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Roteiro 8 - Plexos Nervosos
Roteiro 8 - Plexos Nervosos
ROTEIRO DE NEUROANATOMIA
Prof. Me. Renato Canevari
Acadêmico: Gabriel Moraes de Carvalho
Período: 3°
FORMAÇÃO DO NERVO PERIFÉRICO E
PLEXOS
PLEXO CERVICAL
Formado pelos ramos ventrais dos quatro nervos cervicais superiores, inerva alguns músculos do
pescoço, o diafragma e áreas da pele na cabeça, pescoço e tórax.
Cada ramo ventral anastomosa-se com o subsequente formando três alças de convexidade lateral
(C1 com C2, C2 com C3 e C3 com C4). Dessas três alças derivam ramos que constituem as duas
partes do plexo cervical (superficial e profunda).
A parte superficial é constituída por fibras essencialmente sensitivas, que formam um feixe que
aparece ao nível do meio da borda posterior do músculo esternocleidomastóideo, ponto em que os
filetes se espalham em leque para a pele na região circunvizinha, ao pavilhão da orelha, à pele do
pescoço e à região próxima à clavícula.
A parte profunda do plexo é constituída por fibras motoras, destinando-se à musculatura ântero-
lateral do pescoço e ao diafragma. Para isso, além de ramos que saem isoladamente das três alças,
encontramos duas formações importantes que são a alça cervical e o nervo frênico.
A alça cervical é formada por duas raízes, uma superior e outra inferior. A raiz superior da alça
cervical atinge o nervo hipoglosso quando este desce no pescoço. A raiz inferior desce alguns
centímetros lateralmente à veia jugular interna, fazendo depois uma curva para frente,
anastomosando-se com a raiz superior.
A alça cervical emite ramos que inervam todos os músculos infra-hióideos.
O nervo frênico, formado por fibras motoras que derivam de C3, C4 e C5, desce por diante do
músculo escaleno anterior, passa junto ao pericárdio, para se distribuir no diafragma.
Cada ramo, exceto o primeiro, divide-se em partes ascendente e descendente que se unem em alças
comunicantes. Da primeira alça (C2 e C3), originam-se ramos superficiais que inervam a cabeça e o
pescoço; da segunda alça (C3 e C4) originam-se os nervos cutâneos do ombro e do tórax. Os ramos
são superficiais ou profundos; os superficiais perfuram a fáscia cervical para inervar a pele, enquanto
que os ramos profundos inervam os músculos.
Os ramos superficiais formam grupos ascendentes e descendentes e as séries profundas mediais e
laterais.
Superficiais Ascendentes:
Nervo Occipital Menor (C2) - inerva a pele da região posterior ao pavilhão da orelha;
Nervo Auricular Magno (C2 e C3) - seu ramo anterior inerva a pele da face sobre glândula parótida
comunicando-se com o nervo facial; o ramo posterior inerva a pele sobre o processo mastóideo e
sobre o dorso do pavilhão da orelha;
Nervo Transverso do Pescoço (C2 e C3) - seus ramos ascendentes sobem para a região
submandibular formando um plexo com o ramo cervical do nervo facial abaixo do platisma; os ramos
descendentes perfuram o platisma e são distribuídos ântero-lateralmente para a pele do pescoço, até a
parte inferior do esterno.
Superficiais Descendentes:
Nervos Supraclaviculares Mediais (C3 e C4) - inervam a pele até a linha mediana, parte inferior da
segunda costela e a articulação esternoclavicular;
Nervos Supraclaviculares Intermédios - inervam a pele sobre os músculos peitoral maior e deltóide
ao longo do nível da segunda costela;
Nervos Supraclaviculares Laterais - inervam a pele das partes superiores e posteriores do ombro.
PLEXO BRAQUIAL
O membro superior é inervado pelo plexo braquial situado no pescoço e na axila, formado por
ramos anteriores dos quatro nervos espinhais cervicais inferiores (C5,C6,C7,C8) e do primeiro
torácico (T1). O plexo braquial tem localização lateral à coluna cervical e situa- se entre os músculos
escalenos anterior e médio, posterior e lateralmente ao músculo esternocleidomastóideo.
O plexo passa posteriormente à clavícula e acompanha a artéria axilar sob o músculo
peitoral maior.
