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Universidade Federal de Alagoas

Centro de Tecnologia
Curso de Engenharia Civil

Disciplina: Mecânica dos Sólidos 2


Código: ECIV030
Professor: Eduardo Nobre Lages

Análise de Tensões

Maceió/AL
Motivação
Pmax = ?

d d

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


Trabalhando em termos de esforços internos
solicitantes
solicitantes, cada conjunto de dimensões exigiria
um ensaio para verificar a carga máxima.
Vetor de Tensão
Em 1822
introduziu o
conceito de
tensão na
Teoria da
Elasticidade

z
Augustin Louis Cauchy
(1789-1857)
y
x
r r
t −t

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


Hipótese clássica:
A interação entre as partes do corpo é idealizada através de uma
distribuição de forças (no caso geral com variação da intensidade
e da direção) ao longo da seção
r de corte, representada pelo
denominado vetor de tensão t .
Vetor de Tensão

r r
t −t

Alguns aspectos:

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


- Hipótese clássica (interação pontual: força)
Hipótese de Cosserat (interação pontual: força e binário)
- O sólido é um meio contínuo (visão macroscópica).
- Teoria das Estruturas: o sistema força-binário equivalente à
distribuição do vetor de tensão na seção decompõe-se nos
esforços internos solicitantes.
Decomposição do Vetor
de Tensão
. n̂ : vetor unitário (versor)
normal ao plano de corte
e saindo do sólido. Tensão
normal
r
r t N = σ n̂
tN r r r
r . . tT = t − t N
tT r
t r
tT = τ

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


Tensão
cisalhante
r : componente normal do vetor de tensão.
: solicitação interna que provoca uma tendência de afastamento
tN (ou aproximação) das partes do sólido na direção perpendicular
ao plano de corte.
r : componente tangencial (ou cisalhante) do vetor de tensão.
tT : solicitação interna que provoca uma tendência de deslizamento
das partes do sólido ao longo do plano de corte.
O Vetor de Tensão e o
Plano de Corte
O vetor de tensão e seus componentes variam com a direção
do plano de corte.
y y
P P
r P
t = î
A
P
σ=
z z A
P x τ=0

y y

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


x
P P
r P
t = cos θ î
A
θ
P
z z σ = cos 2 θ
A
P x
P
τ= sin 2θ
2A
x
Estado de Tensão em
um Ponto
Conhecimento dos componentes normal e tangencial
do vetor de tensão para todos os planos de corte.

No entanto, o estado de tensão de um ponto pode ser


caracterizado a partir do conhecimento dos componentes
normal e tangencial do vetor de tensão em relação a três
planos mutuamente ortogonais (geralmente são empregadas
as direções do sistema de coordenadas de referência do
corpo).

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


Assim como foi feito para os esforços internos solicitantes,
define-se uma orientação desses componentes em relação à
porção do corpo analisada.
analisada

Os componentes do vetor de tensão em relação aos três


planos mutuamente ortogonais serão organizados para
formar o denominado tensor de tensão.
tensão
Componentes do Tensor
de Tensão
σ zz
z

y σ zy
x σ zx σ yz
σ xz
σ yy
σ xy σ yx

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


σ xx

Observação:
As convenções anteriormente estabelecidas referem-se às faces
denominadas de positivas (vetor normal na direção do eixo
cartesiano). Para as faces contrárias (faces negativas) os sentidos
dos componentes são contrários aos dos eixos coordenados.
Representações do
Tensor de Tensão
Gráfica
σ zz
σ xx
z Atenção: Apesar desta visão
σ zy volumétrica do estado de tensão, o
y σ zx σ yz mesmo corresponde às informações
x
σ yy σ xz σ yy
de um ponto do sólido analisado.

σ xy σ yx
σ xx Matemática
σ xx σ xy σ xz 
σ zz

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


 
[ σ ] = σ yx σ yy σ yz 
σ σ zy σ zz 
 zx
Índices dos componentes:
O 1º índice indica a direção normal à face de atuação
e o 2º índice indica a direção do componente.
Representações do
Tensor de Tensão
Estado uniaxial de tensão

Gráfica
y
σ xx

z x
σ xx

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


Matemática

 σ xx 0 0
[σ ] =  0 0 0 
 0 0 0 
Representações do
Tensor de Tensão
Estado biaxial de tensão

Gráfica
y
σ yy
σ xx

z x
σ xx

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


Matemática
σ yy
 σ xx 0 0
[σ ] =  0 σ yy 0 
 0 0 0 
Representações do
Tensor de Tensão
Estado triaxial de tensão

