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Aluno: José Roberto Hoffmann Filho (16101208)

Professores: Valcir Gassen e Ronaldo Barbosa

CASO 2 – DIREITO ADMINISTRATIVO II

1 - As denominadas cláusulas exorbitantes não se aplicam a todos os contratos celebrados pela


administração pública.
Falso. O art. 58 da Lei nº 8.666/93, estabelece a prerrogativa da Administração Pública na
modificação unilateral dos contratos púbicos para melhor adequação aos seus interesses, além de estabelecer
casos de rescisão unilateral e aplicação de sanções motivadas ao contratado.
Conforme ensina Hely Lopes Meirelles: “as cláusulas exorbitantes são absolutamente válidas no
contrato administrativo, uma vez que decorrem da lei ou dos princípios que regem a atividade administrativa e
visam a estabelecer prerrogativas em favor de uma das partes, para o perfeito atendimento do interesse público,
que se sobrepõe sempre aos interesses particulares. É, portanto, a presença dessas cláusulas exorbitantes no
contrato administrativo que lhe imprime o que os franceses denominam la marque du Droit Public: a marca do
direito público”1.
2 - Não se aplicam disposições de direito privado aos contratos administrativos, uma vez que a
eles incidem cláusulas exorbitantes que os diferenciam dos demais contratos, além de serem regulados por
legislação específica.
Falso. Segundo o disposto no art. 54 da Lei nº 8.666/1993, “Os contratos administrativos de que trata
esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente,
os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado”.
3 – Com base na Lei de Licitações e Contratos a Administração Pública tem a prerrogativa de,
no caso dos serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados
ao objeto do contrato.
Verdadeiro. Esta prerrogativa chama-se ocupação temporária e tem previsão no art. 58, V da Lei nº
8.666/1993, que diz que “nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal
e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de
faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo”. A finalidade da
ocupação temporária prevista na lei de licitações é manter os serviços públicos essenciais.
4 – É possível que a Administração Pública firme contratos verbais.
Verdadeiro, porém com ressalvas. O contrato administrativo, como se sabe, não tem forma livre,
devendo observar o cumprimento de requisitos intrínsecos e extrínsecos. Em regra, os contratos administrativos

1
Licitação e contrato administrativo. 14 ed. São Paulo: Malheiros, 2007. p. 203.
devem ter a forma escrita. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração. Entretanto, no caso
de pequenas compras de pronto pagamento feitas em regime de adiantamento, a Lei n. 8.666/93 admite contrato
administrativo verbal (art. 60, parágrafo único). São consideradas de pequeno valor as compras de até R$ 4.000,00
(quatro mil reais).
5 - Não se constitui prerrogativa aos contratos administrativos: a) fiscalização da execução. b)
aplicação de sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste. c) rescisão, unilateral, nos casos
especificados em lei. d) alteração, unilateral, das cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos
contratos administrativos. e) modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de
interesse público, respeitados os direitos do contratado.
Alternativa D. Todas as demais constituem prerrogativas da Administração Pública, conforme art.
58 da Lei nº 8.666/1993 com exceção do item D. O parágrafo primeiro do referido dispositivo coloca o seguinte:
as cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem
prévia concordância do contratado, o que gera incorreção na alternativa citada.
6 – Segundo a Lei nº 8.666/93, os contratos administrativos se relacionam com a vigência dos
créditos orçamentários, mas entre as exceções incluem-se os relativos à prestação de serviços, a serem
executados de forma continuada, que poderão tê-la a) prorrogada, por iguais e sucessivos períodos, até 60
meses. b) fixada em 10 anos. c) prorrogada, por iguais e sucessivos períodos, até 48 meses. d) fixada em 5
anos. e) prorrogada, por iguais e sucessivos períodos, até 10 anos.
Alternativa A. Conforme o art. 57 da Lei nº 8.666/1993, II “a duração dos contratos regidos por esta
Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos: II - à prestação
de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e
sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada
a sessenta meses”.

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