Os ramos ventrais do quinto e do sexto nervos cervicais (C5-C6) formam o tronco superior; o
ramo anterior do sétimo nervo cervical(C7) forma o tronco médio; e os ramos anteriores do oitavo
nervo cervical e do primeiro nervo torácico (C8-T1) formam o tronco inferior.
Os três troncos, localizados na fossa supraclavicular, dividem-se em dois ramos, um anterior e um
posterior, que formam os fascículos, situados em torno da artéria axilar. Os ramos anteriores dos
troncos superior e médio formam o fascículo lateral; o ramo anterior do tronco inferior forma o
fascículo medial; e os ramos posteriores dos três troncos formam ofascículo posterior. Na borda
inferior e lateral do músculo peitoral menor, os fascículos se subdividem nos ramos terminais do
plexo braquial.
Os ramos do plexo braquial podem ser descritos como supra-claviculares e infra-claviculares.
Ramos Supra-claviculares:
Nervos para os Músculos Escalenos e Longo do Pescoço - originam-se dos ramos ventrais dos
nervos cervicais inferiores (C5,C6,C7 e C8), próximo de sua saída dos forames intervertebrais.
Nervo Frênico - anteriormente ao músculo escaleno anterior, o nervo frênico associa-se com um
ramo proveniente do quinto nervo cervical (C5). Mais detalhes do nervo frênico emPlexo Cervical.
Nervo Dorsal da Escápula - proveniente do ramo ventral de C5, inerva o levantador da escápula e
o músculo rombóide.
Nervo Torácico Longo - é formado pelos ramos de C5, C6 e c7 e inerva o músculo serrátil anterior.
Nervo do Músculo Subclávio - origina-se próximo à junção dos ramos ventrais do quinto e sexto
nervos cervicais (C5 e C6) e geralmente comunica-se com o nervo frênico e inerva o músculo
subclávio.
Nervo Supra-escapular - originado do tronco superior (C5 e C6), inerva os músculos supra-
espinhoso e infra-espinhoso.
Ramos Infra-claviculares:
Estes se ramificam a partir dos fascículos, mas suas fibras podem ser seguidas para trás até os
nervos espinhais.
Do fascículo lateral saem os seguintes nervos:
Peitoral Lateral - proveniente dos ramos do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6 e C7).
Inerva a face profunda do músculo peitoral maior;
Nervo Musculocutâneo - derivado dos ramos ventrais do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6
e C7). Inerva os músculos braquial anterior, bíceps braquial e coracobraquial;
Raiz Lateral do Nervo Mediano - derivado dos ramos ventrais do quinto ao sétimo nervos cervicais
(C5, C6 e C7). Inerva os músculos da região anterior do antebraço e curtos do polegar, assim como a
pele do lado lateral da mão.
Do fascículo medial saem os seguintes nervos:
Peitoral Medial - derivado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico
(C8 e T1). Inerva os músculos peitorais maior e menor;
Nervo Cutâneo Medial do Antebraço - derivado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e
primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva a pele sobre o bíceps até perto do cotovelo e dirige-se em
direção ao lado ulnar do antebraço até o pulso;
Nervo Cutâneo Medial do Braço - que se origina dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e
primeiro nervo torácico (C8,T1). Inerva a parte medial do braço;
Nervo Ulnar - originado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8
e T1). Inerva os músculos flexor ulnar do carpo, metade ulnar do flexor profundo dos dedos, adutor
do polegar e parte profunda do flexor curto do polegar. Inerva também os músculos da região
hipotenar, terceiro e quarto lumbricais e todos interósseos;
Raiz Medial do Nervo Mediano - originada dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro
nervo torácico (C8 e T1). Inerva os músculos da região anterior do antebraço e curtos do polegar,
assim como a pele do lado lateral da mão.
Do fascículo posterior saem os seguintes nervos:
Subescapular Superior - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). Inerva
o músculo subscapular;
Nervo Toracodorsal - originado dos ramos do sexto ao oitavo nervos cervicais (C6, C7 e C8).
Inerva o músculo latíssimo do dorso;
Nervo Subescapular inferior - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6).
Inerva os músculos subscapular e redondo maior;
Nervo Axilar - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). Inerva os
músculos deltóide e redondo menor;
Nervo Radial - originado dos ramos do quinto ao oitavo nervos cervicais e primeiro nervo torácico
(C5, C6, C7, C8 e T1). Inerva os músculos tríceps braquial, braquiorradial, extensor radial longo e
curto do carpo, supinador e todos músculos da região posterior do antebraço.
