b o a : C ru s e Sousa, sím b olo d e u m a ra ça . (In :
C o rre io d a M anhã, R io de J a n eiro, 10 de m a io de 1936).
31) A . J . P er eira d a S il v a : C ru z e Sousa. ( I n : R e v is t a d a A ca d e ­
m ia B ra s ile ira de L etra s, n® 174, ju lh o de 1936, pp. 235-236).
32) A n d r a d e M u r ic i : M ú sica e p oesia . (I n : C a d ern os d a H o r a
P resen te, n" 1, m a io de 1939, pp . 192-200).
33) S ilv e ir a N e t o : C ru z e Sousa. ( I n : R e v is ta das A ca d e m ia s d e
L etra s, I X /2 7 , n o v e m b ro d e 1940, pp. 317-327).
34) J orge de L i m a : C ru z e Sousa. (I n : J o rn a l do C o m é rcio , R io
d e J a n e iro , 1* d e ju lh o de 1941).
35) J oão A l p h o n s u s : C ru z e Sousa. ( I n : A M an hã, S u plem en to
A u to re s e L iv ros, 11 d e ou tu b r o d e 1942).
36) F e r n a n d o G óis: In tro d u çã o da ed içã o d as O bras. São P a u lo.
E d . C u ltu ra. 1943. V o l. I, pp . V - X X X V I .
37) R oger B a s t id e : P o e s ia a fro-b ra sileira . S ã o P a u lo. M artins.
1943. (Q u a tro estu d os sôb re C ru z e Sousa, pp. 86-128).
(I m p o r ta n te estu d o s ô b re o p o e ta ; ex p lica -lh e o sim b olis-
m o p ela v o n ta d e d e a s cen sã o do p o e ta n e g r o , q u e o crítico
co m p a r a à s m a io res fig u r a s do sim b o lism o fr a n c ê s ).
38) Â n g e l o G u id o : E l p o e ta n eg ro C ru z e Sousa. S a n tia go de
Chile. E d g a rd . 1943. (L iv r o in a c e s s ív e l; cita d o c o n fo r m e
A n d ra d e M u ric i).
39) T a s s o da S il v e ir a : A n te r o e C ru z e S ou sa. ( I n : A tlâ n tico ,
L isb oa , n 5 3, 1943, pp . 42-55).
40) ä n d r a d e M u r ic i : In tro d u çã o da ed içã o O b ras p o é tic a s. R io
de J a n eiro. In stitu to N a cio n a l d o L iv ro . 1945. V ol. I,
pp. V I I -X X V I I I . (C o m boa b ib lio g ra fia ).
41) A n t ô n i o de P á d u a da C o st a e C u n h a : ã m a r g e m do estilo de
C ru z e Sousa. R io de J a n eiro. M in is té rio d a E d u c a ç ã o e
Saúde. 1946. 48 pp. (Im p o r ta n te s a n á lises estilís tic a s).
42) M a n u e l B a n d e ir a : A p r e s e n ta ç ã o da p o e s ia brasileira. R io de
J a n eiro. C a sa do E stu d a n te d o B ra sil. 1946, pp. 120-125.
(A p e s a r da rela tiv a a v ersã o do m e s tr e c o n tr á o sim b olism o,
p r o fu n d a c o m p r e e n s ã o ).
43) J o a q u im R ib e ir o : V estíg io da co n co rd â n cia ban tu n o estilo d e
C ru z e Sousa. ( I n : A M anhã, S u p lem en to L etra s e A rtes,
26 de ja n e ir o de 1947).
44) S a m u e l P u t n a m : M a rv elou s J o u rn ey , a S u rv ey o f F o u r C en ­
tu ries o f B ra zilia n L iter a tu re. N e w Y o r k . K n o p f. 1948,
pp. 173-175. (C o m p a ra çõ es c o m a p o e sia n e g r a n o r te -
-a m e ric a n a ).
45) Tui-o H o s t íl io M o n t e n e g r o : T u b er cu lo se e litera tu ra . R io de
J a n e iro , s. e. 1949, pp. 65-69.
46) A b e lard o F . M o n t e n e g r o : C ru z e Sousa e o m o v im en to sim -
b olista no B ra sil. F orta leza , s. e. 1954. 187 pp.
47) M ig u e l do R io B r a n c o : E ta p a s da p o e sia brasileira. L isb oa .
L iv ro s d o B ra sil. 1955, pp. 25-41.

2 21
48) T asso d a S il v e ir a : A p r e s e n ta ç ã o . ( I n : C ru z e S o u s a : P oesia .
R io d e J a n eiro. A g ir. 1957, pp. 5-13).
49) A r n a l d o S. T h i a g o : H istó ria da litera tu ra ca ta rin en se. R io
d e J a n e iro , s. e. 1957, pp. 196-228.
50) J o sé A deraldo C a s t e l o : A p rim eira fa s e da p o e sia d e C ru z e
S ou sa. ( I n : E s ta d o de S ã o P a u lo, 2 d e m a rç o d e 1957).
51) A n d r a d e M ' u r ic i : P r e s e n ç a do S im b olism o. ( I n : A L iter a tu ra
no B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. I l l , t. 1. R io
de J a n e iro . E d ito ria l Sul A m erica n a , pp. 125-137).
52) R a i m u n d o M a g a l h ã e s J ú n i o r : P o e s ia e v id a d e C ru s e Sousa.
S ã o P a u lo . E d itô r a das A m érica s. 1961. 203 pp.
53) A n d r a d e M u r ic i : A tu a lid a d e d e C ru z e Sousa. In tro d u çã o d a
E d iç ã o A g u ila r. R io de J a n eiro. 1961, pp . 17-64.
54) C e n t e n á r i o d e C r u z e S o u s a : F lo r ia n ó p o lis. C om issã o O ficia l
d e F e s te jo s . 1962.
54a) A n í b a l N u n e s P i r e s : C ru z e S ou sa, o p o e ta , pp . 15-29.
54b) E g lê M a l h e ir o s : C ru z e S ou sa, u m a in te rp reta çã o ,
p p . 33-47.
54c) O s w a l d o F err e ir a d e M e l o F i l h o : C ru z e S ou sa, o e s ti­
lista, p p . 5 1 -6 3 .
54<J) H e n r iq u e da S il v a F o n t e s : O n o sso C ru z e Sousa,
p p . 6 7 -7 6 .
54e) N ereu C o r r e ia : O ca n to do C isn e N e g r o , p p . 7 9 -9 9 .
5 4 1) M a r t in h o C allado J ú n io r : C ru s e Sousa, o n eg ro ,
p p . 103 -1 0 9.

Emiliano Perneta
E m il ia n o D a v id P erneta. Nasceu em Pinhais (Paraná), em 3
de janeiro de 1866. Morreu em Curitiba, em 19 de janeiro
de 1921.

OBRAS PRINCIPAIS

Ilusão (Curitiba. Livr. Econômica. 1911); Pena ãe Talião


(Curitiba. Livr. Mundial Lobato. 1914).

EDIÇÃO

Obras, edit, por Andrade Murici. 2 vols. Rio de Janeiro.


Zélio Valverde. 1945.

Mais um poeta. simbolista do Sul, que não conseguiu vencer


os preconceitos parnasianos. Mas os esforços de reabilitação, da
parte dos seus conterrâneos paranaenses, tampouco convenceram
até hoje os de fora.

B ib lio g r a fia
1) N estor V í t o r : A c rítica ã e o n tem . R io d e J a n eiro. L eite
R ib e ir o & M au rílio. 1919. (E m ilia n o P ern eta , pp. 279-309).

222
2) A ndrade M u r ic i:O su a v e co n v ív io . R io de J a n eiro. A n u á rio
d o B ra sil. 1922. (E m ilia n o P ern eta , pp . 124-200).
3) T a s s o d a S ilve ira : A I g r e ja silen ciosa . R io d e J a n eiro. A n u á ­
r io d o B ra sil. 1922. (E m ilia n o P ern eta , pp. 107-135).
4) N e s t o r V I t o r : C a rta s à g e n t e n ova . R io d e J a n eiro. A n u á rio
d o B ra sil. 1924. (E m ilia n o P ern eta , pp . 213-221).
5) O sc a r M e n d e s : E m ilia n o P e r n e ta . ( I n : F ô lh a d e M in as, B e lo
H o rizo n te , 24 d e fe v e r e ir o de 1935).
6) A n d r a d e M u r ic i : In tro d u çã o da ed içã o das O bras. R io de J a ­
n eiro. Z é lio V a lv erd e. 1945. V o l. I, pp. I -X V II.
7) T a s s o d a S il v e ir a : E stu d o s ô b r e E m ilia n o P e r n e ta . ( I n :
O bras. R i o d e J a n eiro. Z élio V a lv erd e. 1945. V o l. II,
pp. I - X V I ) .
8) E r a s m o P il o t o : E m ilia n o. C u ritiba. G erpa. 1945. 196 pp.
9) A n d r a d e M u r i c i : P r e s e n ç a do S im b olism o. ( I n : A L iter a tu ra
n o B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. III, t. 1. R io d e
J a n e iro . E d ito ria l Sul A m erica n a . 1959, pp . 177-189, 212-218).

Mário Pederneiras
M á r io P aranhos P e d e r n e ir a s . Nasceu no Rio de Janeiro, em
2 de novembro de 1867. Morreu no Rio de Janeiro, em 8
de fevereiro de 1915.

OBRAS POÉTICAS

Bondas noturnas (Rio de Janeiro. Compa. Tipogr. Brasil.


1901); Outono (Rio de Janeiro. Leite Ribeiro. 1914).

O representante do simbolismo na capital federal exerceu


influência considerável sobre o grupo de poetas pós-simbolistas
dentro do movimento modernista.

Bibliografia
1) J o sé V e r ís s im o : E stu d o s d e litera tu ra b rasileira. 41* série.
2* e d içã o . R io de J a n eiro. G a rn ier. 1910, pp . 117-120.
2) R o n a l d de C a r v a l h o : P e q u e n a h istória da litera tu ra brasi­
leira. 5" e d içã o. R io de J a n eiro. B rig u iet. 1935, pp . 356-360).
( G ran d e e lo g io ).
3) R odrigo O távio F i l h o : O p o e ta M á rio P e d ern eira s. R i o de
Ja n e iro . R e n a s ce n ça . 1933. 96 pp.
4) Z e f e r in o B a r r o s o : M á rio P e d ern eira s. ( I n : P u b lica çõ e s d a
A ca d e m ia C a rio ca de L etra s, 1/2, 1935, pp. 73-93).
5) R odrigo O t áv io F i l h o : T r ê s a m ig os. ( I n : B o le tim d o A riel,
V / l , ou tu b ro d e 1935, pp. 5-6).
6) A r i M a r t i n s : U m g ra n d e en a m ora d o da te r r a ca rioca . (I n :
R e v is ta das A ca d e m ia s d e L etra s, I I I /8 , m a rç o de 1939,
pp. 139-143).
7) R odrigo O távio F i l h o : A p r e s e n ta ç ã o . ( I n : M á rio P e d e rn e ira s:
P o esia . R io d e J a n eiro. A g ir. 1958, pp. 5-21).

223
Alphonsus de Guimaraens
A fo n s o H e n b i q u e s d a C o s t a G u i m a r ã e s (adotou, como autor, o
nome: Alphonsus de Guimaraens). Nasceu em Ouro Prêto
(Minas Gerais), em 24 de julho de 1870. Morreu em
Mariana, em 15 de julho de 1921.

OBRAS

Setenário das Dôres de Nossa Senhora e Câmara Ardente


(Rio de Janeiro. Leuzinger. 1899); Ryriale. Tip. Uni­
versal. 1902); Dona Mística (Rio de Janeiro. Leuzinger.
1899); Pastoral aos crentes do amor e da morte (São
Paulo. Monteiro Lobato. 1923).

e d iç õ e s

1) Poesias, edit. por Manuel Bandeira. Rio de Janeiro.


Ministério da Educação e Saúde. 1938.
2) Poesias, edit. por Alphonsus Guimaraens Pilho. 2 vols.
Rio de Janeiro. Organização Simões. 1955.
3) Obra completa. Rio de Janeiro. José Aguilar. 1960.

Nenhum outro poeta brasileiro, nem sequer Cruz e Sousa, fo i


tratado de maneira tão revoltante pelos “ donos da poesia” da
época como Alphonsus. Ainda Bonald de Carvalho, revendo em
1934 a 4.a edição de sua “ Pequena história <ia literatura brasileira” ,
obra meio oficial, não achou p or bem incluir uma única linha sôbre
Alphonsus, mencionando-lhe o nome só uma vez, sem adjetivo, ao
lado de Félix Pacheco. Só por volta de 1935 os críticos se lembram
do esquecido poeta provinciano: prim eiro seus conterrâneos mi­
neiros ( A fon so A rinos e outros) ; depois, Manuel Bandeira, o que
significa, enfim , a reabilitação. H o je ê Alphonsus reconhecido
como um dos maiores poetas do Brasil.

B ib lio g r a fia
1) J o sé V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra brasileira. 2* série. R i o
de J a n e iro. G a rn ier. 1901. (U m p o e ta sim b olista ,
pp. 225-237). (I n c o m p r e e n s ã o ).
2) M ário d e L i m a : E s b ô ç o d e u m a h istória literá ria de M inas.
B e lo H o rizon te. Im p ren sa O ficia l. 1920, p. 32. (.Dando
n o tic ia do p o e ta , r ev ela a tra v és das e x p r e s s õ e s qu e Ihe d es­
c o n h e c e a p o e sia ).
3) A u g u s t o d e L i m a : A lp h o n su s d e G u im araen s. (In : O M undo
L ite rá rio , R io de J a n eiro, 1/3, 5 de ju lh o de 1922, pp. 283-291).
4) A gripa de V a s c o n c e l l o s : D iscu rs o d e p o s s e na A ca d em ia . (I n :
R e v is ta d a A ca d e m ia M in eira de L etra s, II, 1923/1924,
pp. 5-34).

224
5) Jack son d e F i g u e r e d o : D u r v a l de M o ra is e os p o e ta s d e N ossa

S en h ora. R io d e J a n eiro. C en tro D . V ita l. 1925, pp. 73-159.


( D u v id a da sin cerid a d e d o p o e ta ).
6) A ö r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p o e sia b rasileira. 1932. (35 edi­
çã o. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 100-108).
( G ra n d e e lo g io , com p a r a çã o c o m V e r la in e ; p a r e c e q u e s e m
r e p ercu ssã o s u fic ie n te ).
7) M í l t o n C a m p o s : A cid a d e in te r io r d e A lp h o n su s d e G uim a-
ra en s. ( I n : A T rib u n a , B e lo H orizon te, 15 d e ju lh o de 1933).
8) C a r l o s D r u m m o n d de A n d r a d e : P r e s e n ç a d e A lp h on su s. ( I n :
A T rib u n a , B elo H orizon te, 15 de ju lh o d e 1933).
9) E m Ilio M o u r a : A lp h o n su s d e G u im a ra en s, o ro m â n tic o . ( I n :
O E s ta d o de M inas, 15 d e ju lh o de 1933).
10) A f o n s o A r i n o s d e M e l o F r a n c o : E sp elh o d e tr ê s fa c e s . São
P a u lo. E d it. B ra sil. 1937. (A lp h on su s de G u im araen s,
pp. 198-208). ( Im p o r ta n te a rtig o q u e v a le c o m o r e d e s c o -
b erta ).
11) E n r iq u e de R e z e n d e : R e tr a to d e A lp h on su s d e G u im araen s.
R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1938. 133 pp. (2* ed içã o.
R io de J a n eiro. M in istério d a E d u ca çã o . 1953. 77 p p .).
(.E sbôço b io g rá fic o -p sico ló g ico , p r o s c r ito p e lo s a d m ira d ores
d e A lp h o n su s p o r q u e fa la d o a lco o lism o d o p o e ta ).
12) JoÃo A l p h o n s u s : In tro d u çã o da ed içã o das p oesia s. R io de
J a n e iro . M in istério d a E d u c a ç ã o e Saúde. 1938, pp. I-X L I I.
( B io g ra fia , e s c r ita p elo filh o ).
13) M a n u e l B a n d e i r a : A lp h on su s d e G u im a ra en s. ( I n : R e v is ta
d o B rasil, 3* fa se, 1/2, a g ô s to de 1938, pp. 163-174). ( Im p o r­
ta n te estu d o c r ític o ).
14) E duardo F r ie ir o : M e s tr e A lp h on su s e se u s d iscípu los. (In :
F ô lh a de M inas, B elo H orizon te, 17 de s etem b ro de 1938).
15) B a s í l i o d e M a g a l h ã e s : O sim b olism o da p o e sia d e A lp h on su s
d e G u im a ra en s. ( I n : F e d e r a ç ã o das A ca d em ia s d e L e tra s,
C o n fer ên cia s. R io d e J a n eiro. B rig u iet. 1939, pp. 75-78).
( A p en a s e s b ô ç o ; a c o n fe r ê n c ia n ã o f o i p u b lica d a ).
16) T r is t ã o de A t a í d e : A lp h o n su s d e G u im araen s. (I n : O J o rn a l
R io de J a n eiro, 1 de ja n e iro d e 1939).
17) E d u a r d o F rieip.o : A lp h on su s d e G u im araen s. ( I n : F ô lh a de
M in as, B e lo H orizon te, 22 de ja n e ir o de 1939).
18) J oão D o r n a s F i l h o - A lp h on su s d e G u im a ra en s. ( I n : D om
C asm u rro, 11 de m a rç o de 1939).
19) J o s é O i t i c i c a : S ôb re A lp h on su s d e G uim araens. (I n : D om
C a sm u rro, 18 de m a rç o de 1939).
20) A u g u s t o F rederico S c h m i d t : E m lo u v o r d e A lp h o n su s d e G ui­
m a ra en s. ( I n : M en sa gem , 15 de ju lh o d e 1940).
21) E d u a r d o F r ie ir o : M e s tr e A lp h on su s. ( I n : M 'ensagem , 15 de
ju lh o de 1940).
22) C a r l o s D r u m m o n d de A n d r a d e : V ia g em a A lp h o n su s d e G ui­
m a ra en s. ( I n : E u clid es, II /8 , 15 de d ezem b ro de 1940).
23) G l a d s t o n e C h a v e s de M e l o : V a ria çõ es e m tô rn o de A p h on su s.
( I n : E u clid es, I I /8 , 15 de d ez em b ro de 1940).
24) T ristã o de A t a Id e : P o e s ia b rasileira c o n tem p o râ n ea . B e lo H o ­
rizon te. P a u lo B lu h m . (A lp h o n s u s e a crítica , pp. 49-78).

225
25) E m íl io M o d r a : A lp h on a u s d e G u im a ra en s e C ru z e Sousa.
( I n : A M a n h ã , S u p lem en to A u to re s e livros, 1 de n o v e m b ro
d e 1942).
26) G u ilh e r m in o C ésa r: A lp h o n su s d e G u im a ra en s e o s m od ern os.
( I n : A M an hã, S u p lem en to A u to re s e L iv ros, 1 de n o v e m b ro
de 1942).
27) J a m il A lm ansur H addad: A lp h o n su s d e G u im a ra en s e o sim ­
b o lism o b ra sileiro. (In : E s ta d o de S ã o P a u lo , 8 d e ju lh o
d e 1943).
28) J o ão C a m il o de O live ira T o r r e s : S ô b re A lp h on su s d e G uim a­
r a en s. ( I n : O J orn a l, R io de J a n eiro, 28 de n o v e m b ro de
1943). ( In te r p r e ta ç ã o filo s ó fic a ).
29) H e n r iq u e t a L i s b o a : A lp h o n su s d e G u im araen s. R io d e J a ­
n e iro. A g ir . 1945. 74 pp. (I m p o r ta n te e s tu d o ).
30) M anuel B A p r e s e n ta ç ã o da p o e sia b ra sileira . R io d e
a n d e ir a :
J a n e iro . C a sa d o E stu d a n te do B ra sil. 1946, pp . 125-130.
31) T u l o H o s t íl io M o n t e n e g r o : T rês n o ta s sô b r e A lp h o n su s d e
G u im a ra en s. ( I n : D iá rio de N o tícia s , R io d e J a n eiro, 4 de
a g ô s to d e 1946).
32) N il o B r u z z i : A lp h on su s d e G u im a ra en s, o p o e ta da m o rte.
( I n : J o rn a l d o C om ércio, R io d e J a n eiro, 23 de n o v e m b ro
d e 1947).
33) A u r é l io B u a r q u e d e H o l a n d a : “ P o b r e A lp h o n su s! P obre
A lp h o n s u s !’’ ( I n : J o rn a l de L etra s, R io d e J a n eiro, 1/4,
o u tu b ro d e 1949).
34) H elI M e n e g a l e : A su g estã o da m u sica lid a d e na p o e s ia d e
A lp h o n su s. ( I n : D iá rio de M in as, B e lo H o rizo n te , 3 de fe ­
v e re ir o de 1952).
35) W a l t e n s i r D u t r a e F a u s t o C u n h a : B io g r a fia c ritica das
letra s m in eira s. R io de J a n eiro. In stitu to N a cio n a l d o
L iv ro . 1956, pp. 77-83.
36) G l a d s t o n e C h a v e s d e M e l o : A p r e s e n ta ç ã o . ( I n : A lp h on su s
d e G u im a ra en s: P o e sia . R io d e J a n eiro. A g ir. 1958,
pp . 5-18).
37) A n d r a d e M u r i c i : P r e s e n ç a do S im b olism o. ( I n : A L iter a tu ra
d o B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. I l l , t. 1. R io
de J a n e iro. E d ito ria l Sul A m erica n a . 1959, pp. 161-172).
38) M a r ia L u í z a R a m o s : Um p o e ta m in eiro. ( I n : T en d ên cia , 4,
1962, pp. 95-106).

Anta de Sonsa
Nasceu em Macaíba (Rio Grande do Norte), em 13 de setembro
de 1876. Morreu em Natal (Rio Grande do Norte), em
7 de fevereiro de 1901.

OBRA

Horto (Natal. Ofic. A República. 1900; 2.a edição. Paris.


Ailiaud. 1910; 3.a edição. Rio de Janeiro. Tip. Batista
de Sousa. 1936).

226
Do caráter simbolista da poesia de Auta de Sousa pode-se
duvidar; está, no entanto, ligada ao simbolismo, mais que a
qualquer outro movimento literário, pelo espiritualismo religioso.
Daí o fato de que Auta de Sousa foi descoberta pelos críticos
católicos.

Bibliografia
1) J. A . C o r r e u de A r a ú j o : A u ta d e S ou sa e a s p o e sia s do H o r to .
C aru aru. T ip . F r e ita s & A ze v e d o . 1915. 37 pp .
2) N e s t o r V í t o r : A c r itic a d e o n tem . R i o de J a n e iro . L eite R i­
b e iro & M a u rílio. 1919. (H o r to , p o e s ia s d e A u ta de Sousa,
pp. 261-277).
3) J a c k s o n de F io u e r e d o : A u ta d e Sousa. R io d e J a n e iro . C en tro
D . V ita l. 1924. 62 pp.
4) P er il o G o m e s : E n sa io s de c rítica d ou trin ária. R io d e J a ­
n eiro. C en tro D V ita l. 1933. (U m a p o e tis a ca tólica ,
pp. 159-176).
5) T r i s t ã o d e A t a í d e : P r e fá c io da 3* e d içã o d e H o r to . R i o d e
J a n e iro . T ip . B a p tis ta de Sou sa. 1936, pp. I-III.
6) Á l v a r o M a r i n h o R ê g o : A u ta d e Sousa. ( I n : D o m C a sm u rro,
6 d e m a io de 1939).
7) N a t é r c i a F r e i r e : P o e tis a s do B ra sil. ( I n : A tlâ n tico , L isb oa ,
3* série, n ” 3, 1950, pp . 715).
8) J o s é V a l d i v i n o : A u ta d e S ou sa na litera tu ra b ra sileira . (In :
R e v is ta d a A ca d e m ia C ea ren se d e L etra s, L X /2 7 , 1956,
pp. 148-162).

Pereira da Silva
A n tô n io J o a q u im P e r e ir a da S ilv a . Nasceu em Araruna
(Paraíba), em 1 2 de novembro de 1 8 7 7 . Morreu no Rio
de Janeiro, em 1 1 de janeiro de 1 9 4 4 .

OBRAS PRIN CIPAIS

Solitudes (Rio de Janeiro. Leite Ribeiro & Maurílio. 1 9 1 8 ) ;


Beatitudes (Rio de Janeiro. Leite Ribeiro & Maurílio.
1 9 1 9 ) ; Holocausto (Rio de Janeiro. Leite Ribeiro. 1 9 2 1 ) ;
O pó das sandálias (Rio de Janeiro. Leite Ribeiro. 1 9 2 3 ) .

Pereira ãa Silva foi o último sobrevivente do simbolismo no


Brasil. O poeta nordestino coloca-se entre os primitivos simbo-
listas e os decadentistas, ao lado das expressões do espiritualismo
filosófico e poético. Entrou, como único dos simbolistas, na
Academia, ficando porém à margem dos movimentos literários.

Bibliografia
1) JoSo R ib e ir o : S olitu d es. (In : O I m p a r c ia l, 24 de dezem b ro
de 1 9 1 7 ).

007
2) J oão R ib e ir o : H olo ca u sto . ( I n : O Im p a rcia l, 29 de n o v e m b ro
de 1921).
3) A ndrade M O su a v e co n v ív io . R io d e J a n eiro. A n u á rio
u r ic i:

d o B ra sil. 1922. (P e re ira d a Silva, pp. 222-235).


4) T a s s o d a S i l v e i r a : O p o e ta da p r o fu n d a triste za . (In : M undo
L ite rá rio , R io de J a n eiro, 11/20, 5 de d ezem b ro de 1923,
pp. 131-152).
5) N e s t o r V í t o r : C a rta s à g e n te n ova . R io de J a n eiro. A n u á rio
do B ra sil. 1924. (S olitu des, pp. 44-55).
6) P aulo S il v e ir a : A sa s e patas. R io de J a n eiro. B e n ja m im
C osta lla t & M icco lis. 1926. (O p ó das san d álias, pp. 148-153).
7) T om as M urat: O sen tid o das m á sca ras. R io de Ja n eiro.
P o n g e tti. 1939. (P e r e ir a d a Silva, pp. 105-110).
8) Á l v a r o L i n s : J orn a l d e crítica . 1* série. R io d e J a n eiro. J osé
O lím pio. 1941, pp. 60-61. (J u lg a m en to d e s fa v o r á v e l).
9) P e r e g r i n o J ú n i o r : D iscu rs o d e p osse. ( I n : R e v is ta d a A c a ­
d em ia B ra s ile ira de L etra s. V ol. L X X I I . 1946, pp. 26-94).
10) A n d r a d e M u r i c i : P r e s e n ç a do S im b olism o. ( I n : A L iter a tu ra
n o B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. I l l , t. 1. R io
de J a n e iro. E d ito ria l Sul A m erica n a . 1959, pp. 139-142).

Eduardo Guimaraens
Nasceu em Pôrto Alegre, em 30 de março de 1892. Morreu no
Rio de Janeiro, em 13 de dezembro de 1928.

OBRA

A Divina quimera (Rio de Janeiro. Vieira da Cunha. 1916;


2.a edição. Pôrto Alegre. Globo. 1944).

O simbolismo foi, em geral, movimento do Sul do país.


Eduardo Guimaraens representa o simbolismo no Rio Grande do
Sul, tardiamente reconhecido.

B ib lio g r a fia

1) J oão P in t o da S F isio n o m ia s d e n ov os. São P a u lo. M on ­


il v a :
te iro L o b a to. 1922.
(E d u a r d o G u im a ra en s, pp. 37-49).
2) M a n s u e t o B e r n a r d i : P r e fá c io da 2° ed içã o d e D iv in a qu im era.
P ô r to A leg re. G lob o. 1944, pp. 7-122. (M o n o g ra fia c o m ­
p le ta ).
3) F á b i o d e B a r r o s : E d u a rd o G u im araen s. ( I n : L a n te rn a V erd e,
R io de J a n eiro, n'' 8, ju lh o d e 1944, pp. 148-151).
4) R o d r i g o O t á v i o F i l h o : O P e n u m b rism o . ( I n : A L iter a tu ra no
B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o. V ol. I l l , t. 1. R io de
J a n e iro . E d ito ria l Sul A m e rica n a . 1959, pp. 351-356).

Alceu Wamosy
Nasceu em Uruguaiana (Rio Grande do Sul), em 14 de fevereiro
de 1895. Morreu em Sant’Ana do Livramento (Rio Grande
do Sul), em 13 de setembro de 1923.

228
OBRAS

Flâmulas (1 91 3 ); Na terra virgem (1914) ; Poesias (os dois


últimos volumes precedentes e mais Coroa de sonho;
1924; 2.a edição. Pôrto Alegre. Globo. 1925; 3.a edição.
Livramento. Brisolla. 1950).

Tornando-se famoso por um soneto, como era freqüente


naquela época, Alceu Wamosy parecia neoparnasiano; sua morte
cm -ação, durante as revoluções do Rio Grande do Sul, contribuiu
para que êle se afigurasse aos admiradores como personalidade
heróica. Como poeta foi, porém, diferente: simbolista, filiando-se
à ala decadentista dos poetas franceses.

B ib lio g r a fia
1) M an su eto B e r n a r d i : A vid a e o s v e r s o s d e A lc e u W a m o s y .
P r e fá c io d a 2» e d içã o de P oesia s. P ô r to A le g r e . G lob o.
1925, pp . I - X X X .
2) A G r ie c o : E v o lu çã o da p o e sia brasileira. R io d e J a ­
g r ip in o
n eiro. A riel. 1932, pp. 158-162. ( E lo g io so , c o m o q u a se tu d o
q u e s e e s c r e v e u a c ê r c a d e A lc e u W a m o s y ).
3) V aldem ar de V a s c o n c e l o s : A lc e u W a m o s y . ( I n : R e v is t a das
A ca d e m ia s d e L etra s, I X /2 6 , ou tu b ro de 1940, pp. 159-168).
4) M a n o e l it o de O rn ellas: S im b olos b árb a ros. P ô r t o A leg re.
G lob o. 1943. (O cisn e b ra n c o d o sim b olism o, pp . 73-98).
5) A n t ô n io C ar los M achado: N a s cu n tu r p o e ta e. R io de J a n eiro.
s. e. 1944. 51 pp.
6) H ugo R a m ir e z : P r e s e n ç a d e A lc e u W a m o s y . C o n fer ên cia .
U ru gu a ia n a . L iv ra ria N ov id a d e. 1956. 15 pp.

Gonzaga Duque
Luís G o n z a g a D u q u e E s t r a d a . Nasceu no Rio de Janeiro, em
21 de junho de 1863. Morreu no Rio de Janeiro, em 8 de
marco de 1911.

obras

A arte brasileira (1 88 8 ); Mocidade morta (Rio de Janeiro.


Domingos de. Magalhães. 1899).

Gonzaga Duque, notável como crítico das artes plásticas,


escreveu o romance representativo, hoje porém esquecido, do
simbolismo brasileiro.

B ib lio g T a fia
1) M'A rio P e d e r n e ir a s : M o cid a d e m orta . (In : Im p ren sa , R io de
J a n eiro, 20 de fe v e r e ir o de 1900).

229
15
2) F rota P essoa: C rítica e p o lêm ica . R io d e J a n eiro. A rtu r
G u rg u lin o. 1902. (G o n z a g a D u q u e, pp. 269-275).
3) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p r o sa brasileira. 1933. (2» edi­
çã o. R io de J a n eiro. J osé O lím p io. 1947, pp. 176-177).
4) H um berto de C a m p o s : C rítica. V o l. III. R io de J a n eiro. J osé
O lím p io. 1935. (G o n z a g a D u q u e, pp. 288-298).
5) R odrigo O t á v io F i l h o : V elh o s a m ig os. R i o d e J a n eiro. J osé
O lím p io. 1938. (G o n z a g a D u qu e, c r ític o e a rtista, t>p. 51-116).
6) C arlos C h i a c c h i o : G on za ga D u q u e. T rech o de estu d o. (I n :
A M a n h ã , S u p lem en to A u to re s e L iv ros, 15 d e n o v e m b ro
de 1942).
7) R o d r i g o O t á v io F i l h o : O P en u m b rism o . ( I n : A L ite r a tu r a n o
B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. I l l , t. 1. R io de
J a n e iro . E d ito ria l Sul A m erica n a . 1959, pp. 325-335).

Farias Brito
R a im u n d o d e F a r ia s B r ito . Nasceu em São Benedito (Ceará),
em 24 de julho de 1862. Morreu no R i o de Janeiro, em 16
de janeiro de 1917.

obras

A finalidade do mundo (3 vols. Fortaleza. Tip. Universal.


1895, 1899, 1905) ; O mundo interior (Rio de Janeiro.
Revista dos Tribunais. 1914; nova edição, Rio de Janeiro.
Instituto Nacional do Livro. 1951) — Obras (3 vols.
Rio de Janeiro. Instituto Nacional do Livro. 1958).

O representante principal do espiritualismo filosófico no


Brasil influenciou os poetas da ala católica do modernismo, que,
por sua vez, são discípulos dos poetas espiritualistas do simbo­
lismo, e destes últimos é Farias Brito o contemporâneo.

Bibliografia
1) N estor V Itor: F a ria s B rito . R io de J a n eiro. R e v is t a d os
T rib u n a is. 1917. 101 pp.
2) T asso d a S il v e ir a : A I g r e ja silen ciosa . R io d e J a n eiro. A n u á ­
rio d o B ra sil. 1922. (F a ria s B rito, pp. 163-166). ( R e p r e ­
s e n ta a op in iã o d os m o d ern ista s c a tó lic o s ).
3) T r is t ã o de A t a I d e : E stu d os. I s série. R io de J a n eiro. T e r ra
d o Sol. 1927. (A e stética de F a ria s B rito, pp. 294-410).
4) J ô n a t a s S e r r a n o : F a ria s B r ito , o h o m e m e a ob ra . S ã o P a u lo.
C o m p a n h ia E d ito r a N a cion a l. 1939. 319 pp. (B io g ra fia ,
e s c r ita p o r d iscípu lo q u e é c a tó lic o ).
5) S íl v io R a b e l o : F a ria s B r ito ou u m a a v en tu ra d o esp írito . R i o
de J a n e iro. J osé O lím pio. 1941. 233 pp. (D e p o n to s de
v ista co n trá r io s a o filó s o fo , q u e ju lg a c o n fu s o e sem, sis­
tem a ) .

230
6) L eonel F r a n c a S. J .: N o ç õ e s d e h istória d e filo s o fia . 9® e d i ­
çã o . S ã o P a u lo. C om p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1943. (P a m -
p siq u ism o p a n teísta : F a ria s B rito, pp. 498-521). (O eru d ito
je s u íta co n d en a , do p o n to d e v is ta da o r to d o x ia ca tó lica , o
esp iritu a lism o d e F a ria s B r ito ).
7) G i l b e r t o F r e y r e : P e r fil d e E u clid es e o u tro s p e r fis . R io de
Ja n e iro . J osé O lím p io. 1944. (U m m estre s e m d iscíp u los,
pp. 155-165). ( S ôb re o liv ro d e Sílvio R a b e lo ; c o n tr á r io ao
f il ó s o f o ).
8) B a r r e t o F i l h o : In tro d u çã o da 2 “ ed içã o d e O m u n d o in terio r.
1951, pp. V I I - X X X I .
9) W i l s o n M a r t i n s : U m m a rgin a l d e filo so fia . ( I n : E s ta d o de
São P a u lo, 28 de ju n h o de 1958. (D e s fa v o r á v e l).

Nestor Vítor
d o s S a n t o s . Nasceu em Paranaguá (Paraná), em
N e s to r V íto r
12 de abril de 1868. Morreu no Rio de Janeiro, em 13 de
outubro de 1932.

OBRAS PRIN CIPAIS

A crítica de ontem (Rio de Janeiro. Leite Ribeiro & Maurílio.


1919); Cartas à gente nova (Rio de Janeiro. Anuário
do Brasil. 1924). Os de hoje (São Paulo. Cultura
moderna. 1938).

Nestor Vítor foi o crítico principal do movimento simbolista;


são dignos de memória seus esforços pelo reconhecimento de Cruz
e Sousa. Mais tarde demonstrou compreensão pelo modernismo,
embora muitos o considerassem, injustamente, como “ démodé” ,

Bibliografia
1) T r is t ã o d e A t a í d e : P r im e ir o s estu d os. R io de J a n eiro. A g ir.
1948. (O c r ít ic o d o sim b olism o, pp. 54-57). (E s c r ito e m 1919).
2) A d e l in o M a g a l h ã e s : N e s to r V íto r. ( I n : R e v is t a B ra sileira ,
IX /2 1 -2 2 , ja n e iro -ju n h o d e 1958, pp . 94-102).

Augusto dos Anjos


Nasceu no Engenho
A u g u s t o d e C a r v a lh o R o d r ig u e s d o s A n jo s .
Pau d ’Arco (Paraíba), em 20 de abril de 1884. Morreu
em Leopoldina (Minas Gerais), em 12 de novembro de 1914.

obra

E u (1912); Eu e outras poesias. Paraíba. Imprensa Oficial.


1919: 3.a edição, id. 1920; 4.a edição. Rio de Janeiro.
Castilho. 1928; l L a edição. Rio de Janeiro. Bedeschi.
1944; 1 6 a edição. Rio de Janeiro. Bedeschi. 1948). —

331
29.a edição, comemorativa do cinqüentenário do faleci­
mento. Rio de Janeiro. Livraria São José. 1963.

No sentido brasileiro do têrmo, A ugusto dos A n jos não é


sirnholista; mas pode ser assim considerado em sentido mais largo
da palavra, conform e o que fo i o simbolismo na poesia européia.
Essa ambigüidade é apenas uma das muitas pelas quais a história
da “ fortu n a ” de A ugusto dos A n jo s se tornou acidentadíssima.
E m 1912, o livro do provinciano ficou despercebido. E m 1920,
em pleno neoparnasianismo, a obra alcançou êxito fulm inante,
logo interrom pido pelo modernismo. Os modernistas não quiseram
ouvir falar do “ neoparnasiano” A ugusto dos A n jo s ; os acadê­
micos ainda rejeitaram o “ simbolista” Augusto dos A n jos.
E n tretanto, o público com eçou a gostar justam ente dos aspectos
mais fracos de sua poesia, o que explica o número sem pre crescente
das edições — e dos imitadores, sobretudo na província. Êsse
equívoco “ p opular” também se reflete em boa parte da bibliografia
anjosiana, em declamações enfáticas e confusas, o que contribuiu,
p or sua vez, para rep elir as elites letradas. Só nos últimos tempos
a crítica séria reconsiderou o caso, apreciando o grande valor do
poeta singular; tornaram-se freqüentes as monografias e os estudos
especializados. H oje, enfim , é A ugusto dos A n jo s um dos mais
estudados e mais discutidos entre os poetas brasileiros.

Bibliografia
1) Santos N e t o : P e r fi s do N o r te . R io de J a n eiro. G arnier.
1910. (A u g u s to d os A n jo s , pp. 105-130). (D e p o im e n to de
u m a m ig o ín tim o ).
2) J o s é A m é r i c o d e A l m e i d a : A u g u sto d os A n jo s n o trig ésim o
d ia do seu fa le c im e n to . ( I n : A lm a n a q u e do E sta d o da
P a ra íb a p a ra 1917. P a ra íb a d o N orte. Im p ren sa O ficia l.
1917, pp. 399-402). (D e p o im e n to c o m o v id o ).
3) J orge J o b i m : T rês p oeta s. ( I n : R e v is t a A m erica n a , V I/4 ,
ja n e ir o de 1917, pp. 89-99).
4) O r r i s S o a r e s : E lo g io d e A u g u sto d os A n jo s. P r e fá c io d e E u
e o u tra s P o e sia s. P a ra íb a d o N orte. Im p re n sa O ficia l. 1919.
(T r a n s c r ito em tôd a s as ed ições do liv r o ; in : 16* edição.
R io de J a n eiro. B ed esch l. 1948, pp . 23-46). (O p rim eiro
g ra n d e estu d o ).
5) M á r io L in h a r e s :G en te n ova . F o rta le za . E u g ê n io G adelh a.
1920. (A u g u s to d os A n jo s , pp . 11-18).
6) T r is t á o A t a í d e : P r im e ir o s estu d os. R io de J a n eiro.
de A gir.
1948. (A u g u s to d os A n jo s , pp. 189-195). (E s c r ito e m 1920).
7) Á l v a r o d e C a r v a l h o : R e v e la ç õ e s do E u , E n sa io d e p s ico lo g ia
s ô b r e A u g u sto d os A n jo s. P a ra íb a do N o rte . Im p ren sa
O ficia l. 1920. 52 pp. (C o n sid era çõ es filo s ó fic a s , baseadas
e m teo r ia s já en tã o o b s o le ta s ).

232
8) João R i b e i r o : O p o e ta do E u . ( I n : O Im p a rcia l, R io de J a ­
n eiro, 22 de m a r ç o d e 1920).
9) T a s s o d a S i l v e i r a : A I g r e ja silen ciosa . R io de J a n eiro. A n u á ­
rio do B ra sil. 1922. (A u g u s to dos A n jo s , pp. 137-145).
( A ca b a a i o c ic lo do p r im eir o ê x ito ).
10) J o ã o F e l i p e d e S a b o ia R i b e i r o : E n sa io n o s o g r á fic o d e A u g u sto
d os A n jo s. T e s e a p resen ta d a à F a cu ld a d e d e M e d icin a d a
B a h ia. B a h ia. P a p e la ria V e r a Cruz. 1926. 73 pp.
11) A n t ô n i o T o r r e s : O p o e ta da m o r te. P r e fá c io d a 4* e d iç ã o de
E u e O u tra s P oesia s. 1928. (T ra n s cr ito n as e d ições se­
gu in tes. I n : 16® ed içã o. R io de J a n eiro. B ed esch i. 1948,
pp. 7-19).
12) M e d e i r o s e A l b u q u e r q u e : O livro m a is e stu p e n d o , o E u . ( I n :
J o rn a l d o C om ércio, R io de J a n eiro, 30 d e s etem b ro de
1928). ( C rítica da p rim eira ed içã o c a rio ca , c o m a qual
c o m e ç a o ê x ito p o p u la r).
13) A o r i p i n o G r i e c o : E v o lu çã o da p o e s ia b rasileira. 1932. (3 ” edi­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lim pio. 1947, pp. 109-117). (P á ­
g in a s co m p reen siv a s, d e a d m ira çã o).
14) S e b a s t i ã o F e r n a n d e s : O G alarim , E n sa ios. R io de J a n eiro.
P o n g e tti. 1925. (A u g u s to d o s A n jo s , pp. 33-50). ( T ipo d e
d ecla m a çã o a d m ira d ora ).
15) R a u l M a c h a d o : D a n ça d e idéias. R i o de J a n eiro. A N oite.
1939. (A u g u s to dos A n jo s , pp. 11-32). ( A u g u s to c o m o sim -
bolista, n o sen tid o b ra sileiro do tè r m o ).
16) J o s é O i t i c i c a : A u g u s to d os A n jo s . ( I n : A M an hã, S u plem en to
A u to re s e L iv ros, 30 de n o v e m b ro de 1941). (B o m estu d o
do p r o b lem a filo s ó fic o ).
17) D a n t e M i l a n o : R ele itu r a d e E u . ( I n : A M a n h ã , S u plem en to
A u to re s e L iv ros, 30 de n o v e m b ro de 1941).
18) A . L. N o b r e d e M e l o : A u g u sto d os A n jo s e a s o r ig e n s d e su a
a r te p o é tic a . R io d e J a n eiro. J osé O lím p io. 1942. 95 pp.
(E stu d a d a s p o r u m m é d ico , “ d o u b lé" d e e s c r ito r ).
19) J o s é L i n s d o R ê g o : G ord os e m a g ros. R io de J a n eiro. C asa
do E stu d a n te d o B ra sil. 1942. (A u g u s to dos A n jos,
pp. 141-144).
20) J a d e r L e s s a F e i t o s a : S ôb re A u g u sto d os A n jo s e su a poesia .
( I n : D o m C a sm u rro, 14 d e m a r ç o de 1942).
21) D e C a s t r o e S i l v a : A u g u sto d os A n jo s , p o e ta da m o r te e da
m ela n colia. C u ritiba. G uaíra. 1944. 211 pp . (L iv r o c o n ­
fu s o , m a s co m d ocu m en ta çã o im p o r ta n te ).
22) G il b e r t o F r e y r e : P e r fil d e E u clid es e o u tr o s p e rfis. R io de
J a n e iro . J osé O lím pio. 1944. (N o ta sôb re A u g u sto dos
A n jo s, pp. 147-154). (F in a s o b s e r v a ç õ e s ).
23) ãlvaro de C a r v a l h o : A u g u sto d os A n jo s e o u tr o s en saios.
J o ã o P essoa . D e p a rta m en to d e P u b licid a d e. 1946. (A u g u s to
d os A n jo s, pp. 11-98). ( " A p r é s v in g t a n s " ).
24) C a r l o s B u r l a m a q u i K o p k e : F r o n te ir a s estra n h a s. S ã o P a u lo.
M artins. 1946. (P o é tic a e p s ico p a to lo g ia de A u g u sto dos
A n jo s, pp. 54-76) (P rim eira a p lica çã o d e c r ité r io s m o­
d ern o s).
25) M a n u e l B a n d e i r a : A p r e s e n ta ç ã o da p o e sia b rasileira. R io d©
J a n eiro. C asa do E stu d a n te do B ra sil. 1946, pp. 132-136).
(E n fim , o p len o r e c o n h e c im e n to ).

233
26) J osé F l ó s c u l o da N ó b r eg a : E lo g io d e A u g u sto d os A n jo s. ( I n :
R e v is ta d a A ca d e m ia P a ra ib a n a de L etra s, 1/1, 1947,
pp . 121-146).
27) T ulo H o s t íl io M o n t e n e g r o : T u b er cu lo se e litera tu ra . R io d e
J a n e iro , s. e. 1949, pp. 61-65.
28) J o s é A d e r a l d o C a s t e l l o : A p o n ta m e n to s sô b r e a h istória do
sim b o lism o n o B rasil. ( I n : R e v is ta d a U n iv ersid a d e d e S ã o
P a u lo, 1/1, ja n e iro -m a rço de 1950, pp. 111-121).
29) Á l v a r o L i n s : J orn a l d e crítica . 6» série. R io de J a n eiro.
J o sé O lím p io. 1951. (A u g u s to dos A n jo s , p o e ta m od ern o,
pp. 11-28). ( C o n v er sã o , a A u g u sto d os A n jo s , d e u m r e p r e ­
s e n ta n te da c rítica m o d ern is ta ).
30) T a s s o d a S i l v e i r a : U m s o n é to d e A u g u sto d os A n jo s . ( I n : A
M an hã, S u plem en to L etra s e A rtes, R io de J a n eiro, 4 de
m a r ç o d e 1951).
31) A n d r a d e M u r i c i : P a n o ra m a do m o v im en to sim b olista brasi­
leiro. R i o de J a n eiro. In stitu to N a cio n a l d o L iv ro. 1952.
(A u g u s to d o s A n jo s e o sim b olism o, v ol. III, pp. 230-245).
32) J o s é C r e t e l l a J ú n i o r : A p o e sia d e A u g u sto d os A n jo s . São
P a u lo . R e v is ta d os T rib u n a is. 1954. 40 pp.
33) D e C a s t r o e S i l v a : A u g u s to d os A n jo s , o P o e ta e o H om em .
R io de J a n eiro, s. e. s. d. 186 pp.
34) J o s é E s c o b a r F a r i a : A p o e s ia c ie n tific a d e A u g u sto d os A n jo s.
( I n : R e v is ta d o L iv ro, R io de J a n eiro, 1/1-2, ju n h o de
1956, pp. 111-116).
35) M . C a v a l c a n t i P r o e n ç a : N o ta p a ra u m rim ér io d e A u g u sto
ã o s A n jo s . ( I n : R e v is t a d o L iv ro, R io de J a n eiro, 1/7,
s e te m b ro de 1957, pp. 29-40).
36) C a r l o s B u r l a m a q d i K o p k e : A lg u n s en sa ios d e litera tu ra . São
P a u lo . P é g a s o . 1958. (A u g u s to d os A n jo s , u m p o e ta e su a
id en tid a d e, pp. 45-61).
37) JoSo P a c h e c o : O m u n d o q u e J o s é U n s do B ê g o fin g iu .
A u g u s to d os A n jo s. R io d e J a n eiro. L iv ra ria S ã o J osé.
1958, pp. 71-72.
38) J ú l i o d e O l iv e ir a M a r t i n s : In tro d u çã o â p o e sia d e A u g u sto
d os A n jo s . São P a u lo. L iv r a r ia B ra sil. 1959. 280 pp. (.86
tra ta da " filo s o fia ” do p o e ta ).
39) M . C a v a l c a n t i P r o e n ç a : A u g u sto d os A n jo s e o u tr o s en saios.
R io de J a n eiro. J osé O lím p io. 1959. (O a rtesa n a to de
A u g u s to d os A n jo s , pp . 83-149).
40) A n t ô n i o H o u a i s s : S eis p o e ta s e u m p rob lem a . R io de J a ­
n eiro. M in istério d a E d u ca çã o , 1960. (S ô b re A u g u sto dos
A n jo s, pp. 38-48).
41) H u m b e r t o N ó b r e g a : A u g u sto ã o s A n jo s e su a ép oca . J oã o
P essoa . U n iversid a d e de P a ra íb a . 1962. 334 pp. ( I m p res­
tá v e l).
42) H o r â c io de A l m e id a : A u g u s to ã o s A n jo s. R a z õ e s d e su a
an gú stia. R io d e J a n eiro. G r á fic a O u v id or. 1962. 87 pp.
(In te r p r e ta ç ã o in te r e s s a n te ).
43) F r a n c i s c o d e A s s i s B a r b o s a : In tro d u çã o da ed içã o do Eu.
R io d e J a n eiro. L iv ra ria São J osé. 1963, pp. 9-24.

