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às atividades
na educação
infantil?
Recomendações aos
municípios no planejamento
para a retomada no contexto
da pandemia de Covid-19
Realização apoio
Sobre a publicação Sobre a Fundação Maria
O objetivo deste documento é auxiliar os gestores Cecilia Souto Vidigal
municipais que já tenham tomado a decisão de Desde 2007, a Fundação Maria Cecilia
promover o retorno às atividades da educação infantil Souto Vidigal trabalha pela causa da
no contexto da pandemia de COVID-19, seja agora ou Primeira Infância com o objetivo de impactar
a qualquer momento antes da disponibilização de uma positivamente o desenvolvimento de crianças
vacina, e também os gestores da rede de ensino, bem em seus primeiros anos de vida.
como suas equipes. Nossa intenção é dar subsídios As principais frentes de atuação da Fundação
para o planejamento da reabertura das instituições são a promoção da educação infantil de
de educação infantil, trazendo como base de reflexão qualidade - creche para quem quer ou precisa
a experiência de outros países que já reabriram ou e pré-escola para todos; fortalecimento dos
planejam reabrir as unidades de educação infantil. serviços de parentalidade, para apoiar quem
cuida; a avaliação do desenvolvimento das
Direitos e permissões crianças – o que não se pode medir, não se
Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal pode melhorar; e a sensibilização de toda a
© Todos os direitos reservados. sociedade sobre o impacto, a longo da vida,
É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, das experiências vividas na primeira infância.
desde que citadas a fonte e a autoria.
Sugestão de Citação
Como voltar às atividades na educação infantil?
COORDENAÇÃO
Recomendações aos municípios no planejamento
Beatriz Abuchaim
para a retomada no contexto da pandemia de Covid-19
Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal
PESQUISA E REDAÇÃO
Julho/2020
Marcia de Oliveira Gomes Gil
Leitores críticos
Anna Chiesa
Eliana Crepaldi Santos
CEO Fátima Bonifácio
Mariana Luz Maria Izabel Cesar Lemos
DIRETOR DE CONHECIMENTO APLICADO
Eduardo Marino EDIÇÃO
DIRETORA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS David Cohen
Heloísa Oliveira Raquel Maldonado
DIRETORA DE COMUNICAÇÃO
Paula Perim Projeto gráfico e diagramação
Marília Filgueiras
DIRETOR DE OPERAÇÕES
Leonardo Hocoya
apoio
sumário
1 apresentação 04
2
planejamento: primeiras ações
A disposição para ir em frente – e voltar, se for o caso 10
Os mais velhos voltam primeiro 11
O esforço deve ser conjunto 16
Aproveite os grupos já existentes 17
Comunique-se o tempo todo, com todo mundo 18
4
atuação com os profissionais de educação
Atenção com a saúde 31
Higiene 32
Autocuidado 33
Cuidando do emocional 33
6
atuação com as crianças
Acolhimento 38
Cuidados com a saúde 39
Mudanças no trabalho pedagógico 41
Ideias para o planejamento 43
7 considerações finais
Detecção e abordagem de crianças e profissionais sintomáticos
Guia de ação para gestores 50
49
Referências 52
1
apresentação
4
N inguém esperava que o ano letivo de 2020 fosse tão conturbado, especialmen-
te afetado pelas medidas de combate à disseminação da Covid-19, a doença
provocada pelo Sars-Cov2, um novo tipo de coronavírus. Ante a ausência de uma
vacina para controlar a pandemia, ou mesmo de remédios com que tratar os infec-
tados, o distanciamento social se tornou rapidamente um consenso mundial como
o meio mais eficaz de evitar o aumento no número de mortes. Entre as primeiras
medidas de isolamento estava o fechamento de universidades, escolas e creches.
Se a interrupção das atividades educativas teve de ser, pela própria urgência
da situação, repentina e, portanto, mal planejada, o mesmo não precisa acontecer
com o retorno às atividades presenciais – quando quer que ele ocorra. Ninguém
tem ainda uma resposta segura sobre quando os estabelecimentos de ensino, prin-
cipalmente aqueles voltados à educação infantil, devem reabrir suas portas. Há
respostas divergentes pelo mundo.
2 O estudo, em inglês, pode ser lido aqui [https://www.nature.com/articles/s41591-020-0962-9]. Um resumo dele foi publicado pelo biólogo Fernando Reinach
em sua coluna no Estado de S. Paulo [https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,as-criancas-e-a-covid-19,70003339212]
3 Pesquisa publicada pelo jornal El País, disponível aqui [https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-06-17/colocar-20-criancas-numa-sala-de-aula-implica-em-
808-contatos-cruzados-em-dois-dias-alerta-universidade.html]
6
de promover o retorno às atividades da educação infantil, seja agora ou a qual-
quer momento antes da disponibilização de uma vacina, e também os gestores das
unidades educativas, bem como suas equipes. A educação
O que é apresentado neste documento são subsídios para o planejamento da infantil, por
reabertura das instituições de educação infantil, trazendo como base de reflexão a
experiência de outros países que já reabriram ou planejam reabrir as as unidades atender crian-
de educação infantil. ças pequenas,
É preciso frisar que, por se tratar de uma situação inédita, os conhecimentos
e sugestões aqui elencados não pretendem ser definitivos. Trata-se de enriquecer traz desafios
os debates locais e nacional com subsídios, alertando que o diálogo, as análises diferentes das
e, consequentemente, as ações das autoridades e dos profissionais da educação
devem evoluir conforme surjam novas evidências a partir da própria experiência de
outras etapas
reabertura das unidades. da educação
Para a elaboração deste documento, foram consultados artigos científicos, dados
e informações de autoridades e entrevistas com profissionais de várias áreas, incluin-
básica no
do saúde, educação e gestão pública. Sugere-se que as decisões também ocorram processo de
de forma multidisciplinar e de acordo com as orientações das autoridades sanitárias.
