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Formas de Recolhimento do IR
Retenção na fonte
O Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) incide sobre rendimentos auferidos por pessoas físicas ou
jurídicas:
― Residentes no Brasil;
― Domiciliadas no exterior.
Para as pessoas físicas residentes no País, o IRRF pode ser uma antecipação do IRPF devido na
Declaração de Ajuste Anual ou definitivo.
― Salários;
Em todos esses exemplos, o IRRF é calculado por meio da aplicação da tabela progressiva mensal
sobre os rendimentos mensalmente atribuídos à pessoa física pela pessoa jurídica contratante.
O IRRF de pessoa física é definitivo, essencialmente, nos casos em que incide sobre
rendimentos decorrentes de Juros sobre o Capital Próprio e sobre rendimentos
líquidos de aplicações financeiras, tais como: renda fixa, renda variável, fundo de
investimento financeiro – FIF e fundo de ações.
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O IRRF, nestes casos, adquire natureza de crédito tributário que pode ser utilizado pela pessoa jurídica
para compensar o IRPJ devido e, na falta deste, outros tributos federais administrados pela Receita
Federal (CSLL, PIS, COFINS, IOF etc.).
Os rendimentos auferidos por pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior (“não
residentes”) também se sujeitam à incidência do IRRF.
Dependendo da natureza do rendimento atribuído ao não residente, a alíquota do IRRF pode variar ou
mesmo haver isenção.
De outro lado, o domicílio do beneficiário também pode afetar a alíquota do IRRF, em dois casos:
― Se o beneficiário não residente tiver domicílio em jurisdição considerada Paraíso Fiscal pela
Receita Federal brasileira;
― Se o beneficiário não residente tiver domicílio em país com o qual o Brasil tenha formalizado
Tratado em Matéria Tributária.
Auto recolhimento
Recolhimento mensal obrigatório
(“Carnê-leão”)
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Empregador
(PF ou PJ)
Como se trata de uma antecipação espontânea e não obrigatória, é uma modalidade pouquíssimo
utilizada na prática.
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Na entrega da declaração de ajuste anual, no mês de abril do ano seguinte, o empregado é obrigado
a declarar o total do salário recebido no ano anterior, assim como os outros rendimentos tributáveis
que tiver auferido, o total retido na fonte pelo empregador, e outras fontes.
Tabela Progressiva para o cálculo anual do Imposto de Renda de Pessoa Física para o
exercício de 2020, ano-calendário de 2019
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a. Primeiramente, é preciso conhecer a base de cálculo (receita menos deduções), para então
enquadrá-la em uma das faixas de tributação da tabela;
Cálculo do IRRF:
A contribuição do empregado incide sobre o salário de contribuição, valor que equivale ao montante
total dos rendimentos pagos, devidos ou creditados pela empresa, durante o mês e a qualquer
título, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma (e.g. salário, ganhos habituais,
gorjeta, adiantamentos decorrentes de reajuste, etc). Para o ano de 2020, o valor máximo do salário
de contribuição fixado para a determinação do montante mensal de contribuição previdenciária a ser
paga é de R$ 6.101,07.
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Até fevereiro de 2020, o valor da contribuição do empregado era determinado a partir da aplicação,
sobre o salário-de-contribuição, da alíquota equivalente à faixa na qual se inseria o respectivo salário-
de-contribuição, conforme se observa na tabela abaixo:
Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para
pagamento de remuneração a partir de 1º de janeiro de 2020
Diferentemente do que ocorre com a contribuição do empregado, não existe limite máximo para a
contribuição devida pela empresa.
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A verba é regulada nos termos da Lei 10.101/2000, e serve como incentivo à produtividade.
Geralmente, são estipuladas metas que, quando atingidas, servem como base de cálculo.
Quem decide é a diretoria das empresas juntamente com representantes dos funcionários e com o
Sindicato, que deverá homologar acordo se não houver nada estipulado em convenção coletiva.
A utilização de PLR como forma de remuneração possui como vantagem adicional para
o empregador o fato do valor pago não ser considerado salário para nenhum efeito
trabalhista ou previdenciário, reduzindo o custo deste pagamento com reflexos nas demais
verbas trabalhistas e incidência para fins de INSS.
