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Colégio Militar de Porto Alegre

Língua Portuguesa – 2º ano EM


Profs. Cel Machado e Jésura Chaves

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Com base na leitura de textos motivadores seguintes e nos conhecimentos


construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo
em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema INCLUSÃO DE PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA: DESAFIOS E
ALTERNATIVAS, apresentando proposta de conscientização social que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto 1
6 dicas para garantir a inclusão na escola
Por: Joelma Souza (10/0/2017)

Gerir o pedagógico e o administrativo é um desafio, principalmente porque


perpassa garantir o direito de aprendizagem de todos os estudantes. Dentro disto,
temos um desafio específico: incluir aqueles com deficiência, não só como parte do
processo, mas enquanto cidadão capazes de adquirir habilidades e competências
dentro da sua necessidade e potencial.
A inclusão escolar não pode ser entendida apenas como um direito garantido
em um capítulo da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) ou de outras que integram a
legislação brasileira. Muito pelo contrário: precisa ser compreendida como um
direito enquanto cidadão, forma de garantia de sua autonomia e do seu
desenvolvimento cognitivo. Nestes anos de experiência como diretora, venho
usando alguns direcionamentos que norteiam nossa atuação visando a inclusão
desses estudantes com maior êxito. Essas ações foram se consolidando a cada ano
a partir de avaliação, reelaboração, revisão e conversa franca entre todos para que
melhoremos nossa prática. A cada aluno recebido, em suas especificidades, temos
novos aprendizados. E temos que fazer sempre esse exercício de aprender com
cada um deles. Compartilho com vocês as nossas ações por aqui:

1) Conhecimento do aluno em sua totalidade. Não olhamos ninguém com pena


ou julgando-o como incapacitado para assimilar conhecimentos. Buscamos sempre
compreender quais são as dificuldades, que tipo de soluções funcionam melhor
dentro de seu contexto, como dar instrumentos para que ele seja capaz e
desenvolva autonomia no dia a dia – seja na vida escolar ou na pessoal.
Consideramos importante também a participação atuante em eventos, gincanas e
diversas outras ações da escola!
2) Formação dos profissionais. A equipe gestora precisa ter um plano de ação
junto a todos os envolvidos. Dentro de seu campo específico de atuação, todos
devem ter ciência de como podem contribuir para a inclusão. Como a forma de lidar
com cada estudante – mesmo quando se trata do mesmo diagnóstico – é diferente,
as formações são essenciais para alinhar os conhecimentos com a realidade da
instituição, aperfeiçoar práticas e alimentar a formação docente para ter uma
postura mais assertiva com a aprendizagem desses estudantes.
3) Integração efetiva entre o professor da sala de recurso multifuncional e
os do ensino regular. Esses trabalhos precisam se conversar. As experiências e
caminhos encontrados por um desses profissionais pode ampliar as do outro. A
equipe gestora é responsável pela mediação dos encaminhamentos e orientações a
serem desenvolvidas. Nesse contexto, a observação de sala de aula, auxílio nas
adequações de atividades e feedback de ações faz toda a diferença, pois cada um
sabe e compreende sua importância no processo e aprende também com os colegas
relação de corresponsabilidade.
4) Atendimento na sala de recurso multifuncional. Deve ter seus horários
definidos a partir de um cronograma em comum acordo com o aluno e família. Essa
definição é necessária para o desenvolvimento de um trabalho melhor e
contribuição junto ao professor que atua neste local, que deve ter um plano
específico para cada aluno.
5) Uso da tecnologia dentro da escola. Os diversos meios tecnológicos dentro
ou fora da sala podem auxiliar os procedimentos e atividades de inclusão. Eles
incentivam os alunos a dar o seu melhor – já que muitas vezes a tecnologia
desperta interesse – e ajudam consideravelmente na sua evolução. Softwares
educativos, por exemplo, contribuem com o cognitivo para construção de frases e
cálculos matemáticos.
6) Parceria escola e família. Esse será sempre o ponto chave! A família colabora
com informações para construções de processos, além de seu apoio ser
fundamental para engajamento das crianças na instituição. Ela também pode ser
parte atuante ao incentivar as práticas escolares em casa.
Inclusão será sempre um tema precioso e necessário a ser discutido entre
nós. A cada dia nos deparamos com situações novas e precisamos sempre nos
reinventar para garantir os direitos individuais e coletivos de nossos alunos. Para
isso, estudar e se manter em formação continuada é imprescindível para os
gestores também. Só assim teremos embasamento para contribuir, auxiliar,
transformar e passar a confiança para equipe que tem na figura do diretor um
parceiro mais experiente e direcionador dos desafios escolares.
Disponível em: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1804/blog-na-direcao-certa-
6-dicas-para-garantir-a-inclusao-na-escola Acesso em 01/09/2018.

