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Docente catador

“Em O Narrador, Benjamim esboça a ideia de outra narração, uma narração


feita nas ruínas da narrativa, uma transmissão entre os cacos de uma tradição
em migalhas, uma renovação da problemática da memória.

Para esse filósofo, o narrador seria igualmente a figura de um trapeiro, o


catador de sucata, esse personagem das grandes cidades que recolhe os
cacos, os restos, os detritos. Movido pela pobreza, mas também pelo desejo de
não deixar nada se perder, nada ser esquecido, o narrador sucateiro não tem
por finalidade recolher os grandes feitos: deve apanhar aquilo que é deixado de
lado, como algo sem muita significação, que parece não ter a mínima
importância nem sentido, algo como o que a história oficial não sabe o que
fazer”. (CANTON, 2015, p. 27-28)

Transmitir o inenarrável. Narrar as histórias que a história oficial esqueceu de


narrar. Quais histórias narram esses cacos, essas sucatas?

Sucateiros do cotidiano

“O narrador de ”

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