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Zeros de Funções
Zeros de Funções
Zeros de Funções
Wellington D. Previero
previero@utfpr.edu.br
Sumário
1 Introdução
2 Método da Bissecção
5 Método de Newton-Raphson
1 Introdução
2 Método da Bissecção
5 Método de Newton-Raphson
Introdução
Objetivo
Estudo de métodos numéricos para resolução de equações da
forma f (x) = 0.
Definição
Um número real a é um zero da função f ou raiz da equação
f (x) = 0 se f (a) = 0.
Definição
Um número real a é um zero da função f ou raiz da equação
f (x) = 0 se f (a) = 0.
Exemplo 1
√
−b± b2 −4ac
a) f (x) = ax 2 + bx + c = 0 → x = 2a (Fórmula de
Baskara).
b) f (x) = ax 3 + bx 2 + cx + d = 0 → Método de Cardano [1],
[2].
c) No caso de polinômios de grau mais alto e no caso de
funções mais complicadas, pode ser impossı́vel achar os
zeros exatamente. Exemplo: f (x) = e−x − x. Por isso,
temos de nos contentar em encontrar apenas
aproximações para esses zeros .
Exemplo 1
√
−b± b2 −4ac
a) f (x) = ax 2 + bx + c = 0 → x = 2a (Fórmula de
Baskara).
b) f (x) = ax 3 + bx 2 + cx + d = 0 → Método de Cardano [1],
[2].
c) No caso de polinômios de grau mais alto e no caso de
funções mais complicadas, pode ser impossı́vel achar os
zeros exatamente. Exemplo: f (x) = e−x − x. Por isso,
temos de nos contentar em encontrar apenas
aproximações para esses zeros .
Exemplo 1
√
−b± b2 −4ac
a) f (x) = ax 2 + bx + c = 0 → x = 2a (Fórmula de
Baskara).
b) f (x) = ax 3 + bx 2 + cx + d = 0 → Método de Cardano [1],
[2].
c) No caso de polinômios de grau mais alto e no caso de
funções mais complicadas, pode ser impossı́vel achar os
zeros exatamente. Exemplo: f (x) = e−x − x. Por isso,
temos de nos contentar em encontrar apenas
aproximações para esses zeros .
Exemplo 2
Se um paraquedista estiver inicialmente em repouso, a sua
velocidade v após t segundos do salto é dada
gm −c·m
v (t) = (1 − e t )
c
em que c é a constante de arrasto, m é a massa do
paraquedista e g a constante gravitacional.
Exemplo 2
Considere um paraquedista de massa 69, 5kg saltando de um
balão de ar quente parado. Usando o valor do coeficiente de
arrasto igual a 12, 5kg/s, calcule
a) a velocidade de abertura do paraquedas.
b) o coeficiente de arrasto para que um paraquedista de de
massa 80kg atinga a velocidade de 50m/s após 8
segundos.
Métodos Intervalares
Objetivo:
Isolar a raiz em um intervalo.
Utilizar estratégias para sistematicamente diminuir a
largura do intervalo, podem assim obter uma aproximação
da resposta correta.
Observações:
Refinamento
Método Iterativo
Método Iterativo
Início
Dados Iniciais
k=1
Calcular uma
nova aproximação Método Numérico
Critério de Parada
Esta aproximação
está suficientemente Cálculos
próxima da raiz sim finais
exata?
Fim
não
k=k+1
Método Iterativo
Início
Dados Iniciais
k=1
Calcular uma
nova aproximação Método Numérico
Critério de Parada
Esta aproximação
está suficientemente Cálculos
próxima da raiz sim finais
exata?
Fim
não
k=k+1
Critério de Parada
Erro real: |x − xk |
Erro relativo: |xk+1 − xk |
|xk+1 −xk |
Erro relativo percentual: |xk | · 100%
1 Introdução
2 Método da Bissecção
5 Método de Newton-Raphson
Método da Bissecção
Seja f uma função contı́nua num intervalo [a, b] tal que
f (a) · f (b) < 0.
Método da Bissecção
Seja f uma função contı́nua num intervalo [a, b] tal que
f (a) · f (b) < 0.
Exemplo 3
Considere a função f (x) = x 2 − 3 e o intervalo [a, b] = [1, 2].
Obtenha uma aproximação para a raiz de f utilizando o critério
de parada |bk − ak | ≤ 0, 01.