PLEXO LOMBAR
Este plexo está situado na parte posterior do músculo psoas maior, anteriormente aos processos
transversos das vértebras lombares. É formado pelos ramos ventrais dos três primeiros nervos
lombares e pela maior parte do quarto nervo lombar (L1, L2, L3 e L4) e um ramo anastomótico de
T12, dando um ramo ao plexo sacral.
L1 recebe o ramo anastomótico de T12 e depois fornece três ramos que são o nervo ìlio-
hipogástrico, o nervo ílio-inguinal e a raiz superior do nervo genitofemoral.
L2 se trifurca dando a raiz inferior do nervo genitofemoral, a raiz superior do nervo cutâneo lateral
da coxa e a raiz superior do nervo femoral.
L3 concede a raiz inferior do nervo cutâneo lateral da coxa, a raiz média do nervo femoral e a raiz
superior do nervo obturatório.
L4 fornece o ramo anastomótico a L5 e em seguida se bifurca dando a raiz inferior do nervo femoral
e a raiz inferior do nervo obturatório.
PLEXO SACRAL
Ramos Ventrais dos Nervos Sacrais e Coccígeos
Os ramos ventrais dos nervos espinhais sacrais e coccígeos formam os plexos sacral e coccígeo. Os
ramos ventrais dos quatro nervos sacrais superiores penetram na pelve através do forames sacrais
anteriores, o quinto nervo sacral penetra entre o sacro e o cóccix e os coccígeos abaixo do cóccix.
Cada ramo ventral dos nervos sacrais recebe um ramo comunicante cinzento proveniente de um
gânglio simpático correspondente. Os ramos viscerais eferentes deixam os ramos do segundo ao
quarto nervos sacrais como nervos esplâncnicos pélvicos que contêm as fibras parassimpáticas, as
quais alcançam diminutos gânglios nas paredes das vísceras pélvicas.
A organização do plexo sacral é bastante elementar e simples. O plexo sacral é formado pelo
tronco lombossacral, ramos ventrais do primeiro ao terceiro nervos sacrais e parte do quarto, com o
restante do último unindo-se ao plexo coccígeo.
O ramo anastomótico de L4 se une ao L5 constituíndo o tronco lombossacral. Em seguida o tronco
lombossacral se une com S1 e depois sucessivamente ao S2, S3 e S4.
Esse compacto nervoso sai da pelve atravessando o forame isquiático maior. Logo após atravessar
esse forame, o plexo sacral emite seus ramos colaterais e se resolve no ramo terminal, que é o nervo
isquiático. Para os músculos da região glútea vão os nervos glúteo superior (L4, L5 e S1) e glúteo
inferior (L5, S1 e S2). Um ramo sensitivo importante é o nervocutâneo posterior da coxa, formado
por S1, S2 e S3.
Para o períneo, temos o nervo pudendo formado á partir de S2, S3 e S4.
O nervo isquiático é o mais calibroso e mais extenso nervo do corpo humano, pois suas fibras
podem descer até os dedos dos pés. Esse nervo é constituído por duas porções, que são os nervos
fibular comum (L4, L5, S1 e S2) e tibial, formado por L4, L5, S1, S2 e S3. O nervo fibular comum já
na fossa poplítea dirige-se obliquamente para baixo e lateralmente se bifurcando em nervos fibulares
superficial e profundo.
Do plexo sacral saem também os nervos para o músculo obturatório interno e músculo gêmeo
superior (L5, S1 e S2); para o músculo piriforme (S1 e S2); para o músculo quadríceps da coxa e
músculo gêmeo inferior (L4, L5 e S1); para os músculos levantador do ânus, coccígeo e esfíncter
externo do ânus (S4); e o nervo esplâncnico pélvico (S2, S3 e S4).
PLEXO COCCÍGEO
O plexo coccígeo é formado por:
- Um pequeno ramo descendente do ramo ventral do quarto nervo sacral;
- Ramos ventrais do quinto nervo sacral;
- Nervo coccígeo.
