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Definição: Espaço Vetorial Euclidiano é todo o espaço vetorial real, de dimensão finita, no qual
está definido um produto interno.
Definição: Chama-se produto interno no espaço vetorial V uma função de VV em R, que a todo
par de vetores (u , v ) V V associa um número real, indicado por u v ou u , v , tal que as
seguintes propriedades sejam verificadas:
(i) u v v u ;
(ii) u (v w) u v u w ;
(iii) (u ) v (u v ) para todo R
(iv) u u 0 e u u 0 se, e somente se u 0
Ex 1: O produto interno usual de R 2 é definido por: u v x1 x2 y1 y 2 , sendo u ( x1 , y1 ) e
v ( x2 , y 2 )
Ex 2: No espaço vetorial V R 2 , a função que associa a cada par de vetores, u ( x1 , y1 ) e
v ( x2 , y 2 ) o número real u v 3x1 x 2 4 y1 y 2 é um produto interno. Porém, é um produto
interno diferente do produto interno usual.
Ex 3: Em relação ao produto interno usual de R 2 , calcule u v , sendo dados:
a) u ( 3, 4) e v (5, 2) ;
1
b) u (6, 1) e v ( , 4) ;
2
c) u (2, 3) e v (0, 0)
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Ex 4: Em polinômios de grau até 2, V=P2 , sendo p = a2x2 +a1x +a0 , q = b2x2 + b1x +b0 o produto
interno é definido como p.q = a2b2 + a1b1 + a0b0.
Ex 5: (Necessita de cálculo)O espaço V das funções reais continuas no intervalo [a,b] com f,g V ,
a b e f
Ex 6: No espaço V=M2x2 , o produto interno pode ser definido por . ae bf cg dh
c d g h
Definição: Dado um vetor v de um espaço vetorial euclidiano V, chama-se módulo, norma ou
comprimento de v o número real não-negativo, indicado por v , definido por: v v v
Obs.: Se u ( x1 , y1 , z1 ) R 3 com produto interno usual, então
u ( x1 , y1 , z1 ) ( x1 , y1 , z1 ) x12 y12 z12 .
Definição: chama-se distância entre vetores (ou pontos) u e v o número real representado por
d (u , v ) e definido por: d (u , v ) | u v | . Se u ( x1 , y1 , z1 ) e v ( x2 , y 2 , z 2 ) , com produto
interno usual, tem-se:
d (u , v ) | u v || ( x1 x 2 , y1 y 2 , z1 z 2 ) | ou d (u , v ) ( x1 x 2 ) 2 ( y1 y 2 ) 2 ( z1 z 2 ) 2
Propriedades: Seja V um espaço vetorial Euclidiano. Então, as seguintes propriedades são válidas:
I) | v | 0, v V e | v | 0, se, e somente se, v 0 .
II) | v || | | v |, v V , R .
III) | u v | | u | | v |, u , v V .
IV) | u v | | u | | v |, u , v V .
Definição: Sejam u e v vetores não-nulos de um espaço vetorial euclidiano V. O ângulo entre os
u v
vetores u e v é determinado por cos( ) , 0 .
| u || v |
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| u v |
Prova: A desigualdade de Schwartz | u v | | u | | v | , pode ser escrita como: 1 ou
| u || v |
u v
1
| u || v |
u v
O que implica: 1 1 . Por esse motivo, pode-se dizer que essa fração é o cosseno de um
| u || v |
u v
ângulo , denominado ângulo dos vetores e : cos( ) , 0 .
u v
| u || v |
Ex 8: Seja o produto interno usual no R 3 . Determinar o ângulo entre os vetores: u (2, 1, 5) e
v (5, 0, 2) .
Definição: Seja V um espaço vetorial Euclidiano. Diz-se que dois vetores u e v de V são
ortogonais, e se representa por u v , se, e somente se, u v 0 .
Obs. 1: O vetor 0 V é ortogonal a qualquer vetor v V .
Obs. 2: Se u v , então u v para todo R .
Obs. 3: u1 v e u 2 v , então (u1 u 2 ) v .
Ex 10: Verifique se o conjunto {(1, 2, -3), (3, 0, 1), (1, -1, -5)} é ortogonal, no R 3 .
Teorema: Um conjunto ortogonal de vetores não nulos A {v1 , v 2 , , v n } é linearmente
independente.
Demonstração: Considere a igualdade: a1v1 a 2 v2 a n vn 0 . E faça o produto interno de
ambos os membros da igualdade por vi : (a1v1 a 2 v2 a n vn ) vi 0 vi ou
a1 (v1 vi ) a 2 (v 2 vi ) a n (v n vi ) 0 . Como A é ortogonal v j vi 0 para j i e vi vi 0 ,
pois vi 0 . Então, ai (vi vi ) 0 implica ai 0 para todo i 1, 2, , n . Logo,
A {v1 , v 2 , , v n } é LI. ▄
Definição: Diz-se que uma base {v1 , v 2 , , v n } de V é uma base ortogonal se os seus vetores são
Ex 11: Verifique se o conjunto {(1, 2, 3), (1, 1, -1), (5, -4,1)}, é uma base ortogonal de R 3 .
Definição: Uma base B {v1 , v 2 , , v n } de um espaço vetorial euclidiano V é uma base
Ex 12: Verifique se os conjuntos a seguir são bases ortonormais, com o produto interno usual:
a) B {(1, 0), (0, 1)}
3 1 1 3
b) B , , ,
2 2 2 2
Obs.: Todas as bases canônicas são bases ortonormais com o produto interno usual.