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a Lógica
Material Teórico
Argumentação Falaciosa
Revisão Textual:
Profa. Ms. Fátima Furlan
Argumentação Falaciosa
• Introdução
• Falácia como Argumento Inválido
• Classificação das Falácias
• Argumentos Falaciosos Formais
• Argumentos Falaciosos não Formais
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Capacitar o aluno a identificar os diferentes tipos de raciocínio
inválido e saber apontar os erros de argumentos falaciosos.
· Identificar nos discursos produzidos e divulgados cotidianamente,
muitas vezes pela grande mídia, os elementos que distinguem
argumentos válidos de argumentos falaciosos.
· Aprender a diferença entre falácias formais e falácias informais.
· Saber organizar o pensamento de modo a evitar o argumento falacioso.
· Compreender que algumas falácias como a generalização apressada
legitimam preconceitos e posturas discriminatórias.
· Fundamentar melhor o uso do discurso e da fala de maneira a
desconstruir a linguagem marcada por argumentos falaciosos.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Argumentação Falaciosa
Contextualização
NÃO APONTE
ESSA FALÁCIA
PARA MIM!!
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Em 2008 houve uma tentativa de certas limitações das propagandas
publicitárias de cervejas. Contrária à dita regulamentação, a Associação
Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP) publicou um anúncio
manifestando sua contrariedade, com o seguinte título e subtítulo:
“Querem proibir a publicidade de cervejas no Brasil. É o mesmo que
proibirem a fabricação de abridores de garrafas no Brasil.” O texto
prossegue dizendo: “Nem a propaganda nem o abridor são a motivação
para irresponsáveis dirigirem embriagados. A propaganda ou o abridor
não são os culpados pela venda criminosa de bebidas alcoólicas a menores.
Abridores e a propaganda não são incentivadores dos covardes que
praticam a violência doméstica [...]”. Não é necessário ler todo o anúncio
para questionarmos certas coisas. Primeiro: será que há semelhanças
significativas entre a propaganda de cerveja e o abridor de garrafa? Será
que proibir a publicidade de cervejas é, de fato, o mesmo que proibir a
fabricação de abridores de garrafas? Os abridores de garrafas causam o
mesmo que a publicidade nos causa? Por fim, não será esta uma falácia
de falsa analogia?
(PENAFIEL, Matheus. trecho do texto “Roteiro de Aula” do Centro Luso-Brasileiro de Ensino de Filosofia – CLEF: https://goo.gl/C87zij
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Introdução
O estudo da lógica é em primeiro lugar o estudo das leis do pensamento válido. A
lógica formal está voltada para demonstrar a validade ou não de nossos raciocínios
independentemente da verdade das sentenças que ele contém, seja nas premissas,
seja nas conclusões. Isso significa que o problema da verdade é um problema de
verificação e interpretação correta dos juízos que fazemos acerca da realidade.
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E para que estudar as falácias, uma vez que elas são raciocínios incorretos?
“É proveitoso estudar tais raciocínios, pois a familiaridade com eles e seu
entendimento impedirão que sejamos iludidos” (COPI, 1978, p. 73).
Não ser enganado ou não ser iludido já é razão suficiente para justificar a
importância da análise das falácias, mas a realidade complexa, difusa e confusa da
publicidade, da sedução dos discursos, das promessas e disputas políticas, torna
ainda mais relevante e necessário o estudo dos argumentos falaciosos. O escritor
inglês Lewis Carroll, autor da célebre obra Alice no País das Maravilhas, foi
muito feliz ao apontar o valor da lógica e mostrar sua utilidade na identificação e
desconstrução dos argumentos falaciosos:
Ela [a Lógica] lhe dará clareza de pensamento, a habilidade de ver seu
caminho através de um quebra-cabeça, o hábito de arranjar suas ideias
numa forma acessível e ordenada e, mais valioso que tudo, o poder de
detectar falácias e despedaçar os argumentos ilógicos e inconsistentes
que você encontrará tão facilmente nos livros, jornais, na linguagem
cotidiana e mesmo nos sermões e que tão facilmente enganam aqueles
que nunca tiveram o trabalho de instruir-se nesta fascinante arte
(CARROLL, Lewis Apud NAHRA & WEBER, 1997, epígrafe).
