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Windows x Linux: mitos e lendas

Conheça em detalhes os erros, exageros, mentiras e desconhecimento que muitos defensores do


Linux utilizam ao criticar o Windows. Este artigo contém mais de 120 links idôneos (de sites gerais de
TI e pró-Linux) comprovando isso. Nada melhor que um banho de realidade :)

Este artigo está publicado em https://baboo.pro/linux


Versão em PDF em https://baboo.pro/linux.pdf

Desde os anos 90 eu tenho discutido Windows x Linux com defensores do Software Livre, pois eles
são extremamente críticos ao Windows e eu considero importante conhecer a linha de raciocínio e
argumentos que eles utilizam ao criticar o sistema operacional em que eu sou especialista.

Já naquela época eles acreditavam em argumentos (que para mim fora do ambiente técnico eles
eram fantasiosos) que justificariam o uso do Linux ao invés do Windows no desktop.

E hoje em dia, mais de duas décadas depois, o uso do Linux continua irrelevante no desktop com
um market share eternamente estagnado em menos de 2% por razões muito simples.

Neste artigo eu abordo em detalhes:

Por que um sistema operacional gratuito falhou em substituir o Windows e porquê isso não
mudará no futuro?
Quais argumentos fantasiosos os defensores do Linux utilizam para defender esse sistema
operacional e criticar o Windows?
Por que qualquer discussão Windows x Linux no desktop é tecnicamente inútil?

Esse artigo reúne informações de centenas de horas dedicadas nos


últimos anos em longas (e divertidas) discussões Windows x Linux no
meu site, no fórum e na área de comentário dos vídeos do meu canal
do YouTube.

Eu pretendo que esse artigo seja uma referência na internet brasileira a


todos usuários interessados SERIAMENTE na questão Windows x Linux
que acontece no MUNDO REAL fora do ambiente demagógico e
fantasioso de sites pró-Linux e pró-Software Livre.

As páginas deste artigo servem como repositório de informações reais e atualizadas com links
idôneos (Linux Foundation, Oracle, RedHat...) que dão total credibilidade às informações postadas,
contradizendo com EXEMPLOS E FATOS REAIS muitas informações incorretas disseminadas por
defensores do Linux e sites de Software Livre.

Chega de amadorismo em discussões Windows x Linux!


O que é Linux?
Linux é um sistema operacional e também um kernel.
Embora muitos linuxers (defensores do Linux e Software Livre que adoram criticar o Windows)
defendam com ar de superioridade que "Linux não é um sistema operacional, é um kernel", eles
cometem um erro primário.

A página oficial da própria Linux Foundation contradiz isso, informando claramente que "Just like
Windows XP, Windows 7, Windows 8, and Mac OS X, Linux is an operating system" ("Assim como o
Windows XP, o Windows 7, o Windows 8 e o Mac OS X, o Linux é um sistema operacional").

Quem sabe isso incentive-os a estudar um pouco mais sobre Linux, o sistema operacional que eles defendem
cegamente sem sequer compreender o que ele realmente é...

Linux é um sistema operacional gratuito e modular que pode ser facilmente adaptado para ser
utilizado em praticamente todo tipo de dispositivo e equipamento (carros, geladeiras,
computadores, servidores, TVs, brinquedos, satélites, etc.), sendo também o nome utilizado para
definir o kernel ("cérebro") dele.

E como qualquer sistema operacional, ele tem seus nichos:

Supercomputadores, que são basicamente uma calculadora gigante cuja função deles é
realizar cálculos matemáticos a uma velocidade altíssima. Informação interessante: até
recentemente o supercomputador mais rápido do mundo era o chinês Sunway TaihuLight, que
tem nada menos que 10.649.600 cores, mas ele foi superado recentemente pelo Summit da IBM,
que tem "apenas 2.414.592 cores, mas utiliza 27.648 GPUs Nvidia Volta V100.

Roteadores, que distribuem e compartilham a conexão de internet e rede local.


Praticamente todas as marcas existentes no mercado utilizam Linux como base para o
aplicativo de configuração e gerenciamento do próprio roteador.

NAS (Network Attached Storage), que são primariamente dispositivos de armazenamento,


mas que também podem funcionar como servidor. A grande vantagem do NAS é que ele é
compacto e altamente configurável.
Servidores de CDN (Content Delivery Network), que cacheiam páginas de sites para agilizar
o seu carregamento. Com isso, um site hospedado em um país pode ser rapidamente
acessado por internautas residentes em outro país.

Servidores de infraestrutura - inclusive da própria internet, aonde UNIX também é muito


utilizado. Esses servidores realizam continuamente tarefas específicas que sequer exigem
interface gráfica.

Dispositivos IoT (Internet das Coisas), que são dispositivos conectados à internet e que
podem ou não ter uma tela. Isso inclui utensílios domésticos, câmeras de segurança,
patinetes, entre muitos outros exemplos.

Para o usuário comum, o Linux pode ser instalado em computadores, sendo que existem várias
distribuições (distros) dele: Ubuntu, Mint, SUSE, Debian, etc.

Como o código-fonte do Linux é aberto e pode ser baixado e alterado, na prática qualquer um
com bons conhecimentos em programação pode criar a sua própria distro e distribui-la
gratuitamente para quem quiser usá-la. Embora um sistema operacional gratuito com código
aberto que pode ser aprimorado e instalado em todo tipo de computador pareça ser a "receita
do sucesso", no mundo real isso não acontece.

Saiba os motivos nas próximas páginas.


Por que um sistema operacional gratuito falhou em
substituir o Windows?
Como um sistema operacional gratuito que pode ser instalado em qualquer computador tem sido
um fracasso descomunal no desktop? Isso acontece por vários motivos:

Linux é apenas um sistema operacional, enquanto


Windows é uma SOLUÇÃO
O maior problema do Linux é que embora um sistema operacional gratuito seja algo
comercialmente vantajoso, o usuário não está interessado no sistema operacional em si, mas sim
nos programas e aplicativos que ele pode executar ali - afinal não adianta nada ter um sistema
operacional gratuito se o usuário não pode rodar ali o que ele precisa.

E como o Linux não permite a execução de programas do


Windows, o usuário é obrigado a utilizar aplicações que
fazem MENOS do que aquelas que ele está acostumado a
usar no Windows. Na prática o usuário migrará para algo
PIOR do que ele está acostumado a usar no Windows sem ter
nenhum benefício REAL ao fazer isso.

E poucos se dispõem a fazer isso. Embora existam gambiarras


que permitam executar alguns programas Windows no Linux,
elas são apenas isso: gambiarras - algo que usuários do Windows nunca precisaram fazer.

Enquanto o Linux é apenas um sistema operacional, o Windows é uma SOLUÇÃO para o


usuário, pois com esse sistema operacional ele pode instalar e usar todos os programas que ele
gosta, quer e precisa - e é por esse motivo que mesmo em 2019 milhares de pessoas e empresas
preferem continuar usando um Windows de 2001 (Windows XP) do que qualquer distro Linux de
2019.

Sistema operacional gratuito não significa que seja


atraente ou solução para o usuário

A vantagem do Linux ser gratuito é irrelevante se não existir algum benefício ou vantagem
usuários de outros sistemas operacionais querer usá-lo - e a melhor prova de que o preço do
sistema operacional não influencia a escolha do usuário é o macOS.
O macOS conseguiu em cinco anos tudo que o Linux não
conseguiu em mais de duas décadas: ser um concorrente real do
Windows no desktop.

Enquanto o Linux é gratuito e pode ser instalado em qualquer


computador (principalmente nos antigos), o macOS conseguiu atrair
em cinco anos o triplo de usuários do Linux, sendo que o macOS
funciona apenas no (caríssimo) hardware da Apple. Para piorar, é
perfeitamente possível rodar o Linux em hardware da Apple, mas os
usuários não fazem isso. Por que será?

Isso acontece pois ao contrário do Linux, o macOS traz benefícios ao


usuário - seja pelos programas disponíveis ou pelos atrativos da
integração dos produtos e software da Apple. E qual é o benefício
de um usuário abandonar o Windows ou macOS e usar Linux?
Aparentemente nenhum.

Até mesmo um dos criadores do GNOME comentou


há alguns anos que o Linux no desktop está
morto pois os desenvolvedores pararam de perder
tempo com o Linux e migraram para o MacOS aonde
eles têm visibilidade e lucro.

Além disso, ele listou que nenhum desenvolvedor está


interessado em resolver problemas de compatibilidade com versões anteriores e
incompatibilidade entre distros.

Para piorar, sempre que há algum usuário tem algum problema, a resposta da comunidade é
"você está fazendo errado" e ele comentou que muitos hackers mudaram de Linux para macOS.

