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EXERCÍCIOS INTRODUTÓRIOS AO ESTUDO DE

HARMONIA - Para Violonistas


Começando a entender acordes, cifras e escalas
Marcos Davi Lisboa
Conheça o autor em www.marcosdavi.com.br

Após essa fase introdutória, recomendo o estudo aprofundado dos livros abaixo:

1 – Harmonia Método Prático 1, 2 e 3 - Ian Guest – Editora Vitale


2 – Harmonia – Arnold Schoenberg – Unesp
3 – Cadernos de Harmonia –1, 2 e 3 - Marco Pereira

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Índice de Conteúdo

- Identificando as Notas no Braço do Violão


- Alterações - Sustenido e Bemol
- Começando a Entender os Acordes
- Terças Maiores e Terças Menores
- Entendendo a construção dos Acordes Maiores e Menores
- As cifras e suas informações
- Entendendo a Construção das Escalas Maiores
- Campo Harmônico das Escalas Maiores – Tríades
- Noções Básicas de Análise Harmônica – Tríades
- Visão Vertical dos Intervalos (no violão)
- Campo Harmônico – Tétrades
- Inversão de Acordes

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Identificando as Notas no Braço do Violão

Objetivo do assunto: aprender a visualizar o braço do violão de forma prática.


Pré-requisito: não há pré-requisito.

Para que as notas sejam facilmente identificadas no braço do violão é indispensável saber três
coisas:

1 - Nome das cordas soltas

2 - *Tom e semi-tom entre as notas naturais

DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ
1tom 1tom ½ tom 1 tom 1 tom 1 tom ½ tom

* TOM é a unidade musical utilizada para classificar a distância entre as notas

Exemplos: Entre dó – ré existe 1 tom


Entre ré – mi existe 1 tom
Entre dó – mi existe 2 tons
Entre mi – fá existe ½ tom
Entre mi – sol existe 1 ½ tom

1 tom – duas casas de distância entre duas notas


½ tom – uma casa de distância entre duas notas

3 – Alterações - Sustenido e Bemol

# Acrescenta ½ tom a nota sobre a qual é aplicado.

Exemplo: Dó# está uma casa à frente da nota Dó


(chamamos de “natural” a nota que não possui alteração)
b Diminui ½ tom da nota sobre a qual é aplicado.
Exemplo: Solb está uma casa atrás da nota Sol

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Exercício nº 1:
Pense o nome da corda solta e então aplique a tabela de tom/semi-tom para achar as notas
pedidas.

Exemplo: Fá na 1ª corda: Casa _1__


O nome da primeira corda é Mi. Portanto, a nota que está ½ tom à frente de Mi é Fá, na casa 1.

Localizar as seguintes notas


1) Sol na 1ª corda: Casa ___ 11) Sol na 4ª corda: Casa ___
2) Lá na 1ª corda: Casa ___ 12) Si na 5ª corda: Casa ___
3) Dó na 2ª corda: Casa ___ 13) Dó na 5ª corda: Casa ___
4) Ré na 2ª corda: Casa ___ 14) Mi na 5ª corda: Casa ___
5) Mi na 2ª corda: Casa ___ 15) Fá# na 1ª corda: Casa ___
6) Dó# na 2ª corda: Casa ___ 16) Sol# na 6ª corda: Casa ___
7) Ré# na 2ª corda: Casa ___ 17) Láb na 6ª corda: Casa ___
8) Lá na 3ª corda: Casa ___ 18) Sol na 6ª corda: Casa ___
9) Si na 3ª corda: Casa ___ 19) Fá na 4ª corda: Casa ___
10) Mi na 4ª corda: Casa ___ 20) Mib na 6ª corda: Casa ___

Começando a Entender os Acordes


A parte da música que estuda os acordes é chamada de HARMONIA.

Definições
Melodia - duas ou mais notas dispostas em ordem sucessiva, ou seja, uma após a outra.
Harmonia - duas ou mais notas tocadas simultaneamente.
Acorde - grupo de 3 ou mais notas tocadas simultaneamente.