O plexo coccígeo inerva a pele da região do cóccix
LOCALIZAR NAS PEÇAS ANATÔMICAS
PLEXO BRAQUIAL
- Ramos Ventrais do quinto nervo cervical C5
- Ramos Ventrais do sexto nervo cervical C6
- Ramos Ventrais do sétimo nervo cervical C7
- Ramos Ventrais do oitavo nervo cervical C8
- Ramos Ventrais do primeiro nervo torácico T1
- Tronco Superior
- Tronco Médio
- Tronco Inferior
- Fascículo Lateral
- Ramo Anterior do Tronco Superior
- Ramo Anterior do Tronco Médio
- Fascículo Posterior
- Ramo Posterior do Tronco Superior, Médio e Inferior
- Fascículo Medial
- Ramo Anterior do Tronco Inferior
- Nervo Músculocutâneo
- Nervo Axilar
- Nervo Radial
- Nervo Mediano
- Nervo Ulnar
PLEXO LOMBOSSACRAL
INERVAÇÃO DO MEMBRO
INFERIOR
........ATIVIDADE.......
- IDENTIFIQUE OS NERVOS ABAIXO E DESCREVA SEU TRAJETO E REGIÃO A
QUAL INERVA.
PARTE POSTERIOR
- N. Glúteo Superior
- N. Glúteo Inferior
- N. Pudendo
- N. Cutâneo Femoral Posterior
- N. Isquiático
- N. Tibial
- Ramo Sural Comunicante
- N. Cutâneo Sural Medial
- Ramo Muscular do Nervo Tibial
- N. Fibular Comum
- N. Cutâneo Sural Lateral
- N. Fibular Superficial
- N. Fibular Profundo
- N. Sural
- N. Cutâneo Sural Medial (Tibial)
- N. Cutâneo Sural Lateral (Fibular)
PARTE ANTERIOR
- N. Femoral
- N. Safeno (Medial)
- N. Femoral (Lateral)
- Ramos Anteriores do Nervo Femoral (2)
- N. Cutâneo Femoral Lateral
- N. Obturatório
Plexos nervosos
Os plexos nervosos são somáticos ou viscerais e combinam fibras de diferentes fontes ou níveis para
formar novos nervos com alvos ou destinos específicos. Os do plexo entérico também geram atividade
reflexa independente do SNC.
Plexos somáticos: Os grandes plexos somáticos formados pelos ramos anteriores dos nervos espinais são
o cervical ( C l a C4), o braquial (C5 a TI) e o lombossacral (constituído pelos plexos lombar - L I aL4;
sacral - L4 a S4 e coccígeo - S5 a Co). Exceto pelo nervoespinal T I, os ramos anteriores dos nervos
espinais torácicoscontinuam independentes e não participam de plexos.
Plexos viscerais: Os plexos nervosos viscerais são formados em associação a vísceras e, em geral,
contêm componentes eferentes (simpáticos e parassimpáticos) e aferentes. Estes plexos incluemo cardíaco
e o pulmonar no tórax e um grande plexopré-vertebral no abdome, anteriormente à aorta, que se
estendeminferiormente sobre as paredes laterais da pelve. Este denso plexo pré-vertebral conduz
aferências e recebe eferênciasde todas as vísceras abdominais e pélvicas.
3) O plexo cervical emite dois ramos quais são eles? Quais regiões do corpo inervam?
Os ramos superficiais do plexo que inicialmente seguem em sentido posterior são ramos cutâneos
(sensitivos). Os ramos profundos que seguem em sentido anteromedial são ramos motores, inclusive as
raízes do nervo frênico (para o diafragma) e a alça cervical.
4) Quais os principais nervos que emergem do plexo cervical?
Ramos cutâneos
Esses nervos aparecem no triângulo posterior do pescoço, formado entre os músculos
esternocleidomastóideo e trapézio, um pouco acima do ponto médio da borda posterior do músculo
esternocleidomastóideo. O nervo occipital menor ( C2, C3) é variável em tamanho, sendo às vezes duplo.
Ele passa posterior e profundamente ao músculo esternocleidomastóideo, conecta-se abaixo do nervo
acessório e ascende ao longo daquela borda para perfurar a fáscia profunda no ápice do triângulo posterior
do pescoço. Nesse ponto ele se divide em ramos que inervam a pele e a fáscia muscular da: (1) parte
lateral do pescoço; (2) superfície cranial da orelha externa e do processo mastoide, (3) adjacente ao couro
cabeludo. Quando duplo, ele geralmente é o ramo menor que está em contato com o nervo acessório.