Ao contrário do Linux, ele comenta que o macOS não tem problema de incompatibilidade de
drivers de áudio, drivers de vídeo, codecs ou visualizadores de PDF tornando seu uso mais
agradável para seus usuários.

Mas o fato mais ilustrativo disso é que incrivelmente o fundador da Linux Foundation e editor do
site linux.com, Jim Zemlin, utiliza macOS - e não Linux! E ele mostrou isso justamente na abertura
do evento Open Source Summit 2017 aonde ele proclamou que 2017 seria o "ano do Linux no
desktop" (utopia repetida há décadas por muitos defensores desse sistema operacional).

Realisticamente nem a Linux Foundation tem interesse no Linux no desktop - tanto que em 2017 o
site Linux.com publicou um artigo criticando a GPL utilizando palavras como "restritiva" e "vírus",
sendo que esse artigo foi silenciosamente removido do site pouco depois, além do incrível fato a
equipe da Linux Foundation utilizar macOS e também Windows(!!).
Estratégia inexistente
Como cada distro Linux é independente das demais, nunca existiu uma estratégia unificada para
tornar o Linux um concorrente real do Windows no desktop.

Para piorar, algumas distros tentam se parecer com o Windows para atrair o usuário e "diminuir o
impacto" no uso de um novo sistema operacional, embora o problema fundamental do Linux não
seja resolvido: o usuário comum não precisa do Linux para absolutamente nada.

O fracasso do Linux não é uma questão técnica, mas sim mercadológica. Quando o Linux entrou
no nicho de desktop, haviam três desvantagens que ele nunca superou:

1. Já havia uma ou mais empresas dominando largamente o mercado: Microsoft


2. A imensa maioria dos usuários estava satisfeito com a solução existente no mercado (Windows)
3. Os desenvolvedores de Windows não se interessaram em migrar ou criar soluções para o Linux

O resultado não poderia ser outro: fracasso total.

Curiosamente isso também aconteceu com a Microsoft quando ela entrou no nicho de
dispositivos móveis com o Windows Phone:

1. Já havia uma ou mais empresas dominando largamente o mercado: Google e Apple


2. A imensa maioria dos usuários estava satisfeito com a solução existente no mercado (Android e
iOS)
3. Os desenvolvedores de Windows não se interessaram em migrar ou criar soluções para o
Windows Phone

O resultado não poderia ser outro.

Note que a grande diferença entre o Linux e a Microsoft é


que enquanto as distros Linux continuam lançando novas
versões "mais do mesmo" sem nenhuma mudança de
estratégia, a Microsoft resolveu "recomeçar do zero" nesse
nicho ao dar fim aos seus smartphone e ao Windows
Phone, se focando no Windows 10 que funcionará com
processadores ARM (utilizados em smartphones) além de
criar uma opção simples converter apps iOS para
Windows.

Embora o foco da Microsoft tenha mudado radicalmente nos últimos anos por causa da visão que
o CEO Satya Nadella tem sobre o futuro da empresa (nuvem e Inteligência Artificial ao invés de
Windows e mercado móvel), ela também implementou uma curiosa estratégia para ajudar
desenvolvedores Linux a continuar utilizando Windows ao incluir uma distro Linux dentro do
próprio Windows: WSL (Windows Subsystem for Linux).

Isso tudo permite concluir que o fracasso do Linux no desktop é bastante simples de ser
compreendido. Esse fracasso não mudará se a estratégia das distros continuar a mesma - e é
exatamente isso que continua ocorrendo: o mundo Linux continua sem NENHUMA estratégia que
torne justificável para o usuário comum de Windows migrar para ele.

Pirataria do Windows
A alta pirataria do Windows teoricamente poderia
beneficiar a migração para um sistema operacional
gratuito, mas isso não aconteceu por três motivos:

Usuários de Windows preferem usar uma cópia


pirata desse sistema operacional ao invés de usar
Linux, pois eles precisam usar um sistema
operacional que seja uma SOLUÇÃO para eles,
conforme eu detalhei acima.

Windows é muito resiliente e eficiente: uma


versão antiga dele pode ser utilizada por muitos anos sem necessidade de atualizar para uma
versão mais recente, tornando a pirataria desnecessária. O Windows XP de 2001 e o Windows 7 de
2009, que ainda são muito utilizados, comprovam isso.

Desde 2015 o Windows 10 continua sendo totalmente gratuito para usuários de Windows 7 e
Windows 8.x, colocando o "último prego no caixão" do argumento sobre pirataria.

Alguns alegam que "Windows é caro para as empresas", quando uma conta básica de
matemática levando em conta o fator humano contraria isso de maneira simples: se uma empresa
precisa comprar licenças do Windows (algo desnecessário pois ele vem pré-instalado nos
computadores e notebooks), ela gastará cerca de R$ 500 por computador, ou seja, 10 licenças
custam cerca de R$ 5 mil, sendo que elas serão utilizadas por muitos anos.

Enquanto isso, a "Dona Maria do cafezinho" (copeira) ou a "Dona Maria da limpeza" (auxiliar de
limpeza) que ganha mil reais por mês custa para a empresa cerca de R$ 28 mil por ano (com
impostos & afins).

A conclusão óbvia é que o custo do Windows para uma empresa é irrisório diante de todos os
custos fixos dela.

Além disso, eu me divirto quando leio alguém alegar que "a Microsoft não impede a pirataria do
Windows para evitar que os usuários migrem para Linux" ou "se todos usuários domésticos
migrassem para o Linux, a Microsoft teria um prejuízo imenso", pois esses argumentos são
resultado de um raciocínio bastante primitivo sobre esse tema:

A Microsoft deixa de faturar vários BILHÕES de dólares todos os anos por causa da pirataria
(principalmente corporativa), e ela tenta evitar isso com as chaves de ativação, algumas proteções
internas e updates, mas na prática é impossível impedir a pirataria.
Até hoje NENHUM software conseguiu impedir a pirataria - e sinceramente duvido que algum
consiga. Qualquer empresa que crie uma solução antipirataria perfeita ou inviolável -
principalmente para o mercado de games - ficará bilionária licenciando-a.

Há poucos anos a Denuvo desenvolveu uma solução bastante eficiente e criativa para proteção de
games (que verdade protege a proteção DRM dos games), mas em pouco tempo ela também foi
burlada.

Analisando racionalmente: se a Microsoft não se


preocupasse com pirataria ou se ela fosse conivente
com esse crime, isso causaria sérios problemas de
credibilidade com seus acionistas, pois eles deixariam
de investir em uma empresa irresponsável que aceita
deixar de faturar bilhões sem ter nada em troca.

Isso também criaria sérios problemas com seus


principais clientes pois eles deixariam de investir em licenças originais, causando graves prejuízos
financeiros.

A pirataria do Windows diminuirá no futuro por causa da ativação do Windows 10 atrelada


ao hardware: assim que o Windows 10 é ativado em um computador, você pode reinstalá-lo
quantas vezes quiser, pois a Microsoft sabe que esse hardware já teve Windows 10 original nele.
Além disso, é possível atrelar uma conta Microsoft (@hotmail ou @outlook), ativando o Windows
automaticamente quando você fizer login nessa conta. Eu detalho isso aqui.

Você sabia que de cada MIL cópias vendidas do Windows, apenas QUATRO são adquiridas
por usuários domésticos? Nada menos que 99,6% das vendas de licenças do Windows são
realizadas para o mercado corporativo e fabricantes de computadores (OEM), e não para o usuário
final. Realisticamente o Windows se vende sozinho sem necessidade de marketing ou
convencimento do comprador e não faz o menor sentido alegar que a Microsoft esteja
preocupada com a eventual "migração" do Windows para o Linux pelos usuários domésticos.

Usuários domésticos não migram para Linux porque eles não querem e nem precisam do
Linux, pois o Windows oferece tudo que eles precisam. Simples assim.

Se você tem interesse REAL em detalhes sobre o fracasso do Linux no


desktop, eu sugiro ler este longo artigo que foi criado por um
desenvolvedor especializado em Linux detalhando dezenas de
problemas e limitações do Linux no desktop. Ele foi originalmente
escrito em 2015 e tem sido atualizado continuamente. Dica: leia também
as centenas de comentários (muitos deles de outros profissionais de
Linux e desenvolvedores) pois muitos deles são excelentes.
Usabilidade e compatibilidade
Por muitos anos os linuxers repetem os mesmos argumentos sobre usuários Windows que não
querem migrar para Linux: eles são preguiçosos, são "limitados", não querem "aprender algo
novo", não têm "mente aberta", não querem "ser livres" e outros termos similares.

