Você está na página 1de 40

Introdução a fisiologia do sistema nervoso

Por Emanuele Scatolin

O sistema nervoso pode ser dividido em duas partes:


Sistema nervoso central e Sistema nervoso periferico
Encéfalo Neurônios sensoriais (aferentes)
Medula espinal Neurônios eferentes

O fluxo da informação pelo sistema nervoso central segue um padrão de reflexo básico.
Estímulo Receptor sensorial Sinal de entrada

Resposta Efetor Sinal de saída Centro receptor

Tipos de neurônios Neurônio: é a unidade funcional do sistema nervoso


Neurônios sensoriais ou aferentes: captam os estímulos externos e levam os estímulos do
SNP para o SNC;

Neurônios eferentes: levam informação do SNC para o SNP ou para um alvo.


Atuam em duas vias: autonômica (simpático ou parassimpático) e motora.
Os neurônios eferentes motores levam estímulos voluntários para o tecido muscular
estriado esquelético. (Controle voluntário)
Os neurônios eferentes autonomicos atuam ainda em duas vias parassimpático e simpatica,
esses levam informação para o músculo estriado cardíaco, músculo liso, glândulas
endócrinas, tecido adiposo. (Controle involuntário)

Neurônios que ficam exclusivamente no SNC, eles possuem a função de


fazer uma integração das informações que estão chegando do SNP, irão
receber essas informações e fazer um processamento dessas, são os neurônios
chamado de interneuronios, ou neurônios integradores.

Partes de um neurônio
Células do sistema nervoso

Neurônios Neuróglia

SNC SNP

Construção da bateria Células de


hematoencefalica, Suporte metabólico,
ajuda a manter a defesa do SNC Produção da associado ao gânglio
quantidade adequada bainha de mielina
de K no LEC

SNC - encéfalo, medula


SNP - nervos e gânglios

Conjunto de corpos celulares no SNP- gânglio Nervo que leva a informação da periferia para o
Conjunto de corpos celulares no SNC - núcleo centro, é composto somente por neurônios
aferentes.
Conjunto de axônios no SNP- nervo Nervo que leva a informação do centro para a
Conjunto de axônios no SNC - trato periferia apresenta somente neurônios eferentes.
Nervo misto, composto por neurônios eferentes e
aferentes.

Os neurônios podem ser classificados tanto estrutural quanto funcionalmente:


Estrutural
Corpos celulares com 3 projeções ou mais - neurônio multipolar
Corpos celulares com 2 projeções (uma projeção axonal e uma projeção dendritica) -
neurônio bipolar (todos são aferentes)
Corpos celulares com apenas 1 projeção axonal- Neurônio unipolar
Funcionalmente
Eferente;
Aferente (sensitivo);
A zona de gatilho do neurônio aferente
unipolar está na ramificação, não está
no corpo celular, como nos outros tipos
de neurônios.

Medula (SNC) - substância cinzenta interna, substância branca mais externa.


Substância branca: grande quantidade de mielina, composta por axonios mielinizados,
oligodendrocitos, astrocitos fibrosos.
Substância cinzenta: ausência de mielina, composta corpos celulares, axonios não
mielinizados, astrocitos protoplasmaticos.
Córtex cerebelar - Substância cinzenta externamente e substância branca
está nas partes mais centrais. Tendo a mesma composição que a medula.
Sinapse (comunicação entre neurônios)
Sinapse química (modulado por um neurotransmissor);
Sinapse elétrica;

Um neurônio em repouso possui uma voltagem interna provisória negativa, o estímulo é


capturado pelos dendritos de um neurônio A, que passam para o corpo celular do neurônio,
cabe agora o corpo celular processar esse estímulo, identificando a sua amplitude, pois há
estímulos que não atingem o limiar, são chamados de estímulos sublimiars, a seguir esse
estímulo passa pelo axônio até chegar ao terminal axonal, onde tem-se vesículas armazenadoras
de neurotransmissores, podendo ser um neurotransmissor excitatorio ou inibitórios (que vão
hiperpolarizar o próximo neurônio) esse neurônio A é um neurônio pré-sináptico.
Entre dois neurônios há um espaço que chamamos de fenda sináptica, onde os
neurotransmissores serão liberados, por um processo de exocitose realizado pelo neurônio pre-
sináptico, que vão estimular o próximo neurônio, o pós-sináptico, onde por exemplo é liberado
novamente os neurotransmissores, onde chega ao alvo que por exemplo é o coração. Esse é um
exemplo de uma sinapse química.

Resumo sinapse química


Dendritos Corpo celular Axônio
(Capturam o estímulo) (Processa o estímulo) (Conduz o estímulo)

Próximo Fenda sináptica Terminal axonal


neurônio ou (Onde são liberados os Possuem vesículas
alvo neurotransmissores) que armazenam
neurotransmissores

O estímulo é Processado no corpo


capturado pelos celular, identificando
dendritos O estímulo chega no
sua amplitude terminal axonal, onde estão
armazenados
neurotransmissores
Neurônio B
Pós sináptico
Neurônio pós
Fenda sináptico capta os
Segue pelo axônio sináptica neurotransmissores e
continua a condução
do estímulo da mesma
forma, ou atinge o
Neurônio A alvo.
Pré sináptico Pela exocitose os
neurotransmissores
serão liberados na
fenda sináptica,
estimulando o
próximo neurônio

Sinapse elétrica
Quando temos uma comunicação direta entre duas células, uma proteína comunicante ou
uma junção GAP que passam a corrente elétrica de uma célula diretamente para a outra,
diferente do exemplo da sinapse química, aqui não temos a fenda sináptica, temos um canal
proteico que permite a passagem desse impulso diretamente, temos uma sinapse elétrico.
No coração temos sinapse elétrica, temos as junções comunicantes pelos discos intercalares.
Neurônios mielinizados ou amielinicos
A Mielina funciona como um isolante elétrico, quando a corrente elétrica está passando ao
longo do axônio com a bainha de mielina, a condução desse impulso será mais rápida, pois é
uma condução saltatoria, não temos trocas de cargas elétricas.
As troca de cargas elétricas vão acontecer nas áreas que não tem a presença da bainha de
mielina que são os nó de Ranvier.

Os neurônios supraóticos e paraventriculares e os neuro-hormonios, são amielinicos, pois


eles não são adaptados para transmitir impulsos elétricos e sim hormônio, portanto não
necessitam de mielina. O corpo celular desse neurônio está no hipotálamo, o axônio passa
pelo infundibulo e o terminal axonal está na neuro-hipófise, próximo desse terminal axonal
temos vasos sanguíneos, onde são lançados os neuro-hormonios.