O nervo auricular maior ( C2, C3 ou somente o C3) é geralmente o maior ramo cutâneo do plexo
cervical, mas seu tamanho e território variam reciprocamente com o nervo occipital menor. Em seu trajeto
contorna a borda posterior do músculo esternocleidomastóideo e passa sobre a superfície anterossuperior
desse músculo, continua profundo ao platisma e em direção à parte inferior da orelha externa. Nesse
ponto, divide-se em dois ramos: (1) ramo posterior - ascende sobre o processo mastoide, comunicando-se
com o nervo occipital menor e o nervo auricular posterior e fornece inervação para a pele e fáscia dessa
região; (2) ramo intermédio – passa a suprir a parte inferior da orelha externa em ambas as superfícies; (3)
ramo anterior - passa pelo conteúdo da glândula parótida e sobre o ângulo da mandíbula, para inervar a
pele e a fáscia sobre a parte posteroinferior da face. Nesse ponto apresenta comunicação com o nervo
facial (VII par craniano) na glândula parótida e pode enviar ramos para o osso zigomático.
O nervo transverso do pescoço ( C2, C3) contorna horizontalmente as porções posterior e lateral
do músculo esternocleidomastóideo, continua profundamente ao platisma e externamente à veia jugular.
Divide-se em dois ramos, superior e inferior, próximo à margem inferior do músculo
esternocleidomastóideo, emitindo ramos que inervam a pele e a fáscia do triângulo posterior do pescoço.
O ramo posterior encontra a área de abrangência do nervo trigêmeo, na borda inferior do corpo da
mandíbula, e comunica-se com o ramo cervical do nervo facial.
O nervo supraclavicular (C3, C4) aparece na borda posterior do músculo esternocleidomastóideo
como um grande tronco que desce pela parte inferior do triângulo posterior do pescoço e se divide em
nervos supraclaviculares medial, intermédio e lateral. Esses nervos perfuram a fáscia cervical profunda
acima da clavícula, inervando a pele e a fáscia da parte inferior lateral do pescoço, descem
superficialmente ao que corresponde ao terço medial da clavícula, profundamente ao platisma, para
inervar a pele e a fáscia ao nível do ângulo esternal. O nervo medial também supre a articulação
esternoclavicular, enquanto o nervo lateral, a articulação acromioclavicular. Os ramos dos nervos
intermédio e lateral podem produzir um sulco ou perfurar a clavícula, mas somente alguns ramos do nervo
lateral em geral passam profundamente ao músculo trapézio e o perfuram para alcançar a pele.
Ramos musculares
Esses ramos partem com os outros do plexo cervical profundamente ao músculo
esternocleidomastóideo, passando também lateralmente, em direção ao triângulo posterior do pescoço, ou
medialmente, em direção ao triâgulo anterior do pescoço, formado pelos músculos
esternocleidomastóideos.
Ramos laterais: A partir do ramo ventral do segundo nervo cervical, um ramo sensorial
penetra na superfície profunda domúsculo esternocleidomastóideo, promovendo comunicaçãocom o nervo
acessório profundo ao músculo.
A partir do terceiro e quarto ramos ventrais dos nervos cervicais, estes cruzam o triângulo
posterior do pescoço para penetrar na superfície profunda do músculo trapézio. Suprem com fibras
sensoriais esse músculo e se comunicam com o nervo acessório. Ramos distintos inervam o músculo
levantador da escápula pela entrada lateral no triângulo posterior do pescoço, suprindo os músculos
escalenos médio e superior.
Ramos mediais: Nervo cervical ou suboccipital - Formado desde o contorno que une os
ramos ventrais anteriores do primeiro e segundo ramos cervicais até o arco posterior doatlas e inferior à
artéria vertebral. Inerva os músculosreto posterior da cabeça e oblíquos superior e inferior,além de ramos
para o semiespinal reto posterior menorda cabeça. Ainda um pequeno ramo junta-se à divisãodorsal do
segundo nervo cervical para o músculo oblíquoinferior.