O que muitos linuxers não compreendem é que os usuários de computador já encontraram um


sistema operacional que é a SOLUÇÃO IDEAL para eles - e ele chama-se Windows. Esse sistema
operacional permite a instalação de todos os programas que o usuário gosta, precisa e quer usar,
ele também permite a instalação de qualquer hardware ou periférico do mercado, além de ser
simples de configurar e utilizar.

No MUNDO REAL o usuário de Windows não precisa do Linux para absolutamente nada, e por
isso ele não tem interesse algum nele. Simples assim.

Ninguém em sã consciência troca algo que funciona


perfeitamente (embora não seja perfeito) por um produto
concorrente que oferece muito menos opções de
programas, que exige uma adaptação para ele "aprender
algo novo", e que tem seus próprios problemas e limitações.

Quem aceita isso faz unicamente por ideologia - e não por


necessidade - e por isso linuxers perdem tempo ao tentar catequizar usuários de Windows.

A realidade é que a imensa maioria dos


usuários de Windows não têm nenhuma
vontade de desperdiçar horas instalando,
configurando e aprendendo a usar um
novo sistema operacional: eles querem
ligar o computador de manhã, usar os
programas que precisam, e desligar o
computador no final do dia.

Na prática poucos usuários têm interesse


ou tempo para aprender qualquer
"novidade" que não o ajude a trabalhar melhor ou mais rápido, pois para eles o Windows e suas
aplicações são apenas FERRAMENTAS do dia-a-dia - e não produtos para serem endeusados ou
defendidos pela sua ideologia.

Se a mudança do menu do Office na década passada ou a eliminação do botão Iniciar no Windows


8 há alguns anos foram mudanças que geraram fortes críticas dos usuários, imagine se eles
mudassem de sistema operacional! Empresas querem que seus funcionários trabalhem de maneira
simples, rápida e eficiente no dia-a-dia - e o Windows é imbatível nisso.
Para piorar, nem os gamers escapam da catequese dos linuxers - mesmo sabendo que quase
nenhum gamer tem interesse em usá-lo: a Steam reúne mais de 120 milhões de gamers, e
a quantidade de usuários de Linux desse nicho é desprezível (menos de 1%).
Até mesmo o macOS, um sistema operacional que não tem nenhum atrativo para gamers, além de
rodar apenas no caríssimo hardware da Apple, tem o triplo de usuários em comparação com
Linux.

Embora novas tecnologias e soluções continuam sendo desenvolvidas para aprimorar o


desempenho e qualidade dos jogos no Linux (Vulkan, Proton, etc), elas podem demorar vários
anos até estarem maduras e estáveis. Enquanto usuários de Linux esperam, usuários de Windows
jogam.

Em 2006 o governo brasileiro


criou o "Computador para
Todos", um programa para
facilitar a compra de
computadores pelas classes C e
D que obrigou o uso de
software livre nele.

O resultado de "enfiar goela


abaixo" o Linux para "promover
a inclusão digital" sem levar em
consideração a sua usabilidade foi instantâneo: em menos de um mês, 73% dos compradores
trocaram o Linux pelo Windows, incentivando a pirataria.

Nos últimos anos eu prestei consultoria em várias empresas que decidiram cortar custos testando
Linux e OpenOffice/LibreOffice em alguns computadores, e o resultado delas foi o mesmo: em
poucas semanas elas voltaram ao Windows e Office. O motivo foi o mesmo: usabilidade dos
aplicativos, pois usando Linux elas foram obrigadas a substituir os programas que elas sempre
usaram no Windows por outros "similares".

O resultado isso foram dezenas de horas


perdidas corrigindo ou adaptando arquivos
prontos para eles ficarem iguais no "programa
similar" do Linux - algo que também acontecia
quando esses arquivos eram enviados para
clientes, fornecedores ou quando o
funcionário salva o arquivo na nuvem para
continuar a trabalhar nele de outro
computador.

Quando uma empresa de advocacia utilizava um estagiário apenas para "verificar se os


documentos estavam corretos", isso mostrou o alto custo da falta de usabilidade/compatibilidade,
inviabilizando o uso desses "programas similares".

Entre os exemplos estão o Word, Excel, PowerPoint, AutoCAD, Vectorworks, Photoshop, iTunes,
entre outros.
No Brasil a Caixa Econômica Federal era considerado um dos grandes exemplos de uso do Linux e
Software Livre, mas em 2012 ela publicou uma nota informando que "os resultados não foram
satisfatórios" e ela optou por voltar a utilizar Windows e Office.

Em 2003 a cidade de Munique, na Alemanha, decidiu migrar 14 mil computadores do governo de


Windows (NT 4 naquela época) para Linux, visando reduzir custos de licenças do Windows ao
mesmo tempo que diminuiria a "dependência" da Microsoft, sendo que cerca de 3 mil
computadores continuaram com Windows.

O resultado não poderia ser diferente:


a incompatibilidade de arquivos entre os
programas utilizados (pois enquanto Munique
usava LibreOffice, as demais cidades e o governo
alemão usavam Word e Excel) e altos
custos inerentes a qualquer migração em alta
escala selaram o sucesso da migração.

Esse projeto teve várias dificuldades


técnicas, demorou muitos anos para iniciar, e em 2013 uma empresa de consultoria terceirizada já
havia relatado a insatisfação dos usuários pelo uso de software "ruim" que não era confiável e que
também tinha problemas de usabilidade. E em 2014 essa questão do alto custo já era
preocupante.

Some a isso o fato do software disponível para o setor público alemão existir somente em
Windows, e o resultado não poderia ser outro: em 2017 Munique decidiu que os 20 mil
computadores seriam migrados para Windows 10 e Office.

A conclusão é que o custo da migração de um


sistema operacional para outro (qualquer que seja
ele) pode ser muito alto por exigir investimento em
suporte, treinamento, migração de aplicações, banco
de dados, etc, que muitas vezes essa migração torna-
se proibitiva ao se levar em conta apenas o custo das
licenças.

Por fim, alguns linuxers citam vários problemas e


bugs causados pelas atualizações do Windows, que
é algo real, mas que não é exclusividade do Windows.

Atualizações problemáticas ocorrem em diversos programas e sistemas operacionais -


incluindo Ubuntu, macOS e outros, - sendo que em 2017 uma atualização do Linux fazia com que
notebooks com esse sistema operacional não bootassem mais, acontecendo o mesmo com
o macOS. Na prática jamais existirá um sistema operacional sem bugs.
A seguir você tem uma divertida lista de argumentos fantasiosos que linuxers utilizam há anos
para defender o Linux e/ou criticar o Windows
Linux NÃO É mais seguro do que Windows
A realidade é simples: não existe nenhum sistema operacional 100% seguro e nunca existirá: nem
Windows, nem Linux, nem macOS, nem UNIX, nem qualquer outro. Quem argumenta que um
sistema operacional é mais seguro do que outro (como Linux x Windows) erra ao fazer isso por
ignorar algumas informações básicas:

Windows é inseguro? Não é bem assim...


Quando algum linuxer alega que "Linux é mais seguro do que Windows", ele está apenas
repetindo (sem questionar) um conceito antigo e ultrapassado das décadas passadas, quando
Windows NT, Windows XP, Windows 2000 ou Windows 2003 eram as versões mais novas do
Windows - e essas versões realmente deixavam a desejar em relação a segurança.

Aquela época primitiva da segurança online mostrou para a Microsoft que ela precisava melhorar
MUITO a segurança do Windows - principalmente depois do Melissa (1999), ILOVEYOU (2000),
Code Red, Nimda e Klez (2001), SQL Slammer (2003), Sasser e MyDoom (2004) e Conficker (2008).

Como 2001 foi um péssimo ano em relação a segurança digital do Windows, no início de 2002 Bill
Gates criou o Trustworthy Computing (TwC), uma iniciativa para aumentar a segurança dos
produtos criados pela Microsoft. Essa decisão foi tão importante que a Microsoft pausou por dois
meses o desenvolvimento de todos os softwares (incluindo o Windows Server 2003) para os
engenheiros e programadores se focarem exclusivamente na segurança deles.

Desde então a Microsoft implementou dezenas


de funcionalidades relacionadas à segurança
digital no Windows, além de lançar correções
mensais que tornaram o Windows cada vez mais
seguro - e o Windows 10 lançado em 2015
comprova o ótimo resultado disso.

O único malware que causou sérios problemas


nos últimos anos, o ransomware WannaCry, não
causou nenhum dano ao Windows 10 - inclusive
a vulnerabilidade que ele se aproveitava já havia
sido corrigida e disponibilizada meses antes para todos os Windows a partir do Windows Vista
(lançado em 2006) - e o resultado é que somente usuários de Windows XP e usuários que estavam
com o Windows desatualizado foram infectados.

Infelizmente quando linuxers pensam sobre a segurança digital, eles acham que Windows 10 é o
Windows XP - e por isso eles postam tantas informações incorretas sobre esse assunto.