A pessoa jurídica poderá deduzir como despesa operacional as participações atribuídas aos
empregados nos lucros ou resultados.
Em relação aos empregados, a PLR será retida na fonte em separado dos demais rendimentos
recebidos, no ano do recebimento ou crédito, com base na tabela progressiva anual específica abaixo,
e não integrará a base de cálculo do imposto devido pelo beneficiário na Declaração de Ajuste Anual.
A tributação da PLR segue os mesmos moldes do imposto de renda retido na fonte. A empresa
pagadora aplica a alíquota de acordo com a tabela abaixo, deduzindo o valor da terceira coluna.
Parcela a deduzir do
Alíquota (%)
IRPF (R$)
Isso gerava certo desconforto aos contribuintes que, em alguns casos, saltavam para a alíquota de
27,5% devido à quantia acumulada, ainda que se tivessem recebido os rendimentos regularmente
estivessem sujeitos às alíquotas menores ou mesmo isentos.
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A sistemática aplica-se:
É importante ressaltar que da base de cálculo dos RRA serão excluídas as despesas com ação judicial
necessárias ao seu recebimento, inclusive com advogados, quando pagos pelo contribuinte
e não indenizadas.
Parcela a deduzir do
Base de cálculo em R$ Alíquota
imposto em R$
Até (1.903,98xNM) - -
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Se o valor de cada parcela fosse pago dentro do prazo contratual não haveria incidência
do IRRF, já que estaria dentro da faixa de isenção da Tabela Progressiva.
A existência, ou não, de vínculo empregatício não é passível de opção pelas partes, mas
determinada pelos aspectos fáticos da relação com os traços típicos da relação de emprego,
descritos pela lei trabalhista.
Todo aquele que tiver sido prejudicado pelo descumprimento das leis trabalhistas ou de outras
normas dela decorrentes pode fazer valer seus direitos mediante a simples demonstração, em juízo,
da existência da relação de emprego.
Isto funciona para o INSS, para o Fisco e, naturalmente, para o próprio empregado.
Quando, porém, estão de fato ausentes os traços distintivos da relação de emprego, tem-se a
contratação de profissional autônomo.
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A alíquota do ISS varia de município para município. Atualmente, a alíquota máxima do imposto é
5% (art. 8° da LC n° 116/2003) e a alíquota mínima é 2% (art. 8-A da LC n° 116/2003).
No mais, há muita semelhança entre a carga tributária incidente sobre a contratação de empregado e
sobre a contratação de autônomo.
A remuneração atribuída ao autônomo é tributada pelo Imposto de Renda da Pessoa Física, de modo
idêntico ao que se passa com o salário do empregado.
Além da contribuição ao INSS, o prestador pessoa física contratado por tomador pessoa física
estará obrigado a recolher o próprio imposto de renda próprio do mês, de acordo com a tabela
progressiva mensal, descontadas as deduções do livro-caixa, mais o imposto sobre serviços (ISS)
municipal, de acordo com a legislação de cada município.
Prestador Tomador
(presta o serviço) (contrata o serviço)
serviço
$$
IRPF - Antecipação
Tabela progressiva
Livro-Caixa
(Deduções)
+
ISS (2% a 5%)
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Por outro lado, se o tomador que contratou o serviço não é uma pessoa física, mas uma pessoa
jurídica, a empresa contratante deverá recolher e reter o imposto de renda devido (tabela
progressiva mensal, modalidade antecipação).
Prestador Tomador
(presta o serviço) (contrata o serviço)
serviço
Pessoa
Jurídica
$$
Livro-Caixa Retenção
(Deduções) (IRRF)
+
ISS (2% a 5%)
Assim, nessas relações não há que se falar em Imposto de Renda de Pessoa Física e contribuição
previdenciária de empregador, empregado ou segurado individual.
Aqui se incide o PIS, a COFINS, o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido (CSLL) e o ISS.
O ISS, aliás, é o único ponto de conexão entre as cargas tributárias que recaem sobre as prestações
de serviços por pessoa física e por pessoa jurídica, pois onera de forma similar as remunerações
percebidas por autônomos e sociedades prestadoras de serviços.