Nesta linha, é bom ter em mente três considerações iniciais para o bom uso
reabertura,
deste material: que devem ser
Primeiro, por tratar-se de uma questão de saúde pública, todos os segmentos
levados em
da sociedade devem agir de acordo com as recomendações oriundas das auto-
ridades sanitárias, apoiadas em evidências científicas. Cabe a essas autoridades consideração
definir o relaxamento das medidas de distanciamento social, com um retorno gra-
na própria
dual à normalidade, dentro de parâmetros sanitários seguros. Apenas autoridades
sanitárias podem atestar quando será possível a retomada das atividades em cre- decisão de
ches e pré-escolas nos diferentes estados e municípios. retomar
A segunda consideração é que a educação infantil, por atender crianças peque-
nas, traz desafios diferentes das outras etapas da educação básica no processo de atividades
reabertura, que devem ser levados em consideração na própria decisão de reto-
mar atividades. Como preconiza a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), uma
educação infantil de qualidade deve promover a aprendizagem por meio de ex-
periências concretas, interativas, lúdicas e contextualizadas. Também deve garantir
que o cuidado físico e emocional esteja assegurado. É fundamental na reabertura
que esses critérios sejam inegociáveis, ainda que, para o bom cumprimento de
recomendações sanitárias, tenham que ser adaptados.
Finalmente, as recomendações aqui elencadas são genéricas e abrangentes. Enten-
de-se que cada município ou instituição tomará decisões localizadas e moldadas pelos
seus contextos, espelhando as possibilidades e desafios de cada rede. Há que ser frisa-
da, porém, a importância da cooperação intersetorial em todas as etapas do processo.
Uma vez que seja tomada a decisão de reabertura, ela precisa ser amparada
por um planejamento que considere os direitos das crianças da educação infantil e
de seus professores, as necessidades das famílias, as devidas alterações no espaço,
a disponibilização de novos equipamentos e materiais diversos e, finalmente, os
necessários cuidados com as equipes de profissionais.
O planejamento para o retorno das atividades deve levar em conta as adver-
tências e cuidados sanitários que envolvem não apenas as unidades de educação
infantil , mas as famílias. Isso significa ouvir e atender às recomendações das auto-
ridades para cada território, buscando respostas que se adequem ao contexto. Um
mesmo município pode ter diferentes realidades a serem consideradas, o que torna
este documento uma diretriz a ser adaptada às necessidades de cada localidade.
O atendimento às necessidades
2 das crianças pequenas, como
atividades lúdicas e interativas, pode
ser adaptado, mas é inegociável
8
2
planejamento:
primeiras
ações
Como voltar às atividades na educação infantil? 9
Planejamento: primeiras ações
a disposição para ir em
frente – e voltar, se for o caso
• Como em qualquer problema complexo, não existem soluções perfeitas, nem
únicas. Cada gestor terá que elaborar critérios apoiados nas especificidades de
suas redes de ensino. O melhor caminho para isso é o diálogo com os diversos
segmentos da comunidade.
• Todas as ações devem ser consideradas como provisórias: precisam ser constan-
temente revistas e analisadas.
• Embora cada local tenha sua especificidade, deve-se buscar aprender com os
outros, incluindo as experiências internacionais. A França, por exemplo, recen-
temente reabriu as escolas seguindo rigoroso protocolo e logo após, recuou
da sua decisão. Isso não é um exemplo de fracasso, e sim de necessidade de
avaliar as decisões tomadas e adaptá-las em prol da segurança da comuni-
dade escolar.
• Quanto maior for a testagem das crianças e dos profissionais, mais segurança
se terá para ampliar o número de crianças atendidas – sempre de acordo com
as recomendações das autoridades sanitárias.
10
As crianças não são imunes
Observação: Qualquer destas alternativas deve ser combinada com as famílias, dados os desafios de sua implementação.
12
Sugestões de atividades para complementar a carga horária
Receitas de comida
ou outras atividades
relacionadas ao
planejamento
Leitura de livros Propostas de arte e de
pedagógico realizado
com familiares construção com sucata
• Quanto às necessidades das famílias, é sabido que uma das motivações para o
retorno das atividades educativas é a retomada de outras atividades econômicas
que, ao promover a volta dos pais ou familiares cuidadores ao trabalho, cria dificul-
dades para cuidar das crianças. Na elaboração deste documento, esta perspectiva
foi considerada fundamental, porém é reconhecido que as recomendações não
satisfazem completamente essa necessidade dos pais e/ou cuidadores. Reiteramos
que em primeiro lugar vêm as garantias de saúde e segurança para as crianças.
• Em relação às creches, não parece ser possível atender todas as crianças
desde o primeiro momento, dadas as modificações necessárias para garantir a
segurança das crianças [mais sobre isso a seguir]. Listamos, portanto, situações
prioritárias, ou seja, crianças pequenas que deverão retornar primeiro às ativida-
des presenciais, pelo critério de equidade.