234
NEOPARNASIANISMO

Bibliografia
1) D arci D a m a s c e n o : O N eop a rn a sia n ism o. ( I n : A L iter a tu ra
n o B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. III, t. 1. R io
d e J a n e iro. E d ito ria l Sul A m erica n a . 1959, pp. 375-392).

O neoparnasianismo é fenômeno particular ãa literatura


brasileira. Aqui e só aqui fmcassou o simbolismo; e, por isso, o
movimento poético precedente sobreviveu, quando já estava extinto
em tôda a parte do mundo.
Entre os neoparnasianos brasileiros há, porém, diferenças
maiores do que se pensa. Ao lado de acadêmicos como Amadeu
Amaral e Goulart ãe Andrade, há os de fora da Academia, exu­
berantes como Martins Fontes ou tumultuosos como Hermes Fontes
e Moacir de Almeida; e há o solitário singular José Albano. O
panorama torna-se variado pela presença ãe ficcionistas que
correspondem, historicamente, aos Coelho^ Neto e Xavier Marques
ãa geração preceãente: Alcides May a e Afrânio Peixoto. No fim,
o parnasianismo, considerado extinto, até parecia renascer com
fôrça inesperada em Raul ãe Leoni. Mas já era tarãe. Já vencera
o moãernismo.
Ainda convém comemorar os nomes dos críticos e cronistas
ãa época: Meãeiros e Albuquerque, Humberto de Campos, Paulo
Barreto.

José Albano
Nasceu em Fortaleza, em 12 de abril de
J o sé de A b r e u A lb a n o .
1882. Morreu em Montauban (França), em 11 de julho
de 1923.

OBRAS

Rimas (Barcelona. Fidel Giró. 1912), etc.

235
EDIÇÃO

Poesias, edit. por Manuel Bandeira. Rio de Janeiro. Pongetti.


1948.

O grande artista e homem esquisito, José Albano, não foi


parnasiano nem outra coisa nenhuma senão êle próprio. Mas a
tendência parecida com a sua de ressuscitar o quinhentismo
também se encontra em Vicente de Carvalho. E nunca ninguém
viveu em tôrre de marfim mais hermeticamente fechada. O
reconhecimento do valor de José Albano é recente, devido a
Manuel Bandeira.

Bibliografia
X) J oão R ib e ie o : J o sé A lb a n o. ( I n : R e v is t a N a cion a l, S ã o P a u lo,
I I /7 , ju lh o de X923, pp. 411-415).
2) V e ig a O s fa isca d o res,
M ir a n d a : S ã o P a u lo. M on teiro L ob a to.
X925. (O h om em que im ita v a o rou xin ol, pp. X85-X93).
3) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p o e sia b rasileira. R io de J a ­
n e iro. A riel. X932, pp. 87-89.
4) L u ís A n í b a l F a l c ã o : J o s é A lb a n o, p o e ta lou co. (In : B o le tim
d o A riel, I I /2 , n o v e m b ro d e 1932).
5) S il v io J ú l i o : T erra e P o v o do G eará. R io d e J a n eiro. R . C a r­
v a lh o . X936, pp. 109-134.
6) M anuel B a n d e ir a : P r e fá c io da ed içã o das P o e sia s. R io de
J a n eiro. P o n g e tti. X948, pp. 5-11.
7) D olor B a r r e ir a : H istó ria da L iter a tu ra C ea ren se. T. III.
F o rta le za . In stitu to do C eará. 1954, pp . 89-150.
8) B raga M o n t e n e g r o : A p r e s e n ta ç ã o . ( I n : J osé A lb a n o : P oesia s.
R io de J a n eiro. A g ir. 1958, pp. 5-22).

Âmadeu Amaral
A madeu A r r u d a A m a r a l L e it e P e n t e a d o . Nasceu em Capivari
(São Paulo), em 6 de novembro de 1875. Morreu em São
Paulo, em 24 de outubro de 1929.

OBRAS

Urzes (1899); Névoa (1 91 0 ); Espumas (São Paulo. A


Cigarra. 1917); Lâmpada antiga (1 92 4 ); Memorial de
um passageiro de bonde (São Paulo. Cultura Brasileira.
1 93 8); etc. etc.

EDIÇÕES

1) Poesias. Seleção de Manuel Cerqueira Leite. São Patilo.


Assunção. 1945.

236
2) Obras completas, edit, por Paulo Duarte. 10 vols. pro­
jetados. São Paulo. Ipê. 1948. segg.

Amadeu Amaral representa o neoparnasianismo acadêmico:


pelo rigor da forma, mas também pela sobriedade algo utilitarista
da imaginação.
Bibliografia
1) A ndrade M u r ic i: A lg u n s p o e ta s n o v o s. S ã o P a u lo. R e v is ta
dos T rib u n a is. 1918. (A m a d e u A m aral, pp. 56-60).
2) A lberto Sousa: A m a d eu A m aral. São P a u lo . Im p a rcia l.
1918. 45 pp.
3) M e d e ir o s e A l b u q u e r q u e : P á g in a s d e crítica . R io d e J a n eiro.
L e ite R ib e ir o & M a u rilio. 1920. (A m a d e u A m aral, E sp u ­
m as, pp. 421-429).
4) J o io P i n t o d a S i l v a : V u lto s d o m eu ca m in h o. 2* série. P ô r to
A le g re . G lob o. 1926. (A m a d eu A m aral, pp. 94-103).
5) G u i l h e r m e d e A l m e i d a : E lo g io d e A m a d eu A m aral. ( I n : D is­
cu r s o s A ca d êm ico s. V o l. V I I. R io d e J a n eiro. A B C . 1937,
pp. 239-257). ( E s c r ito e m 1930).
6) G u i l h e r m e d e A l m e i d a : A p o e sia ed u ca tiv a d e A m a d eu A m a ­
ral. ( I n : R e v is ta d a A ca d e m ia B ra s ile ira d e L etra s, n 5 114,
ju n h o de 1931, pp. 147-163).
7) A q r i p i n o G r i e c o : E v o lu çã o da p o e sia brasileira. 1932. (31 * ed i­
çã o . R io de J a n eiro. J o s é O lím p io. 1947, pp . 72-73).
8) H u m b e r t o d e C a m p o s : C a rva lh os e roseira s. 4* ed içã o. R io
de J a n e iro. J osé O lím pio. 1935. (A m a d e u A m aral,
pp. 194-198).
9) S u d M e n u c c i : A m a d eu A m a ra l. ( I n : C a d ern os d a H o ra P re ­
sente, n ’ 6, ja n e iro de 1940, pp. 58-94).
10) M a n o e l C e r q u e i r a L e i t e : In tro d u çã o das p o esia s. São P au lo.
A ssu n çã o . 1945, pp. 11-42.
11) M á r io d e A n d r a d e : O em p a lh a d or d e p a ssa rin h o. São P au lo.
M artin s. 1946, pp. 155-158.
12) B e n t o P r a d o d e A l m e i d a F e r r a z : A p o e sia d e A m a d eu A m aral.
( I n : R e v is ta d a A ca d e m ia P a u lis ta de L etra s, I X /3 4 , ju n h o
de 1946, pp. 156-166).
13) P a u l o D u a r t e : A m a d eu A m aral. P r e fá c io do v o lu m e I das
O b ras C om p leta s. São P a u lo. Ip ê. 1948, pp. IX -X L V I .
14) S é r g io M i l l i e t : D iá rio crítico . V . São P a u lo. M a rtin s. 1949,
pp. 205-209.
15) P l í n i o B a r r e t o : P á g in a s avu lsa s. R io de J a n eiro. J o s é O lím ­
pio. 1958. (A m a d e u A m a ra l, pp . 107-116).

Goulart de Andrade
J osé M a r ia Goulart de A ndrade. Nasceu em Maceió (Alagoas),
em 6 de abril de 1881. Morreu no Rio de Janeiro, em 6
de dezembro de 1936.
OBRAS

Poesias (Rio de Janeiro. Garnier. 1907); Névoas e flamas


(Rio de Janeiro. Garnier. 1911); Ocaso (Rio de Ja­
neiro. Renascença. 1934).
237
Representa o aspecto esteticista do neoparnasianismo acadê­
mico.

Bibliografia
1) E lI s io d e C a r v a l h o : A s modernas correntes estéticas na lite­
ra tu ra b rasileira. R io d e J a n eiro. G a rn ier. 1907, pp. 153-163.
2) B arb o sa L im a S o b r i n h o : D iscu rs o d e p osse. ( I n : R e v is ta da
A c a d e m ia B ra sileira d e L etra s, vol. L V , 1938, pp. 8-39).

Martins Fontes
Nasceu em Santos (São Paulo), em 23 de
J osé M a r t i n s F o n t e s .
junho de 1884. Morreu em Santos, em 25 de junho de 1937.

OBRAS

Verão (Santos, Instituto D. Rosa, 1917; nova edição, Santos.


B. Barros, 1937), etc. etc.

O poeta mais exuberante do neoparnasimismo; o mais lido


e o mais popular„

Bibliografia
1) P á g in a s d e critica . R io d e J a n eiro.
M e d e ir o s e A l b u q u e r q u e :
L e ite R ib e ir o & M a u rílio. 1920. (M a rtin s F o n te s, V e rã o ,
pp . 355-371).
2) V e ig a M ir a n d a : O s faiscadores. S ã o P a u lo . M o n te iro L o b a to .
1925. (M a rtin s F o n te s, pp . 74-86).
3) A g r i p i n o G r i e c o : Evolução da p o e s ia brasileira. Rio de J a ­
n eiro. A rie l. 1932, pp. 106-109.
4) Ivan L i n s : M a rtin s F o n te s . S ã o P a u lo. E d iç ã o d a C om issã o
G lo r ific a d o r a d e M a rtin s F o n te s . 1938. 91 pp.
5) In M e m o r i a m M a r t i n s F o n t e s : S ã o P a u lo. C om issã o G lo r ifi­
c a d o r a de M a rtin s F o n te s. 1938. 240 pp. (A r tig o s e estu dos
de A la im de A lm e id a C a rn eiro, C a rlos M aul, J e ffe r s o n d e
L em os, J osé G era ld o V ieira , M en otti dei P ic ch ia , O sório
D u tra , S a lom ã o J o r g e ).
6) J a im e F r a n c o : M a rtin s F o n te s , ca v a leiro d o a m o r, ca v a leiro
da a r te , ca v a leiro d o id ea l. S an tos. R e v is t a d os T rib u n a is.
1942. 345 pp.
7) C h iq u in h a N eves L õbo: P o e ta s d e m in h a ter ra . S ã o P a u lo.
B r u s c o & Cia. 1947. (M a rtin s F o n te s, p p . 68-85).
8) A fon so S c h m i d t : M a rtin s F o n te s . ( I n : R e v is t a d a A ca d e m ia
P a u lis ta de L etra s, X H /4 7 , se te m b ro d e 1949, pp . 67-74).

Hermes Fontes
H e r m f ,sM a r t in s F o n t e s . Nasceu em Buquim (Sergipe), em 28
de agosto de 1888. Suicidou-se, no Rio de Janeiro, em 25
de dezembro de 1930.
238
OBRAS

Apoteoses (Rio de Janeiro. Papelaria Brasil. 1908 ; 2.a edição.


Rio de Janeiro. Francisco Alves. 1915) ; Gênese (Rio
de Janeiro. W . Martins & Cia. 1913) ; Ciclo de perfeição
(Rio de Janeiro. Imprensa Nacional. 1914) ; Epopéia
da vida e miragem, do deserto (Rio de Janeiro. Leite
Ribeiro & Maurílio. 1917) ; Microcosmo (Rio de Janeiro.
Leite Ribeiro & Maurílio. 1919) ; A lâmpada velada (Rio
de Janeiro. Francisco Alves. 1922) ; Fonte da mata (Rio
de Janeiro. Papelaria Brasil. 1930).

EDIÇÃO

Poesias escolhidas. Rio de Janeiro. Epasa. 1943.

Hermes Fontes encheu a forma neoparnasiana com as expres­


sões do seu temperamento tropical. Daí o êxito enorme dos seus
primeiros livros. Depois, os conservadores acompanharam-no
fielmente, usando sua memória contra as reivindicações do mo­
dernismo (caso semelhante ao de B. Lopes). Descobrem-se em
Hermes Fontes, parnasiano não-ortodoxo, traços de simbolismo.

B ib lio g r a fia

1) S íl v io R o m e r o F i l h o : H e r m e s F o n te s . ( I n : R e v is t a A m e ri­
ca n a , II /2 , m a io de 1911, pp. 386-388).
2) J o sé O it ic ic a : H e r m e s F o n te s . ( I n : R e v is ta A m erica n a , XV,
o u tu b ro -d ezem b ro d e 1913, pp. 188-239). (O m a is in te n so
estu d o s ô b r e o p o e ta ).
3) A n d r a d e M u r i c i : A lg u n s p o e ta s n o v o s. S ã o P a u lo . R e v is ta
d os T rib u n a is. 1918. (H e rm e s F on tes, pp . 37-46).
4) N e s t o r V í t o r : A crítica d e o n tem . R io d e J a n eiro. L eite
R ib e ir o & M a u rílio. 1919. (H e rm e s F o n te s , p p . 325-342).
5) M e d e ir o s e A l b u q u e r q u e : P á g in a s d e crítica . R io d e J a n eiro.
L eite R ib e ir o & M a u rílio. 1920. (H e rm e s F on tes,
pp. 119-127).
6) A n d r a d e M u r i c i : O s u a v e co n v ív io . R io d e J a n eiro. A n u á rio
d o B ra sil. 1922. (H e rm e s F on tes, pp. 257-266). (c. 3 ).
7) J oão R ib e ir o : A lâm pad a velada. ( I n : O Im p a rcia l, 1922;
tr a n s crito em A M an hã, S u plem en to A u to re s e L iv ros, 3 de
o u tu b ro de 1943). (J oã o R ib e ir o f o i g ra n d e a d m ira d or de
H e r m e s F o n te s ).
8) A g r ip in o G r ie c o : C a ça d ores d e sím b olos. R io d e J a n eiro. L eite
R ib e ir o & M a u rílio. 1923. (H e rm e s F o n te s, pp . 165-172).
9) JoXo R ib e ir o : A f o n te da m ata. ( I n : J o rn a l d o B ra sil, 1930,
tr a n s crito em A M an hã, S u plem en to A u to re s e L iv ros, 3 de
ou tu b ro de 1943).
10) P h o c io n S e r p a : V a ria çõ es literá ria s. R io d e J a n eiro. T ip .
S ã o B en e d ito. 1931. (H e rm e s F on tes, pp . 69-76).

339
11) A g r ip in oG e ie c o : E v o lu çã o da p o e sia b rasileira. 1932. (3* edi­
çã o. R io de J a n eiro. J o s é O lím pio. 1947, pp . 137-138).
12) C l e Ôm e n e s C a m p o s : A a lm a lírica d e H e r m e s F o n te s . (In :
R e v is ta d a A ca d e m ia S erg ip a n a de L etra s, II/4 , dezem b ro
de 1932, pp. 7-14).
13) P o v in a C a v a l c a n t i : H e r m e s F o n te s . R io d e J a n eiro. Im ­
p re n sa N a cion a l. 1933. 48 pp.
14) T r is t ã o de A t a í d e : E stu d o s. 5» série. R io de J a n eiro. C ivili­
z a çã o B ra sileira . 1935, pp. 101-110.
15) E x u p é r io M o n t e i r o : T rio. A ra ca ju . Im p ren sa O ficia l. 1937.
(H e rm e s F on tes, pp. 9-47).
16) T o m a s M u r a t : O sen tid o das m á sca ra s. R io de J a n eiro. P o n -
g etti. 1939. (H e rm e s F o n te s, pp. 37-42).
17) R oqer B a s t id e : P o e sia a fro-b ra sileira . São P a u lo. M artins.
1943, pp. 137, 142-143.
18) M ú cio L e ã o : A v erd a d eira v o c a ç ã o de H e r m e s F o n te s . (In:
A M anhã, S u p lem en to A u to re s e L iv ros, 3 de ou tu bro
d e 1943).

Moacir de Almeida
M oacir Gomes de A lmeida. Nasceu no Rio de Janeiro, em 22 de
abril de 1902. Morreu no Rio de Janeiro, em 30 de abril
de 1925.

OBRA

Gritos bárbaros (Rio de Janeiro. Benjamim Costallat &


Miccolis. 1925).

edição

Poesias completas, edit. por Pádua de Almeida. Rio de Ja­


neiro. Zélio Valverde. 1943.

Caso mais ou menos típico de neoparnasiano môço, de forte


temperamento, produzindo sonetos que encantam os estudantes e
os provincianos. O talento de Moacir de Almeida, como o dos
românticos da. segunda geração, não chegou a amadurecer.

B ib lio g r a fia
1) L u fs M u r a t : M o a cir d e A lm eid a . ( I n : R e v is ta d a A ca d e m ia
B ra sile ira de L etra s, n 9 46, ou tu b ro de 1925, pp. 127-132).
2) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p o e sia brasileira. R io de Ja­
n e iro. A riel. 1932, pp. 154-158.
3) A m é r ic o V a l é r io : M o a cir d e A lm eid a. ( I n : J o rn a l d o C o­
m é rcio , R io de J a n eiro, 16 de fe v e re iro de 1936).
4) T o m a s M u r a t : O sen tid o das m á sca ra s. R io de J a n eiro. P on -
g etti. 1939. (M o a cir de A lm eid a , pp. 17-23).
5) D . M a r t i n s de O l iv e ir a : M o a cir d e A lm eid a. ( I n : R e v is t a das
A ca d e m ia s de L etra s, V /1 5 , ou tu b ro d e 1939, pp. 378-386).

240
6) D . M a r t i n s d e O l i v e i r a : M o a cir d e A lm eid a . B ib lio te ca d a
A ca d e m ia C a rio ca de L etra s. C a d ern o 1. R io de J a n eiro.
Sauer. 1942. 86 pp.
7) A M i l a n o : P r e fá c io da ed içã o das P o e s ia s com p leta s.
t íl io
R io de J a n eiro. Z élio V a lv erd e. 1943, pp. V -V III.
8) T ulo H o s t I lio M ontenegro: T u b er cu lo se e litera tu ra . R io de
J a n eiro, s. e. 1949, pp. 84-87.
9) P S e r p a : M o a cir de A lm eid a. ( I n : J o rn a l d o C om ércio,
h o c io n
R io de J a n eiro, 24 d e a g ö s to de 1952).
10) P rado R ib e ir o : M o a cir d e A lm eid a. ( I n : R e v is t a d a s A c a d e ­
m ias de L etra s, R io de Ja n eiro, X V I I /7 0 , a g ö s to de 1956,
pp. 100-109;.

Alcides Maya
A lcides Castilhos M aya . Nasceu em São Gabriel (Rio Grande
do Sul), em 15 de outubro de 1878. Morreu no Rio de
Janeiro, em 2 de setembro de 1944.

OBRAS DE FICÇÃO

Ruínas vivas (Pôrto. Lello. 1910); Tapera (Rio de Janeiro.


Garnier. 1911) ; Alma hárlara (Rio de Janeiro. Pimenta
de Melo. 1922).

Alcides Maya pertence, conforme a idade, à segunda geração


parnasiana, e, conforme suas preferências literárias, à evolução do
regionalismo sul-riograndense, entre Apolinário Pôrto Alegre e
Simões Lopes Neto. Não é romântico como o primeiro, distin­
guindo-se do segundo pela preocupação estilística, própria da sua
geração de parnasianos.

B ib lio g r a fia
1) J oão P in t o da S il v a : V u lto s do m eu ca m in h o. P ô r to A leg re.
G lob o. 1918. (A lcid e s M aya, pp. 108-127).
2) O sörio D u q u e E s t r a d a : T ap era. A p ê n d ice d o v o lu m e : A L C I­
D E S M A Y A : C rôn ica s e E n sa ios. P ô r to A le g r e . G lob o. 1918.
3) G ustavo B a r r o s o : R u ín a s v iva s. A p ê n d ice d o v o lu m e : A L C I­
D E S M A Y A : C rôn ica s e E n sa ios. P ô r to A le g r e . G lob o. 1918.
4) A r t u r M o t a : V u lto s e livros. A ca d em ia B ra sileira d e L etra s.
São P a u lo. M o n te iro L o b a to . 1921. (A lcid e s M aya,
pp. 97-106).
5) J oão P i n t o da S i l v a : H istó ria literá ria do R io G ran d e do Sul.
P ô r to A le g re. G lob o. 1924, pp. 155-163, 220-235.
6) A G r ie c o : E v o lu çã o da p r o sa brasileira. 1933. (2» edi­
g r ip in o
çã o . R io d e J a n eiro. J osé O lím p io. 1947, pp. 101-102).
7) S o u s a D o c a : O reg io n a lism o su l-rio-g ra n d en se na litera tu ra .
( I n : R e v is ta das A ca d e m ia s de L etra s, X/í, d ez em b ro d e
1937, pp. 5-18).

241
8) M a r t in sG o m e s : A ob ra d e A lcid e s M a ya. (I n : R e v is ta d a s
A ca d e m ia s de L etra s, I I I /7 , fe v e r e ir o d e 1939, pp. 57-64).
9) S íl v io J ú l i o : O s co n to s d e A lcid e s M aya. ( I n : R e v is ta das
A ca d e m ia s d e L etra s, n ' 35, ju lh o de 1941, pp. 200-223).
10) A ugusto M e y e r : P r o s a d os p a g o s. S ã o P a u l o . M a r t i n s . 1943.
(A lcid e s M aya, pp. 113-144). (V ig o r o s o a p êlo p a ra s e r e le r
o fic c io n is ta e n tã o m e io e s q u e c id o ).
11) M o isé s V e l l i n h o : L e tr a s da P r o v ín cia . P ô r to A leg re. G lob o.
1944. (A lc id e s M aya, a ex p re s sã o literá ria e o sen tido
s o c io ló g ic o de s u a ob ra , pp. 9-35). (E stu d o m u ito fin o ).
12) V aldem ar de V a s c o n c e l o s : A lcid e s M a ya , e s c r ito r pa isagista .

(I n : L a n te rn a V erd e, n ’ 8, ju lh o de 1944, pp. 291-294).


13) V aldem ar de V asconcelos: A lcid e s M a ya. ( I n : R e v is ta das
A ca d e m ia s de L etra s, V III/5 3 , s e te m b ro -o u tu b ro de 1944,
pp . 3-12).
14) C iro M a r t i n s : N o ta s s ô b r e A lcid e s M aya. ( I n : P r o v ín c ia de
S ã o P e d ro , n9 2, s etem b ro de 1945, pp. 59-62).
15) O l i n t o S a n m a r t i n : M en sa g em . P ô r to A leg re. A N a çã o . 1947.
(A lcid e s M aya, pp. 25-40).
16) L ú c iaM ig u e l P e r e ir a : P r o s a d e fic ç ã o , d e 1870 a 1920. ( H is­
tó ria da litera tu ra b rasileira, vol. X I I ) . R io de J a n eiro.
J o sé O lím p io. 1950, pp . 208-210.
17) A ugusto M e y k r : O reg io n a lism o na p r o sa d e fic ç ã o . G ru po
G a ú ch o. ( I n : A L iter a tu ra n o B ra sil, edit. p o r A frâ n io
C ou tin h o. V ol. II. R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m eri­
ca n a. 1955, pp . 220-221).
18) F M a y a D ’ à v i l a : O m eio a m b ien te n a o b ra d e A lcid es
l o r ia n o
M a ya. R io de J a n eiro. In stitu to B ra s ile iro d e E d u ca çã o ,
C iên cia e C u ltu ra. 1958. 27 pp.

Afrânio Peixoto
J úlio A frânio P eixoto. Nasceu em Lençóis (Bahia), em 17 de
dezembro de 1876. Morreu no Rio de Janeiro, em 12 de
janeiro de 1947.

OBRAS PRIN CIPAIS

Rosa mística (Leipzig. Broekhaus. 1900) ; A Esfinge (Rio


de Janeiro. Francisco Alves. 1911; 4.a edição, id. 1919) ;
Maria Bonita (Rio de Janeiro. Francisco Alves. 1914) ;
Fruta do mato (Rio de Janeiro. Francisco Alves. 1920) ;
Bugrinha (Rio de Janeiro. Francisco Alves. 1922) ; As
razões do coração (Rio de Janeiro. Francisco Alves.
1925) ; Uma mulher como as outras (Rio de Janeiro.
Francisco Alves. 1928) ; Sinhàzinha (Rio de Janeiro.
Francisco Alves. 1929).

242
EDIÇÃO

1) Obras completas. Rio de Janeiro. W . M. Jackson. 1944.


25 vols.
2) Romances completos. Rio de Janeiro. José Aguilar. 1962.

O primeiro livro de Júlio Afrânio, “ Rosa Mística” , estava


imbuído de simbolismo. Mas os romances que Afrânio Peixoto
escreveu depois, não deixam perceber aquele começo. Foi o
membro mais assíduo da Academia Brasileira de Letras e enamo­
rado da sua terra baiana. Cultivou o regionalismo, assim como o
cultivaram Coelho Neto e Xavier Marques na geração precedente
de parnasianos, e com as mesmas preocupações estilísticas. A
bibliografia sôbre Afrânio Peixoto é bastante rica; pois o
romancista foi tão admirado como combatido, sendo êle um dos
adversários mais tenazes do modernismo. Grande parte daquela
bibliografia ê, aliás, conforme expressão que o próprio Afrânio
aplicou à literatura em geral, “ um sorriso da sociedade” .

B ib lio g r a fia
1) F r o ta P essoa: C rítica e p olém ica . R io d e J a n eiro. A rtu r
G u rg u lin o . 1902, pp . 97-99). ( S ô b re o sim b o lism o d e “ R o sa
M istica ” ) .
2) C o n s t â n c io A l v e s : A fr â n io P e ix o to . ( I n : J o rn a l d o C om ércio,
R io de J a n eiro, 17 de a g ô s to de 1911).
3) M 'edeiros de A l b u q u e r q u e : C rôn ica literária. ( I n : A N otícia ,
R io d e J a n eiro, 24 d e s etem b ro d e 1911). ( S ô b re “ A E s ­
f in g e ” ).
4) J o s é V e r í s s i m o : L e tr a s e litera to s. R io d e J a n eiro. J osé
O lím pio. 1936. (M a ria B on ita , pp. 171-176). ( E s c r ito
em 1 9 H ).
5) JoSo R i b e i r o : A frâ n io P e ix o to . ( I n : R e v is t a d o B ra sil, 1* fa s e ,
III, se te m b ro -d e ze m b ro de 1916, pp. 51-59).
6) S o u s a B a n d e ir a : P á g in a s literá ria s. R io de J a n eiro. Fran ­
c is c o A lves. 1917. (A fr â n io P e ix o to , pp. 61-68).
7) T r istã o de A t a í d e : P r im e ir o s estu d os. R io d e J a n eiro. A gir.
1948. (A fr â n io P e ix o to , ro m a n cis ta , pp . 162-166). ( E s c r ito
em 1919).
8) F e r n a n d e s C o s t a : A frâ n io P e ix o to e a su a obra. L isb oa .
A illa u d et B ertra n d . 1920. 37 pp.
9) A r t u r M o t a : V u lto s e livros. A ca d em ia B ra sileira . S ã o P a u lo.
M o n te iro L o b a to . 1921. (A fr â n io P e ix o to , pp . 243-259).
10) R e n a t o A l m e i d a : A frâ n io P e ix o to , ro m a n cista . ( I n : R e v is ta
d o B ra sil, 1» fase, W 62, fe v e r e ir o d e 1921, pp . 108-112).
11) José M aria B e l o : A m argem , d os livros. R io d e J a n eiro.
A n u á rio d o B ra sil. 1923. (U m rom a n cista , pp. 41-50).
12) J a c k s o n de F ig u e ir e d o : A fir m a ç õ e s . R io de J a n e iro . C en tro
D . V ita l. 1924. (A tra v é s d a o b ra d e A fr â n io P e ix o to ,
pp. 69-176).

243
13) A g o s tin h o de C a m p o s : P r e fá c io
ã e : A fr â n io P e i x o t o : P á g in a s
escolh id a s. P a ris. A llla u d et B ertra n d . 1926, pp. 5-24
14) W il h e l m G i e s e : A fr â n io P e ix o to , ro m a n cista . (I n : R e v is ta
d a A ca d e m ia B ra s ile ira de L etras, n» 130, ou tu b ro de 1932,
pp. 131-173).
15) S ud M e n ü c c i : R o d a p és. S ã o P a u lo. E d . P ira tin in g a . 1934.
(F r u ta do M ato, de A fr â n io P e ix o to , pp. 175-187).
16) H u m b erto de C am pos: C rítica. V o l. I. 3* ed içã o. R io d e J a ­
n eiro. J osé O lím pio. (S in h àzin h a, de A fr â n io P eix oto,
pp. 124-137).
17) H u m berto de C a m p o s : C a rva lh os e roseira s. 4» edição. R io
de J a n eiro. J osé O lím p io. 1935. (A fr â n io P e ix o to , pp. 35-40).
18) L ib e r a t o B it t e n c o u r t : A frâ n io P e ix o to . R io de J a n eiro.
O fic. G in á sio 28 d e S etem b ro. 1939. 208 pp. ( L iv ro e s ­
q u is ito ).
19) R oberto A l v im A n te u e a crítica .
C o r r e ia : R io de J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1948, pp. 264-267.
20) L ú c iaM ig u e l P e r e ir a : P r o s a d e fic ç ã o , d e 1870 a 1920. (H is ­
tó ria da litera tu ra b ra sileira , vol. X I I ) . R io d e J a n eiro.
J o sé O lím p io. 1950, pp. 269-272.
21) L e o n íd io R ib e ir o : A fr â n io P e ix o to . R io de J a n eiro. E d.
C on dé. 1950, pp. 462. ( B io g r a fia ).
22) R e n a t o deM e n d o n ç a : O ra m o d e oliv eira . P ô r to . L ello. 1951.
(A fr â n io P e ix o to , o ro m a n cis ta e o c r ít ic o literá rio,
pp. 26-65). ( P a n e g ír ic o ).
23) A ir e s da M ata M achado F il h o : C rítica d e estilos. R i o de J a ­
n eiro. A g ir . 1956. (S ôb re o estilo de A fr â n io P e ix o to ,
pp. 215-222).

Raul de Leôni
R aul de L eôni R amos. Nasceu em Petrópolis, em 30 de outubro
de 1895. Morreu em Itaipava, em 21 de novembro de 1926.

OBRAS

Ode a um poeta morto (Rio de Janeiro. Jacinto Ribeiro dos


Santos. 1918); Luz mediterrânea (Rio de Janeiro.
Jacinto Ribeiro dos Santos. 1922; 2.a edição. Rio de
Janeiro. Civilização Brasileira. 1928; 4.a edição. São
Paulo. Martins. 1946).

Raul de Leôni foi o último parnasiano; e foi poeta autêntico.


Não será dado a um indivíduo isolado ressuscitar um movimento
literário extinto, mas Raul de Leôni teria evoluído — talvez
chegasse a ser um grande poeta simbolista. Apesar do modernismo,
cresceu a fama de Raul de Leôni incessantemente; a oposição foi
pouca, a admiração, muita.

244
| )/:J i| M N O O m ioo: C a ça d ores d e sím b olos. R io de Ja n eiro.
& N é R lbtlro. (R a u l de L eôn i, pp . 281-287). (A g r ip in o
f H l H 4 O c r itic o p rin cip a l do p o e ta ).
I) i U M ■llVIlRA i A sa s e pa tas. R io d e J a n eiro. B e n ja m im
O M ta lU t A M iccolis. 1926. (S ô b re a p e d ra b ra n ca,
M>. 1B4-1BB).
I) RODRIGO Mm.o F r a n c o de A n d r a d e : P r e fá c io da 2* ed içã o de
IMU M ed iterrâ n ea . 1928. (T r a n s c r ito n as e d iç õ e s segu intes.
4* «dlQâo. S ã o P a u lo. M artin s. 1946, pp. 9-14). (.Fam oso
» »tu d o q u e co n s a g r o u o p o e ta ).
4) M b A l b u q u e r q u e : R a u l d e L e ô n i e su a L u z M ed iter­
id u r o s
rân ea . ( I n : J o rn a l d o C om ércio, R io de J a n eiro, 22 de
Julho d e 1928).
5) T r is t â o db A t a Id e : M studos. 3» série, 1» p a rte. R io de J a ­
n eiro. A O rdem . 1930. (P o e ta s d a in te lig ê n cia e do c o r a ­
çã o, pp. 73-89).
6) R onald de C arvalho: E stu d o s b ra sileiros. 2* série. R io de
Ja n e iro . B rig u iet. 1931. (R a u l d e L eôn i, pp . 79-88).
7) A g r ip in o G r ie c o : V iv o s e m o r to s. 1931. (2* ed içã o. R io de
Ja n e iro . J o sé O lím pio. 1947. (L u z M ed iterrâ n ea , pp. 163-172).
8) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p r o sa b rasileira. 1932. (3* ed i­
çã o . R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 118-124).
9) J a im e de B arros: E s p e lh o d os livros. R io d e J a n eiro. J osé
O lím pio. 1936. (O p o e ta d o s o l e d o m ar, pp. 343-349).
10) M a n u e l B a n d e i r a : C rôn ica s da P r o v ín c ia do B ra sil. R io de
Ja n e iro . C iv iliza çã o B ra sileira . 1937. (R a u l de L eôn i,
pp. 151-155).
11) A fo n so A r in o s de M elo F ranco: E sp elh o d e tr ê s fa c e s . São
P a u lo . E d . B ra sil. 1937. (O p o e ta assa ssin ad o, pp. 209-215).
12) N estor V ít o r : O s de h o je. São P a u lo. C u ltu ra M od ern a .
1938, pp . 45-56.
13) T omas M urat: O sen tid o d as m á sca ra s. R io d e J a n eiro. Pon-
getti. 1939. (R a u l de L eôn i, pp. 25-36).
14) T asso d a S il v e ir a : A p o e sia d e R a u l d e L e ô n i. ( I n : V o ze s de
P e tró p o lis, a g ô s to de 1942, pp. 551-556, e n o v e m b ro de 1942,
pp. 795-801).
15) J o sé A ugusto C esá r io A l v i m : R a u l d e L e ô n ij lírico
da in teli­
g ên cia . (In : B ra sília , C oim b ra , III, 1946, pp. 532-534).
16) J. G . d e A r a ú j o J o r g e : R a u l d e L eôn i. ( I n : B ib lio te c a d a
A ca d e m ia C a rio ca d e L etra s, n'' 18, 1948, pp. 63-89).
17) S érgio M D iá rio crítico . V I. São P a u lo. D e p a rta m en to
il l ie t :

de C u ltu ra. 1950, pp. 69-73.


18) C a r l o s D a n t e de M o r a is : R ea lid a d e e fic ç ã o . R io de J a n eiro.
M in isté rio d a E d u c a ç ã o e Saúde. 1952. (R a u l de L eôn i,
p o e ta vesp eral, pp. 92-100).
19) G erm an o d e N o v a is : R a u l d e L eô n i. F isio n o m ia do p oeta .
P ô r to A le g re , s. e. 1956. 214 pp. (T e s e u n iv e r s itá r ia ; é a
p r im eir a m o n o g ra fia s ô b r e o p o e ta ).

245

16
Medeiros e Albuquerque
José J o a q u im de C am pos da C osta M e d e ir o s e A lb u q u e r q u e .
Nasceu no Recife, em 4 de setembro de 1867. Morreu no
Rio de Janeiro, em 9 de junho de 1934.

Páginas de crítica. (Rio de Janeiro. Leite Ribeiro & Maurílio.


1920), etc. etc.

Bibliografia
1) M a u r íc io d e M e d e ir o s : M ed eiro s e A lb u q u erq u e. F a c ê ta s d e
su a p erson a lid a d e. ( I n : R e v is t a d a A c a d e m ia F lu m in en se
de L etra s, III, ou tu b ro de 1950, pp . 103-111).

Humberto de Campos
H u m b e rto d e C am pos V e ra s . Nasceu em Miritiba (Maranhão),
em 25 de outubro de 1886. Morreu no Rio de Janeiro, em
5 de dezembro de 1934. Contista, cronista e crítico —
Crítica. 4 vols. Rio de Janeiro. José Olímpio. 1935, etc., etc.

Obras completas. Rio de Janeiro. W . M. Jackson. 32 vols.


1941.

Bibliografia
1) E ló i P o n t e s : O bra alheia. R io de J a n eiro. Selm a. s. d.
pp. 71-82.
2) M acário de L em os P ic a n ç o :H u m b e r to d e C am pos. R io d e J a ­
neiro. M in erva. 1937. 298 pp.

Paulo Barreto (Pseudônimo: JoÃo d o R i o )


João P a u lo E m ílio C r is t ó v ã o dos S a n tos C o e lh o B a rreto.
Nasceu no Rio de Janeiro, em 5 de agosto de 1880. Morreu
no Rio de Janeiro, em 23 de junho de 1921.

As religiões no Rio (2.a edição. Rio de Janeiro. Garnier.


1906); Dentro da noite (1910); Vida vertiginosa (1911) ;
A alma encantadora das ruas (1918), etc.

Bibliografia
1) E ló i P ontes: O bra alheia. R io de J a n eiro. Selm a. s. d.
pp. 1932.
2) N e v e s M a n t a : A a r te e a n e u r o s e d e J oã o do R io. 3» edição.
R io de J a n eiro. P o n g e tti. 1947. 196 pp.
3) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : P r o s a d e fic ç ã o , d e 1870 a 1920. (H is­
tó ria da litera tu ra b ra sileira , vol. X I I ) . R io de J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1950, pp . 275-277.

246
PRÉ-MODERNISMO

O têrmo “ Pré-Moãernismo” , que Tristão de Ataíde criou com


muita felicidade, aplica-se a escritores contemporâneos do neo-
parnasianismo. entre 1910 e 1920; não sendo inflexíveis os limites
da cronologia, acontece que alguns dêsses escritores já realizaram
ou pelo menos iniciaram sua obra antes de 1910, enquanto outros,
aparecendo pouco depois de 1920, ainda. vivem entre nós. O que
os caracteriza é que, comparáveis aos “ realistas” contemporâneos
do romantismo, tinham ou anteciparam nova visão da realidade
brasileira, em oposição aos artifícios do parnasianismo dominante,
mas sem os gestos revolucionários que seriam típicos, depois, do
modernismo; ao modernismo estavam alguns entre êles, depois de
1922, pessoalmente ligados, mas sem adesão formal.
“ Realidade” é, porém, têrmo ambíguo; há várias maneiras de
percebê-la e enfrentá-la. Os prê-modernistas não constituem,
tampouco como aquêles “ realistas”, um grupo homogêneo. De­
paramos, em primeira linha, os regionalistas, escritores que se
dedicaram à descoberta e revelação da realidade do “ hinterland’’
brasileiro, sem enfeitá-lo estilisticamente à maneira dos regiona­
listas parnasianos: o primeiro dêsse grupo, cronologicamente, é
Affonso Arinos, seguido por Simões Lopes Neto; depois, Monteiro
Lobato; enfim, dois contemporâneos nossos, Gastão Cruls e Pe­
regrino Júnior. Em certo sentido, todos êles fizeram literatura
social, assim como já a fêz Graça Aranha: êle também cabe aí,
com sua< obra máxima, “ Chanaan” ; seu papel posterior, como
líder modernista, não se exprimiu em obras da mesma importância.
O que os regionalistas fizeram com respeito ao interior
realizou Lima Barreto quanto à cidade; depois dêle, Adelino
Magalhães, que já é precursor imediato de certas correntes mo­
dernistas, e nosso contemporâneo José Geraldo V ie ir a fig u r a
singular, fora de todos os esquemas.
No terreno da, poesia, só se pode citar o nome de Rodrigues
de Abreu; e, ao lado dêsse melancólico, o alegre parodista Juó
Bananére, seu contemporâneo, que fêz muito para desmoralizar o

2d7
parnasianismo agonizante. Pertence êle a um grupo de escritores
satíricos, Antônio Tôrres, Agripino Grieco, que sem aderir ao
modernismo Ihe preparavam os caminhos.
Há, enfim, os observadores da realidade política e social:
Gilberto Amado, Alberto Tôrres, Oliveira Viana e — “ last bnt
not least” — Paulo Prado, que seria, depois, um dos grandes
apoios do modernismo.

REGIONALISMO
Affonso Arinos
A ffo n s o A r i n o s d e M e l l o F r a n c o (1). Nasceu em Paracata
(Minas Gerais) em 1 de maio de 1868. Morreu em Barce­
lona, em 19 de fevereiro de 1916.

OBRAS PRINCIPAIS

Pelo sertão (Rio de Janeiro. Laemmert. 1898. 5.a edição.


Rio de Janeiro. Briguiet. 1947); Os Jagunços (1898);
Lendas e tradições brasileiras (1917) ; O mestre de campo
(1918).

Affonso Arinos é o precursor do regionalismo moderno, e, ao


mesmo tempo, das correntes católicas do modernismo. Em meio
da admiração geral há quem denuncie seu regionalismo como falso.

Bibliografia
1) J o sé V E stu d o s d e litera tu ra brasileira. 1* série. R io
e r ís s im o :
de J a n eiro. G a rn ier. 1901, pp. 202-275.
2) A u g u s t o de L i m a : A ffo n s o A rin os. ( I n : R e v is ta do B rasil,
1* fa se, I, ja n e iro -a b r il de 1916, pp. 233-239).
3) M ig u e l C o u t o : E lo g io d e A ffo n s o A rin o s. ( I n : D iscu rs o s
A ca d êm ico s. V ol. IV . R io de J a n eiro. C iviliza çã o B r a s i­
leira. 1936, pp. 53-74). ( E s c r ito em 1919).
4) M edeiros e A l b u q u e r q u e : P á g in a s d e crítica . R io de J a n eiro.
L e ite R ib e ir o & M a u rílio. 1920. (A ffo n s o A rin os, L en das
e T r a d içõ e s , pp. 45-66).
5) T r is t ã o de A t a í d e : A ffo n s o A rin os. R io de J a n eiro. A n u á rio
do B ra sil. 1922. 197 pp. (L iv ro fu n d a m e n ta l; daí em
d ia n te, a fig u r a d e A ffo n s o A rin o s a ssu m e fe iç õ e s d e p a ­
tria r c a da litera tu ra b ra sileira ).
6) P e r ilo G o m e s : E n sa io s d e c rítica d outrin ária. R io de J a n eiro.
C en tro D . V ita l. 1923. (A ffo n s o A rin os, pp. 211-220). (A p a ­
r e c e , ao lado do serta n ista A ffo n s o A rin o s, o ca tó lico e
“ re a c io n á r io ” A ffo n s o A r in o s ).
7) O la v o B i l a c : ú ltim a s c o n fe r ê n c ia s e d iscu rsos. R i o de J a ­
n eiro. F r a n c is c o A lves. 1924. (A ffo n s o A rin os, pp. 28-32).

(1 ) O nom e d o escrito r a p arece neste liv ro g ra fa d o con form e a o r to g r a fia


an tiga, p a ra e v ita r co n fu sã o co m o nom e do n o sso con tem p orân eo A fo n so A rin os
d e M elo F ra n co .

248
8) V e io a M i r a n d a : Os fa isca d o res. São P a u lo. M o n te iro L ob a to.
1925. (A ffo n s o A rin os, pp. 258-276).
9) R o n a l d de C a r v a l h o : E stu d o s b ra sileiros. 2» série. R io d e
J a n e iro . B rig u iet. 1931. (A ffo n s o A rin o s , pp. 139-144). (D a i
em d ia n te, A ffo n s o A rin o s é co n sid era d o p r e c u r s o r do m o ­
d ern ism o ).
10) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p r o sa b rasileira. 1933. (2” ed i­
çã o. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 130-131).
11) S e b a st iã o F e r n a n d e s : O G alarim . E n sa io s. R io de J a n eiro.
P o n g e tti. 1935. (A ffo n s o A rin os, pp. 19-32).
12) M ãrio M a t o s : O ú ltim o b a n d eira n te. B e lo H orizon te. Os
A m ig o s do L iv ro. 1935. 172 pp.
13) P a u l o J o s é B r a n d ã o : V u lto s do m eu ca m in h o. S ã o P a u lo .
In stitu to D . A n a R o s a . 1935. (A ffo n s o A rin os, pp. 5-9).
14) J a im e de B a r r o s : E sp elh o d os livros. R io de J a n eiro. J osé
O lím pio. 1936. (O São C ristóv ã o das nossas letras,
pp. 271-279).
15) E d u ar do F r ie ir o : L e tr a s m in eira s. B e lo H orizon te. Os A m ig o s
d o L iv ro . 1937. (O ú ltim o b a n d eira n te, pp. 193-202). (.Con­
sid era o reg io n a lism o d e A ffo n s o A r in o s c o m o f a ls o : e x o ­
tism o d e u m p a risien se).
16) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : P r o s a d e f ic ç ã o , de 1870 a 1920. (H is­
tó r ia d a litera tu ra b ra sileira . V o l. X I I ) . R io de J a n eiro.
J o sé O lím pio, 1950, pp. 183-195.
17) J oão D o r n a s F i l h o : A ffo n s o A rin o s. ( I n : D i á r i o de N o t í c i a s ,
R io de J a n eiro, 22 de ju lh o de 1951).
18) W i l s o n L o u s a d a : O reg io n a lism o na p r o s a d e fic ç ã o . G ru po
C en tra l. (I n : A L iter a tu ra n o B ra sil, edit. p o r A fr â n io
C ou tin h o. V o l. II. R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m e ri­
ca n a . 1955, pp. 195-199).
19) A ir e s da M a t a M a c h a d o F i l h o : C rítica d e estilos. R io d e J a ­
n eiro. A g ir. 1956. (À m a rg e m de “ B u riti p e r d id o ” ,
pp. 199-210).
20) W a l t e n s i r D u t r a e F a u s t o C u n h a : B io g r a fia c rítica das
letra s m in eira s. R io d e J a n eiro. In stitu to N a cio n a l d o
L iv ro . 1956, pp. 69-73.

Simões Lopes Neto


Nasceu em Pelotas (Rio Grande do
J oão S i m õ e s L o p e s N e t o .
Sul), em 9 de março de 1865. Morreu em Pelotas, em 14
de junho de 1916.

OBRAS

Contos gauchescos (Pelotas. Echenique & Cia. 1912) ; Lendas


do sul (Pelotas. Echenique & Cia. 1913); Contos
gauchescos e Lendas do sul (Pôrto Alegre. Globo. 1926).

EDIÇÃO

Contos gauchescos. Lendas do sul. Edição Crítica por Aurélio


Buarque de Holanda. Pôrto Alegre. Globo. 1949.

249
Simões Lopes Neto, contemporâneo do mineiro Affonso Arinos,
c o criador do moderno regionalismo sul-rio-grandense; só em
tempos recentes prestam-lhe a atenção merecida.

Bibliografia
1) JoXo P in t o da S i l v a : H istó ria da litera tu ra do R io G ran de do
Sul. P ô r to A leg re. G lob o. 1924, pp. 164-171.
2) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p rosa brasileira. 1933. (2* ed i­
çã o. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 131-133).
3) Os co n to s d e S im ões L o p e s N e to . ( I n : R e v is ta
S íl v io J ú l i o :
das A ca d e m ia s de L etra s, 36. a g ô s to de 1941, pp. 244-256).
4) M a n o e l it o de O r n ellas: S ím b olos b árb a ros. P ô r to A legre.
G lob o. 1943. (O ra p sod o b á rb a ro, pp. 13-44).
5) A ugusto M e y e r : P r e fá c io da ed içã o crítica d e C o n to s ga u-
ch e s c o s . L en d a s do Sul. P ô r to A legre. G lob o. 1949, pp. 11-23.
( E n sa io fu n d a m en ta l).
6) A u r é l io B u a r q u k de H o l a n d a : L in g u a g em e estilo de S im ões
L o p e s N eto . In tro d u çã o d a e d içã o c r ític a de C on tos ga u -
ch e s c o s . L end as do sul. P ô r to A leg re. G lob o. 1949,
pp. 27-113). (P r o fu n d o estu d o filo ló g ico , co m g lo ssá r io ).
7) C arlos R e v e r b e l : J. S im ões L o p e s N e t o ; e s b ô ç o b io g rá fic o .
P r e fá c io d a e d iç ã o c r ít ic a d e C o n to s g a u ch esco s. L en d a s
do Sul. P ô r to A leg re. G lob o. 1949, pp. 417-438.
8) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : P r o s a d e fic ç ã o , d e 1870 a 1920. (H is ­
tó ria da L iter a tu ra B ra sileira . V ol. X I I ) . R io de J a n eiro.
J osé O lím pio. 1950, pp. 211-220).
9) M o y s é s V e l l i n h o : A p r e s e n ta ç ã o . (I n : S im ões L op es N e t o :
C o n to s e lendas. R io de J a n eiro. A gir. 1957, pp. 5-15).