Sobre os Acordes

Um acorde é basicamente formado por 3 notas. São elas a Tônica (T), Terça (3) e a Quinta
(5), formando assim a TRÍADE.

O Intervalo de Terça

A terça é a nota que ocupa a terceira posição a partir de uma tônica (nota na qual se baseia a
contagem).
Exemplo: A terça de Dó é Mi; a terça de Ré é Fá; a terça de Mi é Sol.
Observe que a tônica deve ser contada.

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Terças Maiores e Terças Menores

Observe a distância entre as notas abaixo:


1) DÓ – MI (dó 1t ré 1t mi)
2) FÁ – LÁ (fá 1t sol 1t lá)
3) SOL – SI (sol 1t lá 1t si)

Os três exemplos de intervalos de terça possuem 2 tons entre si.

4) RÉ – FÁ (ré 1t mi ½ t fá)
5) MI – SOL (mi 1t fá ½ t sol)
6) LÁ – DÓ (lá 1t si ½ t dó)

Os três exemplos de intervalos de terça possuem 1 ½ tons entre si.

Intervalos de terça com 2 tons – Terça Maior


Intervalos de terça com 1 ½ tom – Terça Menor

Exercício nº3:
Indique os intervalos abaixo (terça maior ou terça menor)
1) Dó – Mi :___ 6) Mi – Sol#:___
2) Dó – Mib:___ 7) Fá – Lá:___
3) Ré – Fá:___ 8) Fá – Láb:___
4) Ré – Fá#:___ 9) Sol – Si:___
5) Mi – Sol:___ 10) Sol – Sib:___

Exercício nº4:
Indique se os acordes a seguir possuem terça maior ou terça menor. Pense sempre a partir da
fundamental. Faça o exercício com o violão na mão.
1) C :___ 6) E:___
2) Cm:___ 7) F:___
3) Dm:___ 8) Fm:___
4) D:___ 9) G:___
5) Em:___ 10) Gm:___
respostas na página x

Entendendo a construção dos Acordes Maiores e Menores

Só é possível entender o processo de construção dos acordes se a lição 1 for


compreendida. Portanto, já sabemos que todo acorde é baseado na tríade T (tônica) 3 (terça) 5
(quinta).
Exemplo: C (acorde Dó Maior) - Dó (T) Mi (3) Sol (5).
Observe que uma nota está sempre uma terça acima da anterior (super-posição de terças).
Os acordes maiores, menores, *diminutos e **super-aumentados são diferenciados pela super-
posição de terças.

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Vamos fixar o assunto em torno de acordes maiores e menores.
Exemplos:

1) Dó Fá Sol
3 Maior 3 Maior 3 Maior
Mi Lá Si
3 menor 3 menor 3 menor
Sol Dó Ré
____ ___ ___
C F G

2) Ré Mi Lá
3 menor 3 menor 3 menor
Fá Sol Dó
3 Maior 3 Maior 3 Maior
Lá Si Mi
____ ___ ___
Dm Em Am

Exercício 5:

A partir da tríade dada indique se o acorde é maior o menor.


Faça o exercício com o violão na mão.

1) Dó - Mi - Sol = C 11) Lá – Dó – Mi =
2) Dó – Mib – Sol = Cm 12) Lá – Dó# - Mi =
3) Ré – Fá – Lá = 13) Si – Dó# - Ré# =
4) Ré – Fá# - Lá = 14) Si – Dó# - Ré =
5) Mi – Sol – Si = 15) Fá# - Lá# - Dó# =
6) Mi – Sol# - Si = 16) Fá# - Lá – Dó# =
7) Fá – Lá – Dó = 17) Sib – Ré – Fá =
8) Fá – Lab – Dó = 18) Sib – Réb – Fá =
9) Sol – Si – Ré = 19) Dó# - Mi# - Sol =
10) Sol – Sib – Ré = 20) Dó# - Mi – Sol# =

Acorde maior = terça maior + terça menor


Acorde menor = terça menor + terça maior
Acorde diminuto = terça menor + terça menor
*Acorde super aumentado = terça maior + terça maior

*será abordado em outra fase do estudo.