Crianças em vulnerabilidade social - Crianças cujos pais sejam Crianças com deficiências - a serem
Identifique beneficiários do Bolsa trabalhadores da saúde avaliadas caso a caso, dado que
Família ou outro programa social, e de outros serviços o desafio poderá ser maior para
mapeando prioridades essenciais algumas crianças
SÃO CONSIDERADOS
Crianças que façam parte dos grupos de maior risco para desenvolvimento Grupos de risco:
de quadros graves de Covid-19 ou que vivam no mesmo domicílio que outras • maiores de 60 anos
crianças ou adultos que pertençam a grupo de risco [veja mais na lista ao lado], não • Cardiopatas
deverão retornar às atividades, salvo por recomendação expressa de autoridade • Diabéticos
médica. Crianças pertencentes a grupos de risco que já tiveram infecção comprovada • doentes
e se recuperaram podem retornar às atividades respiratórios
crônicos
Crianças menores de 1 ano têm maior chance de desenvolvimento de quadros • doentes renais
graves pela Covid-19 [veja mais na página 11]. Portanto, sugerimos que o retorno crônicos em
das crianças nessa faixa etária seja avaliado com muita cautela antes da existência de estágio avançado
uma vacina ou de a epidemia estar absolutamente controlada na comunidade7. (graus 3, 4 e 5)
• Imunossuprimidos
• Portadores
de doenças
• Outras possibilidades de atendimento envolvem a flexibilização do tempo de cromossômicas
permanência da criança na creche, de acordo com a necessidade da família e com estado
possibilidades da instituição. Essa medida deverá ser adotada com cautela, uma de fragilidade
vez que levaria a um aumento no fluxo de entrada e saída fora dos horários con- imunológica
vencionais, o que requer intensificação dos cuidados de higiene. • Gestantes
• Puérperas
• Numa segunda fase, após o resultado das primeiras semanas da retomada de • Obesos
atividades e de acordo com os critérios sanitários e a evolução da pandemia, • Tabagistas
pode-se passar à entrada de outras crianças, como aquelas cujos pais precisam
retornar ao trabalho.
7 Dong Y, Mo X, Hu Y, et al. Epidemiology of COVID-19 Among Children in China. Pediatrics 2020 March 16 (Epub ahead of print).
CDC COVID-19 Response Team. Coronavirus disease 2019 in children — United States, February 12–April 2, 2020. MMWR Morb Mortal Wkly Rep 2020;69:422-6.
Parri N, Lenge M. Children with Covid-19 in Pediatric Emergency Departments in Italy. NEJM May 1 2020
S. Shekerdemian LS et al. Characteristics and Outcomes of ChildrenWith Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) Infection Admitted to US and Canadian Pediatric
Intensive Care Units. JAMA Pediatr. doi:10.1001/jamapediatrics.2020.1948
Pathak EB et al. COVID-19 in Children in the United States: Intensive Care Admissions, Estimated Total Infected, and Projected Numbers of Severe Pediatric Cases
in 2020. 2020 Wolters Kluwer Health. DOI: 10.1097/PHH.0000000000001190
14
É preciso que as autoridades públicas garantam a
alimentação de crianças vulneráveis que porventura não
retornem às atividades presenciais e das que eventualmente
participem do rodízio, também nos dias em que não
estiverem na unidade educativa
Grupamento de crianças a
1ª Grupamento de 5ª partir de 1 ano, obedecendo
semana: crianças de 5 anos semana:
critérios de priorização
Grupamento de crianças de
2ª Grupamento de 6ª 3 e 2 anos cujos familiares
semana: crianças de 4 anos semana:
tenham retornado ao trabalho
Grupamento de crianças
4ª de 2 anos, obedecendo 8ª Todas as crianças
semana: semana: a partir de 1 ano
critérios de priorização
Pela maior vulnerabilidade, não consideramos neste cronograma a volta das crianças menores de 1 ano de idade.
• Não é de hoje que a intersetorialidade tem espaço nos debates da educação A construção
infantil, sobretudo na creche, devido à idade das crianças e aos cuidados e
atenção necessários para a promoção da saúde. Portanto, a parceria com as de respostas
pastas da Saúde, especialmente com os Núcleos de Vigilância em Saúde, e da
efetivas se
Assistência Social é ainda mais importante neste momento. Entretanto, quan-
do se discute o retorno das crianças às atividades educativas, outras áreas, dá quando
tais como limpeza pública, economia e habitação são bem-vindas e podem
as diferentes
contribuir substancialmente. A construção de respostas efetivas se dá quando
as diferentes áreas buscam soluções de forma conjunta. O hiato existente áreas buscam
entre os diferentes saberes deve ser substituído por ações de coletividade e soluções
participação.
de forma
• Conversar com os gestores das creches e pré-escolas e incluí-los nas decisões
contribui para a construção e adoção dos novos procedimentos. Professores e conjunta
demais profissionais devem participar do processo decisório, mesmo que por
representatividade, uma vez que suas ideias são valiosas, e que garantir a se-
gurança de todos faz parte do processo pedagógico.
• Embora o foco das discussões e o direito à educação infantil seja das crianças,
entende-se como necessária e urgente a garantia de direitos das famílias, pois
não há como pensar a criança distante de suas relações familiares.
16
• Entre esses materiais estão: termômetro digital de testa infravermelho sem con-
tato, equipamentos de proteção individual (EPI), álcool a 70% líquido para lim- EPIs são:
peza do ambiente e em gel para limpeza das mãos, sabonete líquidos e toalhas • Máscaras de pano
de papel, assim como outros materiais considerados necessários pelo grupo para profissionais
intersetorial, em quantidade compatível com as necessidades do sistema de e crianças maiores
ensino. [Veja quais são os EPIs no quadro ao lado] de 2 anos de idade.