O ramo une o nervo hipoglosso à medida que esse emerge do crânio. Poucas fibras sensoriais
desse ramo passam superiormente ao nervo hipoglosso para inervar o crânio e a dura-máter da fossa
craniana posterior (ramos meníngeas). A maioria das fibras descem para o nervo hipoglosso e formam três
ramos desse nervo, os quais, provavelmente, não contêm nenhuma fibra nervosa do próprio nervo
hipoglosso. (a) Ramo para a tireoide, (b) ramos gênio-hióideo, (c) a raiz superior da alça cervical parte
anteriormente do nervo hipoglosso para a artéria carótida interna. Desce na frente da artéria carótida
interna e comum e junta-se à raiz inferior da alça cervical para formar o contorno superficial dessa artéria.
A alça envia ramos para os músculos esterno-hioide, esternotíreo-hióideo e omo-hioide. A raiz superior da
alça cervical pode, ocasionalmente, partir do nervo vago. Nesse caso, as fibras dos ramos ventrais dos
dois primeiros nervos cervicais passam mediante comunicação com o nervo vago, e não com o nervo
hipoglosso. Um ramo pequeno inerva o músculo reto lateral e anterior da cabeça e o músculo longo da
cabeça.
Dos ramos ventrais do segundo e terceiro ramos cervicais, cada um desses envia um fino ramo em
direção caudal, junto com a veia jugular interna para se unir na sua superfície anterior. Eles formam a alça
cervical com a raiz superior e inervam os músculos infra-hióideos, exceto o músculo tíreo-hióideo. Desse
modo, os ramos mediais dos três primeiros ramos ventrais dos nervos cervicais se comunicam para suprir
a faixa paramediana dos músculos, desde o menta até o esterno, e também se comunicam com o nervo
hipoglosso, nervo motor da língua, imediatamente superior a essa faixa.
A partir do segundo, terceiro e quarto ramos ventrais dos nervos cervicais, pequenos ramos suprem
os músculos intertransverso, longo do pescoço e longo da cabeça.
A partir do terceiro, quarto e quinto ramos ventrais dos nervos cervic.ais, o nervo frênico parte
principalmente do quarto, mas recebe ramos do terceiro (diretamente ou por meio do nervo esterno-
hioide) e do quinto (diretamente ou a partir do nervo subclávio como acessório do nervo frênico). O nervo
frênico desce junto ao músculo escaleno anterior, posterolateralmente à veia jugular interna, passando
anteriormente para a pleura cervical, entre a artéria e a veia subclávia (anterior à primeira parte da artéria
subclávia à esquerda e à segunda parte à direita), desviando-se medialmente em frente da artéria torácica
interna (ocasionalmente posterior a ela no lado esquerdo).
Os nervos descem pelo tórax para o músculo diafragma, separando-se da cavidade pleural somente
pela pleura mediastinal. No mediastino superior, o nervo esquerdo está entre a artéria carótida comum e a
artéria subclávia, e cruza o arco aórtico anterior em direção ao nervo vago; o nervo direito está situado
junto à veia braquiocefálica direita e veia cava superior, e não está em contato com o nervo vago. Ambos
os nervos passam abaixo do mediastino médio entre a pleura e o pericárdio, na base do pulmão, e logo
alcançam o músculo diafragma junto com a veia cava inferior. A maioria das fibras dos nervos frênicos
perfura o diafragma e o inerva na superfície inferior, mas somente passam sobre a superfície pleural.
7) As raízes nervosas do plexo braquial se agrupam para formar três troncos? Quais são eles e como
se agrupam?
Troncos do plexo braquial
Os ramos ventrais de C5 e C6 unem-se para formar o tronco superior. O ramo ventral de C7
continua-se como tronco único e forma o tronco médio, e os ramos ventrais de C8 e Tl formam o tronco
inferior, que se localiza superiormente à primeira costela e posterior à artéria subclávia. Do tronco
superior ocorre a formação dos nervos subclávio e supraescapular, que se dirigem para os músculos
subclávio, supraespinal e infraespinal.
Cada um dos três troncos se bifurca em uma divisão anterior e posterior, dorsalmente à clavícula.
As três divisões posteriores unem-se para formar o fascículo posterior, que inerva as estruturas da parte
posterior do membro superior, ou seja, extensoras, e, ainda, músculos da cintura escapular.
As divisões anteriores dos troncos superior e médio unem-se e formam o fascículo lateral, e, por
conseguinte, a divisão anterior do tronco inferior formará o fascículo medial, que irá inervar as porções
anteriores, flexoras do membro superior.