Monteiro Lobato
J o s é B e n t o M o n te ir o L o b a to . Nasceu em Taubaté (São Paulo),
em 18 de abril de 1882. Morreu em São Paulo, em 4 de
julho de 1948.

OBRAS PRINCIPAIS DE FICÇÃO

TJriipês (São Paulo, Ed. Revista do Brasil. 1918: 9.a edição.


1923); Cidades mortas (São Paulo. Ed. Revista do
Brasil. 1919); Negrinha (São Paulo. Monteiro Lobato.
1920); etc., etc.

EDIÇÕES

1) XJrupês, outros contos c coisas. Edição ônibus, edit, por


Artur Neves. São Paulo. Companhia Editora Nacional.
1943.
2) TJrupês. São Paulo. Martins. 1944.

250
3) Obras completas. São Paulo. Brasiliense. 1946-1947.
13 vols. (Os contos ocupam os volumes I-III dessa
edição).

Monteiro Lobato descobriu o homem do interior do Brasil.


Descobriu nova dimensão da literatura brasileira, nacionalizando-a.
Daí seu enorme sucesso, revelado pelo número das edições e, igual­
mente, pelo tom da crítica. Lobato foi endeusado. Mas nunca
aderiu ao modernismo, do qual foi a muitos respeitos precursor;
antes o hostilizou. Provocou, por isso, reações que, apontando os
recursos lingüísticos do escritor, Ihe negam, todavia, a significação
literária da obra.

B ibliografia
1) L r ô n id a h du L o y o l a : V ru p ês e o s e r ta n e jo b ra sileiro. C u ritiba.
T ip o g r. d e A R e p ú b lica . 1919. 37 pp.
2) TribtXo na AtaIdb: P r im e ir o s estu d os. R io de J a n eiro. A gir.
1948. (O p a l do Jeca , pp. 40-43). (E s c r ito e m 1919).
3) A n d r a d e M u r i c i : O su a v e co n v ív io . R io de J a n eiro. A n u á rio
d o B ra sil. 1922. (U ru p ês e o s e rta n e jo b ra sileiro, pp. 86-90).
4) I saac G o ld b e r g : B ra zilia n L iter a tu re. N e w Y o r k . K n o p f.
1922. (M o n te iro L ob a to, pp. 277-291). (Ê x ito d e c e r t o s
c o n to s d e L o b a to e n tr e o s n o r te -a m e r ic a n o s ).
5) JoXo P in t o d a S ilv a: F isio n o m ia s d e n ov os. São P a u lo. M on ­
te iro L o b a to . 1922. (M o n te iro L ob a to, pp . 185-206).
6) J o sé M ar ia B e l o : A m a rg em d o s livros. R io de J a n eiro.
A n u á rio d o B ra sil. 1923. (J e c a T a tu e M a n é X iq u e -X iq u e ,
p p . 163-169).
7) V e io a M i r a n d a : Os fa isca d o res. S ã o P a u lo. M o n te iro L ob a to.
1925. (M o n te iro L ob a to, pp. 60-65).
8) J o io V a s c o n c e l o s : O sr. M o n teiro L o b a to . ( I n : R e v is t a d o
B ra sil, 1* fa se, n* 113, m a io de 1925, pp. 26-38).
9) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p r o sa brasileira. 1933. (2* ed i­
çã o. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 139-141).
10) S u d M e n u c c i : R od a p és. S ã o P a u lo. E d . P ira tin in g a . 1934.
(U rup ês, de M o n te iro L o b a to , pp. 9-21).
11) A g r ip in o G r ie c o : G e n te n o v a do B ra sil. R io de J a n eiro. J osé
O lím pio. 1935, pp. 357-384).
12) A m a d e u A m a r a l J ú n i o r : M o n teiro L o b a to , cria d o r d e m itos.
( I n : V a m o s L er, R fo de J a n eiro, 6 de a b ril d e 1939).
13) E d oard C a v a l h e ir o : A p o n ta m e n to s s ô b r e M o n te ir o L o b a to .
( I n : P la n a lto, S ã o P a u lo , 8 de ja n e iro d e 1941).
14) A r t u r N e v e s : In tro d u çã o da E d içã o O nibus, d e V ru p ês. São
P a u lo . C o m p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1943, pp. X I -X L I .
(C o m b ib lio g ra fia ).
15) G ilb e r t o F r e y r e : V in te e cin co a n o s d ep ois. ( I n : R e v is t a do
B ra sil, 3* fa se, V I/5 5 , se te m b ro de 1943, pp . 136-137).
16) G odofredo R a n g e l : V ru p ês. ( I n : F ô lh a de M inas, B e lo H o r i­
zon te, 12 d e s etem b ro de 1943).

251
17) J o su é M o n t e l l o : H istó ria s d a v id a literária. R io de J a n eiro.
N o s s o L iv ro. 1944. (O rig e m e g ra n d eza de M o n te iro L o ­
b a to, pp. 111-122).
18) E dgard C a v a l h e ir o : In tro d u çã o da ed içã o de U ru pês. São
P a u lo . M a rtin s. 1944, pp. 7-18.
19) S érgio M i l l i e t : D iá rio crítico . V ol. IV . S ã o P a u l o . M a r t i n s .
1947, pp. 53-57. ( V e e m e n te a ta q u e c o n tr a a litera tu ra de
L o b a to ).
20) A lberto C onte: M o n teiro L o b a to , o h o m em e a obra. São
P a u lo . B ra silien se. 1948. 289 pp.
21) Léo V a z : N o ju b ileu d e J e c a Tatu. ( I n : R e v is t a d a A c a d e ­
m ia P a u lista de L etras, X I/4 3 , setem b ro d e 1948, pp. 51-60).
22) G a b r ie l T ondella: S a n gu e da ter ra . E v o c a ç ã o d e M o n teiro
L o b a to . S ã o P a u lo. B ra silien se. 1949. 92 pp.
23) M ar ia L eo no r A lvarez S il v a : M o n o g ra fia s ô b r e M o n teiro L o ­
b ato. São P a u lo. B ra silien se. 1950. 72 pp.
24) T im o t h y B rown J r .: M o n teiro L o b a to . U n iv ersity of W is ­
co n sin . 1954. (T e s e ).
25) E dgard C a v a l h e ir o : M o n te ir o L o b a to . V id a e O bra. S ã o
P a u lo . C om p a n h ia E d ito r a N a cio n a l. 1955. 2 vols. 849 pp.
(M o n o g r a fia d efin itiv a ).
26) E dgard C a v a l h e ir o : O reg io n a lism o na p r o sa d e fic ç ã o .
G ru p o pa ulista. ( I n : A L ite r a tu r a n o B ra sil, edit, por
A fr â n io C ou tin h o. V o l. II. R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul
A m e rica n a . 1955, pp. 205-211).
27) O sm ar P im e n t e l : A p o n ta m e n to s d e L eitu ra . S ã o P a u lo. C on ­
se lh o E sta d u a l d e C ultura. 1960. (M e fis to em Ita óca ,
pp . 129-141).

Gastão Cruls
G a s tã o L u ís C r u ls .Nasceu no Rio de Janeiro, em 4 de maio de
1888. Morreu no Rio d e Janeiro, em 7 d e junho de 1959.

OBRAS P R IN C IPA IS DE FICÇÃO

Coivam (Rio de Janeiro. Castilho. 1920) ; A Amazônia


misteriosa (Rio de Janeiro. Castilho. 1925; 3.a edição.
São Paulo. Companhia Editora Nacional. 1929) ; Elza
e Helena (Rio de Janeiro. Castilho. 1927) ; Vertigem
(Rio de Janeiro. Ariel. 1934) ; De pai a filho (Rio de
Janeiro. José Olímpio, 1954). — 4 Romances {A Amazô­
nia misteriosa; Elza e Helena; A Criação e o Criador;
Vertigem) (Rio de Janeiro. José Olímpio. 1958).

A atividade de Gastão Cruls como romancista psicológico


excede os limites do regionalismo, assim como suas atividades de
critico e escritor sociológico o ligaram pessoalmente a representan-

252
tes do modernismo. Aqui figura apenas na qualidade de contista
pré-modernista-, um dos descobridores da realidade brasileira.

Bibliografia
1) T r is t Xo A t a í d e : P r im e ir o s estu d os. R io de J a n eiro. A gir.
de
1948. (U m con tista , pp . 318-323). ( E s c r ito e m 1920).
2) A q r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p r o sa b rasileira. 1933. (2* e d i ­
çã o . R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, p p . 110-112).
3) S u d M e n u c c i : R o d a p és. S ã o P a u lo . E d. P i r a t i n i n g a . 1934.
(A m a z ô n ia m isteriosa , pp. 189-200).
4) J a im e d e B a r r o s : E sp elh o d os livros. R io d e J a n eiro. J osé
O lím pio. 1936. (D o co n to a o ro m a n ce , pp. 265-270).
5) O l ív io M o n t e n e g r o : O ro m a n c e b rasileiro. R io de J a n eiro.
J osé O lím p io. 1938, pp. 185-191). (O m e lh o r e s tu d o ).
6) A st r o jil d o P e r e ir a : I n te r p r e ta ç õ e s . R io de J a n eiro. C a sa d o
E stu d a n te d o B ra sil. 1944. (E s p e lh o d a fa m ília b u rgu esa ,
pp. 145-151). ( S ôb re “ V e r tig e m " ).

Peregrino Júnior
J oão P e r e g r in o d a R o c h a F a g u n d e s J ú n io r . Nasceu em Natal
(R io Grande do Norte), em 1 2 de março de 1 8 9 8 .

OBRAS PRIN CIPAIS DE FICÇÃO

Pussanga (Rio de Janeiro. Tip. Hispano-Americana, 1 9 2 9 ;


3 .a edição. Rio de Janeiro. Ipiranga, 1 9 3 1 ) ; Histórias
da Amazônia (Rio de Janeiro. José Olímpio. 1 9 3 6 ) .

Peregrino Júnior, assim como Qastão Cruls, só cabe neste


capitulo em sua qualidade de contista regionalista.

Bibliografia
1) JoSo R ib e ir o : C rítica . O s M od ern os. R io de J a n eiro. A c a ­
d e m ia B ra sileira de L etra s. 1952. (P e r e g r in o J ún ior,
pp. 204-205). ( E s c r ito e m 1933).
2) H u m b e r t o d e C a m p o s : C rítica. V ol. III. R io d e J a n eiro. J osé
O lím pio. 1935. (P e r e g r in o J ú n ior, pp. 133-148).

LITER ATU R A SOCIAL E URBANA

Reuniram-se, neste subcapítulo, alguns escritores muito di­


ferentes. Sobretudo a vizinhança de Graça Aranha e Lima Barreto
não se justifica nem ideológica nem estiUstieamente. Suas idéias
sociais eram opostas, seus conceitos do que é a literatura eram
incompatíveis. O único traço comum é a atitude de oposição
contra os ideais literários então dominantes. Mas é isto, justa­
mente, o que define os pré-modernistas.

253
Graça Aranha
Nasceu em São Luís do Mara­
J o s é P e r e ir a da G ra ça A r a n h a .
nhão, em 21 de junho de 1868. Morreu no Rio de Janeiro,
em 26 de janeiro de 1931.

OBRAS PRINCIPAIS

Chanaan (Rio de Janeiro. Garnier. 1902. 5.a edição, id. 1913.


7.a edição, id. 1922); Malazarte (Rio de Janeiro. Briguet.
1911); Estética ãa vida (1 92 0 ); Correspondência de
Machado de Assis e Joaquim Nabuco. (1923); O espírito
moderno (1925); A viagem maravilhosa (1930).

e d iç ã o

Obras completas. Rio de Janeiro. Briguiet. 1939-1941. 8 vols.


(vol. I : Chanaan; vol. I I : Malazarte; vol. I I I : Estética
da Vida; vol. I V : Correspondência de Machado de Assis
e Joaquim Nabuco; vol. V : O espírito moderno; vol. V I :
A viagem maravilhosa; vol. V I I : O meu próprio ro­
mance; vol. V I I I : Diversos).

Graça Aranha vive na história literária principalmente por


dois fatos: pelo romance “ Chanaan” e pelas suas atitudes, depois
de 1924, como chefe do movimento modernista. Êste último fato
não basta porém para incluí-lo entre os modernistas. “ Chanaan” ,
embora já publicado em 1902 e inspirado, assim como a filosofia
tôda de Graça Aranha, em ensinamentos da “ Escola do Recife” ,
é obra precursora, pré-moãemista. A bibliografia sôbre Graça
Aranha é vasta. Refere-se, em parte, ao êxito de “ Chanaan” ;
depois, às suas lutas literárias, senão de natureza polêmica,
apologética ou panegírica.

B ib lio g r a fia
1) F é l ix P a c h e c o : A C h an aan d e G ra ça A ran h a . R io de Ja ­
n eiro. T ip . J orn al d o C om ércio. 1931. 36 pp. (P rim e ira
p u b lica çã o dêsse estu d o in : J o rn a l do C om ércio, R io de
J a n e iro , 21 de a b ril de 1902).
2) M aria A m á l ia V az de C arvalho: C ér e b r o s e c o ra çõ es. L isb oa .
A n tô n io M a ria P ereira . 1903. (C han aan , pp. 143-152).
3) D am ascen o V ie i r a : A c r itic a n a litera tu ra . B a h ia. T ip . R eis.
1907. ( A in flu ê n cia de idéias p essim ista s n o ro m a n ce
C h an aan, pp. 35-47).
4) E l ís io de C a r v a l h o : A s m o d ern a s c o r r e n te s e s té tic a s n a lite­
r a tu ra brasileira. R io de J a n eiro. G a rn ier. 1907. (G ra ça
A ra n h a , pp. 3-17). ( " R o m a n c e sim b o lista ” ) .

254
5) J osé V e r í s s i m o : E stu d o s d e litera tu ra b rasileira. 5* série.
2* e d içã o. R io de J a n eiro. G a rn ier. 1910. (C han aan , de
G r a ç a A ra n h a , pp. 15-35).
6) C o m t e P r o z o r : P r e fá c io da tra d u çã o fr a n c e s a d e Chanaan.
P a ris. P io n . 1910, pp . II I -X I . (O êx ito d e “ C h an aan ” fo i
in te r n a c io n a l; tid o c o m o ro m a n c e d e te s e ).
7) C a m il l e M a u c l a i r : P r e fá c io ãa etjlição d e M alazart.e. P a ris.
G a rn ier. 1911, pp. V -X X I I .
8) J oão R ib e ir o : M a la za rte. ( I n : J o rn a l do C o m é rcio . R io de
J a n eiro, 29 de n o v e m b ro de 1911). (T r a n s c r ito in : C rítica.
O s M o d ern os. R io de J a n eiro. A ca d e m ia de L etra s. 1952,
pp. 11-22).
9) S ouza B a n d e i r a : P á g in a s literárias. R io de J a n eiro. F r a n ­
c is c o A lv e s. 1917. (T rê s a s p e cto s d a s o cie d a d e bra sileira ,
pp. 5-12). ( " R o m a n c e s o c io ló g ic o ” ).
10) B e n e d i t o C o s t a : L e rom a n au B résil. P a ris. G a rn ier. 1918.
(G ra ça A ra n h a , pp. 176-197).
11) N e s t o r V I t o r : A c rítica d e on tem . R io de J a n eiro. L eite
R ib e ir o & M a u rílio. 1919. (C han aan , pp. 67-79).
12) G u g l ie l m o F e r r e r o : P r e fá c io da tra d u çã o in g lêsa d e “ C ha­
n aan ” . B oston . F o u r Seas Co. 1920, pp. 5-11. (."R o m a n ce
do n ô v o m u n d o” ).
13) A n d r a d e M u r ic i : O su a v e co n v ív io . R io de J a n eiro. A n u á rio
d o B ra sil. 1922. (G r a ç a A ra n h a , pp. 291-297).
14) E l I s i o d e C a r v a l h o : O s b a stiõ es da n a cion a lid a d e. R io de
J a n e iro . A n u á rio d o B ra sil. 1922. (G ra ça A ra n h a , m estre
d a vid a, pp. 155-220).
15) I saac G oldberg : B ra zilia n L iter a tu re. N e w Y o r k . K n o p f.
1922. (G r a ç a A ra n h a , pp. 234-247).
16) S érgio B u a r q u e de H o l a n d a : Um h o m em essen cia l. ( I n : E s té ­
tica, 1/1, s e tem b ro d e 1924, pp. 29-36). (P e la p r im eir a v ez ,
o ro m a n cista d e “ C h an aan ” a p a r e c e c o m o líd er do m o d er­
n ism o ).
17) R odrigo M e l o F r a n c o de A n d r a d e : G ra ça A ra n h a . (I n : E s t é ­
tica , I/'3, a b ril-ju n h o de 1925, pp. 290-296).
18) P a u l o S il v e ir a : A sa s e patas. R io de J a n eiro. B en ja m in
C osta lla t & M iccolis. 1926. (O s o n h o de u m eva dido,
pp. 74-81). (A r tig o d e p o lê m ic a ).
19) T e ix e ir a S o a r e s : " A v ia g em m a ra v ilh osa ” n o ca o s brasileiro.
( I n : M o v im e n to B ra sileiro, 11/14, fe v e r e ir o d e 1930. (Ê sse
n ú m ero d e r e v is ta está d ed ica d o ao seg u n d o ro m a n c e d e
G ra ça A ra n h a ).
20) E d m u n d o J orge T a v a r e s : A m a gia da “ A v ia g em m a ra v ilh osa ” .
( I n : M o v im en to B ra sileiro, 11/14, fe v e r e ir o de 1930).
21) N e sto r V ít o r : Os d e h o je. São P a u lo. C u ltu ra M od ern a .
1938, pp. 11-33. (E s c r ito e m 1930).
22) C a r l o s D a n t e d e M o r a is : V ia g en s in te rio re s. R io de J a n eiro.
S ch m id t. 1931. (G r a ç a A ra n h a , pp . 35-101).
23) R o n a l d db C a r v a l h o : E stu d o s b ra sileiros. 2* série. R io de
J a n eiro. B rig u iet. 1931. (P o líp tic o de G raça A ra n h a ,
pp. 7-44). (O r e tr a to o ficia l d o c h e fe m o d ern is ta ).
24) R o n a l d dk C a r v a l h o : R e tr a to d e G ra ça A ra n h a . ( I n : R e v is ta
N ova , 1/1, m a rç o de 1931, pp. 15-19. (C f. 23).

255
25) JoSo R ib e ir o : C rítica. Os M od ern os. R io de J a n eiro. A c a ­
d e m ia B ra s ile ira d e L etra s. 1952. (O m eu p r ó p rio rom an ce,
pp. 39-43). ( E s c r ito e m 1931).
26) A m é r ic o V a l é r io : G ra ça A ra n h a . R io de J a n eiro. A u rora .
1932. 233 pp.
27) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p r o sa brasileira. 1933. (2- edi­
çã o . R io de J a n eiro. J o s é O lím pio. 1947, pp. 91-98).
(.E logia “ C h an aan ” c o m o r o m a n c e d e id éias, con d en a n d o o
r e s t o da o b ra ).
28) E lói P o n t e s : O bra alheia. R io de J a n eiro. Selm a. s. d.
pp. 33-57.
29) O dilo C o s t a F i l h o : G ra ça A ra n h a e o u tro s en saios. R io de
J a n e iro . Selm a. 1934, pp. 11-66.
30) F ábio L u z : L ig e ir o s co m e n tá r io s em tô r n o da o b ra d e G raça
A ra n h a . ( I n : R e v is t a B ra sileira , n* 5, d ezem b ro de 1934,
pp. 210-219).
31) H u m b e r t o d e C a m p o s : C rítica. V ol. II. 2'1 edição. R io de Ja ­
n e iro . J o sé O lím pio. 1935. (A V ia g e m m a ra v ilh osa , de
G r a ç a A ra n h a , pp. 32-46).
32) T r is t S o de A t a í d e : E stu d o s. 5* série. R io de J a n eiro. C ivili­
z a ç ã o B ra sileira . 1935. (O r o m a n ce de G r a ç a A ran ha,
pp. 11-23; P o s iç ã o de G ra ça A ra n h a , pp. 24-33). (D o p o n to
d e v is ta esp iritu a lista , c o n tr a a filo s o fia d e G ra ça A ra n h a ).
33) M a n u e l B a n d e i r a : C rôn ica s da P r o v ín cia do B ra sil. R io de
J a n e iro . C iv iliza çã o B ra sileira . 1937. (G ra ça A ran ha,
pp. 131-134).
34) O l ív io M o n t e n e g r o : O ro m a n c e b rasileiro. R io de Janeiro.
J o s é O lím pio. 1938, pp. 125-126. ( C h anaan, o p r im eir o r o ­
m a n c e so cia l, m a s m u ito e n fá tic o ).
35) V ié g a s N e t o : P e r s o n a g e n s d e C hanaan. ( I n : D o m C a s m u r r o ,
24 d e m a rç o de 1938).
36) T o m a s M u r a t : O sen tid o das m á sca ra s. R io de J a n eiro.
P o n g e tti. 1939. (G ra ça A ra n h a , pp. 57-70).
37) T e ix e ir a S o a r e s : A m en sa g em d e G ra ça A ran h a . R io de J a ­
n eiro. F u n d a çã o G ra ça A ra n h a . 1941. 79 pp.
38) O r r is S o a r e s : G ra ça A ra n h a . ( I n : R e v is ta d o B ra sil, 3* fa se,
IV /3 5 , m a io d e 1941, pp. 177-193). (T ra n s cr ito in : O r o ­
m ance b rasileiro. R io de J a n eiro. O C ru zeiro. 1952,
pp. 203-222).
39) G r a c il ia n o R a m o s : D ec a d e n c ia d e la n o v ela b rasileü a . (I n :
N u e v a G azeta, M on tevid éo, n') 11, d ez em b ro d© 1941).
(O pin ião d e s fa v o r á v e l s ô b r e “ C h a n a a n ").
40) O. C a r n e ir o G i f f o n i : E s t é tic a e cu ltu ra . São P a u lo. C on ti­
n ental. 1944, pp. 100-113.
41) O t a c I l io A l e c r i m : M e s tr e e d iscípu lo. (I n : C orreio d a M anhã,
R io de J a n eiro, 8 d e ou tu b ro de 1944). (S ô b re as r ela çõ e s
d e G ra ça A ra n h a co m a " E s c o la d o R e c i f e ” ).
42) A . L . N obre d e M e l o : M u n d os m á g ico s. R io de J a n eiro. J osé
O lím pio. 1949. (G r a ç a A ra n h a , pp. 127-153).
43) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : P r o s a d e fic ç ã o , de 1870 a 1920. (H is­
tó ria áa litera tu ra brasileira, v ol. X I I ) . R io de J a n eiro.
J o sé O lím p io. 1950. (L ite ra tu ra s o c ia l; G r a ç a A ran ha,
pp. 240-248). (C o n c e d e a " C h an aan ” a p en a s im p o rtâ n cia
h is tó r ic a ).

256
44) R enato de M e n d o n ç a : O ra m o d e oliv eira . P ô r to . L ello. 1951.
(A e s té tica d a v id a e o p en sa m en to m od ern o, pp. 1-25).
45) A r m a n d o C orreia P a c h e c o : G ra ça A ran h a . L a ob ra y el
h o m b re. W a sh in g to n . U n ion P a n a m e rica n a . 1951. T r e ch o s
seletos, co m p ró lo g o , pp. 10-25.
46) C a r l o s D a n t e de M o r a is : R ea lid a d e e fic ç ã o . R io d e J a n eiro.
M in isté rio da E d u c a ç ã o e Saúde. 1952. (G r a ç a A ra n h a e
o la do tr á g ic o d a vida, pp. 3-21).
47) R odrigo O ctávio F i l h o : N o v a c o n v e r s a s ô b re G ra ça A ra n h a ,
R io de J a n eiro. M in istério d a E d u ca çã o . 1955. 48 pp.
48) O t t o M aria C a r p e a u x : P r esen ç a s. R io d e J a n eiro. In stitu to
N a cio n a l d o L iv ro . 1958. (C h a n aa n revisita d a , pp. 57-61).
( A n á lise co m resu lta d o d e s fa v o r á v e l).
49) R e n a t o A l m e i d a : A p rese n ta çã o . ( I n : G ra ça A r a n h a : T rech o s
esco lh id o s. R io de J a n eiro. A g ir. 1958, pp. 5-19).
50) X av ie r P l a c e r : O im p ressio n ism o na fic ç ã o . ( I n : A L ite r a ­
tu ra no B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. III, t. 1.
R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m e rica n a . 1959, pp. 236-245).

Lima Barreto
A f o n s o H e n r i q u e s d e L im a B a r r e t o . Nasceu no Rio de Janeiro,
em 13 de maio de 1881. Morreu no Rio de Janeiro, em 1
de novembro de 1922.

obras p r in c ip a is

Recordações do escrivão Isaías Caminha (Lisboa. Teixeira.


1909; 2.a edição. Rio de Janeiro. Revista dos Tribunais.
1919); O triste fim de Policarpo Quaresma (Rio de
Janeiro. Revista dos Tribunais. 1915); Numa e a Ninfa
(1 91 5 ); Vida e morte de Gonzaga de Sá (São Paulo.
Ed. Revista do Brasil. 1919); Histórias e sonhos (Rio
de Janeiro. Gianlorenco Schettino. 1920); Clara dos
Anjos (public, na Revista Souza Cruz, 1923-1924).

e d iç õ e s

1) Recordações do escrivão Isaías Caminha; O triste fim


de Policarpo Quaresma; Vida e morte de Gonzaga de
Sá. São Paulo. Livro do Bôlso. 1943.
2) Edição dirigida por Francisco de Assis Barbosa. Volumes
publicados: O triste fim de Polycarpo Quaresma (São
Paulo. Gráfica Editora, 1948) ; Clara dos Anjos (Rio
de Janeiro. Mérito. 1948); Recordações do escrivão
Isaías Caminha (Rio de Janeiro. 'Mérito. 1949); Vida
e morte de Gonzaga de Sá (Rio de Janeiro. Mérito.
1949); Numa e a Ninfa (Rio de Janeiro. Ed. Brasileira.
1950).

257
3) Obras Completas. 17 vols. São Paulo. Brasiliense. 1956.
(Vol. I : Recordações do escrivão Isaías Caminha; vol. I I :
Triste fim de Policarpo Quaresma; vol. I I I : Numa e a
Ninfa; vol. I V : Vida e morte de Gonzaga de Sá; vol. V :
Clara dos A njos; vol. V I : Histórias e Sonhos; vol. V I I :
Os Bruzundangas; vol. V I I I : Coisas do Reino do Jambon;
vol. I X : Bagatelas; vol. X : Feiras e Mafuás; vol. X I :
Vida urbana; vol. X I I : Marginélia; vol. X I I I : Impres­
sões de leitura; vol. X I V : Diário íntimo; vol. X V :
Cemitério dos vivos; vols. X V I -X V I I : Correspondência).

O grande representante do romance carioca não foi despre­


zado em vida; suas obras foram registradas pela crítica, até mesmo
pela acadêmica. Então e depois não faltavam os elogios. Mas por
motivos ainda não estudados acabou essa precária glória justa­
mente no momento da vitória do modernismo de que Lima Barreto
fôra precursor. Seguiu-se longo eclipse. Enquanto Agripino
Grieco ainda se batia pela memória do mulato genial, Ronald de
Carvalho não achou por bem incluir-lhe o nome nas edições
subseqüentes da “ Pequena história da literatura brasileira” . Mas
a partir de 1940, mais ou menos, a fama de Lima Barreto não
cessou de crescer.

B ib lio g r a fia
1) M e d eir os e A l b u q u e r q u e : Isa ía s Cam inha. ( I n : A N otícia ,
R io de J a n eiro, 15 de d ez em b ro de 1909).
2) J o s é O it ic ic a : L im a B a r r e to , O tr is te fim Ae P o lica rp o Qua­
resm a . ( I n : A R u a , R io d e J a n eiro, 25 de m a io de 1916).
3) M ed eir os e A l b u q u e r q u e : O tr is te fim d e P o lica rp o Q uaresm a.
( I n : A N oite, R io d e J a n eiro, 30 de se te m b ro d e 1916).
4) M a n u e l d e O l i v e i r a L im a : O tr is te fim d e P o lica rp o Q uaresm a.
( I n : O E s ta d o d e S ã o P a u lo, 13 de n o v e m b ro de 1916).
5) JoXo R ib e ir o : O s ro m a n ces. (I n : O Im p a rcia l. R io de J aneiro,
7 de m a io de 1917). ( S ôb re “ N u m a e a N in fa " ).
6) J o io R i b e i r o : G on za ga d e Sá. (I n : O Im p a rcia l, R i o de Ja­
n e iro, 21 de a b ril d e 1919).
7) T r istã o e e A t a í d e : P r im e ir o s estu d os. R io de J a n eiro. A gir.
1948. (U m d iscíp u lo de M a ch a d o, pp. 24-26). (.Sôbre “ G on ­
z a g a d e Sá” ; e s c r ito em 1919).
8) N e s t o r V í t o r : C a rta s à g e n te n ova . R io de J a n eiro. A n u á rio
d o B ra sil. 1924. (G o n z a g a de Sá, pp. 146-158). (E s c r ito
e m 1919).
9) A u s t r e g é s il o de A t a í d e : H istó ria s e son h os. ( I n : T rib u n a , R io
d e J a n eiro, 18 d e ja n e ir o de 1921).
10) A n d r a d e M u r i c i : O su a v e co n v ív io . R io de J a n eiro. A n u á rio
d o B ra sil. 1922. (L iv ro s de L im a B a rreto, pp. 96-99).
11) J o s é M a r ia B e l o : Ä m a rg em d os livros. R io de J a n eiro.
A n u á rio d o B ra sil. 1923. (L im a B a rreto, pp. 154-156).

U58
12) S íl v io R a b e l o : L im a B a r reto . ( I n : R e v is ta d o B ra sil, 1* fa se,
V i n , a b ril d e 1923, pp. 328-332).
13) C a s t e l á r S a m p a io : V o z d e 'bronze. ( I n : R e v is t a do B rasil,
1* fa s e , n* 111, m a r ç o de 1925, pp . 275-277. ( C o m eça o
e c lip s e ).
14) F áb io L u z : E s tu d o s de litera tu ra . R io de J a n eiro. G in á sio
28 de S etem b ro. 1927. (L im a B a rreto, P o lic a r p o Q uaresm a,
pp. 143-147, N u m a e a N in fa , pp. 147-148).
15) A g r ip in o G r ie c o : V iv o s e m o rto s. 1931. (2’ ed içã o. R io d e J a ­
n eiro. J o sé O lím pio. 1947. L im a B a rreto, pp. 82-89). (P r i­
m e ir o sin a l d e r e n a s c e n ç a ).
16) O d o a r d o d e G o d o y : O tr is te fim d e L im a B a r r e to . (In : B o­
letim d o A riel, I I /2 , n o v e m b ro de 1932, p. 30).
17) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p r o sa brasileira. 1933. (2* edi­
çã o . R io d e J a n eiro. J o s é O lím pio. 1947, pp . 102-104).
18) A g r ip in o G r ie c o : G e n te n ova do B ra sil. R io d e J a n eiro. J o s é
O lím pio. 1935. (L im a B a rreto, pp. 441-447).
19) P h o c io n S e r p a : L im a B a r reto . ( I n : P u b lica çõ e s d a A ca d e ­
m ia C a rio ca de L etra s, 1/2, 1935, pp. 27-53).
20) J osé M a r ia B e l o : Im a g e n s d e o n te m e de h o je. R i o d e J a ­
n eiro. A riel. 1936. (L im a B a rreto, pp. 57-60).
21) P h o c io n S e r p a : L im a B a r r e to , ro m a n cista ca rioca . (In : F e ­
d era çã o das A ca d em ia s d e L etra s. C o n fer ên cia s. TV. R io
de J a n e iro . 1940, pp. 167-215).
22) A n t ô n io N o r o n h a S a n t o s : L im a B a r r e to , o A n ed o tá r io . ( I n :
D iá rio d a M an hã, N iterói, 9 de ou tu b ro d e 1942).
23) P h o c io n Serpa: L im a B a r r e to . R io d e J a n eiro. Sauer.
1943. 77 pp.
24) A n t ô n i o N o r o n h a S a n t o s : L im a B a r r e to ; a L eg en d a . (In :
D iá rio d a M anhã, N iterói, 1 de m a io de 1943).
25) C aio P rvdo J ú n i o r : L im a B a r r e to s e n tiu o B ra sil. ( I n : L e i­
tu ra, n 5 9, a g ô s to de 1943, p. 13).
26) J o s é V i e i r a : O L im a B a r r e to q u e eu co n h e c i. ( I n : R e v is ta
d o B ra sil, 3* fa se, V I/5 6 , d ezem b ro de 1943, pp. 43-47).
27) A s t r o jil d o P e r e ir a : In te r p r e ta ç õ e s . R io de J a n eiro. C asa d o
E stu d a n te do B ra sil. 1944. (R o m a n c is ta s da cid ad e,
pp. 49-113; C on fissões d e L im a B a rreto, pp. 114-132. A m ás­
ca ra d o dr. B o g o lo ff, pp. 133-144).
28) N e w t o n d e F r e it a s : E n sa io s a m erica n o s. B u e n o s A ires. s. e.
1944. (L im a B a rreto, pp . 19-36).
29) O. C a r n e ir o G i f f o n i : E s t é tic a e cu ltu ra . São P a u l o . C o n t i ­
n ental. 1944, pp. 114-125.
30) B e z e r r a de F r e it a s : F o r m a e e x p r e s s ã o n o r o m a n c e brasileiro.
R io de J a n eiro. P o n g e tti. 1947, pp. 286-293.
31) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : In tro d u çã o da l " ed içã o d e C lara d os
A n jo s. R io de J a n eiro. M érito. 1948, pp. 13-21.
32) F r a n c is c o de A s s is B a r b o s a : In tro d u çã o da Jf ed içã o das R e ­
c o r d a ç õ e s do escr iv ã o Isa ía s Cam inha. R io de J a n eiro.
M érito. 1949, pp. 9-17.
33) S érgio B u a r q u e de H o l a n d a : E m tô rn o d e L im a B a r reto . (I n :
D iá rio de N otícia s, R io d e J a n eiro, 23 e 30 de ja n e iro
de 1949).
34) C a r l o s B u r l a m a q u i K o p k e : L im a B a r reto . ( I n : D i á r i o de
S ã o P a u lo , 26 de ju n h o d e 1949).

25 !)
35) P aulo R ó n a i : In tro d u çã o da B" ed içã o da V id a e m o r te de
G o n za g a d e Sá. R io de J a n eiro. M érito. 1949, pp. 9-16.
36) L ú c ia M ig u e l P ereira : P r o s a d e fic ç ã o , de 1870 a 1920. (His-
tó ria da litera tu ra b ra sileira , v o l. X I I ) . R io de J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1950, pp. 284-313.
37) R a l p h E . D u m r i c k : S ocia l S a tire in th e W o r k o f L im a B a r­
r e to . ( I n : P r o c e e d in g s o f th e In te rn a tio n a l C olloq u iu m on
L u s o -B ra z ilia n Studies. W a s h in g to n . 1950, pp. 155-156).
38) R a y m o n d S . S a y e r s : T h e N e g r o s a s a T h e m e in th e N o v els
o f L im a B a r reto . ( I n : P r o ce e d in g s o f th e In tern a tion a l
C o llo q u iu m on L u so-B ra z ilia n Studies. W a sh in g to n . 1950,
pp. 165-166).
39) F r a n c is c o de A s s is B a r bo sa: A v id a de L im a B a r reto ,
1881-192S. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1952. 408 pp.
iB io g r a fia co m p le ta , b a sea d a e m f o n t e s in éd ita s).
40) O l í v i o M o n t e n e g r o : O ro m a n c e brasileiro. 2* ed içã o. R io de
J a n e iro . J osé O lím pio. 1953, L im a B a rreto, pp. 143-158).
41) E u g ê n i o G o m e s : L im a B a r r e to . ( I n : A L iter a tu ra n o B ra sil.
edit, p o r A fr â n io C ou tin h o. V ol. II. R io de J a n eiro. E d i­
to r ia l Sul A m e rica n a . 1955, pp . 123-132).
42) O c tá v io B r a n d ã o : Os in te le c tu a is p ro g ressista s. R i o de J a ­
n eiro. Sim ões. 1956, pp. 127-156.
43) F r a n c is c o d e A s s is B ar b o sa : P r e fá c io d o v o l. I d a E d iç ã o
B ra silie n se. São P a u lo. 1956, pp . 9-27.
44) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : P r e fá c io d o v ol. V I d a E d iç ã o B ra si­
lien se. S ã o P a u lo. 1956, pp . 9-16.
45) O s m a r P i m e n t e l : P r e fá c io d o vol. V I I d a E d iç ã o B ra silien se.
S ã o P a u lo. 1956, pp. 9-16.
46) A st r o jil d o P e r e ir a : P r e fá c io do vol. I X da E d iç ã o B rasilien se.
S ã o P a u lo. 1956, pp. 9-29.
47) A n t ô n i o H o u a i s s : P r e fá c io d o v ol. X I d a E d iç ã o B ra silien se.
S ã o P a u lo. 1956, pp. 9-41.
48) M . C a v a l c a n t i P r o e n ç a : P r e fá c io d o vol. X I I I d a E d iç ã o B r a ­
silien se. S ã o P a u lo. 1956, pp. 9-44.
49) A n t ô n i o N o r o n h a S a n t o s : P r e fá c io d o vol. X V I d a E d içã o
B ra silien se. São P a u lo. 1956, pp. 9-15.
50) E u g ê n io G om es: A s p e c to s do ro m a n c e brasileiro. B ahia.
P r o g re s s o . 1958, pp. 155-173.
51) M. C a v a l c a n t i P r o e n ç a : A u g u sto dos A n jo s e o u tro s en saios.
R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1959. (L im a B a rreto,
pp . 37-82).
52) O s m a r P i m e n t e l : A p o n ta m en to s d e L eitu ra . São P a u lo. C on ­
s e lh o E sta d u a l de C ultura. 1960. (N o tíc ia de L im a B a r ­
reto, pp. 121-128).

Adelino Magalhães
Nasceu em Niterói, em 3 de setembro de 1887.

OBKAS

Visões, cenas e perfis (Rio de Janeiro. Revista dos Tribunais.


1918) ; Tumulto da vida• (Rio de Janeiro. Revista dos

360
Trlbunai». 1920); A hora veloz (Rio de Janeiro. Revista
do» Tribunais. 1926); Os Momentos (Rio de Janeiro,
Tip. Sâo Benedicto. 1931).

ED IÇ Ã O

Obras completas. 2 vols. Rio de Janeiro, Zélio Valverde. 1946.

Enquanto o Rio de Janeiro de Lima Barreto ainda é semi-


colonial, o Rio de Adelino Magalhães é metrópole moderna>,
visualizada num estilo que antecipa imediatamente o modernismo.
O espírito que vivifica essa visão é o da ala espiritualista do
modernismo, cujos componentes forneceram a maior pcurte da
bibliografia sôbre Adelino Magalhães.

Bibliografia
1) JoXo R ib e ir o : C rítica . O s M od ern os. R io de J a n eiro. A c a d e ­
m ia B ra s ile ira de L etra s. 1952. (T u m u lto d a vid a, pp . 302-304).
(E s c r ita e m 1920).
2) T r is t Xo d b A t a í d e : P r im e ir o s estu d os. R io de J a n eiro. A g ir.
1948. (L ite ra tu ra tu m u ltu osa, pp. 183-188). ( E s c r ito em
1920).
3) A n d r a d e M u r i c i : O su a v e co n v ív io . R io de J a n eiro. A n u á rio
d o B ra sil. 1922. (A d e lin o M aga lh ã es, pp. 275-281).
4) T a s s o da S il v e ir a : A I g r e ja silen ciosa . R io de J a n eiro. A n u á ­
r io do B ra sil. 1922. (A d e lin o M a ga lh ã es, pp. 207-214).
5) N e s t o r V í t o r : C a rta s à g e n te n ova . R io de J a n eiro. A n u á rio
do B ra sil. 1924. (V isões, cen a s e p erfis, pp. 92-104).
6) F A bio L u z : E stu d a s d e litera tu ra . R io d e J a n eiro. G in ásio
28 d e S etem b ro. 1927. (C la ros e im p ressões, A d e lin o M a ­
galh ães, pp. 181-185; T u m u lto d a V id a , pp. 186-195).
7) E u g ê n io G o m e s : In tro d u çã o da ed içã o das O bras co m p leta s.
R io de J a n eiro. Z é lio V a lv erd e. 1946. V o l. I, pp. V I I - X X X H I .
8) P a u ix ) A r m a n d o (e d it .) : O P r e c u r s o r A d elin o M a ga lh ã es. R io
de J a n eiro, s. e. 1947. 85 pp. ( E stu d o s e o p in iõ es d e v á rios
a u to r e s ; co m b ib lio g ra fia ).
9) X avier P l a c e r : O im p r essio n ism o n a fic ç ã o . ( I n : A L ite r a ­
tu ra n o B ra sil, edit. p o r A frâ n io C ou tin h o. R io de J a n eiro.
E d ito ria l Sul A m erica n a . 1959, pp. 246-260).

José Geraldo Vieira


José G e r a ld o M anoel G erm an o C o r r e ia V ie ir a M ach ad o da
C o sta . Naseeu no Rio de Janeiro, em 16 d e abril de 1897.

obras p r in c ip a is

A mulher que fugiu de Soãoma (Rio de Janeiro. Schmidt.


1931; 3.a edição. Pôrto Alegre. Globo. 1947); Território

261
17
humano (Rio de Janeiro, José Olímpio. 1936); A qua­
dragésima porta (Pôrto Alegre. Globo. 1944) ; A túnica
e os ãaãos (Pôrto Alegre. Globo. 1947), etc.

José Geraldo Vieira é dos escritores mais urbanos do Brasil,


no duplo sentido da escolha de assuntos urbanos e da cultura
cosmopolita. Embora contemporâneo nosso e, pela continuação da
obra, pertencendo ao “ pós-modernismo” atual, sua entrada na
literatura, com livro escrito em 1924, situa-o entre os precursores,
o que corresponde aliás à sua posição fora de movimentos e grupos.
A bibliografia sôbre José Geraldo Vieira é numerosa, mas prin­
cipalmente de natureza jornalística.

B ib lio g r a fia

1) J o io R ib eiro: C ritica . O s M od ern os. R io d© J a n eiro. A c a ­


d e m ia B ra s ile ira d e L etra s. 1952. (J o s é G era ld o V ieira ,
A M u lh er que fu g iu d e S od om a , pp. 288-291). ( E s c r ito
em, 1931).
2) P edro D a n t a s (P ru d e n te de M ora is N e t o ) : C rôn ica literária.
( I n : A O rdem , V II/2 5 , m a rç o de 1932, pp. 207-211).
3) A n d r a d e M u r i c i : A n o v a litera tu ra brasileira. P ô r to A leg re.
G lob o. 1936, pp. 316-320.
4) S érgio M i l l i e t : D iá rio crítico . II. São P a u lo. B ra silien se.
1945, pp. 11-17.
5) A n t ô n i o C â n d id o : B rig a d a ligeira. S ã o P a u lo. M artin s. 1945.
(O r o m a n ce d a n o sta lg ia b u rgu esa , pp. 31-44).
6) Á l v a r o L i n s : J orn a l d e crítica . 4* série. R io de J a n eiro.
J o s é O lím pio. 1946. (U m a n o v a exp eriên cia, pp . 92-99).

Rodrigues de Abreu
B e n e d ito
L u ís R o d r ig u e s d e A b r e u . Nasceu em Capivari (São
Paulo), em 27 de setembro de 1897. Morreu em Bauru
(São Paulo), em 24 de novembro de 1927.

OBRAS

A sala dos passos perdidos (São Paulo. Monteiro Lobato.


1924; 2.a edição. São Paulo. Editorial Paulista. 1932);
Casa destelhada (São Paulo. Hélios. 1927; 2.a edição.
São Paulo. Editorial Paulista. 1933).

e d iç ã o

Poesias completas. São Paulo. Panorama, 1952.

Rodrigues de Abreu é das figuras mais solitárias da literatura


brasileira. Surgindo em ambiente ainda imbuído de neoparnasia-

262
nismo, não foi parnasiano e sim fundamente romântico, anteci­
pando os elementos românticos inerentes ao modernismo; mas
ainda não é modernista. Entre os pré-moãernistas ê êle o único
poeta lírico. A recordação de sua, personalidade e poesia deve-se
principalmente aos integrantes do ambiente poético paulistano de
que fêz parte.

Bibliografia
1) JoXo R ib e ir o : C rôn ica literária. ( I n : J orn a l d o B ra sil, 27 de
ju n h o e 24 de ju lh o de 1927).
2) F e r n a n d o de A z e v e d o : E n sa ios. São P a u lo. M elh ora m en tos.
1929. (T e r r a de poeta s, pp. 80-84).
3) S ilve ira B u e n o : R o d r ig u e s d e A b r e u , o p o e ta . P r e fá c io d a
2» e d içã o de C asa d estelh a d a . São P a u lo. E d ito r ia l P a u ­
lista. 1933, pp. 7-16.
4) S u d M e n u c c i : R o d a p és. São P a u lo . E d . P ira tin in g a . 1934.
( A sa la d os p a ssos p erd id os, de R o d r ig u e s de A b reu ,
pp. 97-106).
5) N e s t o r V í t o r : O s d e h o je. São P a u lo. C u ltu ra M od ern a .
1938. <A C asa destelhad a, pp . 304-316).
6) C o u t o de M a g a l h ã e s N e t o : A h um ilda de e m R o d r ig u e s d e
A b r eu . (I n : D o m C a sm u rro, 18 de fe v e re iro de 1939).
7) H il d e b r a n d o S iq u e ir a : N o tíc ia p relim in a r d e u m a s e le ta d e
p o e m a s d e R o d r ig u e s de A b r eu . ( I n : C a d ern os d a H o r a
P resen te, 1/3, ju lh o -a g ô s to d e 1939, pp. 171-174).
8) T o m a s M u r a t : O sen tid o das m á sca ra s. R io de J a n eiro. P o n -
getti. 1939. (R o d r ig u e s de A b reu , pp. 11-16).
9) H ild a d e B a r r o s M o n t e ir o : R o d r ig u e s d e A b r e u , tr a ç o s d e
su a vida. ( I n : A M anhã, S u p lem en to A u to re s e L iv ros,
21 de n o v e m b ro d e 1943).
10) D o m in g o s C a r v a l h o da S il v a : R o d r ig u e s d e A b r e u , es q u e m a
b io g rá fic o . São P a u lo. D e p a rta m e n to E sta d u a l de I n fo r ­
m a ções. 1946. 28 pp. ( C on sid era o p o e ta c o m o m o d ern is ta ).
11) C h i q u i n h a N e v e s L o b o : P o e ta s de m in h a ter ra . S ã o P a u lo.
B r u s c o & Cia. 1947. (R o d r ig u e s de A b reu , pp. 348-362).
12) D o m in g o s C a r v a l h o da S ilva : A s p e c t o s da p erson a lid a d e e da
p o e s ia d e R o d r ig u e s d e A b r eu . ( I n : R e v is ta B ra s ile ira de
P o esia , São P a u lo, I, d ez em b ro de 1947, pp . 57-61).
13) T u l o H o st íl io M o n t e n e g r o : T u b er cu lo se e litera tu ra . R io de
Ja n e iro , s. e. 1949, pp. 74-82.

Juó Bananére
PNOudônimo de A l e x a n d r e R i b e i r o M a r c o n d e s M a c h a d o . Nasceu
em Pindamonhangaba, em 11 de abril de 1892. Morreu em
São Paulo, em 22 de agôsto de 1933.

OHRA

A Divina Increnca (São Paulo. Livr. do Globo. Irmãos


Marrano. 1924).

263
Poeta macarrônico em dialeto italo-português, cuja sátira
contribuiu para desmoralizar o parnasianismo; ainda não bastante
reconhecido e até esquecido fora de São Paulo.