• Aventais de plás-
• Estabeleça, junto com o grupo intersetorial, as prioridades para avaliação e tico impermeáveis e
testagem para Covid-19:
higienizáveis e luvas
descartáveis para
Prioridade 1: garantir Prioridade 2: todas as Prioridade 3: pessoas
profissionais que
que todos os profissio- pessoas que tiveram que tiveram sintomas
terão contato com
nais e crianças sintomá- contato direto com compatíveis com Covid-19 as secreções das
ticos sejam avaliados casos confirmados de durante o período de crianças, como nas
em serviço de saúde e Covid-19 devem ser distanciamento social trocas de fraldas.
testados. avaliados em serviço de e não foram testadas
• Óculos de proteção
saúde e testados quan- devem ter acesso a testes ou face shield para
do houver indicação. sorológicos para determi- profissionais que têm
nar infecção prévia. contato com secre-
ções das crianças,
• Organize as unidades de educação infantil numa perspetiva territorial para haver como professores
integração com as demais pastas. Dessa forma, as famílias terão mais facilidade das idades mais
de buscar auxílio, caso necessitem, de serviços de saúde e de assistência social. novas e aqueles
que realizam trocas
• Defina um fluxo de atendimento em saúde para crianças e suas famílias, assim de fralda.
como para profissionais, a partir do grupo de trabalho intersetorial que envolva
profissionais da Vigilância em Saúde, unidades de saúde do território e outros
parceiros que julgar necessário.
• Os municípios que contam com a Estratégia de Saúde da Família (ESF) devem 8
• Deve permanecer em isolamento domiciliar por 14 dias. • Afastar todos os outros profissionais e crianças que
tiveram contato com o doente. Ponderar testar todos.
• Os familiares devem ser orientados a realizar
isolamento domiciliar por 14 dias e, se apresentarem • Se a criança tiver irmãos em outros grupos da unidade,
sintomas, procurar uma unidade de saúde. afastar todas as crianças desses grupos.
• Após o isolamento de 14 dias, e com pelo menos 3 dias • Se for um profissional que não cuida diretamente das
sem sintomas, a criança ou o profissional poderá voltar crianças, ponderar afastar as pessoas mais próximas,
com autorização médica. do mesmo grupo de trabalho.
8 Política do Ministério da Saúde para promover qualidade de vida para a população. https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/saude-da-familia
9 Para saber mais, acesse https://portal.fiocruz.br/documento/plano-de-contingencia-da-fiocruz-para-pandemia-de-covid-19-versao-14
18
3
preparação
do ambiente
da unidade
educativa
Como voltar às atividades na educação infantil? 19
Preparação do ambiente da unidade educativa
20
• Considerando a fácil disseminação do coronavírus, é oportuno pensar em aten-
der as crianças em pequenos grupos (sugestão de até 8 crianças com um adulto).
5m
Um exemplo: se a sala tem
20m2 e dois professores, no
máximo oito crianças deverão
frequentar aquele espaço
simultaneamente. O grupo
deverá ser mantido em todas as
atividades, não frequentando
4m espaços que outros grupos
fiquem ou circulem.
• Sempre que possível, devem ser utilizados espaços externos e arejados. Ativida-
des ao ar livre dificultam a disseminação do vírus. Tais espaços devem ser frequen-
tados por cada grupo de crianças em separado.
providências estruturais
1 Garanta o fornecimento
de água para todas as
instituições. Verifique se a
3 Os ambientes da
instituição deverão
ter, em cada cômodo,
5 As crianças devem ter sua temperatura aferida antes
da entrada na creche ou pré-escola. Delimite o local
onde isso ocorrerá, para que não haja circulação de fami-
limpeza de caixa d’água dispositivo aplicador de liares para além dessa área. É importante que o local tenha
(reservatórios) está den- álcool gel para higieniza- materiais de higienização de mãos disponível para famílias
tro do prazo, assim como ção das mãos, colocados e profissionais.
o laudo de potabilidade. de forma que possam ser
Caso contrário, provi- acessados pelas crianças
dencie a regularização e apenas sob supervisão do
efetue a limpeza antes da professor.
reabertura.
2 Realize a compra de
álcool 70% líquido
para limpeza de superfí-
4 Cartazes com
procedimentos
indicando o modo
6 No momento da afe-
rição da febre, os res-
ponsáveis devem ser per-
Sintomas
da Covid-19
cies e objetos, álcool gel correto de lavar as guntados se a criança teve
• Febre
70% para a limpeza de mãos e usar máscaras algum sintoma suspeito
• Calafrios
mãos, sabonetes para uso (alertando inclusive que nas últimas 24 horas [veja
• Falta de ar
de profissionais, crian- as crianças não devem mais no quadro ao lado].
• Tosse
ças e famílias e demais trocar máscaras entre si) Caso a criança tenha tido
• Dor de garganta
materiais orientados deverão estar presentes sintomas, os responsáveis • Dor de cabeça
pelas equipes de saúde. em diferentes espaços devem ser encaminhados • Dor no corpo
Atenção: o álcool 70% da unidade. Tutoriais, a um serviço de saúde • Perda de olfato
líquido é um material in- vídeos curtos e de rápido para serem testadas. e/ou paladar
flamável e deve ser usado compartilhamento A volta à unidade de edu- • Diarreia
apenas pelos adultos. podem circular entre os cação deve ocorrer apenas (por motivo
Deve ficar fora do alcance profissionais. quando a criança estiver desconhecido)
das crianças. assintomática.