Iteração: k = 0
Erro: 0, 5
Iteração: k = 0
Erro: 0, 5
Iteração: k = 1
Erro: 0, 25
Iteração: k = 1
Erro: 0, 25
Iteração: k = 2
Erro: 0, 125
Iteração: k = 2
Erro: 0, 125
Iteração: k = 3
Erro: 0, 0625
Iteração: k = 3
Erro: 0, 0625
Iteração: k = 4
Erro: 0, 03125
Iteração: k = 4
Erro: 0, 03125
Iteração: k = 5
Erro: 0, 015625
Iteração: k = 5
Erro: 0, 015625
Iteração: k = 6
Intervalo:
[a6 , b6 ] = [1, 71875; 1, 734375]
x6 = 1, 7265625
f (1, 71875) = −0, 045898438
f (1, 7265625) = −0, 018981934
f (1, 734375) = 0, 008056641
Solução: x7 = 1, 73046875
Iteração: k = 6
Intervalo:
[a6 , b6 ] = [1, 71875; 1, 734375]
x6 = 1, 7265625
f (1, 71875) = −0, 045898438
f (1, 7265625) = −0, 018981934
f (1, 734375) = 0, 008056641
Solução: x7 = 1, 73046875
Iteração: k = 6
Intervalo:
[a6 , b6 ] = [1, 71875; 1, 734375]
x6 = 1, 7265625
f (1, 71875) = −0, 045898438
f (1, 7265625) = −0, 018981934
f (1, 734375) = 0, 008056641
Solução: x7 = 1, 73046875
Algoritmo
ak +bk
Ponto médio: xk = 2
Algoritmo
ak +bk
Ponto médio: xk = 2
Algoritmo
ak +bk
Ponto médio: xk = 2
Algoritmo
ak +bk
Ponto médio: xk = 2
Algoritmo
Algoritmo 1: Método da Bissecção (uso de vetores)
Entrada: f (x), a, b,
k ← 0, a0 ← a, b0 ← b;
enquanto Critério de Parada ≥ faça
xk ← (ak + bk )/2;
se f (ak ) · f (xk ) < 0 então
ak+1 ← ak ;
bk+1 ← xk ;
senão
ak+1 ← xk ;
bk+1 ← bk ;
fim
k ←k +1
fim
xk ← (ak + bk )/2 ;
Exiba xk ;
Observações:
1 Introdução
2 Método da Bissecção
5 Método de Newton-Raphson
Se f 00 (x) < 0 :
f (xk )
xk+1 = xk − (xk − b)
f (xk ) − f (b)
f (xk )
xk+1 = xk − (xk − a)
f (xk ) − f (a)
f (xk )
xk+1 = xk − (xk − b)
f (xk ) − f (b)
f (xk )
xk+1 = xk − (xk − a)
f (xk ) − f (a)
f (xk )
xk+1 = xk − (xk − b)
f (xk ) − f (b)
f (xk )
xk+1 = xk − (xk − a)
f (xk ) − f (a)
f (xk )
xk+1 = xk − (xk − c)
f (xk ) − f (c)
Exemplo 4
Calcular o zero da função f (x) = ex − sen(x) − 2 com 5
iterações.
Inı́cio
f 00 (x) > 0
c = 1, 5 e x0 = 0, 5
Inı́cio
f 00 (x) > 0
c = 1, 5 e x0 = 0, 5
Iteração: k = 0
x0 = 0, 5
(−0.830704)
x1 = 0.5 − (−2.314898) · (−1)
x1 = 0.858851
Iteração: k = 0
x0 = 0, 5
(−0.830704)
x1 = 0.5 − (−2.314898) · (−1)
x1 = 0.858851
Iteração: k = 1
x1 = 0.858851
x2 = 0.858851 − (−0.396645)
(−1.880839) · (−0.641149)
x2 = 0.994061
Iteração: k = 2
x2 = 0.994061
x3 = 0.994061 − (−0.136061)
(−1.620255) · (−0.505939)
x3 = 1.036548
Iteração: k = 3
x3 = 1.036548
x4 = 1.036548 − (−0.041185)
(−1.525379) · (−0.463452)
x4 = 1.049061
Iteração: k = 4
x4 = 1.049061
x5 = 1.049061 − (−0.011987)
(−1.496181) · (−0.450939)
x5 = 1.052674
Algoritmo
f (xk )
Cálculo da nova solução: xk+1 = xk − f (xk )−f (c) (xk − c)
Algoritmo
f (xk )
Cálculo da nova solução: xk+1 = xk − f (xk )−f (c) (xk − c)
Observações:
1 Introdução
2 Método da Bissecção
5 Método de Newton-Raphson
Seja f (x) uma função contı́nua em [a, b], intevalo que contém
uma raiz da equação f (x) = 0.
f (x) = 0 ⇔ x = g(x)
Exercı́cio 1
Determine algumas funções de iteração para a equação
x 2 + x − 6 = 0.