Bibliografia
1) A lc â n ta r a M a c h a d o : C ava qu in h o e sa x o fo n e . J osé O lím pio.
1940. (J u ó B a n a n ére, pp. 254-260). (E s c r ito em 19SS).
2) O s w a l d d e A n d r a d e : A sá tira n a p o e s ia b rasileira. (In : B o­
le tim B ib lio g r á fic o . São P a u lo, V II, 1945, pp. 39-58).
3) R a i m u n d o d e M e n e z e s : J u ó B a n a n ére. ( I n : E s ta d o de São
P a u lo , 28 d e n o v e m b ro de 1948).
4) O t t o M a r ia C a r p e a u x : P r e s e n ç a s . R io de J a n eiro. In stitu to
N a cio n a l d o L iv ro. 1958. (U m a v o z d a d e m o cra cia p a u ­
lista, pp. 200-204).

Ântônio Tôrres
A n t ô n iodos S a n t o s T ô b r e s . Nasceu em Diamantina (Minas
Gerais), em 13 de outubro de 1885. Morreu em Hamburgo,
em 16 de julho de 1934.

OBEAS

Verdades indiscretas (1920); Pasquinadas cariocas (Rio de


Janeiro. Castilho. 1921); Prós e contras (Rio de Ja­
neiro. Castilho. 1922); A s Razões da Inconfidência (Rio
de Janeiro. Castilho, 1925).

Polemista de fundo católico, Antônio Tôrres não fêz parte


ão modernismo; mas sua polêmica contribuiu poderosamente para
desmoralizar os inimigos ão movimento. A êsse respeito, sua
posição ê semelhante à do seu amigo Agripino Grieco, critico que,
sem ser modernista, acompanhou o modernismo. (1)

Bibliografia
1) T r is t ä o A t a I d e : P r im eir o s estu d os. R io de J a n eiro. A g ir.
de
1948. (U m p a n fletá rio, pp. 312-317). ( E s c r ito e m 1920).
2) J o s é M ar ia B e l o : A m a rg em d os livros. R io d e J a n e i r o .
A n u á rio d o B ra sil. 1923. (A n tô n io T ôrres, pp . 149-154).

(1 ) A g r ip in o G r ie c o . N asceu em P a ra íb a d o Sul (E sta d o do R io d e


J a n e ir o ), em 5 de ou tu b ro de 1888.
C a ç a d o r e s d e s ím b o lo s (R io de Janeiro. L eite R ibeiro. 1923) ; V i v o s e m o r to s
(1 9 3 1 ) ; E v o l u ç ã o ã a p o e s ia b r a s ile ir a (R io de Janeiro. A riel. 1932) ; E v o l u ç ã o
d a p r o s a b r a s ile ir a (R io de Janeiro. 1933) ; O b ra s c o m p le ta s . (R io de Janeiro.
J osê Olim pio. 19 47).
1) J o n a t a s S e r r a n o : H o m e n s e id é ia s . R io de Janeiro. B rigu iet. 1930.
(U m critic o independente, pp. 190-194).
2) T o m a s M u r a t : O s e n tid o d a s m á s c a r a s . R io de Janeiro. P on g etti,
1939. (A s r ip in o G rieco, pp. 139-156).
3) H Ilu o n R o c h a : A g r ip in o G r ie c o , o h o m e m e o e s c r i to r . ( I n : a N oite.
R io de Janeiro. 30 de junho, 7, 14, 21, 28 de ju lho, 4, 11, 18 de agS sto d e 19 52).

264
3) A g r ip in o G r i e c o : E v o lu ç ã o da p r o sa brasileira. 1933. (2 ’ e d i­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 159-160).
4) Saul B orges C a r n e ir o : A n tô n io T órres. ( I n : B o le tim d o A riel,
111/12, se te m b ro d e 1934, pp. 311-312).
5) A m adeu A m a r a l J ú n i o r : A n tô n io T ô rres e su a obra. (In :
R e v is ta B ra sileira , n 1' 4, o u tu b ro -n o v e m b ro de 1934,
pp. 199-210; tra n s crito in : D o m C a sm u rro, 16 de ju n h o de
1938). (.H ostil).
6) J o io D o r n a s F i l h o : A n tô n io T ô rres. C u ritiba. G uaíra. 1948.
87 pp.
7) G astão C r u l s : A n tô n io T ô rres e se u s a m ig os. São P a u lo.
C o m p a n h ia E d ito ra N a cion a l. 1950. (A n tô n io T ô rre s, notaa
b io b ib lio g rá fica s , pp. 1-80). (E stu d o c o m p le to e c o m p r e e n ­
siv o , c o m o in tro d u çã o à co rr e s p o n d ê n c ia d e A n tô n io T ô r r e s ).
8) R a im u n d o de M en ezes: E s c r ito r e s n a in tim id ad e. São P a u lo.
M artin s. 1949. (A n tô n io T ôrres, pp. 89-94).

POLÍTICA E SOCIOLOGIA

Gilberto Âmado
Nasceu em Estância (Sergipe), em 7 de maio de 1887.

OBEAS PRINCIPAIS

A chave ãe Salomão (Rio de Janeiro. Francisco Alves.


1914) ; Suave ascensão (Rio de Janeiro. Jacinto Ribeiro
dos Santos. 1917) ; Grão ãe areia (Rio de Janeiro.
Jacinto Ribeiro dos Santos. 1919) ; As instituições po­
líticas e o meio social do Brasil (1924) ; A dança sôbre
o abismo (1932) ; Inocentes e culpados (1941) ; Os
interesses da companhia ( 1942) ; História da minha
infância (Rio de Janeiro. José Olímpio. 1954) ; Poesias
(Rio de Janeiro. José Olímpio. 1954), etc.

EDIÇÃO

Obras completas. Rio de Janeiro. José Olímpio.

Dos múltiplos aspectos da personalidade literária de Gilberto


Amado — poeta neoparnasiano em “ Suave Ascensão” , depois
romancista contemporâneo e memorialista — focaliza-se aqui
apenas o de pensador político e sociológico, descobrindo as reali­
dades atrás das ficções, o que caracteriza o realismo dos pré-
-moãernisias.

265
Bibliografia
1) J oão R ib e ik o : G rão de A reia . (In : O Im p a rcia l, 7 de ju lh o
d e 1919).
2) A g r ip in oG r ie c o : E sp irito d o n o sso tem p o . ( I n : B o le tim d o
A rie l, 1/12, s etem b ro d e 1932, p. 27).
3) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p r o sa b rasileira. 1933. (2® e d i ­
ç ã o . R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp . 251-253).
4) M a t e u s de A l b u q u e r q u e : A s bela s a titu d es. R io de J a n eiro.
A rie l. s. d. (G ilb erto A m a d o, pp. 123-138).
5) R u i B l o e m : P a lm eira s n o litoral. S ã o P a u lo. M a rtin s. 1945.
(G ilb e rto A m a d o, pp. 62-65).

Alberto Tôrres
Nasceu em Porto das Caixas
A l b e r t o d e S e ix a s M a r t in s T ô r r e s .
(na então Província do Rio de Janeiro), em 26 de novembro
de 1865. Morreu no Rio de Janeiro, em 29 de marco de
1917.

OBRAS

O problema nacional brasileiro (Rio de Janeiro. Imprensa


Nacional. 1914; 2.a edição. São Paulo. Companhia
Editora Nacional. 1933); A organização nacional (Rio
de Janeiro. Imprensa Nacional. 1944; 3.a edição. São
Paulo. Companhia Editora Nacional. 1938) ; As fontes
de vida no Brasil (Rio de Janeiro. Papelaria Brasil.
1915).

Alberto Tôrres é autêntica figura de precursor: seu pensa­


mento político influiu sobretudo naquele grupo de modernistas
que evoluiu, politicamente, para a Direita.

B ib lio g r a fia
1) A . S abóia L i m a : A lb e r to T ô rres e a su a obra. R io d e J a n eiro.
L a b o r. 1918. (2» ed içã o. S ã o P a u lo. C om p a n h ia E d ito ra
N a cio n a l. 1935. 319 pp.
2) J o ã o P i n t o d a S i l v a : V u lto s do m eu ca m in h o. 2? s é r i e . P ô r t o
A le g re . G lob o. 1926. (A lb e r to T ô rre s, pp. 73-93).
3) C â n d id o M o ta F i l h o : A lb e r to T ô rres e o tema, da n o ssa g era ­
çã o. R io de J a n eiro. S ch m id t. 1931. 181 pp.
4) V i c e n t e L ic í n io C a r d o s o : P e n s a m e n to s a m erica n os. R io d e
J a n e iro . E s ta b e le cim e n to G rá fico . 1937. (A lb e rto T ôrres,
pp. 207-213).
5) S u d M e n u c c i : O p en sa m en to d e A lb e r to T ôrres. S ã o P au lo.
Im p re n sa O ficia l. 1940. 60 pp.
6) R u i N o gu eira M a r t i n s : A lb e r to T ô rres ou U m a ten ta tiv a de
o rg a n iza r o B ra sil. ( I n : S ociolog ia e H istória . São P au lo.
In stitu to de S o cio lo g ia e P o lítica . 1956, pp. 131-148).

266
Oliveira Viana
Nasceu em Saquarema (na então
F r a n c is c o J o s e O liv e ir a V ia n a .
Província do Rio de Janeiro), em 20 de junho de 1883.
Morreu em Niterói, em 28 de março de 1951.

OBRAS PRINCIPAIS

Populações meridionais do Brasil (1920; 2.a edição. São


Paulo. Monteiro Lobato. 1922; 4.a edição. São Paulo.
Companhia Editora Nacional. 1938); Evolução do povo
brasileiro (São Paulo. Monteiro Lobato. 1924); O
idealismo na Constituição (1 92 7 ); Instituições políticas
brasileiras (Rio de Janeiro. José Olímpio. 1949).

Oliveira Viana cultivou, no terreno da sociologia história,


um realismo algo parecido com o realismo político de Alberto
Torres, o que já provocou críticas do ponto de vista do marxismo
e outros; o mérito literário de Oliveira Viana não foi, porém,
pôsto em dúvida.

B ib lio g r a fia
1) T r is tío de A t a í d e : P r im e ir o s estu d os. R io d e J a n eiro. A g ir.
1948. (S o cio lo g ia , pp. 354-359). ( E s c r ito e m 1920).
2 ) V eiga M i r a n d a : Os fa isca d o res. S ã o P a u lo. M o n te iro L ob a to.
1925. (A s p o p u la çõ e s m erid ion a is d o B ra sil, pp . 194-200).
3) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu ç ã o da p r o sa brasileira. 1933. (2® edi­
çã o. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp . 240-245). (O
c r ític o é g ra n d e a d m ira d or do s o c ió lo g o ).
4) A g r ip in o G r ie c o : G en te n o v a do B ra sil. R io d e J a n eiro. J osé
O lím pio. 1935, pp. 413-421.
5) N é l s o n W e r n e c k S odré : O rie n ta ç õ e s d o p e n s a m e n to b rasi­
leiro. R io de J a n eiro. V e cch i. 1942. (O liv e ira V ia n a,
pp. 59-75).
6) A st r o jil d o P e r e ir a : I n te r p r e ta ç õ e s . R io de J a n eiro. C a s a d o
E stu d a n te d o B ra sil. 1944. (S o c io lo g ia ou A p o lo g é tic a ),
pp. 161-178). (C o n trá ).
7) R e g in a l d o N u n e s : U m a g ra n d e o b ra d e so c io lo g ia p olítica .
( I n : R e v is ta d a A ca d e m ia B ra sileira de L etra s, L X X V I I ,
1949, pp. 100-119).
8) M ig u e l R e a l e : O liv eira V iana. ( I n : R e v is t a B ra s ile ira de
F ilo so fia . S ã o P au lo, 1/1-2, 1951, pp. 187-191). (N e c r o ló g io ).
9) M a r co s A l m ir M a d e ir a : O liv eira V iana e o e sp írito da su a
ob ra. S ep a ra ta d a R e v is ta E d u ca çã o . R io de J a n eiro.
1952. 23 pp.
10) V a s c o n c e l o s T ô r r e s : O liveira V iana. Sua v id a e su a p osiçã o
n o s es tu d o s b ra sileiros d e sociolog ia . R io d e J a n eiro.
F r e ita s B a stos. 1956. 203 pp.
11) O ctávio da C o st a E d u a r d o : O liveira V ia n a e o p en sa m en to
s o c io ló g ic o n o B ra sil. ( I n : S o ciolog ia e H istória . S ã o P a u lo.
In stitu to de S o cio lo g ia e P o lítica . 1956, pp. 51-69).

267
Paulo Prado
P aulo da S il v a P rado. Nasceu em S ã o Paulo, em 2 0 de maio de
1869. Morreu no Rio de Janeiro, em 3 de outubro de 1943.

OBRAS

Paulistica (São Paulo. Monteiro Lobato. 1925; 2.a edição,


aumentada. Rio de Janeiro. Ariel. 1934) ; Retrato do
Brasil (São Paulo. Duprat-Mayença. 1928; 4.a edição.
Rio de Janeiro. Briguiet. 1931; 5 a edição. São Paulo.
Brasiliense. 1944; 6.a edição. Rio de Janeiro. José
Olímpio, 1963).

Paulo Prado, que chegou a apoiar com grande eficiência o


movimento modernista, é pré-modernista pela idade e também
pelo pessimismo que não combina com a atitude positiva dos
modernistas. Ao sucesso notável do “ Retrato do Brasil” -— quatro
edições em três anos — não corresponde bibliografia crítica
igualmente abundante; houve recuos e reticências.

Bibliografia
1) T r is t ã od e A t a í d e : E stu d os. 1» série. R io d e J a n eiro. T e r ra
do Sol. 1927. (P ó lo s , pp. 254-264). (A p r e c ia “ P a u listica "
c o m o sin a l d e co n fia n ça n a n a cion a lid a d e).
2) A l c e b ía d e s D e l a m a r e : C u lm in ân cia. R io de J a n eiro. A n esi.
1929. (R e tr a t o d o B rasil, pp . 9-17). ( C on d en a, do p o n to
d e v is ta c a tó lico , o liv ro ).
3) H u m b e r t o de C a m p o s : C rítica. V o l. I. 3* edição. R io de J a ­
n eiro. J osé O lím pio. 1935. (R e tr a to d o B rasil, pp. 49-60).
(E s c r ito e m 1929).
4) T r is t ã o de A t a í d e : E stu d os. 3® série, 2» parte. R io de J a ­
n eiro. A O rdem . 1930. (R e tr a to ou c a r ic a t u r a ? pp. 175-190).
(O c r ític o la m en ta a “ recid iv a ” do a u to r ).
5) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p r o sa brasileira. 1933. (2a e d i­
çã o. R io de J a n eiro. J osé O lím p io. 1947, pp. 263-265). (O
p o n to d e v ista do “ R e tr a to ” é m ais e s té tic o q u e s o c io ló g ic o ).
6) A g r ip in o G r ie c o : G en te n o v a do B ra sil. R io de J a n eiro. José
O lím pio. 1935, pp. 267-270.
7) E v a r is t o de M orais F i l h o : P a u lo P ra d o e o ro m a n tism o . (I n :
D o m C a sm u rro, 30 de d ez em b ro de 1937).
8) SÉP.Gio M i l l i e t : D iá rio crítico . III. S ã o P a u lo. M a rtin s. 1946.
p p . 1 6 -2 0 .
9) J. F . d e A l m e id a P r a d o : P a u lo P r a d o e a é p o ca d e su a f o r ­
m a çã o. (I n : S o ciolog ia e H istória . São P a u lo. In stitu to
de S o cio lo g ia e P olítica . 1956, pp. 93-106).
10) R ené T h io l l ie r : E p isód ios d e m in h a vida. São P a u lo.
A n h em b i. 1 95 6 . (P a u lo P r a d o e o R e tr a to do B rasil,
p p . 7 5 -9 2 ).
11) G F e r r a z : P r e fá c io d a 6® e d iç ã o d o R e tr a to do B rasil.
er ald o
R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1963, pp. X -X X .

368
MODERNISMO E PÓS-MODERNISMO

B ib lio g r a fia
1) M ário da S il v a B r it o : H istória d o M od ern ism o B ra sileiro . I.
A n te c e d e n te s da S em an a d e A r te M od ern a . São P a u lo.
S araiva. 1958. 287 pp.
2) A f r â n io C o ü t i n h o : S im b olism o, Im p ressio n ism o , M o d ern is­
m o. ( I n : A L iter a tu ra n o B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou -
tin h o. V o l. I l l , t. 1. R io d e J a n eiro. E d ito ria l Sul A m e ri­
ca n a . 1959, pp. 50-94).
3) M ário d a S il v a B r it o : A r ev o lu çã o m od ern ista . ( I n : A L ite ­
ra tu ra n o B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. III, t. 1.
R io d e J a n eiro. E d ito ria l Sul A m e rica n a . 1959, pp. 431-482).

Ainda não foi escrita, enquanto não estiver completa, a obra


de Mário da Silva Brito, a história do movimento modernista.
Apenas depoimentos são os numerosos ma?iifestos, libelos, apolo­
gias, etc. que surgiram na época. As dificuldades que a historio­
grafia literária sempre encontra quando se aproxima da época
contemporânea, agravam-se, no caso pela abundância de nomes
que merecem ser citados (pelo menos conforme a nossa visão míope
de contemporâneos). Contra isso não há remédio; mas há palia­
tivos. Primeiro, desistiu-se do estudo de certos escritores com
respeito aos quais não foi possível reunir bibliografia suficiente:
Adalgisa Nery, Atos Damasceno Ferreira, Américo Facó, Viana
Moog, Henriqueta Lisboa. Pelo mesmo motivo não aparecem
Aníbal Machado, Dante Milano e os novíssimos (Bueno de Bivera,
Lêdo Ivo, Domingos Carvalho da Silva, João Cabral de Melo
Neto, etc.).
De maneira semelhante aliviou-se o texto, citando-se apenas
nas notas os críticos (com exceção de Tristão de Ataíde): Sérgio
Müliet, Prudente de Morais Neto, Sérgio Buarque de Holanda,
Álvaro Lins. Êste último já pertence, pela cronologia embora
não pela mentalidade, ao grupo que se costuma chamar de “ pós-
-modernistas” ; são, êstes escritores, de índoles muito diferentes,
mas todos êles já tão distantes do movimento inicial que se justifica
sua reunião em capítulo próprio: Augusto Frederico Schmidt,

269
Marques Rebelo, Érico Veríssimo, Vinícius de Morais, Lúcio
Cardoso, Otávio de Faria, Guimarães Rosa; só os críticos do futuro
conseguirão agrupá-los e reagrupá-los melhor. Em compensação,
já se colocaram no capítulo precedente, dos pré-modernistas,
vários outros escritores contemporâneos: Monteiro Lobato, Adelino
Magalhães, Gastão Cruls, Rodrigues de Abreu, José Geraldo
Vieira. Mas, mesmo assim, ficaram uns 30 nomes. Foi preciso
ordená-los de qualquer maneira, fôsse mesmo esquemática.
Dos agrupamentos possíveis só um é de ordem ideológica: o
que reúne os poetas e escritores de tendências espiritualistas:
Jackson de Figueiredo, Tristão de Ataíde, Murilo Araújo, Cornélio
Pena, Cecília Meireles.
Antecede-os, cronologicamente, o modernismo propriamente
dito, o grupo da Semana de Arte Moderna de 1922, os paulistas
Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Ribeiro Couto, Menotti
dei Picchia, Guilherme de Almeida, Cassiano Ricardo, Plínio
Salgado, Alcântara Machado; com êles, o carioca Ronald de
Carvalho e — last but not least — o carioca adotivo Manuel
Bandeira; e, mais, os gaúchos Raul Bopp, Felipe d ’Oliveira e
Augusto Meyer. Teria sido possível subdividir êsse grupo nu­
meroso, colocando-se subtítulos como — os primeiros modernistas,
o nacionalismo literário, o grupo gaúcho, etc. Mas não convém
separar os que ficaram unidos pelo menos na hora decisiva.
Vem, depois, o grupo católico já mencionado. Entre os seus
componentes, dois são mineiros, o que lembra a existência de um
modernismo mineiro, bem diferente do modernismo do Sul: Carlos
Drummond de Andrade, Murilo Mendes, Emílio Moura, Rodrigo
M. F. de Andrade, João Alphonsus, Cyro dos Anjos. Também
são muito diferentes entre si, conforme aquêle individualismo que
ê mesmo próprio do caráter mineiro.
O critério geográfico aplicasse, porém, melhor ao movimento
literário que surgiu, a partir de 1930, mais ou menos, no Nordeste:
José Américo, Jorge de Lima, Rachel de Queiroz, Gilberto Freyre,
José Lins do Rêgo, Amando Fontes, Graciliano Ramos, Jorge
Amado.
Depois, vem o “ pós-modernismo” .

MODERNISMO

O modernismo, como movimento literário de combate, foi forte


na crítica literária. Seu crítico mais importante foi Tristão de
Ataíde, que convém mencionar em outro lugar. Assinalam-se,

270
mais, os nomes ãe Sérgio Milliet ( ! ), Sérgio Buarque ãe H o­
landa (2), e Prudente ãe Morais Neto ( 3). Notável como crítico
também foi o chefe do modernismo: Mário ãe Andrade.

Mário de Andrade
M á r io R a u l d e M o r a is A n d r a d e . Nasceu em São Paulo, em 9 de
outubro de 1893. Morreu em São Paulo, em 25 de fevereiro
de 1945.

OBRAS P R IN C IPA IS

Paulicéia desvairaãa (São Paulo. Mayença. 1922) ; A


escrava que não é Isaura (São Paulo. Lealdade. 1925);
Primeiro andar (São Paulo. Antônio Tisi, 1926); Lo­
sango Cáqui (São Paulo. Antônio Tisi. 1926) ; Amar,
verbo intransitivo (São Paulo. Antônio Tisi. 1927); Clã
do Jaboti (São Paulo. Eugênio Cupolo. 1927); Ma-
cunaíma (São Paulo. Eugênio Cupolo. 1928; 2.a edição.
Rio de Janeiro. José Olímpio. 1937); Ensaio sôbre
música brasileira (São Paulo. Chiarato & Cia. 1928);
Remate ãe males (São Paulo. Eugênio Cupolo. 1930);
Música, doce música (São Paulo. L. G. Miranda. 1933) ;
Belazarte (São Paulo. Ed. Piratininga. 1934); O Alei-
jaãinho e Álvares ãe Azeveão (Rio de Janeiro. Ed.
Revista Acadêmica. 1935); Poesias (São Paulo. Martins.
1941); O movimento ynodernista (Rio de Janeiro. Casa
do Estudante do Brasil. 1942); O baile das quatro artes
(São Paulo. Martins. 1943); Os filhos da Canãinha
(São Paulo. Martins. 1943); Aspectos da literatura
brasileira (Rio de Janeiro. Americ-Edit. 1943) ; Lira
paulistana (São Paulo. Martins. 1946).

EDIÇÃO

Obras completas. São Paulo. Martins. 1944 seg. 19 vols.


(Vol. I : Há uma gôta de sangue em cada poema, Contos
do nrimeiro andar. A escrava que não é Isaura; vol. I I :

1) S é r g io M i l l i e t da Co s t a e S il v a . N asceu em São P a u lo , em 20 de
s e t e m b r o cie 189 8.
Terminus sêco e outros coquetéis (S ã o P a u lo , Irm ã os F erraz, 1932) ;
Ensaios ( S ã o P a u l o . B r u s c o & C ia . 1 9 3 8 ). F ora de Form a ( S ã o P a u l o .
A n c h i e t a . 1 9 4 2 ) ; Diário cHtico ( 6 v o i s . S ã o P a u l o . M a r t in s . 1 9 4 3 - 1 9 5 0 ) .
2) S é r g io B u a r q u e d e H o la n d a . N a s c e u e m S ã o P a u lo , e m 11 d e ju lh o
d e 1902. R aises do Brasil ( R i o d e J a n e i r o . J o s é O l í m p i o . 1 9 3 6 ; 2 .a e d i ç ã o , i d .
1 9 4 8 ) ; Cobra de vidro ( S ã o P a u l o . M a r t in s . 1 9 4 4 ) .
3) P r u d e n t e d e M o r a i s N e t o ( P s e u d ô n i m o : P e d r o d a n t a s ) . N a s c e u Ho
R i o d e J a n e i r o , e m 1 9 0 4 . The Brazilian Romance. ( R io d e J a n e ir o . I m p r e n s a
N a c io n a l. 1 9 4 3 ) ; c o la b o r o u n a s r e v is t a s " E s t é t i c a ” , “ R e v is t a N o v a ” e “ A O r d e m ” .

271
Poesias completas; vol. I I I : Amar, verbo intransitivo,
vol. I Y : Macunaíma, vol. V : Contos de Belazarte, vol.
V I -I X : Escritos sôbre música; vol. X -X V I : Escritos de
crítica literária, crítica das artes plásticas e folclore,
vol. X V I I : Contos novos; vol. X V I I I : Danças dramá­
ticas do Brasil; vol. X I X : Modinhas e lundus imperiais).
— Cartas a Manuel Bandeira. Rio de Janeiro. Simões.
1958. — 71 Cartas de Mário de Andrade (ed. por Lygia
Fernandes). Rio de Janeiro. Livraria São José. 1963.

Mário de Andrade foi o chefe do movimento literário mais


impetuoso que o Brasil já viu; e foi, em tôda a história brasileira,
a personalidade literária mais multiforme, cultivando todos os
gêneros. A bibliografia a seu respeito, acompanhando-lhe o ca­
minho dos inícios tempestuosos até a consagração geral, é enorme,
mas evidentemente composta, em grande parte, de manifestações
de valor efêmero, apenas destinadas a intervir — pró ou contra
— na luta literária do dia. A seleção seguinte só pretende de­
monstrar as Unhas gerais da ascensão do escritor.

Bibliografia
1) P ru dente de M o rais N e t o : M á rio d e A n d ra d e. ( I n : E s t é t ic a ,
1/3, a b ril-ju n h o de 1925, pp. 306-318).
2) M a n u e l B a n d e i r a : M á rio d e A n d ra d e, o L o s a n g o Cáqui. ( I n :
R e v is ta d o B rasil, 2» fa se, 1/2, 30 d e setem b ro de 1926,
pp. 36-37).
3) T r is t ã o de A t a í d e : E stu d os. 1* série. R io de J a n eiro. T e rra
do Sol. 1927. (A tu a lid a d es, pp. 58-66; Sinais, pp. 67-76.
4) J oão R ib e ir o : A m a r, v e r b o in tra n sitiv o. ( I n : J o rn a l d o B rasil,
13 de a b ril de 1927). (T r a n s c r ito in : C rítica. Os M od ern os.
R io d e J a n eiro. A ca d e m ia B ra sileira d e L e t r a s . 1952,
pp. 78-81).
5) P r u d e n t e de M o r a is N e t o : U m a q u estã o d e g r a m á tic a : A m a r ,
v e r b o in tra n sitiv o. ( I n : O J orn al, R io de J a n eiro, 6 de
ju lh o d e 1927).
6) João R ib e ir o : C rítica. O s M od ern os. R io de J a n eiro. A ca d o -
m ia B ra s ile ira d e L etra s. 1952. (C lã de Ja b oti, pp. 84-89).
( E s c r ito e m 1928).
7) J oão R ib e ir o : M acun aím a. ( I n : J o r n a l d o B r a s i l , 3 1 d e o u t u ­
b ro de 1928). (T ra n scr ito in : C rítica. Os M od ern os. R io
d e J a n e iro . A ca d e m ia B ra sileira d e L etra s. 1952, pp. 81-84).
8) N e s t o r V í t o r : Os d e h o je. S ã o P a u lo. C u ltu ra M od ern a
1938, pp. 153-173. ( E s c r ito em 1928).
9) J orge de L i m a : D o is en sa ios. M a ceió. C a sa R a m a lh o . 1929.
pp. 87-90, 126-138. ( S ôb re M a cu n a ím a ).
10) R o n a l d de C a r v a l h o : E stu d o s b ra sileiros. 2* série. R i o de
J a n e iro . B rig u iet. 1931. (M a cu n a ím a , d e M á rio de A n drade,
pp. 151-152).

272
11) P edro D a n t a s (P ru d en te de M ora is N e to ) : C rôn ica literária.
( I n : A O rdem , V I/1 7 , ju lh o d e 1931, pp . 43-46).
12) S érgio M il l ie t : T erm in u s s ê c o e o u tro s co q u e té is . São P a u lo.
Irm ãoa F e rra z. 1932. (M á rio de A n d ra d e, R e m a te de M ales,
pp. 297-308).
13) A g r i p i n o G r ie c o : E v o lu çã o da p o e sia b ra sileira . 1932. (2 * e d i ­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím p io. 1947, pp. 218-219). (A
im p o r tâ n cia d e M á rio d e A n d ra d e, c o m o c h e fe do m o v i­
m e n to literá rio, im p ed iu a m u ito s r e c o n h e c e r su a im p o r­
tâ n cia c o m o p o e ta lír ic o ).
14) T r i s t í o d e A t a í d b : E stu d os. 2» sériè. 2* e d içã o . R io d e J a ­
n eiro. C iv iliza çã o B ra sileira . 1934. (R o m a n c is ta s d o sul,
pp. 26-29).
15) L u fs da CA m a r a C a s c u d o : M á rio d e A n d ra d e. ( I n : B oletim
d o A riel, I I I /9 , ju n h o d e 1934, pp. 233-235). ( P r im eir a visã o
p a n o râ m ica da fig u r a e ob ra d e m u ita s f a c ê t a s ).
16) T r is t Ão de A t a í d e : E stu d os. 5’ série. R io de J a n eiro. C ivili­
z a çã o B ra sileira . 1935. (M u ita s v oz es de p erto, pp. 125-133).
17) A g r ip in o G r ie c o : G e n te n o v a do B ra sil. R io d e J a n eiro. José
O lím pio. 1935, pp. 120-129. ( S ô b re a s o b ra s d e f i c ç ã o ).
18) M a n u e l B a n d e i r a : C rôn ica s da P r o v ín c ia do B ra sil. R io d e
J a n e iro . C iv iliza çã o B ra sileira . 1937, pp. 147-150.
19) F e r n a n d o M e n d e s d e A l m e i d a : V ia g em e m r e d o r d e u m a calva.
E n sa io s ô b r e a p o e s ia d e M á rio d e A n d ra d e. (I n : C a dern os
d a H o r a P resen te, n 9 1, m a io de 1939, pp . 69-85).
20) O távio de F r e it a s J ú n i o r : E n sa io s d e c rítica d e p oesia . R e ­
cife . P u b lica çõ e s N orte. 1941, pp. 33-64.
21) C a r l o s L a c e r d a : S in cerid a d e e poesia . ( I n : R e v is t a A c a d ê ­
m ica , n" 60, m a io de 1942).
22) Á lv a ro LiiNs: J orn a l d e crítica . 2» série. R io de J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1943. (P o e s ia e F o rm a , pp. 22-32). (.Julga­
m e n to da lírica d e M á rio d e A n d ra d e).
23) J oão A l p h o n s u s : M á rio d e A n d ra d e. ( I n : D iá rio de B elo
H orizo n te , 14 de ou tu b ro de 1943).
24) S érgio M i l l i e t : D iá rio crítico . São P a u lo. B ra silien se. 1944,
pp. 166-174.
25) A f o n s o A r in o s d e M e l o F r a n c o : P o r tu la n o . São P a u lo. M a r­
tins. 1945. (M a la za rte poeta , pp. 62-69).
26) L u fs W a s h i n g t o n : M á rio d e A n d ra d e, c r itic o literá rio. (I n :
F ô lh a d a M an hã, S ã o P a u lo, 2 de m a r ç o de 1945).
27) J o sé T a v a r e s de M i r a n d a : B r e v e n o tícia s ô b r e o p o e ta M ário.
( I n : P la n a lto, São P a u lo, 6 de a b ril d e 1945, pp. 14-16).
28) A l p h o n s u s G u im a r ã e s F i l h o : M á rio d e A n d ra d e. (In : R e ­
v is ta d a A ca d e m ia P a u lista de L etra s, V III/3 2 , d ezem b ro
de 1945, pp. 169-171).
29) L ídia B e s o u c h e t y N e w t o n de F r e it a s : L iter a tu ra dei B rasil.
B u e n o s A ire s. E d. S u d a m erica n a , 1946. (M á rio d e A n d ra d e,
pp. 99-111).
30) M a n u e l B a n d e ir a : A p r e s e n ta ç ã o da p o e sia brasileira. R io de
J a n e iro . C asa do E stu d a n te d o B ra sil. 1946, pp. 143-148.
31) W i l s o n M a r t i n s : I n te r p r e ta ç õ e s . R io d e J a n eiro. J osé O lím ­
pio. 1946. (In v e n tá rio de M á rio de A n d ra d e, pp. 153-185).

273
82) R e v is ta do A r q u iv o M u n icip a l de SXo P a u lo : H om en a gem , a
M á r i o d e A n d r a d e , V I, ja n e ir o d e 1946.
32a) O n e y d a A l v a r e n g a : S o n o r a p o l í t i c a , pp. 7-44.
32b) R o g e r B a s t i d e : M a c u n a i m a , pp. 45-50.
32°) S é r g io M il l ie t : O p o e t a M á r i o d e A n d r a d e , pp. 65-86.
(F in o es tu d o d a in d o le e s p e c ia lm e n te p a u lis ta d e su a
p o e s ia ).
32<0 A n t ô n i o C â n d id o : M á rio de A n d r a d e , pp. 69-73.
32<0 P a u lo D u a r t e : D e p a r ta m e n to d e C u ltu r a ; V id a e m o r te
d e M á r i o d e A n d r a d e , pp. 75-86.
320 F ern an d o G ó is : H istó r ia da p a u licé ia d e sv a ira d a ,
pp. 89-105.
328) M ' ä r io N em e: A lin g u a g e m de M á r io de A n d ra d e,
pp. 107-114.
32h) J a m il A lm a n s u r H a d d ad : A p o étic a de M á r io de An­
d r a d e , pp. 115-132.
32*) F lo r e s t a n F e r n a n d e s : M á rio de A n d rad e e o fo lc lo r e
b r a s i l e i r o , pp. 135-158.
3 2 j) C ír o M en des: B e la z a r te , p p . 1 59 -1 6 2.
33) C â n d id o M o t a F ilh o : E lo g io d e M á rio de A n d ra d e. (I n : R e­
v is ta d a A ca d e m ia P a u lis ta de L etra s, I X /3 6 , d ez em b ro de
1946, pp. 123-137).
34) R o g e r B a s t id e : P o e t a s d o B r a s il. C u ritib a . G u a íra. 1947.
(M á rio de A n d ra d e, pp. 55-61).
35) A lvaro L i n s : J o r n a l d e c r ític a . 5* série. R io de J a n eiro.
J o s é O lím p io. 1947. (A c r ít ic a de M á rio de A n d ra d e,
pp . 75-82).
36) R o b e r t o A l vim C o r r e i a : A n t e u e a c r í t i c a . R io de J a n eiro.
J o sé O lím p io. 1948. (M á rio de A n d ra d e, pp. 190-195).
37) E d qa rd C a v a lh e ir o : N o ta s sôb re M á r io de A n d ra d e. (I n :
F ô lh a d a M a n h ã , S ã o P a u lo, 22 d e fe v e r e ir o de 1948).
38) S é r g io M i l l i e t : D i á r i o c r í t i c o . V . S ã o P a u lo. M a rtin s. 1948,
pp. 86-93.
39) F r a n c is c o I g lé s ia s : E l e g i a d e a b r il. ( I n : A M an hã, S u ple­
m e n to L e tra s e A rtes, 12 d e ju n h o d e 1949).
40) D u lc e S a le s C unha: A u to re s c o n tem p o râ n eo s b r a s ile ir o s .
S ã o P a u lo . s. e. 1951, pp. 28, 35-52.
41) L êdo Ivo: L içã o de M á r io R io d e J a n eiro. M i­
d e A n d ra d e.
n isté rio d a E d u c a ç ã o e Saúde. 1952.
22 pp.
42) E m a n u e l d e M o r a i s : N o t a s s ô b r e o “ N o t u r n o ” . ( I n : D iá rio
C a rio ca . R io de J a n eiro, 6, 13 e 30 de a b ril de 1952).
43) M . C a v a l c a n t i P r o e n ç a : R o t e i r o d e M a c u n a i m a . São P a u lo.
A n h e m b i. 1955. 355 pp. ( I n t e r p r e t a ç ã o e x a u s t i v a ) .
44) A i r e s da M a t a M a c h a d o F i l h o : C r í t i c a d e e s t i l o s . R io de J a ­
n eiro. Ag-ir. 1956. (M á rio de A n d ra d e e seu estilo,
pp. 229-236).
45) O c t á v i o M e l l o A l v a r e n g a : M i t o s & V a l ô r e s . R io de J a n eiro.
In stitu to N a cio n a l d o L iv ro. 1956. (P o e s ia s co m p le ta s de
M á rio d e A n d ra d e, pp. 187-193).
46) A n t ô n i o R a n g e l B a n d e ir a : E s p i r i t o e F o r m a . S ã o P a u lo.
M a rtin s. 1957. (M á rio de A n d ra d e e a su b v ersã o d a s coisa s,
pp. 13-20).

274
47) P e r ic l e s E u g ê n io da S il v a R am os: O M o d ern is m o na p o e s ia .
( I n : A L i t e r a t u r a n o B r a s i l , edit, p o r A fr â n io C ou tin h o.
V o l. I l l , t. 1. R i o de J a n e iro . E d ito r ia l S u l A m e rica n a .
1959, pp . 496-511).
48) F ernando M endes de A l m e id a : N o ta s p a r a u m e s tu d o c r itic o
s ô b r e a p o esia d e M á rio d e A n d r a d e . S ã o P a u lo . C o n se lh o
E s ta d u a l d e C u ltu ra . 1962, pp . 9-47.

Oswald de Andrade
J osé O s w a l d d e S o u s a A n d r a d e . Nasceu em S ã o Paulo, em 11
de janeiro de 1890. Morreu em S. Paulo, em 22 de outubro
de 1954.

OBRAS P R IN C IP A IS

Os condenados (São Paulo. Monteiro Lobato. 1922) ; Memó­


rias sentimentais de João Miramar (São Paulo. Inde­
pendência. 1 9 2 4 ); Pau-Brasil (Paris. 1 9 2 5 ); Estrêla de
absinto (São Paulo. Hélios. 1 9 2 7 ); Primeiro caderno do
aluno de poesia Oswald de Andrade (1927) ; Serafim
Ponte Grande (Rio de Janeiro. Ariel. 1934) ; Escada
vermelha (São Paulo. Companhia Editora Nacional.
1 9 3 4 ) ; Marco Zero. (Rio de Janeiro. José Olímpio.
1 9 4 3 ) ; Poesias reunidas (São Paulo. Gaveta. 1 9 4 5 ) ;
Chão (Rio de Janeiro. José Olímpio. 1946).

Sendo Oswald de Andrade a figura mais combativa e mais


combatida do modernismo paulista, a bibliografia a seu respeito
é principalmente de natureza polêmica. Selecionaram-se opiniões
de caráter menos efêmero.

Bibliografia
1) M á r io de A n d ra d e: Oswald de Andrade. (In: Revista d o
Brasil, 1* fase, nç 105, setembro de 1924, pp. 26-33).
2) P a u l o P r a d o : Poesia Pau-Brasil. (In: Revista d o Brasil,
1* fase, n? 106, outubro de 1924, pp. 108-111). (Um dos
manifestos do modernismo).
3) P r u d e n t e d e M o r a is N e t o e S é rg io B u a r q u e de H o l a n d a : Os­
wald de Andrade. (In: Estética, 1/2, janeiro-março de
1925, pp. 218-222).
4) A fo n s o d e M e l o F r a n c o : Oswald de Andrade , Pau
A r in o s
Brasil. (In: Revista do Brasil. 2* fase, 1/2, 30 de setembro
de 1926, pp. 37-38
5) Joio R i b e i r o : Crítica. Os Modernos. Rio d e Janeiro. Aca­
demia Brasileira de Letras. 1952. (Oswald de Andrade.
(Primeiro caderno de poesia, pp. 90-94). (Escrito em 1927).
6) S a u l B o r g e s C a r n e i r o : Serafim Ponte Grande. (In : B o l e t i m
de Ariel, 11/12, setembro de 1933, pp. 312).

275
7) A d erbal J u rem a : S u b in d o a escad a v e r m e lh a . (I n : B o le t im
d o A riel, IV /5 , fe v e r e ir o de 1935, p. 141).
8) R o g e r B a s t id e : O s C on d en a d os, d e O s w a ld d e A n d ra d e. (In :
E s ta d o de São P a u lo, 7 de ju n h o de 1942). (E lo g io s o ).
9) G. E h r h a r d t S a n t o s : A i n d a o s C o n d e n a d o s . ( I n : A M anhã,
S u p lem en to A u to re s e L iv ros, 10 d e ou tu b ro de 1943).
10) S é r g io M illie t : D iá rio c r ític o . S ão P a u lo. B ra silien se. 1944,
pp. 248-253.
11) A n tô n io C â n d id o : B rig a d a lig e ira . S ão P a u lo. M artins. 1945.
(E s to u r o e lib erta çã o, pp. 11-30). (J u l g a m e n t o d a o b r a d e
ficçã o , em c o n ju n to , d e O s w a ld de A n d ra d e).
12) M anuel B a n d e ir a : A p r esen ta çã o da p o e s ia b ra sileir a . R io
de J a n e iro. C a sa d o E stu d a n te d o B ra sil. 1946, pp. 148-151.
13) S é r o io M í l l i e t : D i á r i o c r ít i c o . III. São P a u lo. M artin s. 1946,
pp. 25-30, 57-61.
14) R oqer B a s t id e : P o eta s do B r a s il. C u ritiba. G u a íra. 1947.
(O sw a ld d e A n d ra d e, pp. 49-53).
15) D u lc e S a le s C unha: A u to re s co n tem p o râ n eo s b ra sileir o s.
S ã o P a u lo. s. e. 1951, pp. 41-51.
16) B r it o B r o c a : O c a s o O s w a ld d e A n d r a d e . (I n : A G azeta, São
P a u lo, 23 de ou tu b r o de 1954).
17) P é r ic le s E u g ê n io da S il v a R am os: O M o d e r n is m o na p o e s ia .
( I n : A L i t e r a t u r a n o B r a s i l , edit. p o r A fr â n io C ou tin h o.
V o l. I II, t. 1. R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a .
1959, pp . 511-514).

Manuel Bandeira
M anuel C a r n e ir o de S ousa B a n d e ir a F il h o . Nasceu n o Recife,
em 19 de abril de 1886.

obras p o é t ic a s

A Cinza das horas (Rio de Janeiro. Tip. Jornal do Comércio.


1917); Carnaval (Rio de Janeiro. Tip. Jornal do Co­
mércio. 1919); Poesias (Rio de Janeiro. Revista da
Língua Portuguesa. 1924); Libertinagem (Rio de Ja­
neiro. Pongetti. 1930) ; Estrêla da manhã (Rio de
Janeiro. Ministério da Educação e Saúde. 1936) ; Poesias
completas (Rio de Janeiro. Civilização Brasileira. 1940);
Poesias completas, edição aumentada (Rio de Janeiro.
Americ-Edit. 1945) ; Poesias completas, nova edição
aumentada (Rio de Janeiro. Casa do Estudante do
Brasil. 1947); Itinerário de Pasárgaãa (Edições Jornal
de Letras. Rio de Janeiro. 1954); Poesias completas
(6.a edição. Rio de Janeiro. José Olympio. 1954); Obras
completas (2 vols. Rio de Janeiro. José Aguilar. 1958).

276
Depois dos inîc/ios simbolistas de sua poesia, logo apreciados
pelos conservadores, tornou-se Manuel Bandeira o porta-voz lírico
do modernismo ( l.a fase), sendo combatido e exaltado. Superando,
depois, as pariiriilaridades de qualquer movimento ou grupo,
guardando, porém, as liberdades que convêm à expressão de sua
emoção lírica, chegou Manuel Bandeira a ser o maior poeta mo­
derno do Brasil.

B ib lio g r a fia
1) J o io R ib e ir o : A C in z a d a s h o r a s . ( I n : O I m p a r c i a l , R i o de
Ja n eiro, 23 de ju lh o d e 1917). (T r a n s c r ito in : C r í t i c a . O s
M o d e r n o s . R io de J a n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s.
1952, pp. 66-72). ( R e c o n h e c i m e n t o p r o f é t i c o d o p o e t a n a t o ) .
2) J o ã o R ib e ir o : C a r n a v a l. (I n : O Im p a rcia l, R io d e J a n eiro,
15 de d e ze m b ro de 1919). (T ra n s cr ito in : C r i t i c a . O s M o ­
d ern os. R io d e J a n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira de L etras.
1952, pp. 72-77).
3) T r is tã o p e A ta íd e : P r im e ir o s e s tu d o s . R io d e J a n eiro. A gir.
1948. lU m p recu rsor, pp . 218-220). ( E s c r i t o e m 1 9 2 0 ).
4) N e s t o r V í t o r : C a r t a s à g e n t e n o v a . R io de J a n eiro. A n u á rio
do B ra sil. 1924. (A C in za das H ora s, pp. 26-28).
5) M á r io d e A n d r a d e : M a n u e l B a n d e i r a . ( I n : R e v is ta d o B rasil,
1* fase, n’ 107, n o v e m b ro de 1924, pp. 214-224). ( F a s e d a
lu t a m o d er n ista ).
6) P rudente de M or a is N eto e S érgio B u a r q u e de H o l a n d a : M a­
n u el B a n d e ir a . (I n : E stética , 1/2, ja n e iro -m a rço de 1925,
pp. 224-227). (Id e m ).
7) P ed ro (P ru d e n te de M ora is N e to ) : C r ô n i c a l i t e r á r i a .
D a n ta s
(I n : A O rdem , n 9 12, fe v e r e ir o de 1931, pp . 103-109).
8) O scar M en des: A A lm a
dos l i v r o s . B elo H o rizo n te . O s
A m ig o s d o L iv ro. 1932.
(L içã o de in fâ n cia , pp. 47-58).
9) A g r i p i n o G r i e c o : E v o l u ç ã o d a p o e s i a b r a s i l e i r a . 1932. (2* edi­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 176-185). (O
c r itic o p r é-m o d e rn ista g o s ta so b re tu d o de “ C a r n a v a l ” ).
10) T r iS tío de A ta Id e : E stu d o s. 5* série. R io de J a n eiro. C ivili­
za çã o B ra sileira . 1935. (V o ze s de perto, pp. 113-121). ( E l o ­
g io c o m reserva s)
íl) O t á v io de F a r ia : D o is p o e ta s . R io de J a n eiro. A riel. 1935,
pp. 62-69. (R e s tr iç õ e s , em nom e do p ó s-m o d er n ism o n a s­
ce n te ).
12) H om knaokm a M anuel B a n d e ir a : R io de J a n eiro. T ip . J orn a l
do C om é rcio. 1936. (P u b lica çã o que s ig n ific a , e n fim , a
c o n sa g ra ç ã o ).
1 2") A n í b a l M . M a c h a d o : U m p o e t a n a n o i t e , p p . 5 5 -6 1 .
12'') A. C . C o u t o de B a r r o s : D i v a g a ç ã o e m tô r n o d e M a n u el
B a n d e i r a , pp. 75-79.
1 2 ') M i g u e l P e r e i r a : S i m p l i c i d a d e , p p . 111-115.
L i'ic ia
12«!) M úoio L e í o : A n a t u r e z a e a m u l h e r n o s v e r s o s d e M a­
n u el B a n d e i r a , pp. 121-125.
12'“) O t á v io de F a r ia : E stu d o sôb re M a n u el B a n d e ir a ,
pp. 131-143.