A apuração dos tributos corporativos é afetada por toda uma gama de variáveis que produzem
efeitos significativos sobre as apurações do PIS, da COFINS, do IRPJ e da CSLL.
Assim, empresas que adotam o Lucro Presumido apuram o IRPJ e a CSLL de forma substancialmente
distinta das empresas que estão sujeitas ao Simples ou ao Lucro Real.
De outro lado, a apuração do PIS e da COFINS por empresas sujeitas ao regime não cumulativo
dessas contribuições é muito diferente daquela aplicável às empresas sujeitas ao regime cumulativo.
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Prestador Tomador
(presta o serviço) (contrata o serviço)
serviço
Pessoa
Jurídica
$$
Simples
Lucro Presumido
Lucro Real
+
ISS (2% a 5%)
Por fim, quando tanto a prestadora como a tomadora são pessoas jurídicas, a empresa contratante
do serviço deverá realizar retenções na fonte, que a empresa contratada poderá utilizar
posteriormente para compensar com os seus tributos devidos.
Prestador Tomador
(presta o serviço) (contrata o serviço)
serviço
Pessoa Pessoa
Jurídica Jurídica
$$
Simples RETENÇÕES
Lucro Presumido
Lucro Real
+
ISS (2% a 5%)
No pagamento da remuneração devida à empresa que lhe prestadora de serviços, em regra a pessoa
jurídica contratante (tomadora) deverá reter e recolher os seguintes tributos:
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PIS, COFINS e CSLL à alíquota conjunta de 4,65%, desde que o valor da remuneração
total atribuída ao prestador no mês seja maior do que R$ 5.000,00, nos mesmos
serviços em que há retenção do IRRF (vide acima);
Todos estes tributos, uma vez retidos na fonte, são passíveis de aproveitamento pela prestadora
de serviços para a compensação dos tributos por ela devidos, apurados sobre suas receitas (PIS e
COFINS), seu lucro (IRPJ e CSLL) e sua folha de pagamento (contribuição previdenciária).
Aluguéis e royalties
São rendimentos tributados na fonte, a título de antecipação da declaração de ajuste anual, os valores
mensais pagos por pessoa jurídica a pessoa física a título de aluguéis e royalties.
Observe-se que a modalidade “aluguel e royalties” inclui também outras categorias, tais como a
sublocação, o aforamento, o arrendamento, o direito de uso ou passagem de terrenos, os direitos
autorais, o pagamento por exploração de películas cinematográficas, os juros pelo atraso no
pagamento dos royalties, e as demais espécies de rendimentos percebidos em virtude da ocupação,
uso, fruição ou exploração de bens e direitos pagos.
Desde o ano de 1996, há previsão de portabilidade. Não se configura como fato gerador do imposto
de renda a transferência direta de reserva entre entidades de previdência privada, desde que não
haja mudança de titularidade e que os recursos correspondentes, em nenhuma hipótese, sejam
disponibilizados para o participante ou para o beneficiário do plano.
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Muitas vezes, verbas não pagas regularmente são cobradas em ações perante a Justiça do Trabalho e,
por este motivo, acabam sendo tratadas como “verbas rescisórias”.
Art. 22. Fica isento do imposto de renda o ganho de capital auferido na alienação de
bens e direitos de pequeno valor, cujo preço unitário de alienação, no mês em que esta
se realizar, seja igual ou inferior a:
I. R$ 20.000,00 (vinte mil reais), no caso de alienação de ações negociadas no
mercado de balcão;
II. R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), nos demais casos.
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Portanto, um veículo de colecionador adquirido pela pessoa física pelo custo de aquisição de
R$ 30.000,00, e, posteriormente, vendido por R$ 35.800,00 não é isento, uma vez que o valor de
alienação excede o limite legal (R$ 35.000,00).
Nesse caso, o ganho apurado de R$ 5.800,00 será tributado normalmente, da seguinte forma:
Observe-se que teria sido mais vantajoso ao vendedor (alienante) ter realizado a venda por um valor
mais baixo, de R$ 35.000,00, pois mesmo reduzindo o preço do veículo, ingressaria no limite legal,
podendo se aproveitar da isenção.