Neurônios em ordem de velocidade de condução, do mais rápido para o mais lento:


1- Axônio mielinizado, diâmetro de 20um Mais rápido por conta da mielina.
2- Axônio não mielinizado, diâmetro de 200um Maior o diâmetro, menor a resistência
3- Axônio não mielinizado, diâmetro de 20um periférica e maior o fluxo.

Exemplo da sinapse com todas as respostas


Temos um estímulo vindo da periferia, para um centro integrador do SNC, que pode ser a
medula ou o encéfalo.
SNP SNC
Gânglio da
raiz dorsal

Neurônio
Zona de aferente
gatilho do
neurônio unipolar Medula
T.M.E. unipolar
esquelético

Interneurônio

Neurônio eferente
motor multipolar
Nervo misto (conjunto de axonios
de neurônios aferentes e eferentes)

Resumindo:
Um neurônio aferente do tipo unipolar captou um estímulo, transmitiu até o centro
integrador que seria a medula ou o encéfalo, esse neurônio aferente chega no corno dorsal
da medula, lá um interneurônio processou o estímulo e transmitiu para um outro neurônio
que está no corno ventral, um neurônio eferente multipolar, o do exemplo acima se trata de
um neurônio eferente motor, pois o seu alvo se trata da musculatura esquelética.
Quando o neurônio sai do SNC para atingir o seu alvo, temos os nervos ( que são os
conjuntos de axônios no SNP), como demostrado acima.
E se esse estímulo chegasse por meio do neurônio aferente no corno dorsal da medula
e ascendesse?
Córtex

Neurônio
aferente
unipolar
Interneurônio

Trata-se de um reflexo espinhal


Um estímulo que sai da medula
para o encéfalo por meio do
interneuronio, estímulo
ascendente, um trato ascendente.
Formando um Trato (conjunto de
axonios no SNC)
Medula

Conceitos:
Sinapse axosomática : o estímulo é capturada pelo corpo celular (soma, pericárdio) do
neurônio pós sináptico.
Sinapse axodedritica - o estímulo é capturada pelo dendrito do neurônio pós sináptico.

Neurônios eferentes autônomos: SIMPÁTICO X PARASSIMPÁTICO

Simpático Neurônio pós-


Alvo ganglionar Gânglio Neurônio pré-
Noradrenalina ganglionar Interneurônio

Acetilcolina
Parasimpático Neurônio pós-
ganglionar Gânglio
Neurônio pré-
Alvo ganglionar
Acetilcolina
Acetilcolina

Simpático: neurônio pré ganglionar é menor e o pós-ganglionar é maior.


O que acontece: o neurônio pré-glanglionar simpático chega ao gânglio carregando o
estímulo e libera acetilcolina para o neurônio pós-ganglionar, o qual continua levando o
estímulo e ao chegar no alvo ele libera noradrenalina, onde entra os receptores
adrenérgicos, o receptor mais responsivo a noradrenalina é o alfa 1.

Já no parassimpático: o neurônio pré-ganglionar é maior e o pós-ganglionar é menor.


O que acontece: o neurônio pré-glanglionar parassimpático chega ao gânglio carregando o
estímulo e libera acetilcolina para o neurônio pós-ganglionar, o qual continua levando o
estímulo e ao chegar no alvo ele libera acelticolina novamente.

O neurônio eferente motor não faz sinapse com neurônios, vai direto até o alvo liberando
acelticolina.
Potencial de ação neuronal

Tipos de canais iônicos


De vazamento 30mV
Dependentes de voltagem
Dependentes de ligantes
Dependentes de estímulo mecânico
0
Repouso - canais dependentes de
voltagem estão fechados, onde a célula -70mV
apresenta uma voltagem negativa, único
canal aberto são os de vazamento de
-90mV
Potássio.
Potencial graduado: no potencial
graduado irá abrir-se um canal de sódio
dependente de ligante, o que vai
proporcionar a entrada de sódio na
célula, fazendo a célula atingir o seu
limiar.

Despolarização - a despolarização inícia quando o potencial da membrana atinge o limiar,


a voltagem do limiar proporciona a abertura dos canais de sódio dependentes de voltagem,
levando a entrada de sódio, despolarizando a célula com uma entrada passiva (sem gasto
energético) de sódio.

Polarização invertida - Quando chega-se ao pico de voltagem do potencial de membrana,


os canais de sódio dependentes de voltagem se fecham.

Repolarização - Quando os canais de sódio dependentes de voltagem se inativam, o


influxo de sódio leva o potencial de membrana para próximo do equilibro, e os canais de
potássio se abrem, ocasionando uma saída excessiva de potássio, repolarizando a célula.
Uma saída passiva, a favor do gradiente de concentração.

Hiperpolarizacao : a contínua saída de potássio, proporciona a célula uma diminuição no


potencial de membrana, o que vai fazer que por um período a célula vai ficar com o interior
mais negativo do que era no repouso. Nessa fase os canais de sódio se fecham.
Além do desequilíbrio de potássio, a entrada de cloro também hiperpolariza a célula.
Qual a consequência de uma célula hiperpolarizada?
A distância para chegar ao limiar aumenta, por isso a célula vai precisar
de um estímulo maior para atingir o limiar e abrir os canais de sódio para
despolarizar a célula, então a hiperpolarização é um estímulo inibitório.

A bomba de sódio e potássio vai agir no início da repolarização tirando 3 sódios e 2 potássios
para manter a célula em funcionamento, deixando ela negativa internamente, é uma tentativa
de não deixar a célula hiperpolarizada. De forma ativa, com gasto energético.
Saída de sódio e a entrada de potássio sempre será um processo ativo.
Potássio no LEC x LIC
Como o potássio sendo positivo deixa a célula negativa?
Equilíbrio eletroquímico
O equilíbrio eletroquímico acontece pois há duas forças agindo nesse
potássio. A força de difusão, onde o potássio sai do meio mais concentrado
para o menos concentrado, pois os canais de potássio ficam sempre abertos.
A sua saída torna a célula negativa. A força elétrica atrai o potássio para
voltar a célula, porém a força de difusão é maior.

Quando há uma injeção cloreto de potássio, o que pode


acontecer com a célula? Método de eutanásia.