277
18
1 2 í) O lív io M ontenegro: A p o e sia de M a n u el B a n d eira ,
pp. 145-148.
12s) O nestald o de P e n n a f o r t : M a rgin ália à p o é tic a d e M a­
n u el B a n d eira , pp. 151-167.
12b) P edro D a n t a s : A c r e sa b o r, p p . 1 71 -1 8 2.
121) R ibeiro C o u t o : D e m e n in o d o en te a R e i d e P a sá rg a d a ,
pp. 189-208.
1 2 0 R odrigo M . F . de A n d r a d e : T en ta tiv a d e a p ro x im a çã o ,
pp. 211-216.
12>0 T r is t Xo de A t a í d e : N o ta sô b r e o p o e ta , p p . 2 27 -2 2 9.
13) A f o n s o A r in o s de M elo F r a n c o : E sp elh o d e tr ê s fa c e s . São
P a u lo . E d . B ra sil. 1937. (M a n u el B a n d e ira ou o h om em
c o n tr a a poesia, pp. 37-57).
14) M ' ú c io L e ã o : Q u a tro a r tig o s s ô b re M a n u el B a n d eira . (I n :
J o rn a l d o B ra sil, 6, 13, 20 e 27 d e se te m b ro de 1940).
15) Á l v a r o L i n s : Jorna l d e crítica . 1 » série. R io de J a n eiro.
J o sé O lím p io. 1941, pp. 38-43. (M ais u m a rtig o d e c is iv o ).
16) O t á v io de F r e it a s J ú n i o r : E n sa io s d e crítica d e poesia . R e c i f e .
P u b lic a ç õ e s N o rte . 1941. (M a n u el B a n d eira , pp. 95-113).
17) C a r l o s de Q u e i r o z : A p o e s ia d e M a n u el B a n d eira . (In : A
M an hã, S u plem en to A u to re s e L iv ros, 9 d e n o v e m b ro de
1941.
18) G i o v a n n a A í t a : Un p o e ta brasilia no di oggi. P o e s ie di M a nu el
B a n d eira . M od en a . S o cie tá M od en ese. 1942. 17 pp.
19) V it o r in o N e m é s i o : M a n u el B a n d eira . P o e sia s co m p leta s. (In :
B ra sília , C oim bra, I, 1942, pp. 776-781).
20) J. A . C esã r io A lv im : M a n u el B a n d eira , m ila g re d e poesia .
( I n : A tlâ n tico, L isboa, n ç 2, 1942, pp. 347-348).
21) A d o lfo C a s a is M o n t e i r o : M a n u el B a n d eira . L isb oa . In qu érito.
1943. 94 pp. (C o m a n to lo g ia ).
22) M ário d e A n d r a d e : A s p e c t o s da litera tu ra b ra sileira . R io de
Ja n e iro . A m e ric-E d it. 1943, pp. 43-47.
23) M a n u e l A n s e l m o : F a m ília literá ria lu so-b ra sileira . R i o de
J a n e iro . J osé O lím pio. 1943. ( A p oesia p s ic o ló g ic a de
M a n u el B a n d eira , pp. 31-38).
24) G il b e r t o F r e y r e : P e r fil d e E u clid es e o u tro s p e rfis. R i o de
J a n e iro . J o sé O lím pio. 1944. (M a n u el B a n d eira , recifen se,
p p . 175-181).
25) S érgio B u a r q u e de H o l a n d a : C ob ra d e vid ro. S ã o P au lo.
M a rtin s. 1944. (O M u n d o d o p oeta , pp. 28-34). (S érg io
B u a rq u e d e H ola n d a a c o m p a n h o u tôd a a c a rreira literá ria
d e M a n u el B a n d eira , co m en ta n d o -a ).
26) C a r l o s B u r l a m a q u i K o p k e : F a c e s d esco b erta s. São P a u lo .
M artins. 1944. (N ota s sôb re M an u el B a n d eira , pp. 113-122).
27) O t t o M a r ia C a r p e a u x : E n sa io d e e x e g e s e d e u m p o e m a de
M a n u el B a n d eira . ( I n : A tlâ n tico , L isb oa , n° 5, 1944,
pp . 26-32).
28) E e r n a n i C id a d e : O c o n c e ito d e p o e sia c o m o e x p r e s s ã o de
c u ltu r a ; su a ev o lu çã o a tr a v é s das litera tu ra s p o r tu g u êsa e
brasileira. S ã o P a u lo. L iv r. A c a d ê m ic a S araiva. 1946,
pp. 292-298.
29) L íd ia B e s o u c h e t y N e w t o n d e F r e i t a s : L iter a tu ra d ei Brazil.
B u e n o s A ires. E d . S u d a m erica n a . 1946. (M a n u el B andeira,
pp. 113-122).

278
80) O tto M 'aria C a r p e a u x : N o tícia s ô b r e M a n u el B an d eira . P r e ­
fá c io d e M a n u e l B a n d e i r a : A p r e s e n ta ç ã o da p o e sia b rasi­
leira. R io de J a n eiro. C a sa d o E stu d a n te d o B ra sil. 1946.
pp . 7-17.
31) R oger B a s t id e : P o e ta s d o B ra sil. C u ritib a . G uaíra. 1947.
(M a n u e l B a n d eira , pp. 39-48).
32) J o io G a s p a r S im õ e s : L ib erd a d e d e esp írito. P ô r to . L iv r. P o r -
tu gá lia . 1948. (D a fa ls a n a tu ralid a d e em p oesia , pp. 313-326).
33) R o b e r t o A l v i m C o r r e i a : A n te u e a crítica . R i o d e Ja n eiro.
J o sé O lím pio. 1948. (N o ta s sôb re a p o e s ia de M an u el B a n ­
deira, pp. 21-29).
34) M i c h e l S i m o n : P r e fá c io da ed içã o fr a n c e s a d e M a n u e l B a n ­
d e ir a : G u id e d’ O uro P r ê to . R io d e J a n eiro. M in istério dae
R e la ç õ e s E x teriores. 1948, pp. 5-9. (C o m b ib lio g ra fia ,
pp. 159-160).
35) G i l d a d e M e l o e S o u z a : D o is p o eta s. ( I n : R e v is t a B ra sileira
d e P o e sia . São P a u lo. II, a b ril d e 1948, pp . 72-76).
36) S é r g io B u a r q u e d e H o l a n d a : T ra je tó r ia d e u m a p oesia . (I n :
D iá r io de N otícia s. R io de J a n eiro, 5, 12 e 19 d e setem b ro
d e 1948). (T r a n s c r ito in : O b ra s com p leta s, ed. A gu ila r,
v o l. I, pp. X V - X X X ) .
37) T u l o H o st íl io M o n t e n e g r o : T u b er cu lo se e litera tu ra . R io de
J a n eiro, s. e. 1949, pp. 29-37.
38) B e r n a r d o G e r s e n : U m a in te r p r e ta ç ã o d e M a n u el B an d eira .
( I n : P r o v ín c ia d e São P ed ro, P ô r to A leg re, 16, d ezem b ro
de 1951, pp. 101-105).
39) C a r l o s D r u m m o n d de A n d r a d e : P a s s e io n a ilha. R io de J a ­
n e iro. O rg a n iza çã o S im ões. 1952. (M a n u el B an d eira ,
pp. 239-251).
40) T h ia g o de M e l o : A E s tr ê la da M anhã. ( I n : C ultura, R io de
Ja n eiro, 5, 1953, pp . 151-168).
41) L Ê do I v o : O p r ê to n o b ra n co. E x e g e s e d e u m p o e m a d e M a­
n u el B a n d eira . R io de J a n eiro. L iv ra ria S ã o J osé. 1955.
94 pp.
42) O c tá v io M e l l o A l v a r e n g a : M ito s & V a lôres. R io de J aneiro.
In stitu to N a cio n a l d o L iv ro. 1956. ( “ A g u a ” n a p oesia de
M a n u el B a n d eira , pp. 179-185).
43) A u r é l io B u a r q u e de H o l l a n d a : T erritó rio lírico. R io de J a ­
n e iro. O C ru zeiro. 1958. (A n d o rin h a , pp. 47-50; "O s ca v a ­
lin h o s c o r r e n d o . . . ” , pp. 61-71; O p r o sis m o p o é tic o e "O
M a jo r ” , pp. 107-117).
44) F r a n c is c o de A s s is B a r b o s a : M ila g re d e u m a vida. ( I n :
O b ra s com p leta s, ed. A gu ila r, v ol. I, pp. X X X I - X C I X ) .
45) F r a n k l i n d e O l i v e i r a : M ed iev a lism o e M a n u el B a n d eira . ( I n :
C o rre io d a M a n h ã R io de J a n eiro, 26 d e ju lh o e 2, 16 e
23 de a g ô s to de 1958).
46) P é r ic l e s E u g ê n i o da S ilva R a m o s : O M o d ern ism o na poesia.
(I n : A L iter a tu ra n o B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin ho.
V o l. III, t. 1. R i o de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a .
1959, pp. 539-548).
47) M ar ia L u í z a R a m o s : E x e r c íc io d e c r ític a fe n o m e n o ló g ic a . ( I n :
K rite ricn , X III/5 1 -5 2 , ja n e iro -ju lh o de 1960, pp. 190-207).
48) E m a n u e l de M o r a e s : M a n u el B a n d eira . A n á lise e in te r p r e ­
ta çã o. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1963. 265 pp.

279
Ronald de Carvalho
Nasceu no Rio de Janeiro, em 16 de maio de 1893. Morreu 110
Rio de Janeiro, em 15 de fevereiro de 1935.

OBRAS POÉTICAS

Poemas e sonetos (Rio de Janeiro. Leite Ribeiro. 1919) ;


Epigramas irónicos e sentimentais (Rio de Janeiro.
Anuário do Brasil. 1922) ; Jogos pueris (1926) ; Tôda a
América (Rio de Janeiro. Pimenta de Melo. 1926).

Tendo sido colaborador dos faturistas portugueses e tendo


regressado ao academismo, tornou-se Ronald de Carvalho, depois,
modernista da primeira hora-, escolhendo a modalidade whitma-
niana. A bibliografia sôbre êle é, em grande parte, obra de
companheiros e amigos.

B ib lio g r a fia

1) T de A t a í d e : P r im e ir o s estu d os.
r is t ã o R io de J a n eiro. A gir.
1948. (R o n a ld , poeta , pp. 35-39; R on a ld , prosa d or,
pp. 134-141). ( E stu d o s e s c r ito s em 1919).
2) M a t e u s d e A l b u q u e r q u e : A s b ela s a titu d es. R io d e Ja n eiro.
A riel, s. d. (R o n a ld de C a rva lh o, pp. 65-77). ( E scr ito
em 1921).
3) J oão P in t o da S il v a : F isio n o m ia s de n o v o s.
S ã o P a u lo. M on ­
te iro L o b a to. 1922. (R o n a ld de C a rva lh o, pp. 3-10).
4) A g r ip in o G r ie c o : C a ça d ores d e sím b olos. R io de J a n eiro.
L e ite R ib e iro . 1923. (R o n a ld de C arvalh o, pp. 95-135).
5) P r u d e n t e de M o rais N eto e S érgio B u a r q u e de H o l a n d a : R o ­
nald d e C arvalh o. ( I n : E stética , 1/2, ja n e iro -m a rço de 1925,
pp. 215-218).
6) P a u l o S il v e ir a : A s a s e pa tas. R io de J a n eiro. B e n ja m in
C o sta lla t & M iccolis. 1926. (E n tre rosa s e ca ra m b ola s,
pp. 29-35).
7) A f o n s o A r in o s de M elo F r a n c o : A o re d o r d e tôd a a A m érica .
( I n : R e v is ta d o B ra sil, 2" fa se, 1/1, 16 de se te m b ro de 1926,
pp. 29-30).
8) T r is t ã o de A t a í d e : E stu d os. 1" série. R io de J a n eiro. T e r ra
d o Sol. 1927. (C on tin en tism o, pp. 31-38; À m a rg e m de d ois
poeta s, pp. 49-57).
9) F r a n c is c o G u a r d e r a s : R on a ld de C arva lh o. ( I n : M ov im en to
B ra sile iro, 1/13, ja n e iro de 1930).
10) João R ib e ir o : C rítica . Os M od ern os. R io de J a n eiro. A c a d e ­
m ia B ra s ile ira de L etras. 1952. (R o n a ld de C a rva lh o. T ô d a
a A m é rica , pp. 49-53). (.E scrito em 19S1).
11) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p o e sia b rasileira. 1932. (3* edi­
çã o. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 185-187).
12) H u m b e r t o de C a m p o s : C a rva lh os e roseira s. 4* ed içã o. R io
de J a n eiro. J osé O lím pio. 1935. (R o n a ld de C arvalh o,
pp. 116-122).

2 8 0
13) L u c D u r t a i n : R on a ld d e C arvalh o. ( I n : B o le tim do A riel,
IV /7 , a b ril de 1935, pp. 196).
14) L acerda P i n t o : R on a ld de C arvalh o. ( I n : A Ordern, R i o d e
Ja n eiro, a g ô s to de 1935, pp. 138-154).
15) J o sé M aria B e l o : Im a g e n s d e o n te m e de h o je. R io de J a ­
neiro. A riel. 1936. (R o n a ld de C a rva lh o, pp. 45-49).
16) J a im e de B a r r o s : E sp elh o d os livros. R io de J a n eiro. J osé
O lím pio. 1936. (M u n d o em fo r m a ç ã o , pp. 73-81; P o e ta e
p e n sa d o r d a A m érica , pp. 145-163).
17) R e n a t o A l m e i d a : R on a ld d e C arvalh o. ( I n : L a n te rn a V erd e,
n 5 3, fe v e r e ir o de 1936, pp. 7-13).
18) R e n a t o A l m e i d a : R on a ld d e C arva lh o e o m od ern ism o. ( I n :
L a n te rn a V erd e, n" 4, n o v e m b ro de 1936, pp. 68-84).
19) R odrigo O távio F i l h o : V elh o s a m ig os. R i o de J a n e i r o . J o s é
O lím pio. 1938. (T ra n s fo rm a ç õ e s de R o n a ld de C arvalh o,
pp. 41-50).
20) T o m a s M ü r a t : O sen tid o das m á sca ras. R io de J a n eiro. P o n -
getti. 1939. (R o n a ld de C arvalh o, pp. 43-47.
21) M a n u e l B a n d e ir a : A p r e s e n ta ç ã o da p o e s ia brasileira. R i o d e
Ja n eiro. Casa do E stu d a n te d o B ra sil. 1946, pp. 151-154.
(J u lg a m en to m e n o s fa v o r á v e l).
22) A lb e r t R . L o p e s e W il l is D . J a c o b s : R on a ld d e C a rva lh o, th e
“ B a la n ced V o ic e ” . ( I n : U n iv ersity o f K a n s a s C ity R e v ie w ,
X I X , 1953, pp. 163 168).
23) P e r ic l e s E u g ê n io da S ilva R a m o s : O M od ern ism o n a poesia .
(I n : A L iter a tu ra n o B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o.
V o l. I l l , t. 1. R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a .
1959, pp. 548-553).

Felipe d’Oliveira
F h l k D a u d t d ’ O l i v e i r a . Nasceu em Santa Maria da Bôea do
Monte (Rio Grande do Sul), em 2 3 de agôsto de 1 8 9 1 .
Morreu em Auxerre (França), em 17 de fevereiro de 1 9 3 2 .

OBRAS POÉTICAS

Vida extinta (Rio de Janeiro. Liga Marítima Brasileira.


1 9 1 1 ) ; Lanterna verde ( 1 9 2 6 ; nova edição, Rio de Ja»
neiro. Sociedade Felipe d ’Oliveira. 1 9 4 3 ) ; Obras (Rio
de Janeiro. Sociedade Felipe d ’Oliveira. 1 9 3 7 ) .

Assim como no caso de Ronald de Carvalho, a bibliografia


sôbre Felipe d ’Oliveira é principalmente de consagração.

B ib lio g r a fia

1) JoAo P i n t o da S i l v a : V u lto s do m eu ca m in h o. 2» série. P ô r to


A le g re . G lob o. 1926. (A p oesia n o v a e o R io G rande,
pp. 179-185).
2) R o n a l d d e C a r v a l h o : E stu d o s b ra sileiros. 2* série. R io de
J a n e iro . B rig u iet. 1931. (F e lip e d ’O liveira, pp. 57-66).

281
3) In M b m o r ia m de F e l ip e d ’ O l iv e ir a : R io de J a n eiro. E d . da
S o cie d a d e F elip e d’ O liveira. 1933.
3a) M a n u e l B a n d e i r a : N ú m e ro 31, p p . 137-139.
3b) M ário d e A n d r a d e : N u m ero 33, pp. 149-156.
4) A g r ip in o G r ie c o : F e lip e d’ O liveira. ( I n : B o le tim do A riel,
I I /6 , m a r ç o d e 1933, p. 145).
5) J osé G er aldo V ie ir a : F e lip e d’ O liveira. ( I n : L a n te rn a V erd e,
n * 1, m a io d e 1934, pp. 95-106).
6) R odrioo O távio F i l h o : V elh o s a m ig os. R io d e J a n eiro. J osé
O lím p io. 1938. (M eu a m ig o F elip e d ’O liveira, pp. 13-39).
7) CÉLio G o y a t á : O d ram a in te r io r d e F e lip e d’ O liveira. ( I n :
L a n te rn a V erd e, np 6, a b ril d e 1938, pp. 38-39).
8) G il b e r t o F r e y r e : P e r fi l d e E u clid es e o u tro s p e rfis. R io d e
J a n e iro . J osé O lím pio. 1944. (F elip e, pp. 167-171).
9) F a u s t o C u n h a : F e lip e d’ O liveira. ( I n : R e v is ta B ra n ca , R io
d e J a n e iro, 12, m a io -a g ô s to de 1950, p. 22).
10) R odrigo O t áv io F i l h o : O P e n u m b rism o . ( I n : A L ite r a tu r a n o
B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l . III, t. 1 . R i o de
J a n e iro . E d ito ria l Sul A m e rica n a . 1 9 5 9 , pp. 3 4 3 -3 5 0 ).

Ribeiro Conto
Rui R ibeiro Couto. Nasceu em Santos (São Paulo), em 12 de
março de 1898. Morreu em Paris, em 30 de maio de 1963.

OBRAS PRIN CIPAIS

O Jardim das confidências (São Paulo. Monteiro Lobato.


1921) ; O crime do estudante Batista (1922) ; Poemetos
de ternura e de melancolia (1924) ; TJm homem na
multidão (Rio de Janeiro. Odeon. 1926) ; Bahianinha e
outras mulheres (Rio de Janeiro. Civilização Brasileira.
1927) ; Cabocla (São Paulo. Companhia Editora Nacio­
nal. 1931); Noroeste e outros poemas do Brasil (São
Paulo. Companhia Editora Nacional. 1933; Província
(1934) ; Largo da Matriz (1941) ; Cancioneiro do ausente
(São Paulo. Martins. 1943).

Depois de ter começado como poeta simbolista, e antes de


voltar a ritmos tradicionalistas, Ribeiro Couto foi uma das prin­
cipais figuras do modernismo paulista (e carioca). É dessa época,
principalmente, a bibliografia numerosa sôbre êle.

Bibliografia
1) J o io R i b e i r o : C ritica . O s M od ern os. R io d e J a n eiro. A c a ­
d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1952. (O J a rd im das c o n fi­
d ên cia s, pp. 99-101). ( E s c r ito em 1921).
2) S érgio B u a r q u e de H o l a n d a : R ib e ir o C ou to. ( I n : E stética ,
1/1, s e te m b ro d e 1924, pp. 91-92).

282
3) R odrigo M. F . de A n d r a d e : R ib e ir o C ou to. ( I n : E stética , 1/2,
ja n e ir o -m a r ç o de 1925, pp. 213-215).
4) S érgio B u a r q u e de H o l a n d a : R ib eiro C ou to, U m hom em , na
m u ltid ão. ( I n : R e v is ta d o B ra sil, 2* fa se, 1/1, 15 d e s etem ­
b ro de 1926, pp. 31).
5) M ãrio de A n d r a d e : R ib e ir o C ou to, U m h o m em n a m u ltidão.
( I n : M an hã, R io de J a n eiro, 18 e 25 de se te m b ro de 1926).
6) P edro D a n t a s (P ru d e n te de M ora is N e to ) : U m h o m e m no
m undo. ( I n : M anhã, R io d e J a n eiro, 25 de setem b ro
de 1926).
7) T r istã o de A t a Id e : E stu d os. 1® série. R io de J a n eiro. T e r ra
de Sol. 1927. Ã m a rg e m d e d ois poeta s, pp . 49-57).
8) T r istã o de A t a í d e : E stu d os. 3* série. I 3 p a rte. R io de J a ­
n eiro. A O rdem . 1930. (O ' n osso V ild ra c, pp. 109-122).
9) R o n a l d de C a r v a l h o : E stu d o s b ra sileiros. 2* série. R io de
J a n e iro . B rig u iet. 1931. (R ib e ir o C outo, pp. 67-78).
10) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p o e sia b rasileira. 1932. (3* e d i­
çã o. R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp . 188-190).
11) P edro D a n t a s (P ru d e n te de M ora is N e t o ): C rítica literária.
( I n : A O rdem , V II/2 6 , a b ril d e 1932, pp. 278-281).
12) João R ib e ir o : C rítica. O s m od ern os. R io de J a n eiro. A c a ­
d e m ia B ra sileira d e L etra s. 1952. (R ib e ir o C ou to. N o ­
roeste, pp. 104-107). ( E s c r ito em 1933).
13) A d olfo C a s a is M o n t e ir o : A p o e sia d e R ib e ir o C ou to. L isb oa .
P re se n ça . 1935. 46 pp.
14) J a im e de B a r r o s : E sp elh o d os livros. R io de J a n eiro. J o s é
O lím pio. 1936. (O p oeta d o fr io e d a ch u va , pp. 351-356).
15) T r is t ã o d e A t a I de : P o e s ia b rasileira c o n tem p o râ n ea . B e lo
H o rizo n te . P a u lo B lu h m . 1941, pp. 81-97.
16) M ã r i o d e A n d r a d e : O em p a lh a ã or d e pa ssa rin h os. São P a u lo.
M a rtin s. 1946. (U m C a n cion eiro, pp. 199-203).
17) M a n u e l B a n d e i r a : A p r e s e n ta ç ã o da p o e sia brasileira. R io d e
Ja n e iro . C asa d o E stu d a n te do B ra sil. 1946, pp. 154-157.
18) S érgio M i l l ie t : D iá rio crítico . III. S ã o P a u lo. M a rtin s. 1946,
pp . 210-218.
19) D u a r t e de M o n t a l e g r e : R ib e ir o C ou to, p o e ta da seren id a d e.
(I n : B ra sília , C oim bra, IV , 1949, pp. 69-83).
20) R odrigo O távio F i l h o : O P e n u m b rism o . ( I n : A L iter a tu ra
n o B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. I l l , t. 1. R io
de J a n e iro. E d ito ria l Sul A m erica n a . 1959, pp. 367-372).
21) P e r ic l e s E u g ê n io da S il v a R a m o s : O M o d ern ism o n a p oesia .
( I n : A L iter a tu ra n o B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o.
V o l. I l l , t. 1. R io d e J a n eiro. E d ito ria l S u l A m erica n a .
1959, pp. 555-560).

Menotti dei Picchia


P aulo M e n o t ti d e l P ic c h ia . Nasceu em São Paulo, em 1892.

OBRAS POÉTICAS PRIN CIPAIS

Juca Mulato (São Paulo. Tip. Ideal. 1917 ; 5.a edição. São
Paulo. Monteiro Lobato. 1925) ; Chuva ãe pedras (São

283
Paulo. Hélios. 1 9 2 5 ); República dos Estados Unidos do
Brasil (1 9 2 8 ); Poemas (15.a edição. São Paulo. Compa­
nhia Editora Nacional. 1935), etc.

M enotti del Picchia, que p erten ce à ala nacionalista do m ovi­


m ento de São Paulo, deve porém seu sucesso principal ao volume
“ Juca M ulato” , anterior ao modernismo.

B ib lio g r a fia
1) T r is tã o deA t a I d e : P r im e ir o s estu d os. R i o d e J a n e i r o . A g i r .
1948. (U m poeta, pp. 127-133). ( E s c r ito em 1919).
2) J oão R ib e ir o : J u ca M u lato. ( I n : O Im p a rcia l, R i o de J a n eiro,
25 de fe v e r e ir o de 1920).
3) E l ó i P o n t e s : O bra alheia. R io de J a n eiro. Selm a. s. d.,
pp. 259-270.
4) H d m b e r t o de C a m p o s : C ritica. V ol. III. R io de J a n eiro. J osé
O lím p io. 1935. (M en otti dei P ic ch ia , pp. 7-33).
5) P é r ic l e s E u g ê n io da S il v a R a m o s : O m o d ern ism o na poesia.
( I n : A L iter a tu ra n o B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o.
V o l. I l l , t. 1. R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a .
1959, pp. 515-518).

Guilherme de Almeida
G u ilh e r m e
d e A n d r a d e e A lm e id a . Nasceu em Campinas (São
Paulo), em 24 de julho de 1890.

OBRAS PRINCIPAIS

Nós (São Paulo, Ofic. Estado de São Paulo, 1 9 1 7 ); A dança


das horas (São Paulo. Ofic. Estado de São Paulo. 1919) ;
Livro das horas de Soror Dolorosa (São Paulo. Ofic.
Estado de São Paulo, 1 9 2 0 ); A frau ta que eu p erdi (Rio
de Janeiro. Anuário do Brasil. 1 9 2 4 ); Meu (São Paulo.
José Napoli. 1925); Raça (1 92 5 ); etc.; Poesia vária
(São Paulo. Martins. 1947).

Guilherme de Alm eida também deve seu sucesso considerável


aos versos que escreveu antes e depois da fase modernista.

B ib lio g r a fia

1) T r istã o de A t a íd e :P r im e ir o s estu d os. R io de J a n eiro. A g ir.


1948. (U m g ra n d e p o e ta e ou tros, pp. 155-161). ( E s c r ito
em 1919).
2) M ed eir ose A l b u q u e r q u e : P á g in a s d e crítica . R io de J a n eiro.
L e ite R ib e ir o & M au rílio. 1920. (G u ilh erm e de A lm eida ,
N ós, pp. 505-507).
3) J oão P i n t o da S i l v a : F isio n o m ia d e n o v o s. São P a u l o . M o n ­
te iro L ob a to. 1922. (G u ilh erm e de A lm eid a , pp. 231-247).

284
4) P ru dente de M o r a is N e t o : G u ilh erm e ã e A lm eid a . ( I n : E s té ­
tica , l/ l, s etem b ro d e 1924, pp. 92-94).
5) M 'a r t i n s de A l m e i d a : A fr a u ta q u e eu perdi. ( I n : R e v i s t a do
B ra sil, 1» fa se, IX , d ezem b ro de 1924, pp. 329-333).
6) M ár io de A n d r a d e : G u ilh erm e d e A lm eid a. ( I n : E stética , 1/3,
a b ril-ju n h o de 1925, pp. 296-306).
7) T r is t Xo de A t a í d e : E stu d os. I 5 série. R io de J a n eiro. T e r ra
de Sol. 1927. (B ra sileirism o, pp. 77-85).
8) R o n a l d d e C a r v a l h o : E stu d o s b rasileiros. 2» s é r i e . R i o d e
Ja n eiro. B rig u iet. 1931. (G u ilh erm e de A lm eid a , pp. 45-56).
9) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p o e sia brasileira. 1932. (3* e d i­
çã o. R io de J a n eiro. José O lím pio. 1947, pp. 231-233).
10) S érgio M il l i e t : T erm in u s s ê c o e o u tro s co q u etéis. S ã o P a u lo.
Irm ã o s F e rra z. 1932. (G u ilh erm e d e A lm eid a , pp. 181-197).
11) M a n u e l B a n d e ir a : C rôn ica s da P r o v ín cia do B ra sil. R io d e
de Ja n eiro. C iviliza çã o B ra sileira . 1937. (G u ilh erm e de
A lm eida , pp. 143-145). (F a m o sa s o b s e r v a ç õ e s sô b r e a t é c ­
n ica do v e r s o ).
12) R oger B a s t id e : P o e ta s do B rasil. C u ritiba. G uaíra. 1947.
pp. 63-69.
13) S érgio M i l l i e t : D iário crítico . V ol. V . S ã o P a u lo. M artins.
1948, pp. 169-176.
14) R o d r ig o O t á v i o F i l h o : O P en u m b rism o . ( I n : A L iter a tu ra
n o B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. I l l , t. 1. R io
de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a . 1959, pp. 361-366).
15) P e r ic l e s E u g ê n io da S il v a R a m o s : O M o d ern ism o na poesia .
( I n : A L iter a tu ra n o B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o.
V o l. I l l , t. 1. R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a .
1959, pp. 518-522).

Cassiano Ricardo
Nasceu em São José dos Campos (São
C a s s ia n o R ic a r d o L e it e .
Paulo), em 26 de julho de 1895.

OBRAS PRINCIPAIS

A frauta de pan (1917) ; B orrões de verde e amarelo (São


Paulo, Hélios, 1926) ; Vamos caçar papagaios (São Paulo.
Hélios. 1926) ; Martim C ererê (São Paulo. Revista dos
Tribunais. 1928; 8.a edição, 1943); O sangue das horas
(São Paulo. Companhia Editora Nacional. 1943) ; Um
dia depois do outro (São Paulo. Companhia Editora
Nacional. 1947) ; Poemas Murais (Rio de Janeiro. José
Olympio. 1950).

EDIÇÃO

1) Poesias completas. 3 vols. São Paulo. Companhia Edi­


tora Nacional. 1947.
2) Poesias completas. Rio de Janeiro. José Olympio. 1957.

2S5
Tendo passado pelo modernismo nacionalista, Cassiano Ricardo
chegou a um lirismo pessoal. A bibliografia crítica reflete essa
evolução só de maneira muito incompleta, evidenciando, porém , a
valorização cada vez mais ascendente.

Bibliografia
1) V eiga M Os fa isca d o res. Sãó P a u lo. M o n te iro L ob a to.
ir a n d a :

1925. (O E v a n g e lh o de P an , pp. 95-103).


2) J oão R ib e ir o : V a m o s c a ça r pa pa ga ios. (In : J o r n a l do B r a s il,
16 de a b ril de 1926).
3) P ru dente de M orais N e t o : C assiano R ica rd o. ( I n : R e v is ta
d o B ra sil. 2“ fa se, 1/5, 15 d e n o v e m b ro de 1926, pp. 30-31).
4) T r is t ã o de A t a íd e : E stu d os. 1* série. R io de J a n eiro. T erra
d o Sol. 1927. (V e rs o s de h o je e on tem , pp. 86-93).
5) João R ib e ir o : C ritica. Os M od ern os. R io de J a n eiro. A c a ­
de m ia B rasileira, de L etra s. 1952. (M a rtim C ererê,
pp . 135-138). (.E scrito em 1928; p r ed iz a fu tu r a ev olu çã o
d o p o e ta ).
6) R oger B a s t id e : C assia no R ica rd o. ( I n : A M anhã, S u plem ento
L e tra s e A rtes, 21 e 28 de se te m b ro de 1947).
7) S érgio M il i . iet : D iá rio crítico . V. São P a u lo. M a rtin s. 1949,
pp. 126-133.
8) A lv a r o L i n s : J orn a l d e crítica . 6* série. R io de J a n eiro.
J o s é O lím p io. 1951, pp. 40-44.
9) J o io G a s p a r S i m õ e s : U m a in te r p r e ta ç ã o da m e n sa g em de
C a ssia n o R ica rd o. ( I n : A M an hã, S u plem en to L etra s e
A rte s. R io d e J a n eiro, 18 de fe v e r e ir o de 1951).
10) D o m in g o s C a r v a l h o da S i l v a : R e f le x õ e s sô b r e a p o e sia d e
C assia n o R ica rd o. (I n : A M anhã, Su plem en to L etra s e
A rte s . R io de J a n eiro, 21 de ou tu b ro de 1951).
11) S érgio M i l l ie t : P a n ora m a da m o d ern a p oesia brasileira. R io
de J a n e iro. M in istério d a E d u ca çã o . 1952, pp . 25-33.
12) E d u a r d o P o r t e l l a : D im en sõ es.
I . R io d e J a n eiro. J osé O l í m ­
p io . 1958. (C a ssia n o R ic a r d o : n ô v o sen tid o d a exp ressão,
pp . 127-134).
13) PÉRicLES E u g ê n i o da S il v a R a m o s : O M od ern ism o n a poesia .
( I n : A L ite r a tu r a n o B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o.
V o l. I l l , t. 1. R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a .
1959, pp. 527-533).
14) O s w a l d in o M a r q u e s : O la b ora tório p o é tic o d e C assiano R i­
ca rd o. R io de J a n eiro. C iviliza çã o B ra sileira . 1962. 452 pp.
15) M ário C h a m ie : P a la v r a -lev a n ta m en to na p o e sia d e C assiano
R ica rd o . R io d e J a n eiro. L iv ra ria São J osé. 1963. 141 pp.

Plínio Salgado
Nasceu em São Bento de Sapucaí (São Paulo), em 22 de janeiro
de 1901.

286
BOM ANCES PRIN CIPAIS

0 estrangeiro (São Paulo. Hélios. 1926; 3 a edição. Rio de


Janeiro, José Olympio. 1936; 5.a edição. São Paulo.
Panorama. 1 9 4 8 ); O esperado (São Paulo. Companhia
Editora Nacional. 1931); O cavaleiro de Itararé (São
Paulo. Unitas. 1933).

A bibliografia, excluindo as obras políticas do autor, só se


refere à sua fase de romancista, pertencendo ao m ovimento
modernista-nacionalista.

Bibliografia
1) N estor V ít o r : Os de h o je. São P a u lo. C u ltu ra M od ern a .
1938, pp. 116-123. ( E s c r ito e m 19Z6).
2) P rudente d e M o r a i s N e t o : P lin io Salgado, O estra n g eiro . (I n :
R e v is ta d o B ra sil, 2* fase, 1/4, 30 de o u tu b r o d e 1926,
pp. 41-42).
3) R o d r i g o M . F . d e A n d r a d e : P lín io Salgado. ( I n : R e v is t a d o
B ra sil, 2* fa s e , 1/9, 15 de ja n e ir o de 1927, pp . 42-43).
4) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p r o sa b rasileira. 1 9 3 3 . (2 » e d i ­
çã o . R io d e J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 229-230).
5) T r i s t ã o d e A t a I d e : E stu d os. 5* série. R io d e J a n eiro. C ivili­
z a çã o B ra sileira . 1935. (E s p e ra d o ou D e s e s p e ra d o ?,
pp. 197-205).

Raul Bopp
Nasceu em Tupaceretã (Rio Grande do Sul), em 4 de agôsto de
1898.

OBKAS

Cobra Norato (1931, 3.a edição, 1 9 5 6 ); TJrucungo (Rio de


Janeiro. Ariel. 1933).

EDIÇÃO

Poesias. Zürich. Orell Fuessli. 1947.


A poesia rara de Raul B opp situa-se no ponto de contato
entre o modernismo estético e o nacionalismo literário.

Bibliografia
1) JoXo R i b e i r o : C ob ra N o ra to . (I n : J o rn a l d o B ra sil, 23 de
d e z e m b ro de 1931). (T r a n s c r ito in : C rítica . O s M od ern os.
R io de J a n eiro. A c a d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1952,
pp. 203).
2) A d e m a r V i d a l : A p r o p ó sito d e C ob ra N o ra to . (In : B o le tim
d o A riel, 1/4, ja n e iro de 1932, p. 4 ).

287
3) M ú cio LfcÃo: U ru cu n go. ( I n : J o rn a l do B ra sil, 22 d e ju lh o
de 1933).
4) M ú cio L eã o: C ob ra N o ra to . ( I n : J orn a l do B ra sil, 2 de m a io
d e 1 9 3 4 ).
5) Á lv a r o L i n s : J orn a l de C rítica. 6» série. R io de J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1951, pp. 37-40.
6) C a r l o s D r u m m o n d df A n d r a d e : P a s s e io na ilha. R io de Ja­
n eiro. O rg a n iza çã o S im ões. 1952. (R a u l B op p , pp. 184-188).
7) PÉRici.ES E u g ê n i o da S il v a R a m o s : O M od ern ism o na poesia .
( I n : A L iter a tu ra n o B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o.
V ol. I l l , t. 1. R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a .
1959. p p . 5 3 4 -5 3 7 ).

Augusto Meyer
Nasceu em Pôrto Alegre, em 24 de janeiro de 1902.

OBRAS POÉTICAS

Coração verde (Pôrto Alegre. Globo. 1926); Girahtz (Pôrto


Alegre. Globo. 1928); Poemas de Bilu (Pôrto Alegre.
Globo. 1929); Sorriso interior (Pôrto Alegre. Globo.
1930); Poesias (1922-1955) (Rio de Janeiro. Livraria
São José. 1957).

Augusto Meyer, cuja poesia talvez não tenha sido bastante


apreciada, ao lado de sua excelente obra de ensaísta, aparece neste
capítulo como representante do modernismo xul-rw-yrawls í-ve.

B ib lio g r a fia
1) J oão P i n t o da S i l v a : V u lto s do m e u ca m in h o. 2» s é r i e . P ô r t o
A le g re . G lob o. 1926. (A p oesia nova e o R io G rande,
pp. 186-193).
2) M anuel B a n d e i r a : A u g u sto M e y e r , C ora çã o V erd e. ( I n : R e ­
v is ta d o B ra sil, 2* fa se, 1/9, 15 de ja n e iro d e 1927, pp. 41-42).
3) T ristã o de AtaIdk : E stu d os. 3* série. 1* parte. R io de J a n eiro.
A O rdem . 1930, pp. 56-71.
4) C a r l o s D a n t e de M o r a e s : V ia g en s in te rio re s. R io de Ja n eiro.
S ch m id t. 1931. (A u g u s to M eyer, pp. 103-130).
5) R u i de C a r v a l h o : A u g u sto M ey er . (I n : D o m C a sm u rro, 20
de a g ô s to de 1938).
6) M o y s é s V e l l i n h o : L e tr a s da P ro v ín cia . P ô r to A leg re. G lobo.
1944. A u g u s to M eyer, p o e ta e crítico , pp. 39-58).
7) C a r l o s D a n t e de M o r a e s : R ea lid a d e e fic ç ã o . R io de J a n eiro.
M in isté rio d a E d u ca çã o e Saúde. 1952. (A p oesia de
A u g u sto M ey er e a in fâ n cia , pp. 44-61).
8) C a r l o s D a v id : A ed u ca çã o do p o eta . N o ta s p a ra u m a b iog ra ­
fia literária. ( I n : R e v is ta d o L iv ro, R io de J a n eiro, 6, ju n h o
de 1957, pp. 193-197).
9) P iSr ic l e s E u g ê n io da S ilva R a m o s : O M od ern ism o n a p oesia .
( I n : A L iter a tu ra n o B ra sil, edit, p or A fr â n io C ou tin h o.

ÜHH
V ol. I l l , t. 1. R io d e J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a .
1959, pp. 596-601).
10) O tto M C a r p e a u x : L iv r o s n a M esa .
a r ia R io d e J a n eiro. L i­
v r a r ia São J osé. 1960. (O c r í t i c o A u g u sto M e y e r , pp. 155-161).

Alcântara Machado
A n tô n io C a s tilh o de A lc â n ta r a M ach ad o de O l i v e i r a . Nasceu
em São Paulo, em 25 de maio de 1901. Morreu no Rio de
Janeiro, em 14 de abril de 1935.

OBRAS

Braz, Bexiga e Barra Funda (São Paulo. Hélios. 1927) ;


Laranja da China (São Paulo. Empresa Gráfica Ltda.
1928 ; 2.a edição, junto com a obra precedente. São Paulo.
Martins. 1944) ; Mana Maria (Rio de Janeiro. José
Olympio. 1936).

EDIÇÃO

Novelas paulistanas. Rio de Janeiro. José Olympio. 1961.

Alcântara Machado aparece no fim dêste capitulo como o


mais nôvo dos modernistas paulistas, em cuja obra, infelizmente
interrompida pela morte, já se anunciam novos rumos e tendências
literárias. Ainda não existe estudo completo, digno da importância
do contista.

B ib lio g r a fia
1) T r is t ã o de A t a I d e : E stu d os. 1* série. R io d e J a n eiro. T erra
do Sol. 1927. (S inais, pp. 67-76).
2) J o ã o R i b e i r o : B ra z , B e x ig a e B a rra F u n d a. (I n : J o rn a l do
B ra sil, 4 de m a io de 1927). (T ra n s cr ito in : C ritica. Os M o ­
d ern os. R io de J a n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira de L etras.
1952, pp. 314-317).
3) J o ã o R i b e i r o : L a ra n ja da China. ( I n : J o rn a l d o B ra sil, 24 de
ou tu b ro de 1928). (T ra n scr ito in : C rítica . Os M od ern os.
R io de J a n eiro. A ca d e m ia B ra sileira de L etra s. 1952,
pp. 317-318).
4) S é r g i o M i l l i e t : T erm in u s s ê c o e o u tro s co q u e té is . São P a u lo.
Irm ã o s F erra z. 1932. A n tô n io de A lcâ n ta ra M a ch a d o,
pp. 337-348).
5) T r i s t ã o d e A t a í d e : E stu d os. 2* série. 2" e d içã o . R io de Ja­
n eiro. C iv iliza çã o B ra sileira . 1934. (R o m a n cis ta s d o sul,
pp. 29-32).
6) S é r g i o B u a r q u e d e H o l a n d a : R ea lid a d e e poesia . S ôb re A n ­
tô n io de A lcâ n ta ra M a ch a d o. ( I n : E sp elh o, n" 5, a g ôsto
de 1935).
7) J a i m e d e B a r r o s : E sp elh o dos livros. R io de J a n eiro. J osé
O lím pio. 1936. (U m r o m a n cis ta d o Sul, pp. 329-336).

289
8) A n t ô n io de A l c â n t a r a M achado. E m M e m ó r ia . S ão P au lo.
E . P o c a í. 1936. 196 pp. (A r tig o s e estu d os de A g rip in o
G rie co , A u g u s to F r e d e r ic o S ch m id t, A u stra g é s ilo de A taíde,
C â n d id o M ota F ilh o, E d g a r d C a va lh eiro, F r a n c is c o de A ssis
B a rb o s a , J osé L in s d o R ê g o , M á rio d e A n d ra d e, M ário
G uastan i, M ú cio L eã o, R o d r ig o M. F . de A n d ra d e, S érg io
B u a rq u e de H ola n d a , S é rg io M illiet, T r istã o de A ta íd e ).
9) J orge A m a d o : M a na M aria. ( I n : B o le tim d o A riel, V / l l ,
a g ô s to de 1936, pp. 292-293).
10) O s c a r M e n d e s : M a na M aria. (I n : F ô lh a d e M inas. B elo
H o rizo n te , 25 d e ou tu b ro de 1936).
11) Á l v a r o L i n s : J orn a l d e critica . I» série. R io de J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1941. (U m d o c u m e n to do m od ern ism o,
p p . 189-196). (.Sôbre “ M a n a M a ria ").
12) S érgio M il l ie t : F o r a d e fo r m a . S ã o P a u lo. A n ch ieta . 1942.
(A lcâ n ta ra M a ch a d o, pp. 38-43).
13) J o s é L i n s d o R ê o o : G ord os e m a g ros. R i o d e J a n e i r o . C a s a
do E stu d a n te do B ra sil. 1944. (A lcâ n ta ra M a ch a do,
pp . 54-56).
14) S érgio M i l l i e t : In tro d u çã o da r eed içã o d e B ra z, B e x ig a e
B a r ra F u n d a e L a ra n ja da C hina. São P a u lo. M artins.
1944, pp. 5-19.
15) F r a n c is c o de A s s i s B a r b o s a : N o ta s ô b r e A lcâ n ta ra M a ch id o .
In tr o d u ç ã o d a s N o v ela s pa u listan as. R io de J a n eiro. J osé
O lím p io. 1961, pp. 13-49.

O GRUPO ESPIR ITU ALISTA

O caráter dessa ala do modernismo já está definido pelos


nomes dos críticos Jackson de Figueiredo e Tristão de Ataíde. Os
poetas do grupo vêm do simbolismo (Murilo Araújo) e alcançam
o pós-modernismo ( Cecília Meireles) ; o romance está representado
por Cornélio Pena.

Bibliografia
1) A lceu A m o r o s o L i m a : A r e a ç ã o esp iritu a lista . ( I n : A L ite ­
ra tu ra n o B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin h o. V o l. II, t. 1.
R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a . 1959, pp. 395-428).

Jackson de Figueiredo
J a c k s o n d e F ig u e ir e d o M a k tin s . Nasceu em Aracaju (Sergipe),
em 9 cie outubro de 1891. Morreu no Rio de Janeiro, em
4 de novembro de 1928.

OISKAS PRINCIPAIS

Pascal e a inquietação moderna (Rio de Janeiro. Ceutro 1).


Vital. 1924; Coluna de fogo (Rio de Janeiro. Centro

290
D. Vital. 1925) ; Aevum (Rio de Janeiro. Centro D.
Vital. 1930) ; Correspondência, (Rio de Janeiro. ABC.
1938).

O fundador do Centro D. Vital e da revista “ A Ordern” é o


criador do “ renouveau catholique” no Brasil. A bibliografia
sôbre Jackson de Figueiredo foi escrita principalmente pelos seus
correligionários.

Bibliografia
1) T asso da S :
il v e ir a A I g r e ja silen ciosa . R io de J aneiro.
A n u á rio do B ra sil. 1922. (J a c k s o n de F ig u e ire d o ,
pp. 175-188).
2) H a m il t o n N o g u e ir a : J a c k s o n d e F ig u e ir e d o , o d ou trin á rio
ca tó lico . R io de J a n eiro. T e r ra d o Sol. 1923. 254 pp.
3) P e r i l o G o m e s : J a ck so n d e F ig u eir ed o , o d o u trin á rio p olítico.
R io de J a n eiro. C en tro D . V ita l. 1926. 142 pp .
4) I n M e m o r i a m J a c k s o n d e F i g u e i r e d o . R io de J a n eiro. C en tro
D . V ital. 1929. 376 pp. (C o la b o ra çã o de G r a ç a A ran ha,
H a m ilto n N og u eira , A fr â n io P e ix o to , R o n a ld de C a rva lh o,
A u g u sto F r e d e r ic o S ch m id t, S érg io B u a rq u e d e H olanda,
T a sso d a S ilveira, B a rre to F ilh o, N e s to r V ítor, R e n a to
A lm eid a , A n d ra d e M u rici, A g rip in o G rieco, J ôn a ta s Ser­
ra n o, J o rg e de L im a , M u rilo A ra u jo , L eon el F r a n ca , U riel
M arqu es, T ristã o de A ta íd e ).
5) T r i s t ã o d e A t a í d e : E stu d os. 3* série. 2* p a rte. R io de J a ­
n eiro. A O rdem 1930. (U m realista, pp. 255-270).
6) O t á v i o d e F a r i a : O ro m a n c e d e J a ck so n d e F ig u eir ed o . (I n :
B o le tim de A riel, 1/9, ju n h o de 1932, pp. 6-7).
7) B a r r e t o F i l h o : In tro d u çã o da C o rresp o n d ên cia . R io de J a ­
n eiro. A B C . 1938, pp. 5-39.
8) T r i s t ã o d e A t a í d e : J a ck so n . P o s fá c io d a e d iç ã o d a C orres­
pon d ê n cia . R io de J a n eiro. A B C . 1938, pp. 197-230.
9) T asso da S i l v e i r a : J a c k s o n d e F ig u eir ed o . R io de J a n eiro.
A g ir. 1945. 44 pp.
10) J. F e r n a n d o C a r n e i r o : J a ck so n d e F ig u eir ed o . (I n : A O rdem ,
ja n e iro -fe v e r e iro de 1946, pp. 52-67).
11) C a r l o s D a n t e d e M o r a i s : R ea lid a d e e fic ç ã o . R io de J a n eiro.
M in isté rio d a E d u c a ç ã o e Saúde. 1952. (J a c k s o n de F i­
gu e ire d o , in tro s p e c tiv o e rom a n cista , pp. 77-91).
12) J o s é S i l v é r i o L e i t e F o n t e s : J a ck so n d e F ig u eir ed o . Sentido
d e su a ob ra. A ra ca ju . 1952. ( T e s e ).
13) J o s é R a f a e l d e M e n e z e s : A p rese n ta çã o . ( I n : J a ck s o n de F i­
gu e ire d o . P r o sa . R io d e J a n eiro. A g ir. 1958, pp. 5-19).
14) F r a n c i s c o I g l e s i a s : E stu d o sô b r e o p e n sa m en to rea cio n á rio ,
J a ck so n d e F ig u eir ed o . ( I n : R e v is ta B ra s ile ira de C iên cia s
Socia is, I I /2 , ju lh o de 1962, pp. 3-52).

Tristão de Ataíde
Pseudônimo de A l c e u A m o r o s o L im a . Nasceu no Rio de Janeiro,
em 11 de dezembro de 1893.

291
OBRAS DE CRÍTICA LITERÁRIA

Afonso Arinos (Rio de Janeiro. Anuário do Brasil.


1922) ; Estudos (5 séries) Rio de Janeiro. Terra do
Sol. A Ordem e Civilização Brasileira. 1927-1935) ;
Poesia brasileira contemporânea (Belo Horizonte. Panlo
Bluhm. 1940) ; Primeiros estudos (Rio de Janeiro. Agir.
1948), etc.

Gomo crítico “ em disponibilidade” , acompanhando a evolução


do pré-modernismo e do modernismo da primeira fase e depois, já
se tendo convertido ao catolicismo, continuando a obra de Jackson
de Figueiredo, exerceu Tristão de At aide influência incomensu­
rável nas letras brasileiras.

B ib lio g r a fia

1) A g r ip in o G r ie c o : C a ça d ores d e sím b olos. R io de J a n eiro.