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As CIFRAS e suas informações

Agora que você já sabe que C (acorde Dó maior) é uma tríade formada pelas notas
dó – mi – sol e que qualquer tipo de acorde é construído sobre a mesma lógica (T, 3, 5), tente
entender como seria o acorde C4. O que é o número “4” ao lado?

É bastante simples. O número 4 informa que, além da tríade, esse acorde deverá trazer uma outra
nota – a 4ª nota na sequência da Tônica (T). Isso quer dizer que a nota fá deverá fazer parte do
acorde também.

Em cifra o número sempre representa um intervalo que deve ser contado a partir da própria tônica.

Exemplos:
D6 – (ré – fá# - lá) + si G6 - (sol – si - ré) + mi E4 – (mi – sol# - si) + lá
D4 - (ré – fá# - lá) + sol G4 - (sol – si - ré) + dó C6 – (dó – mi – sol) + lá

Repare que a tríade está sempre presente. O mesmo vale para os acordes menores.

Ao formular a solução para a cifra devemos procurar os intervalos (4, 6, etc.) próximos das
construções de acordes já conhecidas. Por exemplo, ao tentar construir C4, pense no acorde C,
que já é conhecido, e acrescente a 4ª a partir dele. Essa nota poderá aparecer em vários lugares.
Entretanto, não se deve mudar a fundamental. Ela deverá ser mantida no baixo.

Nos próximos capítulos esse assunto deverá ser alimentado com o tema “intervalos”.

EXERCÍCIO 6:

Utilizando o seu violão e as informações dos capítulos anteriores, forme os acordes a seguir.
1) C4 2) D4 3) A4 4) G4 5) F4 6) B4 7) D6 8) Dm6 9) Cm6 10) A7
11) B7 12) Bm713) G7 14) Gm715) Gm6 16) Am7 17) Bm6 18) F#7 19) F#m7 20) F#m6
Observação: a 4ª frequentemente encobrirá a 3ª. Isso é admissível harmonicamente.

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Entendendo a Construção das Escalas Maiores

A compreensão das escalas é assunto fundamental para entender harmonia.


Começaremos entendendo as escalas maiores. Este assunto traz elementos da Lição Básica.
Modelo de Escala Maior:

I II III IV V VI VII VIII


1 Tom 1 Tom ½ Tom 1 Tom 1 Tom 1 Tom ½ Tom

Caracteriza-se como Escala Maior toda a escala que apresente essa estrutura entre suas
notas
Quando estes intervalos não aparecerem naturalmente deverão ser empregados
sustenidos (#) e bemóis (b).
Vamos criar a escala de Sol maior.

SOL LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ SOL
1 Tom 1 Tom ½ Tom 1 Tom 1 Tom 1 Tom ½ Tom - Estrutura da escala maior

A seqüência de notas acima ainda não é a escala de Sol Maior. Observe que quase todas
as distâncias estão de acordo com o padrão de uma escala maior. Porém, do sexto para o sétimo
grau (MI - FÁ) e do sétimo para o oitavo (FÁ – SOL) existem diferenças em relação a estrutura da
escala maior. Entre o sexto e sétimo grau deve existir 1 Tom. Para isso coloca-se um sustenido (#)
na nota FÁ, movendo ½ Tom à frente. Agora temos entre MI – FÁ# a distância de 1 Tom. Dessa
maneira, com o FÁ#, passamos a ter ½ Tom entre as notas FÁ# - SOL.
Portanto, a escala de Sol maior é:

SOL LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ# SOL


1 Tom 1 Tom ½ Tom 1 Tom 1 Tom 1 Tom ½ Tom

Exercício 7:

Baseado no modelo de escala maior construa as escalas maiores solicitadas abaixo.