A consequência do aumento de K+ no LEC:


Em condições normais, quando as células estão em repouso, a quantidade de potássio no meio
intracelular é bem maior que a quantidade de K no meio extracelular, proporcionando a ação das
forças de difusão e força elétrica.
Quando se aumenta a quantidade de K+ no meio extra, a diferença de potássio de dentro para
fora da célula fica quase inexistente, ou seja, o potássio não sai mais da célula, deixando a célula
cada vez mais próxima do 0, neutra, não tendo mais gradiente de concentração. E isso impede
que essas células recebam estímulos, pois as células só conseguem processar estímulos se ela
estiverem internamente negativa.

Os astrócitos são as células da neuróglia responsáveis por


controlar essa quantidade de K no LEC, em variações pequenas.

Agora, outra situação:


A diminuição da quantidade de potássio no L.E.C, vai fazer com que a força de difusão retira
mais potássio do L.IlC, ou seja, vai hiperpolarizar a célula, distanciando do seu limiar.

Se a bomba de sódio e potássio para, as atividades celulares cessam imediatamente?


Não, as sinapses continuam enquanto há um gradiente de concentração dos íons.

Célula em repouso
Explicação fisiologica: ausência de estímulo
Explicação física: célula com voltagem interna negativa.
O único canal que está aberto com a célula em repouso é
o de K+.
O canal aberto possibilita a entrada de potássio mesmo que
a célula esteja em repouso, e é isso que vai garantir a
voltagem negativa da célula, o equilíbrio eletroquímico,
deixando a célula internamente negativa.
Potencial graduado X potencial de ação

Os dendritos recebem o estímulo e precisam passar esse estímulo para o corpo celular, e o
corpo celular que contém o potencial graduado.
Inicialmente o único canal que está aberto da nossa célula é o de potássio, quando o
estímulo chega ao corpo celular, ele processa esse estímulo abrindo o canal de sódio do
corpo celular, o que vai despolarizar o corpo celular, porém o corpo celular não propaga essa
informação, quem vai propagar essa informação é o axônio.

Entre o corpo celular e o axônio temos a zona de gatilho ou zona de disparo, que apresenta
uma grande quantidade de canais de sódio.
Se o sinal recebido pelos dendritos e processado pelo corpo celular tem uma intensidade
capaz de atingir a zona de gatilho, atingindo-a teremos o potencial de ação. Se esse estímulo
não tem intensidade para atingir a zona de gatilho, não teremos potencial de ação, teremos
somente um potencial graduado.

Qual íon é fundamental para a liberação de neurotransmissores?


Quando o terminal axonal está em ação, internamente ele está positivo, essa carga elétrica
positiva é o estímulo para a abertura de um outro canal iônico, o de cálcio. O cálcio quando
entra lá no fim do axônio, estimula as vesículas armazenadoras de neurotransmissores a
fazerem uma fusão com a membrana plasmática, liberando os neurotransmissores para a
fenda sináptica, fazendo uma exocitose que é o estímulo para o próximo neurônio.

Esse neurotransmissor quando liberado na fenda sináptica se liga ao próximo neurônio por
meio de um receptor, se torna um estímulo para o proximo neurônio. Por se tratar de um
estímulo excitatorio, esse receptor é um canal de sódio, então, quando o neurotransmissor se
conecta com o receptor, sódio começa a entrar nesse neurônio pelo corpo celular,
ocasionando um potencial graduado.

Os neurotransmissores não podem ficar sempre na fenda sináptica, o que podemos fazer:
Eles podem ser recapturados pelo neurônio pré-sináptico;
Pode-se degrada-los por uma ação enzimática;
Difusão desses neurotransmissores no líquido extracelular.

Sinapse química excitatorio - abre canais de sódio


Sinapse química inibitória - abre canais de cloro

GABA, é o principal neurotransmissor inibitório.

Benefícios da Mielina - faz o impulso nervoso acontecer de nó em nó de ranvier.


1 - Acelerar a condução elétrica;
2 - Menos gasto energético;
Potencial de ação

30mV

-70mV

-90mV

A- Estímulo sublimiar
B- Hiperpolarização (Sinapse inibitória)
C- Estimulo limiar
D- Despolarização (entrada de Na)
E-Polarização invertida (fecha canais de sódio)
F- Repolarização (saída excessiva de K)
G- Repouso

Os canais iônicos tem um tamanho compatível com cada íon, o canal de potássio só
passa potássio é o de sódio somente passa sódio, por terem um tamanho específico.
1- Onde terminam os neuronios que secretam os neuro-hormonios?
Próximo a corrente sanguínea

2. Qual e a diferença entre um nervo e um neurónio?


Neurônio é a unidade funcional do SN, composto por corpo celular, dendrito, axônio e
terminal axonal. O nervo são conjuntos de axônios, conduzem sinais.

3 - Qual é a função principal da mielina, da microglia e das células ependimárias?

4. Cite os dois tipos de células da glia que formam a mielina. Como elas diferem
entre si?
Oligodendrocitos - SNC
Células de Schawn - SNP

5 - Uma célula com potencial de membrana em repouso de - 70 mV seria


despolarizada ou hiperpolarizada nos seguintes casos? (Voce deve considerar tanto o
gradiente de concentração quanto o gradiente elétrico do ion para determinar o
movimento resultante do íon.)
(a) A célula fica mais permeavel ao Ca. Despolariza
(b) A célula fica menos permeavel ao K. Hiperpolariza

6 - Relacione o movimento de cada ion com o tipo de potencial graduado que ele cria.
(a) Na entra; DESPOLARIZA
(b) Cl entra; HIPERPOLARIZA
(c) K sai; REPOLARIZA
(d) Ca2 entra DESPOLARIZA

7 - Se voce colocar ouabaina, um inibidor da bomba Na /K , em um neurónio e,


então, estimula-lo repetidamente, o que voce espera que acontecera aos potenciais de
ação gerados nesse neurónio?
(a) Eles cessam imediatamente
(b) Não ocorre nenhum efeito imediato, mas eles diminuem com a estimulaçao
repetida e, eventualmente, desaparecem
(c) Eles diminuem imediatamente, e entao se estabilizam com uma menor amplitude.
(d) A ouabaina nao possui nenhum efeito sobre os potenciais de acao.