22
limpeza e higiene
7 Antes da volta de
crianças e profissionais, 10 Todos os brin-
quedos e mate- 13 Evite cortinas ou
outros materiais
que concentrem poeira,
18 Ar condicionado,
caso seja essencial,
deve ser usado sem o
os espaços e materiais riais manuseados pelas
da unidade educativa crianças e profissionais dando preferência a modo ventilador e com
deverão ser desinfetados, deverão ser limpos ao persianas que possam ser as pás viradas para cima.
seguindo as normas da final do dia com álcool diariamente higienizadas. Prefira ambientes com
Agência Nacional de Vigi- 70%. Ao longo do dia, os ventilação natural.
lância Sanitária (Anvisa). profissionais deverão ter
atenção para higienizá 14 Redobre a atenção
no uso individual
20
zando uma concentração o banheiro destinado aos Os cuidados de
de 0,5% de água sanitária profissionais. A higieniza- deria, é recomendada a
higiene preci-
para pisos e superfícies, ção deve ser especialmen- lavagem diária da roupa
sam ser redobrados nas
álcool 70% ou outro desin- te rigorosa nas superfícies de cama e outras utiliza-
cozinhas e despensas.
fetante indicado, antes da e materiais que estão à das pelo estabelecimento.
Cada produto deverá
chegada das crianças e altura das crianças. ser higienizado assim
profissionais. O mesmo de-
mudanças na rotina
22 O rodízio de sa-
las pelas crian-
ças não é recomendado.
25 É recomendável
haver brinque- 28 Evite aglomera-
ções na entrada
dos em quantidade e na saída das crianças,
Elas devem ter uma sala suficiente para evitar estabelecendo horários
fixa, com deslocamentos disputas. Se possível, para cada grupamen-
necessários para área com um kit individual de to/turma. Combine
externa, se possível, e brinquedos para cada com as famílias a
refeitório, se necessário. criança, minimizando os melhor forma para que
compartilhamentos. isso aconteça.
24 Pelúcias e outros
objetos de difícil 26 Incentive a
utilização de
espaços externos e
higienização não devem
ser utilizados. Ou, se arejados sempre que
uma "quarentena de
brinquedos", livros e
materiais de difícil higie-
nização. Ou seja, tirar
de circulação o objeto
27 Devem ser obser-
vadas com ainda
mais rigor as regras já
30 Marcações no
chão podem
ajudar os pequenos a
por uns dias, conforme existentes para sabo- entender a necessidade
o material. O vírus pode netes, xampus, escovas de, embora juntos,
permanecer viável até 4 dentárias e outros mate- manter distanciamento.
dias no vidro, 8 horas no
alumínio, 3 dias no plás-
riais de higiene pessoal
das crianças – objetos 31 Festividades na
unidade educa-
tiva, tais como eventos
tico e no aço, 24 horas individuais organizados
no papelão. Assim, um em compartimentos culturais ou festas de
revezamento de uso de próprios, identificados aniversário, não são
materiais é uma alterna- com o nome de cada recomendadas nesse
tiva à limpeza. criança. período.
24
medidas de segurança
32 Guarde os
materiais
de limpeza fora do
33 As janelas das salas devem permanecer abertas,
desde que não ofereçam risco à integridade físi-
ca das crianças. Caso necessário, considere a instalação
alcance das crianças. de telas de proteção e grades, garantindo a ventilação.
O ambiente deve ser arejado, mas seguro.
cuidados na alimentação
34 A manipulação
e preparação de
alimentos deverá seguir
39 Pratos, colheres,
mamadeiras e
outros utensílios utiliza-
as regras de higiene já dos para alimentação
conhecidas, seguindo as deverão ser individua-
orientações das equipes lizados e corretamente
de nutrição de cada higienizados após o uso.
sistema de ensino. Sugere-se realizar
a lavagem das louças
36 Cuide para
que não haja
sem máscara.
troca de talheres ou
de alimentos entre as
crianças. Em unidades 38 Considere a
possibilidade
40 Os lanches
devem ser
disponibilizados para
educativas que utilizam de levar a refeição até as crianças individual-
o sistema self-service, a sala das crianças, evi- mente em saquinhos ou
sugere-se que ele seja tando o deslocamento e caixas, evitando lanches
temporariamente sus- o encontro com outras coletivos como biscoitos
penso. no refeitório. na mesma vasilha.
higiene
6 É fundamental usar
luvas e trocá-las a
cada ação de higieni-
zação de uma criança,
sempre lavando as
mãos antes de vestir a
nova luva.
4 Os professores
devem ser trei- 7 Todos os profissio-
nais deverão ter à
9 As equipes de
limpeza das
instituições deverão
nados para o uso dos mão dispensador com
ser meticulosamente
EPIs, de acordo com álcool 70% a fim de
instruídas para os
orientação das equi- higienizar brinquedos,
novos protocolos
pes de saúde. Os itens materiais e superfícies.
de higienização de
devem ser descartáveis Para higiene das mãos
ambientes e materiais
e em número suficiente das crianças, álcool a
de toda a instituição.
para efetuar as trocas 70% em gel, sempre
necessárias ao longo sob a supervisão de um
do dia e das semanas. adulto.