L eite R ib e iro . 1923. (T ris tã o de A taíd e, pp. 137-164).
2) J o ã o R i b e i r o : C rítica. Os M od ern os. R i o d e J a n e i r o . A c a ­
d em ia B ra sileira de L etra s. 1952. (T ris tã o de A taíd e, E s ­
tu dos, pp. 340-344). ( E s c r ito em 1927).
3) N e s t o r V í t o r : Os de h o je. S ã o P a u lo. C u ltu ra M od ern a . 1938,
pp. 174-193. ( E s c r ito em 1929).
4) R onald de C a h v a l h o : E s tu d o s b rasileiros. 2“ série. R io de
J a n e iro . B rig u iet. 1931. (T r is tã o de A taíd e, pp . 109-122).
5) O s c a r M e n d e s : A alm a d os livros. B elo H orizon te. O s A m i­
gos do L iv ro . 1932. (U m d e s co b rid o r de alm as, pp. 71-84).
6) A g r i p i n o G r i e c o : E v o lu çã o da p r o sa b rasileira. 1933. (2» ed i­
çã o. R io de J a n eiro. José O lím pio. 1947, pp. 253-260).
7) C a r l o s D a n t e d e M o r a i s : T ristã o d e A ta íd e e o u tro s estu d os.
P ô r to A le g re. G lobo. 1937, pp. 7-60.
8) A n c i l l a O ’N e i l l : T ristã o de A th a y d e and th e C a th olic S ocial
M o v e m e n t in B razil. W a sh in g to n . T h e C a th olic U n iversity
o f A m e rica . 1939. 156 pp.
9) E uryalo C annabrava: T ristã o d e A ta íd e, e scr ito r . ( I n : C a ­
d e rn o s d a H o ra P resen te, r.'' 9, ju lh o -a g ô s to de 1940,
pp. 165-168).
10) A rnaldo de M ir a n d a B arbo sa: A c o n c e p ç ã o h a rm on iosa do
u n iv erso em T ristã o de A ta íd e. (I n : B ra sília , C oim b ra I.
1942, pp. 153-166).
11) M ã r i o d e A n d r a d e : A s p e c to s da litera tu ra b rasileira. R io de
J a n e iro . A m e ric-E d it. 1943. (T ris tã o de A taíd e, pp. 15-40).
(E stu d o m u ito c r ític o ).
12) ãlvaro L in s : O critico T ristã o d e A ta íd e. ( I n : A tlâ n tico,
L isb oa , n ’ 3, 1943. pp. 169-171).
13) R o berto A l v im C o r r e i a : A n te u e a crítica . R io de Ja n eiro.
J osé O lím pio. 1948. (T ris tã o do A taíde, pp. 175-189).

Murilo Araújo
Nasceu em Sêrro (Minas Gerais), em 26 de outubro de 1894
OURAS PRINCIPAIS

A cidade de ouro (1921; 2.a edição. Rio de Janeiro. Brasil


Editora. 1933); Iluminação da vida (Rio de Janeiro.
Benedito de Sonsa. 1927) ; As sete côres do céu (Rio de
Janeiro. Livraria Católica, 1933); A escadaria acesa
(Rio de Janeiro. Civilização Brasileira. 1942).

KD1ÇÃO

Pormos completos. 3 vols. Rio de Janeiro. Pongetti. 1960.

O movimento espiritualista, dentro do modernismo brasileiro,


tem relações com correntes semelhantes do pré-modernismo e com
tendências anteriores, da época do simbolismo. A poesia daquele
movimento também tem raizes simbolistas, o que — conforme o
destino especial do simbolismo no Brasil — Ihe dificulta o reco­
nhecimento em círculos mais amplos.

B ib lio g r a fia

1) J oão R ib e ir o :C rítica. Os M od ern os. R i o de J a n eiro. A c a d e ­


m ia B ra sileira de L etra s. 1952. (M u rilo A ra ú jo , pp. 219-222).
( E s c r ito em 1917).
2) A ndrade M u r ic i: O su a v e con v ív io. R io de J a n eiro. A n u á rio
do B ra sil. 1922. (A C idade de O uro, pp. 62-71).
3) N e sto r V ít o r : C a rta s à g e n te n ova . R io de J a n eiro. A n u á rio
d o B ra sil. 1924. (A C idade de O uro, pp. 278-305).
4) N estor V I t o r :O s d e h o je. São P a u lo. C u ltu ra M od ern a . 1938.
(M u rilo A ra ú jo , pp. 105-115). ( E s c r ito em 1927).
5) A ndrade M u r i c i : A n o v a litera tu ra b rasileira. P ô r to A legre.
1936, pp. 113-117.
6) D . M a r t i n s d e O l i v e i r a : D iscu rs o d e sa u d ação a M u rilo A ra ú jo .
(I n : B ib lio te ca d a A ca d e m ia C a rio ca de L etra s. C a d ern o
n" 19. R io de J a n eiro. J orn a l d o C om ércio. 1950, pp. 37-57).
7) P É R icL E S E u g ê n i o d a S il v a R a m o s : O M od ern ism o na poesia .
(I n : A L iter a tu ra n o B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin h o.
V ol. III, t. 1. R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a .
1959, pp. 568-571).

Cornélio Pena
Nasceu em Petrópolis, em 20 de fevereiro de 1896. Morreu no
Rio de Janeiro, em 12 de fevereiro de 1958.

OBRAS

Fronteira (Rio de Janeiro. Ariel. 1936); Os dois romances


de Nico Horta (Rio de Janeiro. José Olympio. 1939),
Jiepovso (Rio de Janeiro. A Noite. 1948).

293

19
EDIÇÃO

Obras completas (Rio de Janeiro. José Aguilar. 1958).

Cornélio Pena representa, dentro do movimento espiritualista,


o romance introspectivo.

Bibliografia
1) R u th P a c h e c o : F r o n te ir a , d e G orn élio P en a . ( I n : B oletim
d o A riel, V /6 ,^ m a rç o de 1926, pp. 164).
2) O t á v io d e F a r ia T F r o n teira . ( I n : B o le tim d o A riel, V /1 2 , de
s e te m b ro d e 1936, pp. 314-315).
3) T r i s t Xo d e A t a I d e : F r o n teira . ( I n : F ro n te ira s, R e c ife , V /1 9 ,
n o v e m b ro de 1936, p p 1).
4) A d o n ia s F il h o : O s r o m a n c e s d e C o rn élio P en a . ( I n : A
M anhã, S u plem en to L ite rá rio , 17 de ju n h o de 1945).
5) O l í v i o M o n t e n e g r o : O r o m a n c e brasileiro. 2* ed içã o. R io d e
J a n eiro. J osé O lím pio. 1953. (C orn élio P en a, pp. 231-242).
6) A d o n i a s F i l h o : M o d ern o s fic c io n is ta s b ra sileiros. R io de J a ­
n e iro. O C ru zeiro. 1958. (O c o r a ç ã o v io la d o , pp. 29-37).
7) A d o n i a s F i l h o : O s ro m a n c e s da h um ildade. In tro d u çã o da
e d iç ã o A g u ila r. 1958, pp . X I I I -X L V I .

Cecília Meireles
Nasceu no Rio de Janeiro, em 7 de novembro de 1901

OBRAS PRINCIPAIS

Nunca mais e poema dos poemas (1 92 3 ); Viagem (Lisboa.


Ed. Ocidente. 1 9 3 9 ); Vaga música (Rio de Janeiro.
Pongetti. 194 2); Mar absoluto (Pôrto Alegre. Globo.
1945); Retrato natural. (Rio de Janeiro. Livros de
Portugal. 1 949); Romanceiro da Inconfidência (Rio de
Janeiro. Livros de Portugal. 1953).

EDIÇÃO

Obra poética (Rio de Janeiro. José Aguilar. 1958).

A poesia de Cecília Meireles tem suas raízes no simbolismo, o


que explica certas incompreensões pertinazes no Brasil e, ao mesmo
tempo, a compreensão no estrangeiro, especialmente em Portugal.
Não é, por isso, sua poesia menos brasileira, apenas menos moder­
nista e, na verdade, intemporal.

Bibliografia
1) A q r ip in o G r i e c o : E v o lu çã o da p o e sia brasileira. 1932. (3* edi­
çã o. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 202-203).
2) J o io G a s p a r S i m õ e s : C ecília M eireles. ( I n : D iá r io de L isboa,
26 d e m a io d e 1938).

294
8) C a s s ia n o R i c a r d o : O p r êm io d e p o e sia da A ca d em ia . (In :
D o m C a sm u rro, 22 de a b ril de 1939).
4) O s m a r P i m e n t e l : C ecília e a p oesia . ( I n : D iá r io d e São
P a u lo, 6 de n o v e m b ro d e 1943).
6) J a i m e d e B a r r o s : P o e ta s do B ra sil. R io de J a n eiro. J osé
O lím pio. 1944, pp. 143-148.
8) M A r io d e A n d r a d e : O em p a lh a d or d e p a ssa rin h o. São P a u lo.
M artins. 1946. (C e cília o a poesia, pp. 65-69).
7) M a n u e l B a n d e i r a : A p r e s e n ta ç ã o da p o e s ia b rasileira. R io de
J a n e iro . C a sa d o E stu d a n te d o B ra sil. 1946, pp. 166-168.
8) A g o s t i n h o G o m e s : N ó tu la d m a rg em da o b ra d e C ecília M ei­
re le s . ( I n : B ra sília , C oim b ra , III, 1946, pp. 534-536).
9) Á l v a r o L i n s : J orn a l d e crítica . 5’ série. R io de J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1947, pp. 96-99.
10) M e lo t d u D y : C ecília M eireles. ( I n : Syn th eses, B ru xelas,
I I /5 , 1947, pp. 204-208).
11) R u í d e G a l v ã o C a r v a l h o : A a çoria n id a ã e na p o e sia d e C ecília
M eireles. ( I n : O cid en te, L isb oa , X X X I I I , 1947, pp. 8-15).
12) R o b e r t o A l v i m C o r r e i a : A n te u e a crítica . R i o d e J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1948. (C ecília M eireles, pp . 38-44).
13) M á r io A . R o d r i g u e z A l e m ã n : C ecília M eireles. (In : R e v is t a
C ubana, H av a n a , X X I I I , 1948, pp. 243-248).
14) C a r l o s D r u m m o n d d e A n d r a d e : R e tr a to n atu ral. ( I n : J orn al
de L etra s, R io de J a n eiro, n ç 1, ju lh o de 1949).
15) N a t é r c i a F r e i r e : P o e tis a s do B rasil. ( I n : A tlâ n tico , L isb oa ,
3» série, n ç 3, 1950, pp. 7-14).
16) J o ã o G a s p a r S i m õ e s : F o n é tic a e P o e s ia ou o R e tr a to N a tu ra l
d e C ecília M eireles. ( I n : A M an hã, R io d e J a n eiro, 20 de
a g ô s to de 1950).
17) D arcy D am asceno: P o e s ia do S en sív el e do Im a gin á rio.
(In tro d u çã o g e ra l d a e d içã o A gu ila r. R io de J a n eiro. 1958,
pp . X I - X L I I ) .

MODERNISMO M INEIRO

Partindo de São Paulo, o movimento modernista propagou-se


por tôdas as províncias do Brasil, sobretudo do Sul e do Centro:
do Rio Grande do Sul até a Bahia. Assumiu feições próprias em
Minas Gerais, acompanhado e estimulado por críticos como Oscar
Mendes e Afonso Arinos de Melo Franco (*). É digno de nota o
círculo em tórno da revista “ Verde” (Ca-taguazes): Enrique de
Rezende, Rosário Fusco, Ascânio Lopes; mas, em geral, conforme

(1 ) A f o n s o A r in o s d e M e lo F r a n c o . N a sceu em B e lo H orizon te, em 2 7


de n ov em b ro de 1 9 0 5 . Obras de critica literária: Espelho de três fa ces (S ã o
P au lo. E d ltô ra B rasil. 193»7) ; Idéia e tem po (S ã o P au lo. C ultura B rasileira.
1 9 3 9 ); Mar de Sargaço (S ã o P aulo. M a r tin s; 1 9 4 4 ) ; Portulano (S ã o P aulo,
M artins, 1 9 4 5 ) .

S95
o individualismo próprio dos mineiros, não se formaram grupos
coerentes. A ordem em que os modernista# mineiros aparecem
neste capítulo, é cronológica: conforme o ano da publicação do
primeiro livro.

Murilo Mendes
M u r il o M o n t e ir o M endes. Nasceu em Juiz de Fora, cm 13 de
maio de 1901.

OBRAS POÉTICAS

Poemas (Juiz de Fora. Dias Cardoso. 1930); História do


Brasil (Rio de Janeiro. Ariel. 1 9 3 2 ); Tempo e eterni­
dade (em colaboração com Jorge de Lima; Pôrto Alegre.
Globo. 1935); A poesia em pânico (Rio de Janeiro. Coop.
Cultural Guanabara. 1938) ; O Visionário (Rio de Ja­
neiro. José Olympio. 1941) ; As metamorfoses (Rio de
Janeiro. Ocidente. 1944); Mundo enigma (Pôrto Alegre.
Globo. 1945) ; Poesia liberdade (Rio de Janeiro. Agir.
1947); Contemplação de Ouro Preto (Rio de Janeiro.
Ministério da Educação. 1955).

A bibliografia existente sôbre Murilo Mendes é, com exceção


dos elogios retribuídos a “ Poesia em pânico”, insatisfatória: não
reflete os entusiasmos que o lirismo do poeta provocou nem a
incompreensão do seu “ hermetismo” , nem se demonstrou ainda a
unidade da sua obra multiforme.

B ib lio g r a fia
1) João R i b e i r o : P o e m a s . ( I n : J o rn a l do B ra sil, 17 de a b ril de
1931. (T ra n s cr ito in : C rítica. Os M od ern os. R io de J a n eiro.
A c a d e m ia B ra s ile ira d e L etra s. 1952, pp. 211-213). (.Voz
p r o fé t ic a ).
2) P edro D antas (P ru d e n te d e M ora is N e t o ) : C rôn ica literária.
( I n : A O rdem , V /1 6 , ju n h o de 1931, pp. 368-374). (S ô b re
“ P oem as").
3) A g r ip in o G r i e c o : E v o lu çã o da p o e sia brasileira. 1932. (3 ’ edi­
çã o. R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 202-203).
4) J oão R i b e i r o : H istó ria do B rasil. ( I n : J o rn a l do B ra sil, 8 de
ju n h o de 1933). (T ra n s cr ito in : C rítica . Os m od ern os. R io d e
J a n e iro . A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1952, pp. 213-216).
5) A dem ar V i d a l : H istó ria do B rastt, M u rilo M en d es. (I n : B o­
le tim do A riel, 11/10, ju lh o de 1933, pp. 284).
6) A n I b a l M . M a c h a d o : H istó ria do B ra sil, M u rilo M en d es. (I n :
B o le tim do A riel, 11/10, ju lh o de 1933, pp. 260-261).

296
7 W iix y L e w i n : S a ud ação a M u rilo M en d es. ( I n : B o le tim do
A riel, 111/12, setem b ro, de 1934, pp. 321).
8 T r i s t ã o d e A t a í d e : E stu d o s. 5’ série. R io de J a n eiro. C ivili­
za çã o B ra sileira . 1935. (M a is vozes de p erto, pp. 133-136).
9 M á r i o d e A n d r a d e : O em p a lh a d or d e p a ssa rin h o. S ã o P a u lo.
M artins. 1946. (A P o e s ia em P â n ico , pp. 41-46). ( E s c r ito
e m 1938).
10 M a n u e l A n s e l m o : A P o e s ia e m p â n ico. ( I n : D o m C a sm u rro,
19 d e a g ô s to de 1939).
11 T r is t ã o de A t a íd e : P o e s ia b rasileira con tem p o râ n ea . B elo
H orizo n te . P a u lo B lu h m . 1941, pp. 121-123.
12 O t á v i o d e F r e i t a s J ú n i o r : E n sa io s d e c ritica de poesia . R e­
cife . P u b lica çõ e s N orte. 1941. (M u rilo M en des, pp. 115-135).
13 M á r i o d e A n d r a d e : A s p e c to s da litera tu ra b ra sileira . R io de
J a n e ir o . A m e r ic -E d it. 1943, pp. 60-65.
14 M anuel A nselm o: F a m ília literá ria lu so-b ra sileira . R io de
J a n e iro . J osé O lím pio. 1943. (M u rilo M en des e o in stin to
de lib e rta çã o p oética , pp. 47-54).
15 ãlvaro L in s : J orn a l d e crítica . 2» série. R io d e J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1943. (P o e s ia e F o rm a , pp. 32-42).
16 S é r g i o M i l l i e t : D iá rio critico . São P a u lo. B ra silien se. 1944,
pp. 40-45.
17 S é r g i o M ' i l l i e t : D iá rio crítico . III. São P a u lo. M a rtin s. 1946,
pp. 265-268.
18 M a n u e l B a n d e i r a : A p r e s e n ta ç ã o da p o esia brasileira. R io de
Ja n eiro. Casa d o E stu d a n te d o B ra sil. 1946, pp. 175-179).
19 ãlvaro L in s : J orn a l d e crítica . 5’ s é r ia R io d e J a n eiro.
J osé O lím pio. 1947, pp. 100-102.
20 R o b e r to A l v im C o r r e i a : A n te u e a crítica . R io de J a n eiro.
J osé O lím pio. 1948. (M u rilo M en des, pp. 15-20).
21 O t t o M a r i a C a r p e a u x : U nidade d e M u rilo M en d es. (In : R e ­
giã o, R e c ife , n* 11, 1949).
22 Lßüo Ivo: G ra n d eza e m iséria d e M u rilo M en d es. ( I n : O rfeu ,
R io d e J a n eiro, o u to n o de 1949, pp. 11-17).
23 D u l c e S a l e s C u n h a : A u to r e s co n te m p o r â n e o s b ra sileiros. S ã o
P a u lo. s. e. 1951, pp. 98-100.
24 M i g u e l d o R i o B r a n c o : E ta p a s da p o e sia b rasileira. L isb oa .
L iv ro s d o B ra sil. 1955, pp. 96-104.
25 W a l t e n s ir D utra e F a u s t o C u n h a : B io g r a fia c r ític a das
letra s m in eiras. R io de J a n eiro. In stitu to N a cio n a l do
L iv ro . 1956, pp. 111-113.
26 P é r i c l e s E u g ê n i o d a S i l v a R a m o s : O M o d ern ism o na p oesia .
(I n : A L iter a tu ra n o B ra sil, edit. p o r A fr â n io C ou tin h o.
V o l. III, t. 1. R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a .
1959, pp . 635-645).
27 L u c i a n a S t e g a g n o P i c c h i o : L a p o e sia in B ra sile. M u rilo M en ­
d es. ( I n : R iv is ta di L ettera tu re M od ern e e C om pa ra te,
X I I /1 , m a rç o de 1959, pp. 36-52).

Carlos Drummond de Andrade


Nasceu em Itabira (Minas Gerais), em 31 de outubro de 1902.

297
OBKAS POÉTICAS

Alguma poesia (Belo Horizonte. Pindorama. 1930) ; Brejo


das almas. (Belo Horizonte. Os amigos do livro, 1934) ;
Sentimento do mundo (Rio de Janeiro. Pongetti. 1940) ;
Poesias (Rio de Janeiro. José Olympio. 1942) ; A rosa
do povo (Rio de Janeiro. José Olympio. 1945) ; Poesia
até agora ÍRio de Janeiro. José Olympio. 1947) ; Claro
enigma (Rio de Janeiro. .José Olympio. 1951) ; Fazen­
deiro do ar & Poesia até agora (Rio de Janeiro. José
Olympio. 1954). — Poemas. Rio de Janeiro. José
Olympio 1959.

A bibliografia sôbre Carlos Drummond de Andrade é muito


numerosa. Nenhum outro poeta moderno provocou discussão tão
apaixonadas, seja dos admiradores que Ihe interpretam de maneiras
diferentes a poesia, seja dos “ conservadores” que o escolheram
como alvo de ataques; discussões que não passam de sintomas da
forte influência exercida pela originalidade e personalid-aâc do
poeta, hoje quase geralmente reconhecido como o maior do Brasil.

B ib lio g r a fia
1) JoXo R i b e i r o : A lg u m a poe&ia. (I n : J o rn a l d o B ra sil, 13 de
n o v e m b ro de 1930). (T r a n s c r ito in : C rítica. O s m od ern os.
R io de J a n eiro. A ca d e m ia B ra sileira d e L etra s. 1952,
pp. 179-180).
2) P edro D antas (P ru d en te de M ora is N e to ) : C rôn ica literária.
(I n : A O rdem , V /1 5 , m a io de 1931, pp. 298-304).
3) O scar M e n d e s : A a lm a d os livros. B e lo H orizon te. Os A m ig o s
d o L iv ro. 1932. (A lg u m a P oesia , pp. 7-16).
4) A g r ip in o G r i e c o : E v o lu çã o da p o e sia b rasileira. 1932. (3» edi­
çã o . R io de J a n eiro. José O lím pio. 1947, pp . 204-206).
5) G u il h e r m in o C é s a r : B r e jo das alm as. (I n : B o le tim do A riel,
I V /2 , n o v e m b ro de 1934, pp. 40).
6) T r i s t Xo d e A ta Id e: E stu d os. 5* série. R io de J a n eiro. C ivili­
za çã o B ra sileira . 1935, pp. 121-124.
7) J a im e de B arros :E s p e lh o d os livros. R io de J a n eiro. J osé
O lím pio. 1936. (O p oeta d a iro n ia e d a dú vid a, pp. 357-364).
8) M a n u e l B a n d e i r a : C rôn ica s da P r o v ín c ia do B rasil. R io de
J a n eiro. C iv iliza çã o B ra sileira . 1937. (C a rlos D ru m m o n d
de A n d ra d e, pp. 135-138).
9) E d u a r d o F r i h i r o : L e tra s m in eira s. B elo H orizon te. O s A m ig os
d o L iv ro . 1937. (A lg u m a P oesia , pp. 36-44).
10) A f o n s o A r i n o s d e M e l o F r a n c o : E sp elh o d e tr ê s fa c e s . São
P a u lo. E d . B ra sil. 1937. (N o tíc ia sôb re C a rlos D ru m m on d
de A n d ra d e, pp. 146-150).
11) O t á v i o d e F r e i t a s J ú n i o r : E n sa io s d e c rítica d e p o esia . R e c ife .
P u b lica çõ e s N orte. 1941, pp. 147-152.

298
12) Á lvaro L in s : J orn a l d e crítica . 1* série. R io de J a n eiro. J osé
O lím pio. 1941, pp. 63-71.
13) R o b e r t o A l v im C o r r e i a : S e n tim en to do m u n do. (I n : R e v is ta
d o B ra sil, 3* fa s e , IV /3 2 , fe v e r e ir o de 1941, pp. 66-69).
14) E m í l i o M o u r a : O p o e ta e seu s e n tim e n to do m u n do. ( I n : O
D iá rio , B e lo H orizon te, 6 de fe v e r e ir o d e 1941).
15) D a n t e C o s t a : S in cerid a d e e m t&>mos trá g ico s. ( I n : R e v is ta
A ca d ê m ica , n* 56, ju lh o d e 1941).
16) O távio de F a r ia : C arlos D ru m m on d d e A n d ra d e e M inas. (I n :
R e v is t a A ca d ê m ica , n * 56, ju lh o de 1941).
17) A b o a r R e n a u l t : N o ta s s ô b r e u m d os a s p e c to s da e v o lu çã o da
poesia de C a rlos D ru m m o n d d e A n d ra d e. ( I n : R e v is ta
A ca d ê m ica , n ? 66, ju lh o de 1941).
18) J o s í Ohôrio db O liv e ir a : E n q u a n to ê p o ssív el. L isb oa . U n i­
v erso. 1942. (U m p o e ta b ra sileiro, pp. 141-150).
IB ) M ário db A n d r a d h : Aspectos da litera tu ra b rasileira. R io de
J a n eiro. A m e ric-E d lt. 1943, pp. 48-64).
30) M a n u k i. A n h r lm o : F a m ília literá ria lu so-b rasileira. R io de
J a n e iro . J o sé O lím pio. 1943. (D ru m m o n d e as estréias,
pp. 80-87).
31) O rro M aria C a r p ia u x : O rig en s e fin s. R io de J a n eiro. C asa
d o E a tu da n te d o B ra sil. 1943. (F r a g m e n to s ô b r e C arlos
D ru m m o n d d e A n d ra d e, pp. 329-338).
33) B r á u u o S a n c k b z -S a b z : C a rlos D ru m m o n d d e A n d ra d e, p o e ta
enfocado al m u n do. ( I n : S u sta n cia, T u cu m á n , IV/15-16,
ju n h o -ju lh o de 1943, pp . 689-696).
23) L a u r o E s c o r e l : Itin e rá rio d e C a rlos D ru m m o n d d e A n d rad e.
( I n : E s ta d o de S ã o P a u lo , 21 d e ou tu b ro de 1943).
24) P aulo R ó n a i: A p o e sia d e C arlos D ru m m o n d d e A n d rad e.
( I n : R e v is ta d o B ra sil, 3» fa se, V I/5 6 , d ez em b ro de 1943,
pp. 26-32).
26) ã l v a r o L i n s : J o rn a l d e crítica . 3a série. R io de J a n eiro. José
O lím pio. 1944. (H u m o r e P oesia , pp. 68-85).
26) A f o n s o A r i n o s d e M e l o F r a n c o : M a r d e sa rg a ços. São P a u lo.
M a rtin s. 1944. ( A p o e s ia e um poeta, pp . 72-94).
27) R o b e r t o A l v i m C o r r e i a : C a rlos D ru m m o n d d e A n d ra d e. (I n :
A M an hã, R io d e J a n eiro, 6 de ju lh o de 1944).
28) L u ís D e l g a d o : S en tim en to e v isã o do m u n do. (I n : J o rn a l d o
C om é rcio , R e c ife , 16 de ju lh o de 1944).
29) M a n u e l B a n d e i r a : A p r e s e n ta ç ã o da p o e sia brasileira. R io de
J a n eiro. C asa do E stu d a n te d o B ra sil. 1946, pp. 168-170.
30) A l m e i d a S a l e s : C arlos D ru m m on d d e A n d ra d e. ( I n : A M anhã,
S u plem en to L etra s e A rtes, 12 e 26 de m a io e 23 d e ju n h o
de 1946).
31) Á l v a r o L i n s : J orn a l d e crítica . 5» série. R io de J a n eiro. J osé
O lím p io. 1947. (U m p o e ta re v o lu cio n á rio , pp. 83-91).
32) R oger B a s t id e : P o e ta s do B ra sil. C u ritiba. G uaíra. 1947,
pp. 77-83.
33) S é r g i o M i l l i e t : D iá rio crítico . V o l. IV . S ã o P a u lo. M artins.
1947, pp. 19-24.
34) E d m u n d o M. G e n o f r e : U g e ir is m o literá rio. R io de J a n eiro.
C asa d o E stu d a n te d o B ra sil. 1947. (C a rlos o " g a u c h e ” ,
pp. 69-77).

299
35) G ilda de M elo e S o u z a : D o is p o e ta s. ( I n : R e v is ta B ra sileira
d e P o e sia , São P a u lo, II, a b ril d e 1948, pp. 72-76).
36) O s v a l d in o M a r q u e s : P o e s ia a té ag ora. ( I n : L eitu ra, n'' 48,
a b ril de 1948, pp. 19-21). ( C itad o co m o tipo d e a ta q u e p o r
m o tiv o e x tr a p o é t ic o ) .
37) C a r lo s B u r la m a q u i K opke: O p rocesso c r ític o p a ra o es tu d o
do p o em a . (I n : R e v is ta b ra sileira de poesia, III, a g ô s to
de 1948, pp. 36-42).
38) O s m a r P i m e n t e l : P o e s ia m od ern a . ( I n : F ô lh a d a M anhã,
São P au lo, 20 e 27 de n o v e m b ro de 1948).
39) A n t ô n i o H o u a i s s : P o e s ia e estilo d e C a rlos D ru m m on d . ( I n :
C u ltu ra, R io de J aneiro, 1/1, sete m b ro -d e ze m b ro de 1948,
pp. 167-186).
40) D u l c e S a l e s C u n h a : A u to r e s co n te m p o r â n e o s b rasileiros. São
P a u lo . s. e. 1951, pp. 103-118.
41) R o berto A l v im C o r r e ia : O m ito d e P r o m e te u . R i o d e J a n e i r o .
A g ir. 1951. (C a rlos D ru m m o n d de A n d ra d e, pp. 187-193).
42) S é r g io B u a r q u e de H o la n d a : O m in eiro D ru m m on d . ( I n :
D iá r io C a rioca , R io de Ja n eiro, 9 e 30 de n o v e m b ro d e 1952).
43) O t h o n M o a c y r G a r c ia : E s fin g e Clara. P a la vra -p u xa -p a la v ra
em C a rlo s D ru m m o n d d e A n d ra d e. R io de J a n eiro. L iv ra ­
ria S ã o José. 1955. 78 pp.
44) A ir e s da M a t a M a c h a d o F i l h o : C rítica d e estilos. R io d e J a ­
n e iro. A g ir. 1956, pp. 149-156.
45) F r a n c is c o L u í s de A l m e id a S a l l e s : P o e sia e V id a em C arlos
D ru m m o n d d e A n d ra d e. (I n : D iá lo g o , São P a u lo, 4, ju lh o
d e 1956, e 5, o u tu b ro de 1956).
46) M a r tin s de H istória da L iter a tu ra M ineira . B e l o
O liv e ir a :
H o rizo n te . Ita tia ia .
1958, pp. 195-202.
47) A u r é l io B u a r q u e de H o l a n d a : T e r ritó rio lírico. R io d e J a­
n eiro. O C ru zeiro. 1958. (D ru m m o n d e a m elodia, pp. 51-59).
48) P é r ic l e s E u g ê n i o da S ilva R a m o s : O M od ern ism o na poesia .
( I n : A L iter a tu ra no B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o.
V ol. I l l , t. 1. R io de J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a .
1959, pp. 579-589).
49) A n t ô n i o H o u a i s s : Seis p o e ta s e u m p rob lem a . R io de Ja­
n eiro. M in istério d a E d u ca çã o . 1960. (S ôb re u m a fase
de C a rlos D ru m m o n d de A n d ra d e, pp. 49-77).
50) D o m in g o s C a r v a l h o da S i l v a : U m m en in o d e Ita b ira . ( I n : E s ­
ta d o de São P a u lo, 27 de o u tu b r o de 1962).
51) H a roldo de C a m p o s : D ru m m on d , m e s tr e d e coisa s. (In : E s­
ta d o de São P a u lo, 27 de ou tu b ro de 1962).
52) L u ís M a r t i n s : N o ta s s ô b re C.D .A. ( I n : E s ta d o de S ã o P a u lo,
27 d e o u tu b ro de 1962).
53) M ário C h a m i é : P t y x , o p o e ta e o m u n do. ( I n : E s ta d o de S ã o
P a u lo, 27 d e ou tu b ro de 1962).

João Âlphonsus
Nasceu em Conceição do Mato
J o ã o  lp h o n s u s d e G u im a r a e n s .
Dentro (Minas Gerais), em 6 de abril de 1901. Morreu
em Belo Horizonte, em 23 de maio de 1944.

300
OBRAS

Galinha cega (Belo Horizonte. Os Amigos do Livro. 1931);


Totônio Pacheco (São Paulo. Companhia Editora Na­
cional. 1934) ; Rola-môça (Rio de Janeiro. José Olyinpio.
1938) ; Pesca da baleia (Belo Horizonte, Paulo Bluhm.
1942); Eis a noite (São Paulo. Martins. 1943).

A bibliografia sôbre as obras de ficção de João Alphonsus é


escassa, mas sempre favorável.

B ib lio g r a fia
1) M á r iode A n d r a d e : J oão A lp h o n su s: G alinha ceg a . (In : R e ­
v ista N ova , São P a u lo, II/7 , 15 de ju n h o de 1932, pp. 106-108).
2) E duardo F r i e i r o : R ola -m ôça . (I n : F ô lh a de M inas, B elo H o ri­
zon te, l ç de ab ril de 1938).
3) M a n u e l A :
n se l m oF a m ília literá ria lu so-b ra sileira . R io de
J a n eiro. J osé O lím pio. 1943, pp. 278-281.
4) M ü cio L e ã o : A m o r te d e J oão A lp h on su s. ( I n : A M anhã,
S u plem en to A u to re s e L iv ros, 4 de ju n h o d e 1944).
5) T ülo H o s t íl io M : T u b er cu lo se e litera tu ra .
on ten egro R io de
Ja n eiro, s. e. 1949, pp. 202-209.
6) C arlos D r u m m o n d de A ndrade : P a sseio na ilha. R io de J a ­
n eiro. O rg a n iza çã o S im ões. 1952. (J o ã o A lp h on su s,
pp. 166-183).
7) W a l t e n s ir D utra e F au sto C u n h a : B io g ra fia critica das
letra s m in eira s. R io de J a n eiro. In stitu to N a cio n a l do
L iv ro . 1956, pp. 104-107.

Rodrigo M. F. de Andrade
R o d r ig o M e lo F ran co de A n dra de. Nasceu em Belo Horizonte,
em 1898.

OBRA DE FICÇÃO

Velórios (Belo Horizonte. Os Amigos do Livro. 1935;


2.a edição. Rio de Janeiro. Sombra. 1945).

O outro grande contista do modernismo mineiro ficou mais


conhecido como crítico e pelas suas atividades no terreno das artes
plásticas. O número de críticas não corresponde ao valor do livro.

B ib lio g r a fia

1) M a n u e l B a n d e ir a : V elórios. ( I n : B o le tim d o A riel, V I/3 ,


d e ze m b ro de 1936, pp. 66).
2) R e n a r d P e r e z : R o d rig o M . F . d e A n d rad e. ( I n : C orreio d a
M anhã, R io de J a n eiro, 12 de ja n e iro de 1957).

301
Emílio Moura
E m ílio G u im a rã e s M o u r a . Nasceu em Dores do Indaiá (Minas
Gerais), em 14 de agosto de 1901.

obras

Ingenuidade (Belo Horizonte. Os Amigos do Livro. 1931) ;


Canto da hora amarga (Belo Horizonte. Os Amigos do
Livro. 1936); Cancioneiro (Belo Horizonte. Trevo. 1943);
O espelho e a musa; (Belo Horizonte. Panorama. 1949);
Poesia (Canto da hora amarga — Cancioneiro — O
espelho e a musa). (Livraria José Olympio. Rio de
Janeiro. 1953).

A escassez de referências bibliográficas sôbre um poeta como


Emílio Moura só se explica pelas dificuldades que encontram as
obras ptiblicadas na província.

Bibliografia
1) O scar M e n d e s : C an to da h o ra a m arga. ( I n : E s ta d o de M inas,
B e lo H o rizon te, 18 de ou tu b ro d e 1936).
2) A o b ip in o G r ie c o : U m p o e ta . (In : B o le tim do A riel, V I/3 ,
d e z e m b ro de 1936, pp. 73).
3) E d u ar do F L e tr a s m in eira s. B e lo H orizon te. O s A m ig o s
r ie ir o :
d o L iv ro . 1937. (C a n to d a H o ra A m arga , pp. 268-274).
4) R F u s c o : V id a literária. São P a u lo.
o sár io P a n ora m a . 1940.
(U m a s p e cto d a poesia, pp. 65-71).
5) C r is tia n oM a r tin s : O E sp elh o e a M usa. ( I n : D iá rio de
M in as, B e lo H orizon te, 24 de a g ô s to de 1949).
6) F r a n c is c oI g l e s i a s : O p o e ta E m ílio M ou ra. (In : E s ta d o de
S ã o P a u lo, 27 de ou tu b ro de 1949).
7) C a r lo s D r u m m o n d de A n d r a d e : P a sseio na ilha. R io d e J a n ei­
ro. O rg a n iza çã o S im ões. 1952. (E m ílio M ou ra, pp. 189-194).
8) A ir e s da M ata M achado F il h o : C rítica d e estilos. R io d e J a ­
n eiro. A g ir. 1956, pp. 157-164.

Cyro dos Anjos


C yro V e r s ia x i
d os A n jo s . Nasceu em Montes Claros (Minas
Gerais), em 5 de outubro de 1906.

OBRAS

O Am.anuense Belmiro (Belo Horizonte. Os Amigos do Livro.


1936; 2.a edição. Rio de Janeiro. José Olympio. 1938);
Abdias (Rio de Janeiro. José Olympio. 1945); Montanha
(Rio de Janeiro. José Olympio. 1956).

.102
EDIÇÃO

Dois Romances (Amanuense Belmiro; Abdias) Rio de Janeiro.


José Olympio. 1957.

Sucesso e importância da obra revelam-se pelo número cres­


cente das referências bibliográficas.

Bibliografia
1) E duardo F r ie ir o : P á g in a s ã e crítica . B e lo H o rizo n te . Ita tia ia .
1955. (O A m a n u en se B elm iro, pp. 31-41). (E s c r ito em 19S7).
2) O s c a r M e n d e s : O A m a n u e n se B elm iro . ( I n : F ô lh a de M inas,
B e lo H o rizon te, 28 de ou tu b ro de 1937).
3) I v a n R i b e i r o : O fe n ô m e n o m in eiro. ( I n : B o le tim d o A riel,
V I I /3 , d e ze m b ro de 1937, p. 85).
4) O távio T a r q u ín io d e S o u z a : C y ro d os A n jo s. ( I n : B o le tim do
A riel, V I I /4 , ja n e ir o de 1938, p. 123).
5) J oão G a s p a r S i m õ e s : C rítica. P ô r to . L iv ra ria L a tin a . 1942,
pp. 336-347. (É a ú n ica c rítica d e s fa v o r á v e l).
6) R u í V e lo so V e r s ia n i d os A n j o s : H istó ria da fa m ília V ersían i.
B e lo H orizon te. Im p re n sa N a cio n a l. 1944. 144 pp. (C on ­
fo r m e A n tô n io C ândido, ob ra im p o r ta n te p a ra a c o m p r e e n ­
sã o do r o m a n cista ).
7) A n t ô n i o C A n d id o : B rig a d a ligeira . S ã o P a u lo . M artins. 1945.
(E stra té g ia , pp. 83-90).
8) S érgio M íl l ie t : D iá rio crítico . III. S ã o P a u lo . M artin s. 1946,
pp. 238-243.
9) Á l v a r o L i n s : J orn a l d e crítica . 59 série. R io d e J a n eiro. J osé
O lím pio. 1947. (N o ta s sôb re A b d ia s, pp. 127-131).
10) A t o s D a m a s c e n o : O r o m a n cista C y ro d o s A n jo s. (In : A
M anhã, S u plem en to L etra s e A rtes, 28 d e d e z e m b ro de 1947).
11) C a r l o s D r u m m o n d de A n d r a d e : O A m a n u e n s e , o T ro v a d o r e
o C igan o. ( I n : F ô lh a d a M an hã. S ã o P a u lo, 31 de ju lh o
d e 1949).
12) A dolfo C a s a is M o n t e ir o : O ro m a n c e e os seu s p rob lem a s.
(L isb o a . C asa do E stu d a n te d o B ra sil. 1950). (O A m an u en se
B elm iro , de C yro d os A n jo s , pp. 177-180).
13) T ab or da de V a s c o n c e l o s : C yro d os A n jo s e o ro m a n c e d e m e ­
m ória s. ( I n : O D eb a te, L isb oa , 16 de ju n h o de 1956).
14) A ir e s da M a t a M a c h a d o F i l h o : C rítica d e estilos. R io de J a ­
n e iro. A g ir. 1956, pp. 57 62.
15) A f o n s o ã v i l a : M on tan h a . ( I n : C orreio da M anhã, R io de
J a n eiro, 20 d e ou tu b ro de 1956).
16) O c tá vio M e l l o A l v a r e n g a : M ito s & V a lores. R io de J a n eiro.
In stitu to N a cio n a l d o L iv ro. 1956. ( “ M o n ta n h a ” , pp. 139-147).
17) H aroldo B r u n o : E stu d o s d e litera tu ra brasileira. R i o de J a ­
n eiro. O C ru zeiro. 1957. (C y ro dos A n jo s ou A v is ã o de
u m ro m a n cista , pp. 149-162).
18) B e r n a r d o G e r s e n : A u to-a n á lise e ca rá ter. ( I n : D iá rio de
N o tícia s, R io de J a n eiro, 26 de ou tu b ro c 2 de n o v e m b ro
de 1958).

303
19) E duardo P o r t e l l a : D im en sõ es. I. R io de J a n eiro. J osé O lím ­
p io . 1958. (C y ro dos A n jo s e a p s ico lo g ia de form a ,
pp. 95-102).
20) M i é c i o T a t i : E stu d o s e n ota s critica s. R io de J a n eiro. In sti­
tu to N a cio n a l d o L iv ro. 1958 (D o is rom a n ces de C yro
d o s A n jo s , pp. 231-237).
21) P a u l o A g u i a r F r o t a : O ro m a n c e de C yro dos A n jo s . ( I n : Cia,
F o rta le za , 18, m a io de 1959, pp. 69-81).

:i04
MOVIMENTO 1)0 NORDESTE

A independência do movimento literário nordestino, de 1930


para cá, em relação ao modernismo de 1922, continua, tese
discutida. Em favor da tese podem-se alegar os argumentos
seguintes: o estilo neonaturalista do romance nordestino; as ten­
dências sociais; e o depoimento da maioria dos que participaram
do movimento nordestino. A cronologia manda começar êste
capitulo com os nomes de José Américo e Jorge de Lima.

José Américo de Almeida


Nasceu em Areia (Paraíba), em 10 de janeiro de 1887.

OBRAS DF, FICÇÃO

A Bagaceira (Paraíba. Imprensa Oficial. 1928; 4,a edição.


Rio de Janeiro. Castilho. 1928; 7.a edição. Rio de Ja­
neiro. José Olympio. 1941; 8.a edição. Rio de Janeiro.
José Olympio. 1954) ; O Boqueirão (Rio de Janeiro.
José Olympio. 1935) ; Coiteiros (Rio de Janeiro. José
Olympio. 1935).

O número de referências bibliográficas não dá idéia suficiente


do êxito e da importância d’“ A Bagaceira” , romance que abriu
nova fase na história literária do Brasil.

B ib lio g r a fia
1) J o io R i b e i r o : C ritica. Os M od ern os. R io de J a n eiro. A c a d e ­
m ia B ra sileira de L etras. 1952. (A B a g a ce ira , pp. 282-286).
( E s c r ito em 19H8; m u ito fa v o r á v e l).
2) T r i s t ã o d e A t a í d e : E stu d os. 3* série. 1* p a rte. R io de J a n eiro.
A O rdem . 1930. (U m a rev ela çã o, pp. 137-151). ( E s c r ito em
1928; a rtig o fa m o s o , q u e c rio u a celeb rid a d e do r o m a n c e ).
3) A o r i p i n o G r i e c o : G ra n d e r o m a n c e ou sim p les b a g a c e ir a f (Xn:
O J orn a l, R io de J a n eiro, 22 d e ab ril de 1928). (.D esfa vo­
rá v el).

305
4) H um berto de C a m p o s : C rítica. V o l. I. 3» ed içã o. R io de J a ­
n eiro. J o sé O lím pio. 1935. (A B a g a ce ira , de J osé A m é rico
d e A lm eid a , pp . 238-247). (E s c r ito e m 1928).
5) N e s t o r V í t o r : O s d e h o je. São P a u lo. C u ltu ra m od ern a . 1938,
pp. 143-152). (E s c r ito e m 1928).
6) A g r i p i n o G r i e c o : E v o lu çã o da p r e s a b rasileira. 1933. (2* edi­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 120-125).
(C o rrig e o ju lg a m en to a n te r io r ).
7) A g r i p i n o G r i e c o : G en te n o v a do B ra sil. R io d e J a n eiro. José
O lím p io. 1935, pp . 107.
8) J o s é E u c i . i d e s : P r o le g ô m e n o s d e so c io lo g ia e critica . R io de
J a n e iro . A N oite. 1938, pp. 122-144.
9) O l ív io M o n t e n e g r o : 0 r o m a n c e b rasileiro. R io de J aneiro.
J o sé O lím p io. 1938, pp. 151-155.

Jorge de Lima
Nasceu em União (Alagoas), em 23 de abril de 1895. Morreu no
Rio de Janeiro, em 15 de novembro de 1953.

OBEAS PRINCIPAIS

X I V Alexandrinos (Rio de Janeiro. Artes Gráficas. 1914) ;


Poemas (Maceió. Casa Trigueiros. 1928); Novos poemas
(Rio de Janeiro. Pimenta de Melo. 1929); Poemas es­
colhidos (Rio de Janeiro. Adersen. 1932); O Anjo (Rio
de Janeiro. Cruzeiro do Sul. 1934; 2.a edição. Rio de
Janeiro. Getúlio Costa. 1941) ; Tempo e eternidade (em
colaboração com Murilo Mendes. Pôrto Alegre. Globo.
1935); Calunga (Pôrto Alegre. Globo. 1935); A Túnica
inconsútil (Rio de Janeiro. Coop. Cultural Guanabara.
1938); Poemas negros (Rio de Janeiro. Ed. Revista
Acadêmica. 1947); Livro de sonetos (Rio de Janeiro.
Livros de Portugal. 1949); Invenção de Orfeu (Rio de
Janeiro. Livros de Portugal. 1952).

EDIÇÕES

1) Obras poéticas. Rio de Janeiro. Getúlio Costa. 1950.


2) Obra completa. 2 vols. Rio de Janeiro. José Aguilar.
1958.
3) Obras poéticas e romances. 5 vols. Rio de Janeiro. Agir.
1959.

Tendo sido poeta neoparnasiano de fmia precoce, Jorge de


Lima tornou-se o representante principal da poesia lírica dentro
do movimento regionalista nordestino, escrevendo também ro­
mances neonaturalistas, até o atrair o romance surrealista e a
poesia cristã. Personalidade literária e artística das mais multi­
formes que o Brasil já viu, Jorge de Lima foi muito estudado; na

306
bibliografia, a seu respeito manifestam-se divergências quanto à
escolha da parte de sua obra que merece admiração maior: a poesia
cristã ou a poesia regional, nordestina.

B ib lio g r a fia
1) J o sé L i n s do R ê g o : G ord os e m a g ros. R i o de J a n e i r o . C a s a
d o E stu d a n te d o B ra sil. 1942. (J o r g e de L im a e o m o d e r­
n ism o, pp. 6-32). ( E s c r ito em, 1927; u m d o s m e lh o res es tu ­
d os s ô b r e o p o e ta ).
2) J osé A m é r ic o de A l m e i d a : P o em a s. ( I n : A U n ião, P a ra íb a ,
22 de ja n e iro d e 1928).
3) A l o ísio B r a n c o : S ôb re os p o e m a s d e J o r g e d e L im a . (In :
J o rn a l de A la g oa s, M a ceió, 5 de fe v e r e ir o de 1928).
4) J oão R ib e ir o : C ritica. Os M od ern os. R io de J a n eiro. A ca d e ­
m ia B ra s ile ira de L etras. 1952. (J o r g e de L im a , P oem a s,
pp. 160-163). (E s c r ito e m 1928).
5) João R is e ir o : C rítica. Os M od ern os. R io de J a n eiro. A c a ­
d e m ia B ra s ile ira d e L etra s. 1952. (J o r g e d e L im a, N o v o s
P o e m a s, pp. 166-168). (E s c r ito m e 1929).
6) T r istã o de A t a Id e : E stu d o s. 3* série. 1» p a rte. R io d e J a ­
n eiro. A O rdem . 1930. (P o e ta s de h oje, pp . 91-101).
7) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p o e sia brasileira. 1932. (3* ed i­
çã o . R io de J a n eiro. J osé O lím pio. 1947, pp. 196-197).
8) João R ib e ir o : C rítica . O s M od ern os. R io d e Ja n eiro. A c a ­
d e m ia B ra sileira de L etra s. 1952. (J o r g e d e L im a, P oem a s
escolh id o s, pp. 168-171). (E s c r ito e m 19S2).
9) B e n j a m i n L i m a : Ê sse J o r g e d e L im a ! E n sa io b r e v e s ô b r e o
c o n ju n to da su a p erson a lid a d e e da su a ob ra . R io de J a ­
n eiro. A d ersen . 1933. 183 pp.
10) W a l d e m a r C a v a l c a n t i : O s P o e m a s esco lh id o s d e J o r g e de
L im a . ( I n : B o le tim d o A riel, II /4 , ja n e iro de 1933, pp. 96).
11) C é s a r L u ís C a v a l c a n t i : P o e m a s esco lh id o s d e J o r g e d e Lim a.
( I n : B o le tim do A riel, I I /6 , m a r ç o d e 1933, p. 149).
12) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : O M u n d o do m e n in o im p ossív el. (I n :
B o le tim do A riel, II /7 , a b ril de 1933, p. 179).
13) A g r ip in o G r ie c o : G e n te n o v a d o B rasil. R io d e J a n eiro. J o s é
O lím pio. 1935, pp. 27-41). (S ô b re a p r o s a ).
14) R a i m u n d o M a g a l h ã e s J ú n i o r : E r o tis m o e m isticism o. (I n :
B o le tim do A riel, IV /1 0 , ju lh o d e 1935, p. 269).
15) H u m b e r t o de C a m p o s : C rítica. V ol. II. 2* ed içã o. R io de J a ­
n eiro. J o sé O lím pio. 1935. (N o v o s P oem a s, de J o rg e de
L im a , pp. 285-292).
16) S a m u e l P u t n a m : B ra silia n S u rrea list. (I n : B o o k s A b roa rd ,
N orm a n , O kla, IX , 1935, pp. 156).
17) J a im e de B a r r o s : E sp elh o d os livros. R io d e J a n eiro. José
O lím p io. 1936. (O a n jo d a n ossa litera tu ra , pp. 201-213).
18) J o a q u im R ib e ir o : O f o lc lo r e n o rd estin o na p o e sia d e J o rg e
d e L im a. ( I n : V a m o s 1er, R io d e J a n eiro, 17 de d ezem b ro
de 1936).
19) E d s o n L i n s : H istória e c rítica da p o esia b rasileira. R io de
J a n eiro. A riel. 1937, pp. 251-293. (C a p ítu lo m u ito e lo ­
g io s o ).