6 - A membrana celular despolarizaria ou hiperpolarizaria se uma pequena


quantidade de Na vazasse para dentro da celula?
Despolarizaria

7 - Coloque os seguintes neurónios em ordem de velocidade de condução, do mais


rápido para o mais lento:
(a) axónio mielinizado, diametro de 20 um. 1
(b) axónio não mielinizado, diametro de 20 um. 3
(c) axónio nao mielinizado, diametro de 200 um. 2

8 - Desenhe uma cadeia de tres neurónios que fazem sinapse um com o outro em
sequencia de condução
Identifique as extremidades pre e pos-sinapticas de cada neuronio, seus corpos
celulares, dendritos, axónios e terminais axonais.
Questões
01)Pesquisadores da Universidade Duke descobriram, em 1960, que a toxina isolada de ovarios
do baiacu poderia seletivamente bloquear os canais de sodio. A tetrodotoxina (TX) obstrui o
poro de canal permeavel ao Na- ligando-se fortemente a um sitio especifico no lado externo do
canal. Apesar disso, o baiacu e considerado uma iguaria no Japao. Sushi chefs licenciados pelo
governo treinam por anos a preparar o sushi de baiacu, de forma que quando ingerido provoca
somente um adormecimento ao redor da boca. Isso que e se aventurar comendo! Por que a
toxina é fatal quando ingerida?

R: Já que o canal externo de Na está obstruído, impossibilita a entrada de Na na célula, logo a


célula não conseguirá atingir o seu limiar e consequentemente não vai gerar o potencial de ação.
Dessa forma, as células ficarão em repouso permanente, levando a morte

02) Descreva A, B,C e D


A- o único canal aberto nessa fase são os
canais de vazamento de K+ -
caracterizando o REPOUSO da célula.

B- Nessa fase os canais de sódio


dependente de voltagem se abrem, e o
sódio entra, o que vai tornar a célula
positiva, ou seja acontece a
DESPOLARIZAÇÃO.

C- Nesse momento os canais de sodio


dependente de voltagem se inativam, e a
saída de potássio da célula REPOLARIZA
a célula.

D- Nesse momento a célula volta para o


REPOUSO, onde somente os canais de
vazamento de potássio estão abertos, à
espera de um novo estímulo para
despolarizar a célula.

03) Uma doenca desmielinizante, chamada de síndrome de Guillain-Barré, possui acometimento


da mielina dos nervos periféricos que inervam os musculos e a pele. Essa doenca pode se seguir a
doenças infecciosas ou parece resultar de uma resposta imune anomala contra a propria mielina.
Os sintomas derivam diretamente do retardo e/ou da falha na conducao do potencial de açao nos
axónios que inervam os musculos. Assim como a EM a sindrome de Guillain-Barré são
caracterizadas por um profundo retardo no tempo de resposta. Explique o porquê desse retardo.
R: A bainha de mielina é um isolante elétrico responsável pela rápida condução do impulso. O
comprometimento dessa bainha levará a uma lenta condução do potencial de ação, retardando o seu
tempo de resposta.
04) Anestésicos locais são fármacos que bloqueiam temporariamente os potenciais de ação nos
axónios. Eles são ditos "locais" porque são injetados diretamente no tecido onde a anestesia - a
ausência de sensação - é desejada. A procura por um anestésico sintetico adequado para
substituir a cocaina levou ao desenvolvimento da lidocaina, que é atualmente o anestesico local
mais utilizado. A lidocaina pode ser dissolvida em gel e ser passada na membrana mucosa da
boca (e em outros locais) para anestesiar as terminações nervosas (chamada de anestesia
tópica); pode ser injetada diretamente no tecido (anestesia por infiltração) ou no nervo
(bloqueio do nervo); pode também ser infundida no líquido cerebrospinhal que banha a medula
espinhal (anestesia espinhal), onde pode anestesiar uma extensa parte do corpo.
A lidocaína e outros anestésicos locais previnem a geração de potenciais de ação ao se ligarem a
canais de sódio dependentes de voltagem. O sítio de ligação para a lidocaina foi identificado
como o segmento de a-hélice $6 do domínio IV da proteina (Figura A). A lidocaína não tem
acesso a esse sítio pelo lado de fora. O anestésico deve, primeiramente, cruzar a membrana
axonal e, então, passar através do portão aberto do canal para encontrar seu sitio de ligação.
Por que axónios pequenos, disparando varios potenciais de ação, são mais sensíveis ao bloqueio
da condução por anestésicos locais?
R: A lidocaína age internamente, por isso a célula precisa estar em potencial de ação. Se os neurônios
estão tendo potencial de ação vários canais de Na estão abertos, facilitando a entrada do anestésico, o
que vai impedido a entrada de mais sódio e paralisa as células, axônios pequenos disparam e
transmitem impulsos mais rápido, fazendo com que os canais de sódio fiquem mais acessíveis para a
entrada do anestésico.
Histologia do Tecido nervoso

Organização do tecido nervoso: Células


Unidades funcionais: neurônios
Células da Glia - outras células do SN Neuróglia
Neurônios
Matriz extracelular
SNC SNP
Três funções básicas do SN:
Recepção sensorial Oligodendrocitos Células de Schawnn
Integração Astrocitos Células satélites
Resposta motora
Micróglia
Células ependimarias

Nervo que leva a informação da periferia


para o centro, é composto somente por
Conjunto de corpos celulares no SNP- gânglio neurônios aferentes.
Conjunto de axônios no SNP- nervo Nervo que leva a informação do centro
para a periferia apresenta somente
Conjunto de corpos celulares no SNC - núcleo neurônios eferentes.
Conjunto de axônios no SNC - trato Nervo misto, composto por neurônios
eferentes e aferentes.

Classificação dos neurônios:


Estrutural/ Anatômica ( pelo número de prolongamentos citoplasmáticos):
• Unipolar (pseudounipolar): uma única projeção citoplasmática que logo se divide em
dois. - conduz informações perifericas para o SNC - aferente
• Bipolar: corpo celular com duas projeções citoplasmaticas, uma dendritica e uma
axonal, são exclusivos de algumas áreas (retina, mucosa olfatória), conduzem
informações perifericas para o centro, são aferentes.
• Multipolar: apresenta diversas projeções citoplasmáticas, vários dendritos e um
axônio.

