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Sistemas de Informação
Material Teórico
Fundamentos de Sistemas de Informação
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira
Fundamentos de Sistemas
de Informação
• Introdução;
• Dado, Informação e Conhecimento;
• Teoria Geral dos Sistemas;
• Conceito de Cibernética;
• Conceito de Informática;
• Sistemas de Informação;
• Tipos de Licenciamento de Software;
• Software Livre;
• Licenciamento de Código Aberto;
• Outros tipos de Licenciamento de Software Proprietário.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Conceituar Sistemas de Informação, Informática, Software, Dado, Informação e Conhecimento.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Fundamentos de Sistemas de Informação
Introdução
Os sistemas de informação podem diferir muito na forma e na aplicação, mas
essencialmente, eles servem a um propósito comum, que é converter dados em
informações significativas, o que, por sua vez, permite que a organização cons-
trua conhecimento.
• Precisa;
• Completa;
• Econômica;
• Flexível;
• Confiável;
• Relevante;
• Simples;
• Pontual;
• Verificável.
São dados que foram interpretados para que tenham significado para o usuário.
A informação arranja os dados de tal forma que um usuário poderá ver seu sentido
de forma explícita, de tal forma que ele se transforma em informação. Portanto, é
algo carregado de significado, ou seja, semântico na sua essência.
Conhecimento: vai além da informação, pois ele, além de ter um significado, tem
uma aplicação:
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É uma combinação de informações, experiências e insights que podem benefi-
ciar o indivíduo ou a organização.
Dá propósito
Matéria bruta, ao dado.
DADO Necessita
INFORMAÇÃO CONHECIMENTO
Permite
propósito experiência,
aprendizagem e
tomada de
decisão
Os limites entre os três termos nem sempre são claros. O que é dado para uma
pessoa é informação para outra pessoa. Para um “trader” que compra e vende ações,
por exemplo, pequenas mudanças no mar de números em uma tela de computador
transmitem mensagens que atuam como informações para a mente preparada, per-
mitindo que ele faça negócios e construa riqueza. Para quase qualquer outra pessoa,
eles não passam de dados brutos. O que importa são os conceitos e sua capacidade
de usar dados para construir informações e conhecimentos significativos.
Você ainda está confuso, bem, vamos para algo mais tangível e direto, então.
Começaremos ao contrário, escreveremos sobre o conhecimento.
Pense nisso como o mapa do mundo que construímos dentro de nossos cére-
bros. Como um mapa físico, nos ajuda a saber onde as coisas estão, todavia, esse
mapa contém mais do que isso. Contém nossas crenças e expectativas. “Se eu
fizer isso, provavelmente vou conseguir aquilo”, ele faz relações de causa e efeito
baseadas na sua vivência e experiência das coisas e do mundo. Crucialmente, o
cérebro liga todas essas coisas em uma rede imensa de ideias, memórias, previsões,
crenças, e muito mais.
É deste “mapa” que baseamos e tomamos nossas decisões, não do mundo real
em si. Nossos cérebros constantemente atualizam este mapa dos sinais que vêm
através de nossos olhos, ouvidos, nariz, boca e pele, ou seja, nossos 5 sentidos.
Computadores não são cérebros artificiais. Eles não entendem o que estão pro-
cessando e não podem tomar decisões independentes com base no que você diz ou
escreve. E por mais que a ficção científica e os filmes e reportagens rocambolescas
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UNIDADE Fundamentos de Sistemas de Informação
preguem, eles ainda não podem. Sim, claro, alguém nesse momento, em algum
lugar ultrassecreto, deve estar trabalhando para que isso aconteça, mas ainda não
ocorreu, talvez nunca ocorra, portanto, vamos aos fatos!
Existem duas fontes que o cérebro usa para construir esse conhecimento: dados
e informações.
Os dados são os fatos do mundo: 40° graus, temperatura, 3, dias, quando postos
dessa forma são apenas símbolos, palavras e nomenclaturas; sem um contexto ou
interpretação, são muito parecidas com aquelas telas de preços de ações nas bolsas
de valores, difíceis de entender e pior ainda, de tomar decisões.
Vamos focar um pouco em informação, pois ela nos permite ir além do alcance
de nossos cinco sentidos. Afinal, nossa espécie mudou o planeta, transformando-o
em um lugar mais aprazível para nos abrigar, apesar das consequências que enfren-
tamos quanto ao meio ambiente, frutos dessa transformação, não é mesmo?!
Aqui está uma analogia simples para você. Vamos tirar uma foto, sim, use seu celular
e tire uma “selfie”. Se você olhar essa foto que acabou de tirar, ela é uma informação!