Para piorar, eles consideram que a segurança do Windows está restrita à instalação
default (instalação padrão do sistema operacional) utilizada por centenas de milhões de usuários,
sem saber que o Windows pode ser configurado para ser muito mais restrito e seguro - embora
poucos fazem isso.
O resultado é que qualquer problema de segurança que não causaria nenhum problema em um
Windows corretamente configurado causa sérios problemas no Windows com instalação "default".

Quem REALMENTE entende a fundo sobre Windows e Segurança Digital


sabe como configurar o Windows para deixá-lo muito mais seguro
("hardening Windows"), e por isso grandes empresas e corporações
raramente têm problemas graves de segurança nas suas estações
Windows, uma vez que ali estão profissionais QUALIFICADOS para evitar
que isso aconteça.

Some a isso o fato do Windows ser muito mais visado em ataques


digitais por ele liderar o nicho de desktop (algo que também acontece
com o Android no mundo dos smartphones), além do total descaso e
desinteresse dos usuários comuns sobre segurança digital, e o resultado não poderia ser outro: a
clara percepção que o Windows parece ser inseguro.

Lamentavelmente os internautas "aprendem" a tornar o Windows inseguro ao assistir vídeos de


youtubers que são meros "ténicos de informática" sem NENHUMA qualificação, aonde eles
sugerem desabilitar o Windows Update - algo pavorosamente errado, pois ele atualiza o sistema
operacional tornando-o mais seguro. Para piorar, eles incentivam o uso de programas inúteis ou
dispensáveis que podem causar problemas, cuja instalação seria bloqueada pelo antivírus.

Além disso, os internautas ignoram regras básicas de segurança digital que valem para qualquer
sistema operacional (evitar clicar em links suspeitos, por exemplo) - e quanto o usuário sofre
algum problema com isso, o culpado é sempre o Windows por ser "inseguro".

Pensando de maneira racional:

Todas as empresas Fortune 100 utilizam Windows - incluindo a Apple, pois sem Windows ela
jamais poderia desenvolver e testar as versões do QuickTime e iTunes para esse sistema
operacional. Além disso a Apple também não poderia produzir seus computadores, pois os
equipamentos que produzem eles funcionam sob Windows 7.

85% das empresas Fortune 500 utilizam Azure (plataforma na nuvem que utiliza mais de 100
datacenters e milhões de servidores com hosts rodando Windows)

Praticamente todos os bancos do planeta utilizam Windows

Órgãos governamentais de todos os países utilizam Windows - incluindo a China, que tem
uma edição do Windows 10 específica para eles

A conclusão disso tudo é que profissionais de TI altamente qualificados de corporações do


mundo todos já concluíram que Windows tem estabilidade e segurança para ser utilizado em
larga escala, e alegar indiscriminadamente que "Windows é menos seguro que Linux" denota
apenas uma crença cega ou falta de informação.
E mais: todas essas corporações e bancos sempre tiveram capacidade técnica e verba para
substituir Windows por Linux, principalmente por questão de segurança, mas elas nunca
fizeram. Por que será?

Linux é seguro? Não é bem assim...


Conforme eu escrevi acima, quando algum linuxer alega que "Linux é mais seguro do que
Windows", ele está apenas repetindo sem questionar um conceito antigo e ultrapassado das
décadas passadas.

Eu não os culpo por isso pois eu sei que eles aprenderam em sites pró-Linux e pró-Software Livre
recheados de "ativistas de teclado", que são aqueles internautas que defendem suas ideologias e
crenças na internet sem saber que no mundo real a realidade é totalmente diferente.

O fato mais importante é que existe uma IMENSA DIFERENÇA entre o Linux enaltecido dos sites,
blogs e fóruns focados nesse sistema operacional, e o Linux verdadeiro usado no MUNDO
REAL longe do propagandismo, marketing e ideologias - e é aí que os argumentos sobre a
"segurança" do Linux caem por terra.

Alguns exemplos interessantes:

Enquanto muitos defendem que Linux é seguro, no mundo


real centenas de sites sob Linux são hackeados
diariamente pois não existe nenhum sistema operacional
100% seguro e nunca existirá: nem Windows, nem Linux,
nem macOS, nem UNIX, nem qualquer outro.

O pior é que defensores do Linux e Software Livre repetem


há décadas que "Linux é seguro", dando a falsa impressão
que basta instalá-lo e você nunca terá problemas de
segurança. Mas existe uma IMENSA diferença entre o que
esses defensores alegam e o que acontece no mundo real,
longe dos sites, blogs e fóruns.

É justamente essa crença absurda de "Linux seguro" que fez o kernel.org (principal site que
distribui o código-fonte do kernel do Linux e que é gerenciado pela própria Linux Foundation)
ser miseravelmente hackeado em 2011, aonde o principal administrador, John Hawley
(Warthog9) informou no pastebin que um trojan foi encontrado em dois servidores, e três outros
também poderiam estar infectados.

O pior nem foi o fato do hacker ter instalado ali o rootkit Phalanx, além do trojan Ebury (que
infecta servidores Linux, FreeBSD e Solaris) em vários outros servidores da mesma rede, mas sim
que durante 17 dias ninguém percebeu *absolutamente nada* ali e o site linux.org ficou fora do
ar por mais de um mês por causa disso!
Para completar essa destruição, algumas semanas após esse problema o
próprio site da Linux Foundation e Linux.com foram invadidos, aonde a
Linux Foundation informou que "provavelmente" isso tenha sido reflexo
da invasão do kernel.org, informando os usuários para alterar suas
senhas e chaves de criptografia pois elas foram comprometidas.

Até hoje muitos criticam a Linux Foundation por não ser transparente,
pois até hoje ela não detalhou o que realmente aconteceu com seus
servidores(!).

Isso tudo não é exatamente o melhor "cartão de visita" para quem


defende a segurança do Linux.

O mais curioso é que nada disso teria acontecido se os servidores do kernel.org utilizassem um
bom antivírus, pois além do código-fonte do rootkit Phalanx ter sido disponibilizado na web em
2005, em 2008 ele já estava infectando servidores Linux e há muito tempo ele já era detectado por
antivírus para Linux - mas certamente os administradores achavam que apenas Windows precisa
de antivírus pois "Linux é seguro".

Nada melhor que um banho de realidade do mundo real!

Por fim, o próprio site da Linux Mint foi invadido e os arquivos ISO dessa distro foram substituídos
por outros que continham o malware Tsunami. Isso por si só levantou a importante questão
da dificuldade de se manter uma distro Linux como hobby.

Além disso, os servidores da RedHat foram hackeados e arquivos do Red Hat Enterprise Linux
foram alterados, e também os servidores da Debian foram hackeados.

Isso tudo mostra que NO MUNDO REAL o Linux está muito longe de ser seguro ou imune a
hackers ou malwares.

No Linux Security Summit de 2016 os próprios mantenedores do kernel do Linux criticaram a


falta de foco em segurança no mundo atual da Internet das Coisas (IoT).

Nesse evento, o engenheiro de segurança do Google e o principal responsável pelo projeto de


proteção do próprio kernel do Linux, Kees Cook, comentou que um bug de kernel do Linux leva
em média TRÊS ANOS para ser corrigido, além de citar problemas de segurança em driver e
também o risco de vida que ativistas e dissidentes correm ao serem monitorados através da
exploração de vulnerabilidades descobertas por hackers contratados por governos.

Além disso, como qualquer outro sistema operacional, o Linux também tem guias mostrando
como deixá-lo mais seguro ("hardening"), pois qualquer profissional de TI competente imune a
ideologias baratas sabe que todos os sistemas operacionais são vulneráveis - e quanto mais
proteção ele tiver, melhor.

Código aberto é mais seguro? Não é bem assim...


Enquanto muitos acreditam que "código aberto é mais seguro" por permitir a sua revisão por
qualquer programador competente, no mundo real isso é mito, pois eles contêm muitas falhas e
são vulneráveis como qualquer software de código fechado.

Entre os melhores exemplos estão:

ShellShock, um bug que esteve no Bash por 20 anos e permitia execução remota de código

Heartbleed, uma grave vulnerabilidade no


OpenSSL que esteva ali por 3 anos cujo problema
foi tão grave que colocou em dúvida justamente a
segurança do código aberto por ele não ser revisado
pela comunidade.

Drown, vulnerabilidade no HTTPS

Lucky13, ataque que quebra o algoritmo usado pelo OpenSSL e TLS

BEAST, outro ataque ao OpenSSL e TLS

POODLE, ataque aproveita uma vulnerabilidade no SSL 3.0

GHOST, vulnerabilidade que existia desde 2000 e permitia acesso remoto a um servidor
Linux bastando enviar um e-mail(!) para isso

Isso sem contar falhas graves no Jenkins, AngularJS, Drupal, Node.js, curl e muitos outros projetos
de código aberto. No final de março de 2019 descobriu-se que todas as versões do
PuTTY (software de código aberto para acesso remoto) tinham vulnerabilidades que
comprometiam a segurança do usuário.