Gráfica
y
σ yy
σ xx
σ zz

z x
σ xx

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


σ zz
Matemática
σ yy
 σ xx 0 0 
[σ ] =  0 σ yy 0 
 0 0 σ zz 
Representações do
Tensor de Tensão
Estado plano de tensão

Gráfica
y
σ yy
σ xx

σ yx
z x σ xy
σ xx

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


Matemática
σ yy
 σ xx σ xy 0
[σ ] =  σ yx σ yy 0 
 0 0 0 
Vetor de Tensão em
um Plano Arbitrário

Tensor de
Tensão

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


Vetor de Tensão
em qualquer
plano de corte
Vetor de Tensão em
um Plano Arbitrário
n x 
 
Versor normal ao plano inclinado: n̂ = n y 
z
n 
C  z
n x 
n̂  
∆z Vetor área ABC: ∆A = ∆A n̂ = ∆A n y 
. n 
0  z
 ∆y∆z  ∆A x 
( )
∆y

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


∆x
B 1 1   
∆A = AB × AC =  ∆x∆z  = ∆A y 
A y 2 2   ∆A 
 ∆x∆ y   z
x ∆A x = ∆A n x

∆ A y = ∆ A n y ou ∆ A i = ∆ A n i
 ∆A = ∆A n
 z z
Vetor de Tensão em
um Plano Arbitrário
No diagrama de corpo livre em questão, considerar
ainda a presença de uma força de volume
z
b x 
r  
b = b y 
b 
 z
r
t Impondo o equilíbrio de forças ao longo
das direções cartesianas:

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


y ∑F x =0
0
x t x ∆A − σ xx ∆A x − σ yx ∆A y − σ zx ∆A z + b x ∆V = 0

t x = σ xx n x + σ yx n y + σ zx n z
Vetor de Tensão em
um Plano Arbitrário
Impondo-se o equilíbrio nas outras
z duas direções cartesianas, por
analogia chega-se a
t y = σ xy n x + σ yy n y + σ zy n z
t z = σ xz n x + σ yz n y + σ zz n z
r
t

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


Combinando-se as três equações
y
x {t} = [σ] {n}T
ou t i = σ ji n j
Transformação no
Tensor de Tensão
x*
z z*
y*
σx*x*
y
σ zz σz*x*
x
σ y*x* σz*z*
σ zy σ y*y*
σ zx σ yz σz*y*
σ xz σ yy σ y*z* σ y*y*
σ yx
σ xy σx*y*
σ xx σ x*z*

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


σz*z* σ x*x*

σ xx σ xy σ xz  σ x*x* σ x*y* σx*z* 


[σ] = σyx σ yy

σ yz  [ ] 
σ* = σ y*x* σ y*y*

σ y*z* 
 σzx σzy σzz   σz*x* σz*y* σz*z* 
Transformação no
Tensor de Tensão
No caso geral os tensores de tensão anteriores podem
apresentar componentes diferentes,
diferentes porém os dois representam
o mesmo estado de tensão de um ponto do sólido analisado.

Isso posto, reconhece-se que haja uma relação de transformação


entre esses dois tensores:

[σ ] = [T][σ][T]
* T

 n x *x n x *y n x *z 

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


 
onde [T ] =  n y*x n y* y n y*z 
 n z* x n z* y n z*z 

Cada coluna da matriz de transformação [T] corresponde ao versor
do antigo eixo associado a esta coluna, em relação ao novo
sistema de referência x*y*z*.
Transformação no
Tensor de Tensão
Inicialmente definimos os vetores de tensão atuantes em planos
perpendiculares aos eixos do sistema original (xyz) lidos em
relação ao novo sistema (x*y*z*), dados por:

{t i
x *y*z* [ ] {i
}= σ * T
x * y*z * }

[ ]
{t xj *y*z*} = σ* T {jx*y*z*}

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


{t k
x*y*z* }= σ[ ] {k
* T
x *y*z* }
Transformação no
Tensor de Tensão
Da saudosa Álgebra Linear sabe-se que a transformação linear
de vetores representados no sistema (xyz) para ser lido no
novo sistema (x*y*z*) é dada por:

{v*} = [T ]{v}
onde as colunas da matriz [T] da transformação linear são formadas
pelas leituras dos versores da base canônica do sistema (xyz) no
novo sistema (x*y*z*). Portanto,

[T] = [{i x*y*z*} {jx*y*z*} {k x*y*z*}]