A maioria dos neurônios


são multipolares

No SNC, os corpos celulares


localizem-se na substância
cinzenta e os axônios na
substância branca.
Classificação dos neurônios
Funcional:
• Aferente: levam informação da periferia para o centro.
• Eferentes: levam informação do centro o periferia
Eferente motor: sai da substância cinzenta do corno ventral, passa pela substância branca
estimulando movimentos voluntários.
Eferente autônomos: sai da substância cinzenta do corno ventral, passa pela substância
branca estimulando movimentos involuntários.
• Interneurônios: estabelem conexão entre neurônios.

Células da Glia - SNC


Funções:
Oligodendrocitos: produção da bainha de mielina
Astrocitos: Construção da barreira hematoencefalica, ajuda a manter a
S
N quantidade adequada se K no LEC Astrócitos protoplasmáticos:
C Micróglia: Células fagociticas de defesa do SNC. substância cinza; numerosos
Células epedindimarias: células que constroem um epitélio de prolongamentos curtos e
revestimento dos ventrículos e do canal central ramificados;
Astrócitos fibrosos:
substância branca; menor
número de prolongamentos;
são mais longos e mais retos.

1- Oligodendrocito
2- Astrocito protoplasmatico
3- Astrocito fibroso
4- Micróglia
Células ependimarias

Células da Glia - SNP


Funções:
S Células de Schawnn: produção da bainha de mielina
N
P Células satélite: suporte metabólico

Células satélites

Gânglios

Os gânglios são agregados de corpos celulares


de neurônios localizados no sistema nervoso
periférico.

Diferenciam-se em dois tipos de gânglios:


sensitivos e autônomos.
Substância branca X Substância cinzenta
Essa diferença de cor se deve principalmente pela disposição da mielina, presentes
nos axônios mielinizados - principal componente da substância branca.
A substância cinzenta é formada principalmente por corpos celulares dos neurônios,
dendritos, porções iniciais não mielinizadas.

Córtex cerebelar

Substância cinzenta na camada superficial


do cérebro, constituindo o córtex cerebral,
enquanto a substância branca está nas
partes mais centrais.

As atividades do córtex cerebelar estão


relacionadas com o equilíbrio e postura corporal
As células de Purkinje são os únicos neurônios
do cerebelo capazes de transmitir impulsos
eferentes formados no córtex cerebelar.

O córtex cerebelar tem três camadas: a molecular, mais externa; a central, formada por neurônios
de grandes dimensões chamados de células de Purkinje; e a granulosa, que é a mais interna.

Setas - G: camada granulosa


Pkj: células de purkinje, na camada central
D: dendritos, na camada molecular
Cá: corpos celulares na camada molecular
Medula espinal Cornos dorsais: recebem informação da periferia

S
Substância branca: axônios, neurônios mielinizados

Substância cinzenta: corpos celulares, é


cinzenta pois é uma área sem mielina

&
Canal central, por onde passa o liquor, revestido
pelas células ependimarias.

Fissura ventral

Cornos ventrais: estruturas que levam


informações do centro para a periferia

O corno dorsal é uma área sensorial, que recebe os estímulos que vem do SNP pelos
neurônios aferentes, o pré sináptico, que libera neurotransmissores para o próximo neurônio
o pós sináptico, que nesse caso será os interneuronios que vão ser responsáveis de fazer a
integração, o neurônio integrador faz uma sinapse química com um outro neurônio o
eferente que reside o seu corpo celular na substância cinzenta do corno ventral, porém o
seu axônio se estende até o sistema nervoso periferico.

Qual a composição da substância cinzenta?


Corpos celulares, astrócitos protoplasmáticos.

Qual a composição da substância branca?


Axônios mielinizados, oligodendrócitos e astrócitos fibrosos.

Quais tipos de neurônios estão presenças nos cornos ventrais e dorsais?


Neurônios eferentes nos cornos ventrais e Neurônios sensitivos ou aferentes nos
cornos dorsais.

1- Canal central
2- Células ependimarias

Qual o diagnóstico do tecido epitelial do


canal central?
Tecido epitelial simples cúbico.

Qual a função das células ependimárias?


Facilitam a movimentação do líquido
cefalorraquidiano.
1- Gânglio
2- células satélites
3- nervos espinais

Qual a composição dos gânglios e dos nervos?


Os gânglios são conjuntos de corpos celulares, e
os nervos são conjuntos de axônios.

Qual função das células satélites?


Sustentação e revestimento.

Nervos perifericos
Tecido conjuntivo que reveste cada axônio - endoneuro (T.C.F)
Temos membrana plasmática, podendo ter bainha de mielina e por último o endoneuro.

Quando um tecido conjuntivo revestindo um conjunto de axônio - perineuro (T.C.F)

Quanto temos um tecido conjuntivo que envolve todo o nervo - epineuro (T.C.D.N.M)

Perineuro

Epineuro
(T.C.D.N.M)

Gânglios e nervos

Gânglio/ células
ganglionares

Nervo

Gânglio: conjunto de corpo celular


Nervo: conjunto de axônios
Gânglio da raiz dorsal: aferente, leva informação para o corno dorsal, chegou no corno
dorsal leva informação para a medula espinal, que pode passar direito para o neurônio
eferente, ou pode ter uma participação do interneuronio.
Passando a informação para um neurônio eferente, o corpo celular desse neurônio está no
corno ventral da subs cinzenta, tem o axônio que passa na substância branca da medula, vai
ser mielinizado pelos oligodendrocitos, quando sai da medula, chegando no SNP passa a
ser mielinizado pela células de Schawnn.

Epineuro

Qual função das células satélites?


Sustentação e metabolismo.

Células satélites

Axônios vistos em cortes transversais

Qual função das células de Schwann?


Produção da bainha de mielina do SNP.

Axônio
Bainha de mielina
Endoneuro
Células de Schwann

Qual função da bainha de mielina?


Isolante elétrico que acelera a
condução do impulso nervoso.

Qual a importância para o impulso


nervoso?
Acelera a velocidade da condução.
Patologia - neuro
Transtornos do humor

Depressão
Diagnóstico: Clínico e comportamental

4,4 % da população do planeta sofrem de depressão


As mulheres são mais afetadas;
Menos de 10% das pessoas que tem depressão não buscam os tratamentos necessários;

Tristeza X Depressão Fatores de risco:


Episódios anteriores de depressão
Transtorno depressivo maior História familiar
Alteração do humor Doenças crônicas
Alteração do prazer Traumas de infância e recentes
Alteração da energia Ansiedade
(mais cansadas, mais apáticas) Sexo feminino
Idade > 65 anos

Causas orgânicas de depressão


Doenças: hipotireoidismo, HIV, mononucleose, demências, parkinson, TCE
Medicamentosa: betabloqueadores, anti-hipertensivos, antirretrovirais, antiepiléticos.