Você pode mover essa foto ou encaminhar por aí nas redes sociais, portanto,
pode também enviá-la para outras pessoas via e-mail etc.
Se eu for uma das pessoas que a recebeu e repassar para outra, eu não estou
realmente mexendo com você, ou como você é! Eu estou simplesmente permitindo
que outras pessoas que não possam vê-lo diretamente de onde estão, saibam como
você é. Sim, estou falando das características explícitas da foto, portanto, exterio-
res, porque há aspectos implícitos e não passíveis de exploração, sem que você
interaja por outros meios que permitam coleta de dados sobre sua personalidade
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como numa conversa telefônica, ou num encontro pessoal ou numa vídeo confe-
rência, mesmo assim, perderia dados comportamentais importantes quando você é
submetido às situações de seu dia a dia.
Voltando ao exemplo, se eu perder ou destruir a sua foto, isso não muda a sua
aparência, concorda?
Espero que você tenha conseguido compreender esses três importantes concei-
tos que definirão daqui por diante tudo o que fizermos, dissermos e escrevermos
sobre Sistemas de Informação.
Ao entender as diferenças entre eles, você pode entender melhor como tomar me-
lhores decisões com base nos fatos precisos e elaborar sistemas com maior acurácia.
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Conforme o próprio Bertalanffy (1975, p.32):
Assim, ele estava propondo uma nova maneira de fazer ciência, ou seja, sua teo-
ria geral de sistemas vai além dos significados de “teoria” e “ciência”. O GST dele es-
tava se referindo mais a um corpo organizado de conhecimento - qualquer conjunto
de conceitos sistematicamente apresentado, seja empírico, axiomático ou filosófico,
sendo mais do que uma teoria, um novo paradigma para conduzir a investigação,
a exploração científica e teoria de sistemas nas várias ciências e teoria de sistemas
geral como doutrina de princípios que aplicam a todos os sistemas ou subclasses
definidas de sistemas. É necessária uma compreensão não apenas dos elementos,
mas também de suas inter-relações.
O hardware de computadores, automação, maquinário de auto regulação
e o software de novos desenvolvimentos teóricos e disciplinas. A tecnolo-
gia anterior não poderia lidar com a complexidade relacionada aos siste-
mas. Problemas de sistemas são problemas de inter-relação de um grande
número de variáveis. Conceitos envolvidos: (informação, feedback, con-
trole, estabilidade, teoria dos circuitos, entre tantos outros compõem o
cosmo sistêmico e integrado). (BERTALANFFY, 1975, p. 24.)
Todo sistema é delineado por seus limites espaciais e temporais, cercados e in-
fluenciados por seu ambiente, descritos por sua estrutura e propósito ou natureza e
expressos em seu funcionamento.
Em termos de seus efeitos, um sistema pode ser mais do que a soma de suas
partes se expressar sinergia ou comportamento emergente. Alterar uma parte do
sistema, geralmente afeta outras partes e todo o sistema, com padrões previsíveis
de comportamento.
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Conceito de Cibernética
A cibernética foi batizada publicamente com a publicação de Cybernetics, de
Norbert Wiener, por volta de 1948.
A cibernética tem ênfase especial na natureza dinâmica do sistema que está sendo
organizado. O cérebro humano, por exemplo, se qualifica para o estudo cibernético.
Os termos teoria dos sistemas e cibernética têm sido amplamente usados como
sinônimos. Alguns autores usam o termo sistemas cibernéticos para denotar um
subconjunto apropriado da classe de sistemas gerais, ou seja, aqueles sistemas que
incluem ciclos de feedback.
Conceito de Informática
A ciência do processamento de dados para armazenamento e recuperação
de informação.
Informática é o termo usado para designar um grande conjunto de
conhecimentos relativos ao armazenamento, processamento, coleta e
transmissão de informação digital. A palavra informática, no entanto,
deriva do termo alemão “informatika”, criado em 1956 pelo cientista da
computação Karl Steinbuch. O sentido dessa expressão remete à ideia
de processamento da informação. Alguns profissionais da área atribuem
a origem da palavra “informática” à junção de duas palavras: informa-
ção e automática, já que a informática é uma ciência responsável pelo
processamento automático de informação. Os principais objetivos da
informatização e da automatização, nesses casos, assim como acontece
com os caixas eletrônicos, é a agilização dos serviços e a redução de
ocorrências de falhas humanas. (HELERBROCK, 2018)
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Sistemas de Informação
Sistemas de informação pode ser definido como o estudo de redes comple-
mentares de hardware e software que pessoas e organizações usam para cole-
tar, filtrar, processar, criar e distribuir dados. Mas também são combinações de
hardware, software e redes de telecomunicações que as pessoas constroem e
usam para coletar, criar e distribuir dados úteis, geralmente em empresas.