Texto 2

Dados da inclusão no mercado de trabalho no ano de 2016

Ao longo do ano de 2016, a Fundação Catarinense de Educação Especial


(FCEE), através do Serviço de Colocação no Mercado de Trabalho, promoveu o
encaminhamento e acompanhamento de 156 pessoas com deficiência ao mercado
de trabalho na Grande Florianópolis. Cerca de 39% dos contratados possuem
ensino médio completo, dado que demonstra que o nível de escolaridade desta
população já se assemelha ao nível de escolaridade das pessoas sem deficiência. A
FCEE promove a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho
desde 1981. 
O Serviço de Colocação no Mercado de Trabalho é coordenado pelo Centro
de Educação e Trabalho (CENET) da FCEE, cujo objetivo é produzir conhecimento,
capacitar profissionais, assessorar os serviços na área da educação profissional e
emprego de pessoas com deficiência intelectual e transtorno do espectro autista
(TEA), encaminhar e acompanhar pessoas com deficiência (intelectual, mental,
sensorial, física ou transtorno do espectro autista) para o mercado de trabalho,
promovendo assim, o acesso e permanência destes no âmbito profissional.

No ano de 2016 este serviço realizou o encaminhamento e acompanhamento


de 156 pessoas com deficiência ao mercado de trabalho, sendo 61% destas
pessoas com deficiência auditiva, 27% com deficiência intelectual, 8% com
deficiência física, 3% com deficiência visual e 1% com transtorno do espectro
autista (TEA).

No que se refere ao nível de escolaridade dos encaminhados 31% possui


ensino fundamental incompleto, 12% ensino fundamental completo, outros 12%
ensino médio incompleto, 39% possui ensino médio completo, 4% ensino superior
incompleto e 2% destas pessoas possuem ensino superior completo. Os dados
referentes ao nível de escolaridade demonstram que, atualmente, o nível de
escolaridade da pessoa com deficiência é semelhante ao nível de escolaridade da
população que não apresenta deficiência, se contrapondo ao discurso de que a
pessoa com deficiência não acessa ao mercado de trabalho pelo baixo nível de
escolaridade/qualificação.

Disponível em: http://www.fcee.sc.gov.br/index.php/sala-de-


imprensa/noticias/8511-dados-da-inclusao-no-mercado-de-trabalho-no-ano-de-
2016 Acesso em 01/09/2018.

Texto 3
O poder da publicidade inclusiva

Em pouco mais de 24 horas, Ryan e Noah viraram pop stars. E a Target,


grande cadeia de lojas de artigos populares, se tornou a heroína das pessoas com
deficiência. Isso sem fazer nada além do que vem fazendo, sem alarde, desde a
década de 80 – refletir a diversidade dos consumidores em sua publicidade.
Dessa vez, a iniciativa da Target, infelizmente ainda muito pouco seguida no
mundo da propaganda, foi repercutida como nunca antes graças ao poder da
internet. (...)
Disponível em: http://www.inclusive.org.br/arquivos/21866 Acesso em
01/09/2018

INSTRUÇÕES:
● O rascunho da redação dever ser feito no espaço apropriado.
● O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30
linhas.
● A redação com até 7(sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e
receberá nota zero.
● A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-
argumentativo receberá nota zero.
● A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do
Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito
de correção.

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