No caso das creches, o
uso desses materiais é
10 Os professors
não devem ter
contato presencial uns
ainda mais importante, com os outros. Além
dada a necessidade de disso, cada um deve
contato físico entre as permanecer sempre
crianças pequenas e com o mesmo grupo de
professores. crianças para diminuir
o número de conta-
tos. Sugere-se que a
32
autocuidado
12 Para homens é
importante evitar
barba e bigode. Deve-se
14 Como recomenda-
ção opcional, cada
profissional poderá trocar
15 Acessórios como
bolsas também
devem ser guardados.
garantir que a barba e o de roupa e calçados assim
bigode não não atrapa- que chegar à instituição,
11 Oriente os profis-
sionais a manter o
lhem o ajuste e adapta-
ção da máscara.
colocando seus pertences
em sacolas que possam 16 Celulares precisam
ser constantemente
higienizados.
cabelo preso e evitar o ser lacradas. Ao final do
uso de acessórios como trabalho, os materiais de
brincos, anéis, colares e proteção deverão ser des-
pulseiras. Pesquisas indi- cartados em local espe-
cam que o vírus sobrevive cífico e a roupa utilizada
13
em suas superfícies e tem Unhas devem estar na instituição deverá ser
chance de ser transmitido sempre cortadas e levada, numa sacola, para
através delas. limpas. ser lavada em casa.
cuidando do emocional
17 18
Estimule a organi-
zação de reuniões
periódicas em cada
Crie um espaço
de relaxamento
para professores,
20 O momento
exige resiliência
de todos e é propício para
unidade com a participa- onde se possa, valorizar o trabalho com
ção de profissionais da individualmente, as habilidades socioe-
saúde em locais arejados retirar a máscara mocionais, ampliando
e mantendo o distancia- por alguns minutos. o conhecimento sobre a
mento necessário, com temática e desenvolvendo
intuito de criar espaços projetos com/para profis-
de fala para os profissio-
nais, estreitando os laços
afetivos e fortalecendo
19 Invista na formação continuada dos professores. A
concepção de criança e infâncias, o olhar sobre o de-
senvolvimento infantil e sobre as práticas e propostas para
sionais e crianças.
• Priorize
a utilização da agenda, caderno de anotações das crianças ou apli-
cativos específicos como forma de comunicação entre a instituição e a família,
evitando ao máximo o contato social nesse retorno. As mídias sociais também
podem ser utilizadas.
36
6
atuação
com as
crianças
Como voltar às atividades na educação infantil? 37
Atuação com as crianças
acolhimento
• O retorno às atividades requer um novo planejamento pedagógico, em ação similar Quanto
à que é feita no início de cada período letivo. Isso implica pensar em novas oportu-
nidades de inserir e acolher as crianças10, tendo em vista o longo tempo de afasta-
menores
mento. Quanto menores as crianças e menos experiências tenham tido no espaço as crianças
da instituição, maior a necessidade de cuidados para adaptação ao espaço e às
rotinas, assim como restabelecer vínculos afetivos com os profissionais.
e menos
• A reinserção poderá ser feita com a presença do familiar na instituição, no pátio
experiências
ou outro espaço arejado, ou ainda em sala reservada para este fim. Em função tenham tido
dos riscos de contaminação, não é recomendada a presença dos familiares na
sala das crianças.
no espaço da
instituição,
• O tempo de permanência das crianças na instituição deverá ser ampliado gradu-
almente, de acordo com o processo de cada uma. Considere que algumas famílias maior a
poderão ter dificuldade de permanecer na unidade ao longo da reinserção, o que
exige um planejamento individualizado com propostas adequadas à cada situação.
necessidade
Flexibilização é a regra. de cuidados
• É importante que as crianças possam expressar seus sentimentos. É provável que para adap-
muitas retornem agitadas, chorosas ou mesmo agressivas. Procurar saber como foi o
tação ao
período de distanciamento para cada família é um passo importante para antecipar
essas reações e preparar-se para elas. Muitas famílias podem ter vivido situações espaço e às
dramáticas como morte de familiares e amigos, perda de emprego e dificuldade de
rotinas
manter as necessidades básicas, como alimentação, com reflexos diretos nas crianças.
• Procure tornar a sala das crianças um local tranquilo e acolhedor. Murais e paredes
fazem parte do ambiência educativa e precisam ser significativos para as crianças.
Evite murais excessivamente coloridos ou estereotipados. Melhor: Aguarde as crian-
10 Também conhecido como
ças para que os murais sejam construídos com elas e suas produções. período de adaptação
38
• O olhar e atuação sensível dos professores e demais profissionais é essencial para aco-
lher as crianças em suas manifestações emotivas.
O olhar e
• Explore as diferentes linguagens – artes plásticas, teatro, dança e música. Oriente os
profissionais a alternar músicas com ritmos intensos com outras de ritmos mais calmos, atuação sen-
utilizando como critério as manifestações das crianças e as emoções que expressam. sível dos
Dramatizações e dança podem ser associadas a este momento. Use diferentes mate-
riais , ampliando o repertório das crianças nas propostas plásticas. professores
e demais
profissionais
é essencial
para acolher
cuidados com a saúde as crianças
Os cuidados com as crianças exigem muita atenção, especialmente no retorno
às atividades. Portanto, planejar criteriosamente os cuidados dispensados a elas e
em suas ma-
colaborar para sua execução é tarefa de todos. Precisam ser inclusive compartilha- nifestações
dos com as famílias. A prevenção é coletiva e necessita da participação de todos
emotivas
os atores envolvidos no processo.
organização
2 Crianças acometidas
de outras doenças
mendação expressa de au-
toridade médica. Crianças
ou tenha tido sintomas an-
teriores, a família deve ser
cotidianas como viroses
e infecções bacterianas
não deverão frequentar
pertencentes a grupos de
risco que já tiveram infecção
comprovada por Sars-Cov
encaminhada um serviço
de saúde. A volta à unidade
de educação deve ocorrer
6 Registrar em
agendas ou livro
de ocorrências qualquer
a creche ou pré-escola 2 e se recuperaram podem apenas quando a criança intercorrência que
enquanto enfermas. retornar às atividades. estiver assintomática. aconteça com as crianças.