Se você ainda acredita que "código aberto é mais seguro", então eu sugiro você conhecer em
detalhes a WhiteSource, empresa focada em detectar vulnerabilidades em componentes open-
source utilizado por aplicativos. A imagem abaixo mostra o crescimento delas:

Além disso, o fato de um software ser de código aberto não significa que o código foi lido ou
revisado - tanto que o Linux compromete a segurança de milhões de pessoas que utilizam
roteadores D-Link, Netgear, TP-Link, Trendnet e ZyXel por causa de uma falha de driver dele da
década de 90, indicando que aparentemente ninguém revisou esse código por quase 30 anos(!)

O Linux está cheio de bugs antigos como este. Em


2016, por exemplo, foi descoberto um bug de 9
anos no kernel do Linux (Dirty Cow) que permitia
rootar qualquer versão do Android (que utiliza o
kernel do Linux) em menos de 5 segundos,
colocando em risco milhões de usuários.

Em 2017 apareceram os primeiros malwares que se


aproveitaram dessa vulnerabilidade para instalar
um backdoor nos smartphones dos usuários.

Aliás, se você acha que as empresas focadas Software Livre se apoiam mutualmente em prol da
"comunidade" e elas são transparentes em termos de segurança, você deve rever seus conceitos.

Engenheiros do Google analisaram casualmente o código do OpenSSL e após encontrar um


gravíssimo bug ali (Dirty Cow citado acima), a empresa não avisou ninguém por 10 dias até que
seus próprios servidores fossem patcheados.

Somente 14 dias depois a comunidade foi informada dessa vulnerabilidade - e entre as empresas
focadas em Software Livre que não foram avisadas estão Amazon Web Services, Twitter, Yahoo,
Ubuntu, Cisco, Juniper, Pinterest, Tumblr, GoDaddy, Flickr, Netflix, Instagram, Dropbox, GitHub,
Wikipedia, Wordpress, entre muitas outras.

Procure no Google por "old linux kernel bug" e você comprovará que o fato de um software ter
seu código-fonte acessível não significa EM NADA que ele seja seguro: não é à toa que há anos o
kernel do Linux é constantemente o campeão de vulnerabilidades no CVE.

Um detalhe importante é que muitos pensam que existe uma comunidade unida de jovens
desenvolvedores que acreditam e defendem o ideal do software livre e por isso dedicam seu
tempo para melhorar o kernel do Linux, mas no mundo real a realidade é outra: cerca de 80% do
desenvolvimento do kernel do Linux é realizado por programadores pagos por empresas como
Intel, Red Hat, Samsung, Novell, IBM e Google.

Essas empresas não podem depender do trabalho voluntário sem prazos nem resultados
oferecidos pelos demais desenvolvedores - tanto que a participação dos desenvolvedores
voluntários tem caído ano após ano: em 2012 eram 14,6%, em 2013 eram 13,6% e em 2014 é de
11,8%.

A ESET publicou recentemente a lista dos produtos mais vulneráveis de 2018 da CVE, aonde os
sistemas operacionais mais vulneráveis de 2018 são justamente aqueles que utilizam o kernel
do Linux:
1º lugar: Debian Linux
2º lugar: Android (sistema operacional com kernel do Linux)
3º lugar: Ubuntu Linux
4º lugar: Enterprise Linux Server da RedHat
5º lugar: Enterprise Linux Workstation da RedHat
6º lugar: Enterprise Linux Desktop da RedHat
7º lugar: Windows 10

Por fim, uma aplicação com código aberto


pode conter malware sem que ele seja
detectado, como detalhado nesse interessante
artigo que descreve três exemplos de
programas de código aberto que realizavam
ações maliciosas - afinal nem todos internautas
têm capacidade ou interesse de analisar o
código-fonte do programa que ele acabou de
baixar.

Adicione a isso tudo o Chaos (malware que


instala backdoor no Linux), o Dnsmasq (que
tinha vulnerabilidades que permitia acesso remoto a roteadores, Linux, FreeBSD, OpenBSD,
NetBSD e macOS), e até mesmo marca-passos com Linux têm vulnerabilidades que permitem ser
hackeados(!)

Além disso, há tempos foi descoberto um bug simplório no Linux: bastava pressionar a tecla
backspace por 28 vezes para acessar um PC com Linux que esteja protegido por senha ou
qualquer outro método de autenticação(!), comprovando que não existe uma relação direta entre
segurança e software de código aberto.

Até mesmo o mecanismo de segurança SELinux, considerado a melhor o opção para deixar o Linux
seguro, tinha uma vulnerabilidade crítica que podia ser explorada, e em 2019 foi descoberta uma
falha noapt/apt-get que permitia execução de código remoto. Além disso, nos últimos anos
apareceram diversas vulnerabilidades antigas detalhadas aqui, aqui e aqui - e há muitas outras
reportadas publicamente.

O importante é que independentemente disso tudo, existem ÓTIMOS programas desenvolvidos


com código aberto que eu inclusive recomendo seu uso, como o VLC e 7-Zip e outros - mas eles
são recomendados por serem excelentes produtos, pois o fato deles serem código-aberto é
irrelevante.
Algo que poucos sabem: embora o código-fonte do Windows seja fechado, desde
2001 ele está disponível para análise e auditoria por empresas, governos,
estudantes, MVP e outros via o programa Shared Source Initiative. Em
2017 vazaram na web alguns arquivos com o código-fonte do Windows 10
relacionados ao uso de periféricos USB, armazenamento e drivers Wi-Fi.

Linux é imune a malware? Não é bem assim...


Enquanto muitos acreditam que Linux é "imune a vírus", o mundo real mostra que isso está muito
longe da verdade.

Como qualquer sistema operacional, não existe


nada no Linux que impeça que ele seja
infectado por algum malware: a única maneira
de bloquear um malware é utilizar um software
criado especialmente para detectar, eliminar e
remover ameaças digitais, ou seja, um antivírus.

Muitos linuxers acreditam que "Linux não


precisa de antivírus" sem saber que somente
um antivírus teria evitado sérios problemas de
segurança digital (algo que o pessoal do
kernel.org aprendeu "na marra" conforme eu
detalhei acima), sendo que isso é ainda mais
importante considerando que muitas vezes um servidor é invadido através de alguma
vulnerabilidade que não depende do sistema operacional em si: aplicativo, navegador, rede local,
etc.

Além disso, muitas vezes servidores Linux são infectados, mas essa informação está presente
apenas em grupos e fóruns na internet - e a ausência desses casos na mídia ajuda a mascarar esse
problema.

Em relação ao Linux ser imune a malwares, certamente os administradores de rede das empresas
abaixo que sofreram ataques e prejuízos em seus servidores Linux também pensavam isso:

Uma empresa de hospedagem da Coréia do Sul precisou pagar US$ 1 milhão para ter acesso
a 153 servidores Linux que foram hackeados, aonde os arquivos deles foram sequestrados pelo
ransomware Erebus (que na época já era detectado pelos antivírus como RANSOM_ELFEREBUS.A).

A ESET publicou um documento detalhado sobre a Operação Windigo que em outubro de


2013 já tinha infectado mais de 12 mil servidores Linux e 25 mil servidores UNIX com vários
trojans: Ebury, Cdorked, Omnimiki, aonde eles eram utilizados para roubo de dados,
redirecionamento de tráfego e envio de spam.
A Kaspersky e Symantec descobriram o
sofisticado trojan Turla que infectou servidores
Linux por vários anos sem ser detectado -
inclusive uma nova variante recém-descoberta

A Sucuri detalhou o funcionamento de


um rootkit que utiliza o SSHD do Linux A
imensa maioria dos dispositivos IoT utilizam
Linux, e o firmware e aplicativos desses
dispositivos são raramente atualizados ou
monitorados - e o resultado não poderia ser
outro: o aparecimento de malwares que infectam esses dispositivos IoT, transformando-os em
zumbis de uma rede botnet (que eu detalho na aula 38 dos meus cursos de Manutenção de
Windows).

Em 2016 o malware BASHLITE já havia infectado mais de um milhão de dispositivos IoT


rodando Linux, sendo que 95% desses dispositivos são DVR (câmeras com gravação) e câmeras de
segurança, 4% são roteadores e 1% são servidores Linux. Boa parte desses dispositivos estão no
Brasil, Taiwan e Colômbia.