Exemplo A:
1. Os seres humanos possuem sangue azul.
2. Meu pai é ser humano.
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Exemplo B:
1. Todos os homens são mamíferos.
2. Alguns mamíferos são bípedes.
Erros formais do discurso, ainda que esteticamente bem pronunciados, são mais
comuns do que imaginamos. Conclusões de conteúdo verdadeiro se misturam a
conclusões falsas e desautorizadas pelas leis da lógica formal. Piadas lógicas de
caráter falacioso são frequentemente citadas em rodas de amigos e algumas delas
estão disponíveis em sites da internet. Veja uma bem conhecida:
Se Deus é amor e o amor é cego.
Embora seja fácil notar o caráter falacioso desse raciocínio, afinal a conclusão
é obviamente falsa. Do ponto de vista do silogismo categórico esse raciocínio,
ainda que aparente uma forma válida, desrespeita uma das principais regras do
silogismo, tornando-o formalmente inválido. A cegueira como termo médio do
raciocínio precisaria estar na extensão universal pelo menos uma vez para que a
conclusão fosse autorizada, unindo os dois termos “Deus como amor” e “Steve
Wonder”. Além disso, há, na verdade quatro termos e não três como determinam
as leis do silogismo. O termo “cego” é ambíguo, pois na primeira proposição ele é
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usado em sentido figurado, aplicado ao amor. Seu sentido é outro e não o de uma
cegueira objetiva como aquela que se aplica à de Steve Wonder. Estes são os erros
formais, além do erro de fato.
Falácias Formais
As falácias formais são aquelas que transgridem uma ou mais das oito regras
do silogismo categórico. Para expô-las é necessário demonstrar quais são as leis do
silogismo categórico válido, o que será feito no próximo tópico.
Falácias de relevância
As falácias de relevância recebem esse nome exatamente porque as conclusões
de seus argumentos são inferidas sem que as premissas tenham alguma relevância
como verificaremos nos exemplos mais adiante (Tópico 4.1). São argumentos em
que as regras lógicas fundadas na racionalidade objetiva são praticamente ignoradas.
Outros fatores de convencimento, numa perspectiva muito mais psicológica
prevalecem para se estabelecer a conclusão. Razões baseadas em fatores afetivos
como imposição do medo, força da autoridade ou submissão a ela caracterizam as
falácias de relevância.
1 Para saber a respeito de outros modos de classificar as falácias que não foram aqui abordados, recomendamos a
leitura de duas obras. A primeira é o Guia das falácias de Stephen Downes e a segunda é o artigo com aplicação
para o mundo jurídico de DANIELI & LAZZARI, 2014, mas que também servem para entender de maneira bem
fundamentada os mais diferentes tipos de falácias.
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Falácias de Ambiguidade
As falácias de ambiguidade são devidas não por motivos emocionais ou de
irrelevância das premissas, mas por falta de esclarecimento de algum conceito ou
proposição que seria relevante nas premissas. A ambiguidade de uma proposição
ou de um conceito se caracteriza por deixar margem a uma dupla interpretação,
dificultando a validação de uma conclusão logicamente aceitável.
Silogismo categórico
O silogismo categórico é a forma elementar do raciocínio lógico dedutivo. É um
modo de extrair ou inferir conclusão a partir da associação de dois juízos expressos
através de proposições (premissas) que são ligados a um termo que lhes são comuns.
O processo silogístico consiste, pois, essencialmente, em inferir ou deduzir
uma proposição de um antecedente que manifesta (num terceiro termo)
o meio ou a razão pela qual os dois termos dessa proposição devem ser
unidos entre si [...]. No silogismo, de um antecedente que une dois termos
(T e t) a um terceiro (M), infere-se um consequente que une esses dois
termos entre si (MARITAIN, 1980, p. 195).
