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Diverticulite é uma inflamação na parede interna do intestino. Ela é caracterizada,
principalmente, pela formação de bolsas e quistos pequenos e salientes, os divertículos que,
ao inflamarem, causam a doença.
Além de uma dieta pobre em fibras, são considerados fatores de risco para a diverticulite
idade superior a 40 anos, sedentarismo, obesidade e tabagismo.
Pessoas que têm divertículos, mas não possuem inflamação não costumam ter sintomas.
Nesses casos, os quistos podem ser identificados em exames de rotina, como a
colonoscopia.
Tratamento
Varia de acordo com a gravidade de cada paciente. Em casos mais simples, mudanças no
estilo de vida, principalmente na dieta, com maior ingestão de fibras e líquidos, podem
solucionar o problema. Em momentos de crises, os sintomas podem ser aliviados com bolsas
de água quente, analgésicos e alimentação líquida.
Nos casos mais graves, quando há evolução para problemas como peritonite e infecção,
pode ser necessário o uso de antibióticos e, às vezes, tratamento cirúrgico.
Cirurgia
São duas as possibilidades de cirurgia: ressecção primária do intestino com reconstrução
imediata ou ressecção intestinal e realização de uma colostomia (acesso externo para
liberação das fezes em localização anterior à lesão) temporária, que será revertida após
aproximadamente 12 semanas.
Os procedimentos podem ser realizados por via convencional (com corte), por vídeo
laparoscopia ou, com uma técnica mais moderna, por cirurgia robótica de forma
minimamente invasiva com nítidos ganhos relacionados à dor e às complicações, segundo
os especialistas.
Aumentar o consumo de fibras com frutas, legumes, verduras e grãos (como mamão, laranja,
damasco, alface, rúcula entre outros) e beber bastante água (2 litros por dia, ao menos)
diminuem os riscos. Não fumar e praticar exercícios físicos também ajudam a prevenir a
doença.
A doença diverticular dos cólons é uma enfermidade extremamente comum no mundo ocidental, com
incidência estimada em 5% em pessoas de meia-idade (quarta década de vida), podendo atingir até 60% em
pacientes com mais de 80 anos(1). Esta condição tem sido associada com baixa ingestão de fibras, aumento do
tempo de trânsito colônico e da pressão intraluminal no cólon, levando ao desenvolvimento dos divertículos(2).
É importante a correta definição dos termos “diverticulose” e “doença diverticular”. O primeiro refere-se à
ocorrência de divertículos, independente da presença de sintomas, geralmente associada a alterações parietais
do cólon como deposição de elastina, espessamento do músculo liso, encurtamento das tenias e consequente
redução da luz intestinal(3). Já a doença diverticular refere-se à presença dos divertículos associada a sintomas
importantes, constituindo quadros como a diverticulite aguda ou associada a condições crônicas. A diverticulite
aguda pode ser dividida em complicada ou não complicada.
Na maioria das vezes, a doença é assintomática e chamada de diverticulose, quando o diagnóstico mostra
a presença de divertículos, que são como pequenos sacos que aparecem no intestino grosso, órgão
responsável pela absorção de água, bem como pelo armazenamento c pela eliminação dos resíduos da
digestão que formam o bolo fecal (fezes). Esse diagnóstico é feito por ocasião de um exame (colonoscopia
ou tomografia) de rotina.
A maioria dos pacientes permanece sem sintomas por toda a vida. Vez ou outra, a pessoa tem cólica do
lado esquerdo do abdome, gases, inchaço e prisão de ventre
A diverticulite afeta principalmente pessoas que adicionam muito carboidrato refinado em uma dieta que,
em geral, é pobre em fibras, for isso é considerada uma doença da civilização ocidental. Nos países da
África e da Ásia, regiões com dietas ricas em fibra e com baixo consumo de carboidratos refinados, a
incidência é pequena. Uma pesquisa sobre a presença da diverticulite na população japonesa parece
comprovar esse fato O estudo mostrou que apenas 18% dos japoneses que vivem no Japão apresentam a
condição. Esse número sobe para 50% entre os japoneses que se mudaram para o Havaí e adotaram
hábitos alimentares ocidentalizados.
Quando comparada ao procedimento de Hartman, a cirurgia com anastomose primária pode possuir
menores intercorrências. Uma limitação de alguns estudos é que muitos pacientes que foram
submetidos ao procedimento de Hartmann possuíam maiores comorbidades quando comparados
aos da anastomose primária. Conclui que as condições locais e do paciente são fundamentais para o
sucesso de uma anastomose e sempre que possível a anastomose primaria deveria ser feita.
Lavagem peritoneal
Será que ainda temos espaço para a lavagem peritoneal como medida terapêutica? Prof. Daniel A.
Popowich teve a dificil missão de defender este tema visto que diversos artigos publicados não
tiveram seus resultados reproduzidos por outros centros.
Em seus argumentos indicaria um lavado laparoscópico nos casos Hinchey II onde não foi possível
uma drenagem percutânea efetiva ou em casos selecionados de Hinchey III, especialmente quando o
cirurgião não está confortável com a realização de anastomose primária. Este tipo de abordagem tem
uma significativa taxa de insucesso, no entanto não prejudica abordagens futuras.
https://www.scielo.br/pdf/rb/v50n2/pt_0100-3984-rb-50-02-00IX.pdf
https://www.h9j.com.br/pt/sobre-nos/blog/diverticulite-causas-sintomas-e-tratamentos
https://pebmed.com.br/acscc-2020-qual-a-melhor-abordagem-ao-paciente-com-diverticulite-aguda/