307
20) N estor V ï t o r : O s d e h oje. São P a u lo. C u ltu ra M od ern a . 1938,
pp. 220-237.
21) R u i de C a r v a l h o : A T ú n ica in con sú til e o n eo-sim b olism o. ( I n :
B o le tim d o A riel, V I I I /2 , n o v e m b ro de 1938, pp. 42-43).
22) M a n d e l A n s e l m o : A p o e sia d e J o r g e d e L im a . São P a u lo.
R e v is ta d os T ribu n ais. 1928. 158 pp. ( M o n o g ra fia ; a c en tu a
a im p o r tâ n cia da p o e sia relig io sa ).
23) G a s t ô n F ig u e ir a : J o r g e d e L im a , T ú n ica in con sú til. (I n :
B o o k s A b roa d , N o rm a n O kla, X I I I /3 , Sp rin g, 1939).
24) M ’ario de A n d r a d e : A T ú n ica in con sú til. ( I n : D iá rio de N o ­
tícia s. R io de J a n eiro, 16 de ab ril d e 1939).
25) N e w t o n S u c u p i r a : J o r g e d e L im a e a p o e sia cristã . (In :
R e v is ta d o B rasil, 3* fa se, 11/14, a g ô s to de 1939, pp. 83-85).
26) R a u l d ’ E q a : J o r g e d e L im a , g ra n p o e ta dei B ra sil. ( I n : U ni-
v e rs id a d C a tólica B oliv a ria n a , IV , 1939, pp. 186-194).
27) T r is t ã o de A t a í d r : P o e s ia brasileira co n tem p o râ n ea . B elo
H o rizo n te . P a u lo B lu h m . 1941, pp. 107-110, 119-121.
28) O t á v i o d e F r e i t a s J ú n i o r : E n sa io s d e c r itic a de p oesia . R e ­
c ife . P u b lica çõ e s N orte. 1941, pp. 67-82.
29) M a n u e l B a n d e i r a : A p r e s e n ta ç ã o da p o e sia brasileira. R io de
Ja n eiro. Casa d o E stu d a n te d o B ra sil, pp. 173-175.
30) R oger B a s t id e : P o e ta s do B rasil. C u ritib a . G uaíra. 1947,
pp. 99-110.
31) R o b e r to A l v im C o r r e i a : A n te u e a critica . R io d e J a n e ir o .
J o sé O lím pio. 1948. (J o r g e de L im a , pp. 133-138).
32) R e v is t a A c a d ê m ic a : H o m e n a g e m a J o r g e d e L im a. X I I I /7 0 .
D e z e m b ro de 1948.
32a) F e r n a n d o C a r n e i r o : Um p a ra lelo : A p o e sia n eg ra de
C a stro A lv e s e d e J o rg e d e U m a .
32b) A r t u r R a m o s : A p o e sia n eg ra e J o r g e d e Lim a.
33) O tto M a r ia C arpeau x: In tro d u çã o da O bra p o é tic a . 1 9 5 0 ,
pp. V I I -X I I .
34) Á l v a r o L i n s : J orn a l d e crítica . 6" série. R io d e J a n eiro. J osé
O lím pio, pp. 29-37.
35) J oão G a s p a r S i m õ e s : P r e fá c io d e In v e n ç ã o d e O rfeu . 1952,
pp. I -X X .
36) S é r g io B u a r q u e d e H o l a n d a : M o tiv o s d e P r o te u . ( I n : D iá rio
C a rioca , R io de J a n eiro, 19 d e ou tu b ro de 1952).
37) W a l t e n s i r D u t r a : A ev o lu çã o d e u m p o eta . E n sa io sô b r e a
p o e s ia d e J o r g e de L im a. R io de J a n eiro, s. e. 1952. 67 pp.
38) P . A . J a n n i n i : Un’ e s p r e s s io n e d elia lirica brasiliana. J o rg e
d e L im a. M ilan o. In stitu to E d ito ria le Sisa lpin o. 1955. 8 pp.
39) J o sé F e r n a n d o C a r n e i r o : A p r e s e n ta ç ã o d e J o r g e d e Lim a. R io
de J a n eiro. M in istério d a E d u ca çã o . 1955. 94 pp. (2* edição,
R io de J a n eiro. A g ir. 1958. 117 p p .).
40) M ário F a t t s t in o : R e v e n d o J o r g e d e L im a. ( I n : J o rn a l d o
B ra sil, R io de J a n eiro, 28 de ju lh o, 4, 11, 18 e 25 d e a g ôsto,
1 e 8 de setem b ro d e 1957).
41) L u iz S a n t a C r u z : A p rese n ta çã o . (I n : J o rg e de L im a : P oesia .
R io de J a n eiro. A g ir. 1958, pp. 5-21).
42) W a l t e n s ir D u t r a : D e s c o b e r ta , in te g ra çã o e p len itu d e d e
O rfeu . ( I n : E d iç ã o J osé A g u ila r. 1958, pp. 13-43).
43) E u r ía l o C a n a b r a v a : J o r g e d e L im a e a e x p r e s s ã o p oética .
( I n : E d iç ã o J osé A g u ila r. 1958, pp. 45-54).

308
44) P é r ic l e s Eu g ê n io da S il v a R a m o s : O M o d ern ism o na poesia .
( I n : A L ite r a tu r a n o B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o.
V o l. I l l , t. 1. R io de J a n eiro. E d ito r ia l Sul A m erica n a .
1959, pp. 609-618).
45) A n t ô n i o R a n g e l B a n d e i r a : J o r g e d e L im a . O r o te ir o d e u m a
co n tra d içã o. R io de J a n eiro. L iv ra ria S ã o J osé. 1959. 135 pp.

Kachel de Qneiroz
Nasceu em Fortaleza, em 19 de dezembro de 1910.

ROM ANCES

O Quinze (1930; 2.a edição. São Paulo. Companhia Editora


Nacional. 1931; 3.a edição, id. 1942); João Miguel (Rio
de Janeiro. Schmidt. 1932); Caminho ãe pedras (Rio
de Janeiro. José Olympio. 1937); As três Marias (Rio
de Janeiro. José Olympio. 1939); — 3 Romances (Rio
de Janeiro. José Olympio. 1958).

Pela data da publicação de O Quinze” , cabe a Rachel de


Queiroz o lugar, dentro da evolução do romance nordestino, ime­
diatamente depois de José Américo de Almeida. O grande êxito
do livro firmou o nôvo gênero.

B ib lio g r a fia
1) O sc a r M e n d e s : T erra d e s o l e ã e f o m e . ( I n : E s ta d o de M inas,
B e lo H o rizo n te , 19 de n o v e m b ro de 1930).
2) O táv io d e F a r ia : O n ô v o r o m a n c e ã e R a c h e l d e Q u eiroz. ( I n :
B o le tim d o A riel, 1/7, a b ril d e 1932, p. 8 ).
3) JoXo R ib e ir o : C rítica. O s M od ern os. R io d e J a n eiro. A c a ­
d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1952. (J o ã o M igu el, pp. 278-279).
(E s c r ito e m 19SZ).
4) M ário d e A n d r a d e : R a c h e l d e Q u eiroz. O Q uin ze. ( I n : R e ­
v is ta N o v a , São P a u lo, I I /7 , 15 d e ju n h o d e 1932, pp . 104-105).
5) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu ç ã o da p r o sa brasileira. 1933. (2* ed i­
çã o . R io d e J a n eiro. J osé O lím p io. 1947, pp. 126-128).
6) T r i s t í o de A t a Id e : E stu d o s. 5* série. R io d e J a n eiro. C ivili­
z a çã o B ra sileira . 1935, pp. 93-96.
7) A l m ir de A n d r a d e : C a m in h o d e p ed ra s. ( I n : B o le tim d o A riel,
V I /9 , ju n h o de 1937, pp. 274-276).
8) F r it z T e ix e ir a d e S a l e s : S ôb re u m a escr ito r a . ( I n : D o m C as­
m u rro, 5 de a g ô s to d e 1937).
9) O l I vio M o n t e n e g r o : O ro m a n c e b rasileiro. R io d e J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1938, pp. 176-184.
10) A l m i r de A n d r a d e : A s p e c t o s da cu ltu ra b ra sileira . R io de
J a n eiro. S ch m id t. 1939. (R a c h e l de Q u eiroz, pp. 107-121).
11) E l is a b e t h H a n l v D a n f o r t h : R a c h e l d e Q u eiroz. ( I n : In ter-
-A m e ric a n Q u a rterly. W a sh in g ton , I I / l , 1939, p . 107).
12) B r A u lio d e N a s c i m e n t o : R a c h e l d e Q u eiroz. ( I n : R e v is ta
B ra n ca , R io de J a n eiro, 13, s e te m b ro -o u tu b ro de 1950, p. 11).

309
20
13) F red P . E l l i s o n : B ra zil’ s N e w N o v el. F o u r N o r th e a s te r n
M a sters. B e rk e le y . U n iv ersity o f C a lifo rn ia P ress. 1954.
(R a c h e l de Q ueiroz, pp. 135-154).

Gilberto Freyre
G ilb e r t o de M e lo F reyre. Nasceu no Recife, ein 15 de março
de 1900.

OBRAS PRINCIPAIS

Casa Grande é Senzala (Rio de Janeiro. Schmidt. 1933;


5.a edição. 2 vols., Rio de Janeiro. José Olympio. 1946) ;
Sobrados e mucambos (São Pauío. Cia. Bditôra Nacional.
1936. 2.a edição. 3 volumes. Rio de Janeiro. José
Olympio. 1951) ; Nordeste (Rio de Janeiro. José Olympio.
1937) ; O mundo que o português criou (Rio de Janeiro.
José Olympio. 1940) ; Aventura e roteiro (Rio de Ja­
neiro. José Olympio, 1953) ; Um brasileiro em terras
portuguesas (Rio de Janeiro. José Olympio, 1953) ;
Ordem e Progresso (2 vols. Rio de Janeiro. José
Olympio. 1959).

Ao romance nordestino, considerado como documento social,


forneceu Gilberto Freyre, mestre da sociologia histórica, o funda­
mento científico. Mas Gilierto Freyre também é grande escritor.
A bibliografia a seu respeito ocupa-se, em grande parte, do aspecto
científico de sua obra; deu-se, nesta seleção, a preferência, aos
trabalhos, evidentemente menos numerosos, que dizem respeito ao
aspecto literário da obra.

B ib lio g r a fia
1) C asa G ran d e & S enzala. ( I n : J o rn a l d o B ra sil,
J oã o R ib e ir o :
31 d e ja n e ir o de 1934). (T r a n s c r ito in : C rítica. Os M o­
d ern o s. R io d e J a n eiro. A c a d e m ia B ra s ile ira d e L etras.
1952, pp. 274-277).
2) L u ís J a r d i m : P r e fá c io d e: G i l b e r t o F r e y r e : A r tig o s d e Jornal.
R e c ife . E d . M oza rt. 1935, pp. 11-33.
3) A g r ip in o G r ie c o : G e n te n o v a do B ra sil. R io de J a n eiro. J osé
O lím p io. 1935. (G ilb e rto F re y re , C asa G rand e & Senzala,
pp. 206-228).
4) A fon so A r in o s de M elo F ranco: E sp elh o d e tr ê s fa c e s . São
P a u lo . Ed. B ra sil. 1937. (C a sa G rand e & Senzala,
pp. 160-172).
5) S é r g ioM il l ie t : E n saios. S ã o P a u lo. B ru s co & Cia. 1938.
(G ilb e rto F r e y r e e o esp írito cie n tífico , pp. 80-94).
6) J osé O s ó r io d e O l i v e i r a : N o ta s ô b r e G ilb erto F r e y r e . <In:
B o le tim d o A riel, V I I /7 , a b ril de 1938, pp. 214-215).

310
T) A lm ir de A n d r a d e : A s p e c to s da cu ltu ra brasileira. R io de
J a n e iro . S ch m id t. 1939. (O s n o v o s e stu d os s o cia is n o
Braall, pp. 35-79).
$) Law is H a n k b : G ilb erto F r e y r e , B ra zilia n S ocia l H istoria n .
(I n : Q u a rte rly J o u rn a l o f In te r-A m e rica n R e la tio n s , 1/3,
1939, J u ly, pp . 24-44).
8 ») L e w is H a n k e : G ilb erto F r e y r e : V id a y ob ra. N e w Y o r k .
In stitu to de la s E sp a n a s. 1939. 30 pp. (.Separata, e m tra ­
d u çã o ca stelh a n a ).
9) A n t ô n i o S é r g i o : P r e fá c io d e : O m u n d o q u e o p o r tu g u ê s criou.
R io de J a n e iro. J o s é O lím p io. 1940, pp. 11-30.
10) J o s é L i n s do R ê o o : G ord os e m a g ros. R io de J a n eiro. C a sa
d o E s tu d a n te d o B ra sil. 1942. (G ilb e rto F r e y re , pp. 116-133).
11) N é l s o n W e r n e c k S o d r é : O r ien ta çõ es d o p e n s a m e n to brasi­
leiro. R io de J a n eiro. V e cch i. 1942. (G ilb e rto F rey re,
pp . 43-58).
12) O l I vio M o n t e n e g r o : C o n to rn o d e u m s o c ió lo g o b ra sileiro. (I n :
D ire trize s, R io de J a n eiro, 21 de m a io de 1942).
18) M a n u e l A n s e l m o : F a m ília literá ria lu so-b rasileira. R io d e
J a n e iro . J o s é O lím p io. 1943. (G ilb e rto F r e y r e e a cu ltu ra
lu so-b ra sileira , pp. 133-139).
14) Á l v a r o L i n s : J orn a l d e crítica . 2» série. R io d e Ja n eiro.
J o sé O lím p io. 1943. (R e g io n a lis m o e U n iversa lism o,
pp . 202-222).
15) F r a n c is c o A y a l a : C asa G ran d e & Senzala. ( I n : Sur, B u en os
A ires, d e z e m b ro d e 1943).
16) N e w t o n de F r e i t a s : E n s a y o s a m erica n o s. B u en os A ires, s. e.
(G ilb e rto F re y re , pp. 85-97).
17) D iogo d e M elo M e n e z e s : G ilb erto F r e y r e . R i o d e J a n eiro.
C a sa d o E stu d a n te d o B ra sil. 1944. 296 pp . ( B io g r a fia ;
co m in fo r m a ç õ e s fo r n e c id a s p e lo b io g ra fa d o ).
18) W il s o n M a r t i n s : In te r p r e ta ç õ e s . R io de J a n eiro. J o s é O lím ­
p io . 1946. (N o ta s à m a rg e m d e C a sa G ra n d e & Senzala,
pp. 299-315).
19) M a n u e l B a n d e i r a : A n to lo g ia de p o e ta s b ra sileiro s b is sex to s
co n te m p o r â n e o s . R io de J a n eiro. Z é lio V a lv e rd e . 1946,
pp. 63-64. (S ô b re "B a h ia d e T od os o s S a n tos e d e to d o s os
p e c a d o s ” , p o e m a d e G ilb erto F r e y r e ) .
20) R o ber to A l v im C o r r e ia : A n te u e a crítica . R io d e J a n eiro.
J o s é O lím pio. 1948. (G ilb erto F re y re , pp. 196-213).
21) R oberto A l v im C o r r e ia : O M ito d e P r o m e te u . R io de J a n eiro.
A g ir . 1951. (G ilb e rto F r e y re , pp. 149-159).
22) G ilb erto F r e y r e , su a ciên c ia , su a filo s o fia , su a a rte. R io de
Ja n e iro . J o sé O lím pio. 1962. 576 pp. (64 e stu d o s, d os quais
tê m in te r ê s s e e sp ecia l d e c rítica literá ria o s s e g u in te s ).
22a) J o sé A m é r ic o de A l m e i d a : G ilb erto F r e y r e , n o v a fo r m a
d e e x p r e s s ã o , pp. 22-29).
22b) P e r m I n io A s p o r a : G ilb erto F r e y r e e su a in flu ên cia n as
n o v a s g e r a ç õ e s , pp. 47-54.
22c) M a n u e l B a n d e i r a : G ilb erto F r e y r e p o e ta , p p . 7 9 -8 4 .
22<i) A n t ô n i o C a l l a d o : A p r o cu ra d e in flu ên cia s a n g lo -a m e­
rica n a s e m G ilb erto F r e y r e , pp . 103-111.
22«) R e n a t o C a r n e ir o C a m p o s : G ilb erto F r e y r e . R eg io n a lista ,
tra d icion a lista e m od ern ista , pp. 112-119.

311
220 A n t ô n io C â n d id o : G ilb erto F reyre, cr ític o literá rio,
p p . 1 2 0 -1 2 4 .
22g) O tto M a r ia Carpeaux: U m a p á g in a d e G ilb erto F r e y r e ,
p p . 1 5 0 -1 5 7 .
2 2 h) m . C a v a l c a n t i P r o e n ç a : G ilb erto F r e y r e , u m a in te r p r e ­
ta çã o do s eu estilo , p p . 158 -1 6 5.
2 2 i) T e m I s t o c l e s L i n h a r e s : O p r o b lem a da rela çã o F o r m a -
-S u b stâ n cia na O bra d e G ilb erto F r e y r e , p p . 2 9 7 -3 0 5.
221) O s m a n L i n s : B r e v e co n trib u içã o a u m p o s sív el estu d o
a c ê r c a da in flu ên cia d e G ilb erto F r e y r e s ô b r e a lite­
ra tu ra b ra sileira , p p . 3 06 -3 1 1.
22k) E d u a r d o P o r t e l l a : G ilb erto F r e y r e e a r en o v a çã o do
r o m a n c e b ra sileiro, pp. 400-404.

José Lins do Rêgo


J osé L in s do R êgo C a v a l c a n t i. Nasceu em Pilar (Paraíba), em
3 de julho de 1901. Morreu no Rio de Janeiro, em 12 de
setembro de 1957.

OBRAS

Menino de engenho (Rio de Janeiro. Adersen. 1932.


4 a edição. Rio de Janeiro. José Olympio. 1943) ;
Doidinho (Rio de Janeiro. Ariel. 1933) ; 4.a edição. Rio
de Janeiro. José Olympio. 1943) ; Bangüê (Rio de Ja­
neiro. José Olympio. 1934; 2.a edição. Id. 1943);
Moleque Ricardo (Rio de Janeiro. José Olympio. 1935;
3.a edição, Id. 1940) ; Vsina (Rio de Janeiro. José
Olympio. 1936 ; 2.a edição. Id. 1940) ; Pureza (Rio de
Janeiro. José Olympio. 1937) ; Pedra bonita (Rio de
Janeiro. José Olympio. 1938) ; Água-Mãe (Rio de Ja­
neiro. José Olympio. 1941) ; Fogo morto (Rio de Ja­
neiro. José Olympio. 1943) ; Euridice (Rio de Janeiro.
José Olympio. 1947) ; Os cangaceiros (Rio de Janeiro.
José Olympio. 1953).

José Lins do Rêgo é o representante mais típico e principal


do gênero “ romance nordestino” . A numerosa bibliografia sôbre
o romancista é quase unanimemente elogiosa.

B ib lio g r a fia
1) V ald em ar C a v a l c a n t i : M en in o d e en g en h o . ( I n : B o le tim do
A riel, 1/9, ju n h o d e 1932, pp. 19).
2) G a s t X o C r u l s : M en in o d e e n g en h o . ( I n : B o le tim d o A riel,
n / l , o u tu b ro d e 1932, pp. 14).
3) J o ã o R i b e i r o : C rítica . O s M od ern os. R io de J a n eiro. A ca d e ­
m ia B ra s ile ira d e L etra s. 1952. (M en in o de en gen h o,
pp. 326-328). (E s c r ito e m 19S2).

312
4) J o ã o R ib e ir o : C rítica. Os M od ern os. R io d e J a n eiro. A ca d e ­
m ia B ra sile ira de L etra s. 1952. (D o id in h o , pp. 329-331).
( E s c r ito em 19SS).
6) O l Ivio M o n t e n e g r o : U m ro m a n ce b rasileiro. ( I n : B o le tim d o
A riel, II /6 , m a r ç o de 1933, pp. 153-154).
8) P a u l o V b l o s o : O M en in o d e e n g en h o a tr a v é s da p sica n á lise.
( I n : B o le tim d o A riel, 11/10, ju lh o de 1933, pp. 273-274).
7) O t áv io db F a r ia : J o s é L in s do B ê g o . ( I n : B o le tim d o A riel,
I I I /8 , d e z o m b ro d e 1933, p. 67).
5) V a l d k m a h C a v a l c a n t i : B a n g ü ê, d e J o s é L in s d o B ê g o . (In :
Boletim do Arlel, 111/10, ju lh o de 1934, pp. 266-267).
0) A a m riN O Omimuo: ü a n te n ova do B rasil. R io d e J a n eiro. J osé
Olímpio. 1980, pp. 16-26.
10) AMMAM ViPAi.i A. v id a ru ra l fix a d a noa n ossos ro m a n ces. (In :
lolatim do Arlel, IV/4, Janeiro de 193S, pp. 99-100).
11) AMIDII HMMRAí U ro m o n o ia ía da V d rcea d a P a ra íb a . ( I n :
BoUtlm do ArUI, V/a, n o v o m b ro d o 1935, pp . 46-47).
U) JAIMR Dl B am ioi : JBapalho doa liv ros. R io d e J a n eiro. J osé
Ollmplo. 1086. (O d ra m a e co n ô m ic o no rom a n ce,
pp. 101-116),
IS) Rodkiuo M. F . d* A n d ra d e: A U sina e a in v a sã o d os n ortista s.
( I n ; B o le tim d o A rlel, V / l l , a g ô s to de 1936, p. 286).
14) JoJto V a s c o n c e l o s : Usina. ( I n : F r o n te ira s, R e c ife , V /1 6 ,
a g ô s to d o 1936, pp . 4-5).
15) A d e r b a l J u r e m a : O ro m a n cista da ca n a -d e-a çú ca r. (In : B o­
le tim d o A riel, V I /3 , d ez em b ro d e 1936, p. 72).
16) J o e l S i l v e i r a : D o is tip o s d e r o m a n c e s : J o r g e A m a d o e J osé
L in s d o B ê g o . ( I n : D o m C a sm u rro, 5 de a g ô s to d e 1937).
17) O l í v i o M o n t e n e g r o : O ro m a n c e b rasileiro. R io de J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1938, pp. 131-143. (T a lv e z o m e lh o r estu d o
s ô b r e o ro m a n c is ta ).
18) L ia C o rre a D u t r a : O ro m a n c e b ra sileiro e J o s é L in s do R ê g o .
L isb oa . S ea ra N ov a . 1938. 42 pp.
19) A d o lfo C a s a is M o n t e ir o : P u reza . ( I n : B o le tim d o A riel,
V I I /6 , m a rç o d e 1938, p. 174).
20) P edro D a n t a s (P ru d e n te de M ora is N e t o ) : P r e fá c io da 3" ed i­
çã o do M en in o d e en g en h o . R io d e J a n eiro. J osé O lím pio.
1939, pp. V I I -X I V . (E x c e l e n t e es tu d o ).
21) A l m ir de A n d r a d e : A s p e c to s da cu ltu ra brasileira. R io de
Ja n e iro . S ch m id t. 1939. (J o s é L in s d o R ê g o , pp. 100-107;
O r o m a n c e e o rom a n cista , pp. 121-135).
22) B e r n a r d o K o r d o n : J o s é L in s do R ê g o . ( I n : V a n g u a rd ia ,
B u e n o s A ires, 6 de d ezem b ro de 1939).
23) R os Ario F u s c o : V id a literária. São P a u lo. P a n o ra m a . 1940.
( A cr ia ç ã o e o cria d or, pp. 1 0 9117). (C ritic a d e s fa v o r á v e l).
24) J oão G a s p a r S i m õ e s : C rítica . P ô r to . L iv ra ria L atina. 1942.
(J o s é L in s do R ê g o , pp. 174-203).
25) N é l s o n W e r n e c k S o d r é : O r ien ta çõ es do p e n sa m en to brasi­
leiro. R io de J a n eiro. V e cch i. 1942. (S ô b re J osé L in s do
R ê g o , pp. 125-149).
26) Á l v a r o L i n s : J orn a l de crítica . 2* série. R io de J a n eiro. J osé
O lím pio. 1943. (M e m ó ria e Im a g in a çã o , pp . 83-93).

313
27) M an uel A n s e l m o : F a m ília literá ria lu so-b rasileira. R io de
J a n e iro . J osé O lím pio. 1943. (U m ro m a n ce de J osé L in s
d o R ê g o , pp . 203-211).
28) O t t o M a r ia C a r p e a u x : P r e fá c io d e F o g o m o r to . R i o de J a ­
n eiro. J o sé O lím pio. 1943, pp. 7-13.
29) S érgio M i l l i e t : D iá rio crítico . S ã o P a u lo. B ra silien se. 1944,
pp. 293-300.
30) A n t ô n i o C â n d id o : B rig a d a ligeira . São P a u lo. M a rtin s. 1945.
(U m r o m a n cis ta d a d eca d ên cia , pp. 63-70).
31) R u í B l o e m : P a lm eira s n o litoral. São P a u lo. M a rtin s. 1945.
( F o g o M o rto e o d ra m a ru ra l b ra sileiro, pp. 80-83).
32) M â r i o d e A n d r a d e : O em p a lh a d or d e pa ssa rin h o. São P a u l o .
M a rtin s. 1946. (F o g o M orto, pp. 247-250).
33) A l v a r o L i n s : J orn a l d e crítica . 4» série. R io d e J a n eiro.
J o s é O lím p io. 1946. (U m n ô v o ro m a n ce d os en gen h os,
pp. 100-107).
34) L I dia B e s o u c h e t y N e w t o n d e F r e it a s : L ite r a tu r a d ei B rasil.
B u e n o s A ires. E d. S u d a m erica n a . 1946. (J o s é L in s d o R ê g o ,
pp. 123-130).
35) A n t ô n i o Q u a d r o s : M o d ern o s d e o n te m e d e h o je. L is b o a .
P o rtu g á lia . 1947. (O lirism o d e J osé L in s d o R ê g o ,
pp. 131-137).
36) R oberto A l v i m C o r r e ia : A n te u e a crítica . R io d e J a n eiro.
J ó s é O lím p io. 1948. (J o s é L in s d o R ê g o , pp. 156-172).
37) A dolfo C a s a is M o n t e ir o : O ro m a n c e e os seu s p rob lem a s.
L isb oa . C a sa d o E stu d a n te d o B ra sil. 1950. (J o s é L in s d o
R ê g o e o c ic lo d a C ana-d& -A çúcar, pp . 143-157).
38) F r a n k l i n M. T h o m p s o n : F o g o m o r to , E p ita p h o f a W a y o f
L ife . ( I n : M od ern L a n g u a g e J ou rn a l, n 9 6, ou tu b r o de
1950. — T ra d u z id o p a ra o portu g u ês, in : Á l v a r o L i n s , C a r ­
p e a u x e T h o m p s o n : J o s é L in s do R ê g o . R io d e J a n eiro.
M in isté rio d a E d u c a ç ã o e Saúde. 1952, pp. 23-38).
39) F red P . E l l i s o n : B ra zil's N e w N o v e l F o u r N o r th e a s te r n
M a sters. B e r k e le y . U n iv e rs ity o f C a lifo rn ia P ress. 1954.
(J o s é L in s d o R ê g o , pp. 45-79).
40) H e n r y J. M a x w e l l : L in s do R e g o ’ s S o c io lo g ica l N ov els.
U n iv e rsity o f W is co n s in . 1954. (T e s e ).
41) B e r n a r d o G e r s e n : J o sé L in s do R ê g o e a C u ltu ra B ra sileira.
( I n : D iá rio de N otícia s, R io de J a n eiro, 22 e 29 de setem b ro,
6, 13, 20 e 27 de ou tu b ro d e 1957).
42) H aroldo B r u n o : E stu d o s d e litera tu ra brasileira. R io de J a ­
n eiro. O C ru zeiro. 1957. (J o s é L in s d o R ê g o , ro m a n cis ta
d o N o rd e ste, pp. 135-148).
43) A d o n ia s F i l h o : M o d ern o s F iccio n ista s B ra sileiros. R io de
J a n eiro. O C ru zeiro. 1958. (S e rtã o dos ca n g a ce iro s , pp. 38-45).
44) JoSo P a c h e c o : O m u n d o q u e J o s é L in s d o R ê g o fin giu .
A u g u s to d o s A n jo s. R io d e J a n eiro. L iv ra ria S ã o J osé.
1958, pp. 9-69.
45) J o sé A d eraldo C a s t e l l o : J o s é L in s do R ê g o — M od ern ism o e
R eg io n a lism o . São P a u lo. E d a rt. 1961. 210 pp.
46) J osé B r a sil e ir o T e n ó r io V i l a n o v a : L in g u a g em e estilo d e um
KM en in o d e en g e n h o ” . R e c ife . Im p ren sa U n iversitá ria.
1962. 93 pp.

314
Amando Fontes
Nasceu (de família sergipana) em Santos, em 16 de maio de 1899.

OBRAS

Os Corumbas (Rio de Janeiro. Schmidt. 1933 ; 6.a edição.


Rio de Janeiro. José Olympio. 1946) ; Bua do Siriri (Rio
de Janeiro. José Olympio. 1937).

EDIÇÃO

Dois romances (Rio de Janeiro. José Olympio. 1961).

Amando Fontes é, entre os nordestinos, o primeiro romancista


da vida urbana. Daí a importância histórica de “ Os Corumbas” ,
já evidenciada na bibliografia.

Bibliografia
1) J orge A m a d o : P . S. (In : B o le tim do A riel, 11/10, ju lh o de
1933, pp. 292).
2) João R i b e i r o : O s C oru m b as. ( I n : J o rn a l d o B ra sil, 3 de
a g ô s to de 1933). (T ra n s cr ito in : C rítica. Os M od ern os. R io
de J a n eiro. A ca d e m ia B ra s ile ira de L etra s. 1952, pp. 332-334).
3) G ilb e r to A m a d o : Os C oru m b as. ( I n : B o le tim do A riel, 11/12,
se te m b ro d e 1933, p. 313).
4) O t Avio de F a r ia : J o r g e A m a d o-A m a n d o F o n te s . (In : B o le ­
tim d o A riel, I I I / l , ou tu b ro de 1933, pp. 7-8).
5) R en ato A l m e i d a : O ro m a n ce d os C oru m b as. (In : L a n tern a
V erd e, a v 1, m a io de 1934, pp. 52-55).
6) J a im e de B a r r o s : E sp elh o d os livros. R io de J a n eiro. J osé
O lím pio. 1936. (O s C oru m b a s e o P r ê m io d a S ocied a d e
F e lip e de O liveira, pp. 127-132).
7) O l ív io M ontenegro: O ro m a n ce b rasileiro. R io d e J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1938, pp. 156-164.
8) J. F e r n a n d o C a r n e i r o : S ergip a n a s e fr a n c e s a s . ( I n : B o le tim
d o A riel, V I I /4 , ja n e ir o d e 1938, p. 110).
9) F ernando G õ i s : U m rom a n ce, o u tro r o m a n c e e a lgu m a s n ota s.
(In : A sp ectos, 11/13-14, s e te m b ro -o u tu b ro de 1938,
pp. 107-111).
10) A fo n so A r in o s de M elo F ranco: Id é ia e tem p o . S ã o P a u lo.
C u ltu ra M od ern a . 1930. (T rê s rom a n cista s, pp. 35-39).
11) M anoel A n s e l m o : F a m ilia literá ria lu so-b ra sileira . R io de
J a n e iro . J osé O lím pio. 1943. (A m a n d o F on tes, ro m a n cis ta
d a fa ta lid a d e, pp. 238-243).
12) ãlvaro Lin s : J orn a l d e crítica . 5* série. R i o d e J a n eiro. J osé
O lím pio. 1947, pp. 146-151.
13) S érgio M i l l i e t : D iá rio crítico . TV. S ã o P a u lo. M a rtin s. 1947,
pp. 71-73.

315
Graciliano Ramos
Nasceu em Quebrangulo (Alagoas), em 27 de outubro de 1892.
Morreu no Rio de Janeiro, em 20 de março de 1953.

OBRAS

Caetés (Rio de Janeiro. Schmidt. 1933; 4.a edição. Rio de


Janeiro. José Olympio, 1953) ; São Bernardo (Rio de
Janeiro, Ariel, 1934; 5 a edição, Rio de Janeiro. José
Olympio, 1953) ; Angústia, (Rio de Janeiro. José Olym­
pio. 1936; 6 a edição, id., 1953); Vidas Sêcas (Rio de
Janeiro. José Olympio. 1938; 4.a edição, id., 1953); In­
fância (Rio de Janeiro. José Olympio. 1945; 3 a edição,
id, ; 1953) ; Insônia (Rio de Janeiro. José Olympio. 1947 ;
3.a edição, 1953) ; Memórias do Cárcere, 4 vols. (Rio de
Janeiro. José Olympio. 1953; 3.a edição, id., 1954).

EDIÇÕES

1) Obras. Rio de Janeiro. José Olympio. 1947. 10 vols.


2) Obras completas. São Paulo. Martins. 1961. 10 vols.

A bibliografia sôbre Graciliano Ramos, posta em ordem cro­


nológica, constitui curva de continuidade: revela a ascensão
permanente do reconhecimento do valor dêsse grande romancista
singular.

Bibliografia
1) W a ld e m a r C a v a l c a n t i : O r o m a n c e C a etés. ( I n : B o le tim d o
A rie l, I I I /3 , d ez em b ro de 1933, p. 73).
2) A u r é l io B u a r q u e d e H o l a n d a : C a etés. ( I n : B o le tim d o A riel,
I I I /5 , fe v e r e ir o de 1934, pp . 127-129).
3) A d e r b a l J u r e m a : São B ern a rd o , d e G racilia n o R a m o s. (I n :
B o le tim d o A riel, IV /3 , d ez em b ro de 1934, pp . 68).
4) A g r ip in o G r ie c o : G e n te n ova do B ra sil. R io de J a n eiro. J osé
O lím p io. 1935, pp. 42-58.
5) J a i m e d e B a r r o s : E sp elh o d os liv ros. R io de J a n eiro. J osé
O lím pio. 1936. (O Sr. G ra cilia n o e M a ch a d o de A ssis,
pp . 255-262).
6) J orge A m a d o : N o tíc ia d e d ois ro m a n ces. ( I n : B o le tim d o
A rie l, V I /2 , n o v e m b ro de 1936, pp. 42-43).
7) F r it z T e ix e ir a de S a l e s : O “ c a s o ” G ra cilia n o R a m o s. (In :
D o m C a sm u rro, 15 de ju lh o d e 1937).
8) O l Iv io M o n t e n e g r o : O r o m a n c e b ra sileiro. R io de J a n eiro.
J o s é O lím pio. 1936, pp. 165-170. ( M en o s fa v o r á v e l).
9) D ia s da C o s t a : V id a s S êcas. ( I n : D o m C a sm u rro, 7 d e a b ril
d e 1938).
10 J ú l io T a v a r e s : S u g estõ es d e V id a s S êcas. ( I n : R e v is t a A c a ­
d êm ica , n ? 35, m a io de 1938).

316
11) A fo n so A r in o s de M F r a n c o : Id éia e tem p o . S ã o P a u lo.
elo
C u ltu ra M od ern a . 1939. (T rê s rom a n cista s, pp . 35-39).
12) A l m i r d e A n d r a d e : A s p e c t o s da cu ltu ra brasileira. R io de
J a n e iro . S ch m id t. 1939. (L ú c io C a rd o s o e G ra cilia n o
R a m o s , pp. 96-100).
13) A l m e id a S a l e s : G racilia n o R a m os. ( I n : C a d ern os d a H o ra
P resen te, n 5 1, m a io de 1939, pp. 153-159).
14) R osário F u s c o : V id a literária. S ã o P a u lo. P a n o ra m a . 1940.
(M o d e rn o s e m od ern ista s, pp. 101-108).
15) J oão G a s p a r S i m õ e s : C rítica. P ô r to . L iv ra ria L a tin a . 1942.
(G ra cilia n o R a m o s , pp. 300-311). (In c o m p r e e n s iv o ).
16) J oão G a s p a r S i m õ e s : C ad ern o d e u m ro m a n cista . L i s b o a .
F . F r a n c o . 1942, pp. 268-271.
17) N é l s o n W e r n e c k S o d r é : O rien ta çõ es do p e n s a m e n to brasi­
leiro. R io de J a n eiro. V e cch i. 1942. (G ra cilia n o R a m o s ,
pp. 99-121).
18) O t t o M aria C a r p e a u x : O rig en s e fin s. R io de J a n eiro. C asa
do E stu d a n te d o B ra sil. 1943. (V is ã o d e G ra cilia n o R a m o s,
pp . 339-351).
19) M a n o e l A S s e l m o : F a m ília literá ria lu so-b ra sileira . R i o de
J a n e iro . J o s é O lím pio. 1943. (G ra cilia n o R a m o s e a a n g ú s­
tia, pp. 220-223).
20) A l v a r o L i n s : J orn a l d e crítica . 2“ série. R io d e J a n eiro. J osé
O lím pio. 1943. (V id a s S êcas, pp . 73-82).
21) H o m e n a g e m a G r a c i l i a n o R a m o s : R io d e J a n eiro. A l b a . 1943.
21a) F r a n c i s c o d e A s s i s B a r b o s a : 50 a n o s d e G racilia no
R a m o s, pp . 33-54).
21b) L a u r a A u s t r e g é s il o : A s v á ria s f a c e s s e c r e ta s d e G ra­
cilia n o R a m o s , pp. 74-88.
22) M ed eir os L i m a : O h o m em n a o b ra d e G ra cilia n o R a m o s. ( I n :
R u m o , R io de J a n eiro, 3® fa s e , 1/1, 1943, pp . 71-74).
23) A st r o jil d o P e r e ir a : In te r p r e ta ç õ e s . R io de J a n eiro. C a sa d o
E s tu d a n te d o B ra sil. 1944. ( A p r o p ó s ito d e V id a s Sêcas,
pp. 151-157).
24) A n t ô n i o C â n d id o : G ra cilia n o R a m o s. ( I n : O J orn al, R io de
Ja n e iro , 17, 24 e 31 d e ou tu b ro e 7 de n o v e m b ro de 1945).
( E stu d o n o tá v e l).
25) L íd ia B e s o u c h e t y N e w t o n d e F p .e it a s : L ite r a tu r a d el B ra sil.
B u e n o s A ire s. E d . S u d a m erica n a . 1946. (G ra cilia n o R a m o s ,
pp . 131-138).
26) R . H . H a y s : T h e W o rld ’s S orrow . ( I n : N e w R e p u b lic, N e w
Y o r k , 1946, J u n e 17). (M u ito c o m p r e e n s iv o ).
27) F l o r ia n oG o n ç a l v e s : In fâ n cia . ( I n : P r o v ín c ia de S ã o P e d ro ,
n* 6, s e te m b ro d e 1946, pp. 112-121).
28) Á l v a r o L i n s : J o rn a l d e crítica . 5* série. R io d e J a n eiro. J osé
O lím pio. 1947. (I n fâ n c ia de u m ro m a n cis ta , pp. 119-126).
29) F l o r ia n o G o n ç a l v e s : G racilia n o R a m o s e o ro m a n c e . P r e fá c io
d a re e d içã o d e C a etés. (O bras, v ol. I ) . R io d e J a n eiro.
J o s é O lím p io. 1947, pp. 9-76. (E stu d o d e e s t é tic a d ia lética ).
30) M o n t e B r it o : G racilia n o R a m os. (I n : O J orn a l, R io d e J a ­
n eiro, 31 de a g ôsto, 7, 14, 21 e 28 d e s etem b ro, 5 d e ou tu b r o
d e 1947).

317
31) W il s o n M a r t i n s : G racilia n o R a m o s, o C risto e o G ran de
In q u isid or. ( I n : P r o v in c ia d e S ã o P e d ro , n ? 11, m a rço -
-ju n h o d e 1948, pp. 105-112).
32) H . P e r eira d a S i l v a : G racilia n o R a m os. E n sa io critico -p sica -
n a tttico. R io de J a n eiro. A u rora . 1950. 122 pp.
33) A lv a r o L i n s : J orn a l d e critica . 6* série. R io de Ja n eiro.
J o sé O lím p io. 1951. (V is ã o g e ra l d e um ficcio n ista ,
pp. 54-69).
34) A r t u r o T o r r e s R io s e c o : G racilia n o R a m os. ( I n : C u adern os
A m e rica n o s , X I I /5 , 1953, pp. 281-288).
35) B e n j a m i n M . W oodbridge J r .: G ra cilia n o R a m os. U n iversity
o f C a lifo rn ia . 1954. ( T e s e ).
36) F red P . E l l i s o n : B ra zil’ s N e w N o v el. F o u r N o rth ea stern
M a sters. B erk eley . U n iv ersity o f C a lifo rn ia P ress. 1954.
(G ra cilia n o R a m o s , pp. 111-132).
37) E doardo B i z z a r r i : G ra cilia n o R a m o s, rom a n cista . ( I n : D iá ­
lo go, 1, se te m b ro de 1955, pp. 43-54, e 2, d ez em b ro de 1955,
pp. 43-60).
38) J o e l P o n t e s : O A p ren d iz d e C rítica . R e c ife . D e p a rta m en to
d e D o c u m e n ta ç ã o e C u ltu ra. 1955. (M em ória s d o C á rcere,
pp. 117-132).
39) G u il l e r m o d e l a C r u z - C o r o n a d o : G ra cilia n o R a m os. T r a y e c to -
ria y p erson a lid a d e. ( I n : P a n ora m a , W a sh in g to n , IV /1 3 ,
1955, pp . 48-60).
40) A n t ô n i o C â n d i d o : F ic ç ã o e C on fissã o. E n sa io s ô b r e a O bra
d e G ra cilia n o R a m os. R io d e J a n eiro. J osé O lím pio.
1956. 83 pp.
41) H aroldo B r u n o : E stu d o s d e litera tu ra b rasileira. R io d e J a ­
n eiro. O C ru zeiro. 1957. (G ra cilia n o R a m o s , pp. 79-100).
42) M iécio T a t i : E stu d o s e n ota s crítica s. R io de J a n eiro. In sti­
tu to N a cio n a l do L iv ro. 1958. (G ra cilia n o R a m o s,
pp. 103-173).
43) R o l a n d o M a c ie l P i n t o : G racilia n o R a m o s, a u to r e a tor. A ssis.
F a cu ld a d e de F ilo s o fia , C iên cia s e L etra s. 1962. 189 pp.
(In te r p r e ta ç ã o im p o r ta n te ).

Jorge Amado
Nasceu em Pirangi (Bahia), em 10 de agôsto de 1912.

OBEAS

País do carnaval (Rio de Janeiro. Schmidt. 1932) ; Cacau


(Rio de Janeiro. Ariel. 1933) ; Suor (Rio de Janeiro.
Ariel. 1934) ; Jubiàbá (Rio de Janeiro. José Olympio.
1935) ; Mar morto (Rio de Janeiro. José Olympio. 1936) ;
Capitães de areia (Rio de Janeiro. José Olympio. 1937) ;
Terras do semfim (São Paulo. Martins. 1942) ; São
Jorge dos Ilhéus (São Paulo. Martins. 1944); Seara
vermelha (São Paulo. Martins. 1946); Gabriela, cravo
e canela* (São Paulo. Martins. 1958) ; Os velhos mari­
nheiros (São Paulo. Martins. 1962).

318
EDIÇÃO

Obras. São Paulo. Martins. 1944-1947. 9 vols.

O romance nordestino de Jorge Amado inspirou numerosa


bibliografia crítica, em geral elogiosa; as opiniões discordantes
referem-se ao estilo poético do romancista e ao seu uso novelística
de conceitos políticos.

B ib lio g r a fia
1) P edro D a n t a s (P ru d en te de M ora is N e to ) : C rôn ica literária.
( I n : A O rdem , V II/2 8 , ju n h o d e 1932, pp. 442-445).
2) A l b e r t o P a s s o s G u i m a r ã e s : A p r o p ó sito d e u m ro m a n c e :
C acau. ( I n : B o le tim d o A riel, 11/10, ju lh o d e 1933, p. 288).
3) M u r il o M e n d e s : N o ta s ô b r e C acau. (I n : B o le tim do A riel,
n /1 2 , se te m b ro d e 1933, p. 317).
4) A r n a l d o T a b a y ã : U m ro m a n ce p roletá rio. ( I n : B o le tim do
A rie l, I I I / l , ou tu b r o de 1933, p. 20).
5) O t á v io de F a r ia : J o r g e A m a d o-A m a n d o F o n te s . ( I n : B oletim
d o A rie l, I I I /2 , n o v e m b ro de 1933, pp. 7-8).
6) A d e r b a l J u r e m a : J o rg e A m a d o. ( I n : B o le tim d o A riel, 111/12,
s e te m b ro d e 1934).
7) A g r ip in o G r ie c o : G e n te n o v a do B ra sil. R io de J a n eiro. J osé
O lím p io. 1935, pp. 9-18.
8) L ú c ia M ig u e l P e r e ir a : J ubiabá. ( I n : B o le tim do A riel, V /2 ,
n o v e m b ro de 1935, pp . 29-30).
9) J o sé L i n s do R ê g o : J ubiabá. ( I n : B o le tim do A riel, V /2 ,
n o v e m b ro d e 1935, p. 39).
10) D a n t e C o s t a : O ro m a n ce Jubiabá. ( I n : B o le tim d o A riel,
V /3 , d e z e m b ro d e 1935, p. 71).
11) J a im e de B a r r o s : E sp elh o d os livros. R io de J a n eiro. J o s é O lím ­
p io . 1936. (L ib e rta ç ã o d e fin itiv a d os n eg ros, pp . 117-126).
12) D u s da C o s t a : O m u n d o d e J ubiabá. ( I n : B o le tim d o A riel,
V /4 , ja n e iro d e 1936, p. 101).
13) O dorico T a v a r e s : A p o e sia ainda v iv e. ( I n : B o le tim d o A riel,
V /9 , ju n h o d e 1936, p. 239).
14) E dgard C a v a l h e ir o : U m ro m a n c e do m ar. ( I n : B o le tim do
A rie l, V I /2 , n o v e m b ro de 1936, p. 53).
15) J o e l S il v e ir a : D o is tip o s d e ro m a n ce. J o r g e A m a d o e J o sé
L in s do R ê g o . ( I n : D o m C a sm u rro, 5 de a g ô s to d e 1937).
16) O l ív io M o n t e n e g r o : O ro m a n c e b rasileiro. R io d e J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1938, pp. 144-150.
17) N é l s o n W e r n e c k S o d r é : O rien ta çõ es do p e n sa m en to brasi­
leiro. R io de J a n eiro. V e cch i. 1942. (J o r g e A m a d o,
pp. 153-166).
18) R oger B a s t id e : J o r g e A m a d o e o ro m a n c e p o é tic o . (In : O
J orn al, R io d e J a n eiro, 7 d e m a rç o d e 1943). (.E logioso).
19) A n t ô n i o C â n d id o : B rig a d a ligeira. S ã o P a u lo . M a rtin s. 1945.
(P o e s ia , D o cu m e n to e H istória , pp. 45-62).
20) B e r t r a m D . W o l f e : T h e V io le n t L and . ( I n : N e w Y o r k H era ld
T r ib u n e B o o k s , 17 de ju n h o de 1945).