Na definição de Maritain “T” é o termo maior, “t” o menor e “M” o termo médio,
aquele que permite a união dos dois termos anteriores presentes nas premissas e
autoriza uma nova proposição conclusiva como se demonstra no exemplo:
1. premissa: Todo ser humano (M) é imperfeito (t).
2. premissa: Os imperadores (T) são seres humanos (M).
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As Leis do Silogismo Categórico
1ª Lei
No silogismo só deve haver três termos: Maior (T), Médio (M) e Menor (t).
2ª Lei
Os termos da conclusão não podem ser de extensão maior que nas premissas.
3ª Lei
4ª Lei
O termo médio precisa ser pelo menos uma vez de extensão universal.
5ª Lei
6ª Lei
7ª Lei
8ª Lei
Qualquer argumento que apresente nas premissas mais de três termos é falacioso.
Os índios (1) são pessoas (2).
2 Neste tópico os exemplos foram baseados e adaptados do capítulo sobre “Sofismas Formais” do livro de Louis LIARD
(1968, p. 181-186).
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Qualquer argumento que não apresente o termo médio pelo menos uma vez na
extensão universal é uma falácia.
Alguns políticos são corruptos.
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6º exemplo: transgressão da 6ª lei.
As duas premissas são particulares e por isso não autoriza nenhuma conclusão.
Neste caso é evidente o equívoco. A constatação de que alguns bons de bola são
formados na Argentina não exige necessariamente que alguns brasileiros também
o sejam, apesar de alguns desses brasileiros também serem bons de bola.
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Exemplo: o pai pede ao filho que faça sua tarefa de casa pedida pela escola,
mas o menino não a faz, pois argumenta que o fará no dia seguinte. O pai insiste
e diz que no dia seguinte o filho não terá tempo suficiente para fazê-la. O filho
resiste. Então o pai define: “ou você faz a tarefa agora ou então amanhã não vai
conosco ao passeio e ficará o dia inteiro fazendo a tarefa”. O pai nesse sentido
usa sua força coercitiva que impõe o argumento definitivo para que o filho decida
e conclua pela única alternativa: fazer a lição naquele momento exigido pelo pai.
Este é um exemplo de argumento pela força.
3 Seguiremos a nomenclatura e tipologia de COPI, 1978, p. 74-98. Apesar de alguns autores, como o próprio Copi o
faz, nomearem tais falácias segundo expressões de origem no latim, preferimos manter uma tradução mais adequada
em língua portuguesa.
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mundo, pois sua conduta ética deixa a desejar”. O fato de o jogador ter uma
conduta ética controvertida não é argumento suficiente para desqualificar o
argumento anterior. O argumento contra a pessoa, não desautoriza sua qualidade
ou competência futebolística.
Exemplo: o artista contratado pela empresa não é bom, pois o lugar de onde
ele vem não costuma oferecer bons artistas. O argumento é claramente acidental,
circunstancial e irrelevante para se avaliar a qualidade do artista contratado.
O acidental toma lugar do essencial, o circunstancial e irrelevante do que deve ser
o foco relevante da análise.
Exemplo: afirmar que vida extraterrestre não existe porque não há evidências
sobre essa possibilidade e porque há uma ignorância total a esse respeito não são
razões suficientes para refutar definitivamente tal possibilidade.
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Exemplo: argumentar que os pobres são violentos porque alguns deles realmente
os são; defender que os favelados são ladrões porque alguns deles roubam as
pessoas; afirmar que os mulçumanos são violentos porque vemos alguns grupos
islâmicos usarem a estratégia da violência para combater outros grupos religiosos
perseguidos por eles.
Exemplo: o sujeito alega estar com febre porque comeu uma banana. A febre é
devido a outro fator, mas como a ingestão de banana antecedeu a sua febre, então
ele a toma como causa, embora seja apenas um fenômeno que antecedeu a febre
e não a sua causa. Outro exemplo clássico: o galo cantou e o dia nasceu. Por isso,
o dia nasce porque o galo canta. Neste caso há uma confusão entre antecedente
e consequente com a relação entre causa e efeito. O galo canta quando o dia está
para nascer, mas isso não é a causa do dia nascer.