Desta forma, considere um contribuinte pessoa física que possua dois lotes de terra, adquiridos
cada um pelo valor de R$ 20.000,00, e venda o primeiro lote no dia 1ª de janeiro por R$ 28.000,00 e o
segundo no dia 30 de janeiro por R$ 32.000.
No exemplo, o valor de alienação total do conjunto de bens no mês foi de R$ 60.000,00. Então deverá
pagar 15% sobre R$ 20.000,00 (ganho de capital), ou seja, R$ 3.000,00. Caso este mesmo contribuinte
houvesse vendido o segundo imóvel no dia 1º de fevereiro, não recolheria nada, pois ambas as
operações estariam contempladas pela isenção.
Por outro lado, se uma pessoa física alienar no mesmo mês um imóvel por R$ 30.000,00 e uma obra
de arte por R$ 25.000,00, apurando ganho de capital em ambas as operações, nada terá a recolher,
pois “imóvel” e “obra de arte” não são bens da mesma natureza e não formam um mesmo conjunto
de bens, não devendo ser somados. Cada um deles, individualmente, terá um valor de alienação
abaixo de R$ 35.000,00 e serão isentos.
Lucro e Dividendos
Desde 1996 até os dias de hoje, os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados que
são pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou
arbitrado (ou seja, residentes ou domiciliadas no país), não estão sujeitos à incidência do imposto
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na fonte, nem integram a base de cálculo do imposto do beneficiário, pessoa física ou jurídica,
domiciliado no País ou no exterior.
Por este motivo, todos os valores recebidos pelo sócio ou acionista a título de distribuição de lucros
e dividendos devem ser considerados como rendimentos isentos, sejam eles provenientes de pessoa
jurídica que apure seus tributos pelo Simples Nacional, pelo Lucro Presumido ou pelo Lucro Real.
Neste caso, a pessoa física tem a obrigação de declarar o nome e o CNPJ da fonte pagadora do
dividendo, sobretudo para fins de controle e de cruzamento de informações.
Observe que, apesar de os ganhos e perdas serem comuns a todos os sócios e acionistas na
proporção de sua participação social, é possível a distribuição desigual ou desproporcional dos
lucros e dividendos, desde que o contrato social preveja a deliberação dos sócios sobre a forma
da distribuição.
Não havendo esta cláusula, na prática, não haverá infração tributária federal se todos os sócios
forem pessoas físicas, pois será como se o sócio que recebeu menos houvesse feito uma doação
para aquele que recebeu mais, havendo, a possibilidade da cobrança de ITCMD estadual sobre a
parcela doada.
Já no caso de não haver a previsão e se tratar de sócios pessoas jurídicas que recebem distribuição
desproporcional, a doação será indedutível para a doadora e tributável na donatária, persistindo
também neste caso a possibilidade da cobrança do imposto de doação.
— BDR: tabela progressiva nacional. Carnê leão para dividendos. Para ganho de capital
são 15% tradicionais.
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Acima de 65 anos
Estão isentos a pensão e os proventos da inatividade pagos pela Previdência Social ou por entidade
de previdência privada, a partir do mês em que o pensionista ou inativo completar 65 anos de idade,
até o valor de R$ 1.903,98*, por mês, sem prejuízo da parcela isenta prevista na tabela de incidência
mensal do imposto.
O valor excedente a esse limite está sujeito à incidência do imposto sobre a renda na fonte e
na declaração.
Os demais rendimentos recebidos pela pessoa física, inclusive aluguéis, estão sujeitos à tributação
pelo Imposto sobre a Renda da Pessoa Física.
São isentos do imposto os seguros (pecúlio) recebidos de entidade de previdência privada decorrente
de morte ou invalidez permanente do participante.
Observe que aquela importância paga em prestação única, também em razão de morte ou invalidez
permanente do participante, que é correspondente à devolução das contribuições efetuadas ao
plano, acrescida ou não de rendimentos financeiros, não caracteriza pagamento de pecúlio (seguro),
não sendo portanto, isenta.