As respostas devem ser dadas através das alterações (sustenidos ou bemóis) encontradas
em cada escala.

Ré Maior
Mi Maior
Fá Maior
Sol Maior
Lá Maior
Si Maior
Dó Maior
Sib Maior
Mib Maior
Dó# Maior
Láb Maior

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Campo Harmônico das Escalas Maiores - Tríades

Objetivo do assunto:
Compreensão de tonalidade, compreensão do “tom da música” e transposição de
tonalidade.

Pré-requisito:
Formação de acordes (tríades); formação de escalas maiores; campo harmônico em
tríades.

Campo Harmônico significa acordes gerados por uma determinada escala. Por exemplo, a
escala de Dó Maior gera um campo harmônico de Dó Maior. Todos os acordes do mesmo campo
harmônio devem ser gerados exclusivamente com notas de sua escala de origem.

Observe a escala de Dó maior.

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si

Cada uma das sete notas acima vai gerar um acorde baseado no conceito das tríades.
Empilhando T, 3, 5 teremos:

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
3ª M 3ªm 3ªm 3M 3ª M 3ªm 3ªm
Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré
3ªm 3ª M 3ª M 3ªm 3ª M 3ª M 3ªm
Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá
C Dm Em F G Am Bº

O resultado desse empilhamento é chamado campo harmônico de Dó maior.

Observe o mesmo raciocínio aplicado a escala de Sol maior.

Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá#
3ª M 3ªm 3ªm 3M 3ª M 3ªm 3ªm
Si Dó Ré Mi Fá# Sol Lá
3ªm 3ª M 3ª M 3ªm 3ª M 3ª M 3ªm
Ré Mi Fá# Sol Lá Si Dó
G Am Bm C D Em F#º

Exercício nº 8:

Baseado na fórmula da Tríade (T,3,5) forme o campo harmônico das escalas a seguir.
Não esqueça de observar as notas alteradas de cada escala ao empilhar as tríades.
1) Ré Maior
2) Lá Maior
3) Mi Maior
4) Fá Maior
5) Si bemol Maior
6) Si Maior

Dica importante
Coloque a lista dos campos harmônicos simetricamente posicionadas uma embaixo de
outra. Você perceberá que o gênero do acorde se mantém em seu respectivo nível:
maior – menor – menor – maior – maior - menor e diminuto.

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Noções Básicas de Análise Harmônica
Tríades

Objetivo do assunto:
Aprender a perceber de maneira analítica em que tom se encontra uma música.

Pré-requisito:
Formação de escalas maiores; formação de campo harmônico.

Análise Harmônica significa a compreensão das relações entre os acordes dentro de uma
música. Ou, ainda, simplesmente, a identificação de seu campo harmônico. O assunto é extenso.
Portanto, trataremos de organizá-lo em etapas didáticas.

Vejamos os exemplos abaixo.

Campo Harmônico de Dó Maior


C Dm Em F G Am Bº

1) Refrão de No Woman, No Cry , de Bob Marley.

II C I G I Am I F I
I C I G I C I G II

A música que usamos como exemplo está no tom (ou no campo harmônico) de Dó Maior.
Todos os acordes da música são encontrados no tom de Dó Maior. Confira:

2) Trecho da música “Como Eu Quero” , Kid Abelha


(3ª parte – “Longe do meu domínio...” )
II Dm I F I C I G II
I Dm I F I C I % II

Novamente, a música está no tom de Dó Maior.


Todos os acordes da música são encontrados no tom de Dó Maior.

Importante: É comum encontrar pessoas que classificam o tom de uma música


observando apenas o primeiro acorde. Isso é um erro de análise harmônica. A tonalidade deve ser
percebida pelo grupo de acordes encontrados na música.

Exercício nº 9:

Classifique a tonalidade dos trechos musicais relacionados abaixo.


Para esse exercício consulte a grade a seguir com as tonalidades/campos harmônicos.