Diagnóstico
CID - 10 DMS-5

DSM-5 inclui os transtornos depressivos: Anedonia: perda de


Transtorno depressivo maior; satisfação e interesse
Transtorno depressivo induzido por substância /medicamento; em realizar atividades
Transtorno depressivo devido a outra condição médica; do dia a dia.
Transtorno depressivo persistente-distimia;
Transtorno depressivo pré menstrual;
Transtorno depressivo de desregulação do humor.
O que esses transtornos tem em comum?
Todos os transtornos afetam de forma significativa a capacidade funcional do indivíduo,
acompanhado de alterações somáticas, cognitivas, humor, sensação de vazio emocional,
irritabilidade.

Classificação (F32)
Leve: mantém a rotina com dificuldade;
Moderada: apresenta maiores prejuízos na rotina diária;
Grave: incapaz de manter a rotina e responsabilidades.

Fisiopatologia Serotonina
Noradrenalina
Hipótese: Redução dos neurotransmissores
na fenda sináptica do sistema límbico.
Ansiedade
5HT, NA, DA, Glu.
Concentração Irritabilidade Obsessões
Essa redução dos neurotransmissores Estado de alerta Impulsividade Compulsões
ocasiona uma redução da neuroplasticidade. Energia Memória
Cognição
Neuroplasticidade refere-se à capacidade
Humor
do SNC de adaptar-se e moldar-se a novas Sexo
situações. Atenção Agressão
A neuroplasticidade é uma condição Apetite
normal e continuo ao longo da vida.
Prazer
Hipóteses da fisiopatologia da depressão: Recompensa
• Uma enzima chamada monoaminoxidase, essa Motivação
enzima ocasiona a redução dos neurotransmissores Dopamina
na fenda sináptica, inibindo os neurônios pós
sinápticos.
• Aumento da recaptação de neurotransmissores,
também diminuindo os neurotransmissores na
fenda sináptica.
Transtorno de ansiedade
Prevalência 17,7%
Mulheres ao longo da vida: 30,5%
Comorbidades são frequentes;

Prejudicam a vida diária dos indivíduos;


Deixam de realizar atividades;
O que acontece: Algumas situações são suportadas com grande dificuldade;
Diminui o grau de independência;
Rompimentos sociais e de relacionamentos.

Fisiopatologia
Estímulo do tônus simpático no sistema nervoso autônomo, que vai gerar a
produção de alguns neurotransmissores que vão ser responsável pela luta ou
fuga (o que ocasiona as palpitações, nervosismo, medo e entre outros)

Neurotransmissores Eixo hipotálamo hipófise adrenal


Noradrenalina Aumenta o estresse devido o aumento
Serotonina da liberação de cortisol
GABA

Transtorno de ansiedade generalizada Transtorno do pânico


Pessoas que parecem ansiosas com tudo; Ataques intensos e agudos de ansiedade;
Preocupação de difícil controle; Palpitações e dor no peito
Sintomas somáticos: tensão muscular Tontura e fraqueza
Irritabilidade Sudorese
Falta de ar
Diagnóstico:
Ansiedade e preocupações excessivas, Primeiro ataque - espontâneo
quase que diário, por pelo menos 6 meses; Avaliação clínica - excluir:
dificuldade de controlar a preocupação. Doenças cardíacas; Esforço físico; Uso de
Ansiedade e preocupação associadas com cafeína, álcool e nicotina; padrões incomuns
3 ou mais dos seguintes sintomas: do sono e alimentação; situações ambientais.
1-Inquietação ou sensação de estar com • Costuma surgir na idade adulta jovem
os nervos a flor da pele; Diagnóstico:
2-Fatigabilidade; Ataque de pânico: período súbito de
3-Dificuldade de concentração ou intenso medo ou desconforto; alcança o pico
sensação de “branco” na mente; em minutos; sensação de morte iminente.
4-Irritabilidade; Transtornos de pânico:
5-Tensão muscular; Critérios diagnóstico: número ou frequência
6-Perturbação do sono. dos ataques.
Tratamento: Tratamento:
Psicoterapia Psicoterapia (TCC)
Farmacoterapia Farmacoterapia
Abordagens de apoio
Agorafobia Fobia específica
A maioria é causada pelo transtorno de Medo excessivo de algo:
pânico; incapacidade e crônica. Objeto
Circunstância
Diagnóstico: Tem medo ou evita essas
Situação específica
situações devido a pensamentos de que
pode ser difícil escapar ou de que o Diagnóstico diferencial:
auxílio pode não estar disponível no caso • Uso de substâncias
de desenvolver sintomas do tipo pânico • Tumores no SNC
ou outros sintomas incapacitantes ou • Doenças cerebrovasculares
constrangedores. • Transt do Pânico com agorafobia
Tratamento • Hipocondria
~ Psicoterapia
• TOC
~ Farmacoterapia
• Transt de Personalidade Paranóide
Anatomia
Bases morfofisiologicas do Sistema Neurolocomotor

Sistema nervoso
Nervos
Sistema nervoso Central (SNC) Sistema nervoso Periferico (SNP)

Encéfalo Medula espinhal SNP Somático SNP Autônomo


Movimento voluntário Movimento involuntário
Origem dos nervos
Cranianos (12 pares) Simpático Parassimpático
Espinais (31 pares): (Acelera) (Diminui)

Tipos de nervos

Sensitivos (Aferentes): Permitem a passagem de um estímulo nervoso de receptores


externos e internos até o sistema nervoso central (encéfalo e medula espinal)
Movimento
Motores (Eferentes): Permitem a passagem de uma resposta desde o sistema nervoso
central até os órgãos, glândulas e músculos.
Sensitivos aferentes
SNC
Mistos: Possui propriedades sensitivas e motoras.
ferente
Motor e
Estímulo Resposta

Funções do sistema nervoso

Função Sensorial - Sensações gerais e especiais;

Função Integrativa - Coordenação das funções dos


vários órgãos e centro de controle;

Função Motora - Contrações musculares


voluntarias ou reflexas;

Função Adaptativa - Adaptação do animal ao meio


ambiente (SNA - sudorese, respiração)

Tecido nervoso
Principal célula : NEURÔNIOS
Transmissão de impulso nervosos
Todos os neurônios têm como função a condução do
impulso nervoso e o processamento de informações?
Falso. Há neurônios que produzem hormônios
Sistema de proteção do ENCÉFALO

Parietais
Frontal
Esfenóide

Occipital
Temporais
Caixa craniana
São 3 ossos ímpares e 2 ossos pares:
Ímpares: Frontal, occipital e esfenoide.
Pares: Parietais e temporais.