8) Os troncos do plexo braquial se agrupam para formar três fascículos? Quais são eles e como se
agrupam?
Fascículos do plexo braquial
Os fascículos são denominados lateral, medial e posterior devido à sua relação topográfica com a
artéria axilar, assim posicionando-se lateral, medial e posterior à essa estrutura vascular. Os ramos
terminais produzidos pelos fascículos são infraclaviculares. Temos: (1) fascículo lateral do plexo braquial,
que apresenta três ramos: o nervo peitoral lateral, o nervo musculocutâneo e a raiz lateral do nervo
mediano; (2) fascículo medial do plexo braquial, que apresenta cinco ramos: o nervo peitoral medial,
nervo cutâneo medial do braço, nervo cutâneo medial do antebraço, nervo ulnar e a raiz medial do nervo
mediano; (3) fascículo posterior do plexo braquial, que apresenta cinco ramos: o nervo subescapular
superior, nervo toracodorsal, nervo subescapular inferior, nervo axilar e o nervo radial.
10) Quais regiões do membro superior cada nervo originado do plexo braquial inerva?
11) Quais as raízes nervosas que compõem o plexo lombar?
O plexo nervoso lombar forma-se anteriormente aos processos transversos lombares, dentro da fixação
proximal do músculo psoas maior. Essa rede nervosa é formada pelos ramos anteriores dos nervos L1 a
L4. Os nervos a seguir são ramos do plexo lombar; os três maiores são citados primeiro:
O nervo femoral (L2–L4) emerge da margem lateral do músculo psoas maior, inerva o músculo ilíaco e
passa profundamente ao ligamento inguinal/trato iliopúbico até a face anterior da coxa, suprindo os
músculos flexores do quadril e extensores do joelho.
O nervo obturatório (L2–L4) emerge da margem medial do músculo psoas maior e segue até a pelve
menor, passando inferiormente ao ramo superior do púbis (através do forame obturado) até a face medial
da coxa, suprindo os músculos adutores.
O tronco lombossacral (L4, L5) passa sobre a asa do sacro e desce até a pelve para participar na
formação do plexo sacral com os ramos anteriores dos nervos S1–S4.
Os nervos ilioinguinal e ílio-hipogástrico (L1) originam-se do ramo anterior de L1, entrando no abdome
posteriormente ao ligamento arqueado medial e seguindo inferolateralmente, anteriormente ao músculo
quadrado do lombo. Seguem superior e paralelamente à crista ilíaca, perfurando o músculo transverso do
abdome perto da EIAS. A seguir, eles atravessam os músculos oblíquos interno e externo do abdome para
suprir os músculos abdominais e a pele das regiões inguinal e púbica. A divisão do ramo anterior de L1
pode ocorrer tão distalmente quanto a EIAS, de modo que muitas vezes apenas um nervo (L1) cruza a
parede posterior do abdome em vez de dois.
O nervo genitofemoral (L1, L2) perfura o músculo psoas maior e segue inferiormente sobre sua face
anterior, profundamente à fáscia do músculo iliopsoas; divide-se lateralmente às artérias ilíacas comum e
externa em ramos femoral e genital.
O nervo cutâneo femoral lateral da coxa (L2, L3) segue inferolateralmente sobre o músculo ilíaco e entra
na coxa profundamente ao ligamento inguinal/trato iliopúbico, logo medialmente à EIAS; inerva a pele na
face anterolateral da coxa.
Um nervo obturatório acessório (L3, L4) é encontrado em quase 10% das pessoas. É paralelo à margem
medial do músculo psoas, anterior ao nervo obturatório, cruzando superiormente ao ramo superior do
púbis, bem próximo da veia femoral.
Embora os ramos maiores (femoral, obturatório e tronco lombossacral) tenham posições regulares,
deve-se prever a variação na disposição dos ramos menores do plexo lombar.
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
CARNEIRO, M. A. Neuroanatomia: Atlas e Texto. 2 ed. São Paulo: Manole, 2004.
KIERNAN, J. A. Neuroanatomia Humana de Barr. 7 ed. São Paulo: /Manole,
2002. MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional. 2 ed São Paulo: Atheneu, 2006.
MENESES, M. S. Neuroanatomia Aplicada. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.