1) I C I F I G I C II
2) I F I Dm I G I C II
3) I F I Dm I G I Em II
4) I D I G I Em A I D II
5) I Bm I G I Em A I D II
6) I G I A I F#m I G II
7) I G I Am I Bm I C II
8) I G I C I Bm I Am II
9) I C I Bm I Em I D II
10) I F I Bb I Gm I C II

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Exercício nº 10 (continuação):

11) I F I Dm I Gm I Bb II
12) I Gm I C I F I Bb II
13) I A I D I E I A II
14) I A I F#m I Bm I E II
15) I D I E I C#m I D II
16) I E I A I B I E II
17) I Gm I Am I Dm I Gm II
18) I Am I Em I Bm I D II
19) I Em I Am I F I Dm II
20) I F I G/B I C I F II

Campo Harmônico Maior


Tríades

I II III lV V VI VII

Dó Maior C Dm Em F G Am Bº

Ré Maior D Em F#m G A Bm C#º

Mi Maior E F#m G#m A B C#m D#º

Fá Maior F Gm Am Bb C Dm Eº

Sol Maior G Am Bm C D Em F#º

Lá Maior A Bm C#m D E F#m G#º

Si Maior B C#m D#m E F# G#m A#º

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Intervalos
Visualização a partir da escala maior

Objetivo do assunto: Montar e entender acordes desconhecidos.

Pré-requisito: Formação de acordes (tríades);

A classificação dos intervalos é feita através de distâncias padrão a partir de uma


fundamental. Abaixo, exemplos sobre a escala de Dó Maior que deverão ser exercitados em outras
tonalidades.

Dó - Ré - 2ª maior (1 tom)

Dó - Mi - 3ª maior (2 tons)

Dó – Fa 4ª justa (2 ½ tons)

Dó - Sol - 5ª justa (3 ½ tons)

Dó - Lá - 6ª maior/ 13 (4 ½ tons)

Dó - Si - 7ª maior (7M ) ( 5 ½ tons)

Dó - Dó - 8ª justa ( 6 tons )

Intervalos Menores, Diminutos e Aumentados

Intervalo Menor: ½ tom abaixo tom do intervalo MAIOR.


Intervalo Diminuto: ½ tom abaixo do intervalo JUSTO.
Intervalo Aumentado: ½ tom acima tom no intervalo JUSTO.

Exemplos:
Dó - Ré = 2ª maior Dó -Sol = 5ª justa Dó - Fá = 4ªjusta
Dó - Réb = 2ª menor Dó - Solb = 5ª dim Dó - Fá#=4ªaum

Dó - Si = 7ª maior
Dó - Sib = 7ª menor

Alguns intervalos não serão abordados ou enfatizados nessa fase por razões didáticas.

Dica:
O intervalo 7M está sempre ½ tom atrás da 8j (que é a repetição da Tônica). Isso quer dizer que a
7m (ou simplesmente 7) estará 1 tom atrás da 8j. Essa informação renderá a rápida compreensão
de vários acordes. Veja exemplo:
D, D7M, D7 e D6. Esses quatro acordes têm sua solução baseada em perceber a 8j (ré). Meio tom
atrás, teremos a 7M e, sucessivamente, 7 e 6.

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Intervalos com Tônica na 6ª corda

2M T 7m
5J 4J 3M
8J 7m
4J 3m 2M
6M 5J 4J
9M 8J 7m

Intervalos com Tônica na 5ª corda

2M T 7m
5J 4J 3M
8J 7m 6M
3M 2M 8J
6M 5J 4J

Intervalos com Tônica na 4ª corda

2M T 7m
5J 4J 3M
7M 6M 5J
3M 2M 8J

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Verticalização dos Intervalos
Visualização no braço do violão