Sistema de proteção do ENCÉFALO


Meninges
Protegem do encéfalo, membranas finas, temos 3.
Sistema de membranas que recobrem o encéfalo e a medula espinal

Dura-máter
Aracnóide Entre a aracnoide-máter e
a pia-máter encontra-se o
Espaço sub-aracnóideo espaço subaracnóideo,
que contém uma
Pia-máter quantidade razoável de
líquido cefalorraquidiano.
Esse líquido lubrifica,
absorve substâncias
tóxicas, leva nutrientes
para o encéfalo e ajuda no
equilíbrio pressórico.

A dor de cabeça é uma


inflamação da dura-máter
Dura-máter é a única membrana que tem nervos e vasos
sanguíneos; A punção lombar é a
A aracnóide é uma camada um pouco mais espessa; retirada do liquor, para
Pia-máter camada mais fina e mais interna. fazer análise.

Sistema de proteção da MEDULA


Coluna vertebral
(Vértebras) , protegendo a medula espinal.
Anatomia do encéfalo

Cérebro Telencéfalo
Diencéfalo

Mesencéfalo Telencéfalo
Tronco Ponte
Encefálico Bulbo Diencéfalo
1ª parte da medula espinal

Mesencéfalo
Cerebelo Cerebelo
Ponte
Cerebelo Bulbo

Partes anatômicas do diencéfalo

Tálamo Tálamo
Hipotálamo
Epitálamo Epitálamo
Subtálamo
Hipotálamo
Tálamo é o principal centro de
comunicação interneuronal
Subtálamo

Anexos do diencéfalo
Corpo caloso - liga os hemisférios do cérebro
Septo pelúcido - serve para separar os ventrículos, prevenindo transtornos no
sistema límbico
Fórnice ou (Fórnix): divide-se em amígdala e corpo mamilar, as amígdala são
responsáveis pelo controle do comportamento e corpo mamilar - manutenção da
memória
Plexo coróide do terceiro ventrículo- Produz o líquido cefalorraquidiano
Quiasma óptico: Participa na formação de imagens nítidas e binoculares,
permitindo que casa hemisfério cerebral forme imagens integradas.
Aderência hipotalâmica
Pineal: A glândula pineal produz o hormônio melatonina que está relacionado com
o sono tipo RAM nas suas fases mais profundas,
Aderência
hipotalâmica
Plexo coróide do
terceiro ventrículo

Corpo caloso

Septo pelúcido

Quiasma óptico

Pineal Fórnix

Partes anatomicas do Telencéfalo


Sulcos
Uma fissura, divisora superficial.
A existência dos sulcos permite considerável aumento do volume cerebral e sabe-se que cerca
de dois terços da área ocupada pelo córtex cerebral estão “escondidos” nos sulcos.
Sulcos: ou sulco de Rolando
• Sulco central. Sulco pós central
Sulco central
• Sulco pré-central. Sulco pré central
• Sulco pós- central.
• Sulcos (fissuras laterais).
• Sulco frontal superior.
• Sulco frontal inferior.
• Sulco temporal superior.
• Sulco temporal inferior.

Os principais: Sulco central, sulco


temporal, sulco parieto-occipital.

O sulco temporal divide o


lobo temporal dos lobos
frontal e parietal O sulco central
divide o lobo
O sulco parieto-ocipital divide o lobo frontal do lobo
parietal do occipital parietal.
Giros
Massa entre os sulcos.
Principais giros:
• Giro pré- central.
• Giro pós- central.
• Giro supra parietal.
• Giro infra parietal.
• Giro frontal superior.
• Giro frontal médio.
• Giro frontal inferior.
• Giro temporal superior.
• Giro temporal médio.
• Giro temporal inferior.

O Encéfalo é dividido em dois hemisférios cerebrais:

Os dois hemisférios se comunicam


através do corpo caloso.

Hemisfério Hemisfério
esquerdo Direito
Córtex Casca, aquilo que recobre
Parte do telencéfalo
Lobo da ínsula
O córtex é dividido em 5 estruturas:
Lobo frontal
Lobo parietal
Lobo temporal
Lobo occipital
Lobo da ínsula
Lobo límbico Lobo parietal
O lobo límbico é Lobo frontal
funcional, não anatômico.

Lobo occipital Lobo temporal

Ventrículos
São canais associados ao diencéfalo e ao tronco encefálico que
permite a produção e o transporte do L.C.R que transita por todo
encéfalo e a medula espinal.

O líquido cefalorraquidiano é produzido por um tecido especial - os Plexos coróides -


nos ventrículos dos hemisférios cerebrais, está em todos os ventrículos .
O líquido tem função de nutrição, proteção, excreção do sistema nervoso, regulação da
pressão intracraniana,

Ventrículo lateral direito

Ventrículo lateral esquerdo

3º ventrículo
4º ventriculo
Tipos de ventrículos
Ventrículos laterais (esquerdo e direito) - produtores de L.C.R
Terceiro ventrículo
Quarto ventrículo A hidrocefalia é uma má formação dos
Cornos anteriores ou frontais ventrículos, ocasionando um volume maior de
Cornos posteriores ou occipitais LCR e aumento do volume craniano.
Cornos laterais os temporais

Ventrículos laterais

Forame de monroe

Terceiro ventrículo

Aqueducto de Sylvius

Quarto ventrículo

Canal central

Transporte do L.C.R
Ventrículos laterais
(produzem 50mm de liquor/hora) Sistema venoso
Forame interventricular ou
Forame de monroe Veias jugulares internas
Terceiro ventrículo Seios sagitais
Se mistura no plasma
Aqueduto de sylvius Veia cava superior
Ponte Quarto ventrículo Cerebelo
(esquerdo) (direito) Espaço subaracnóideo Átrio direito

(canal central)
Medula espinal
100ml são produzidos por hora, se
reabsorve aproximadamente 60ml

Forame do ventrículo
Medula espinal

Vértebras Nervos espinais


Nervos cervicais - 8 pares Plexo cervical
Sao nervos pares e mistos.