Além disso, podemos colocar os aspectos da própria teoria dos sistemas e dizer
que Sistemas de informação são componentes inter-relacionados, trabalhando juntos
para coletar, processar, armazenar e disseminar informações para apoiar a tomada
de decisão, coordenação, controle, análise e virtualização em uma organização.
SISTEMA
SUBSISTEMA SUBSISTEMA
Dados Informação
S
ENTRADA U SAÍDA
B
S
I
S SUBSISTEMA
T
E
M
A
PROCESSAMENTO
Portanto, ou você parte para um foco nos componentes, ou no papel que esses
componentes desempenham numa empresa.
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Software Básico, Aplicativo e Utilitário
Um software básico é um programa de computador que auxilia outros progra-
mas a atingirem seus objetivos funcionais, por exemplo: BIOS (Basic Input Output
System), Sistema Operacional e Drivers de dispositivo.
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• Zero / Domínio Público (CC0): A CC0 foi criada para aumentar a compati-
bilidade com domínios legais que não têm o conceito de se dedicar ao domínio
público. Isso é conseguido por uma declaração de renúncia de domínio público
e um retorno à licença totalmente permissiva.
• Licença BSD: é uma licença simples que exige apenas que todo o código
retenha o aviso de licença BSD, se redistribuído no formato de código-fonte,
ou reproduza o aviso, se redistribuído em formato binário. A licença BSD não
exige que o código fonte seja distribuído.
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baixá-la automaticamente. Pode ser que você receba uma solicitação por es-
crito e envie fontes. Você não pode escapar da obrigação de disponibilizar seu
próprio código-fonte para os usuários finais.
• Licença Pública Geral GNU: é uma licença de software livre amplamente
utilizada, que garante aos usuários finais a liberdade de executar, estudar,
compartilhar e modificar o software. Concede aos destinatários de um progra-
ma de computador os direitos da Definição de Software Livre. A GPL é uma
licença copyleft, o que significa que o trabalho derivado só pode ser distribuído
sob os mesmos termos de licença.
• Licença Pública IBM: é uma licença de software livre/software de código
aberto escrita e usada pela IBM. É aprovada pela Free Software Foundation -
FSF e descrita como uma licença de código aberto pela Open Source Initiative.
Difere da Licença Pública Geral GNU (GPL), na medida em que coloca a respon-
sabilidade sobre o editor ou distribuidor do código de software licenciado. Isso é
para facilitar o uso comercial de software de código aberto, sem colocar o cola-
borador em risco de responsabilidade.
• MPL - Mozilla Public License: é uma licença copyleft que é fácil de
cumprir. Você pode combinar o software MPL versão 2.0 com um código
proprietário. Se você não modificá-lo, você terá que fornecer apenas um
link para as fontes da biblioteca. Parece muito com uma licença permissiva.
Se você modificá-lo, você terá que fornecer fontes para os arquivos modifi-
cados, não para o projeto inteiro.
Software Livre
Por “software livre” devemos entender aquele software que respeita a
liberdade e senso de comunidade dos usuários. Grosso modo, isso signi-
fica que os usuários possuem a liberdade de executar, copiar, distribuir,
estudar, mudar e melhorar o software. Assim sendo, “software livre” é
uma questão de liberdade, não de preço. Para entender o conceito, pense
em “liberdade de expressão”. Por vezes chamamos de “libre software”
para mostrar que livre não significa grátis, pegando emprestado a palavra
em espanhol para “livre”, para reforçar o entendimento de que não nos
referimos a software como sendo grátis.
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5. Não discriminação contra Pessoas ou Grupos: A licença não deve
discriminar nenhuma pessoa ou grupo de pessoas.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
O que é Sistema de Informação
https://youtu.be/I48f2vYXOTE
Teoria Geral dos Sistemas
https://youtu.be/d_c8xvHtdHo
Informação, Dados e Conhecimento
https://youtu.be/IuKRI06m018
Leitura
Dado, Informação, Conhecimento e Competência
SETZER. V. W. Dado, Informação, Conhecimento e Competência. 2015.
http://bit.ly/2GAGnd4
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Referências
BERTALANFFY, L. V. Teoria Geral dos Sistemas. São Paulo: Vozes, 1975.
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