Uma das maneiras mais práticas de perceber intervalos no violão é observá-los


verticalmente. Considerando uma Tônica na corda seis, na corda abaixo teremos uma 4j. Logo
abaixo da 4j haverá a 7m e, em seguida na corda três encontraremos a 3m. Nas cordas dois e um
encontraremos os intervalos 5j e 8j.
Corda 6______T
Corda 5______ 4j
Corda 4______ 7m
Corda 3______ 3m
Corda 2______ 5j
Corda 1______ 8j

Isso ocorrera em qualquer lugar desde que a Tônica esteja na corda seis. Quando a Tônica estiver
nas cordas cinco ou quatro manteremos a mesma lógica, mas com alguns intervalos em posições
um pouco diferentes. Veja os três gráficos de intervalos desenhados acima (Tônica na 6ª, 5ª e 4ª
cordas).

Essa visualização nos oferece referência para os intervalos que estão espalhados pelo braço do
violão. Se soubermos onde está a 3M (terça maior), logo, a 3m estará ao lado. Se visualizarmos a
7m (sétima menor), meio tom à frente da mesma encontraremos a 7M (sétima maior).

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No exercício a seguir (exercício nº11) observe algumas questões importantes:

1) Muitos acordes não permitirão a inclusão de todos os intervalos. Note que


frequentemente a 5J é omitida. Isso não descaracteriza o gênero do acorde
(maior ou menor).
2) Evite omitir a terça. Entretanto, em acordes com 4J isso é inevitável.

Exercício nº 11:

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Exercício nº12:

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Exercício nº13:

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Campo Harmônico – Tétrades

Objetivo do assunto: ampliar e descobrir novas alternativas na análise harmônica.

Pré-requisito: Escalas maiores, formação de acordes, campo harmônico (tríades), intervalos.

Já estudamos o tema Campo Harmônico nas lições anteriores. Entretanto, abordamos a


idéia sob perspectiva das tríades (T, 3, 5). O campo harmônico em tétrades preserva a tríade a
acrescenta a 7ª. É dessa maneira que iremos encarar o assunto: tríade + 7ª.

Para isso, precisamos aprender quando empregar 7M ou 7(sétima maior ou sétima menor).

Pensando na escala/tom de Dó Maior, vamos acrescentar 7ª aos acordes abaixo. Observe


que a idéia soma-se a tríade.

C ► 7ª = Si ► Si está a ½ tom de Dó ► Si é 7M de Dó ► C7M

Dm ► 7ª = Dó ► Dó está a 1 tom de Ré ► Dó é 7de Ré ► Dm7

Em ► 7ª = Ré ► Ré está a 1 tom de Mi ► Ré é 7 de Mi ► Em7

F ► 7ª = Mi ► Mi está a ½ tom de Fá ► Mi é 7M de Fá ► F7M

G ► 7ª = Fá ► Fá está a 1 tom de Sol ► Fá é 7 de Sol ► G7

Am ► 7ª = Sol ► Sol está a 1 tom de Lá ► Sol é 7 de Lá ► Am7

Bº ► 7ª = Lá ► Lá está a 1 tom de Si ► Lá é 7 de Si ► Bº7

Nota importante: os acordes diminutos com sétima (Xº7) também são frequentemente cifrados
como Xm7(5b). Ou seja, Bº7 e Bm7(5b) são os mesmos acordes. Este também é chamado de ½
diminuto. Nesse caso a cifra seria .

Quadro de alguns campos harmônico em tétrades

I II III IV V VI VII

C7M Dm7 Em7 F7M G7 Am7 Bº7

D7M Em7 F#m7 G7M A7 Bm7 C#º7

E7M F#m7 G#m7 A7M B7 C#m7 D#º7

F7M Gm7 Am7 Bb7M C7 Dm7 Eº7

G7M Am7 Bm7 C7M D7 Em7 F#º7

A7M Bm7 C#m7 D7M E7 F#m7 G#º7

B7M C#m7 D#m7 E7M F#7 G#m7 A#º7

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Exercício nº14:

Indique a 7M (sétima maior) das notas a seguir.