A parcela de devolução, também chamada de “reversão”, será tributável na fonte como antecipação
do imposto devido na declaração de ajuste anual da pessoa física, ou de forma exclusiva, nos casos
em que houve opção por aquele regime de tributação.
― Seja portador de uma doença grave (exemplo: tuberculose ativa, AIDS, cardiopatia grave,
cegueira, doença de Parkinson, hanseníase, esclerose múltipla etc.).
O Superior Tribunal de Justiça entente que a lista de doenças graves é taxativa, em conformidade
com o Art. 111 do Código Tributário Nacional. Também são isentos os proventos de aposentadoria
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Formas de Recolhimento do IR
Um pai tem um imóvel que está declarado em seu nome na ficha “declaração
de bens e direitos” pelo valor de custo de aquisição de R$ 200.000,00, mas que
atualmente no mercado está avaliado por R$ 450.000,00. O pai deseja realizar
uma doação a seu filho pelo valor constante em sua declaração, ou seja, por
R$ 200.000,00.
Isto porque este tributo será devido pelo donatário (quem recebe), a menos que seu
domicílio seja em outro Estado, o que dificultaria a cobrança. Por uma questão de
praticabilidade, neste caso de donatário sem domicílio no Estado, inverte-se a regra
e o ITCMD deverá ser recolhido pelo doador.
*Valor vigente a partir do mês de abril do ano-caldenário 2015, mas que pode ser alterado pela Receita Federal.
Não há imposto de renda para o pai, afinal ele experimentou um decréscimo (e não um acréscimo) ao
destacar o imóvel do seu patrimônio e transmiti-lo ao filho.
No esquema, temos:
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Formas de Recolhimento do IR
Acréscimo patrimonial
isento de IRPF
ITCMD sobre R$ 450 mil
Se o filho, um mês depois de receber a doação do imóvel, vendê-lo pelo valor de mercado (R$ 450.000,00),
deverá apurar o ganho de capital correspondente, ou seja, R$ 250.000,00.
Desprezando-se eventuais isenções ou aplicação de fatores de redução, sobre esta base de cálculo
incidirá o imposto de renda à alíquota de 15 % a 22,5% dependendo do valor do ganho auferido, na
modalidade definitiva, resultando em um recolhimento de R$ 37.500,00, a ser pago até o último dia útil
do mês subsequente ao da operação.
Não se comprovando a efetivação (por meio de um extrato que registre a transferência bancária, por
exemplo), ou a disponibilidade do doador (caso o doador não tinha recursos para realizar a doação),
então o acréscimo patrimonial do donatário será considerado rendimento não justificado e sujeito à
aplicação da tabela progressiva mensal.
O exemplo utilizado é de uma doação, mas as mesmas regras se aplicam para o caso de uma herança,
legado, meação ou separação.
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Formas de Recolhimento do IR
despesas com pessoas jurídicas, recibos para as despesas com pessoas físicas), deverá ser mantida
por pelo menos cinco anos após a alienação do imóvel.
O exercício ou não desta opção possibilitada pelo legislador caberá ao doador no caso de uma doação
ou ao inventariante no caso de uma herança.
Assim, no exemplo utilizado, o pai realizaria a doação ao filho não pelo valor declarado originalmente,
mas por R$ 450.000,00. Neste caso, o filho reconhecerá em sua declaração do próximo exercício este
valor em sua ficha de bens e direitos, mas continuará isento do imposto de renda sobre o acréscimo
patrimonial experimentado. Nada se altera também quanto ao ITCMD.
Porém, ao transferir, por sua opção, o imóvel pelo valor atualizado, o pai deverá realizar o recolhimento
do imposto de renda na modalidade definitiva mediante aplicação da alíquota de 15% a 22,5% sobre
a diferença entre o valor de mercado e o custo de aquisição declarado, ou seja, sobre R$ 250.000,00,
conforme esquema:
É importante destacar que algo semelhante poderá ocorrer quando uma pessoa
jurídica entregar bens ou direitos do seu ativo para o titular ou a sócio/acionista a
título de devolução de sua participação no capital social.