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


Uma vez que a transformação linear envolvida entre os dois
sistemas é de rotação, a transformação inversa é dada por
{v} = [T ]{v }
* *

onde
[T* ] = [T]T
Transformação no
Tensor de Tensão
Usando as relações anteriores, vamos escrever agora os
vetores de tensão atuantes em planos perpendiculares aos
eixos do novo sistema (x*y*z*) lidos em relação ao mesmo
sistema (x*y*z*).

i*
} = [T ]{t i*
} = [T ][σ ] {i }
T *
{t x *y*z* xyz xyz

} = [T ]{t } = [T ][σ ] {j }

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


j* j* T *
{t x * y*z * xyz xyz

k*
} = [T ]{t } = [T ][σ] {k *xyz }
k* T
{t x * y*z * xyz
Transformação no
Tensor de Tensão
Por fim, organizam-se os vetores anteriores na forma

[{t i*
x *y*z* } {t j*
x*y*z* } {t k*
}] =
x*y*z*
[ T ][σ ] T
[{i *
xyz } {j*
xyz } {k *
xyz }]

[σ ] =
* T
[T ][σ ]T
[T ]T

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


[σ ] = [T][σ][T]
* T
Equações Diferenciais
de Equilíbrio
Motivação: De que forma variam os componentes do tensor
de tensão em um corpo solicitado por alguma ação externa?

Recapitulando: Em termos dos esforços internos solicitantes


e de ações externas generalizadas tem-se

dN
= − p (s)
ds

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


dQ
= − q (s)
ds

dM
= Q − m (s)
ds
Equações Diferenciais
de Equilíbrio
z

y
x

∆z

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


∆x P : ( x , y, z )
A : ( x + ∆x , y, z )
∆y B : ( x, y + ∆y, z )
C : ( x, y, z + ∆z )

Obs:: Considerar a presença de uma força de volume (bx, by e bz).


Obs
Equações Diferenciais
de Equilíbrio
∑ Fx = 0 − σ Pxx ∆y∆z − σ Pyx ∆x∆z − σ Pzx ∆x∆y + σ Axx ∆y∆z + σ Byx ∆x∆z +
σ Czx ∆x∆y + b x ∆x∆y∆z = 0

∂σ Pxx
− σ ∆y∆z − σ ∆x∆z − σ ∆x∆y + (σ +
P P P P
∆x )∆y∆z +
∂x
xx yx zx xx

∂σ P
∂σ Pzx
(σ yx + ∆y) ∆x∆z + (σ zx + ∆z) ∆x∆y + b x ∆x∆y∆z = 0
P yx P

∂y ∂z

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


∂σ P
∂σ Pyx
∂σ Pzx
+
xx
+ + bx = 0
∂x ∂y ∂z
Equações Diferenciais
de Equilíbrio
∂σ Pxy ∂σ Pyy ∂σ Pzy
∑F
y =0 + + + by = 0
∂x ∂y ∂z

∂σ P
∂σ Pyz
∂σ Pzz
∑F z =0 +xz
+ + bz = 0
∂x ∂y ∂z

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


Resumindo:

σ ji , j + b i = 0
Equações Diferenciais
de Equilíbrio
∆y ∆z ∆y ∆z
∑ x
M centróide
= 0 ( σ P
yz ∆x∆z )
2
− ( σ P
zy ∆x ∆y )
2
+ ( σ B
yz ∆ x∆z )
2
− ( σ C
zy ∆x ∆y )
2
=0

σ Pyz − σ Pzy + σ Byz − σ Czy = 0

∂σ Pyz ∂σ Pzy
σ − σ + (σ +
P P P
∆y) − (σ +P
∆z) = 0
∂y ∂z
yz zy yz zy

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


lim ∆x , ∆y ,∆z →0 ⇒ σ Pyz = σ Pzy
Equações Diferenciais
de Equilíbrio
∑M centróide
y =0 σ Pxz = σ Pzx

∑M centróide
z =0 σ Pxy = σ Pyx

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


Resumindo:

σ ij = σ ji
O tensor de tensão é simétrico.
simétrico
Condições de
Contorno Naturais
Γσ

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


As condições de contorno naturais correspondem a
equações de prescrição do vetor de tensão nas regiões
do contorno do sólido onde se têm forças de superfície
de valores conhecidos, levando a r r
t = t em Γσ
A Tensão Normal e o
Tensor de Tensão
{t N } = σ{n}
{t N } = ({t} {n}){n}
T

Pode ser entendido {t N } = ({n} [σ]{n}){n}


T

como o vetor projeção

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


do vetor de tensão na
direção normal ao
plano de corte.