1) Dó 6) Si 11) Lá
2) Ré 7) Sib 12) Láb
3) Mi 8) Mib 13) Fá#
4) Fá 9) Solb 14) Réb
5) Sol 10) Dó# 15) Ré#

Exercício nº15:
Indique a 7 (sétima menor) das notas a seguir. São as mesmas notas acima. Compare os
resultados.

1) Dó 6) Si 11) Lá
2) Ré 7) Sib 12) Láb
3) Mi 8) Mib 13) Fá#
4) Fá 9) Solb 14) Réb
5) Sol 10) Dó# 15) Ré#

Exercício nº16:
Identifique que nota representa a sétima nos acordes a seguir. Veja exemplos.

1) C7M - 7M é a nota Si 11) B7M -


2) C7 - 7 é a nota Sib 12) B7 -
3) D7M – 13) F#7M -
4) D7 – 14) F#7 -
5) A7M – 15) Bb7M -
6) A7 – 16) C#7M -
7) E7M – 17) C#7 -
8) E7 – 18) Bb7 -
9) G7M – 19) F7M -
10) G7 – 20) F7 –

O próximo exercício (nº13) é um reforço sobre o já citado “quadro dos campos harmônicos
das tétrades”. Ao completá-lo não esqueça de que a sétima, obrigatoriamente, será uma
nota pertencente a mesma escala do acorde.

Exercício nº17:
Complete os campos harmônicos abaixo com as sétimas correspondentes a cada acorde.

1) D Em F#m G A Bm C#º

2) F Gm Am Bb C Dm Eº

3) B C#m D#m E F# G#m A#º

4) Bb Cm Dm Eb F Gm Aº

5) Eb Fm Gm Ab Bb Cm Dº

6) G Am Bm C D Em F#º

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Inversão de Acordes

Objetivo do assunto: aumentar as possibilidades de utilização de um acorde.

Pré-requisito: formação de tríades e tétrades.

A partir da tétrade (T, 3, 5, 7) podemos obter o mesmo acorde em posições diferentes,


gerando, assim, resultados sonoros diferentes.
Podemos inverter qualquer acorde a partir de sua posição original. Nossa abordagem
focará o baixo como elemento principal da inversão.

As Inversões estão organizadas em três posições:


1ª inversão – acorde com o baixo na terça
2ª inversão – acorde com o baixo na quinta
3ª inversão – acorde com o baixo na sétima menor

O conceito aplica-se a acordes maiores e menores.

Acordes com terça no baixo

Em estado original com a terça no baixo


C C/E
(dó, mi, sol)
Cm Cm/Eb
(dó, mib, sol)
F F/A
(fá, lá, dó)
Fm Fm/Ab
(fá, láb, dó)
G G/B
(sol, si, ré)
Gm Gm/Bb
(sol, sib, ré)

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Acordes com quinta no baixo

Em estado original com a quinta no baixo


C C/G
(dó, mi, sol)
Cm Cm/G
(dó, mib, sol)
F F/C
(fá, lá, dó)
Fm Fm/C
(fá, láb, dó)
G G/D
(sol, si, ré)
Gm Gm/D
(sol, sib, ré)

Acordes com sétima no baixo

Em estado original com a quinta no baixo


C7 C/Bb
(dó, mi, sol, sib )
Cm7 Cm/Bb
(dó, mib, sol, sib)
F7 F/Eb
(fá, lá, dó, mib)
Fm7 Fm/Eb
(fá, láb, dó, mib)
G7 G/F
(sol, si, ré, fá)
Gm7 Gm/F
(sol, sib, ré, fá)

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Exercício nº18:

Inverta os acordes abaixo colocando os baixos na terça. Utilize os “bracinhos” abaixo para
registrar o seu raciocínio sobre o acorde. Mas, também, esteja com o violão na mão ao fazer o
exercício.

1) D- 6) F# -
2) E- 7) Eb -
3) A- 8) Bb -
4) B- 9) Ab -
5) C# - 10) D6 -

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