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Formas de Recolhimento do IR
Tais bens poderão ser avaliados pela empresa ou pelo valor contábil ou de mercado.
Se decidir avaliar pelo valor de mercado, a diferença constituirá ganho de capital tributável na
pessoa jurídica investida. Deste ponto de vista, nada se altera também se o sócio ou acionista
investidor for uma pessoa física ou jurídica.
Se uma pessoa jurídica tem registrado em seu ativo um imóvel cujo valor contábil (de
custo de aquisição) é de R$ 300 mil e um dos seus sócios deseja se retirar da sociedade,
a empresa restitui a participação respectiva e entrega o imóvel, enquanto que o sócio
pessoa física o registra em sua ficha de bens e direitos de sua declaração de ajuste
referente a este ano-base pelo mesmo valor da participação extinta (R$ 300 mil).
Neste caso, não haverá ganho de capital tributável. Caso o sócio investidor fosse uma pessoa jurídica,
bastaria baixar as quotas correspondentes e registrar o imóvel pelo valor da participação extinta.
Se, por outro lado, a pessoa jurídica restitui o capital social do sócio mediante
entrega de bens e direitos (no caso, o imóvel cujo custo de aquisição registrado
contabilmente é de R$ 300 mil), mas resolve avalia-lo por R$ 500 mil, a diferença,
ou seja, o valor de R$ 200 mil será considerado ganho de capital tributável na
pessoa jurídica que está devolvendo o investimento.
Contudo, a diferença entre o valor investido pelo sócio, pessoa física ou jurídica, e o valor do imóvel
reconhecido em sua próxima declaração de ajuste (ficha “bens e direitos”) não será computada, pelo
titular, sócio ou acionista, na base de cálculo do imposto de renda ou da contribuição social sobre o
lucro líquido.
Uma vez realizada a retenção pela fonte pagadora, o rendimento (agora líquido) não precisará
ser submetido a um novo cálculo no final do ano, e não implicará nenhum efeito sobre a
complementação anual obrigatória ou sobre o valor a ser restituído.
A tributação exclusiva na fonte do imposto de renda poderá ser proporcional, como no caso de
rendimentos financeiros, ou progressiva, como no caso do 13º salário.
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Formas de Recolhimento do IR
Neste último caso, a fonte pagadora está obrigada a realizar a retenção do imposto, cuja alíquota
variará, em regra, de 15 a 25%.
Por uma expressa disposição legislativa, o 13º salário não ingressa no cálculo do ajuste anual. Deverá
ele ser tributado de maneira exclusiva na fonte e de maneira separada dos demais rendimentos que
o contribuinte venha a receber no mês.
O salário ficará sujeito ao cálculo do imposto de renda retido na fonte do mês, por
antecipação e, portanto, afetará o ajuste anual da pessoa física.
Já o imposto devido sobre o 13º salário será calculado em dezembro, não importando
se houve ou não o pagamento de parcelas em meses anteriores, uma vez que não há
retenção no pagamento de antecipações: todas as parcelas deverão ser somadas e
oferecidas à tributação em dezembro, quando a empresa deverá realizar o cálculo e o
recolhimento respectivo.
Desta forma, no mês de dezembro, a empresa (fonte pagadora) deverá realizar dois
cálculos separados:
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Formas de Recolhimento do IR
BASE DE CÁLCULO (=
)
Na outra extremidade está a figura do pró-labore, que será reconhecido pelo administrador como
rendimento sujeito ao imposto de renda retido na fonte por antecipação mediante aplicação da
tabela progressiva a uma alíquota que pode chegar a 27,5% (idêntica à tributação dos salários em
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Formas de Recolhimento do IR
Apesar de implicar uma tributação mais vantajosa, a empresa não pode distribuir exclusivamente
JCP, pois há regras de limitação decorrentes da lei. Isto porque o objetivo deste instituto jurídico é
permitir ao sócio e ao acionista receber um rendimento equivalente ao que receberia se buscasse
outra aplicação financeira de longo prazo, incentivando o investimento de seus recursos na própria
empresa da qual participa.