rotinas
7 Estabeleça rotina
de lavagem das
mãos: logo após a che-
11 Instituições de ho-
rário integral devem
solicitar às famílias ao
13 Para crianças da
creche, verifique
a possibilidade de uso
cagem da temperatura menos duas mudas de de máscaras transpa-
na chegada à institui- roupa diárias para as rentes pelos professores,
ção; antes e após o uso crianças. Uma para ser como as utilizadas para
do banheiro ou troca utilizada na chegada à pessoas com deficiência
de fraldas; antes e após creche e outra após o ba- auditiva. Elas podem aju-
as refeições, antes da nho, sempre que possível. dar as crianças pequenas
saída e sempre que se Uma outra muda deverá a construírem a relação
fizer necessário. ficar na creche, para uso entre expressão facial e
em caso de necessidade. emoções.
12
utilizado como uma Máscaras indivi-
em gel antes e após.
oportunidade para que duais deverão ser
as crianças relaxem
sem o uso de máscaras,
disponibilizadas para as
crianças a partir dos 2
15 Mochilas ou bolsas
com pertences das
crianças deverão retornar
especialmente aquelas anos de idade, em quan- com o familiar. O conteú-
que permanecem por tidade suficiente para o do deverá ser deixado na
longo tempo na unidade. tempo que elas perma- creche e acomodado em
necerão na unidade. O sacola específica.
ideal é trocá-las sempre
40
ocupação do espaço
17 Na medida do
possível, mantenha
o distanciamento entre os
18 Beijos e abraços devem ser substituídos por novas
formas de confraternização e carinho, tais como
toque de cotovelos e calcanhares, a depender da idade das
profissionais e crianças e crianças. Oriente os profissionais a usarem a voz como for-
entre crianças e crianças. ma de acolher e acalmar as crianças, sempre que possível.
mudanças no trabalho
pedagógico
• Além da introdução dos elementos citados à rotina das creches e pré-escolas,
os processos pedagógicos deverão passar por ajustes, buscando alternativas
para o momento delicado de reabertura.
42
ideias para o planejamento
A unidade educativa é uma instituição social, que reflete as questões vividas É importante
pela sociedade, contribuindo para as transformações sociais. Profissionais, fa-
mílias e crianças retornarão a esse espaço modificado após o distanciamento
incentivar e
social, com novos hábitos, posturas e conhecimentos, o que faz com que a ins- promover de-
tituição também se transforme e promova situações que permitam às crianças
bates entre os
entender o que acontece no mundo.
Todos os profissionais da Educação estão imbuídos da vontade de criar novos profissionais,
procedimentos, técnicas e rotinas para o retorno. Estamos construindo juntos um
contando
novo capítulo na história da Educação. Assim, as partilhas de saberes e novas
ideias potencializam ações, tornando-as mais específicas e potentes. com suas
É importante incentivar e promover discussões e debates entre os profissio- contribuições
nais, contando com suas contribuições para criar estratégias que respondam as
demandas locais. As dificuldades ante a nova situação podem ser vistas como para criar es-
oportunidade para ajudar as crianças a desenvolverem o autocuidado. Neste tratégias que
momento, precisamos adaptar práticas, colocando a saúde e a segurança de
todos em primeiro plano. As novas propostas, entretanto, precisam considerar respondam
preceitos básicos como: as demandas
• As interações e as brincadeiras locais
• A singularidade e subjetividade
das crianças
• Os contextos socioculturais
• A indivisibilidade do
desenvolvimento infantil
• A criança como construtora de
seus conhecimentos
• Os direitos que as crianças têm
de conviver, brincar, participar,
explorar, expressar e conhecer-se.
• Os processos lúdicos
• Os afetos como mediadores das
relações sociais
1 Ouça as crianças.
Deixe que falem
sobre o coronavírus,
2 As crianças
pequenas usam o
corpo e o choro como
4 Converse diariamen-
te sobre as dúvidas
que elas tenham e sobre
5 Associe o momento a
canções que envol-
vam os procedimentos
seus medos, raivas, forma de expressão. É novas práticas cotidianas, corretos de higieniza-
tristezas e fantasias e que preciso dar visibilidade e como o uso de máscaras e ção. Construa tabelas
expressem suas ideias responder positivamente a lavagem constante das ou gráficos em que as
através da oralidade, às emoções delas, mãos, explicando as razões crianças marcarão um X a
da arte, do corpo e do olhando nos olhos e para os novos cuidados de cada lavagem realizada,
movimento. demonstrando interesse. higiene, permitindo que as incentivando as crianças
crianças construam novos a participarem ativamen-
3 Discuta temas sensíveis como doença, morte e luto, significados em relação ao te do processo.
sempre que forem demandas das crianças. Evite autocuidado. Um exem-
expressões como “foi dormir para sempre”, ou outras plo de material que pode
alusões de cunho religioso, trazendo experiências cotidianas ajudar nas conversas é a
para a discussão: a morte de animais de estimação, Carta às meninas e aos
de plantas e o próprio processo natural da vida. Use a meninos em tempos de
literatura como facilitadora. COVID-19
44
8 Crie novas formas de
cumprimento – com
cotovelos, calcanhares ou
10 Construa com as
crianças, no início
de cada dia, roteiro das
12 Proponha conver-
sas que envolvam
valores como solidarie-
uma inventada por elas atividades que serão dade, empatia e com-
– que podem estampar vivenciadas, para que en- paixão, valorizando as
cartazes e ganhar nomes. tendam em que momento experiências infantis,
do dia estão e tenham reforçando os laços de
conhecimento sobre as coletividade nas ativida-
experiências que serão des cotidianas.
propostas. Isso ajudará
as crianças a sentirem-se
seguras e permitirá que
“registrem" o tempo até o
retorno para casa.
