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Valença, D. P.(1)*.; Bouchonneau , N. (1); Vieira, M.R.S. (1); Alves, K.G.B. (1);
Melo, C. P. De(2); Urtiga Filho S.L.(1).
(1)
Centro de Tecnologia e Geociências, Departamento de Engenharia Mecânica/UFPE,
Laboratório de Materiais Compósitos e Integridade Estrutural.
Recife, PE – Brasil; CEP: 5074-550;
(2)
Centro Ciências Exatas e da Natureza, Departamento de Física/UFPE Laboratório
de Polímeros Não-Convencionais.
Recife, PE – Brasil; CEP: 50670-901;
*E- mail: demetriusvalenca@gmail.com
Resumo
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INTRODUÇÃO
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Tratamentos com cromo e com fosfato podiam ser usados a fim de prolongar
o tempo de vida das coberturas de zinco, no entanto, a lixiviação desses compostos
presentes nos revestimentos acarreta sérios danos ecológicos, o que incentiva o
desenvolvimento de compostos inibidores à corrosão e menos impactantes ao
ambiente. Os polímeros condutores, tais como a polianilina (PANI) e polipirrol (PPy)
representam alternativas mais seguras, por se tratar de um composto orgânico e de
rápida degradação pelo meio ambiente (BRANZOI, 2008).
O óxido de zinco tem alto índice de refração e estabilidade térmica, proteção
ultravioleta, boa transparência, alta mobilidade dos elétrons. Estas propriedades são
utilizadas nas aplicações emergentes do polipirrol como agente anticorrosivo para
revestimentos do aço (BATOOL, 2012; LEHR, 2013; WANG, 2004).
Este trabalho se enquadra na linha de pesquisa de desenvolvimento de novos
aditivos anticorrosivos para proteção do aço carbono, e foi investigada a eficiência
da adição de novas nanopartículas híbridas adicionadas a uma matriz orgânica
(ZnO/Polipirrol), contra a corrosão de substratos de aço carbono.
MATERIAIS E MÉTODOS
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aplicada uma fita isolante de alta adesividade da marca 3M do Brasil Ltda, para
delimitar a área de exposição do substrato ao eletrólito de 0,32 cm2.
Os corpos-de-prova já embutidos foram submetidos ao processo de lixamento
utilizando-se uma politriz com circulação de água e rotação 250 rpm, na sequência
de lixas de granulometrias 220, 320, 400, 600 e 1200. Após lixamento, foi realizado
o polimento das amostras com auxílio de pasta diamantada de 1 µm.
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Ensaios Eletroquímicos
As análises eletroquímicas foram realizadas em um potenciostato AUTOLAB
PGSTAT 302N acoplado a um computador e controlado pela interface NOVA 1.10
para aquisição e tratamento de dados.
Foram realizados ensaios eletroquímicos de potencial de circuito aberto, e
espectroscopia de impedância eletroquímica. Utilizou-se uma célula eletroquímica
de três eletrodos composta de um eletrodo auxiliar de platina, um eletrodo de
referência de Ag/AgCl, KCl (saturado) e um eletrodo de trabalho (WE), sendo o
eletrólito uma solução aquosa de NaCl 3,0% p/v.
Foram utilizadas duas diferentes condições de eletrodos de trabalho, uma
com o metal não revestido com uma área de exposição de 0,32 cm2 e para os
corpos-de-prova revestidos, foi montada uma célula eletroquímica fixando-se um
tubo de PVC de diâmetro interno de 3,5 cm, que delimitava uma área de 11,22 cm2,
a uma chapa quadrada, de 25,0 cm2 de área. Uma maior área é requerida para
corpos-de-prova revestidos visando maior representação da área pintada em
escalas industriais.
Para possibilidade do contato elétrico, foi removida a tinta de um trecho não
exposto ao eletrólito, do corpo-de-prova revestido e nessa região do substrato
conectou-se uma garra do tipo “jacaré”.
Potencial de circuito aberto (OCP)
Obteve-se o potencial de circuito aberto (OCP) das células eletroquímicas
compostas por corpos-de-prova sem revestimento e corpos-de-prova com
revestimento intacto. Todas as medidas de OCP foram realizadas num intervalo de
24 horas, tempo necessário para que o potencial de corrosão pudesse ser
determinado, a partir da estabilização do potencial de circuito aberto.
Espectroscopia de impedância eletroquímica (EIS)
A técnica de espectroscopia de impedância eletroquímica (EIS) possibilita o
estudo da evolução de falhas superficiais, e na interface metal/revestimento, o que
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Figura 5. Diagrama de Nyquist para corpo-de-prova revestido com a tinta comercial sem
cargas anticorrosivas + 0,2% do nanocompósito.
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Epóxi sem
Condições do Sem Epóxi + 0,2 % do Epóxi + 0,5 % do Epóxi + 1,0 % do Epóxi com cargas
cargas
substrato Revestimento nanocompósito nanocompósito nanocompósito anticorrosivas
anticorrosivas
Resistência 3 10 10 10 6 10
(Rp - ohm) 52,083 x10 17,49 x10 50,590 x10 52,083 x10 17,977 x10 92,631 x10
Capacitância
(F) 9,4 x 10-6 2,1X10-10 1,3x10-10 9,03x10-10 5,6x10-10 1,57x10-11
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CONCLUSÕES
A partir da análise eletroquímica de potencial de circuito aberto, observa-se
significativas diferenças entre os potenciais dos sistemas sem revestimento e
com revestimento comercial sem cargas anticorrosivas + 0,2% do
nanocompósito e com a tinta comercial com cargas anticorrosivas.
Maiores valores de potenciais foram observados, para os corpos-de-prova,
revestidos com a tinta aditivada com o nanocompósito, confirmando uma
maior proteção, quando comparado com o metal não revestido;
A análise de espectroscopia de impedância eletroquímica mostrou-se
bastante sensível ao processo de permeação do eletrólito através da película
de tinta, o que foi constatado de forma geral pela redução do valor da
resistência à polarização e aumento da capacitância em função do tempo;
Os revestimentos com maior percentual de carga adicional apresentaram um
desempenho anticorrosivo menos eficiente, o que foi atribuído ao aumento da
porosidade do revestimento, pelo processo de aglomeração das partículas.
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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WANG, ZHONG LIN. 2004. “Nanostructures of Zinc Oxide”, no. June: 26–33.
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