Recentemente a Dr.Web descobriu o Linux.BtcMine.174, um malware para servidores Linux


que minera criptomoedas, além de baixar e executar o trojan Linux.BackDoor.Gates.9 que instala
um backdoor no computador. O Linux.BtcMine,.174 é bastante poderoso pois ele remove arquivos,
esvazia diretórios, rouba senhas e também instala um rootkit.

Outro exemplo é o trojan Mirai.Linux que infectou milhares de câmeras de segurança e


lançou ataques DDoS (negação de serviço, que eu detalho na aula 37 dos meus cursos de
Manutenção de Windows), além de ter infectado 900 mil roteadores da provedora de internet
Deutsche Telekom.

Em 2017 apareceu o Hajime, um malware mais sofisticado do que o Mirai que infectou mais
de 300 mil dispositivos IoT rodando Linux. Esse malware também mostra mensagens aleatórias
como essa:

Estamos em 2019 e recentemente apareceram variantes do Mirai que utilizam 27 diferentes


exploits para infectar dispositivos IoT rodando Linux: de projetores a TVs inteligentes.

Recentemente a Netflix reportou uma vulnerabilidade ("SACK Panic") no kernel do FreeBSD e


Linux que permite travar remotamente servidores Linux, enquanto uma empresa israelense de
segurança descobriu uma falha 0-day no kernel do Linux que permite execução de código remoto
no Linux e também no Android (que utiliza kernel do Linux) e a Trend Micro descobriu malware
que infecta computadores com Linux que instala um rootkit para mineração de moedas virtuais.
Esses são apenas alguns exemplos simples de destroem completamente o argumento que Linux
(ou qualquer outro programade código aberto) seja inerentemente seguro.

Se o Linux fosse imune a malwares, o próprio site Linux.com (mantido pela Linux Foundation)
jamais publicaria um artigo mostrando como verificar se um computador com Linux está
infectado por algum vírus ou malware(!).

Além disso, existem sites focados em Linux e destinados a administradores de redes com artigos
focados nisso, como uma lista com cinco ferramentas para detectar e remover malwares desse
sistema operacional A conclusão disso tudo é que evidentemente no mundo real o Linux NÃO É
imune a malwares.

A maioria dos servidores web NÃO USA Linux


Argumentar que a maioria dos servidores web utilizam Linux é um exemplo clássico do "achismo",
pois tecnicamente não é possível saber com precisão essa informação. Isso acontece por dois
motivos:

Uso de CDN
Muitos sites utilizam CDN (Content Delivery Network) que rodam em servidores com sistemas
operacionais diferentes dos servidores reais do site, dando a falsa impressão que um site roda sob
Linux quando na verdade ele está rodando sob Windows. Dois exemplos simples:

O próprio site da Microsoft está hospedado em


uma máquina virtual Hyper-V rodando sob
Windows Server 2019 no Azure, mas se você
pesquisar qual é o sistema operacional utilizado
nesse site, a resposta não será Windows Server,
mas... Linux.

Isso acontece, pois a Microsoft (entre dezenas


de outras corporações como Facebook, Apple,
IBM, Adobe, Fox, Ubisoft e muitas outras), utiliza
o serviço de CDN (cache) da Akamai, que tem
milhares de servidores Linux espalhados no
mundo todo com uma cópia das páginas do
site www.microsoft.com.

Quando um internauta acessa


www.microsoft.com, na prática ele está
acessando um site-espelho da Microsoft existente no servidor da Akamai que está localizado
próximo ao provedor de internet dele, agilizando muito o carregamento do site.

Desta maneira, mesmo que o site da Microsoft esteja rodando sob Windows, sites que mostram
sob qual servidor web um site está rodando erram o resultado, pois eles mostram o sistema
operacional do servidor que está cacheando a página.

Por esse motivo o site www.microsoft.com


aparenta estar rodando sob Linux em um
datacenter em Amsterdam, quando ele está
rodando sob Windows Server 2019 nos
EUA.

O meu site BABOO funciona em uma VM


Hyper-V com Windows Server 2016 cujo
host também é Windows Server 2016, mas
ao utilizar o serviço da CDN da Sucuri, o
servidor utilizado deixa de ser Windows
para ser incorretamente detectado como
Linux:

Como você pode ver, as estatísticas que


mostram uso de servidores web jamais
devem ser levadas a sério.

Milhões de sites em máquinas virtuais e nuvem


Servidores Web rodando sob máquina virtual tornam as estatísticas ainda mais inúteis: se um
servidor Linux hospeda 5.000 micro-sites que tenham uma única página (sites pessoais, por
exemplo), as estatísticas dos servidores web mostram 5.000 "servidores Linux", quando na prática
apenas UM ÚNICO servidor está em funcionamento hospedando 5.000 sites.

Por outro lado, enquanto um site imenso como o site americano do Walmart, por exemplo, exige
centenas de servidores (virtuais ou não) para funcionar corretamente, a contabilização de "servidor
web" dele é a mesma de um micro-site com uma única página descrito no item anterior.

Desta maneira, um único site que utiliza 300 servidores web respondendo por um único
domínio conta como UM servidor web, enquanto um único servidor Linux com 5.000 micro-
sites conta como 5.000 servidores web, invertendo por completo a contabilização de servidores
web.

O resultado disso tudo é que realisticamente as estatísticas relacionadas aos servidores web da
Netcraft não servem para absolutamente nada para comparar servidores web, além da variação
absurda dos resultados mês a mês:
Conclusão: além das estatísticas da Nefcraft não servirem para nada, não existe nenhuma
comprovação real que a maioria dos servidores web rodam Linux.

Um detalhe importante é que muitos linuxers confundem servidores web (que hospedam sites e
serviços) com servidores gerais (responsáveis por serviços e infraestrutura da própria internet),
pois nesse caso praticamente são usados somente servidores UNIX e Linux.

Linux NÃO LIDERA as vendas de servidores


Esse é um dos erros mais comuns cometidos pelos linuxers, pois há quase duas décadas vende-se
muito mais servidores Windows do que servidores com qualquer outro sistema operacional -
incluindo Linux.

A própria Oracle, apoiadora do Linux, disponibiliza um documento da IDC com o total de vendas
de servidores Windows, Linux, Unix e outros entre 2001 e 2014, mostrando claramente que
servidores com Windows sempre venderam muito mais do que servidores com Linux:
Em 2010 o IDC mostrou que Windows Server já tinha 73,9% do mercado enquanto Linux tinha
apenas 21,2%. Até mesmo a RedHat (sinônimo de Linux) mostra em 2018 que o Windows domina
o nicho de servidores:

Na realidade não tem como sabermos com precisão qual sistema operacional domina a venda dos
servidores dos maiores fabricantes (Dell, HP, IBM..), pois eles podem vir pré-instalados com
Windows ou Linux, ou então sem nenhum sistema operacional.

Independentemente disso tudo, o crescimento exponencial da hospedagem em nuvem tornou


as estatísticas de uso de "servidores" Linux ou Windows ainda mais complexas e praticamente
inúteis.
Exemplo básico: o Microsoft Azure (cujo nome
original da plataforma era Windows Azure) é uma
plataforma que utiliza um sistema operacional
baseado no Windows Server e uma versão
customizada do Hyper-V que hospeda milhões de
máquinas virtuais que podem estar
rodando Windows ou Linux e uma infinidade de
aplicativos. que executam diversos com todo tipo
de sistema operacional.

Com isso, um site hospedado no Azure que esteja rodando Linux está fazendo isso em uma
máquina virtual (VM) cujo host está funcionando sob Windows - algo que não é levado em
conta em nenhuma estatística de uso de servidores físicos.

O mesmo acontece com o AWS da Amazon, que utiliza primariamente Linux para hospedar as
máquinas virtuais da sua plataforma - então um site hospedado no AWS que esteja rodando
Windows está fazendo isso em uma máquina virtual (VM) cujo host está funcionando sob Linux -
algo que não é levado em conta em nenhuma estatística de uso de servidores físicos.

Android NÃO É Linux


Muitos linuxers alegam que o Android é um ótimo exemplo do "sucesso" do Linux sem saber que
Android NÃO É Linux.

Android é um sistema operacional "Frankenstein" que utiliza o


kernel do Linux para rodar aplicações Java virtualizadas - tanto
que esse sistema operacional utiliza um kernel modificado do Linux,
incluindo bibliotecas específicas, APIs e ferramentas criadas
especificamente para o Android. Até a biblioteca C do Android é a
Bionic - e não a GNU C.

Para executar uma app do Android, o sistema operacional precisa


carregar bibliotecas específicas, runtime e outros arquivos específicos para o Android. Se Android
fosse Linux, aplicações para Linux rodariam no Android e vice-versa - mas isso não acontece.