Assim, para efeitos de apuração do lucro real, serão dedutíveis os JCP distribuídos até o limite da
Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) aplicada sobre o patrimônio líquido da sociedade.
Além disso, a dedutibilidade dos JCP será limitada também ao maior dentre os seguintes referenciais:
50% do lucro líquido do exercício (antes da dedução dos juros), ou 50% dos lucros acumulados.
Uma empresa, que apura os seus tributos pelo lucro real, aprovou seu balanço
patrimonial em 31 de dezembro, onde constatou que seu patrimônio líquido era de
R$ 420.000,00.
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Formas de Recolhimento do IR
LIMITES DE DEDUTIBILIDADE
Observe que, caso esta mesma empresa não tivesse lucros acumulados de outros exercícios, ela
deveria aplicar apenas o primeiro limite e, assim, somente R$ 20.000,00 de JCP seriam dedutíveis.
Por fim, cabe saber agora quanto será distribuído de JCP líquidos aos sócios ou acionistas, ou seja,
depois de oferecidos à tributação, uma vez que a empresa é responsável pelo cálculo, apuração e
retenção do imposto de renda retido na fonte na modalidade definitiva.
Para este cálculo, sabe-se que o JCP está sujeito a uma alíquota de 15%:
JCP LÍQUIDOS
A empresa do exemplo poderá distribuir a seus sócios ou acionistas o valor de R$ 21.420,00 a título
de JCP líquidos.
Como a tributação foi realizada na fonte de maneira definitiva, o imposto de renda retido (IRRF) não
trará qualquer consequência para o cálculo da complementação anual obrigatória ou do valor a
restituir da pessoa física beneficiária dos JCP no momento da declaração anual de ajuste (DAA).
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Formas de Recolhimento do IR
A base de cálculo do tributo será o valor de mercado o prêmio na data da sua distribuição, que será
considerado, para fins de declaração, como o custo de aquisição.
Neste caso não haverá a tributação exclusiva como nos demais casos, mas sim a
incidência do imposto de renda retido na fonte, calculado de acordo com a tabela
progressiva mensal, a título de antecipação do devido na declaração de ajuste
anual (com impacto direto, portanto, na complementação anual obrigatória ou no
valor a restituir).
Alienações a prazo
As alienações a qualquer título realizadas por pessoas físicas estão sujeitas ao imposto de renda, na
modalidade definitiva, a uma alíquota a 15% sobre o ganho de capital apurado (valor de alienação –
custo de aquisição).
Assim, desprezadas eventuais isenções e aplicação de fatores de redução, um bem imóvel adquirido
por R$ 200.000,00 e vendido por R$ 1.000.000,00 implicará um ganho de capital de R$ 800.000,00.
Ocorre que, caso o valor seja parcelado (alienação a prazo) em 100 parcelas de R$ 10.000,00, o
ganho de capital apurado será oferecido à tributação na exata proporção das parcelas recebidas
em cada mês.
Veja que não seria razoável exigir do contribuinte a tributação total sobre o ganho de capital (neste
exemplo, R$ 120.000,00) de uma só vez, sendo que ele ainda não recebeu nenhum centavo pelo
imóvel vendido.
A regra geral é de que o ganho de capital decorrente de alienações de bens e direitos a prazo (por
pessoa física) é apurado como se a venda fosse realizada à vista (fato gerador do IR ocorre já no
momento em que formalizada a alienação), ficando o seu recolhimento diferido para o momento
em que as parcelas forem efetivamente pagas. Sobre as parcelas recebidas, deverá ser pago o
valor proporcional do imposto de renda devido. O recolhimento do valor proporcional do IR deve
sempre ser realizado até o último dia útil do mês subsequente ao do recebimento da parcela.
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Formas de Recolhimento do IR
No exemplo acima, o ganho de capital foi de R$ 800.000,00, o que representa 80% do valor de
alienação (R$ 1 milhão).
Neste caso, o contribuinte deverá proceder ao recolhimento de R$ 1.200,00 sobre a parcela mensal
percebida, conforme cálculo a seguir:
ALIENAÇÃO A PRAZO
Proporção de ganho de
capital por parcela (80%) 8.000
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