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A venda de fórmulas mágicas e o pecado

mortal cometido por enganados,


preguiçosos e apressados…

Ou como não usar


templates.
Caro copywriter,

Escrevo isso para conscientizar você sobre algo que poderá ser determinante

na sua carreira: como não usar templates.

Antes de continuarmos, peço que visualize a frase abaixo que resume meu

posicionamento como profissional de copy:

“Como influenciar pessoas e construir um negócio mais lucrativo usando o poder

das palavras. Sem ficar refém de gurus, fórmulas prontas ou templates ─ e sem

gastar dinheiro com o que não funciona.”

Repare como eu me coloco contra o uso de templates e fórmulas prontas.

Faço isso porque considero determinante o copywriter criar sempre

comunicações originais e não dar um “copie e cole” em algo já feito por outro.
Eu não precisaria bater nesta tecla se não fosse a distorção feita pelos falsos

gurus de copy sobre o uso de estruturas e processos.

Aliás, o uso de método é válido para o copywriter assim como é para o

engenheiro usar sistemas desenhados para a construção de prédios, por

exemplo.

O que não se recomenda (e esse é um pecado mortal cometido por

enganados, preguiçosos e apressados) é criar copy como aqueles exercícios

de português nas escolas: “preencha os campos do texto abaixo”.

Entende o que eu quero dizer?

Para melhor entendimento, vamos pegar na raiz a definição para template:

“Template (ou “modelo de documento”) é um documento de conteúdo com

apenas a apresentação visual e instruções sobre onde e qual tipo de

conteúdo deve entrar a cada parcela da comunicação — por exemplo

conteúdos que podem aparecer no início e conteúdos que só podem

aparecer no final. Funciona como uma predefinição usada na linguagem”.

É fácil entender que não se trata de algo que remeta à “imitação”, apenas algo

que lhe ajuda a saber onde cada elemento entra.


Mas não é isso que os falsos profetas, os vendedores de fórmulas mágicas

do copywriting ensinam.

Para exemplificar, na aula sobre carta de vendas, eu cito “Os 12 passos da

carta de vendas”, um modelo pré-determinado que ajuda a visualizar onde

cada elemento entra.

Chame atenção

Identifique o problema

Apresente a solução

Mostre suas credenciais

Mostre os benefícios

Dê prova social

Faça sua oferta

Coloque escassez

Dê garantia

Chame para ação

Dê um aviso

Termine com um
lembrete

Agora veja a diferença do que eu mostrei acima para um “template mágico”

vendido por algum guru:

Olá, (coloque o nome do cliente)!


Estou entrando em contato para falar do produto que está mudando a

maneira como os empresários fazem negócio.


Estou falando do (coloque o nome do seu produto).

Com ele, os empresários não precisam mais passar por (coloque as dores do

seu avatar)

Blábláblá

Blábláblá

Blábláblá

Blábláblá

[Insira sua despedida]

PS.: Não deixe de assistir o (coloque aqui o nome do seu conteúdo). Ele ficará

disponível até dia XX/XX, às 23h59.


O primeiro apresenta uma estrutura prática para criar um copy de vendas

original, a segunda induz você ao “Control C, Control V”.

O primeiro apenas lhe auxilia no processo, dando informações sobre

organização, disposição e ordenação de elementos.

O segundo lhe ensina a criar “Copies Frankenstein”, com pedaços colados de

forma descontextualizada que farão sua comunicação ser um horror.

Buaaaahahahahah!
O primeiro você pode (e deve usar) porque se trata de um processo

desenhado; o segundo você deve descartar porque é inútil para quem deseja

apostar em autenticidade e não ser mais uma cópia barata no mercado.

Certa vez, durante o lançamento de um produto famoso, 7 a 8 afiliados que

também eram figuras de autoridade no mercado usaram o mesmo copy no e-

mail, enviando cada um para sua lista.

Só que haviam inscritos em várias dessas listas. Ou seja, uma mesma pessoa

recebeu o mesmo e-mail 4 ou 5 vezes de gurus diferentes.

Isso gerou um burburinho no mercado e todos eles ficaram com o filme

queimado diante do público.

Tudo porque apostaram numa “fórmula mágica” em vez de criar algo original

e autêntico, com ou sem uso de estrutura.

Esse é o tipo de resultado que você não quer para sua marca, não é?

Imagine ser conhecido como o plagiador ou criador de Frankensteins.

Portanto, use e abuse de estruturas e processos, mas não caia no erro de

ficar preenchendo textos pré-prontos como um aluno da quarta-série.

Copywriting é para gente grande. E os monstros são para filmes de terror.

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