Essa questão é evidente ao saber que desde 2012 a Oracle está processando o Google pelo uso
indevido das APIs do Java no Android, sendo que esse caso é tão emblemático que ambas as
empresas alegam que têm razão e em Fev/2019 o caso chegou à Suprema Corte dos EUA. Um
detalhe interessante é que grandes empresas de TI como Microsoft, Red Hat, Mozilla e
outras apoiam o Google nessa questão.

Por fim, alegar erroneamente que "Android é Linux" nem deveria ser algo vantajoso, pois ele é um
dos sistemas operacionais mais vulneráveis, com o agravante de depender do Google para sua
melhoria - e o que acontece quando o Google se recusa a corrigir uma falha que afeta 60% dos
smartphones com esse sistema operacional ou quando o "reset de fábrica" não impede que os
dados apagados sejam recuperados?

A NASA NÃO abandonou o Windows


Muitos linuxers alegam que a NASA abandonou o Windows, mas não há nada mais fictício do
que isso.

Durante a época do programa do Ônibus Espacial, que durou


até 2015, uma empresa formada pela Boeing e Lockheed Martin
chamada United Space Alliance tinha um contrato com a NASA
para gerenciar diversas funções relacionadas à Estação Espacial
Internacional (ISS) - e entre essas funções estava
o gerenciamento dos notebooks com Windows XP(!) que ainda
eram usados na ISS.

Em maio de 2013 essa empresa informou o Windows XP foi


substituído pelo Debian 6, uma distro Linux, pois eles precisavam ter mais "estabilidade e
confiabilidade" - e obviamente essa notícia causou alvoroço no mundo open-source.

Mas isso tudo durou pouco: dia 20/Set/2014 a United Space Alliance deixou de existir (pois o
programa do Ônibus Espacial acabaria no ano seguinte) e a realidade mostra que tanto a NASA
quanto a ISS nunca deixaram de usar Windows.

No mundo real, longe das discussões ideológicas, A NASA continua usando Windows, além de
Linux, macOS, UNIX e vários outros sistemas operacionais (incluindo COBOL e Fortran) - tanto aqui
no planeta Terra quanto na ISS.

E as melhores provas disso são vídeos da própria NASA mostrando isso. Alguns exemplos:

(clique nas imagens para assistir os vídeos)


1. em Julho/2013, dois meses depois da "substituição do Windows XP por Linux" na ISS, é possível
reconhecer ao descanso de tela do Windows XP no vídeo abaixo:

2. Assista esse sensacional passeio filmado em 4K na ISS em Outubro/2016 e você verá vários
notebooks rodando Windows ali:
3. Em Março/17 esse vídeo sobre uma engenheira de vôo da NASA mostra computadores com
Windows 7:

4. Este vídeo de Março/17 mostra diversos notebooks com Windows na ISS:


Aliás, esse vídeo de Maio/16 mostra que não é só Windows que está na ISS: um iPad também está
lá:

Se você quer mais vídeos do Windows em uso na NASA e ISS, assista vários vídeos do canal da
NASA no YouTube.

Aliás, adivinhe o sistema operacional que a NASA utilizou ao transmitir o recente vídeo da cápsula
Crew Dragon da SpaceX se conectando à Estação Espacial Internacional no dia 3 de Março/2019?

Conclusão: evidentemente a NASA não abandonou Windows, pois ele continua em uso tanto na
própria NASA quanto na ISS.
Mitos e lendas utilizados por defensores do Linux
Infelizmente a imensa maioria dos linuxers nunca estudou muito a fundo a questão Linux x
Windows, "aprendendo" sua ideologia com outros linuxers e youtubers que igualmente não
estudaram e que também acreditam em crenças e informações incorretas quando o assunto é
Linux x Windows.

Da mesma maneira que eu culpo os jornalistas e youtubers sem nenhuma qualificação em


Windows por repetirem à exaustão sugestões e dicas absurdamente erradas sobre Windows (de
"desabilitar o pagefile" a "desabilitar a hibernação para o Windows ficar mais rápido"), fazendo com
que a geração atual de internautas acreditem nesses erros grotescos, isso também acontece no
mundo Linux.

Abaixo estão algumas inverdades e o motivo delas obviamente estarem erradas:

A Microsoft escolheu Linux para fazer o Azure


O Azure utiliza uma versão modificada do Windows e Hyper-V para rodar as milhões de máquinas
virtuais nos seus mais de 100 data centers - então quando algum cliente está usando Linux no
Azure, na prática esse Linux está sendo executado em uma máquina virtual Hyper-V sob Windows.

Linux não pega (sic) vírus


Sim, ele "pega" vírus como qualquer outro sistema operacional e eu detalhei diversos exemplos
acima. Contra fatos não há argumentos.

Eu uso Linux pois o Windows "rouba dados"


Windows não "rouba dados" e eu abordo isso em detalhes nos artigos sobre Privacidade no
Windows 10 e Telemetria no Windows 10. Tome muito cuidado ao acessar artigos e vídeos de
autores que não entendem nada de Windows mas teimam em abordar alguma funcionalidade
desse sistema operacional: o resultado é a publicação de diversas informações incorretas e
conclusões erradas baseadas nelas que apenas comprova a evidente falta de conhecimento deles
nesse assunto.

Quanto a Micro$oft (sic) está pagando para defender o Windows?


Eu sou um especialista independente em Windows e por isso eu tenho extrema facilidade em
provar que ele está muito longe de ser ruim ou inseguro como os linuxers acreditam. A Microsoft
não paga um único centavo para mim, da mesma maneira que a Apple não paga nada para um
profissional de macOS e a Linux Foundation não paga nada para um profissional de Linux
escreverem sobre o que sabem. Além disso, eu não trabalho e nunca trabalhei na Microsoft.

A maioria dos governos usam Linux


Não mesmo: o mundo real a quase totalidade dos governos e agências governamentais utilizam
Windows há décadas - tanto que a Microsoft tem uma área focada exclusivamente neles. Dos
servidores da Receita Federal ao FBI, passando pelo governo do Reino Unido e demais países,
todos eles usam Windows - inclusive o governo americano utilizará o Azure Government Cloud e
até mesmo o fechadíssimo governo chinês usa Windows 10.

Linux não precisa ficar formatando toda hora como o Windows


Quem "formata toda hora" o Windows apenas mostra que não entende nada sobre esse sistema
operacional - incluindo milhares de "ténicos" (sic) que existem por aí que fazem isso sem nenhuma
necessidade.

Infelizmente há muitos anos as pessoas se acostumaram a "formatar" o Windows por ser a


maneira mais fácil e rápida de "recomeçar do zero" depois de entupirem o sistema operacional
com programas inúteis.

Não existe NENHUM motivo para o Windows ser reinstalado (seja por questão de desempenho
ou segurança) - ou tenha certeza que corporações com dezenas de milhares de computadores
seriam as primeiras a reclamar disso.

Na prática quem "formata" o Windows a todo instante faz isso por estar com algum problema
no computador e não ter capacidade para detectá-lo e resolvê-lo - e por isso ele acha que a
culpa é do Windows e ele precisa ser reinstalado. Meus cursos ensinam essas pessoas, evitando
que isso aconteça.

Linux tem código aberto e qualquer um pode analisá-lo e revisá-lo


O fato do Linux ter o código aberto não significa que "qualquer um" pode analisá-lo: somente
desenvolvedores competentes podem fazer isso - mas aparentemente nem eles fazem isso, pois
muitas vulnerabilidades críticas são descobertas muitos tempo depois de serem implementadas no
código-fonte do Linux.

Um ótimo exemplo disso foi a GHOST, uma falha que durante 15 anos permitiu acesso remoto a
computadores rodando Linux(!)

As vulnerabilidades no Linux são corrigidas em questão de horas


Conforme eu escrevi anteriormente, os próprios mantenedores do kernel do Linux criticaram a
falta de foco em segurança no mundo atual, pois um bug de kernel do Linux leva em média TRÊS
ANOS para ser corrigido, além de haver problemas de segurança em driver.

Com Linux eu posso criar meu próprio sistema operacional Sim, se você for um
desenvolvedor experiente, você pode - mas quem vai usá-lo?? O mundo está se lixando para
"criação do seu próprio sistema operacional" pois Windows faz tudo que as pessoas querem,
gostam e precisam.

O fato é 99,99% dos internautas não sabem, não querem e não se interessam em desenvolver
nada - e ainda menos criar "seu próprio sistema operacional" por hobby, perdendo tempo e
dinheiro reinventando a roda e criando mais um fracasso.

Com Linux eu não fico "preso no Windows" nem sou "refém da Microsoft" Pelo que me
consta, não existe absolutamente nada nos Termos de Uso do Windows ou na Constituição
brasileira que obrigue você a utilizar o Windows.
Realisticamente ninguém está "preso no Windows" ou "refém da Microsoft", pois qualquer um
pode desinstalar o Windows e utilizar Linux no seu lugar, fazendo o mesmo com os demais
programas da Microsoft.