σ = {n} [σ]{n}
T
Tensões e Direções
Principais
Motivação: Existe algum plano virtual de corte onde todo o
vetor de tensão está na direção normal ao mesmo, ou seja,
ele só se resume ao componente normal?

{t} = {t N }
[σ] {n} = σ{n}
T
σ e {n} são incógnitas

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


Problema de valor principal estudado
na saudosa Álgebra Linear
Tensões e Direções
Principais
Observação:
Recairíamos no mesmo problema de valor principal caso
fosse proposta a determinação dos valores estacionários,
que incorporam os valores extremos, da tensão normal e
dos respectivos planos de atuação.

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


Trata-se de um problema de determinação de valores
estacionários de uma função escalar no R3, no caso a
tensão normal, sujeito à restrição de que o vetor {n}
que define o plano virtual de corte é unitário.
Tensões e Direções
Principais
Problema de valor principal:

[σ] {n} = σ{n}


T

Solução: Três pares: 3 tensões principais (σ1, σ2 e σ3) com as


respectivas direções principais (mutuamente ortogonais).

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


Observação: Organizam-se as tensões principais na
ordem σ1 ≥ σ2 ≥ σ3, com isso σ1 e σ3 correspondem,
respectivamente, ao maior e menor valores da tensão
normal para os infinitos planos virtuais de corte.
Tensões e Direções
Principais
z σ1
σ zz σ xx
y σ3
σ zy x
σ zx σ yz
σ2
σ yy
σ xz σ yy
σ yx σ2
σ xy
σ xx
σ zz σ3 σ1

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


Para todo ponto de um corpo, existe sempre um
sistema de referência (principal) onde só atuam
tensões normais. A orientação deste sistema principal
em relação ao sólido analisado independe do
sistema de referência adotado.
Tensões e Direções
Principais
Solução do problema de valor principal:

([σ] T
)
− σ[I] {n} = {0}
Solução não trivial do sistema homogêneo

Determinante nulo da matriz dos coeficientes

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


Polinômio característico onde as
raízes independem do sistema de
referência adotado
σ 3 − I1σ 2 + I 2 σ − I 3 = 0

Obs:: I1, I2 e I3 são denominados invariantes do tensor de tensão


Obs tensão.
Tensões e Direções
Principais
Solução do problema de valor principal (cont.):

Em relação a um sistema de referência qualquer:


I1 = σ xx + σ yy + σzz
σ xx σ xy σ xx σ xz σ yy σ yz
I2 = + +
σ yx σ yy σzx σzz σzy σzz
σ xx σ xy σ xz
Observação: | | significa
I 3 = σ yx σ yy σ yz determinante.

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


σzx σzy σ zz

Em relação ao sistema de referência principal:


I1 = σ1 + σ2 + σ3
I 2 = σ1σ 2 + σ1σ3 + σ 2σ3
I 3 = σ1σ2 σ3
Tensões e Direções
Principais
Solução do problema de
valor principal (cont.):

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


“Círculo” de Mohr
Conjunto dos pares de valores da tensão normal e da
tensão cisalhante para os infinitos planos virtuais de
corte em um ponto material de um sólido deformável.

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


A região é delimitada por três semicircunferências
que apresentam os pares (σ1,0), (σ2,0) e (σ3,0), dois
a dois, em posições diametralmente opostas.
Componentes Isotrópico e
Desviador do Tensor de Tensão
Componente isotrópico do tensor de tensão:

σ m 0 0
σ xx + σ yy + σ zz
[σ m ] =  0 σm 0  σm = =
I1
3 3
 0 0 σ m 
Em materiais isotrópicos é responsável
apenas pela variação de volume.

Componente desviador do tensor de tensão:

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


σ xx − σ m σ xy σ xz 
[s] = [σ] − [σ m ] =  σ yx σ yy − σ m σ yz


 σ zx σ zy σ zz − σ m 

Em materiais isotrópicos é responsável apenas
pela mudança de forma (distorção).
Estado Plano de Tensão
Gráfica Matemática
y
σ yy
σ xx  σ xx σ xy 0

σ yx
[σ ] =  σ yx σ yy 0 
z x σ xy  0 0 0 
σ xx

σ yy

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Particularizam-se as expressões gerais anteriores para estado
plano de tensão
tensão, característico, por exemplo, de problemas de
chapas finas com carregamentos no plano da chapa.