Resposta
6
a) g(x) = x+1
√
b) g(x) = 6−x
c) g(x) = 6 − x 2
Exercı́cio 1
Determine algumas funções de iteração para a equação
x 2 + x − 6 = 0.
Resposta
6
a) g(x) = x+1
√
b) g(x) = 6−x
c) g(x) = 6 − x 2
Exemplo 5
Considere as funções iterativas obtidas no Exercı́cio 1.
Verifique geometricamente a convergência (ou não) das
aproximações da raiz de f (x) = x 2 + x − 6 através da relação
xk+1 = g(xk ) e x0 = 1.
Exemplo 5
6
a) g(x) = x+1
Exemplo 5
√
b) g(x) = 6−x
Exemplo 5
c) g(x) = 6 − x 2 e x0 = 1, 5
Exercı́cio 2
Através das funções iterações do Exemplo 5, obtenha
numericamente a aproximação da raiz de f (x) = x 2 + x − 6
através da relação xk+1 = g(xk ) e x0 = 1. Faça 4 iterações.
Algoritmo
Algoritmo
Teorema
Sejam ξ uma raiz da equação f (x) = 0 isolada num intervalo I
e g(x) uma função iteração. Se
a) g(x) e g 0 (x) são contı́nuas em I;
b) |g 0 (x)| < 1 , para todo x em I e
c) x0 ∈ I então a sequência xn gerada pelo processo iterativo
xk+1 = g(xk ) converge para ξ.
Exercı́cio 3
Verifique se a função iteração gera uma sequência convergente
ou divergente para o zero da função f (x) = x 2 + x − 6.
a) g(x) = 6 − x 2
6
b) g(x) = x+1
Observações:
a) Convergência rápida;
b) Necessidade de que a função de iteração e a condição
inicial x0 satisfaçam a condição de convergência;
1 Introdução
2 Método da Bissecção
5 Método de Newton-Raphson
Ideia básica:
seja f uma função contı́nua cuja raiz chamaremos de ξ.
Iniciaremos tomando um valor que sabemos estar próximo
de ξ, que chamaremos de x0 ;
A partir do ponto (x0 , f (x0 )) traçamos a reta y = L0 (x)
tangente a curva nesse ponto.
Ideia básica:
seja f uma função contı́nua cuja raiz chamaremos de ξ.
Iniciaremos tomando um valor que sabemos estar próximo
de ξ, que chamaremos de x0 ;
A partir do ponto (x0 , f (x0 )) traçamos a reta y = L0 (x)
tangente a curva nesse ponto.
f (xk )
xk+1 = xk −
f 0 (xk )
.
Exercı́cio 4
Seja f (x) = x 2 + x − 6. Determine uma aproximação para a
raiz de f considerando x0 = 1, 5. Considere o critério de
parada |f (xk )| ≤ 10−4 .
Resposta
n = 0, x1 = 2, 062500, |f (x1 )| = 0, 316406
n = 1, x2 = 2, 000762, |f (x2 )| = 0, 003812
n = 2, x3 = 2, 000000, |f (x3 )| = 0
Exercı́cio 4
Seja f (x) = x 2 + x − 6. Determine uma aproximação para a
raiz de f considerando x0 = 1, 5. Considere o critério de
parada |f (xk )| ≤ 10−4 .
Resposta
n = 0, x1 = 2, 062500, |f (x1 )| = 0, 316406
n = 1, x2 = 2, 000762, |f (x2 )| = 0, 003812
n = 2, x3 = 2, 000000, |f (x3 )| = 0
Algoritmo
f (xk )
Cálculo da nova solução: xk+1 = xk − f 0 (xk )
Algoritmo
f (xk )
Cálculo da nova solução: xk+1 = xk − f 0 (xk )
f (x)
g(x) = x −
f 0 (x)
temos que
f (x)
g(x) = x ⇔ x− =x
f 0 (x)
f (x)
⇔ 0 =0
f (x)
⇔ f (x) = 0
f (x)
g(x) = x −
f 0 (x)
temos que
f (x)
g(x) = x ⇔ x− =x
f 0 (x)
f (x)
⇔ 0 =0
f (x)
⇔ f (x) = 0
Observações:
a) Convergência rápida;
b) Necessidade do cálculo de f 0 (x);
c) Cálculo do valor numérico de xk em f 0 (x) e f (x) em cada
iteração.