As pessoas usam Windows ao invés de Linux pois o Windows é uma excelente SOLUÇÃO para elas
- e argumentar que isso é uma imposição é tão absurdo quanto alguém que prefere subir as
escadas de um edifício alegar que não está "preso" ou é "refém" dos elevadores, pois cada pessoa
decide qual é a melhor SOLUÇÃO para ela.

Discutir Linux x Windows é inútil


Estamos em 2019 e não 1998, e qualquer
discussão Linux x Windows é inútil sob o
ponto de vista de qual é o melhor ou mais
seguro.

Se você leu todo conteúdo até aqui


(obrigado por isso!), você aprendeu que
nenhum sistema operacional é 100% seguro
e que servidores Linux das principais distros e
da própria Linux Foundation foram invadidos,
além do Linux ser infectado por malwares como qualquer outro sistema operacional - então
argumentar que "Linux é melhor que Windows" ou que "Linux é seguro" não faz sentido no
mundo real.

Além disso, eu detalhei vários motivos de porquê usuários de Windows não migram para Linux
mesmo que esse sistema operacional seja gratuito.

Sistema operacional seguro é aquele que está atualizado e corretamente configurado para evitar
invasões e malwares - e o melhor sistema operacional é aquele que permite fazer tudo que você quer
e precisa com o melhor custo/benefício possível, independentemente se ele é código-aberto ou não.

Além disso, para o melhor sistema operacional se tornar a melhor SOLUÇÃO para uma empresa, é
preciso levar em conta o workflow (processos de trabalho) existente na empresa: de nada adianta
você implementar um computador com Linux em um ambiente que só tem computadores com
Windows e esperar que todo processo de trabalho funcione sem falhas. Por esse motivo os
exemplos no item Usabilidade e Compatibilidade acima são tão importantes.

Eu acho divertido ler comentários de usuários de Linux que garantem que ele "funciona muito
bem" para ele, esquecendo que a solução adotada em um cenário doméstico não pode ser
comparada com a adoção em cenários muito maiores e mais complexos.

Ao meu ver, o maior problema nas discussões Linux x Windows é que muitos linuxers acreditam
cegamente em uma ideologia imutável (igual a qualquer seguidor religioso) e jamais aceitarão que
o sistema operacional que eles veneram está muito longe de ser tão "superior" ao Windows
quanto eles imaginam - e provas disso é o que não falta, conforme os mais de 120 links de sites
idôneos que eu postei nesse artigo com fatos do mundo real comprovando isso.

Microsoft apoia Linux e Software Livre


O mais importante é que há muitos anos a Microsoft deixou de se focar apenas em seus produtos,
tornando uma empresa com soluções para outras plataformas e incentivando a interoperabilidade.

Curiosamente no passado a Microsoft vendia seu próprio UNIX


(o XENIX), e em 1989 o Word 1.0 tinha versão para MS-DOS e
UNIX.

A interoperabilidade da Microsoft começou "na marra" em


dezembro de 1997, quando ela comprou o Hotmail por US$
450 milhões e iniciou a difícil integração dele com os serviços
existentes da MSN daquela época: enquanto os servidores da
Microsoft utilizavam Windows NT, no front-end o Hotmail
utilizava uma solução híbrida que envolvia FreeBSD rodando
sob UNIX, e no back-end ele usava Sun Solaris rodando sob
SPARC, ou seja, NADA de Microsoft ali

Como uma simples migração de plataformas era impossível, nos anos seguintes o Hotmail se
tornou o primeiro ambiente multiplataforma na Microsoft, aonde eram testadas novidades e
melhorias no próprio Windows (principalmente no IIS, gerenciamento de memória, componentes
de rede, TCP e segurança) para ele trabalhar em conjunto com outros sistemas operacionais.

O resultado disso é que a migração final do Hotmail para Windows Server 2003 e SQL Server
aconteceu em 2004, mas desde então o trabalho focado em interoperabilidade e multiplataforma
não parou.

Em 2006 a Microsoft fechou uma parceria com a Novell (dona da SUSE naquela época) que
envolvia suporte na virtualização do SUSE Linux Enterprise Server, além da integração do Active
Directory com o eDirectory da Novell e aumentar a interoperabilidade entre os formatos OpenXML
(do Office) e OpenDocument (do OpenOffice). Em 2001 essa parceria foi renovada quando a SUSE
já havia sido comprada pelo The Attachmate Group.

Em 2012 a Microsoft já tinha um dos maiores laboratórios de open-source do planeta e o Azure já


suportava nativamente várias distros Linux, sendo que nesse mesmo ano a Microsoft foi uma das
maiores contribuidoras para melhorar o kernel do Linux. Nesse mesmo ano a Microsoft se juntou à
NetApp e Citrix para permitir que o FreeBSD rodasse nativamente no Hyper-V investindo tempo e
dinheiro nisso - tanto que em 2016 a versão
10.3 do FreeBSD continha diversas
melhorias criadas pela Microsoft e ele se
tornou disponível no Azure.

Em 2016 a Microsoft anunciou o SQL Server


para Linux, além de se tornar parte da
própria Linux Foundation, uma organização
sem fins lucrativos que inclui diversas
empresas interessadas no crescimento e na
padronização do software livre.

Em 2018 ela se uniu à OIN (Open Invention Network), um grupo de mais de 2.400 empresas que
concordaram em licenciar gratuitamente suas patentes para o "Sistema Linux", uma coleção de
projetos que inclui o kernel do Linux, diversas ferramentas e utilitários utilizados no Linux e boa
parte do Android. Com isso, ela basicamente "doou" 60 mil patentes que poderão ser utilizadas no
sistema operacional Linux.

A Microsoft disponibilizou recentemente o código-fonte da Calculadora do Windows 10, além de


ter criado o Azure Sphere OS e o Azure Cloud Switch para complementarem os serviços do Azure,
sendo que nos últimos anos ela tem tornado Software Livre vários produtos e tecnologias como o
ASP.NET, .NET Core, TypeScript, PowerShell e muitos outros exemplos citados aqui.

Até mesmo a premiação MVP da Microsoft inclui diversos profissionais altamente qualificados em
plataformas híbridas que criam artigos e vídeos abordando a interoperabilidade Windows / Linux /
UNIX, como por exemplo esse ótimo vídeo do MVP Paulo Sant'anna abordando Servidores Linux
e Unix em ambientes Microsoft:

Como você pode ver, ao contrário de Steve Ballmer (ex-CEO da Microsoft que em 2000 considerou
que o Linux era comunista e em 2001 disse (absurdamente) que Linux era um câncer), há muitos
anos a Microsoft tem se beneficiado e lucrado com o Linux (principalmente sob Azure) - e com
Satya como CEO isso tornou-se ainda mais evidente.

Quando a Microsoft comprou o GitHub por US$ 7,5 bilhões em 2018, Satya disse que "Estamos
todos com o Software Livre" e "A Microsoft é uma empresa de desenvolvimento. Vamos operá-lo
como uma plataforma aberta para qualquer idioma, qualquer estrutura, qualquer plataforma". Isso
apenas comprova que as discussões sobre sistemas operacionais e até mesmo tipos de linguagem
de desenvolvimento estão cada dia mais inúteis e ultrapassadas.

CONCLUSÃO
A conclusão desse artigo é que discutir Linux x Windows é basicamente inútil, e que no mundo
real (longe dessas discussões teóricas e filosóficas) o Linux está longe de ser tão seguro quanto
seus defensores pregam, além da catequese dos linuxers ser inútil por vários motivos que eu citei
anteriormente.

Sobre o Linux no desktop, que é basicamente o foco desse artigo, eu comprovei com facilidade
que o fracasso descomunal do Linux no desktop não é uma questão técnica, mas sim
mercadológica - e isso não vai mudar nos próximos anos. Enquanto linuxers e defensores do
Software Livre alegam que "existem distros que substituem o Windows", eles esquecem que isso é
irrelevante para o usuário final, pois o impedimento do uso delas não muda há décadas: o foco
delas é no sistema operacional ao invés dos programas.

Eu finalizo esse artigo com a frase que eu postei centenas de vezes em diversas discussões
Windows x Linux e também neste artigo:

Enquanto Linux é apenas um sistema operacional, Windows é uma SOLUÇÃO para o usuário de
desktop que pode usar ali tudo que quer, gosta e precisa - e não é à toa que milhões de usuários
continuam preferindo usar Windows XP de 2001 ou Windows 7 de 2009 do que qualquer distro Linux
de 2019

[]s

Aurélio "Baboo"
www.baboo.com.br
MVP Windows 2003-2019
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