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Argumento Falacioso da Circularidade ou Petição de Princípio
Essa falácia é comum quando se repete na conclusão o que já se afirmou na
premissa; por isso trata-se de um argumento circular e redundante, pois não
acrescenta nenhuma nova informação àquilo que já foi admitido antes.
Exemplo: quando alguém quer afirmar que uma pessoa é má porque faz
maldades; ou que a realidade é injusta porque injusta é a vida. O ser humano é
racional porque faz uso da razão. A característica principal da bebida alcoólica é o
seu alto teor de álcool.
E assim vamos concluindo mais essa unidade que demonstrou o que são
argumentos falaciosos, constatando o quanto é importante reconhecer e prevenir-
se desses mais variados erros que contaminam e deturpam o raciocínio lógico
e aparecem com frequência no cotidiano para complicar e confundir a nossa
percepção, análise e interpretação da realidade.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Quadrinho Didático Desconstrói Falácia da Meritocracia
Leia os quadrinhos de Toby Morris intitulado de “On a Plate” [em português, “De
Bandeja”] selecionados por Josie Conti em seu site CONTI outra (http://www.
contioutra.com) que ilustra com muita simplicidade a falácia do discurso meritocrático
comparando a história de dois personagens com oportunidades bem diferentes ao
longo de sua trajetória de vida. Vale à pena conferir como o discurso ideológico
também se utiliza de argumentos falaciosos.
https://goo.gl/M2Hh5w
Vídeos
Argumento Tendencioso e Falácia Lógica 1/3
Veja o vídeo do Youtube (9 minutos) sobre falácias O vídeo mostra algumas falácias
informais muito comuns, enunciadas de modo bem simples e didático. O diferencial
desse trabalho é a linguagem coloquial e a facilidade com que o apresentador mostra
exemplos nos quais as falácias aparecem em situações do cotidiano, principalmente
em discursos de políticos e conversas corriqueiras entre as pessoas. Publicado em 15
de abril de 2015 pelo Canal Os Batutas
https://youtu.be/hJZM6OXwsV8
Falácias na Comunicação
Assista ao vídeo Falácias na comunicação (acessível pelo Youtube) que seleciona várias
cenas de filmes famosos, como Matrix, 12 homens e uma sentença e O Grande desafio,
entre outros para dar exemplos de falácias presentes nos diálogos entre personagens.
É bastante ilustrativo e interessante para relembrar filmes magníficos. Publicado em 27
de novembro de 2015.
https://youtu.be/NN61eMdIyIU
Leitura
O Amor é uma Falácia
Leia o texto literário e divertido de Max Schulman, tradução de Luis Fernando Veríssimo
O amor é uma falácia, publicado em PDF como Roteiro de Aula de Matheus Penafiel,
uma publicação do Centro Luso-Brasileiro de Ensino de Filosofia – CLEF. Trata-se de
um texto que traz uma série de falácias na relação de um jovem estudante racional que
procura explicar a uma moça os princípios da lógica na identificação das falácias. Os
desdobramentos desse relacionamento marcado pelo ensino de falácias chegam a um
final inusitado.
https://goo.gl/K9w6MJ
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Referências
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando.
Introdução à Filosofia. 3ª edição revista. São Paulo: Moderna, 2003. 439p.
COPI, Irving Marmer. Introdução à lógica. Tradução de Álvaro Cabral. São Paulo:
Mestre Jou, 1978. 281p.
http://www.lemma.ufpr.br/wiki/images/5/5c/Falacias.pdf
LIARD, Louis. Lógica. 7.ed. Tradução de Godofredo Rangel. São Paulo: Editora
Nacional, 1968. 214p.
NAHRA, Cinara & WEBER, Hingo. Através da Lógica. 9.ed. Petrópolis: Vozes,
1997. 193p.
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