Medula cervical Nervos torácicos - 12 pares Plexo torácico


Sao pares e mistos

Nervos lombares - 5 pares Plexo lombar


Medula torácica
Sao pares e mistos

Nervos sacrais - 5 pares Plexo sacral


Medula lombar São pares e mistos

Nervo coccígeo - 1 par Cóccix

Totalizando 31 pares de nervos espinais mistos

Nervos cervicais
(8) (C1-C8)

Nervos torácicos
(12) (T1-T12)

Nervos sacrais Nervos lobares


(5) (S1-S5) (5) (L1-L5)
Nervo coccígeo
(1)
Hipnóticos
Não benzodiazepinicos: composto z

Uso clínico: tratamento da insônia Causa Amnésia anterograda

Zolpidem é mais indicado para fazer tratamento a


curto prazo, 6 meses aprox.
Zopliclona e eszopiclona tratamento a longo prazo.

Mecanismo de ação:
Ocasiona o aumento da frequência de abertura do canal iônico, para ter o influxo do cloreto, e
hiperpolarizar a célula.
Como ele faz isso? O zolpidem vai atuar na sublimidade alfa do receptor do canal iônico, o
GABA também irá se ligar no receptor do canal iônico, o que vai ocasionar a abertura dos
poros, possibilitando a entrada de cloreto, e a célula se hiperpolariza e isso vai fazer com que o
neurônio entre em repouso.

Quando o paciente encontra-se em uma situação de insônia os neurotransmissores excitatorios


se sobrepõem ao GABA que é um neurotransmissor inibitório, a ligação do GABA sozinho
sem o fármaco não é capaz de inibir a célula, ela fica mais tempo excitada e assim ocasiona a
insônia.

Farmacocinetica
Administração via oral
Demora mais ou menos 2h para iniciar a ação.

Interação medicamentosa
Inibidores da 3A4 (Eritromicina, claritromicina, ritonavir, itraconazol, cetoconazol.)
Os não benzodiazepninicos, composto z, vão promover a inibição da síntese CYP3A4, que é a
principal isoenzima que realiza o processo de biotranformação dos fármacos, essa inibição, vai
fazer com que se precisar da ação dela não teremos, ou seja, se fizermos a utilização de um
outro medicamneto que seria biotranformado por ela, ele ficará na corrente, vai acontecer uma
extensão do efeito no organismo.

Efeitos adversos
Sonolência, dor de cabeça, tontura
Boca seca, fadiga, amnésia anterograda
Aumento das transzaminases, fraquez muscular
Tolerância, e dependência

Efeitos tóxicos ( só vai apresentar se associar com outro depressor)


Compostos Z é mais seguro
Sono prolongado

Flumazenil, é uma molécula antagonista que bloqueia o sítio de ligação dos compostos Z, atua
revertendo os quadros de doses excessivas dos benzodiazepinicos. Usa-se em casos graves.
Antidepressivos sedativo

Fármacos: Mirtazapina, amitriptilina, trazadona


São utilizados para pacientes com insônia

Efeitos adversos: sonolência matinal, risco de hipotensão ortostática, tontura, ganho de peso.
Causa hipotensão ortostática porque atuam em receptores alfa 1, impedindo a ligação da
noradrenalina nos receptores alfa 1, e ao invés de ter vasoconstrição teremos vasodilatação
e consequentemente hipotensão.

Mecanismo de ação: aumentam o tempo de ação dos neurotransmissores na fenda sináptica.


Atuam no alfa1 (vaso) e alfa 2 (SNA) (PGi).
Exemplo da noroadrenalina, mas pode ser outros neurotransmissores:
Sabe-se que noradrenalina atua nos receptores de alfa 2 no sistema nervoso central, um receptor
inibitório, regulando a liberação de noradrenalina pelos neurônios.

Quando toma-se o medicamento, antagoniza o os receptores alfa 2, e consequentemente um


aumento da liberação de noradrenalina.
Seu efeito antidepressivo acontece por que eles atuam inibindo a proteína de recaptação de
5HT, atuam na fenda sináptica e nos dendritos.
Teremos um aumento dos neurotransmissores na fenda e nos dendritos, por isso inicialmente o
paciente tem uma piora do quadro clínico, com insônia, agitação.
Lá nos dendritos os neurotransmissores vão se ligar ao receptor 5HT da proteína Gi, inibitória,
não terá a conversão de ATP em AmPC, não terá a ativação da PKa, e consequentemente não
abrirá os canais de sódio para a liberação dos neurotransmissores, quando os receptores se
dissociam dos dendritos, vão sofrer uma internalização dos receptores.

Antipsicóticos
Esquizofrenia + : típicos e atípicos
Esquizofrenia - : atípicos
Os típicos causam tremores, parkinsonismo medicamentoso ( a dopamina atua na via
nigroesttiatal, controla a liberação de acelticolina, mas ao tomar a medicação, promove o bloqueio
da dopamina) aumenta a produção de leite ( a dopamina atua na via tuberoinfundibular, reduzindo
a liberação da prolactina, mas a medicação bloqueia o receptor dopaminergico e consequentemente
aumenta a liberação de leite.)
Os típicos atuam em todas as vias: nigroesttriatal, mosolimbica, mesocortical e tuberoinfundibular.

Atípicos
Atípicos
Uso clínico: insônia.
Usa-se atípicos por conta dos efeitos adversos que o típico causa,
Os atípicos vão atuar nas vias mesolimbicas e na mesocortical, não apresenta os efeitos
colaterais que os tipos apresentam. Estimulam o sono por meio do bloqueio histaminergicos.

Efeitos colaterais: boca seca, constipação, sonolência, ganho de peso.

Anti- histaminicos
Efeito sedativo, NÃO é tratamento para insônia, usa-se em momentos pontuais.

Tratamento da ansiedade

Não trato paciente com ansiedade com benzoadizepinico (diazepan)

O tratamento de primeira linha são os inibidores seletivos da receptação de serotonina (ex:


sertralina) necessita de 1-2 meses para fazer efeito

- Benzodiazepinico, é coadjuvante no tratamento, associado (ex: diazepan), para que


durante o período de adaptação do tratamento principal o paciente não apresente crise.

Segunda linha: inibidores seletivo da receptação de serotonina e noradrenalina (1-2 meses


de adaptação)

Benzodiazepinicos
Mecanismo de ação: atuam aumento a frequência de abertura dos canais de
cloreto - célula hioerpolatizada: efeito hipnótico.

Você também pode gostar