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Feminismo na América Latina: um panorama a partir do Sul Global

Cibele Cheron e Cristine Zanella (UFRGS e UFU)

O capítulo apresenta o panorama das demandas e das ideias feministas formuladas a partir do
espaço latino-americano. Usando uma abordagem histórica comparativa, nosso objetivo é
destacar especificidades das forças sistêmicas como as heranças coloniais, a construção de
identidades nacionais, as dinâmicas do mercado de trabalho, as desigualdades e estruturas
sociais que influenciam e moldam as preocupações, ideias e demandas feministas na região.
Também comparamos o conteúdo das ondas de feminismos latino-americanos com as suas
contrapartes do Norte Global. Para tal, dividimos o capítulo em três partes, iniciando com o
percurso histórico e conceitual da intersecção entre Relações Internacionais e feminismos na
região, seguido de ponderações acerca das questões metodológicas em pesquisas na interface
entre Relações Internacionais e feminismos, com foco no cenário latino-americano, encerrando
com reflexões sobre as temáticas que os feminismos têm trazido ao debate presente nas
Relações Internacionais, bem como os desafios que se avizinham para os dois campos no
horizonte acadêmico.

Esquema geral:
Ter em mente para todas as seções: heranças coloniais, a construção de identidades
nacionais, as dinâmicas do mercado de trabalho, as desigualdades e estruturas sociais

Nossa estrutura do capítulo, então, é a seguinte:


1. Percurso histórico e conceitual da intersecção entre Relações Internacionais e
feminismos na região
2. Questões metodológicas em pesquisas na interface entre Relações Internacionais e
feminismos
3. Desafios presentes

Artigo 1
Percurso histórico e conceitual da intersecção entre Relações Internacionais e
feminismos na região

(Começamos…)
A. Ponto de conexão entre feminismos e RI, comparando NG e AL (?) (parece bom!)
a. Destaque na construção idealizada de DDHH e dos instrumentos protetivos (?)
O ideal de DDHH do homem vs da mulher
b. O ideal do NG vs AL (aqui entraria a questão descolonial e as especificidades
indígenas; negras/escravidão?Sim! OK Mas com relação a DDHH, acho que o
ponto de conexão tem uma relação próxima com a diversificação dos DDHH. Tô
errada? Preciso pensar mais a respeito. Vamos deixar assim por enquanto :)
ok!!)
B. Comparativo NG-AL da inserção feminina e do espaço de atuação das mulheres nos
debates de constituição da disciplina de RI
(é aqui que vão aparecer os elementos de patriaracalismo, desenvolvimento, raça na AL?)
Então… Acredito que esses elementos vão acabar aparecendo em todos os pontos, mas de
formas diferentes, pois são transversais à estrutura social dos dois blocos. Vão aparecer de
diferentes formas, desempenhando funções diferentes e atuando sobre as mulheres de
maneiras diferentes, mas não há como não mencioná-los. Entendo.

Fontes de revistas (e que podem ser espaços para publicarmos o artigo):


Feminist Theory - ​http://journals.sagepub.com/home/fty
International Feminist Journal of Politics -

Contribuição do feminismo latino-americano para as RI:


World traveling e possibilidade de ouvir os subalternos - contribuição latino-americana​.
Estudos da literatura vão demonstrando que as pessoas das colônias historicamente
apareceram na literatura como pessoas que deveriam ser mortas ou resgatadas. Mas a
pós-colonial e feminista Gayatri SPIVAK se perguntou se seria possível ouvir os subalternos
sem colocar suas palavras em moldes Ocidentais. Acadêmicas associadas ao feminismo
latino-americano formularam uma metodologia de world-travelling que encoraja pesquisadores
e subalternos a encontrarem pontos em comum que tragam a pesquisa Ocidental para o
mundo subalterno (ao invés do contrário). Essa habilidade de se abrir para um outro mundo,
outra cultura, outra linguagem é algo que em geral os subalternos fazem para viver em
sociedade. Se conseguir fazer essa world-traveling pode se abrir alguma participação para a
voz dos subalternos nas RI. (Sylvester, Post-colonialism, cap livro). Com os estudos
pós-coloniais cai o conceito de uma identidade nacional pura, deixando lugar para uma
identidade híbrida e mestiça. (Rita Ciotta Neves, Os estudos pós-coloniais, 2009)

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