319
21) Á lvaro L in s : J orn a l d e crítioa. 4* série. R io de J a n eiro. J osé
O lím p io. 1946. (R o m a n c e d o In terior, pp. 84-91).
22) S a m u e l P u t n a m : I n : H a n d b o o k o f L a tin A m e r ic a n Studies.
I X . C a m b rid g e, M ass. H a r v a rd U n iv ersity P ress. 1946,
pp. 404-405. ( R esu m o da ev o lu çã o literá ria d o r o m a n cista ).
23) Á l v a r o L i n s : J orn a l de crítica . 5'* série. R io d e J a n eiro.
J o sé O lím p io. 1947. (A s o b ra s com p leta s d e J o r g e A m ad o,
pp. 132-145). ( D e s fa v o r á v e l).
24) S érgio M i l l ie t : D iá rio cr ític o . V o l. IV . S ã o P a u lo. M artins.
1947, pp . 148-151.
25) H a r oldo B r u n o : T er r a e p o v o n o ro m a n ce d e J o r g e A m ad o.
( I n : N o rd este, R e c ife , I I /7 , ju n h o de 1947).
26) L iv i a C a m e r i n i : S critto ri brasiliani d’ o g g i: J o r g e A m a d o. (In :
R iv is t a d i L ettera tu re M od ern e, II /2 , 1947).
27) A d e r b a l J u r e m a : P ro v in cia n a s. R e c ife . E d. N ord este. 1949.
(U m r o m a n cis ta d o p o v o , pp. 71-75).
28) N e y G u i m a r ã e s : J o r g e A m a d o e a co n d içã o hum ana. (I n :
Clã, F orta leza , fe v e r e ir o de 1949, pp. 117-120).
29) A dolfo C a s a is M o n t e ir o : O ro m a n c e e os se u s p rob lem a s.
L isb oa . C asa d o E stu d a n te d o B ra sil. 1950. (J o r g e A m a d o ;
Ju b ia b á , pp. 161-172; R e a lis m o lírico, pp. 181-184, A té as
ra ízes d o h u m an o, pp. 185-188).
30) M ïé c io T a t i : E stilo e r e v o lu ç ã o n o ro m a n c e d e J o r g e A m ad o.
( I n : T ernário, R io de J a n eiro, 1/2, s e tem b ro-ou tu b ro de
1951, pp. 3-17).
31) J b a n n e G a il l a r d : J o r g e A m a d o. (I n : L a P en sée, P a ris, n® 40,
ja n e ir o -fe v e r e ir o de 1952, pp. 132-134).
32) F re d P . E l l i s o n : B ra zil’s N e w N o v e l. F o u r N o r th e a s te r n
M a sters. B e rk e le y . U n iv ersity o f C a lifo rn ia P ress. 1954.
(J o r g e A m a d o, pp. 83-108).
33) E . M a r v in R a w e y : J o r g e A m a d o. U n iv e rs ity o f W iscon sin .
1954. ( T e s e ) .
34) H ar oldo B r u n o : E stu d o s d e litera tu ra brasileira. R io de Ja­
n e iro . O C ru zeiro. 1957. (O sen tid o da T e r r a n a O b ra d e
J o r g e A m a d o , pp. 121-134).
35) M iécio T a t i : E stu d o s e n ota s crítica s. R io d e J a n eiro. In sti­
tu to N a cio n a l d o L iv ro . 1958. (E s tilo e re v o lu ç ã o n o ro­
m a n ce de J o rg e A m a d o, pp. 175-208).
36) M iécio T a t i : J o r g e A m a d o. V id a e O bra. B e lo H orizon te.
Ita tia ia . 1961. 180 pp. (P r im e ir a m o n o g r a fia ).

320
DEPOIS DO MODERNISMO

A litemtura imediatamente contemporânea ainda não pode


ser objeto da historiografia literária: resiste a qualquer tentativa
de classificação e até chega a desmenti-la, tomando rumos que
ninguém podia prever. Pode-se falar em “ pós-mode\nismo” ; mas
será difícil defini-lo. Alguns poetas e escritores a qàe se costuma
chamar assim, apareceram em pleno modernismo: Augusto Frede­
rico Schmidt, Lúcio Cardoso. Por outro lado, há poetas, e escritores
pertencentes à geração modernista que só muito mais vprde publi­
caram livros (Anibal M. Machado, Dante Mila.no), aò ponto de
ainda não existir, com respeito a êles, muita documentação biblio­
gráfica. Enfim, há o caso de Álvaro Lins (*), que pertence pela
data do nascimento à geração pós-modernista, enquanto sua for­
mação e mentalidade o caracterizam como crítico da época do
modernismo mineiro e do movimento literário nordestino.
O “ pós-moderniswio” resiste, portanto, aos métodos de classi­
ficação cronológica. Talvez tenha sido possível distinguir, dentro
dele, alguns grandes grupos estilísticos (poesia pós-simbolista,
romance introspectivo, romance social, etc.); assim como nas casos
já citados de Anibal M. Machado e Dante Milano, a documentação
existente ainda não chega para organizar bibliografia^ que me­
reçam êsse nome. Foi preciso, embora muito a contragosto, adiar
para outra oportunidade a apresentação do material bibliográfico
sôbre Adalgisa Nery, Alphonsus Guimaraens Filho, Cristiano
Martins, Dionélio Machado, João Cabral de Melo Neto, Nélson
Rodrigues, Orígenes Lessa, Herberto Sales e mais vários outros.
Dêste modo aparecem aqui, “ depois do modernismo’*, só
alguns poucos nomes e êstes, na impossibilidade de usar critérios
cronológicos ou estilísticos — em ordem alfabética.

Augusto Frederico Schmidt


Nasceu no Rio de Janeiro, em 20 de abril de 1906.
(1 ) á l v a r o L in s . N asceu em C aruaru (P e r n a m b u c o ), em 14 d a dezem bro
de 1912.
J o r n a l d e c r ít ic a (6 séries. R io de Janeiro. Josê Olím pio. 1941-1951).

321
OBRAS

Canto do brasileiro Augusto Frederico Schmidt (1928) ;


Canto do liberto Augusto Frederico Schmidt (1 92 9 );
Navio perdido (Rio de Janeiro. Cisneiro. 192 9); Pás­
saro cego (Rio de Janeiro. Ipiranga. 1930); Canto da
Noite (São Paulo. Companhia Editora Nacional. 1934;
2.a edição. 194 6); A estrêla solitária (Rio de Janeiro.
José Olympio. 1 9 4 0 ); Mar desconhecido (Rio de Ja­
neiro. José Olympio. 1 9 4 2 ); Poesias escolhidas. (Rio
de Janeiro. Americ-Edit. 1 9 4 6 ); O galo branco (Rio
de Janeiro. José Olympio. 1948) ; Fonte invisível (Rio
de Janeiro. José Olympio. 1949). — Poesias completas
(Rio de Janeiro. José Olympio. 1956). — Aurora lívida
(Rio de Janeiro. Simões. 1958).

A bibliográfia sôbre Augusto Frederico Schmidt é muito


numerosa, mas não é igualmente variada; impunha-se seleção das
opiniões mais características.

Bibliografia/
1) Joio R 3 eiro: C a n to d o b r a s ile ir o . (In: Jornal do Brasil, 25
d« j u l h o de 1928).
2) J o ioR ibeiro : C rítica . O s M o d e r n o s . Rio de Janeiro. Aca­
demia Brasileira de Letras. 1952. (Navio perdido,
fp. 181-183). ( E s c r i t o e m 19S9).
3) TAis t ío DE A taíde : E s t u d o s . 3* série. 1* parte. Rio de Ja­
neiro. A Ordem. 1930, pp. 56-71.
4) J oão R ibeiro : P á s s a r o c e g o . (In: Jornal do Brasil, 13 de
novembro de 1930). (Transcrito in: C r ític a . O s M o d e r n o s .
Rio de Janeiro. Academia Brasileira de Letras, 1952,
pp. 183-188).
5) P edro D a n t a s (Prudente de Morais N eto): C r ô n ic a lit e r á r ia .
(In: A Ordem, V/14, abril de 1931, pp. 235-239).
6) A gripino G rieco : E v o l u ç ã o da p o e s i a b r a s ile ir a . 1932. (3’ edi­
ção. Rio de Janeiro. José Olímpio. 1947, pp. 198-201).
7Í G ilberto A m a d o ; A u g u s t o F r e d e r i c o S c h m id t. (In: Boletim
do Ariel, II/6, março de 1933, pp. 148-149).
8 ) E . Di C a v a l c a n t i : A u g u s t o F r e d e r i c o S c h m id t. (In: Boletim
do Ariel, II/10, julho de 1933, pp. 295-296).
19) T ristão de A t a íd e : E s t u d o s . 5* série. Rio de Janeiro. Civili­
zação Brasileira. 1935. (Uma voz na tormenta, pp. 137-148).
10) O távio de F a r ia : D o i s p o e t a s . Rio de Janeiro. Ariel. 1935,
pp. 115-231). ( E s t u d o m o n o g r á f i c o ).
,11) A l ves R ibeiro : A p o e s i a d e A u g u s t o F r e d e r i c o S c h m id t. (In:
Boletim do A r ie l, IV/7, abril de 1935, p p . 191-192).
12) J a im e de B a r r o s : Espelho dos litrros. Rio de Janeiro. José
Olímpio. 1936. (O poeta da noite, pp. 365-373).

3*2
13) M anuel B a n d e i r a : C rôn ica s ãa P r o v ín c ia do B ra sil. R io de
J a n e iro . C iv iliza çã o B ra sileira . 1937. (A u g u s to F r e d e r ic o
S ch m id t, pp. 139-142).
14) L ú cio C a r d o s o : S ôb re u m p o eta . ( I n : L a n te rn a V erd e, n° 5,
ju lh o de 1937, pp. 90-92).
15) A l m ir de A n d r a d e : E s tr ê la solitária. ( I n : R e v is t a do B ra sil,
3 ' fa se, 111/25, ju lh o de 1940, pp. 63-68).
16) T r istã o de A t a í d e : P o e s ia b rasileira c o n tem p o râ n ea . B e lo
H orizo n te . P a u lo B lu h m . 1941. (A E s tr ê la solitária,
pp. 124-136).
17) Á l v a r o L i n s : J orn a l d e crítica . 1" série. R io d e J a n eiro. J osé
O lím pio. 1941, pp. 44-53.
18) R e v is ta A c a d ê m ic a : n ú m ero esp ecia l d e d ica d o a A u g u sto
F r e d e r ic o S ch m id t, tí> 53, fe v e v e iro d e 1941.
18a) M a n u e l B a n d e i r a : S ch m id t> p o eta .
18b) P e r e g r in o J ú n i o r : T em p era m en to d e S ch m id t.
1 8 c) M ário de A n d r a d e : A u g u sto F r e d e r ic o S ch m id t.
18<0 D a n t e C o s t a : A u g u sto S chm id t.
1 8 c) W i l s o n A . L o u s a d a : P o s iç ã o d o p o eta .
19) J o sé C é s a r B o r b a : P r e s e n ç a d e A u g u sto F r e d e r ic o S chm id t.
(I n : R e v is ta do B ra sil, 3* fa se, TV/36, ju n h o d e 1941,
pp . 85-98). (U m d o s m e lh o r e s e stu d o s s ô b r e o p o e ta ).
20) J o sé L i n s do R ê g o : G o rd o s e m a g ros. R io d e J a n eiro. C asa
d o E stu d a n te d o B ra sil. 1942. O p o e ta S ch m id t, pp. 38-44).
21) M á r i o d e A n d r a d e : A s p e c to s da litera tu ra b ra sileira . R io d e
J a n eiro. A m e ric-E d it. 1943. (A p o e s ia em 1930, pp. 54-59;
A v o lta d o C on dor, pp. 185-204).
22) M a n u e l A n s e l m o : F a m ília literá ria lu so-b rasileira. R io de
J a n e iro . J osé O lím pio. 1943. (S ch m id t e a p o e s ia pura,
pp. 55-62).
23) Á lva ro L i n s : J orn a l d e crítica . 3* série. R io de J a n eiro. J osé
O lím pio. 1944. (M a tu rid a d e de u m poeta , pp. 57-67).
24) M a n u e l B a n d e ir a : A p r e s e n ta ç ã o da p o e s ia b ra sileira . R io de
J a n e iro . C asa d o E stu d a n te d o B ra sil. 1946, pp. 181-184.
25) S érgio M i l l i e t : D iá rio crítico . III. S ã o P a u lo. M artin s. 1946,
pp. 175-182.
26) R oger B a s t id e : P o e ta s do B rasil. C u ritiba. G uaíra. 1947.
(A u g u s to F r e d e rico Sch m id t, pp. 85-92; O m u n d o p o é tico
d e A u g u sto F r e d e r ic o Sch m id t, pp. 93-98).
27) R o berto A l v im C o r r e ia : A n te u e a crítica . R io de J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1948. (O “ d e s co b rim e n to ” d e A u g u s to F r e ­
d e r ico S ch m id t, pp. 45-51).
28) A f o n s o F é l i x d e S o u z a : S ôb re a p o e sia d e A u g u sto F r e d e r ic o
S ch m id t. ( I n : O rfeu , n'' 6, V e rã o de 1949, pp. 5-12). (V o z
d isco r d a n te).
29) D ulce S ales C u n h a : A u to r e s c o n te m p o r â n e o s brasileiros.
S ã o P a u lo . s. e. 1951, pp. 121-126.
30) A r t u r E d u ar do B e n e v i d e s : A lâm pada e os a p ó sto lo s. F or­
taleza. Clã. 1952. (U m p o e m a b ra sileiro, pp . 25-44).
31) A u r é l io B u a r q u e de H o l a n d a : T e r ritó rio lírico. R io d e J a ­
n eiro. O C ru zeiro. 1958. (A P o e s ia e o p á ssa ro, pp. 83-98).

323
32) PÉRiCLES E u g ê n i o da S il v a R a m o s : O M o d ern ism o na poesia .
( I n : A L ite r a tu r a n o B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o.
V o l. I l l , t. 1. R io d e J a n eiro. E d ito ria l Sul A m erica n a .
1959, pp. 628-635).

Érico Veríssimo
Nasceu em Cruz Alta (Rio Grande do Sul), em 17 de dezembro
de 1905.

OBRAS PRIN CIPAIS

Clarissa (Pôrto Alegre. Globo. 1933; 6.a edição, id. 1947);


Caminhos cruzados (Pôrto Alegre. Globo. 1935; 8.a
edição, id. 194 7); Música ao longe (Pôrto Alegre. Globo.
1935; 8.a edição, id. 1947); Olhai os lírios do canvpo
(Pôrto Alegre. Globo. 1938; 1 3 a edição, id. 1947); O
resto ê silêncio (Pôrto Alegre. Globo. 1943; 3.a edição,
id. 1949); O Tempo e o vento ( I : O Continente. Pôrto
Alegre. Globo. 1949; I I : O retrato. Pôrto Alegre.
Globo. 1951; I I I : O Arquipélago, id. 1962).

A bibliografia aqui selecionada não reflete o papel literário


do romancista gaúcho: não corresponde ao sucesso dos seus ro­
mances, revelado pelo número das edições.

Bibliografia
1) D ante C o s t a : C a m in h os cru za d os. (I n : B o le tim do A riel,
IV /1 1 , a g ô s to de 1935, pp. 300-301).
2) E dgard C a v a l h e ir o : U m r o m a n cista do Sul. (In : B o le t im do
A riel, V I /6 , m a rç o de 1937, p. 179).
3) M de O r n e l l a s : V erís sim o , o ro m a n cista do Sul.
a n o e l it o (I n :
D o m C a sm u rro, 22 de o u tu b r o d e 1938).
4) A fo n so A r in o s de M elo F ranco: Id éia e tem p o . São P a u lo.
C u ltu ra M od ern a . 1939. (C rítica s o cia l n o r o m a n ce b ra si­
leiro , pp . 28-34).
5) O l ív io M ontenegro: O ro m a n c e brasileiro. R io de J a n eiro.
J osé O lím pio. 1938, pp. 171-175.
6) R o s Ario F u s c o : V id a literária. São P a u lo. P a n o ra m a . 1940.
(E n tr e o ro m a n tism o e o n atu ralism o, pp. 118-124).
7) J oão G a s p a r S i m õ e s : C rítica . P ô r to . L iv ra ria L a tin a . 1942.
(Ê r ic o V eríssim o, pp. 380-392).
8) M o isé s V e l l i n h o : L e tr a s da P r o v ín cia . P ô r to A leg re. G lob o.
1944. (É rico V eríssim o, o ro m a n cis ta , pp. 93-118).
9) A n t ô n i o C â n d id o : B rig a d a ligeira . S ã o P a u lo. M a rtin s. 1945.
(R o m a n c e pop u la r, pp. 71-82).
10) L o m a s L i n t o n B a r r e t t : É rico V erís sim o an d th e C rea tio n o f
N o v e lis tic C h a ra cters. ( I n : H ispa n ia , X X I X /3 , A u g u s t 1946,
pp. 323-338).

324
11) A n t ô n io Q u a d r o s : M o d e r n o s d e o n te m e d e h o je . L isb oa .
P o rtu g á lia . 1947. (O s d ois ro m a n ce s p a ra lelos d e E rico
V e ríssim o , pp. 209-215).
12) O l y n t o S a n m a r t i n : M en sa g em . P ô r to A leg re. A N a çã o . 1947.
(E rico V e ríssim o, pp. 139-154).
13) R e b ê lo d e B e t t e n c o u r t : É r ic o V eríssim o e o r o m a n c e brasi­
leiro. L isb oa . S ep a ra ta d a “ G a zeta d os C a m in h os d e F e r r o ” ,
1950. 31 pp.
14) C a r t e r B r o o k J o n e s : B rïlh a n t brasilian a u th o r w r o te a h is-
to rica l n o v e l o f g r e a t sig n ifica n c e. ( I n : W a s h in g to n Star,
16 d e s e te m b ro d e 1951).
15) S érgio B u a r q u e d e H o l a n d a : O r e tr a to . ( I n : D iá rio C a rioca ,
R io de J a n eiro, 10 de fe v e r e ir o de 1952).
16) O l I vio M o n t e n e g r o : O r o m a n c e brasileiro. 2* e d iç ã o . R io de
J a n e iro . J o s é O lím p io. 1953. (É rico V eríssim o, pp . 265-271).

Guimarães Rosa
João G u im a rã e s
R osa. Nasceu em 27 de junho de 1908, em
Cordisburgo (Minas Gerais).

obras

Sagarana (Rio de Janeiro. José Olympio. 1946; 5 a ed.,


definitiva, id., 1958) ; Corpo de baile (Rio de Janeiro.
José Olympio. 1956); Grande Sertão: Veredas (Rio de
Janeiro. José Olympio. 1956) ; 2.a ed., id. 1958).

Os contos e o romance de Guimarães Rosa são considerados,


graças à sua especialíssima feição lingüística, como início de uma
nova fase na história da literatura brasileira. Nenhum outro autor
da época pós-modernista tem sido objeto de tão numerosos e
minuciosos estudos críticos.

Bibliografia
1) Á lvaro L i n s : U m a g ra n d e estréia . ( I n : C o rre io d a M an hã,
R io d e J a n eiro, 12 de a b ril d e 1946).
2) P a u l o R ó n a i : A a r te d e c o n ta r em Sagarana. ( I n : D iá r io de
N o tícia s, R io d e J a n eiro, 14 de ju lh o d e 1946).
3) S érgio M i l l ie t : S agarana. ( I n : E s ta d o d e S ã o P a u lo, 22 de
d ezem b ro d e 1951).
4) F r a n k l i n d b O l iv e ir a : C orp o d e baile. ( I n : C o rre io d a M an hã,
R io d e J a n eiro, 14 d e m a rç o e 12 de m a io d e 1956).
5) W il s o n M a r t i n s : U m n ô v o V a ld om iro S ilveira . ( I n : E s ta d o
d e São P a u lo, 23 e 30 de a g ô s to de 1956).
6) A n t ô n i o C â n d id o : G ra n d e S e r tã o : V ered a s. ( I n : E s ta d o de
S ã o P a u lo , 6 de ou tu b ro d e 1956).
7) A ssis B r a s i l : G u im a rã es R o sa e a litera tu ra brasileira. (I n :
J o rn a l d o B ra sil, R io de J a n eiro, 30 de d ez em b ro de 1956
e 6 e 13 de ja n e ir o de 1957).

325
21
8) A f f o n s o Á v i l a : A a u ten ticid a d e e m G u im a rã es R osa . (In :
E s ta d o de S ã o P a u lo, 12 d e ja n e ir o de 1957).
9) M. C a v a l c a n t i P r o e n ç a : A lg u n s a s p e c to s fo r m a is d e “ G ran de
S e r tã o : V e r e d a s ” . (I n : R e v is t a d o L iv ro, R io de J a n eiro,
5, m a r ç o de 1957, pp. 37-54).
10) D iá lo g o , São P a u lo, 8 n o v e m b ro de 1957.
10a) A n t ô n i o C â n d id o : O S ertã o e o M u nd o, pp. 5-18.
10b) M il t o n V a r g a s : V isã o e D e s c r iç ã o , pp. 19-28.
1 0c) D ora F er r e ir a da S i l v a : O D e m o n ía c o em “ G ran d e
S ertã o : V e r e d a s ” , pp. 29-33.
10d) O l ív ia K r a h e n b u e h l : A lin g u a g em co m o tem a , pp . 43-44.
10e) R oberto S i m õ e s : N o ticia da v isita çã o rea liza d a n as V e ­
red a s do " G ran d e S e rtã o ” , pp . 45-64 .
1 0 £) P a u l o D a n t a s : V a ria çõ es s ô b r e o te m a G u im a rã es R osa ,
pp. 65-69.
10*0 L u i z C o s t a L i m a F i l h o : A ex p r e s s ã o o rg â n ica d e u m
e s c r ito r m o d ern o , p p . 7 1 -8 9 .
11) R u i M o r â o : J o ã o G u im a rã es R o sa ■— “ G ran d e S e r tã o : V e ­
red a s” . ( I n : T en d ên cia , B e lo H orizon te, 1, a g ô s to de 1957,
pp. 84-86).
12) O s w a l d i n o M a r q u e s : A S eta e o A lv o. R io d e J a n eiro. In sti­
tu to N a cio n a l d o L iv ro. 1958. (A re v o lu çã o G u im a rã es
R o s a , pp. 171-177).
13) E d u a r d o P o r t e l l a : D im en sõ es. I. R io de J a n eiro. J o s é O lím ­
p io . 1958. (U m ro m a n ce e su a d ia lética , pp. 87-94).
14) F r a n k l i n de O l iv e ir a : E s tu d o s sô b r e G u im a rã es R osa . (I n :
C o rre io d a M anhã, R io de J a n eiro, 15 de fe v e r e ir o de 1958).
15) A d o lfo C a s a is M o n t e ir o : O eru d ito e o p op u la r e m * G ran de
S e r tã o : V e r e d a s ” . ( I n : E s ta d o de São P a u lo, l 9 de m a rç o
de 1958).
16) F r a n k l i n de O l iv e ir a : A s E p íg ra fe s. ( I n : C orreio d a M a n h ã ,
R io de J a n eiro, 25 de ou tu b ro de 1958).
17) L. A . d e B r a m m a : J oã o G u im a rã es R o sa . ( I n : E l M u ndo,
H ab a n a , 16 de d ezem b ro de 1958).
18) M . C a v a l c a n t i P r o e n ç a : A u g u sto d o s A n jo s e o u tr o s en saios.
R io de J a n eiro. J osé O lím p io 1959. (T rilh o s n o G ra n d e
S ertã o, pp. 151-241).

Lúcio Cardoso
Nasceu em Curvelo (Minas Gerais), em 13 de agôsto de 1913.

OBEAS PRINCIPAIS

Maleita (Rio de Janeiro. Schmidt. 1934) ; Salgueiro. (Rio


de Janeiro. José Olympio. 1935) ; A luz no subsolo (Rio
de Janeiro. José Olympio. 1936) ; Mãos vazias (Rio de
Janeiro. José Olympio. 1938) ; O desconhecido (Rio de
Janeiro. José Olympio. 1941) ; Dias perdidos (Rio de
Janeiro. .José Olympio. 1943) ; Inácio (Rio de Janeiro.
José Olympio. 1944) ; A professora Hilda (Rio de Ja­
neiro. Agir. 1945) ; Anfiteatro (Rio de Janeiro. Agir.

326
1946); Crônica da Casa assassinada (Rio de Janeiro.
José Olympic. 1959; 2 a edição. Rio de Janeiro. Letras
e Artes. 1963).

Lúcio Cardoso já foi chamado “ Julien Green brasileiro” . A


bibliografia sôbre o escritor é portanto constituída de opiniões
sôbre o gênero “ romance introspectivo” .

Bibliografia
1) O t áv io de F a r ia : M aleita. ( I n : B o le tim do. A riel, 111/12, se­
te m b ro de 1934, p. 322).
2) A g r ip in o G r ie c o : G e n te n o v a do B ra sil. R i o d e J a n e iro . J osé
O lím pio. 1935, pp. 99-104.
3) O távio d e F a r i a : D o is p o e ta s. R io de J a n eiro. A riel. 1935,
pp . 333-343. (S ô b r e a s p o e sia s do a u to r ).
4) O távio de F a r i a : S a lgu eiro. ( I n : B o le tim d o A riel, IV /9 , ju n h o
d e 1935, pp. 236-237).
5) J a im e de B a r r o s : E sp elh o d os livros. R io de J a n eiro. J osé
O lím pio. 1936. (U m p a isa g ista d os g ra n d es cen á rios,
pp. 215-226). (S ô b re os d ois p r im eir o s r o m a n c e s , n a tu ra ­
listas, d e L ú cio C a rd oso).
6) A l m i r d e A n d r a d e : A s p e c to s da cu ltu ra b rasileira. R io de
J a n e iro . S ch m id t. 1939. (L ú c io C a rd oso e G ra cilia n o
R a m o s , pp. 96-100).
7) A d o n ia s F i l h o : Os ro m a n c e s d e L ú c io C ard oso. ( I n : C a­
d e rn o s d a H o r a P resen te, n 5 4, s e te m b r o d e 1939, pp. 57-86).
(E stu d o do estilo in tr o s p e c tiv o d e L ú cio C a rd o so ).
8) A l m i r d e A n d r a d e : M ã os vazias. (I n : R e v is ta d o B rasil,
3» fase, I I /9 , m a rç o de 1939, pp. 107-109).
9) A l v a r o L i n s : J orn a l d e crítica . 1* série. R io d e J a n eiro.
J o sé O lím pio. 1941, pp. 88-97.
10) N é l s o n W e r n e c k S o d r é : O rien ta çõ es do p e n s a m e n to b rasi­
leiro. R io de J a n eiro. V e cch i. 1942. (L ú c io C a rdoso,
pp. 167-183).
11) L I dia B e s o u c h e t y N e w t o n de F r e i t a s : L ite r a tu r a d ei B rasil.
B u e n o s A ires. E d . S u d a m erica n a . 1946. (L ú c io C a rdoso,
pp. 139-142).
12) A l v a r o L i n s : J orn a l d e crítica . 6* série. R i o d e J a n eiro.
J osé O lím pio. 1951, pp. 79-87.
13) R oberto A l v im C o r r e ia : O M ito de P r o m e te u . R io de J a n eiro.
A g ir . 1951. (L ú cio C a rdoso, pp . 163-168).

Marques Rebelo
Pseudônimo de E d i D i a s d a C r u z . Nasceu no Rio de Janeiro, em
6 de janeiro de 1907.

OBRAS

Oscarina (Rio de Janeiro. Schmidt. 1931; 2.a edição. Rio


de Janeiro. José Olympio. 1937); Três caminhos (Rio

327
de Janeiro. Ariel. 1933) ; Marafa (São Paulo. Compa­
nhia Editôra Nacional. 1935; 2.a edição. Rio de Janeiro.
Cruzeiro. 1948) ; A estrela sobe (Rio de Janeiro. José
Olympio. 1938; 2.a edição. Rio de Janeiro. Cruzeiro.
1949) ; Stela me abriu a porta (Pôrto Alegre. Globo.
1942).
Obras completas. São Paulo. Editôra Brasiliense. 1956.
O Espelho partido. São Paulo. Martins. ( I : O Tra-
picheiro; I I : A Mudança; continua).

Bibliografia numericamente insuficiente: a fina arte do autor


apenas é plenamente reconhecida pela crítica mais exigente. Êsse
panorama crítico modificar-se-á com a publicação do “ roman-
-fleuve” ainda incompleto.

Bibliografia
1) J oão R ib e ir o : O scarin a. ( I n : J o rn a l d o B ra sil, 10 d© ju n h o
de 1931). (T r a n s c r ito in : C rítica . Os M od ern os. R io de
J a n e iro . A c a d e m ia B ra s ile ira d e L etra s. 1952, pp. 319-320).
2) P edro D a n t a s (P ru d e n te de M ora is N e to ) : C rô n ica literária.
( I n : A O rdem , VT/20, se te m b ro d e 1931, pp . 104-176). ( R e ­
c o n h e c e u a filia çã o do a u to r a M a n u el A n tô n io d e A lm eid a ).
3) A g r ip in o G r ie c o : E v o lu çã o da p r o sa brasileira. 1933. (2* ed i­
ção. R i o d e J a n eiro. J o s é O lím pio. 1947, p. 236).
4) O t á v io d e F a r ia : T rês ca m in h os. ( I n : B o le tim d o A riel, H /1 0 ,
ju lh o de 1933, p. 285).
5) A rn aldo T a b a y á : Os co n to s d e M a rq u es R e b e lo . ( I n : B o le tim
d o A riel, 11/12, setem b ro de 1933, p. 327).
6) A g r ip in o G r ie c o : G e n te n o v a d o B ra sil. R io d e J a n eiro. J osé
O lím pio. 1935, pp. 110-119).
7) T r istã o de A t a íd e : E stu d os. 5* série. R io d e J a n eiro. C ivili­
z a ç ã o B ra sileira . 1935, pp. 34-40).
8) J a im e de B arros: E sp elh o d o s liv ros. R io d e J a n eiro. J osé
O lím p io. 1936. (A in d a o c o n to e o rom a n ce, pp. 295-301).
9) ãlvaro L in : J orn a l d e critica . 3” série. R io de J a n eiro. J osé
s
O lím p io. 1944, pp. 197-205.
10) A fo n so A r in o s d e M el o F r a n c o : P o rtu la n o . S ã o P a u lo. M a r­
tin s. 1945. (C on tos, pp. 54-61).
11) M ário de A ndrade: O em p á lh a d or d e p a ssarin h o. São P a u lo.
M a rtin s. 1946. ( A E s tr e la sob e, pp. 111-114).
12) S érgio M il l ie t : D iá rio crítico . V. S ã o P a u lo. M a rtin s. 1949,
pp. 185-189.
13) H é lio A lves A r a ú j o : M a rq u es R e b e lo , p o e ta m o r to . F Io-
de
ria n o p o lis .
C a d ern os Sul. 1956. 28 pp.
14) A d o n ia s F i l h o : M o d ern o s F ic c io n is ta s B ra sileiros. R io de
Ja n e iro . O C ru zeiro. 1958. (U m fic c io n is t a d a cid ad e,
pp . 169-178).

328
15) A ugusto d o s S a n t o s A b r a n c h e s : U m r e tr a to ã e M a rq u es R e ­
belo. R io de J a n eiro. M in istério d a E d u c a ç ã o . 1959. 35 pp.
16) O t t o M a r ia C a r p e a u x : L iv r o s n a M esa . R io d e J a n eiro. L i­
v r a r ia S ã o J osé. 1960. (S u m a d e ép oca , pp . 262-266).

Otávio de Faria
Nasceu no Rio de Janeiro, em 15 de outubro de 1908.

ROM ANCES

Mundos mortos (Rio de Janeiro. José Olympio. 1937);


Caminhos da vida (Rio de Janeiro. José Olympio. 1939);
0 lôdo das ruas (Rio de Janeiro. José Olympio. 1942);
O anjo de pedra (Rio de Janeiro. José Olympio. 1944);
Os Renegados (Rio de Janeiro. José Olympio. 1947);
Os loucos (Rio de Janeiro. José Olympio. 1952) ; O
Senhor do Mundo (Rio de Janeiro. José Olympio. 1957);
O Retrato da Morte (Rio de Janeiro. José Olympio.
1961).

A arte ãe Otávio de Faria, de feição inédita no Brasil, en­


contra dificuldades de compreensão, refletidas na insuficiência
da bibliografia.

Bibliografia
1) O t á v io T a r q u I n io de S o u s a : O tá vio d e F a ria , M u n d os m o r to s.
( I n : O J o rn a l. R io d e J a n eiro, 29 de a g ô s to de 1937).
( C ritica d e s fa v o r á v e l, m a s p o n d era d a ).
2) O sc a r M e n d e s : M u n d os m o r to s. ( I n : F ô lh a de M in as, B e lo
H o rizo n te , 3 d e ou tu b ro de 1937).
3) A l m i r d b A n d r a d e : C a m in h os da vida. (I n : R e v is ta d o B ra sil,
3» fa se, 111/20, fe v e r e ir o d e 1940, pp. 60-61).
4) Á l v a r o L i n s : J orn a l d e crítica . 1* série. R io de J a n eiro.
J o s é O lím p io. 1941. (U n id a d e e div isão, pp . 143-151). (.Pri­
m e iro p len o r e c o n h e c im e n to ).
5) E ló i P o n t e s : R om a n cista s. C u ritiba. G u a íra. 1942, pp. 91-100.
(T ip o das c ritica s p le n a m e n te in c o m p r e e n s iv a s ).
6) Á l v a r o L i n s : J orn a l d e critica . 2* série. R io de J a n eiro.
J o sé O lím p io. 1943. (P r o c e s s o d a B u rg u esia , pp . 95-104).
7) M a n u e l A n s e l m o : F a m ília literá ria lu so-b ra sileira . R io de
J a n e iro . J osé O lím pio. 1943. ( A d en sid a d e ro m a n e s ca em
O tá v io de F a ria , pp. 232-237).
8) A f o n s o A r i n o s d e M e l o F r a n c o : M a r d e s a rg a ço s . S ã o P a u lo.
M artin s. 1944. (T r a g é d ia d a b u rgu esia , pp . 64-71).
9) M ário de A n d r a d e : O em p a lh a d or ã e p a ssa rin h o. S ã o P a u lo.
M a rtin s. 1946. (D o tr á g ic o , pp. 97-101; C a m in h os d a V id a ,
pp. 115-118).
10) O l ív io M o n t e n e g r o : A tra g éd ia b u rgu esa . ( I n : O J orn a l, R io
de J a n eiro, 20 de m a io d e 1951).

329
11) P au lo H ecker F i l h o : A A lg u m a v erd a d e. P ô r to A leg re, s . e.
1952. (O tá v io de F a ria , pp. 9-21).
12) O l ív io M ontenegro: O ro m a n c e brasileiro. 2* ed içã o. R io de
J a n e iro . J osé O lím pio. 1953- O tá v io de F a ria , pp. 243-252).
13) J o e l P o n t e s : O a p r e n d i z d e c r i t i c a . R e c ife . D ep a rta m en to
d e D o c u m e n ta ç ã o e C ultura. 1955. (D o is estu d os sôb re
O tá vio de F a ria , pp. 157-185).
14) J oão E t i e n n e F i l h o : O tá vio d e F a ria . (E s tu d o s ô b r e o s eu
r o m a n c e ). ( I n : R e v is ta d o L iv ro, R io de J a n eiro, 8,
d e z e m b ro de 1957, pp . 193-202).
15) T r is t ã o d e A t a í d e : S atan n as L e tra s. ( I n : D iá r io d e N otícia s,
R io d e J a n eiro, 16, 23 e 30 de m a r ç o de 1958).
16) A d o n ia s F i l h o : M o d ern o s F ic c io n is ta s B ra sileiros. R io d e
J a n e iro . O C ru zeiro. 1958. (O cír c u lo das treva s, pp. 9-19).
17) J o S o F r a n c is c o F e r r e ir a : L e n o v ela b rasilen a y la ob ra de
O ctá v io d e F a ria . A n e jo d e la R e v is t a I. E . S., XV, M on te­
v id e o . 1960. 57 pp.

Vinícius de Morais
Nasceu no Rio de Janeiro, em 19 de outubro de 1913.

OBRAS

O caminho para a distância (Rio de Janeiro. Schmidt. 1933) ;


Forma e exegese (Rio de Janeiro. Pongetti. 1935);
Ariana, a mulher (1 93 6 ); Novos poemas (Rio de Ja­
neiro. José Olympio. 1938); Cinco elegias (1943);
Poemas, Sonetos e Baladas (São Paulo. A Gazeta, 1946).

Foi, evidentemente, indispensável incluir o nome de Vinícius


de Morais, terminando, assim, o capítulo e o livro, embora a bi­
bliografia acessível fôsse pouco numerosa.

Bibliografia
1) J oão R ib e ir o : C ritica. Os M od ern os. R io de J a n eiro. A ca d e ­
m ia B ra s ile ira de L etra s. 1952. (O ca m in h o p a ra a dis­
tâ n cia , pp. 199-200). ( E s c r i t o e m 1 9 3 3 ).
2) O t Avio de F a r ia : D o is p oeta s. R io de J a n eiro. A riel. 1935,
pp . 235-331.
3) O t Avio de F a r i a : T en ta tiv a d e u m p a n ora m a , a p r o p ó sito d e
F o r m a e E x e g e s e . ( I n : B o le tim d o A riel, V /4 , ja n e iro d e
1936, pp. 99-100).
4) L ú c io C a r d o s o : U m a in te r p r e ta ç ã o da p o e sia d e V in íciu s d e
M ora is. ( I n : O J orn al, R io de J a n eiro, 5 de ja n e ir o de 1936).
5) M ã r i o d e A n d r a d e : O e m p a l h a d o r d e p a s s a r i n h o . S ã o P a u lo.
M a rtin s. 1946. (B elo, fo rte , jo v e m , pp. 15-21).
6) M a n u e l B a n d e i r a : A p r e s e n t a ç ã o d a p o e s i a b r a s i l e i r a . R io d e
Ja n e iro . C asa do E stu d a n te d o B ra sil. 1946, pp . 184-185.
7) S érgio M i l u e t : D iá rio crítico . V o l. V . S ã o P a u lo. M artin s.
1948, pp. 219-223).

330
8) O ctávio M ello A lvaren ga: M ito s & V a lo res. R io de J a n eiro.
In stitu to N a cio n a l do L iv ro. 1956. (V in ic iu s d e M orais,
pp. 153-167).
9) R enata P
a l l o t t in i: V in iciu s d e M o r a is : a p roxim a çã o. São
P a u lo. S ep a ra ta d a R e v is ta B ra silien se. 1958, pp. 137-165.
10) P é r ic l e s E u g ê n i o d a S il v a R a m o s : O M o d ern ism o na p oesia .
( I n : A L iter a tu ra n o B ra sil, edit, p o r A fr â n io C ou tin h o.
V o l. I l l , t. 1. R io de J a n eiro. E d ito r a Sul A m erica n a .
1959, pp. 645-649).
11) D ora F er r e ir a da S i l v a : A te m á tic a da p o e sia d e V in iciu s d e
M ora is. ( I n : D iá lo g o , São P a u lo, 11, a g ô s to de 1959,
pp. 15-26).

331
ÍNDICE ONOMÁSTICO

AUTORES BIBLIOGRAF ADOS.

A b r e u , C a p istra n o d e — 140 B R u i — 182


a r b o sa ,
A b r e u , C a sim iro d e — 115 B a r reto ,P a u lo — 246
A f f o n s o A r in o s B a r reto , T o b ia s — 167
A f o n s o A r in o s , v . M e lo F ran co B ilac , O la v o — 191
A ir e s , M a t i a s — 46 B opp , R a u l — 287
A lban o , J o s é — 235
B orges de B a r r o s , D o m in g o s — 74
A l c â n t a r a M ach ado , A n t o n i o — 289 B o t e l h o de O l iv e ir a , M a n u el — 40
A l e n c a r , J o s é d e — 97
B raga C a v a l c a n t i , D o m in g o s O lím ­
A l m e id a , G u ilh e r m e d e — 284 p io — 177
A l m e id a , J o s é A m é r ic o de — 305
B u a r q u e de H o l a n d a , S é rg io
A l m e id a , M a n u e l A n tô n io d e — 136
A l m e id a , M o a c i r d e — 240
A l m e id a R o sa , F r a n c is c o O ta v la n o C a ir u ,V is c o n d e de, v. L isb oa , J osé
de — 86 d a S ilv a
A lph on su s, v . G u im a r a e n s C a l d a s B a r b o sa , D o m in g o s — 45
A l u íz io ,
. A zevedo
v C a m i n h a , A d o lfo — 176
A lvaren ga, v . S ilv a A lv a r e n g a C a m p o s , H u m b e r to de — 246
A lvaren ga P e ix o t o , I n á c i o J o s é — 54 C ar doso , L ú cio — 326
A l v a r e s d e A ze v e do , A n t ô n i o — 108 C arvalho, R o n a ld d e — 280
A m a d o , G i l b e r t o — 265 C arvalh o, V ice n te d e — 195
A m ado, Jorge — 318 C a s s ia n o R icardo , v . L eite
A m aral,A m a d e u — 236 C a s t r o A l v e s , A n tô n io de — 123
A ndrada, J o s é B o n ifá c io de — 64 C o e l h o N e t o , H e n riq u e — 199
A n d r a d e , M á r i o d e — 271 C orreia , R a im u n d o — 188
A n d r a d e , O s w a l d d e — 275 C o sta , C lá u d io M a n u el d a — 47
A n j o s , A u g u s t o d o s ■— 2 31 C o st a e S ilva , J u v e n a l G a len o d a
A n j o s , C y r o d o s — 302 — 105
A n t ô n io J osé , v. S ilv a C r u l s , G a stã o — 252
A raguaya, V is c o n d e d e, v . G o n ç a lv e s C r u z e S o u s a , J o ã o d a — 218
de M a g a lh ã e s C u n h a , E u clid e s d a — 209
A r a ripe J ú n io r , T r is t ã o de — 206
A r a ú jo , M u r ilo — 292 D e l f in o , L u iz — 130
A ra ú jo P ô rto A legre, M anuel de
D ia s , T e ó filo — 181
— 76 D ia s d a C ru z, v . M a rq u es R e b e lo
A t a I de , T r istã o d e — 291 D o m in g o s O l I m p io , v . B r a g a C a va l­
A ze v e do , A lu ízio — 172 ca n ti
D r u m m o n d d e A n d r a d e , C a rlos — 297
B ananére, J u ó — ■ 263 D u r ã o , J o s é de S a n ta R it a — 52
B a n d e ir a , M a n u el — 276 D u t r a e M elo , A n tô n io — 79

333
E u c l id e s , v . Cunha L i n s , A lv a ro — 321
L i n s do R êgo , J osé — 312
L isb o a , J o ã o F r a n c is c o — 69
F agundes V a r e l a , L u ís — 117
L is b o a , J osé d a S ilva, V is c o n d e de
F a r ia , O tá vio de — 329
C a iru — 62
F a r ia s B rito , R a im u n d o — 230
L o b a to , v . M o n te iro L o b a to — 250
F ig u eir ed o , J a ck s o n d e — 290
L o p e s , B . — 217
F o n t e s , A m a n d o —■ 315
F o n t e s , H e rm e s — 238
F r a n c is c o O t a v ia n o , v . A lm e id a R o s a M acedo , J oa q u im M an uel de — 83
M ac h ad o de A s s is , J oa q u im M a ria —■
F r e y r e , G ilb e rto — 310
145
M a c ie l M A n tô n io — > 80
o n t e ir o ,
G a m a , B ra s ílio da — 49 M agalh ães, A d e lin o — 260
G a m a , L u ís — 122 M a g a l h ã e s , G o n ça lv e s de, v. G o n ç a l­
G onçalves D ia s , A n tô n io — 91 ves de M a g a lh ã e s
G onçalves de M agalh ães, D o m in g o s M an uel A n t ô n io , v. A lm eid a
— 74 M arcondes M ach ad o , A lexa n d re,
v.
G onzaga, T om ás A n tô n io — 55 B a n a n ére
G on zaga D uq u e, L u iz — 229 M a r q u e s , X a v ie r — 201
G o ulart de A n d r a d e , J o sé M a ria — M a r q u e s P ereira , N u n o — 41
237 M a r q u e s R e b e l o — 327
G ra ç a A r a n h a , J o s é d a — 254 M a r t i n s F o n t e s , J o s é — 238
G rieco , v . A g rip in o M a r t i n s P e n a , C a rlos — 81
G u im a r a e n s , A lp h o n su s de — 224 M a t o s , G re g ó rio d e — 37
G u im a r a e n s , E d u a rd o — 228 M a y a , A lcid e s — 241
G u i m a r a e n s , J o ã o A lp h o n su s — 300 M ed eir os e A l b u q u e r q u e , J osé J o a ­
G u im a r ã e s , B e rn a rd o — 102 q u im — 246
G u im a r ã e s J u n i o r , L u ís — 180 M e ir e l e s , C ecília — 294
G u im a r ã e s R o s a , J o ã o — 325 M ello , F r a n c o , F r a n c is c o de — 51
M e l o F r a n c o , A ffo n s o A rin o s d e —
248
I nglês de M a rco s — 170
S ou za,
M e l o F r a n c o de A n d r a d e , R o d r ig o
I r ie m a , P ô r to A le g re , A p o lin á rio
v .
— 301
I t a m a r a c à , B a rã o de, v. M a cie l M on ­
M e n d e s , M u rilo — 296
te iro M e n d e s , O d o rico — 68
I t a p a r ic a , M a n u el de — 42
M e n e z e s , E m ilio de — 197
M e n o t t i d e l P ic c h ia , P a u lo — • 283
J a c k s o n , v . F ig u e ire d o M e y e r , A u g u s to — 288
J oão A l p h o n s u s , v . G u im a ra en s M il u e t , S érg io
J oão do R io, v . B a r r e to P a u lo M o n t e A l v e r n e , F r a n c is c o d e — 66
J osé A A lm e id a
m é r ic o , v. M o n t e ir o , M a ciel — 80
J osé B A n d ra d a
o n if á c io , v. M or a is , V in íciu s d e — 330
J u n q u e ir a F reire , L u iz J o s é — 112 M o rais N eto , P ru d en te de
J u v e n a l G a l e n o , v . C osta e S ilva M o u r a , E m ílio d e — 302
M u r a t , L u í s — 207

L e it e , C assian o R ic a r d o — 285
L e ô n i , R a u l d e — ■ 244 N abuco, J oa q u im — 132
L e s s a , A u re lia n o — 108 N a r c is a A m Alia — 129
N estor V I to r — 231
L im a , A lc e u A m o ro s o , v.A ta íd e
L im a , A u g u s to de — 188
L i m a , J o r g e d e — 306 O live ira , A lb e rto de — 185
L i m a B arreto , A fo n s o H e n riq u es de O liv e ir a , F e lip e d ’ — 281
- 257 O liv e ir a L im a , M a n u el de — 209

334
O l ive ira V ia n a , F r a n c i s c o J o s é — 267 R o dr igu e s de A breu, B e n e d ito Luís —
O t o n i , E ló i — 63 262
P e d e r n e ir a s , M á r i o — 223 R o m e r o , S ílv io — 169
P edra B r a n c a , V is co n d e de, v . B o r g e s R u i , v. B a rb o s a
de B arros
P edro D a n t a s , v . M o r a e s N eto
S a l d a n h a , J o s é d a N a tiv id a d e — 67
P edro L u í s , v . P e r e i r a d e Sousa
S algado , P lín io — 2|6
P e ix o t o , A f r â n i o — 242
S a n t a R ita D u r ã o , v. D u r ã o
P e n a , C o r n é l i o — 293
S ão C a r l o s , F r a n c is c o de — 65
P e r e g r in o J ú n i o r — 253
S c h m i d t , A u g u s to F r e d e r ic o — 321
P er eira d a S il v a , A n tô n io J o a q u i m
S il v a , A n tô n io J osé d a — 43
— 227
S ilva , F r a n c is c a J ú lia d a — 198
P er eira de S o u s a , P e d ro L u ís — 122
S il v a A l v a r e n g a , M a n u el In á c io da —
P e r n e t a , E m ilia n o — 222
59
P o m p é ia , R a u l ■— 204
S im õ e s L o p e s N eto , J o ã o — 249
P O rto A legre , A p o lin á rio — 104
S otero d o s R e is , F r a n c is c o -— 69
P O r t o A legre , M a n u el de A ra ú jo
S o u s a , A u ta de — 226
— 76
T a u n a y , V is co n d e d e — 141
P ôrto S eguro, V is c o n d e d e , v . V a r n h a -
T a v a r e s B a s t o s , A u r e lia n o C â n d ido
gem
P rado , E d u a rd o — 208 — 139
T ãvora, F ra n k lin — 144
P rado , P a u lo — 268
T e S o u s a , A n tô n io — • 82
e ix e ir a

T o rre s , A lb e rto —■ 266


Q u e ir o z , R ach el d e — 309 T o rre s , A n tô n io — 264

R L a u rin d o — 106
a b elo , V arela, F a g u n d e s V a re la
v.
R am o s,G ra cilia n o — 316 V arnhagem , F r a n c is c o A d o lfo — 78
R ibeiro , J o ã o — 214 V e r ís s im o , fir ic o — 324
R ibeibo , J ú l i o — 175
V e r ís s im o , J osé — 164
R ibeiro C o u t o , R u i — 282
V ieira , J osé G era ld o — 261
R o c h a J ú n i o r , P e re g rin o , v. P e r e ­
g rin o J ú n io r
R o c h a P i t a , S eb a stiã o d a — 41 W am osy, A lce u —■ 228

335

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