Assume-se ainda que as tensões não nulas estão


relacionadas às direções x e y.
Estado Plano de Tensão
σ yy
r
σ yx
t
σ xy
y σ xx σ xx n̂
θ
σ xy
x
σ yx

σ yy

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


Analisam-se apenas planos virtuais de corte que são paralelos
à direção z, que podem ser caracterizados por um único
parâmetro (inclinação do versor normal com a direção x).

cos θ 
 
n̂ =  sin θ 
 0 
 
Vetor de Tensão em Estado
Plano de Tensão
σ yy
r
σ yx
t
σ xy
y σ xx σ xx n̂
θ
σ xy
x
σ yx

σ yy

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Vetor de tensão:
σ xx σ xy cos θ  σ xx cos θ + σ yx sin θ
T
0
   
{t} = [σ]T {n} = σ yx σ yy 0   sin θ =
  xyσ cos θ + σ yy sin θ 
 0 0   0   
0    0 

Só componentes no plano xy
Tensões Normal e Cisalhante
em Estado Plano de Tensão
r
σ yy t
σ yx σ
σ xy τ
y σ xx σ xx

θ
σ xy
x
σ yx

σ yy
Tensão normal:

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σ = {t} {n} = {n} [σ ]{n} = σ xx cos 2 θ + σ yy sin 2 θ + σ xy sin 2θ
T T

Tensão cisalhante:
σ yy − σ xx
τ = {t} {m} = sin 2θ + σ xy cos 2θ
T

2 − sin θ 
Versor no plano de corte {m} =  cos θ 
 0 
 
Círculo de Mohr em Estado
Plano de Tensão

σ = σ xx cos 2 θ + σ yy sin 2 θ + σ xy sin 2θ


σ yy − σ xx
τ= sin 2θ + σ xy cos 2θ
2

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


As equações de σ e τ definem parametricamente
uma circunferência para um sistema de
coordenadas retangulares com σ de abscissa e τ
de ordenada, para um valor dado de θ.
Círculo de Mohr em Estado
Plano de Tensão

σ xy
R 2θ (σ, τ)
σ yy
σ = σ xx cos 2 θ + σ yy sin 2 θ + σ xy sin 2θ σ
σ med σ xx
σ yy − σ xx
τ= sin 2θ + σ xy cos 2θ

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


2
− σ xy

σ xx + σ yy  σ xx − σ yy 
2

σ med = e R =   + σ 2xy
2  2 
Tensões e Direções Principais
em Estado Plano de Tensão

σ xx + σ yy
σ med =
B A 2

 σ xx − σ yy 
2

R =   + σ 2xy
 2 

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


Os pontos A e B são os que se apresentam livres da
tensão de cisalhamento. Portanto, as tensões normais
nesses planos são as denominadas tensões principais,
dadas por
σ1 = σ med + R e σ 2 = σ med − R
que também são os valores extremos da tensão normal.
Tensões e Direções Principais
em Estado Plano de Tensão
σ xx + σ yy
σ med =
2

 σ xx − σ yy 
2

B A R =   + σ 2xy
 2 
σ1 = σ med + R
σ 2 = σ med − R

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


Ainda em relação aos pontos A (σ1,0) e B (σ2,0), como a
tensão cisalhante é nula, pode-se determinar as orientações
dos planos principais de tensão
σ yy − σ xx 2σ xy
τ=0 ∴ sin 2θp + σ xy cos 2θ p = 0 tan2θ p =
2 σ xx − σ yy
Tensões e Direções Principais
em Estado Plano de Tensão
σ yy σ2
θ2
σ yx
σ1
σ xy
y σ xx σ xx θ1
σ xy
x σ1
σ yx

σ yy σ2

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


Os ângulos θ1 e θ2 são definidos a partir de
1  2σ xy 
θ p = arctan 
 
2  σ xx − σ yy 

Considerando só ângulos positivos como solução,


o menor dos ângulos é θ1 quando σxy for positivo.
Tensões Extremas de Cisalhamento
em Estado Plano de Tensão
D

Os pontos C e D estão
associados a planos de
valores extremos da tensão
B A de cisalhamento, dados por
τ min = − R e τ max = R
com inclinações de 45º e 135º,
respectivamente, em relação ao

Eduardo Nobre Lages – CTEC/UFAL


eixo principal 1, medidas no sentido
C anti-horário.
σ2 σ med
135º
σ1 σ med 45º
R
R σ med
σ1
σ2 σ med

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