13 Proponha ativida-
des com o corpo,
tais como:
9 Explore músicas,
brincadeiras e histó-
rias sobre a temática do Lance o dado e pratique as
coronavírus. diferentes posturas do yoga
11 Explore os ambien-
tes externos, caso
possível. Projetos investi-
gativos sobre a natureza
e sustentabilidade são
ricas possibilidades para
a construção de uma
nova relação com a vida
e a morte. Caso não seja
possível, busque trazer a
natureza para a sala, com
a criação de pequenas hor-
tas que deem às crianças
experiências similares.
novos combinados
15 Marque com X os
lugares possíveis
das crianças na rodinha
16 Não é
recomendável
organizar a sala
17 Organize uma
caixa ou saquinhos
plásticos transparentes
18 Caixas temáticas
de brinquedos
também são uma opção e
e, em caso de carteiras, por cantinhos de com brinquedos diversos serviriam como cantinhos
separe-as respeitando aprendizagens enquanto para cada criança. de aprendizagem móveis
o distanciamento de estivermos sob o desafio Essa organização – poderiam ser utilizadas
no mínimo 1 metro, da pandemia, como poderá ser refeita com pelas crianças em sistema
utilizando para isso forma de evitar que as a participação das de rodízio (uma caixa por
marcações no chão. crianças se aglomerem. crianças, criando novas dia para cada criança,
possibilidades de brincar. respeitando as regras de
higienização).
46
7
considerações
finais
48
detecção e abordagem de crianças
e profissionais sintomáticos
Na chegada, Criança ou
aferição da profissional liberado
Sem sintomas
temperatura e conversa para participar
e sem febre
sobre sintomas nas das atividades
últimas 24 horas presenciais
Sintomas suspeitos
• Febre
• Calafrios Criança ou
Afastamento de
• Falta de ar profissional
todos os profissionais
• Tosse com algum sintoma
e crianças que
• Dor de garganta suspeito nas últimas 24
tiveram contato com
• Dor de cabeça horas ou febre acima
a pessoa sintomática
• Dor no corpo de 37.8 °C
•P erda de olfato
e/ou paladar
• Diarreia (por motivo
desconhecido)
• Cria grupo de trabalho intersetorial no nível central • Participa de grupo de trabalho intersetorial local
e organiza a formação de GT Intersetorial local
• Busca parceiros como organizações sociais e/ou empresas • Entra em contato com profissionais da unidade,
preparando para o retorno
• Checa se todas as instituições têm água, as condições • Informa aos gestores municipais a situação da unidade
de potabilidade e caixas d’água limpas em relação ao fornecimento de água, potabilidade
• Investiga a necessidade de produtos de higiene e limpeza e necessidade de produtos de higiene e limpeza
em cada unidade
• Toma as providências necessárias
• Solicita dados aos gestores locais para compra • Planeja quantidade de dispositivos aplicadores de álcool
de equipamentos extras gel necessários, pias e demais materiais de higiene
• Solicita dados aos gestores locais (espaço, número • Organiza os dados relativos à sua unidade (espaços,
de crianças, professores e profissionais) crianças, professores e demais profissionais), planejando
as necessidades, e envia aos gestores municipais
• Consulta banco de dados para ter informações sobre • Checa possíveis impedimentos de retorno de profissionais
profissionais que não poderão retornar às atividades às atividades presenciais
presenciais
50
• Cria fluxo de atendimentos para crianças, famílias • Cria fluxo local de atendimentos para crianças, famílias
e profissionais junto aos equipamentos de saúde e profissionais junto aos equipamentos de saúde
• Cria plano de contingência em parceria com o grupo • Cria plano de contingência da unidade, em parceria
de trabalho intersetorial , apoiando as unidades para com o grupo de trabalho intersetorial local
a criação do seu próprio plano
• Organiza dados sobre espaços, crianças e professores • Planeja os espaços da unidade e como serão utilizados
• Quantifica o número de crianças a serem atendidas • Identifica crianças de creche que têm prioridade para
na creche, de acordo com prioridades para o retorno o retorno
• Ouve gestores locais e professores para planejar e • Incentiva professores a participarem do processo
elaborar critérios e procedimentos para reabertura de planejamento
• Ouve as famílias
• Define como se dará o atendimento da pré-escola • Organiza as turmas da pré-escola, de acordo com
(rodízios) definições
• Produz material de orientações e informações para • Divulga, distribui e discute o material com os professores
professores de sua equipe
• Produz material de orientações e informações para • Divulga, distribui e discute o material com os demais
os demais profissionais profissionais de sua equipe
• Produz material e treina motoristas que fazem
o transporte das crianças
• Estabelece critérios que serão utilizados na avaliação • Divulga os critérios para todos os profissionais e famílias
semanal do atendimento
• Divulga à sociedade dados sobre a reabertura das escolas • Esclarece os critérios de reabertura com as famílias
• Cria plano de contingência em parceria com o grupo • Cria plano de contingência da unidade, em parceria
de trabalho intersetorial , apoiando as unidades para com o grupo de trabalho intersetorial local
a criação do seu próprio plano • Organiza a unidade para receber os professores e demais
profissionais
• Determina equipe de acompanhamento para as unidade • Organiza a unidade para receber as primeiras crianças
• Organiza o planejamento pedagógico junto com os
professores
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